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Com esta natureza, o homem eleva-se acima da regularidade e fixidez inerentes aos seres de condição
física e biológica, acedendo a formas de comportamento que escapam àquelas determinações. Por isso,
enquanto os animais e os outros seres que integram o mundo físico estão sujeitos a acontecimentos
regidos pelo determinismo, o homem rege a sua acção pelo princípio da liberdade.
Determinismo
O determinismo é uma corrente filosófica segundo a qual a liberdade não tem qualquer
sentido, dado a acção humana ser determinada por antecedentes próximos ou remotos,
podendo ser explicada pelo mecanismo do esquema causa – efeito.
Podemos então definir o determinismo como uma teoria filosófica que nega a liberdade
do ser humano, o qual se sujeita, tal como os demais seres da natureza, ao carácter fixo
e inalterável das leis. Há várias formas assumidas pelo determinismo. Em todas elas, o
homem aparece sem vontade própria, pelo que não é o verdadeiro autor dos seus actos.
Liberdade
Na segunda, a resposta foi que “ o homem não é livre, porque não pode fazer tudo aquilo
que quer.”
Nestas respostas, a liberdade é perspectivada como entidade abstracta e, sob este ponto
de vista, o conceito apresentado é correcto na sua globalidade, pois a liberdade é, de
facto, independência, não estar sujeito a ninguém nem a nada. Expressarmo-nos pela
negativa, diremos que a liberdade se identifica com a ausência total de imposições e
mal-estares.
Tratar-se-ia de uma liberdade de indiferença que, a ser possível, faria da acção humana
algo de gratuito, na medida em que se agiria por agir, sem haver motivos
impulsionadores da acção. O indivíduo agiria voluntária e espontaneamente, como se o
seu querer momentâneo não possuísse qualquer limite.
Torna-se importante referir uma pequena noção de “liberdade”, noção esta que tanto se
pode definir de modo negativo, como de modo positivo. No primeiro caso, diz-se que ela
é a ausência de constrangimento. No segundo, que é a capacidade de fazer tudo o que
se quer. Porém, o carácter amplo e vago destas definições exige que se precisem e
clarifiquem alguns dos sentidos que vulgarmente se atribuem à palavra liberdade.
A seguinte grelha mostra os distintos modelos de liberdade:
A hereditariedade também está inserida neste grupo de condicionantes, uma vez que é
por princípio uma condicionante básica das nossas possibilidades de acção.
Como forma de conclusão deste trabalho, a liberdade como algo absoluto é um mito, mas
isso não significa que o homem não disponha de uma margem para exercer livremente
as suas actividades. E é ao nível da acção concreta, localizada num aqui e num agora, no
momento em que cada homem enfrenta os problemas e tem de lhes dar saída, que faz
sentido equacionar e discutir o problema da liberdade.
Bibliografia
Abrunhosa, Maria Antónia; Leitão, Miguel, 2005, Um outro olhar sobre o mundo,
2ª Edição, Lisboa.
Webgrafia
http://ocanto.esenviseu.net/lexicon/dtermins.htm
http://www.dn.pt/inicio/interior.aspx?content_id=1003140&page=2