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Brasília
2023
1. Introdução
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2. Técnicas de medição antropométrica
a. Peso:
Adultos
Instrumento: balança plataforma ou digital com
capacidade para até 200 kg e variação de 100 em 100 g
Técnicas: colocar o examinado com o mínimo de roupa
possível, descalço, com os pés posicionados no centro
da plataforma, braços estendidos ao longo do corpo e
cabeça ereta olhando para o horizonte. Registrar em
quilogramas
b. Altura
Instrumento: antropômetro horizontal, fita métrica
presa na parede ou estadiómetro.
Técnica: Deve ser medida com o indivíduo junto a
superfície vertical plana, com a cabeça livre de
adereços, em posição ereta, com os braços estendidos
ao longo do corpo, a cabeça erguida, olhando para um
ponto fixo na altura dos olhos, descalços e com os pés
juntos. O examinado deve ficar junto a superfície
vertical tocando a parede em cinco pontos do corpo
(calcanhares, panturrilha, nádegas, ombros e cabeça). O
examinador registrará a altura em metros e centímetros
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d. Circunferência do braço
Instrumento: fita métrica de fibra de vidro
(inextensível) Técnica: Representa o somatório do
tecido muscular, ósseo e gorduroso. O braço direito
deve estar em posição estendida ao longo do corpo. Na
altura do ponto médio a fita métrica é contornada de
forma que fique aderida à pele, sem pressionar os
tecidos moles do braço. O examinador registrará a CB
em centímetros
e. Circunferência abdominal
Instrumento: fita métrica de fibra de vidro
(inextensível) Técnica: é medido em cima da cicatriz
umbilical. O examinador registrará a CA em
centímetros.
f. Circunferência da cintura
Instrumento: fita métrica de fibra de vidro
(inextensível) Técnica: é medido no ponto médio entre
o último arco costal e a crista ilíaca. O examinador
registrará a CC em centímetros
g. Circunferência do quadril
Instrumento: fita métrica de fibra de vidro
(inextensível) Técnica: É medida no ponto de maior
protuberância posterior dos glúteos. O avaliado deverá
permanecer em posição anatômica, porém com os
braços ligeiramente afastados do corpo e com os pés
unidos. O examinador registrará a CQ em centímetros
h. Circunferência da coxa
Instrumento: fita métrica de fibra de vidro (inextensível)
Técnica: é medida sobre o músculo reto femural, a um
terço da distância do ligamento inguinal e da borda
superior da patela. O peso do corpo deve estar
concentrado na perna direita. O examinador registrará
a
CCoxa em centímetros
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i. Circunferência da panturrilha
Instrumento: fita métrica de fibra de vidro
(inextensível) Técnica: é medida no ponto de maior
perímetro da perna, sendo que esta deve estar
relaxada. O examinador registrará a CP em centímetros.
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m. Dobra cutânea suprailíaca
Instrumento: adipômetro
Técnica: o avaliado deve se manter em pé, ereto, com
os pés juntos e os braços inclinados para o lado. O
braço pode ser curvado e levemente flexionado para
melhorar a aferição. O avaliador deve pinçar a prega
com os dedos a aproximadamente 1 cm anterior à linha
axilar média. O examinador registrará a DCSI em
milímetros.
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q. Dobra cutânea da panturrilha medial
Instrumento: adipômetro
Técnica: o avaliado deve estar sentado, com a
articulação do joelho em flexão de 90º, o tornozelo em
posição anatômica e o pé sem apoio. A dobra é pinçada
no ponto de maior perímetro da perna, com o polegar
da mão esquerda apoiando na borda medial da tíbia. O
examinador registrará a DCPM em milímetros.
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3. AVALIAÇÃO ANTROPOMÉTRICA
o Razão cintura/quadril
Relação cintura/quadril
Homens RCQ >1,0
Mulheres RCQ >0,85
Fonte: OMS, 1998
10
4. Avaliação nutricional do idoso
- Para avaliação dos idosos utiliza-se as mesmas fórmulas para adultos, porém com referêrencias
diferentes, segundo os autores BURR e PHILLIPS (1984)
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- Circunferência do braço (CB)
12
- Circunferência muscular do braço (CMB)
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- Classificação do estado nutricional segundo o percentil – utilizado para IMC, CB, DCT, CMB e AMB
Percentil Classificação
< P5 Desnutrição
P5 – 10 Risco de desnutrição
P10 – 90 Eutrofia
> P90 Obesidade ou musculatura
desenvolvida (CMB e AMB)
Fonte: British journal of nutrition (1984); 51: 165-169
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5. Avaliação antropométrica de paciente acamado
- Estimativa de peso
CB = circunferência do braço (cm); CP= circunferência da panturrilha (cm); DCSE = dobra cutânea
subescapular.
CB = circunferência do braço (cm); CP= circunferência da panturrilha (cm); DCSE = dobra cutânea
subescapular; AJ= Altura do joelho.
- Estimativa de altura
- IMC, CB, DCT, CMB, AMB e AGB – seguir padrão pela idade
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6. Avaliação antropométrica de paciente amputado
- CB, DCT, CMB, AGB: utilizar os parâmetros referentes a idade de paciente estudado
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7. Avaliação antropométrica para pacientes com edema
o Peso ajustado para edema (Martins et al, 2003): descontar do peso atual o
excesso de peso hídrico, observando a tabela abaixo
o Peso ajustado para edema e ascite para hepatopatas (James, 1989): descontar
do peso atual o excesso de peso hídrico, observando a tabela abaixo
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8. AVALIAÇÃO BIOQUÍMICA
- Proteínas séricas
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Transferrina Marcador sensível de depleção 200 – 360mg/dl
nutricional. Produzida no fígado e 9 dias Depleção leve: 150
regulada pelos depósitos de ferro no – 200mg/dl
organismo. Realiza ligação e Depleção
3+
transporte do Fe ou medida moderada: 100 –
diretamente ou calculada pela 150mg/dl Depleção
fórmula: transferrina= (TIBC) x 0,8 – grave:
43. Seus níveis podem estar < 100mg/dl
aumentados em casos de def. de
ferro, anemia ferropriva, gravidez e
reduzidos na insuf, hepática,
infecções, síndrome nefrótica,
desnutrição
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Proteína Sua única função é transportar a
ligadora do molécula de retinol para fígado, 12 horas. 3 – 6,5 mg/dl
retinol protegendo-a da oxidação. Bom
marcador da depleção protéica aguda
(meia-vida curta), níveis reduzidos na
insuf, hepática, def. vit. A e de Zn,
inflamação e estresse e aumentados
na insuf, renal.
Proteína Mais rápida das proteínas de fase
C reativa aguda. Pode ser utilizada como 4-6 horas Até 0,5mg/dl
marcador direto de subnutrição.
Fator de risco para eventos
cardíacos
(infarto). Aumentada em situações
catabólicas e de estresse.
Fonte: Bottoni et al, 2001; Martins, 2008
- Lipídios sanguíneos
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- Hematócrito e hemoglobina:
Por ser uma proteína intracelular, a hemoglobina tem sua transformação metabólica
muito lenta, sendo menos sensível aos processos de desnutrição. Pouco utilizado como
parâmetro nutricional devido a críticas por alterar-se na vigência de perdas sangüíneas,
estados de diluição sérica e transfusões sangüíneas. É usado para avaliar o estado
anêmico do paciente.
Anemi
a de
Valores Deficiência de Anemia Anemia doença
Teste laboratorial Normais Fe Megaloblástic Perniciosa crônica
a (Folato) (vit B12) (AIDS,
Chron,
idosos)
Eritrócitos (hemáceas) M: 4,0-5,2 <4,0 <4,0 <4,0 <4,0
(x106mm³ ou milhões/mm³) H: 4,5-5,9 <5,0 <4,5 <4,5 <4,5
M: 12-16 <12 <12 <12 <12
Hemoglobina (g/dl)
H: 14-18 <14 <14 <14 <14
M: 37-47 <37 <37 <37 <37
Hematócrito (%)
H: 42-52 <42 <42 <42 <42
Volume corpuscular médio (fl >95 ou
80-95 <80 >95 Normal
ou µm³) normal
Hemoglobina corpuscular
27-31 <27 >31 >31 Normal
média(pg)
Concentração da hemoglobina >36 ou
32-36 <32 >36 ou normal Normal
corpuscular média (%) normal
M: 60-190 <60 >190 >190 <60
Ferro sérico (µg/dl)
H: 80-180 <80 >180 >180 <80
Capacidade total de ligação do
250-420 >420 - - <250
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ferro (TIBC) (µg/dl)
>15, <15 ou >15, <15 ou
Saturação da transferrina (%) >15 <15 <15
normal normal
M: 10-150 <10 >150 >150 normal
ou
Ferritina (ng/ml)
H: 12-300 <12 >300 >300 elevad
o
Vit B12 (pg/ml) 160-950 Normal diminuído diminuído Normal
5-25 - <5 >25 normal
Folato (µg/ml) ou
* no eritrócito * 140-628 - * <140 * >628 diminu
ído
Homocisteína (µmol/l) 4-14 - aumentado aumentado Normal
Fonte: Martins, 2008 M: mulheres; H: homens
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Aumentado: na desidratação
Diminuído: em edema, doença hepática, má-
absorção, diarréia, IRC, desnutrição, estresse,
hiperhidratação, câncer, síndrome nefrótica.
Bicarbonato Venoso: 23 – 27 mmol/L Útil na avaliação do equilíbrio ácido-básico.
Arterial: 22 – 26 mmol/L Em situações normais, a proporção
base:ácido é de 20:1
Aumentado: na alcalose metabólica (diminui
ácido e aumenta bic, no líquido extracelular),
acidose/depressão respiratória, enfisema,
vômito.
Diminuído: na acidose metabólica,
insuficiência renal, cetoacidose diabética,
acidose lática, diarréia, alcalose/estímulo
respiratório, hiperparatiroidismo primário,
privação alimentar prolongada.
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Cálcio Adulto: 8,4 – 10,2 mg/dL Possui função muscular e nervosa,
Criança até 1 ano: 8,5 – mineralização de ossos e dentes, e secreção
11,5 mg/dL hormonal. Regulador metabólico intracelular.
Participa da coagulação sanguínea e é
responsável pelo transporte da Vitamina B12
através do trato gastrointestinal. É útil no
diagnóstica e acompanhamento de distúrbio
do metabolismo de cálcio e fósforo, incluindo
doenças ósseas, nefrológicas e neoplásicas.
Aumentado: no câncer, hiperparotiroidismo,
insuficiência adrenal, hipertiroidismo, doença
óssea de Paget, imobilização prolongada,
ingestão excessiva de vit D ou Ca, uso em
longo prazo de diuréticos tiazídicos, acidose
respiratória, IRC
Diminuído: na hipoalbuminemia, def de Vit
D, uremia, P elevado, alcalose, diarréria,
hipoparatireoidismo, osteomalácia, má-
absorção, hipomagnesemia, privação
alimentar prolongada, uso de esteróides.
Correção de cálcio p/ os níveis de albumina
sérica (mg/dL) = [4,0 – albumina do paciente
(g/dL)] x 0,8 + Ca medido (mg/dL)
Cálcio (urina) Criança até 12 anos: ≥ Útil na avaliação de cálculo renal e
4mg/kg de peso/dia eventualmente no acompanhamento de
Adulto: 55 – 220 mg/dia portadores de hiperparatiroidismo, lesões
ósseas metastáticas, intoxicação por vitamina
D, acidose tubular renal
Aumentado: no hiperparatiroidismo,
metástase óssea osteolítica, osteoporose,
intoxicação por Vit D, hipercalciúria
idiopática, síndrome de Falconi
Diminuído: no hipoparatiroidismo,
raquitismo, osteomalácia, todos os casos em
que o Ca sérico está baixo (exceto na IRC),
esteatorréia, doença celíaca, neoplasia óssea.
Cetonas (urina) Negativo Substância derivadas do metabolismo dos
ácidos graxos.
Aumentado: cetoacidose diabética, febre,
vômito, diarréia, anorexia
Clearance de Crianças: 70 – 130 Mede o ritmo de filtração glomerular.
creatinina mL/min/1,73m2 Influenciado pela ingestão de proteína,
M: 85 – 125 principalmente de carnes.
mL/min/1,73m2
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F: 75 – 115 Aumentado: na fase inicial do diabetes,
mL/min/1,73m2 hipertiroidismo, acromegalia.
Diminuido: na IRC
Colesterol Adultos: Usado freqüentemente na avaliação de
Desejável: <200 mg/dL doenças coronarianas. Possui importantes
Limite: 200-239 mg/dL funções fisiológicas, incluindo síntese de ac
Elevado: >240 mg/dL biliares, hormônios esteróides e membranas
celulares. Níveis elevados tem sido
implicados
em processos ateroscleróticos.
Creatinina Até 6 anos: 0,3-0,7mg/dL Útil na função renal. Aumenta na medida em
De 7-12 anos: 0,4- que diminui o ritmo de filtração glomerular.
0,8mg/dL Diminui com o aumento da filtração. Sofre
M: 0,8 – 1,2 mg/dL menos influência da dieta do que a uréia e,
F: 0,6 – 1,0 mg/dL neste aspecto, é melhor índice de função
renal do que a última. Reflete a soma da
ingestão de alimentos ricos em creatina e em
creatinina. Aumentado: na IRA e IRC, dano
muscular, hipertiroidismo, com aumento da
massa muscular, privação alimentar
prolongada, acidose diabética, ingestão
excessiva de carne.
Diminuído: na gestação
Densidade 1005 – 1035 A densidade é a função da concentração
urinária urinária. Após 12 horas de restrição hídrica,
deve atingir pelo menos 1025. Em condições
de sobrecarga aquosa, bem como na
ausência do hormônio anti-diurético, pode
chegar a 1002
Aumentado: no DM, nefrose, febre,
desidratação, vômito, diarréia, ingestão
hídrica baixa.
Diminuído: no diabetes insipidus, pielonefrite
ou glomerulonefrite crônica, dano renal
severo, intoxicação hídrica
Eritrócitos M: 4,32-5,52 Aumentado: na policitemia, desidratação e
milhões/mm3 diarréia severa
3
F: 3,9-5,03 milhões/mm Diminuído: em anemia, hemorragia,
deficiência de ferro, doença sistêmica
Ferritina M: 36-262 g/L Indicada no diagnóstico diferencial das
F: anemias e no acompanhamento das
Menarca - 10 – 64 g/L alterações de armazenamento de Fe.
Pós menopausa – 24 – 155 Principal proteína de sistema
g/L reticuloendotelial
responsável pelo armazenamento de Fe
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Aumentado: na doença inflamatória, IRC,
malignidade, hepatite, sobrecarga de Fe e
hemocromatose
Diminuído: na anemia por deficiência de ferro
Ferro M: 49 – 181 g/dL Componente essencial de enzimas: Hb,
F: 37 – 170 g/dL mioglobina, metaloenzimas de funções
respiratórias. Útil na avaliação das anemias
hipocrômicas, microcíticas
Aumentado: na ingestão excessiva de Fe,
anemias hemolíticas, doença hepática, uso de
estrogênio, hemocromatose
Diminuído: na anemia por deficiência de
cobre, doenças crônicas (lúpus, artrite
reumatóide), infecções, doença hepática,
hemorragia, hemoglobinúria, desnutrição,
cirurgia, uso de antiácidos.
Fosfatase Recém-nascido: 150-600 Como prova de função hepática, só é
alcalina U/L confiável quando interpretada juntamente
6m-9ª: 250-950 U/L com outros parâmetros, pois é produzida
10a-18a: 75-970 U/L principalmente no fígado e osso. Indicador
Acima de 18a: 50-250 U/L mais sensível de doença óssea.
Aumentado: doença hepática, metástase
Moderado: na hipercalcemia, pancreatite,
hepatite. Também no crescimento ósseo,
deficiência de vitamina D, raquitismo,
osteomálacia
Diminuído: na hipofosfatemia, desnutrição,
cretinismo, hipotiroidismo, anemia
perniciosa, deficiência de vitamina
C/escorbuto, deficiência de Zn, excesso de
vitamina D
Fósforo Criança: Cofator de múltiplos sistemas enzimáticos do
M: 3,8 – 5,9 mg/dL metabolismo de CHO, lipídios e proteínas.
F: 3,9 – 6,1 mg/dL Componentes de ATP, ácido nucléicos e
Adultos: fosfolipídios. Importante para a
M: 2,4 – 4,6 mg/dL mineralização e estrutura óssea, síntese de
F: 2,3 – 4,3 mg/dL colágeno e homestase do cálcio
Aumento: no IRC e nefrite severa,
hipocalcemia, hipervitaminose D, tumores
ósseo, anemia falciforme
Diminuído: em hiperparatiroidismo,
hipovitaminose D, raquitismo ou
osteomalácia, inicio da realimentação em
desnutrido, gota, excesso de quelantes de
fósforo, DM
Fósforo (urina) 400 – 1300 mg/24 horas Útil na avaliação do balanço cálcio/fósforo
Aumento: hiperparatiroidismo, acidose
tubular renal, uso de diuréticos, síndrome de
Fanconi
Diminuído: hipoparatiroidismo e pseudo-
hipoparatiroidismo
Glicemia 75 – 110 mg/dL Aumentado: DM, síndrome de cushing,
DM: > 125 mg/dL (2 deficiência de tiamina, disfunção hepática
amostras) crônica, infecções severas, desnutrição
Hipoglicemia: < 50 mg/dL crônica, deficiência de potássio.
(adulto) < 40 mg/dL (RN) Diminuído: com dose excessiva de insulina,
carcionoma de pâncreas, doença hepática,
privação alimentar prolongada, pancreatite,
especialmente em pacientes recebendo
hipoglicemiante oral e insulina
Glicose (urina) Negativo Glicemia > 180 mg/dL geralmente provocam
glicosúria. Porém, em pacientes diabéticos, o
limiar renal pode variar de 50 a 400 mg/dL.
Crianças com menos de um ano e gestantes
podem apresentar glicosúria por diminuição
do limiar renal.
Aumento: no DM, estresse severo (trauma e
infecção)
HDL Baixo: > 40 mg/dL Aumentado: no exercício extenuante e
Desejável: > 40 mg/dL regular, terapia com estrogênio ou insulina,
consumo moderado de álcool.
Diminuído: no jejum prolongado, obesidade,
doença hepática, DM, hipertireodismo, fumo
e AIDS
Hematócrito M: 40 – 50% Aumentado: na desidratação, policitemia,
F: 35 – 45% choque.
Diminuída: na anemia (Ht<30), perda
sanguínea, hemólise, leucemia, cirrose,
hiperhidratação
Hemoglobina M: 13,5 – 18 g/dL Aumento: em queimaduras, insuficiência
F: 12 – 16 g/dL cardíaca, DPOC, desidratação
Diminuído: na anemia, hipertiroidismo,
cirrose, várias doenças sistêmicas, AIDS
Hemoglobina 26 – 34 g/eritrócitos Aumento: na anemia macrocítica, falso
corpouscular aumento na hiperlipidemia
médio Diminuído: na anemia microcítica
Hemoglobi 3,6% - 5,3% Avalia o controle glicêmico de diabéticos
na Glicada em longo prazo. Reflete a média das
glicemias durante os últimos dois
meses. É um teste menos sensível que a
curva glicêmica para o diagnóstico do
DM
Aumento: no diabetes mal controlado
ou recentemente diagnosticado,
talassemia, deficiência de ferro.
Objetivo de tratamento < 7%
Diminuído: na anemia falcimorte, outras
anemias hemolíticas.
Hormônio Adultos: Aumentado: no hipotiroidismo primário
tireoestimulan 21 a 54 anos: 0,4-4,2 Diminuído: no hiperparatoroidismo,
te (TSH) U/L terapia com hormônio da tireóide.
55 a 67 anos: 0,5-8,9
U/L
Índice 20 – 55% Aumentado: na ingestão excessiva de
ferro, anemia hemolítcas, doença
de hepática.
saturação Diminuído: na anemia por deficiência de
ferro, hemorragia, hemólise, hemoglobinúria.
da trasnferrina
LDL Desejável: < 130 Aumento: no hipotiroidismo,
mg/dL Limite: 130 – doença hepática, trauma
159 mg/dL agudo, DM, gestação Diminuído: na
Alto: 160 mg/dL AIDS
Valor calculado: LDL= Col total – HDL – (TG/5)
Magnésio 1,9 – 2,5 mg/dL Função muscular e nervosa, regula
sistemas enzimáticos que controlam o
metabolismo dos carboidratos, lipídeos,
eletrólitos e proteínas
Aumentado: na IRC, acidose diabética,
hipotiroidismo, desidratação, excesso
de suplemento de magnésio ou
antiácidos.
PTH 10 – 65 pg/ml Regula os níveis de cálcio, juntamente
com a Vitamina D e a calcitionina
Aumentado: na hipocalcemia
Diminuído: na hipercalcemia
pCO2 35 – 45 mmHg Aumentado: Acidose, em
hipoventilação secundária à anestesia
geral, DPOC, obstrução das vias aéreas
Diminuído: Alcalose, em desordem do
SNC, hipoxemia
30
Plaquetas 150.000 – 450.000/mm3 Aumentado: trombocitose, em
maliginidade, artrite reumatóide,
anemia ferropriva Diminuído:
trombocitopenia, em
anemia hemolítica ou
perniciosa,
quimioterapia, infecção,
hemorragia,
coagulação intravascular
disseminada
31
pH Arterial: 7,35 – 7,45 Aumentado: na alcalose respiratória ou
Venoso: 7,33 – 7,43 metabólica, vômitos, redução do potássio ou
cloro sérico, febre alta, hiperventilação,
anoxia, hemorragia cerebral.
Diminuído: na acidose respiratória ou
metabólica, cetoacidose diabética, IRC,
diarréia, insuficiência respiratória, obstrução
das vias aéreas, choque, ICC
Potássio 3,6 – 5,0 mEq/L Principal cátion intracelular. Essencial para o
metabolismo de carboidratos, transmissão
nervosa e função renal.
Aumentado: hipercalemia, na IRC, dano
tissular, acidose, diabetes não controlada,
hemorragia interna, excesso de suplemento
de K, AIDS.
Diminuído: hipocalemia, na perda
gastrointestinal, vômito excessivo, diarréia,
administração de líquido endovenoso sem
suplementação de K, má absorção,
desnutrição, estresse crônico ou febre, IRC
Pré-Albumina 19 – 38 mg/dL Melhor indicador das mudanças nutricionais
que a albumina. Resultado não alterado pela
deficiência de ferro. Vida média = 2 a 3 dias.
Sintetizado no fígado. Transporta tiroxina e
proteína ligada ao retinol. Excretada pelos
rins Aumentado: na IRC, desidratação e
doença de Hodgkin
Diminuído: no hipercatabolismo agudo,
ingestão protéica inadequada, doença
hepática, estresse, infecção, cirurgia,
desnutrição, hiperhidratação.
Desnutrição: leve = 10 -15 mg/dL, moderada
= 5-10 mg/dL, grave = < 5 mg/dL
Proteína total 6,3 – 8,1 g/dL Aumentado: na desidratação, doenças que
elevam os níveis de globulina.
Diminuído: na deficiência protéica, doença
hepática severa, má absorção, diarréia,
queimaduras severas ou infecção, edema e
síndrome nefrótica
Proteína (Urina) 50 – 150 mg/24 horas Aumentado: na síndrome nefrótica,
nefropatia diabética, mieloma múltiplo,
síndrome de Falconi, anemia falciforme,
neoplasia, ITU.
32
PCR < 0,8 mg/dL Fator de risco para evento
cardiovascular (infarto do miocárdio
ou derrame) Aumentado: na
inflamação arterial, infecções
bacterianas, câncer, doença de
Crohn, infarto do miocárdio,
pancreatite, febre reumática,
artrite reumatóide, obesidade.
Sódio 137 – 145 mEq/L Principal cátion extracelular.
Importante para manutenção do
equilíbrio ácido-básico.
Aumentado: hipernatremia, na
desidratação, ingestão hídrica baixa,
diabetes insípido, síndrome de
cushing, coma.
Diminuído: hiponatremia, em
edema, queimaduras severas,
vômito/diarréia severos, diuréticos,
nefrite grave, privação
alimentar grave, hiperglicemia, má
absorção, AIDS.
Tiroxina total > 12 anos: 4,5 – 12 g/dL Aumentado: no hipertiroidismo,
(T4) anorexia nervosa.
Diminuído: no hipotiroidismo, IRC
TGO ou AST M: até 38 U/L Não é um bom parâmetro individual
F: até 32 U/L para teste de função hepática,
porque, além do fígado, é
encontrado no coração, músculo
esquelético e células vermelhas do
sangue.
Aumentado: na injuria/morte celular,
infarto do miocárdio, cirrose aguda,
hepatite, pancreatite e doença renal
Diminuído: no diabetes não
controlado (com acidose)
TGP ou ALT M: até 41 U/L Melhor parâmetro que a TGO como
F: até 31 U/L teste de função hepática. Encontrada
predominantemente no fígado, com
quantidade moderada nos rins e
somente pequena quantidades no
coração e músculo esquelético.
Aumentado: na hepatite, icterícia,
cirrose, câncer hepático, infarto do
miocárdio, queimaduras severas,
trauma, pancreatite e
33
obesidade
Gama GT M: 11 – 49 U/L Útil na diferenciação entre desordem
F: 7 – 32 U/L hepática e óssea.
Aumentado: na doença hepática
aguda e crônica, colestase intra ou
extra-hepática, hepatotoxicidade,
obstrução biliar, pancreatite.
34
Transferrina 200 – 400 mg/dL Aumentado: na reservas inadequadas
de ferro, anemia ferropriva, hepatite
aguda, uso de cotraceptivo oral
Diminuído: nas anemias perniciosas e
falciforme, infecção, câncer, doença
hepática, desnutrição hepática,
síndrome nefrótica, talassemia.
Desnutrição: leve = 150 – 200 mg/dL,
moderada = 100 – 150 mg/dL; grave
= < 100
mg/dL
Triglicérides Desejável: < 150 mg/dL Importante na avaliação do
Limite: 150 – 199 mg/dL metabolismo de lipídeos,
Alto: 200 – 249 mg/dL administração endovenosa de
Muito alto: > 500 mg/dL emulsões lipídicas deve ser cautelosa
em pacientes com níveis elevados.
Aumentado: nas hiperlipidemias,
doença hepática, pancreatite, diabetes
mal controlado, hipotiroidismo, infarto
do miocárdio, ingestão alta de açúcar
e/ou gordura.
Diminuído: na desnutrição, síndrome
de má absorção, hipotiroidismo, DPOC
Triiodotironina Adultos: Sua concentração é cerca de 1/70
(T3) 20-50 anos: 70-200 ng/dL daquela de T4 e circula ligada à
50-90 anos: 40-180 ng/dL proteína
Aumentado: em terapia com
hormônio da tireóide.
Diminuído: em doenças graves em
geral, pós- operatório, jejum, uso de
propranolol, corticoesteróides ou
pessoas muito idosas.
Uréia 10 – 45 mg/dL Reflete quebra protéica endógena
(catabolisada) ou exógena (ingerida).
Pode indicar estado de hidratação.
Sofre mais a influência do catabolsimo
protéico do que a creatinina.
Aumentado: IRC, choque trauma,
desidratação, infecção,
diabetes,
ingestão/catabolismo protéico
excessivo, infarto do miocárdio, uso de
esteróides.
Diminuído: na insuficiência hepática,
desnutrição, má absorção,
35
hiperhidratação, diarréia
Uréia (Urina) 12 – 34 g/24 horas Sintetizada no fígado a partir da
amônia, como produto final do
catabolismo das proteínas. É
livremente filtrada pelos glomérulos
renais e cerca de 40-50% são
reabsorvidos no túbulo
36
contornado proximal. Mede o ritmo de
filtração glomerular. Influenciada pela ingestão
de proteínas.
Diminuído: IRC
Volume 87 – 103 mm3/eritrócitos Aumentado: no abuso de álcool, anemia
corpuscular perniciosa macrocítica/megaloblática,
médio (VCM) deficiência de vitamina B12 e/ou folato.
Fonte: Martins, 2008
9. Exames físicos
Deficiência
Normal Achados clínicos Outras causas
suspeitada
Anemias não
Conjuntiva pálida Ferro
nutricionais
Hereditariedade e
Dificuldade visão claro escuros Vit A
doenças oculares.
Manchas de Bilot
(manchas acinzentadas, brilhates
Brilhantes, membranas róseas e Vit A
triangulares na região temporal
úmidas,
da conjuntiva)
sem feridas nos epicantos, sem
Olho
Sinal de bandeira
Tinturas e outros
Brilhantes, firmes e difíceis (despigmentação transversa)
tratamentos capilares
Arrancável com facilidade e Proteína
de arrancar. excessivos.
sem dor
Cabelos
Considerado normal se
Uniformes, arredondadas e lisas Coiloníquia (unhas em forma
somente encontrado na
de colher, finas e côncavas) Ferro unha do pé.
Vit A, Ác. Graxos
Descamação ou seborréia essenciais, Zinco,
nasolabial riboflavina, Excesso de vitamina A.
piridoxina
Hiperqueratose folicular
PELE Vit A e vit C
E
L
(hipertrofia da epiderme)
37
Pigmentação (escurecimento) e
descamação das áreas
Niacina
expostas ao sol
Cor uniforme, lisa de aparência Aparência de “celofane” Proteína Envelhecimento.
saudável, sem erupções, edema Pigmentação amarelada,
ou manchas. principalmente nas palmas e Excesso da ingestão
solas, enquanto a esclera
de beta caroteno.
permanece branca.
Síndrome de Cushing,
Edema corporal, face redonda
medicamentos como
edemaciada (lua cheia) Proteína, Tiamina
Esteróides.
Proteína, vit C,
Cicatrização deficiente de Cuidado deficiente da
Zinco,
feridas, úlcera de decúbito pele, diabetes.
Kwashiorkor
E
a
r
38
Queilose (lábios secos, com
Riboflavina, Salivação excessiva,
rachaduras e ulcerados),
Lábios macios, sem inflamação, piridoxina, devido à prótese
Estomatite angular (inflamação
rachaduras ou edemas niacina dentária mal fixada.
dos cantos da boca)
Riboflavina,
Papila lingual atrófica niacina, folato,
(língua lisa) vit B12, proteína
e ferro
Língua vermelha, sem edema e
com superfície normal Riboflavina,
niacina, folato,
Glossite
Ora
Medicamentos,
Paladar e olfato normais Hipogeusia (paladar diminuído) Zinco como agentes neoplásicos
Hiposmia (olfato diminuído) ou sulfoniluréias.
Fluorose
Esmalte manchado
(flúor em excesso).
Esmalte danificado Suspeita de bulimia.
Gengivas e dentes normais
Gengivas edemaciadas,
sangrantes e retraídas Vitamina C
Niacina,
Demência vit B12
Tetania
vitamina D
Ácido Nicotínico,
Depressão
tiamina
Piridoxina,
Perda sensitiva
vit B12
Fraqueza motora,
Perda da sensibilidade
Reflexos e sensações normais
vibratória,
Perda da contração do Tiamina
tornozelo e punho,
Formigamento de mãos e
pés
Aumento da parótida
Glândulas
(mandíbulas parecem
/ Outros
Inanição,
marasmo,
Desgaste muscular
Kwashiorkor
Músculos
Edema Kwashiorkor
Subcutâneo
Inanição,
Gordura abaixo do normal marasmo
Quantidade normal de gordura
Excesso de energia/
Gordura acima do normal
obesidade
40
Ferramentas para triagem nutricional
41
- Avaliação subjetiva gloabal II
42
- Avaliação de risco nutricional
Paciente: Data:
Avaliação do Risco nutricional
Notificar o serviço de nutrição se 3 ou mais fatores estiverem presentes
Diminuição de 50% na ingestão alimentar por mais de 3 dias
Perda de peso de 4,5 kg/mês ou 10% do peso
Náusea ou vômito por 3 dias
Dificuldade de mastigar ou deglutir
Diarréia por mais de 3 dias
Notificar o serviço de nutrição se 1 ou mais fatores estiverem presentes
Diminuição de 50% na ingestão alimentar por mais de 7 dias
Trauma/Traumatismo crâneo encefálico
Úlcera de decúbito
HIV/AIDS
Falência hepática/Cirrose
Diagnóstico clínico de desnutrição
Rebaixamento de nível de consciência
Sepse
AVC
Câncer ativo
Serviço de nutrição notificado em:
Comentários:
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- Score de risco nutricional
Tabela de Score de Risco Nutricional
Paciente: Data:
Náusea Vômitos – 3 ( )
Sensação de náusea – 2 ( )
Obesidade Fazendo regime – 2 ( )
Acima do peso – 3 ( )
Baixo peso Recente perda de peso – 3 ( )
Incapaz de se alimentar – 3 ( )
Magro – 2 ( )
Respiração Respiração deficiente – 2 ( )
Exaustão – 3 ( )
Mastigação Reduzida – 2 ( )
Sem condições – 3 ( )
Deglutição Dificuldade – 2 ( )
Doloroso – 3 ( )
Incapaz – 3 ( )
História Atividade física reduzida – 2 ( )
Dor/Doença aguda/crônica – 3 (
) Constipação – 3 ( )
Diarreia – 3 ( )
Score:
Classificação:
< 5 – Menor risco nutricional
> 5 – Maior risco nutricional – Realizar ação nutricional
Assinatura:
44
-
45