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Disciplina: Gestão Logística

Curso: Especialização em Gestão Pública (PNAP)

UNIDADE II

GESTÃO DE TRANSPORTE

Professora Me. Margareth Cristina Santos Seixas

IFAM EaD > Curso: Especialização em Gestão Pública > Módulo: 3


Disciplina: Gestão Logística

O que é Gestão de Transportes?

Município de
Humaitá – AM
(2011)

Fonte: http://barrancas.com.br/lanchas-escolares-abandonadas-viram-sucatas/
Tente imaginar a dificuldade das escolas do interior da Amazônia que não
possuem um rio em suas mediações. Pense na dificuldade que as escolas
devem passar para receber os produtos para a merenda escolar, no tempo
que esses produtos levam para chegar à escola, no tempo necessário para se
fazer um pedido, no quanto esse estoque deve ser maior e no risco de os
produtos frescos e perecíveis serem perdidos.

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O que é Gestão de Transportes?

A Gestão de Transporte é a atividade que analisa os


diversos tipos ou modos de transporte, mais popularmente
conhecidos como modais de transporte.

Cada modal de transporte possui características que


impactam nos custos e na qualidade das entregas.

O Transporte é um indutor primordial do desenvolvimento


de qualquer região, em qualquer país. Não existe a
possibilidade de desenvolvimento de uma região ou país
sem um sistema de transporte eficiente. Rosa (2014).
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O que é Gestão de Transportes?


TRANSPORTE
Para muitas empresas este é o elemento mais
importante do custo logístico, podendo o frete
absorver até dois terços do custo logístico e entre
7% e 10% do preço final dos produtos.
Um sistema de transporte eficiente
contribuirá para:
✓Aumentar a concorrência no
mercado.
✓Garantir as economias de
escala na produção.
✓Reduzir o preço das
mercadorias.
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ClassifIcação das cargas

As mercadorias disponibilizadas para transporte são denominadas


cargas, e podem ser classificadas segundo suas características
principais:

✓Peso e volume
✓Densidade média
✓Dimensões
✓Graus de fragilidade e de Periculosidade
✓Estado físico
✓Compatibilidade entre cargas diferentes
✓Assimetria

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Classificação das cargas

Devem-se considerar ainda,

✓A natureza da carga, se ANIMAL, VEGETAL ou MINERAL.


✓PERECIBILIDADE
✓Exigências ambientais, TEMPERATURA, PRESSÃO e
UMIDADE,
✓TOXICIDADE
✓INFLAMABILIDADE
✓RADIOATIVIDADE.

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Classificação das cargas

Com frequência e tentando padronizar, as cargas são


classificadas em:

CARGA A GRANEL – líquidas, gasosas ou sólidas secas,


minerais ou alimentares;

CARGA GERAL OU CONVENCIONAL – unitarizada (palletizada


ou conteinerizada), ou solta (não-unitarizada).

CARGAS COM EXIGÊNCIAS DE AMBIENTE CONTROLADO


(temperatura, pressão e umidade relativa)

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Pallets PBR foi introduzido no Brasil em 1990 pela


Pallets associação brasileira de Supermercados e por entidades
que fazem parte do Comitê Permanente de Paletização
(CPP) assessorados pelo (IPT-USP) Instituto de Pesquisas
Tecnológicas da Universidade de São Paulo.
Os pallets PBR têm medidas padronizadas de 1000mm x
1200mm.
Funcionam como vasilhames pois suas características
permitem que haja troca destes vasilhames entre
empresas que utilizam o mesmo modelo e sua estrutura
reforçada mostra que existem em uso, pallets PBR com até
quinze anos em atividade.
Pelo fato de possuir uma medida padronizada
(1000x1200mm), o modelo é utilizado por praticamente
toda a cadeia produtiva do país, fazendo com que muitos
comércios de pallets usados tenham seu negócio
diretamente voltado à comercialização de PBR usado.
Este fato faz com que muitos pallets PBR furtados estejam
presentes num comércio cujas peças não possuem origem
legal.
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Pallets
A função dos paletes é viabilizar a otimização do transporte de cargas
através do uso de paleteiras e empilhadeiras, obtendo com isso
VANTAGENS como:

•Redução do custo homem/hora;


•Menores custos de manutenção do inventário bem como melhor
controle do mesmo;
•Rapidez na estocagem e movimentação das cargas.
•Racionalização do espaço de armazenagem, com melhor aproveitamento
vertical da área de estocagem;
•Diminuição das operações de movimentação;
•Redução de acidentes pessoais;
•Diminuição de danos aos produtos;
•Melhor aproveitamento dos equipamentos de movimentação;
•Uniformização do local de estocagem.

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Pallets
DESVANTAGENS

•Espaços perdidos dentro da unidade de carga;


•Investimentos na aquisição de paletes;
•O peso do palete e o seu volume podem aumentar o valor do frete;
•O palete de plástico é uma boa opção; além de ter um terço do peso
de um palete comum de madeira, tem uma duração muito maior e
pode ser reciclado para vários meios de uso.

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• O que é modalidade? O que é modal ?

Os termos modo, modal e modalidade de


transporte possuem o mesmo significado.

Consideram-se cinco os modos básicos de


transporte: rodoviário, ferroviário, dutoviário,
aquaviário e aéreo.

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• Quanto à forma os meios de transporte podem


ser:
• Multimodal: Sistema onde a mercadoria é transportada
por mais de um modo de transporte (modal), sob
responsabilidade de um único operador, legal e contratual.

• Unimodal: envolve somente um meio de


transporte
• Intermodal: Sistema onde a mercadoria é transportada
por mais de um modo de transporte (modal), por diferentes
operadores que são responsáveis, cada qual, pelo seu
trecho.

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Os tipos de modais de transportes básicos são: o rodoviário, o ferroviário, o aquaviário, o


dutoviário e o aéreo.

A Importância relativa de cada tipo pode ser medida pela distância coberta pelo sistema, pelo
volume de tráfego, velocidade, disponibilidade, confiabilidade e nível de risco.

Custo x Prazo X Qualidade


BOWERSOX e CLOSS (2001).

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RODOVIAS
PORTOS

HIDROVIAS FERROVIAS

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Rodoviário

Aeroviário

Modais Ferroviário

Aquaviário

Dutoviário

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Deve-se utilizar as seguintes características dos modais de transporte


para analisá-los comparativamente:

➢ Custo;
➢ Cobertura de mercado;
➢ Comprimento médio do percurso em quilômetro;
➢ Capacidade do equipamento de transporte (tonelada);
➢ Velocidade (tempo em trânsito);
➢ Disponibilidade;
➢ Grau de competição (número de oferta de prestadores de serviço);
Tráfego predominante (valor);
➢ Tráfego predominante (peso por unidade transportada);
➢ Confiabilidade;
➢ Nível de risco e experiências passadas com a modalidade.
Vamos entender melhor cada uma dessas características?

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➢CUSTO: é o valor de frete cobrado para transportar a mercadoria de um


ponto de origem a um ponto de destino. Vale destacar que o custo, ou
frete pago, é altamente impactado pelo que denominamos frete de
retorno. Caso tenha a possibilidade de retornar vazio, ele acaba cobrando
o frete de ida e o frete da volta do mesmo cliente. Portanto, locais que
tenham carga chegando e saindo tendem a fretes mais baratos, esse é o
caso da cidade de São Paulo.
➢COBERTURA DE MERCADO: diz respeito à possibilidade de o veículo
cobrir uma área de atendimento a clientes. No caso do transporte
rodoviário, praticamente todos os locais podem ser atendidos por um
caminhão, mas no caso do transporte ferroviário, o trem não pode
circular fora da via férrea e, portanto, tem uma abrangência bem menor.
➢COMPRIMENTO MÉDIO DO PERCURSO EM QUILÔMETRO: representa
a distância mínima para a qual o modal escolhido se torna
conomicamente viável. No entanto, para cargas de grande volume de
transporte, fluxo de carga, podemos desconsiderar essa observação por
causa do alto volume.
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➢CAPACIDADE DO EQUIPAMENTO DE TRANSPORTE (tonelada): refere-


se à capacidade de carga que um veículo do modal escolhido tem para
transportar mercadorias em uma viagem. No caso do modal ferroviário,
consideramos a composição ferroviária que, de uma maneira geral, para
ser economicamente viável, deve ser composta de no mínimo uns
cinquenta vagões, e para ser tecnicamente viável, temos de considerar
atualmente o limite de 330 vagões de bitola larga utilizado pela Estrada
de Ferro Carajás para transporte de minério de ferro.
➢VELOCIDADE MEDIDA PELO TEMPO EM TRÂNSITO: mede o tempo
que o veículo leva para transportar uma carga de um ponto de origem a
um ponto de destino. Quanto maior a velocidade, menor o tempo.
➢DISPONIBILIDADE: diz respeito à possibilidade de se conseguir o
transporte via modal específico a qualquer hora e momento. No caso do
rodoviário, existem sempre opções de caminhões disponíveis para
contratação de frete, no entanto, no ferroviário e no marítimo essa
oferta depende da programação de trens e de navios, respectivamente.

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➢GRAU DE COMPETIÇÃO (número de oferta de prestadores de serviço):


diz respeito ao tipo de mercado de oferta de fretes. Em um mercado
com grande oferta de prestadores de serviço, a própria concorrência
ajuda a regular o mercado, por exemplo, o transporte rodoviário. Caso
contrário, pode ocorrer a cobrança abusiva do valor do frete por parte
de um transportador que domine o mercado. Para coibir esses abusos,
existem agências reguladoras, como a Agência Nacional de Transporte
Terrestre (ANTT), que cuida dos modais rodoviário e ferroviário, e a
Agência Nacional de Transporte Aquaviário (ANTAQ).

➢TRÁFEGO PREDOMINANTE: refere-se ao perfil da carga transportada


e, para melhor análise, separamos a análise em duas categorias: Valor e
Peso. Assim, temos uma análise do valor agregado da carga
predominante em cada modal e o peso médio transportado para cada
modal.

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➢CONFIABILIDADE NO ÂMBITO DE TRANSPORTE: diz respeito à


capacidade de o modal receber uma carga para transportar e a de
entregá-la no destino com a garantia de que essa situação ocorrerá o
maior número de vezes possível. Assim, a confiabilidade pode ser
medida pela razão entre o número de transportes realizados e o
sucesso pelo número de transportes solicitados.
➢NÍVEL DE RISCO: é medido pela possibilidade de extravio e de
avaria da carga durante o transporte realizado. Ele impacta
diretamente a confiabilidade, como é caso do modal rodoviário,
significativamente impactado pelo risco de roubo de carga ao longo
das estradas brasileiras.
➢EXPERIÊNCIAS PASSADAS COM A MODALIDADE: refere-se à
experiência da organização com algum tipo de modal e/ou com
alguma organização da mesma região, de preferência do mesmo
segmento de mercado a fim de avaliar como está sendo oferecido o
modal na região.
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Análise
comparativa
entre quatro
modais,
mostrando
vantagens e
desvantagens
e outras
características.

Análise comparativa entre modais. Fonte: Rosa, 2014.

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As cargas são transportadas


em CAMINHÕES e
CARRETAS, por rodovias que
integram todo o território
nacional, além de
possibilitar o intercâmbio
internacional.

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VANTAGENS: rapidez na entrega, operações


de carregamento e descarregamento rápidas e
simplificadas, pontualidade, segurança e
controle, menores exigencias com
embalagens, acessiblidade, versatilidade, os
caminhões podem ser transportados com suas
cargas em vagões ou balsas.

DESVANTAGENS: pequena
capacidade, não indicado para
garndes distâncias,
congestionamentos e burocracias,
elevado custo operacional.
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Largamente utilizado em países desenvolvidos, sendo pouco


utilizado no Brasil.

VANTAGENS: capacidade de
carga, baixas tarifas, baixo
consumo de energia, fácil
integração com outros modais.

DESVANTAGENS: baixa felixibilidade de rotas, exposição ao risco de furto,


elevado tempo em trânsito e custo elevado quando requer transportes
intermediários.
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VANTAGENS E DESVANTAGENS DO TRANSPORTE


DUTOVIÁRIO
Utilizado especificamente para o transporte de granéis
pro gravidade ou pressão mecânica, através de dutos
adequadamente projetados para os produtos a que se
destinam.
Requer altos
investimentos, mas é o
meio de transporte mais
economico, cobrindo
grandes quantidades e
longas distâncias.

No Brasil temos:
oleodutos, gasodutos,
minerodutos.
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Empregado quando há prioridade de entrega.

VANTAGENS: rapidez, eficiência e


confiabilidade na entrega, segurança,
pequeno tempo em trânsito, custo de
embalagem, acessiblidade.

DESVANTAGENS: limitada cobertura de


mercado, menor capacidade em peso e
volume, impedimento para cargas perigosas,
investimento elevado, custo operacional e
tarifas elevadas.
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Possui seus próprios aviões.


Dispõe de aproximadamente 650 aviões
(grande parte pequenas aeronaves para
atender o mercado norte-americano), 44.000
viaturas e 280.000 colaboradores, o que
permite o trânsito de mais de 8 milhões de
remessas por dia.

Fonte:http://epocanegocios.globo.com/Revist
a/Common/0,,ERT66837-16642,00.html

Uma das principais razões para possuir sua própria frota é


reduzir custos e melhorar seu desempenho de entrega.
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É historicamente, o meio de transporte mais


importante.
As principais hidrovias nacionais são: RIOS
TIÊTE-PARANÁ-PARAGUAI, AMAZONAS-
SOLIMOES, MADEIRA-AMAZONAS, SÃO
FRANCISO e ARAGUAIA.

VANTAGENS: tarifas de frete mais baixas, flexibilidade .

DESVANTAGENS: limitada acessibilidade, tempo de trânsito razoavelmtente


longo, menor frequencia na oferta dos serviços, elevada brurocracias e taxas.

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Utilizado para transporte de petróleo e seus derivados;

Velocidade de transporte é baixa, porém o tempo efetivo


de transporte é alto;

Entrega porta a porta muito efetiva.

Problemas mínimos no transporte.

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FERROVIÁRIO RODOVIÁRIO AQUAVIÁRIO DUTOVIÁRIO AÉREO

PRODUTOS • PRODUTOS DE • PRODUTOS DE • ALTOS • PRODUTOS DE


DE BAIXO MÉDIO VALOR E ALTO PESO E VOLUMES ALTO VALOR
VALOR E PESO BAIXO VALOR • PRODUTOS • PRODUTOS DE
ALTO PESO FLUIDOS BAIXO PESO
• PRODUTOS DE
URGÊNCIA

INDUSTRIA • PRODUÇÃO • MINERAIS • PETRÓLEO • PEQUENOS


EXTRATIVAS LEVES E MÉDIAS • PRODUTOS • ÓLEOS VOLUMES
PESADAS • MOV. ENTRE QUIMICOS PESADOS • INFORMÁTICA
COMMODITIES ATACADISTAS E • CIMENTO • GÁS • FLORES
AGRÍCOLAS VAREJISTAS • PROD. NATURAL • PERECÍVEIS
AGRICOLAS

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CUSTOS DE TRANSPORTE

O custo, basicamente, é constituído pela soma de insumos, como mão


de obra, energia, materiais diversos, equipamentos, instalações fixas
etc., necessários à realização de um determinado serviço, no caso um
transporte, que são avaliados monetariamente.
Os Custos Diretos são todos os itens de custos
diretamente relacionados com a operação de
O custo pode, transporte, por exemplo: motoristas,
inicialmente, ser combustível, custo de capital de veículos etc.
dividido em duas
grandes classes: Os Custos Indiretos são despesas relacionadas
Custo Direto à organização e que não estão diretamente
e relacionadas com a operação de transporte,
Custo Indireto. por exemplo: setores de contabilidade, de
vendas e de recursos humanos, secretária da
organização, condomínio do prédio
administrativo, entre outras.

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Além da divisão anterior, os custos podem ainda ter


uma outra divisão: Custos Fixos e Custos Variáveis.

Os Custos Fixos dizem respeito a todos os itens


que não se alteram por causa do aumento da
produção, como o custo do capital, do seguro, o
custo com a folha de pagamento (salários) etc.

Os Custos Variáveis correspondem aos itens que


variam por causa do aumento de produção, como o
combustível, os pneus, as horas extras etc.

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FATORES QUE IMPACTAM OS CUSTOS DO MODAL DE TRANSPORTE


Podemos analisar os fatores que impactam os custos do modal
de transporte e, por conseguinte, o preço do frete cobrado sob três
óticas:
1.Características do produto.
2.Características do mercado.
3.Tipo de contrato em razão da capacidade dos veículos.

Alguns fatores inerentes ao produto influenciam


diretamente os custos. Dentre eles, citamos:
-Densidade.
-Facilidade de acomodação no veículo e; -Vamos entender
melhor cada um
-Facilidade de manuseio (handling). desses fatores.

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A DENSIDADE afeta diretamente o transporte por causa, inicialmente,


da configuração do veículo de transporte, ou seja, se é um vagão, um
caminhão ou um navio. Por conta da densidade do produto, pode
ocorrer a situação em que um veículo pode ter sua capacidade
volumétrica ocupada, produto de baixa densidade, e, no entanto, sua
capacidade de tração estar subutilizada.
Na questão de FACILIDADE DE ACOMODAÇÃO no veículo, devemos
destacar as questões de adequação do veículo ao tipo de carga. Existe
no mercado uma grande variedade de caminhões, de vagões e de
navios que concorrem, não por acaso, em atender às diferentes
necessidades dos diferentes produtos.
Quanto às questões de FACILIDADE DE MANUSEIO (handling),
buscamos facilitar o acondicionamento de produtos dentro dos
veículos de carga. Nessa ótica, as embalagens de proteção exercem
papel fundamental, pois elas facilitam muito essa operação.

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AINDA PODEMOS MENCIONAR QUE além dos fatores que impactam os


custos do modal de transporte, dois índices são largamente utilizados
para se medir a sua eficiência:

Momento de e Tempo em
transporte trânsito

O momento de transporte pode ser visto como a unidade-


padrão para quantificar o transporte realizado por um veículo
de transporte ou de uma frota inteira. O momento de
transporte é calculado multiplicando-se a tonelada
transportada pela distância percorrida pela carga. O resultado
é medido em tonelada por quilômetro útil (TKU).
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O SEGUNDO ÍNDICE UTILIZADO É O TEMPO EM TRÂNSITO,


que diz respeito ao tempo gasto a partir do momento em
que o veículo de transporte é carregado é liberado para
viajar até o momento em que chega ao destino e se
apresenta para descarregar. Esse índice é específico de cada
modo de transporte, e para medir a incerteza do
desempenho do transportador é preciso medir a
variabilidade do tempo em trânsito.

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Disciplina: Gestão Logística

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