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Livro do Aluno

5ª Lição
A Bíblia nos ensina quem é Jesus
Inspiração:
“No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus. Ele
estava no princípio com Deus. Todas as coisas foram feitas por intermédio dele, e,
sem ele, nada do que foi feito se fez”.
João 1:1-3.

INTRODUÇÃO

O livro de João traz a revelação de quem é Jesus e de como Ele se torna a plenitude do poder de
Deus entre nós. Nos versos 12 e 13 de João 1, também vemos o que nos tornamos em Cristo e as
características que adquirimos diante de Deus por causa de Seu filho.

Ainda nesse trecho de João, podemos identificar como Jesus e Deus são rigorosamente unidos,
embora sendo duas pessoas distintas. Podemos ver destacada nesta realidade, o princípio de união e,
a partir deste conceito, concluir que o homem, mesmo sendo limitado, pode entrar numa aliança
plena com Deus, e assim experimentar outro principio importante, que é o de individualidade.

A sabedoria de Deus promove, através de Jesus, a manifestação do Seu poder salvífico, bem como o
seu domínio sobre todas as coisas e sobre o homem, fazendo com que a coroa de Sua criação se
torne consciente da necessidade de ter Jesus em sua vida a fim de ser feliz. Nesse momento, vemos
expresso o princípio de Soberania.

Em Cristo, por intermédio do sacrifício da cruz, temos o maior exemplo de submissão e obediência.
Devemos ter a consciência de que segui-lO é uma necessidade. Devemos submeter nossa vontade a
Deus, a fim de experimentar resultados bons, perfeitos e agradáveis (Rm 12:2).

1. JESUS COMO DEUS

Jesus é o filho de Deus, como a Bíblia nos diz (Mq. 5:2 / Is. 9:6 / Jo. 1:14; 8:58). Como Deus, Ele
possui todos os atributos da pessoa de Deus. Como modelo de filho obediente, aceitou
completamente a tarefa que Deus lhe havia confiado e, por intermédio de seu sacrifício nos
“reconciliou com Deus” (II Co 5:18). Para o cumprimento desta tarefa Ele precisou transicionar-se
para uma outra realidade; que veremos a seguir:

2. JESUS COMO HOMEM

Embora creiamos que Jesus é plenamente Deus e que esteja completamente envolvido de Sua glória
e de Suas qualidades, tanto naturais quanto morais, precisamos ver a Jesus também na perspectiva
da sua humanidade, uma vez que esta nos possibilitou o cumprimento de toda a vontade de Deus

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(Jo.1:14). Jesus, conforme nos diz a Bíblia, veio ao mundo da mesma forma que todos os homens:
nasceu de uma mulher. O que o diferenciou foi não vir de semente humana, mas do Espírito Santo
de Deus (Gl. 4:4 / Mt. 1:18-25; 2:1-12).

Nesse fato reside o grande trunfo da humanidade. Jesus não foi gerado pela semente de pecado, mas
pela própria santidade de Deus. Aqui observamos seu total esvaziamento. Ele que, “embora sendo
Deus, não se agarrou a isso como sendo algo de valor, antes se esvaziou, assumindo a forma de
servo e tendo uma morte profética, morte de cruz.” (Fp. 2:5-11).

Devemos entender que Jesus teve uma humanidade tão efetiva quanto a sua santidade (Deidade),
mas sem pecado. Isto nos remete ao fato de que é possível ser santo e viver o padrão de santidade
que Deus deseja para cada filho seu.

3. AS OBRAS DE JESUS CRISTO

Quando falamos da obra de Jesus Cristo, precisamos observar dois aspectos: o primeiro diz respeito
ao ato de redenção propriamente dito. O outro fala do que esse ato representa para nós. Neste
momento, nos deteremos apenas ao primeiro aspecto. O texto que melhor relata a atitude redentora
de Jesus está escrito na carta de Paulo aos Filipenses, capítulo 2, versos de 5 a 11. Nesse texto,
vemos um roteiro de vitória contendo 4 passos que levaram Jesus do sofrimento à glória.

3.1 “Subsistindo em forma de Deus” (Fp 2:5, 6)


Essa passagem mostra que Jesus, embora sendo Deus, não se agarrou a isso como algo que O
impedisse de cumprir a vontade de Seu Pai. Ao contrário do que se possa imaginar, esse texto não
fala de alguém que deixou de ser Deus, mas sim de alguém que, sendo Deus, não usou essa
prerrogativa para cumprir seu ministério: a redenção da humanidade (Jo1:1-2, 5:18/ Hb13:8).

3.2 “Tomou a forma de servo” (Fp 2:7)


Quando a Palavra fala do esvaziamento de Jesus não se refere à ausência de Sua glória, mas sim à
Sua limitação na condição humana. Jesus, enquanto Deus, não caberia com todo o Seu poder e
plenitude dentro do limitado homem. Então Ele decidiu tornar-se servo e decidiu fazer isso de uma
forma que qualquer pessoa entenderia: cumprir os princípios de Sua palavra a fim de que recebesse
os resultados dessa escolha.

3.3 “Humilhou-se, sendo obediente até a morte” (Fp 2:8)


Jesus poderia usufruir seus privilégios, pois, sendo Deus, tinha prerrogativas para isso. Quando se
tornou homem, Ele decidiu viver as limitações desta natureza. Ao ser crucificado, foi
completamente exposto. Ficou nu, o que para um Judeu era uma grande ofensa. Tudo isso com o
objetivo de cumprir o propósito de Deus para a humanidade. Jesus levou às últimas conseqüências a
Sua obediência a Seu pai. Ele mostrou que todos aqueles que são obedientes recebem um galardão
segundo a sua obediência.

3.4 “Exaltado soberanamente” (Fp 2:11)


Quando Jesus decidiu cumprir os desafios dessa tarefa, estava consciente de que isto também lhe
traria um grande privilégio. Todas as vezes que uma semente é plantada, em morrendo, dá fruto. O
próprio Jesus disse: “Se um grão de trigo caindo na terra não morrer ele fica só, mas se morrer dá
muito fruto.” (Jo 12:24)

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Devemos perceber que Jesus sabia exatamente o que representava uma morte terrível, pois na
mesma intensidade da morte que o diabo queria levar Jesus a experimentar, Deus preparou uma
exaltação sem precedentes. Jesus sabia, como filho conhecedor de Seu pai, que ninguém jamais
superou a Deus na arte de dar. Como Deus supremo, Ele concedeu a Jesus a máxima exaltação que
é compatível com o máximo sacrifício.

4. RESULTADOS DA MORTE DE JESUS

Esse sacrifício de Cristo nos trouxe resultados consideráveis para os quais devemos atentar!

4.1 Resgate
A morte de Cristo pagou o preço da penalidade pelo pecado. Toda “nota promissória” que o diabo
tinha em seu poder contra nós foi rasgada e anulada (Cl 2:14 / Mt 20:28/ Ef 1:7).

4.2 Reconciliação
A posição do mundo em relação a Deus foi modificada pela morte de Cristo. Agora todos podem
ser salvos, pois o relacionamento entre Deus e o homem, rompido pelo pecado, foi restaurado. Deus
refez o processo de criação em Cristo, por isso, somos novas criaturas, novas pessoas (II Co 5:18,19
/ II Co 5:2).

5. OS BENEFÍCIOS DA MORTE DE JESUS

5.1 Justificação
Ser justificado significa tornar-se justo (Rm 3:24-28; 8:33). Em Jesus, Deus tomou sobre si todo o
castigo que a nossa desobediência merece (Rm 3:24). Na cruz, Ele cumpriu tudo o que a justiça
exigia. A Sua vida foi dada em troca da nossa; o Seu sangue pagou o preço da nossa justificação.
Ele nos substituiu e em nosso lugar recebeu a condenação por um crime que nós cometemos.

5.2 Adoção
Agora, nós fomos introduzidos na família de Deus pelo sacrifício de Jesus e nos tornamos filhos de
Deus e co-herdeiros de Jesus Cristo (Jo 1:12 / Rm 8:17 / I Jo 3:1).

5.3 Santificação
Nós, que em outro tempo éramos escravos do pecado, agora fomos tornados puros pelo sacrifício de
Jesus (I Co 6:11 / Hb 10:10 / I Pe 1:16 / 1 Jo 3:1-3). Deus nos gerou para um relacionamento com
Ele e com nossos semelhantes (Mt 6:9-15). Mas, por causa do pecado, fomos afastados de Sua
comunhão (Gn 3:22-24) e a raça humana passou a viver por meio da escolha de Adão (Sl 51:5). Por
causa disso, Jesus assumiu o desafio de assumir a forma de homem (Fp.2:5-11) e assim estabelecer
o modelo de comunhão com Deus que a humanidade deveria ter, nos mesmos moldes ditados para o
primeiro Adão.

Posteriormente, com Sua morte e ressurreição, Jesus decidiu morar dentro de nós, pois Deus
compreendia que, se o pecado havia sido colocado para dentro do homem, alguém precisava tirá-lo
de lá. Quando Jesus fez isso, estava cumprindo o sentido mais profundo da santificação, pois
separou o homem exclusivamente para Deus. Uma das coisas que une o homem a Deus e nos torna
semelhantes a Ele é o fato de termos um espírito, Ele decidiu assumir o controle do homem, por
intermédio deste espírito recriado (II Co 5:17), direcionando-o a não mais ceder às “inclinações da
carne” (Gl 5:17). Santificação, portanto, é a separação do homem de toda a espécie de pecado; é o

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Senhorio pleno de Cristo Jesus na vida do crente.

CONCLUSÃO

- Jesus Cristo, sendo Deus, tornou-se homem para nos salvar e foi fiel ao Pai em tudo.

- A morte e a ressurreição de Jesus Cristo nos trouxeram: resgate, reconciliação, justificação,


adoção e santificação.

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