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ANTROPOLOGIA

Sl.144.3-4 SENHOR, que é o homem, para que o conheças, e o


filho do homem, para que o estimes? O homem é semelhante à
vaidade; os seus dias são como a sombra que passa.

I - CONCEITO GERAL DE ANTROPOLOGIA

1. Antropologia é o conjunto de disciplinas que estuda os grupos humanos, a principio o


antropólogo focaliza o seu estudo girando em torno de dois principio o físico e o biológico.
2. O termo original grego “Antropos” significa homem e “Logia” estudo, portanto,
antropologia é o estudo completo do ser humano, corpo, alma e espírito. Segundo Broca,
antropologia é a ciência que tem por objeto o estudo do homem e suas relações com a natureza.
3. A Antropologia é o estudo do homem como ser biológico, social e cultural. Sendo cada
uma destas dimensões por si só muito ampla, portanto, o conhecimento antropológico
geralmente é organizado em áreas que indicam uma escolha prévia de certos aspectos a serem
estudados.

1.1. Evolução do Pensamento Antropológico:

Durante o século XIX varias escolas surgiram na Europa para dar


uma interpretação mais consistente sobre etnografia, criando uma diversidade de literaturas
sobre a diversidade cultural dos povos, isso foi chamado de “Evolucionismo Social”, que foi a
sistematização do conhecimento acumulado sobre os “povos primitivos”. A escola francesa se
destacou neste período dando definições mais amplas sobre os fenômenos sociais, investigando
o meio sócio-cultural antropológica, usando regras e métodos sociológicos.

O século XX foi marcado pelo “Funcionalismo” usando o Modelo de


etnografia clássica; Sistematizando o conhecimento acumulado sobre uma determinada cultura.
O Culturalismo Norte-Americano também desenvolveu no século XX foi a busca de leis no
desenvolvimento das culturas Relação entre cultura e personalidade dando o nome de
“Antropologia Interpretativa” surgiu no final do século XX por volta dos anos 60 que ficou
conhecida mundialmente em decorrência da revolução cultural. E por fim chegamos a
antropologia da pós-modernidade ou critica, criada por uma corrente filosófica de pensamento
surgida pelos anos 80 do século XX, chamada de antropocentrismo, essa ideologia vê o
homem como o centro de todas as coisas.

2. AS LINHAS DIVISÓRIAS DA ANTROPOLOGIA.


Resumindo o estudo em apreço, iremos limitar o tema e refletir
resumidamente sobre as principais divisões da antropologia as quais são:
2.1. Antropologia Cientifica: Estuda o ser humano cientificamente
2.2. Antropologia Filosófica: A filosofia procura explicar o homem através de reflexões
filosóficas.
2.3. Antropologia Cultural: que é objeto de estudo dos sistemas simbólicos, religião,
comportamento e a cultura do individuo,
2.4. Antropologia Teológica: O criacionismo é a doutrina fundamental para explicação da origem
do homem.
2.5. Antropologia Biológica: que estuda os aspectos genéticos e biológicos do homem.
2.6. Antropologia Física: Observa as estrutura física do ser humano.
2.7. Antropologia Social: que estuda a organização social e política, parentesco, instituições
sociais, pelas quais o homem ocupa;
2.8. Antropologia Arqueológica: Estuda as condições de existência dos grupos de seres
humanos desaparecidos, e outros que foram adaptados a outra cultura e por ultimo
desapareceram.
2.9. Antropologia Psicológica: Estudo o homem do ponto de vista psicológico e o estado
emocional.
2.10. Antropologia Etnográfica:
2.11. Antropologia Etnológica:
2.1. Antropologia Cientifica:
1. Esse ramo da antropologia estuda o homem do ponto de vista cientifico em suas
características biológicas, esta divisão é chamada pelos estudiosos de: “antropologia física”. Ela
estuda o homem também como um ser cultural, neste sentido é analisado as descobertas, as
invenções; e o que o homem aprendem como um ser integrante do meio social. Esta divisão esta
subdividida em partes chamadas de: antropologia física, isto é, anatômica, fisiológica estuda a
conservação e o crescimento do homem; a patológica, que visada orientar a origem do homem
sintomas e natureza; a zoológica, estuda as relações dos animais com o homem; “este ponto de
vista é rejeitado por completo pela igreja cristã” e por fim a antropologia paleontológica, que se
preocupam em estudar as fosse humanas, animais e vegetais. O cristão deve valorizar a
verdadeira ciência, porque ela esta de acordo e em harmonia com a bíblia, mas, deve estar
alerta porque existe também a chamada de “falsa ciência”
1Tm.6.20 Ó Timóteo, guarda o depósito que te foi confiado, tendo
horror aos clamores vãos e profanos e às oposições da
falsamente chamada ciência;

Percebe-se que antropologia científica não é tão unificada, ela expõe uma série de divisões e
subdivisões em sua diversidade de abordagens; e as diciplinas são as mais variadas em seus
diversos métodos de investigação, que chegam a uma determinada conclusão. Existem certas
divergências entre a antropologia teológica e a cientifica; Porém, alguns traços podem ser
reconhecidos e aceitos e comum entre as duas ciências. A visão judaico-cristã cientifica é
completamente diferente da visão antropológica cientifica divergindo em diversos ramos e
cessões. É Bom lembrar também que o conceito de pessoa é bem diferente nas concepções
cientificas e confuso em muitas culturas primitivas. Pessoa, para o cristão, é criação definitiva e
imediata de Deus; pessoa, para as ciências humanas, é elaboração social progressiva e
mutável; que evolui pelo processo natural; enquanto que a teologia bíblica defende o processo
da criação.

2.1.1. A Biologia

Segundo a biologia o ser humano começa na concepção, é um


processo continuo até a morte. Porém, ela desconhece o conceito de pessoa no âmbito de sua
aplicação. Pessoa é um termo cultural, e é estranho à Biologia. Na antropologia científica, o
sentimento de dignidade precede e não segue a atribuição da personalidade, nesta perspectiva
cientifica o indivíduo dotado de corpo, consciência, razão e vontade, autônomo e responsável.
Portanto, a antropologia cientifica busca na biologia argumentação para comprovação de teses
sobre a origem da vida. Portanto, a biologia estuda a origem da vida do ponto de vida cientifico
antropológico. A falsa ciência se apossa do materialismo cientifico para explicar a origem da vida
humana; e em suas especulações ateísta acabam erroneamente afirmando que a vida surgiu por
ACASO, ou oriunda de uma grande explosão cósmica. Esse é um principio cientifico anticristão,
são teoria adotada cientista ateus, pois a bíblia diz muito a seus respeito.

Sl.10.3-4 Porque o ímpio gloria-se do desejo da sua alma, bendiz


ao avarento e blasfema do SENHOR. Por causa do seu orgulho, o
ímpio não investiga; todas as suas cogitações são: Não há Deus.

2.1.2. O Campo de Estudo da Antropologia Cientifica

Antropologia cientifica estuda o ser humano através de sua evolução


física; surgimento na natureza, fisionomia, aspecto físico fisiologia capacidades como ser;
pensar, fazer, reproduzir-se, transformações etc. Antropologia é a ciência que estuda as culturas
humanas. Esse ramo da antropologia é uma disciplina que investiga cientificamente as origens, o
desenvolvimento e as semelhanças das sociedades humanas; bem como as convergências e as
divergências entre elas. Os antropólogos comumente investigam as formas de desenvolvimento
do comportamento humano, o que seria mais uma antropologia psicológica. As duas principais
divisões da antropológica cientifica são:

A - Antropologia Biológica:

A antropologia biológica é geralmente classificada como uma ciência


natural, enquanto a antropologia cultural é considerada uma ciência social. A antropologia
biológica, como o nome já indica, dedica-se aos estudos dos aspectos biológicos dos seres
humanos. Essa ciência procura dar explicações sobre a origem dos seres humanos; e busca
conhecer as diferenças raciais e étnicas, a origem e a evolução da humanidade. Os
antropólogos estudiosos desta área de conhecimento da antropologia estudam fósseis e
observam o comportamento de outros primatas.

B – Antropologia Social

A antropologia cientifica social dedica-se primordialmente ao


desenvolvimento das sociedades humanas no mundo. Estuda os comportamentos dos grupos
sociais, as origens desses grupos, a religião, os costumes e convenções sociais, o
desenvolvimento técnico e os relacionamentos familiares. Um campo de estudo que geralmente
e estudado em conjunto com outras ciências sociais, como história e a estrutura da linguagem.
Fazem parte da antropologia cientifica as demais ciências: História, Geografia, Geologia,
Biologia, Anatomia, Genética, Economia, Psicologia e Sociologia, e todas dão suas contribuições
para formulação de hipóteses e terias que se transformam em teses de doutorados no campo
antropológico cientifico. Percebe-se que o campo de estudo da antropologia cientifica é muito
vasto; e os argumentos e as teses e dissertações são muito fortes no mundo das especulações.

2.2. Antropologia Filosófica:


É a filosofia procurando através de argumentação e reflexões
filosóficas explicar a origem do homem. A filosofia é a ciências das especulações que procura
investigar o homem através das ciências metafísica, epistemológica e ética. É a antropologia
analisada metafisicamente; é na verdade, aquela parte da filosofia que estuda a estrutura
essencial do ser humano; contudo, este ocupa o centro das especulações filosóficas, na medida
em que tudo se deduz a partir dele emsmo; ele torna acessíveis as realidades, que o
transcendem, nos modos de seu existir relacionados com essas realidades. A antropologia
filosófica é uma antropologia da essência e não das características humanas. Ela se distingue
das demais antropoliogias por dar uma interpretação basicamente ontológica do ser humano. É
também uma disciplina filosófica.

O cogito é o principio filosofico que busca explicações sobre a vida


atraves de reflexões filosoficas.

2.2.2. A Origem Do Pensamento Antropologico Filosofico:

O pensamento antropológico filosófico teve o seu início quando o


homem se sentiu imensa dificuldades para entender a si mesmo e a sua origem. Mas,
precisamente sobre a concreticidade pessoal e histórica de sua vida; as quais começou a busca
pela explicação. O nome Antropologia filosófica, e uma afirmação mais recente, vem dos tempos
pós-moderno. Cresceu sobre tudo a partir dos estudos realizados por Scheler, que considerava a
antropologia filosófica a ponte estendida entre as ciências positivas e a metafísica.

2.2.3. Objetivo Do Pensamento Filosofico Antropoligico:

É mostrar exatamente como a estrutura fundamental do ser humano,


e a sua forma de funcionamento, corpo, alma, espirito do homem. Os objetivos é dar uma
explicação lógica de todas as funções, ou seja, da tricotomia humana, alem de analisar a
linguagem, conciencia, moral, mito, religião. Mas, seu objetivo principal é refletir sobre a grandes
questão: que é o ser humano? Como problema, ela tem seus primórdios mais fecundos nos
debates do filosofo da antiga Grécia Sócrates e dos Sofistas. O grande filosofo Immanuel Kant
definiu a antropologia como ‘a’ questão filosófica por excelência, uma vez que a filosofia
enquanto tal tomaria ao seu encargo quatro grandes problemáticas; as quais são: A metafisica a
Religião, a ética e a antropologia levando em consideração que todas esas divisões seriam parte
da antropologia, sabendo que todas elas trabalha os problemas dos seres humanos.

2.2.9. Refutando As Idéias Filosóficas Antropológicas:

Filosofias como o marxismo, o positivismo, o pragmatismo, ateísmo, a


escola analítica, o nietzscheanismo, o freudismo, o desconstrucionismo, enfim todas as
correntes filosóficas que tentaram explicar a origem do homem por meio de argumentação
filosófica antropológica, não alcançaram êxito perante a bíblia sagrada o livro de Deus que refuta
veementemente o posicionamento filosófico Antropológico, para tanto basta uma referencia
bíblica, alem das já citadas acima:

Cl. 2.8-10 Tende cuidado para que ninguém vos faça presa sua,
por meio de filosofias e vãs sutilezas, segundo a tradição dos
homens, segundo os rudimentos do mundo e não segundo Cristo;
porque nele habita corporalmente toda a plenitude da divindade. E
estais perfeitos nele, que é a cabeça de todo principado e
potestade;

2.2.9.1.Que ensina a filosofia do humanismo?

Sua base doutrinária, seus ensinamentos é que o homem, o universo


e tudo quanto existe é apenas matéria e energia que foram moldadas por “acaso”, homem não
foi criado por Deus, mas, é o resultado de um processo evolutivo. A doutrina humanista secular
rejeita por completo a crença e a fé em Deus, e nega ser a Bíblia a revelação inspirada e a
escrita palavra de Deus. Os adeptos dessa corrente filosófica procuram modificar ou melhorar o
comportamento humano mediante educação, redistribuição econômica, psicologia moderna ou
sabedoria humana; Crê que padrões éticos e morais não são absolutos, e sim relativos ao sujeito
e determinados por aquilo que faz as pessoas sentirem-se felizes, os valores e moralidade
bíblica são rejeitados por completo.

2Pe.2.19 prometendo-lhes liberdade, sendo eles mesmos servos


da corrupção. Porque de quem alguém é vencido, do tal faz-se
também servo.

2.4. Antropologia Teológica:

Gn.1.26-28 E disse Deus: Façamos o homem à nossa imagem,


conforme a nossa semelhança; e domine sobre os peixes do mar,
e sobre as aves dos céus, e sobre o gado, e sobre toda a terra, e
sobre todo réptil que se move sobre a terra. E criou Deus o
homem à sua imagem; à imagem de Deus o criou; macho e fêmea
os criou. E Deus os abençoou e Deus lhes disse: Frutificai, e
multiplicai-vos, e enchei a terra, e sujeitai-a; e dominai sobre os
peixes do mar, e sobre as aves dos céus, e sobre todo o animal
que se move.

Estuda o homem do ponto de vista escrituristico no que diz respeito a


sua origem, natureza, e sua relação com o transcendente, sua queda e conseqüência, e sua
restauração. Entretanto, a antropologia teológica destaca a partir de uma interpretação precisa
das sagradas escrituras, esta será o objeto e o foco de estudo neste livro. O Homem é a coroa
da criação; Muitos teólogos dão essa definição a o criacionismo. O Homem é Obra-prima de
Deus, tem o homem como dever glorificar-lhe o nome e voluntariamente honrá-lo em todas as
suas atividades.
Doravante estaremos entrando no cerne da Antropologia Teológica, o
qual é o tema central desse estudo. O homem em três partes é o tema do próximo capitulo.

2.3. Antropologia Cultural

Dirigem-se os estudos especificamente para o homem como um todo;


sua história, suas crenças, usos e costumes, filosofia de vida, linguagem etc. Sem dúvida esse
ramo da antropologia ganhou grande estatura, e uma projeção que cresceu muito nos últimos
anos e o interesse em estudar antropologia cultural tem crescido em muito, saltou para além das
suas fronteiras de investigação. A procura pelo curso nas faculdades de ciências humanas
sempre é maior do que a oferta. Isto se deve pelos impressionantes estudos feitos envolvendo
arqueologia lingüística etnologia, estudo de cultura de povos e tribos; estudos esses que
referem-se ao comportamento do homem, particularmente no que diz respeito às atitudes
padronizadas, rotineiras, que genericamente chama-se de cultura. Para o estudante de
antropologia cultural a cultura é forma de vida de um grupo de pessoas, uma configuração dos
comportamentos aprendidos, aquilo que é transmitido de geração em geração por meio da
língua falada e da simples imitação, também chamada de tradição cultural. Além da religião,
fazem parte da cultura os modos de alimentar de vestir-se, de combater ou de seguir os rituais
religiosos.

2.3.1. A Cultura:

De forma mais generalizada os antropólogos afirma que cultura seria


aquilo que especifica a condição humana. Para os biólogos ateístas, os seres humanos
evoluíram dos primatas como afirma Darwin.

A antropologia cultural foi reconhecida como ciência no final do século


XIX. Época em que surgiram as idéias das teorias como o evolucionismo, que se apropria de um
modo muito particular do darwinismo. Nesse sentido as culturas diferentes da européia seriam
classificadas como sendo inferiores, menos evoluídas. Através da evolução, as culturas
atrasadas poderiam, um dia, alcançar o estágio no qual se encontravam as culturas mais
desenvolvidas. A evolução cultural caminharia, assim, numa única direção: do simples ao
complexo, do irracional para o racional.
A chamada antropologia cultural ganhou força no início do século XX
nos Estados Unidos e derruba a visão de que as diferenças biológicas determinariam as
diferenças culturais.

Nosso objetivo é apresentar a cultura do reino de Deus como um


caminho superior e mais excelente, relevante para todas as culturas; e convocar os discípulos de
Cristo, desta sociedade moderna, envolvidos por fatores antropológicos diversos a viverem a
Cultura do Reino, cultura própria daqueles que são filhos de Deus. Precisamos identificar o que é
cultura bíblica e o que é cultura profana.

2.3.2. Antropologia da Cultura Religiosa

A Antropologia da cultura religiosa. Sabemos que a religião é um


componente da cultura e no sentido cultural é muito importante. É preciso saber se essa cultura
religiosa está enquadrada nos tramite da sagrada escritura. A religião e cultura estão
intimamente ligadas entre si, porém a religião trás em seu bojo a cultura promiscua. Percebe-se
que a antropologia e a teologia concordam em muitos pontos, porém, divergem nas principais
doutrinas, como por exemplo, em certos pontos da Antropologia Cultural. Pois, a bíblia é um
livro de cultura, mas não abre espaço para uma cultura religiosa, onde a valorização é o
paganismo.

Afinal O Que É Cultura?

Podemos definir a cultura como um conjunto de comportamento e


valores e das crenças culturais de uma sociedade. A cultura são padrões comportamentais
aceitos pela sociedade, herdados e transmitidos as gerações futuras; que servem para adaptar
as comunidades humanas aos ritmos sociais. Uma definição mais pratica seria: “a cultura é um
modo de pensar, de sentir, de crer”. Fazem parte do sistema cultural os valores, conhecimento, a
crença, arte, moral, alimentação, língua, leis, costumes e quaisquer hábitos e habilidades
adquiridos pelo homem dentro da sociedade. Porém, os aspectos culturais estão relacionados a
quatro fatores:

A - O Comportamento Do Povo

A psicologia antropológica se encarrega de estudar esses


comportamentos, por esta ser a parte mais extensa, e mais fácil de ser percebida e analisada o
processo comportamental de uma cultura. Esta identificação pode ser vista no modo de agir,
vestir, caminhar, comer, falar, de determinada cultura.

B – Os Valores Culturais De Um Povo

Os Valores Culturais de uma sociedade também é muito importante e


deve ser levado em consideração; pois esta faz parte da historia de um povo. Geralmente estes
valores são firmados sobre a sua noção daquilo que é correto e do que é certo e benéfico;
porém nem tudo que os princípios culturais observam como correto, do ponto de vista bíblico não
é correto, o que se deve observar teologicamente é se esses valores defendidos pelas culturas,
são valores defendidos pela bíblia, caso contrario deve o cristão rejeitar toda cultura que entra
em choque com a palavra de Deus.

C - As Crenças

A Crença é a noção que se tem daquilo que supostamente é


verdadeiro. O povo adota culturalmente as crenças em determinados objetos ao qual este povo
vê como verdade fundamental. Aqui esta o grande problema cultural, as “crenças” que ficam
fortemente enraizadas na cultura levando a um povo submeter-se a idolatria e muitos outros
males decorrentes dessas supostas crenças. Portanto, as crenças culturais não são as crenças
regidas pela palavra de Deus.

D - A Visão de Mundo

Chamamos de cosmovisão. E a maneira como as pessoas vêem o


mundo, geralmente a visão de mundo de cada individuo nasce a partir de heranças culturais e
religiosas deixadas de antepassados. A visão de mundo no aspecto cultural é como uma lente
através do qual o homem vê o mundo. Existem duas correntes de visão de mundo: A
cosmovisão naturalista e a judaico-cristã. A primeira vê o mundo de forma humanística, despreza
os valores cristão, esta visão é antibiblica, pois, exclui o criador de todas as coisas, Deus.
Acreditam sendo o homem produto evolutivo e surgiu por acaso. A segunda cosmovisão
chamada judaico-cristã defende todos os princípios e regras estabelecidos pelas sagradas
escrituras; defende o criacionismo bíblico sendo Deus o criador de todas as coisas, cf. Gn. 1.1,
Cl.1.13-17, defende as leis morais como padrão de conduta para todos os seres humanos; cf.
Êxodo 13.9. esta visão de mundo não é aceita pelos materialista que exclui Deus do processo
histórico da humanidade; porém, sabemos que a visão de mundo do ponto de vista judaico-
cristã é a única verdade que explica com coerência e equilíbrio é lógica a criação do universo e
do ser humano, cf. Jó 12.9-10. no livro de Atos esta o belo registro criacionista que derruba toda
tese evolucionista 17.24-26.

O Deus que fez o mundo e tudo que nele há, sendo Senhor do
céu e da terra, não habita em templos feitos por mãos de
homens. Nem tampouco é servido por mãos de homens, como
que necessitando de alguma coisa; pois rele mesmo é quem dá a
todos a vida, a respiração e todas as coisas; e de um só fez toda
a geração dos homens para habitar sobre toda a face da terra,
determinando os tempos já dantes ordenados e os limites da sua
habitação,

2.3.3. Visão da Antropologia Cultural

Percebe-se que a cultura interfere no comportamento humano, por ser um sistema integrado de
valores aprendidos como característica de membros de uma sociedade. A antropologia cultural
vem a ser uma ciência comparativa da cultura de um povo e traz uma compreensão cultural
deste povo. Nesta visão a antropologia cultural estuda o homem integrado em seu contexto
social, psicológico, biológico, físico e também teológico, ela analisa o comportamento, valores,
hábitos, língua e crença. A Bíblia é um documentário histórico da revelação de Deus aos
homens, e Teologia é uma explicação sistemática e histórica das verdades da Bíblia. Teologia é
a ciência que estuda a Deus e a todas as outras doutrinas cristãs que se referem o
relacionamento de Deus com o universo e o homem, estuda os fatos relacionados com Deus e
as coisas de Deus. Apesar dessa antropologia ter uma visão equilibrada em relação a teologia,
porém negam-na na pratica; para isto é preciso uma antropologia bíblica.

2.3.4. Antropologia Bíblica

A Bíblia é a única Regra de Fé e Prática, e a única fonte de confiança


do cristão. A veracidade e autoridade da Bíblia sobrepõem todas outras ciências e
argumentações humanas; e ponto final.

A Bíblia sagrada, chamada também de escrituras sagrada é o mapa


geográfico cultural do povo de Deus na terra, nela está contido o ensino de toda teologia bem
como os padrões culturais e comportamento humanos aceitos como normais e os não aceitos
como normal a exemplo, o comportamento homossexual não é aceito pela bíblica, porém, é
aceito pela cultura promíscua como normal. A Bíblia é manual teológico e antropológico para um
povo que adora a Deus como único e verdadeiro Senhor. Deus criou e formou o homem,
sabendo assim o que é melhor para a sua existência e perfeita harmonia aqui na terra. A única
fonte fidedigna que temos sobre Deus e as coisas relacionadas a Ele, é a Bíblia. Pois ela
distingue-se de todos os demais livros porque ela é a revelação divina, possui inspiração da
parte de Deus e tem autoridade divina. Deus se revelou a si mesmo na Bíblia. Ela é a revelação
de Deus mesmo. Ela é totalmente inspirada por Deus, há de se conferir 2Tm.3.16. A sua
autoridade é comprovada no decorrer da historia. A revelação que a Bíblia apresenta de Deus, é
uma revelação sobrenatural. Revelação divina, é Deus comunicando a verdade para o homem.
Jesus Cristo é a palavra revelada e encarnada de Deus. Jesus comprovou a autoridade das
Escrituras. Através da Bíblia, teologias e fundamentos doutrinários tem sido formulados e
apresentado para a Igreja, que é o corpo de Cristo. A Bíblia não contem a palavra de Deus, ela é
toda e totalmente, a palavra infalível de Deus. Foi escrita por vários autores inspirados pelo
próprio Deus. É composta por 66 livros, sendo 39 livros no Antigo Testamento e 27 no Novo
Testamento. A Bíblia Sagrada é o padrão e é a autoridade máxima em temas antropológicos. A
antropologia bíblica cultural estudo do homem a partir de suas origens, levando a o estudante a
compreender em que cultura a bíblia foi escrita. A bíblia fornece todas as informações para que o
teólogo saibam quais são as culturas absolutas e as relativas, as sagradas e as profanas. A
antropologia permite-nos também estudar a diferença entre as diversas culturas as suas formas
e significados; quando, por exemplo, as culturais apresentadas na escritura que não são
sagradas, a bíblia apenas registra o fato, não aprova tal. Neste sentido é preciso distinguir o que
é uma cultura bíblica absoluta, e o que é uma cultura promiscua expresso na passagem bíblica;
Visões distanciadas e destorcidas em relação a bíblia.

A – Cultura Animista.

Nesta cultura a visão é que a terra é governada por espíritos, e devido


à esta percepção do mundo tudo é regulado por esta crença, a plantação, a colheita, a
arquitetura de suas casas, os rituais, a religião, as festas e os modos de expulsar os maus
espíritos.

B – Cultura Hindu.

Para o hinduismo a vida não está num tempo linear começando com o
nascimento e terminando com a morte, mas num tempo circular, onde os indivíduos renascem
centenas e milhares de vezes. Para eles, a morte é apenas um ponto de reiniciar o processo
circular da vida, visto que irá nascer e começar outras vezes. Na cultura espírita, a reencarnação
e contato com os mortos e espíritos é algo natural.

C – Cultura Católica.

A cultura católica romana, Maria é a personagem principal em seu


suposto cristianismo e a que assume a memória cultural constantemente. Na cosmovisão
humanística, o homem é o centro de todo saber e de todas as coisas.

D - Cultura Islâmica

No modo e forma cultural islâmico, ocorre uma substituição das idéias


do cristianismo, onde Maomé é a autoridade máxima, o alcorão o livro de regras, fé e prática, e
Deus um juiz impessoal que julgará sem dó as pessoas, principalmente do ocidente, em uma
referencia ao Estados Unidos.

A Cultura Do Reino De Deus.

A Cultura do Reino são os padrões e valores éticos e morais próprios


para aqueles que nasceram de novo, e vivam uma vida regada pelo Espirito Santo. O novo
nascimento gera no homem um novo comportamento e atitudes pertinentes à um filho de Deus.
A cultura do Reino é na verdade, uma contra-cultura cristã que se opõe ao costume habitual do
mundo em que vivia antes. O evangelho de Cristo nos molda a um comportamento à imagem e
semelhança de Deus, e a cultura moldas as pessoas ao modo e viver do mundo. O cristão,
discípulo de Cristo, precisa então travar um encontro consigo mesmo, tomando um papel para
fazer uma lista realística de atitudes que são coerentes a cultura do reino de Deus e as culturas
que são do mundo. Todo ser humano já tem a noção de certo e errado, cabendo-lhe tão
somente ser sincero consigo mesmo e avaliar sob qual cultura está vivendo. Por exemplo, o ato
mentir, enrolar e enganar outra pessoa, infligir as leis, roubar, caluniar, falar asperamente,
preguiça, deslealdade, impureza moral, sexo descontrolado, relações sexuais ilícitas, a prática
sob qualquer forma de violência, o mau uso do dinheiro, a idolatria, o endividamento, a cobiça, a
inveja, a ambição desmedida, ganância, a loucura do trabalho, os vícios, desonra aos pais,
desrespeito à autoridades, brigas, contendas, litígios, manipulação, a não presença na família e
no lar, corrupção, suborno, sonegação fiscal, negligência, e tantas outras práticas não são
próprias do reino de Deus. Muitas práticas culturais tornaram rotinas e modificam o
comportamento das pessoas. Muitas culturas são maliguinas, e não são compatíveis com a
cultura bíblica.
ANALISE PANORÂMICA DAS FESTAS POPULARES E CULTURAIS NO BRASIL.
Essas festas são chamadas de festas religiosas; no Brasil e nos
paises latinos é comum veres nas festas populares símbolos do nascimento de Jesus Cristo com
base no calendário religioso da igreja católica apostólica romana, manifestações de mistura ao
culto afro. Essas festas levam milhões de pessoas à idolatria desenfreada sem precedimento,
além, de promover a promiscuidade.

Atos 15.29 Que vos abstenhais das coisas sacrificadas aos


ídolos, e do sangue, e da carne sufocada, e da fornicação; destas
coisas fareis bem se vos guardardes. Bem vos vá.

Como pode se perceber que muitas culturas no mundo hodierno é


antibiblica; cabe ao cristão analisar essas culturas minuciosamente, as quais ele deve participar
ou não. Na sociedade atual o cristão precisa ser espiritual para que ele possa ter discernimento
de cada cultura e analisar com a palavra de Deus aquilo que é bíblico, antibiblico e extrabiblico.
A cultura atual é uma cultura que valoriza o paganismo, e despreza o conceito de certo e errado
e valoriza única e exclusivamente as concepções de errado; isto é, inverte os valores; ai está as
festas pagã, tudo em nome de uma cultura; cultura promíscua, as quais o cristão não deve
participar.

2.3.5.1. O Carnaval: A Festa da Celebração Da Carne

O carnaval, é uma festa popular que arrebata multidões para as ruas


desde as menores cidades até as maiores metrópoles, promove grandes desfiles com mulheres
nuas e seminuas e homens sensuais, homossexual; suntuosos, comilança, os excessos são em
geral e também muita violência, liberalidade sexual e prostituição e promoção da pornografia e
do homossexualismo feminino e masculino.
Ao estudarmos a origem do carnaval, vemos que ele foi uma festa
instituída para promover a excitação da carne onde as pessoas pudessem se esbaldar com
comidas sexo, droga e rock Rholl e muita orgias sexuais. Os países onde a maioria da
população é de religião católica o carnaval e tido para satisfazer os desejos de lucro financeiro e
capitalista da igreja de Roma, onde combinam comida típica, bebidas fortes, prostituição adulta e
infantil, drogas, desfiles de mulheres e homens nus.
Rm. 12.1-3 Rogo-vos, pois, irmãos, apela compaixão de Deus,
que apresenteis o vosso corpo em sacrifício vivo, santo e
agradável a Deus, que é o vosso culto racional. E não vos
conformeis com este mundo, mas transformai-vos pela
renovação do vosso entendimento, para que experimenteis qual
seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus.

2.3.2.2 Festa Junina: É uma Maldição:


A festa junina é a maior festa que acontece nos arraias brasileiro
depois do Carnaval, principalmente no nordeste brasileiro; é um evento que trás grandes
expectativas no calendário brasileiro, que segundo a tradição animam todo o mês de junho com
muita músicas, as chamadas “músicas caipira”, quadrilhas onde humilha-se o homem do campo,
comidas e bebidas típicas a vontade em homenagem a três grandes supostos santos
canonizados pela Igreja Católica Apostólica Romana: Santo Antônio, São João e São Pedro.
Essas festas é uma tradição católica que acontece anualmente no mês de junho, chamadas
culturalmente de festas populares, pois, as mesmas tem como objetivo envolver as população
comunitária. Essa festa é uma mistura intrissica de folclore e religião católica e religião
espiritualistica.
2.3.2.2.2. A Origem das Festas Juninas:
Para as crianças de pais católicos, a explicação para tais festividades
é tirada supostamente da Bíblia e acrescida com fatos espúrio e mitológico. Os inventadores de
história católicos descrevem o que segue: “Nossa Senhora a Virgem Maria e Santa Isabel eram
muito amigas. Por esse motivo, costumavam visitar-se com freqüência, afinal de contas amigos
de verdade costumam conversar bastante. Um dia, Santa Isabel foi à casa de Nossa Senhora
para contar uma novidade: estava esperando um bebê ao qual daria o nome de João Batista. Ela
estava muito feliz por isso! Mas naquele tempo, sem muitas opções de comunicação, Nossa
Senhora queria saber de que forma seria informada sobre o nascimento do pequeno João
Batista. Não havia correio, telefone, muito menos Intenet. Assim, Santa Isabel combinou que
acenderia uma fogueira bem grande que pudesse ser vista à distância. Combinou com Nossa
Senhora que mandaria erguer um grande mastro com uma boneca sobre ele. O tempo passou e,
do jeitinho que combinaram, Santa Isabel fez. Lá de longe Nossa Senhora avistou o sinal de
fumaça, logo depois viu a fogueira. Ela sorriu e compreendeu a mensagem. Foi visitar a amiga e
a encontrou com um belo bebê nos braços, era dia 24 de junho. Começou, então, a ser festejado
São João com mastro, fogueira e outras coisas supostamente bonitas, como foguetes, danças e
muito mais!”. Como podemos ver, a forma como é descrita a origem das festas juninas é
direcionado as crianças.
As criancinhas indefesas são enganadas com essa grande mentira. As
comemorações do dia de São João Batista, realizadas em 24 de junho, deram origem ao ciclo
festivo conhecido como festas juninas. Segundo a tradição católica cada dia do ano é dedicado a
um dos santos canonizados pela Igreja de Roma. Observa-se que o número de santos, aliás,
santos entre “aspas” é bem maior do que o número de dias que contem ano criou-se então o dia
de “Todos os Santos”, que é comemorado pelos católicos em primeiro (1) de novembro de cada
ano. Mas alguns santos católicos são mais reverenciados do que outros. Assim, no mês de junho
são reverenciados, ao lado de São João Batista, dois outros santos: Santo Antônio, cujas
festividades acontecem no dia 13, e São Pedro, no dia 28.

2.3.2.2.15. O Posicionamento da Bíblia:


1Co.6.19-20 Ou não sabeis que o nosso corpo é o templo do
Espírito Santo, que habita em vós, proveniente de Deus, e que
não sois de vós mesmos? Porque fostes comprados por bom
preço; glorificai, pois, a Deus no vosso corpo e no vosso
espírito, os quais pertencem a Deus.

Para muitos crentes, pode parecer que a participação deles nessas


festividades juninas não tenha nenhum mal, quando não se conhece a origem, a gravidade e os
objetivos dessas festas, podemos até achar que é algo normal, mas, após conhecer suas
intenções veremos que o posicionamento da bíblia é completamente contrário a essas
festividades. O apóstolo Paulo, no entanto, declara em 1Corintios:
1Co.10.6-9 E essas coisas foram-nos feitas em figura, para que
não cobicemos as coisas más, como eles cobiçaram. Não vos
façais, pois, idólatras, como alguns deles; conforme está escrito:
O povo assentou-se a comer e a beber e levantou-se para folgar.
E não nos prostituamos, como alguns deles fizeram e caíram
num dia vinte e três mil. E não tentemos a Cristo, como alguns
deles também tentaram e pereceram pelas serpentes.

2.3.2.2.17. As Quadrilhas:
O Brasil é um dos maiores produtores de grãos do mundo. Até
conhecemos aquela frase elogiando as terras brasileiras: nas quais, em se plantando tudo
produz. O Brasil é grande produtor de arroz, feijão, trigo, café, cacau, mandioca; alem da
produção das frutas amazônicas como cupuaçu, açaí, pupunha e outras. No entanto, o homem
do campo o lavrador que é a profissão mais antiga, quando Deus criou o homem o colocar para
lavar a terra; está sendo desvalorizado e ridicularizado nestas festas juninas.
Sabemos pelos números das estatísticas que existe um êxodo rural muito grande, cerca
de 80% da população brasileira vive nas cidades e somente 20 % vivem no campo, ou menos.
Acredito que as festas juninas têm contribuindo em muito para formar uma imagem negativa de
nosso querido e amado povo que vive na zona rural.

2.3.2.2.19. A Bíblia Não Aprova Festas Juninas:


Os cristãos, devem ser orientados pela palavra de Deus, Sl.119.105
“Lâmpada para os meus pés é tua palavra e luz, para o meu caminho”
Dt.18.9 Quando entrares na terra que o SENHOR, teu Deus, te
der, não aprenderás a fazer conforme as abominações daquelas
nações.
Não existem em nenhuma parte das sagradas escrituras, ou pelo
menos algum texto bíblico ou versículo mesmo que seja isolado que aprouve esse tipo de
festividades. Agora vejam bem, que existem na bíblia inúmeras passagem que afirmam
categoricamente que idolatria é pecado, e trás maldição tanto individual como coletiva. Percebe-
se o duro e consistente ensinamento de Paulo; 1Co.10.20 “Antes, digo que as coisas que os
gentios sacrificam, as sacrificam aos demônios e não a Deus. E não quero que sejais
participantes com os demônios” basta essa referencia para sustentar que a bíblia não aprova as
festas pagãs.

2.3.2.3. Festa dos Quilombos:

Encenação dramática feita em diferentes datas religiosas


freqüentemente. Essas manifestação religiosa geralmente acontece nos Estados do Nordeste
brasileiro. Infelizmente o nordeste brasileiro é onde esta o acumulo das praticas idolatrias
festivas. São danças e cânticos, procuram-se reconstituir os quilombos, núcleos povoados por
escravos fugitivos no século XVII. São representadas duas guerrilhas: uma de índios, outra de
negros aquilombados. Os negros, vencidos, são levados em folia pelas ruas, onde são vendidos
ou trocados por balas e doces. Precebe-se que uma cultura discriminativa, onde discrimina
preconceituosamente o negro, os quais devem respeitar.

2.3.2.4. Bom Jesus dos Navegantes:

Geralmente é realizada na capital da Bahia, Salvador, sendo realizada


no primeiro dia do ano. É posta uma suposta imagem de Cristo, em embarcação ornamentada e
acompanhada por centenas de outras, cruza a baía de Todos os Santos.

2.3.2.5. A Festa do Círio De Nazaré:


É uma das maiores manifestações populares religiosas da igreja
católica no Brasil. Esta festividade em forma de procissão é realizada em Belém do Pará desde
1.793, geralmente acontece no segundo domingo de outubro. Segundo a tradição católica a
origem do evento é atribuída a um milagre ocorrido no início do século XVIII; segundo os
católicos o milagre seria esse: “Desaparece a imagem de N. S. de Nazaré, em madeira, que o
lenhador mulato Plácido José de Sousa mantém em sua casa; dias depois, reaparece no lugar
de sempre”. Infelizmente os paraenses católicos dão ao Círio de Nazaré importância equivalente
a Jesus, ou superior. Os rituais são como os mesmo de sempre, idolatria, comidas oferecidas
aos ídolos, pratos típicos, trocam presentes e os trabalhadores costumam ganhar gratificação
semelhante ao 13º salário. Fiéis da igreja católica de todo o Brasil comparecem, para pedir
graças ou pagar as alcançadas.

2.3.2.6. Corpus Christi:

É um feriado católico garantindo, aliás, garantido por lei é um feriado


nacional, chamada de “feriado religioso” . Pergunto aos deputados e senadores que compõe o
congresso nacional, e aqueles que gostam de fazer leis, porque dessa discriminação religiosa?
Porque os adeptos de outras religiões não têm o mesmo direito de ter um dia nacional garantido
por lei para as suas comemorações? Porque que os judeus, protestantes, evangélicos; espíritas;
não tem um dia de feriado nacional garantido por lei para fazer suas festas e manifestações?
Infelizmente uma grande parte da população brasileira que são os evangélicos, protestantes,
judeus, e outras religião são discriminadas pelas leis injustas praticadas nestes pais.

Corpus Christi é uma invenção da igreja católica onde em muitas


cidades, ornamentam-se as faixas centrais das ruas com figuras da liturgia católica coloridas,
feitas de flores, plantas, folhagens, serragem, pó de café, areia. As cidades que mais tem
idolatra nesta festa é Matão, Ibitinga e São Manoel (SP) Diamantina (MG), Florianópolis (SC),
Cabo Frio e Petrópolis (RJ),

2.3.2.7. Festa do Divino Espírito Santo:

Ela chegou no Brasil no século XVI na cidade de Parati no Rio de


Janeiro, é uma manifestação religiosa e profana trazida de Portugal, essa celebração era feita
em Portugal em homenagem a rainha Isabel por volta do século XIV. Em parati antes da
celebração do Divino era comemorado o Boi Divino, com distribuição de comida aos pobres. Em
Alcântara (MA), os participantes representam personagens do Brasil colonial e, pela tradição
católica o imperador prende alguém antes da festa, acusando-o de provocar desordem. Em
vários municípios da Bahia, as comemorações se estendem por dez dias. Esta festa também é
comemorada na cidade de Guajará-mirim em Rondônia numa dimensão muito grande, onde se
estende por outros municípios costeira via rio madeira.

2.3.2.8. O Drama da Paixão de Cristo::

Festa dramática com muita encenação onde supostamente representa


a morte de Cristo, geralmente acontece na chamada semana santa. Para o cristão todo dia é
santo, toda semana é santa, não há diferença de um dia para o outro e nem uma semana para
outra. A maioria das cidades brasileiras realiza as ditas procissões que lembram os últimos dias
de vida Cristo e sua ressurreição, e na seqüência vem o domingo de Páscoa. A cidade de Brejo
da Madre de Deus em Pernambuco, é onde focaliza mais estas encenações dramáticas, o teatro
de Nova Jerusalém, reúnem cerca de 500 atores anualmente para realizar o drama da Paixão.
Essa festa é apócrifa, não tem aprovação da bíblia sagrada, onde apresentam ali um Jesus
falido, pálido e sem vigor derrotado, e sabemos pela palavra de Deus que Ele é vivo e poderoso.

Mt.28.18 E, chegando-se Jesus, falou-lhes, dizendo: É-me dado


todo o poder no céu e na terra.

2.3.2.9.. Festa Do Senhor do Bonfim:

Acontece em Salvador Bahia, A festa se realiza a partir da segunda


quinta-feira após o dia da folia dos Reis, ou seja, seis de janeiro de cada ano e se prolonga até o
domingo. A Homenagem é feita com a lavagem das escadarias da igreja do Senhor do Bonfim,
que no sincretismo religiosa afro-catolico corresponde a Oxalá, o maior dos orixás, filho de
Olorum, ente supremo da mitologia iorubá.

2.3.2.10. Folia dos Reis:

É tradicionalmente chamada de festa dos reis, diz a tradição católica


que é um auto popular natalino de evocação da visita dos três reis magos ao menino Jesus.
Nesta folia é apresentado danças com mulheres com roupas sumárias, e homens depravados;
as representações de danças dramáticas como o terno de Reis, o rancho e o bumba-meu-boi.
Segundo a tradição dos católicos os foliões fazem paradas em casas previamente escolhidas,
para cantorias, em troca de comida e bebida.

2.3.2.11. O Ritual de Iemanjá:


É realizada na madrugada do primeiro dia do ano, na região sul, os
católicos comemoram na virada do ano (pela madrugada do dia primeiro) e também no Sudeste,
em Salvador Bahia é realizada no dia 02 de fevereiro de cada ano. Ali os religiosos católicos em
parceria com outras religiões afro entregam flores e outras oferendas a Iemanjá; que significa
JANAÍNA, principal orixá feminino, mãe de Xangô, Iansã e Oxossi; considerada rainha das águas
e sereia do mar. Isso contraria toda bíblia a moral ética da palavra de Deus.

2.3.2.12. A Senhora Aparecida:

Chamada e adorada pelos católicos de nossa senhora Aparecida o dia


12 de outubro é dedicado a ela, faz parte do calendário oficial do Brasil; Foi colocada na
constituição federal como a padroeira do Brasil. É feriado nacional esse dia. Dezenas, centenas
e milhares de devotos chegam de todo o território brasileiro e dos paises latinos a Aparecida do
norte São Paulo para venerarem essa suposta mulher. Ali eles rezam, fazem ladainha, fazem
missa, procissão, segundo os católicos é a maior concentração religiosa do país. Círio de Nazaré
fica em segundo lugar.

2.3.2.13. Centro Religioso Nordestino:

Nossa Senhora das Dores como é chamada pela igreja católica; a


romaria dessa senhora que é a padroeira da cidade de Juazeiro do Norte no Ceará, é o maior e
o mais importante centro religioso católico do povo nordestino, acontece na segunda semana de
setembro.

2.3.2.14. Nossa Senhora dos Navegantes:

É a protetora dos navegantes, e a festa religiosa da igreja católica


importante e mais tradicional de Porto Alegre, sempre é realizada no dia 2 de fevereiro,
comemorada desde 1.871, ocasião em que a santa se tornou padroeira da cidade. Realizada
também na cidade de Laguna Santa Catarina, no mesmo dia.

2.3.2.15. Padim Cícero:

A romaria em homenagem ao padre Cícero (1.844-1.934), é


considerado santo mais milagreiro do Brasil, ganha até de Frei Galvão, apesar de ter sido
suspenso pelas autoridades superiores (Vaticano) da igreja católica acusado de cometer heresia,
porém, isso não inibiu os idolatras; acontece em Juazeiro do Norte no sertão do Ceará, nos dias
1 e 2 de novembro peregrinação em homenagem ao Padre Cícero.
2.3.2.16. Uma Festa de Páscoa Diferente:

A festa da Páscoa celebrada pela Igreja católica é bem diferente das


festas da páscoa que está registrada na bíblia e é anualmente celebrada pelas Judeus ortodoxo.
Segundo a tradição o coelho e os ovos de Páscoa no Brasil data do início do século XIX.
Provavelmente foi trazida em 1.913, por imigrantes alemães. Os ovos são símbolos pascais
inspirados no costume e na tradição chinesa de colorir ovos de pata para celebrar a vida que
deles se origina. O lucro e o comercio pelos produtos de cacaus cresceu em muito e diversos
países europeus fabricam ovos de chocolate, na Páscoa, desde 1.834. O coelho, da mesma
época, tem origem anglo-saxônica e simboliza fecundidade.

A Divisão Tradicional da Antropologia Cultural:

1. Lingüística
2. Etnologia
3. Arqueologia

1. LINGÜÍSTICA

Estuda e analisa cientificamente a linguagem articulada. Forma de comunicação por excelência


entre os indivíduos, a linguagem, por ser simbólica, está na base da cultura; daí sua importância
para a Antropologia Cultural.

A linguagem falada é universal, sendo encontrada plenamente evoluída em sua matizada


complexidade, em todos os grupos humanos, mesmo os mais atrasados. Esse alto grau de
desenvolvimento e diferenciação mostra que ela é extremamente antiga.

A linguagem de um grupo é transmitida às crianças na infância, as quais a aprendem, em geral,


até cinco anos e meio de idade.

As estruturas lingüísticas, rígidas em dado momento, evoluem lentamente, modificando-se; basta


ver a diferença gramatical entre a fala brasileira e o português falado em Portugal, e a que se
observa entre este e o latim medieval.

As línguas foram estimadas em 2.796, sem incluir as variações locais, ou dialetos, mas hoje só
13 idiomas são falados por mais de 50 milhões de pessoas cada uma. Há línguas faladas
apenas por grupos de algumas pessoas. Estudando-as, a lingüistica procura classificá-las em
famílias (por exemplo, a indo-européia, compreendendo as línguas neo-latinas [inclusive o
português], germânicas, balto-eslávicas, célticas, indo-iranianas, o grego, o armênio e o albanês,
todas vivas, e entre as extintas o hitita, o tocariano, o itálico, o godo e outros).
2. ETNOLOGIA
Estuda o comportamento dos povos da Terra; é um dos campos mais importantes de toda a
Antropologia. Divide-se comumente em etnografia, etnologia propriamente dita e antropologia
social.

A ETNOGRAFIA é a coletora dos dados básicos, descrevendo e estudando, com todos os


detalhes, a cultura dos vários grupos sociais existentes no planeta, sempre que possível, de
maneira completa, sob seus múltiplos aspectos, em monografias, com dados obtidos
diretamente em trabalhos de campo, quando o antropólogo vive durante certo tempo em contato
com o grupo que está estudando, aprendendo a língua e observando minuciosamente seus
costumes.
Estudo e Aspecto Material
No que respeita a componente social de cultura do grupo, examina o antropólogo a sua
organização econômica, incluindo a divisão do trabalho por idade e sexo - a quem incumbe fazer
o que e quando - os sistemas de produção, troca, distribuição e consumo dos bens; os conceitos
relativos à propriedade dos mesmos, etc.; a organização social; quais os usos e costumes
pertinentes ao ciclo da vida individual, como as cerimônias apropriadas ao nascimento,
puberdade, casamento e morte - precisamente as crises na vida do indivíduo - e os ritos que lhes
são peculiares à idade e ao sexo; a constituição do grupo familiar; os sistemas de parentesco,
por vezes muito complexos (na civilização ocidental, o homem conta sua linhagem duplamente,
pelo lado paterno e pelo materno, herdando e sucedendo em ambas as linhas; muitos grupos
são, ao contrário, unilineares, contando parentesco, herdando ou sucedendo somente por um
dos lados - o paterno - patrilineares, como entre os xerentes e provavelmente os tupinambás - ou
o materno - matrilineares, como entre os canelas e os apinajés); as extensões da família,
relacionadas com as formas de casamento - poliginia, de um homem com várias mulheres, ou
poliandria, de uma só mulher com vários homens - ou com o lugar de residência, conforme o
novo casal vá morar com os parentes do marido - patrilocal - ou da mulher - matrilocal - a
formação de outros grupos, como os clãs, cujos membros presumem descender unilinearmente
de um antepassado comum, mítico muitas vezes, ou as metades em que se divide comumente
uma tribo, unidades sociais também exógamas, à maneira dos clãs; as normas que regem a
proibição, permissibilidade ou preferência nos casamentos (regras de incesto, por exemplo); as
associações voluntárias ou de interesse, inclusive as sociedades secretas tribais; os princípios
de estratificação social ou hierarquia etc., a organização política (como o grupo é governado,
problemas de guerra e paz, formação de ligas ou alianças com outras tribos, etc.) e o controle
social (sistemas educacionais; processos de socialização

Estuda os Aspectos Não Material


Quanto ao aspecto não-material da cultura, estudam-se nos vários grupos a arte, a religião, a
mitologia e as lendas, a recreação, a magia, todas altamente complexas, buscando penetrar a
mundivisão ou ideologia de cada qual deles.

A ETNOLOGIA propriamente dita, baseada nos dados que lhe são fornecidos pela etnografia,
arqueologia, lingüistica e antropologia física, busca analisar as diferenças e semelhanças entre
culturas, e examinar sua evolução ao longo do tempo, dando-lhes assim perspectiva histórica em
seu desenvolvimento individual ou nas relações entre as diversas culturas. Surgem destarte, em
seu campo, os problemas de comparação e correlação interculturais, e os da formulação de
conceitos teóricos explicativos, sempre com ênfase nos aspectos pertinentes ao largo processo
histórico-cultural.

3. ARQUEOLOGIA
Destina-se a descobrir, pesquisar e reconstruir, pelos seus restos, culturas e civilizações
desaparecidas. Divide-se em arqueologia pré-histórica e arqueologia clássica. A primeira
pertence à antropologia cultural, pois aquelas culturas ainda não possuíam a escrita; a segunda
é ciência auxiliar da história, que é baseada em documentos escritos.

Observemos que, como no caso do Antigo Testamento, a função da Arqueologia não é tanto
confirmar datas e personagens mencionados nas Escrituras, como esclarecer o ambiente em
que se desenrolou a história bíblica. Não é de se esperar que cada afirmação histórica de um
escritor bíblico possa ser validada por uma descoberta arqueológica. Conhecer o ambiente
político e cultural em que o Cristianismo foi primeiro pregado, pode ser tão importante como
saber se há ou não confirmação extrabíblica para o fato de Pôncio Pilatos ter sido o procurador
da Judéia ao começar João Batista sua pregação no deserto, como afirma o evangelho de
Lucas.
Transcrevemos, a seguir, o diálogo entre o autor do livro O Despontar de uma Nova Era, de S.
Júlio Schwantes e Dr. Pettinato, da Universidade de Roma, sobre o tema Arqueologia.

- Poderia V.Sa. explicar o que significam as siglas A.C. e A.D. que acompanham muitas datas
nos livros de história?
- Sua pergunta enseja ótimo ponto de partida para o assunto. A sigla A.C. vem da expressão
latina ante Cristo e significa “antes de Cristo”. Aplica-se a datas anteriores a era cristã. A sigla
A.D., por sua vez, provém do latim annus Domini, e quer dizer “ano do Senhor”. Aplica-se a
datas posteriores ao nascimento de Cristo, que é tomado como ponto de partida de uma nova
era.

- Com quem se originou a idéia de datar os acontecimentos do nascimento de Cristo?


- Foi o monge Dionísio que, por volta do ano 500 A.D., concebeu a idéia de datar todos os
acontecimentos em referência ao evento que, para os cristãos, é o principal momento da história.
- Quer isto dizer que o ano 1 A.D. corresponde ao ano do nascimento de Cristo?
- Era o que Dionísio tinha em mente. Segundo seus cálculos, Jesus teria nascido no ano 753
A.U.C., isto é, no ano 753 depois da fundação de Roma. Infelizmente, Dionísio cometeu um erro
de quatro ou cinco anos; de modo que Jesus realmente nasceu no ano 748 ou 749 depois da
fundação de Roma. Como este erro só foi descoberto no século XVI, achou-se melhor não
alterar os milhares de datas computadas na base

do ano 753 A.U.C. O transtorno que isto causaria seria enorme. Para sermos estritamente
corretos, deveríamos dizer que Jesus nasceu no ano 4 A.C.
- Mas isto parece contradição!
- Sem dúvida, parece uma contradição dizer que Jesus nasceu quatro anos antes da era cristã.
Mas, para os historiadores, era melhor abrir uma exceção do que alterar todas as datas
históricas tradicionais. Como soaria, por exemplo, dizer que o Brasil foi descoberto no ano 1496
em vez de 1500?
- Pareceria estranho, por certo, para quem desde a infância se habituou com a data de 1500.

- O evangelho de Mateus deixa bem claro que Jesus nasceu em Belém antes da morte do rei
Herodes, o Grande. Este, quando informado do nascimento de alguém fora de sua família, que
um dia poderia ser “rei dos judeus”, planejou e levou a efeito o massacre dos inocentes,
registrado em Mateus, capítulo 2. Se o massacre ocorreu no último ano da vida de Herodes,
então Jesus provavelmente nasceu antes de 749 da fundação de Roma, que é a data da morte
deste monarca.

- Há alguma significação religiosa em saber-se que Jesus nasceu no ano 4 A.C. em vez do ano 1
A.D.?
- Há, realmente, e esta é a razão de termos demorado em esclarecer o assunto. Quando Lucas
afirma que Jesus tinha “cerca de trinta anos ao começar o seu ministério” (Lc 3.23), então foi no
ano 27 A.D. que seu ministério começou, visto ter nascido cerca de quatro anos antes de nossa
era. E esta é justamente a data que obtemos ao estudarmos uma importante profecia do livro de
Daniel, concernente à data do aparecimento do Messias.

Mas qual teria sido, então, o papel de Alexandre no drama divino?


- Alexandre, filho de Felipe II da Macedônia, o maior gênio militar da época, e educado por
Aristóteles, filósofo e cientista genial, planejou conquistar o império persa movido não somente
pela sede de glória e despojos, mas com o intuito de difundir a cultura grega no Oriente Próximo.
Sua carreira vitoriosa durou apenas 12 anos, mas seus feitos alteraram permanentemente o
curso da História. O resultado foi a helenização da bacia oriental do Mediterrâneo. A cultura
superior da Grécia impôs-se em toda a parte. Gregos tornaram-se os costumes, grega a língua
falada em toda parte. Até os judeus das grandes cidades adotaram o grego como o vernáculo.
Menos de um século depois da morte de Alexandre, os judeus de Alexandria reclamavam a
tradução do Antigo Testamento para o grego. E era na versão grega, conhecida como a
Septuaginta, que o Antigo Testamento circulava entre os judeus dispersos pelo Império Romano,
nos dias do apóstolo Paulo. A língua grega, com sua maravilhosa flexibilidade, foi o grande
instrumento para a pregação do Evangelho entre os gentios. Os diferentes livros que compõem o
Novo Testamento foram originalmente escritos em grego, pois esta era a língua da maioria dos
cristãos fora da Palestina. Alexandre, indiretamente, contribuiu, pelas suas conquistas, para a
difusão espetacular do Cristianismo.

- V.Sa. mencionou Júlio César, sem dúvida o maior dos estadistas romanos. Qual foi o papel de
Roma no grande plano que V.Sa. convencionou chamar “preparação evangélica”?
- Bem, devo confessar que a expressão não é minha, mas de Eusébio de Cesárea. E certamente
concordamos ser uma expressão feliz. Júlio César é o símbolo de Roma e da Pax Romana. O
império romano, sonhado por Júlio César, mas só efetivado por seu sobrinho Otávio Augusto,
proporcionou ao mundo antigo duzentos anos de paz e prosperidade. O clima de lei e ordem,
imposto por Augusto e seus sucessores, criou condições excepcionalmente favoráveis à
propagação da fé cristã.

Boas estradas ligavam as partes mais distantes do império. Banditismo e pirataria foram, em
grande parte, eliminados.

Podia-se viajar em segurança do Helesponto às Colunas de Hércules, como de Roma a


Alexandria. Além disso, cidadãos romanos e provinciais podiam respirar seguros sob a proteção
das leis e dos tribunais romanos. Apesar da displicência de alguns imperadores, e da venalidade
de certos magistrados, a humanidade não gozava até então de maior paz e prosperidade.
Quando os arautos do Evangelho se espalharam pelo império, eles o fizeram em condições de
liberdade e segurança com as quais não se podia sequer sonhar em épocas anteriores. Não
fossem as autoridades romanas na Palestina, o próprio ministério de Cristo teria terminado
prematuramente. Basta lembrar quantas vezes as autoridades judaicas tentaram tirar-lhe a vida.

III - ANTROPOLOGIA APLICADA

IV - À SEMELHANÇA DA IMAGEM DE DEUS (Gn 1.26,27)

“Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa


semelhança”.
É, portanto, o homem a coroa da criação, pois somente ele foi criado à
imagem e semelhança de Deus. Verifiquemos agora como a Filosofia trata esta semelhança de
Deus no homem.

Humanismo Teocêntrico.
O que se destrói a si mesmo por sua própria natureza não pode ser fim em si. O que, como a
vida, é esforço de conquista que termina no fracasso de toda individualidade que o intenta, longe
de poder considerar-se como termo ideal, longe de poder erigir-se em final da existência, é a
demonstração de sua própria inanidade. “A existência como caridade”

A idade moderna é a época do humanismo antropocêntrico em todas as ordens da cultura.

Dando as costas ao ser - ao ser de Deus e ao ser do Universo - volta os olhos para o homem e
postula a imanência contra a transcendência.
Exalta-se o natural, o temporal, o material e se relega ao olvido o sobrenatural, eterno, o
espiritual. O processo do que se pôde chamar “a perda de Deus” e cujas etapas são as da época
moderna, inicia-se com Ockham. Se Deus não é razão, mas somente onipotência, livre-arbítrio,
então a razão humana é algo que unicamente tem valor “por dentro das portas” do homem.
“Sozinho, pois, sem mundo e sem Deus - expressa Xavier Zubiri - o espírito humano começa a
sentir-se inseguro no Universo”.

Divinizado o homem e fechado todo acesso ao Ser transcendente, a imanência vazia de


qualquer realidade, mesmo da própria, terminou por se devorar a si mesma.

O humanitarismo, a religião da espécie, o amor à posteridade remota e feliz, amor paternal a


nossos descendentes, melhores do que nós, creu que a vida haveria de vencer as misérias
inerentes à contingência da individualidade.

O humanismo antropocêntrico começa já a desaparecer da cena, não pelo que tem de


humanismo, senão por ser antropocêntrico.

Se “à imagem e semelhança de Deus” foi criado o homem, a idéia divina do mesmo é o


próprio Deus, mas, note-se bem, que é “à imagem e semelhança”. Tomás de Aquino explica:
1) A imagem perfeita de Deus está só em seu filho primogênito, como a imagem do rei no filho
conatural a ele. No homem, cuja natureza é diferente, não pode existir esta imagem senão ao
modo do rei em uma moeda de prata.
2) No homem, a imagem de Deus existe não perfeita por necessidade, mas imperfeita, como
semelhança, sem igualdade entre o original e a cópia ou representação.
3) Mediante a preposição a (ad) expressa-se uma certa aproximação e, por isso, distância.
São três os aspectos que o Doutor Angélico considera no homem como imagem de
Deus:
a) A natureza mesma do espírito, que é comum a todos os homens, possui uma aptidão natural
para conhecer e amar a Deus;

b) Devido à graça o homem conhece e ama a Deus atual ou habitualmente, ainda que de modo
muito imperfeito;
c) O conhecimento e o amor de Deus na imagem segundo a semelhança da glória. O primeiro
caso corresponde a todos os homens, o segundo se refere aos que estão em estado de
graça (justos) e o terceiro exclusivamente aos bem-aventurados.
O homem sem Deus nada pode, porque o bem é um fazer e não cabe fazer fora de
Deus. Mas para não fazer não se necessita de nenhum poder e é por isso que o homem pode
converter-se em autor do mal.

V - O QUE A BÍBLIA AFIRMA SOBRE A SEMELHANÇA DE DEUS NO HOMEM E POR QUE


DEUS COLOCA A ETERNIDADE NO CORAÇÃO DO HOMEM? (Ec 3.11; Jr 10.10; At 17.28)

A alma do homem não pode morrer (Mt 10.28; seu espírito é incorruptível (1 Pe 3.4);
somente seu corpo material é mortal (Jo 5.28,29; At 24.15).

“Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança.” (Vide Gênesis


5.1; Eclesiastes 7.29; Isaías 43.7; Atos 17.26,28,29; 1 Coríntios 11.7; 2 Coríntios 3.18; 4.4;
Efésios 2.10; 4.24; Colossenses 1.15; 3.10 e Tiago 3.9).O homem foi criado à semelhança de
Deus, foi feito como Deus em caráter e personalidade. E em todas as Escrituras o ideal e alvo
exposto diante do homem é o de ser semelhante a Deus (Lv 19.2; Mt 5.45-48; Ef 5.1). E ser
como Deus significa ser como Cristo, que é a imagem do Deus invisível.

Consideramos alguns dos elementos que constituem a imagem divina no homem:

a) PARENTESCO COM DEUS


A relação de Deus com as primeiras criaturas viventes consistia em essas, de maneira
inflexível, obedecerem aos instintos implantados pelo Criador; mas a vida que inspirou ao
homem foi resultado verdadeiro da personalidade de Deus. O homem, na verdade, tem um corpo
feito do pó da terra, mas Deus soprou nas narinas o sopro da vida (Gn 2.7); dessa maneira
dotou-o de uma natureza capaz de conhecer, amar e servir a Deus. Por causa dessa imagem
divina todos os homens são, por criação, filhos de Deus. Mas, desde que essa imagem foi
manchada pelo pecado, os homens devem ser recriados ou nascidos de novo (Ef 4.24), para
que sejam em realidade filhos de Deus.
b) CARÁTER MORAL
O reconhecimento do bem e do mal pertence ao homem. A um animal pode-se ensinar a
não fazer certas coisas, mas é porque essas coisas são contrárias à vontade do dono e não
porque o animal saiba. Que estas coisas são sempre corretas e outras sempre erradas. Em
outras palavras, os animais não possuem natureza religiosa ou moral; não são capazes de ser
instruídos nas verdades concernentes a Deus e à moralidade.

c) RAZÃO
O animal é meramente uma criatura da natureza; o homem é senhor da natureza. Ele é
capaz de refletir sobre si próprio e arrazoar a respeito das causas das coisas.

Pensem nas invenções maravilhosas que surgiram da mente do homem - o relógio, o


microscópio, o vapor, o telégrafo, o rádio, a máquina de somar, e outras numerosas demais para
se mencionar. Olhem a civilização construída pelas diversas artes.

Considerem os livros que foram escritos, a poesia e a música que foram compostas. E então
adorem ao Criador por esse dom maravilhoso da razão! A tragédia da história é esta que o
homem tem usado esse dom para propósitos destrutivos, até mesmo para negar o Criador que o
fez uma criatura pensante.

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