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Curso Pratico de Memorizacao Moroni Herbert Marcos
Curso Pratico de Memorizacao Moroni Herbert Marcos
Mem oriz
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2a EDIҪÃO
Universo dos Livros Editora Ltda.
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HERBERT MORONI E MARCOS GÓIS
São Paulo
2011
© 2011 by Universo dos Livros
Todos os direitos reservados e protegidos pela Lei 9.610 de 19/02/1998.
Nenhuma parte deste livro, sem autorização prévia por escrito da editora, poderá ser reproduzida
ou transmitida sejam quais forem os meios empregados: eletrônicos, mecânicos, fotográficos,
gravação ou quaisquer outros.
Diretor-Editorial
Luis Matos
Assistente-Editorial
Noele Rossi
Talita Gnidarchichi
Preparação
Fernanda Batista dos Santos
Revisão
Fabiana Chiotolli
Arte
Stephanie Lin
Capa
Zuleika Iamashita
Ilustrações
Candida Bitencourt Haesbaert
ISBN: 978-85-7930-242-8
CDD 153.14 22
Introdução
Para responder esta pergunta, devemos considerar a revolução provocada inicialmente pelo
lançamento, em 1983, do computador pessoal com mouse pela empresa americana APPLE e
consolidada pelos games e pela Internet.
Esta tecnologia tem desenvolvido habilidades inacreditáveis (leitura mais rápida, memória
ampliada, criatividade, velocidade de pensamento etc.), a ponto de sequer conseguirmos medir e
acompanhar essas mudanças nas pessoas.
Crianças passaram a ser consideradas hiperativas, quando, na verdade, elas apenas não se
adaptam a um sistema de ensino que não acompanha tais mudanças.
Para exemplificar, utilizaremos uma anedota: um português, da época dos descobrimentos, caiu
no mar e foi tragado por uma onda que o lançou no futuro. Ele teria aparecido na praia de
Copacabana de nossa época. Com os trajes tradicionais, as pessoas que o encontravam
acreditavam que ele estava com uma fantasia carnavalesca.
Ele, por sua vez, desesperou-se em ver mulheres despidas, carruagens sem cavalos e portas
(elevadores) que “tragavam” as pessoas. Desesperado, correu como um louco pela Avenida
Atlântica até encontrar uma escola onde se refugiou, lugar em que pode ser encontrado até hoje.
Por conta de a escola estar exatamente como as de sua época (usa-se ainda o giz nos quadros),
consegue se entender muito bem com os mestres, apenas reclamando das carteiras que, no seu
tempo, eram estofadas.
Portanto, quero fazer-lhe um desafio: todos os dias, reserve um tempo para estudar o texto e
fazer os exercícios sugeridos. A leitura ou estudo do texto deve ser realizado sempre no mesmo
horário. Já os exercícios podem ser feitos em outros horários, durante o dia, sempre antes de
iniciar o próximo dia. Mas é importante ler e entender os exercícios durante o tempo que você
reservou diariamente para trabalhar conosco.
Como o pintor, que necessita molhar o pincel para poder utilizar cores novas, você também
necessita exercitar a sua mente para acompanhar essas transformações. Garanto que sua vida vai
mudar para melhor em todos os aspectos. Mas é necessário que você se agende. Por isso, desafio
você a marcar uma hora em que estaremos juntos diariamente. Cada exercício criará novas
conexões mentais em seu cérebro, desenvolvendo habilidades que lhe proporcionarão resultados
impressionantes. E, no futuro, quando você atingir a melhor idade (acima de 60 anos), poderá
perceber a importância desse investimento.
Para completar, tente responder as perguntas a seguir:
Falta tempo para estudar? (Se a resposta for positiva, elimine algo, porque pincel sujo não
cumpre seu propósito).
Você é ambicioso e deseja compreender todas as novas realidades do mundo informatizado?
Você está devidamente motivado? (Se a resposta for negativa, observe tudo o que está
deixando de conquistar por falta de habilidades mentais).
Você gostaria de ter mais tempo para descansar e se divertir? (Por incrível que possa
parecer, as pessoas com maior habilidades mentais estudam menos e aprendem mais,
sobrando mais tempo para a família e para o lazer).
Qualquer que seja a sua idade, poderá sempre dizer que dispõe de uma memória mais flexível e
fiel e estará sempre aumentando seu valor pessoal.
Lembre-se: quanto mais utilizar sua memória, mais fiel ela lhe será.
Para tirarmos proveito de nossa memória, não é inútil conhecer alguns princípios essenciais do
funcionamento do cérebro, bem como a sua estrutura.
De fato, sabe-se, hoje, que as lembranças ficam gravadas na memória praticamente por toda a
vida, ou seja, as informações não são destruídas. O que nos falta é a capacidade para reencontrá-
las ou lê-las.
O cérebro humano possui cerca de dez bilhões de neurônios, ou seja, as células nervosas do
nosso organismo que apresentam maior complexidade e estrutura funcional.
O contato que ocorre entre dois neurônios é chamado de sinapse.
Dentritos são ramificações dos neurônios, semelhantes a galhos, que podem receber e
transmitir informações, além de serem o meio por onde os neurônios se conectam, formando a
sinapse. Para que as informações se movimentem, existem os axônios, que servem como “cabos
elétricos”. Estes “cabos” são cobertos por uma substância chamada de mielina, que serve para
isolar a informação a fim de tornar mais eficiente sua transmissão.
A regra é que cada neurônio possua um axônio e vários dentritos. O axônio se liga ao dentrito
de um outro neurônio, enquanto, da mesma forma, os vários dentritos do neurônio conectam-se
com axônios de outros neurônios. O conjunto forma uma extraordinária rede (a rede neural), capaz
de armazenar, transmitir e associar informações e conhecimento.
Quanto maior esta rede, mais eficiente é o seu cérebro. A boa notícia é que existem exercícios
que ampliam sensivelmente esta rede. São estes exercícios que você fará diariamente.
O cérebro funciona como qualquer órgão do nosso corpo e, para seu perfeito funcionamento, é
bom assegurar-lhe uma certa higiene que estudaremos oportunamente. É necessário também mantê-
lo em atividade se não desejamos deixá-lo “enferrujar”. Este é, precisamente, o objetivo deste
trabalho.
E, assim, terminamos nosso primeiro dia. Estamos felizes por você ter aceito nosso desafio.
Faça o exercício-teste nº 1 e lembre-se:
Todos possuem memória.
A memória é uma função do cérebro.
O cérebro funciona como os outros órgãos.
Boas técnicas + exercícios = Boa memória.
Exercício-teste nº 1
Eis um quadro com objetos. Observe-o atentamente durante dois minutos. Depois, sem olhar o
quadro, escreva seguidamente os objetos que lembrar.
Anote o resultado. Se tiver fixado menos de dez nomes, a sua memória é claramente
insuficiente. Se retiver 10 a 15, você se encontra numa média boa. Se tiver fixado de 16 a 18, é
muito boa. Se retiver 19 ou 20, parabéns. Mesmo assim, ainda aprenderá com nosso trabalho a
lembrar uma lista bem maior.
Segundo dia
Como assegurar ao cérebro condições de
funcionamento favoráveis?
O nosso cérebro recebe uma quantidade considerável de sangue – 2.000 a 2.200 litros em 24
horas – o que representa cerca de 400 vezes o volume total de sangue em nosso corpo. O sangue,
como se sabe, necessita de oxigênio. Para facilitar o seu trabalho intelectual e, principalmente,
para que a sua memória funcione bem, é necessário assegurar ao sangue uma oxigenação
suficiente, que possa ser aproveitada pelo cérebro. Como? Por um lado, separando pelo menos um
dia por semana de ar livre. Por outro, durante o trabalho ou estudo, procurando respirar mais lenta
e profundamente. A postura é muito importante: ao se sentar, certifique-se de que seu quadril
esteja totalmente encostado no encosto do assento. Nunca trabalhe ou estude com as pernas
cruzadas, pois isso reduz muito a circulação sanguínea e, consequentemente, a oxigenação do
cérebro.
Outra providência importante é a questão da hidratação, já que a maioria das pessoas não toma
a quantidade de água suficiente e acaba sofrendo os efeitos de uma desidratação difícil de
diagnosticar. A água é importante para a pele e principalmente para o bom funcionamento do
cérebro, sendo que a ansiedade provocada pela pouca ingestão de água pode atrapalhar muito a
sua capacidade de concentração. Devemos beber diariamente pelo menos dois litros de água e
evitar refrigerantes e cafés com muito açúcar. Eu, por exemplo, coloco na porta da geladeira
quatro garrafas de meio litro de água e vou tomando durante o dia. Pode ter certeza de que esta
dica irá ajudá-lo muito a se concentrar e ter um melhor desempenho mental. E não venha com a
desculpa de que não gosta de beber água, pois ela é fundamental para o desenvolvimento de nossa
inteligência. Consequentemente, a primeira regra a observar, para que a sua memória seja melhor,
é a seguinte:
A segunda regra a seguir é a de dormir sempre no mesmo horário. Apesar de cada pessoa
necessitar de uma quantidade de sono diferente – alguns por causa do tipo de alimentação
necessitam de menos tempo de sono – o mais importante é sempre dormir no mesmo horário.
Pessoas que variam o horário de descanso acabam por prejudicar a sua capacidade de
assimilação nos dias seguintes, em que houve uma mudança de ritmo. Portanto, segunda regra de
higiene da memória:
3. Evite fumar.
Finalmente, desconfie do álcool, pois, se você deseja manter a sua memória em bom
funcionamento, deverá evitá-lo. É indiscutível que a regular absorção de álcool conduz a um
enfraquecimento da memória. Mesmo sob uma ligeira influência de álcool, ocasional, a fixação
das lembranças fica fortemente diminuída. Quanto mais álcool se absorve, menos as lembranças
se registram e se fixam.
É necessário evitar qualquer absorção de álcool mesmo sob forma ligeira (vinho, cerveja etc.),
especialmente quando temos que estudar ou quando temos de frequentar cursos, assistir a uma
conferência etc. Então, observe a quarta regra:
4. Evite o álcool.
Portanto, se pretende melhorar a sua memória: tenha confiança nela e faça-a funcionar . A fé e
a confiança sempre precedem os milagres, porém a falta de confiança nos condena ao fracasso.
Lembre-se:
Exercício-teste nº 2
Eis aqui o mesmo exercício que o exercício-teste nº 1, mas com uma lista de 20 nomes. Leia
esta lista e estude-a durante dois minutos. Tente seguidamente recapitulá-la ordenadamente. Se tal
não lhe for possível, então enumere as palavras de que se lembrar:
hora dados TV
cão touro
Se fixar de 18 a 20, estará bem, pois poderemos ensiná-lo a memorizar uma lista bem maior; de
15 a 17, ainda está bem; de 10 a 14, está na média; abaixo de 10, demonstra que não sabe servir-
se da sua memória.
Anote o resultado.
Terceiro dia
Particularidades de algumas memórias
Parabéns por estar cumprindo à risca o nosso desafio. No terceiro dia, iniciaremos nosso
trabalho conhecendo um pouco a amnésia, a astenia e a ciclotimia .
Todos já ouvimos falar de casos de amnésia, em que o doente tem um comportamento
perfeitamente normal em todas as circunstâncias, mas perdeu totalmente a lembrança do seu
passado. O fato é que o amnésico reencontra suas lembranças, por vezes, sob a influência de um
choque físico ou emocional.
Há uma outra doença da memória que não se pode ignorar, pois todos nós estamos sujeitos a ela
um ou outro dia: a astenia.
Astenia é simplesmente: uma fadiga excessiva do cérebro que lhe provoca um funcionamento
deficiente. A astenia é bastante frequente no caso de sobrecarga intelectual, especialmente nos
estudantes que se preparam para um exame. Em um grau menor, ela provoca nevralgias,
enxaquecas, náuseas etc. Num caso de astenia, o doente não pode tirar do cérebro, e
especialmente da memória, um rendimento superior a um quarto do que ele obtém normalmente.
Seguindo os princípios de higiene expostos neste trabalho e aplicando os métodos de
memorização, você evitará a astenia.
É necessário dizer algo acerca da ciclotimia, porque muita gente é ciclitímica.
A ciclotimia traduz-se por uma sucessão de estados de euforia e de estados de depressão ou por
uma sucessão de períodos de grande atividade cerebral e de períodos de grande indolência.
Quando se encontra no período ascendente, o ciclotímico é capaz de fazer grandes esforços, age e
concentra-se mais facilmente, retém tudo e trabalha de maneira eficaz, sem que isso lhe custe.
Depois, sobrevém uma fase descendente, em que o esforço se torna penoso.
Quando adolescente, trabalhei em uma agência bancária onde todo final de mês eu ficava dentro
do cofre fazendo uma conferência de documentos. Muito tempo depois, e mesmo sem estar dentro
do cofre, sempre na mesma data, sentia-me desanimado e sufocado. Eu havia desenvolvido um
comportamento ciclotímico.
Venci este problema a partir do momento em que compreendi o mecanismo do reflexo
condicionado, concentrando nesta data o maior número possível de tarefas agradáveis para diluir
o problema e fazendo exercícios de programação mental como o que vou sugerir a seguir.
Exercício-teste nº 3
Eis um exercício muito simples: consiste em reencontrar o seu emprego de tempo, durante o dia
anterior, detalhando de forma contínua, de modo a obter um quadro completo de tudo o que fez,
viu, ouviu. Se tiver uma “falha” de memória, faça outra coisa e recomece a procurar dentro de um
quarto de hora ou meia hora.
Exercício-teste nº 4
Você contará com a sua memória para pensar fazer amanhã uma determinada coisa. Por
exemplo, telefonar para uma pessoa. Imagine-se, pois, amanhã, regressando à casa. No momento
em que abrir a porta é necessário que pense em telefonar. Não anote isso em parte alguma, nem
faça um nó em seu lenço. Simplesmente, hoje, pense no seu regresso de amanhã e peça à sua
memória que o ajude na referida tarefa. Veja telefone em sua mente, associe a ação a algum objeto
de sua casa. Use a sua imaginação. Veja a cena do telefonema e do objeto de sua casa em
movimento, em dimensões absurdas. Certamente, quando amanhã você se defrontar com o objeto
ou com o telefone, por associação o seu cérebro o lembrará de fazer o telefonema. O cérebro
sempre trabalha por associação. Quando for imaginar alguma coisa, destaque a imagem
colocando-a em movimento em sua mente. Também podemos imaginar modificando o volume,
altura, comprimento e peso das coisas. Existe também uma dinâmica de transformação, duas
coisas que se fundem originando uma terceira. Ou quando alguma coisa se transforma por si
mesma, o envelhecimento, por exemplo. Pode também explorar a quantidade das coisas e ativar a
sensibilidade: cheiro, tato, cor, sabor e som.
1. Escolha uma música agradável que desperte em você sentimentos e lembranças agradáveis:
evite as canções que lembram tristeza ou saudade.
2. Escolha também alguma situação pela qual você já passou que seja alegre e motivadora. Por
exemplo: a lembrança de um passeio no campo ou numa praia.
3. Sente-se, a coluna vertebral deve permanecer reta, quadril totalmente acoplado no encosto da
cadeira, joelhos levemente entreabertos, braços e mãos sobre as pernas e permaneça com os
olhos fechados. Inspire profundamente, segure um pouco e depois expire, a princípio pense
em cada parte de seu corpo, imaginando e procurando relaxá-la. Comece pelos pés e suba
devagar até o couro cabeludo. Procure manter-se concentrado na sua postura e respiração,
relaxando cada parte de seu corpo.
4. Imagine-se revivendo a situação que escolheu previamente. Procure trazer para o momento
presente as sensações e emoções que sentiu ao passear na praia, por exemplo. Lembre-se dos
aromas, as sensações na pele, os sons.
5. Estas ações devem fazê-lo sentir-se alegre, então se imagine realizando algo, difícil, no
futuro. Pode ser a realização destes exercícios do texto ou outra coisa qualquer que tenha
dificuldade. Neste momento, é importante que a situação se desenrole de maneira ideal. Não
se lembre dos problemas e limitações, pois o objetivo desse exercício é exatamente eliminar
estas dificuldades.
6. Quando a seleção de músicas indicar que o tempo estipulado passou, levante-se e faça
alguma coisa que aprecie muito, como cantar uma canção, comer um doce que goste, assistir
a um filme, ou seja, permita-se um prêmio que o deixe ainda mais feliz.
Faça diariamente este exercício por 15 minutos sempre que se sentir ansioso. Fuja da angústia,
da tristeza e das lembranças dolorosas, pois esses sentimentos são verdadeiros vampiros de nossa
alma.
Exercício-teste nº 6
Este exercício treinará sua memória olfativa, por isso é muito útil, precisamente porque temos
somente raras ocasiões para desenvolver a nossa memória dos perfumes e odores. Este exercício
vai começar a desenvolver a sua sensibilidade criando novas conexões mentais que serão
utilizadas também para outras coisas.
Obtenha uma dezena de perfumes diferentes (amostra de perfumaria, por exemplo) ou, para
começar, itens de sua casa, como detergentes, sabonetes, alimentos, pasta de dente etc.
Pegue três amostras e tente distingui-las e designá-las pelo respectivo nome. Depois, complete
com uma quarta, quinta e assim sucessivamente até que possa, sem se enganar, tomar qualquer das
dez amostras e dizer qual seu nome correto.
Este exercício é especialmente recomendado a todos que, na sua atividade profissional,
trabalhem com produtos que tenham odor (alimentos, produtos cosméticos, químicos etc.).
Tome como exemplo produtos de limpeza como OMO, Ajax, Veja etc. É interessante distinguir
cada um destes produtos pelo seu cheiro peculiar.
Este é um exercício difícil, execute-o e verá como melhorará sua memória olfativa. Com
certeza, também estará desenvolvendo o seu cérebro.
Exercício-teste nº 7 : c oncentração
Pegue um objeto (chave, objeto de adorno etc.): observe-o com atenção durante 30 segundos,
depois feche os olhos e tente representá-lo mentalmente, de maneira clara e precisa. Se alguns
detalhes não estiverem perfeitamente claros, nítidos, observe de novo o objeto tomado, torne a
fechar os olhos e tente representá-lo novamente. Faça isto até que possa representá-lo
mentalmente, com nitidez.
Exercício-teste nº 8 : c oncentração
Reproduza mentalmente as feições de uma pessoa que vê frequentemente: verificará que só tem
uma visão geral delas, uma impressão genérica, mas que os pormenores lhe escapam. Você
completará a observação quando reencontrar a referida pessoa e recomeçará o exercício, até que
obtenha uma representação perfeitamente nítida.
Quarto dia
Como desenvolver seu poder de concentração
Exercício-teste nº 9 : c oncentração
Eis um exercício conhecido pelo nome de “prateleiras cerebrais”. Você escolhe três assuntos
diferentes para reflexão: por exemplo, um projeto que tem; um assunto científico ou literário e uma
lembrança pessoal (férias, viagem etc.). Dedique três minutos de reflexão a cada um dos três
assuntos. Durante os três primeiros minutos, pense somente no assunto nº 1, passe depois ao
assunto nº 2 e não pense em outra coisa; finalmente, passe ao assunto nº 3. É necessário não se
distrair durante cada fase e, sobretudo, não pensar nos dois outros assuntos.
Exercício-teste nº 1 0: c oncentração
Tente este interessante exercício que desenvolverá o seu poder de concentração e atenção
auditiva. Escute ou ouça o rádio e vá diminuindo o volume, aos poucos, até regular seu aparelho o
mais baixo possível para compreender, suficientemente, o que se diz. Por conta da fraca
intensidade do som, você será obrigado a concentrar-se. Não prolongue este exercício por mais de
três minutos.
eflexo condicionado
O conhecimento deste fenômeno ajuda-nos a compreender melhor o motivo de alguns
exercícios, de certos métodos, de determinados hábitos que nos auxiliam a dispor de uma memória
mais eficiente.
De momento, torna-se necessário saber que acidentes (choques e traumatismos cranianos),
suficientemente graves para atingir o cérebro, causam perturbações de memória em zonas
determinadas. Por exemplo, em consequência de um acidente, uma pessoa pode perder a sua
memória auditiva (ficando incapacitada de fixar uma ária musical ou uma canção), enquanto a sua
memória visual ou a táctil não se modificam em absolutamente nada.
Pensou-se, portanto, que algumas zonas do cérebro comandavam a memória auditiva, outras a
memória visual etc. Pouco a pouco, pode-se localizar os pontos precisos do cérebro que
correspondem a toda a espécie de atividade: intelectual, motora etc.
Algumas pessoas que tiveram partes de seu cérebro comprometidas por algum acidente, depois
de um trabalho de fisioterapia, descobriram que estas partes que não realizavam funções por
estarem avariadas foram substituídas. Ou seja, parte do cérebro não comprometida “aprendeu”
novas tarefas e a pessoa se recuperou.
Foi o russo Pavlov que mostrou que o cérebro, como o resto do nosso organismo, possui
reflexos.
Sabe o que é um reflexo corrente? Por exemplo, ao tocar inadvertidamente num prato quente, a
mão retrai-se instantânea e abruptamente, sem que a sua vontade tenha tido oportunidade de
intervir no comando desse gesto.
O reflexo é, portanto, uma reação motora (de movimento) a uma influência sensitiva (de
sensação). A sensação de picada provoca um movimento de recuo por parte do membro picado.
Esses reflexos explicam-se por ligações diretas realizadas pelas fibras nervosas entre zonas
sensíveis e os músculos motores.
Pavlov introduziu e fixou na goela de um cão uma fístula colocada no orifício do canal das
glândulas salivares de maneira a poder medir a produção de saliva destas glândulas.
Nos dias seguintes, ele dava um assobio e após alguns instantes dava um pedaço de carne ao
cão, o que provocava no animal a salivação.
Após 15 dias de repetição deste ato, assobiou, mas não deu a carne, porém a saliva se produziu
igualmente. Tudo se passava como se o assobio se tivesse tornado para cão o excitante da
produção de saliva.
Dizemos que o assobio se tornou um “excitante condicionador” e a produção de saliva um
“reflexo condicionado” pelo assobio. Este reflexo é adquirido, não inato.
Pavlov multiplicou as experiências deste gênero e constatou que esses reflexos condicionados
são muito fáceis de se estabelecer no homem.
O importante para nós é sabermos utilizar o Reflexo Condicionado a nosso favor. Mas como?
Se precisarmos estudar para uma prova, separamos um tempo para o estudo diariamente,
sempre no mesmo horário e local. Procure usar a mesma mesa, cadeira, iluminação, procure criar
as mesmas circunstâncias de estudo para todos os dias, atente para os detalhes.
Assim nosso cérebro, sempre naquele horário e local, se estimulará mais rápido e facilmente
através do Reflexo Condicionado.
Nosso estudo pode render muito, com pouco tempo. Na verdade, pela minha experiência, o
tempo de estudo não é o mais importante e sim a qualidade do mesmo.
Já vi pessoas que estudavam por cinco horas seguidas e que tinham um rendimento muito baixo,
inferior a uma hora, enquanto pessoas que estudavam apenas por uma hora tinham um alto
rendimento. Lógico que essa mesma pessoa que estudava uma hora poderia ter um rendimento
muito maior se estudasse as cinco horas, mas nem sempre dispomos de tanto tempo para o estudo,
temos outras diversas tarefas, que necessitam de nossa atenção e, se podemos render mais com
menos tempo, podemos utilizar o tempo restante para outras tarefas.
Utilize o Reflexo Condicionado para seus estudos, faça um teste.
Exercício-teste nº 1 2: c oncentração
Eis um exercício de concentração bastante fácil, mas, no entanto, excelente: conte, de trás para
frente, partindo de 200 até 2 e saltando os números de três em três: 200, 197, 194, 191, 188 etc.
Exercício-teste nº 1 3: c oncentração
Elabore a lista das últimas 15 pessoas com quem falou, partindo do momento em que está
fazendo este exercício até que chegue até a 15ª pessoa.
Quinto dia
O processo normal de memorização
” A intenção é fator essencial para toda a recordação e para todo o esquecimento.”
Lembrarmos das coisas que temos interesse em recordar posteriormente e esquecermos o que
temos (nós ou o nosso inconsciente) intenção de esquecer. Em termos mais simples, a regra de
Freud diz, no plano prático: para reter qualquer coisa, é necessário querê-la conscientemente.
Exercício-teste nº 14
Escolha uma matéria, de um autor conhecido pelo seu estilo árido e abstrato, sobre um assunto
que, talvez, não lhe desperte tanto interesse. A matéria pode estar em um livro, jornal ou revista.
Comece lendo, à princípio, uma dezena de frases. Depois, retome cada frase, não passando à
seguinte sem ter compreendido profundamente o sentido do que lê. Se for necessário, recorra a um
dicionário. Marque um tempo, dez minutos, e se concentre em realizar essa tarefa. No final, faça
uma revisão mental do que leu. É um dos melhores exercícios de desenvolvimento da sua
capacidade mental.
Exercício-teste nº 15
Este exercício tem o objetivo de aperfeiçoar a sua concentração na leitura. Escolha um livro
que esteja disposto a ler (devemos lembrar que a simples leitura de textos é uma ótima maneira de
desenvolver a memória). Vá para uma página-modelo, que é a página mais comum do livro.
Talvez seja necessário folhear o livro para encontrar esta página. Marque quanto tempo você
demora em ler esta página em segundos e depois em minutos. O tempo varia bastante de livro para
livro em virtude das diferentes diagramações apresentadas pelas editoras. Por dedução,
estabeleça quantas páginas-modelo possui este livro. Multiplique o total de páginas-modelo do
livro pelo tempo que você demorou em ler apenas uma. Às vezes, uma página com ilustração ou
incompleta no início de um capítulo deva ser considerada meia página e o seu valor acumulado
com outra página incompleta para ser considerada uma página-modelo. Pode ser difícil no início,
mas, com a prática, você aprenderá a fazer essa avaliação rapidamente. O tempo obtido nesta
multiplicação é o tempo que demorará em ler o livro. Saber o quanto demoramos a ler um livro
possibilitará o planejamento do tempo diário da leitura e melhorará a nossa capacidade de nos
concentrarmos nesta leitura.
Sexto dia
O processo normal de memorização (continuação)
observação
Observe bem
Quando se trata de lembrar de qualquer coisa, a atenção deve tomar uma forma mais precisa: a
observação. Para que se recorde bem de determinado quadro de um mestre, não basta que se
limite a prestar-lhe uma certa atenção. Para começar, é preciso fazer uma ideia de conjunto e,
depois, torna-se necessário estudar-lhe os pormenores.
A partir do momento em que se trate de fixar qualquer coisa que comporta diferentes elementos
ou diferentes aspectos, tem de se observar. Veremos, também, ao estudar a associação, que esta
carece às vezes da observação de outros elementos, além da noção ou objeto a fixar.
Para aprender a melhor observar, treine-se a examinar as coisas sob os seus diferentes aspectos
e diferentes sentidos: veja o panorama geral e a cor, toque, sinta, prove, escute, examine o peso, o
volume, a dureza etc. Quanto maior for o número de sentidos em ação, mais facilmente se
recordará.
A observação da coisa a fixar é essencial, pois é esta primeira observação que produzirá um
registro inicial desta coisa na memória, ou seja: não se pode encontrar, posteriormente, na sua
memória o que lá não tiver posto.
As lacunas da nossa memória provêm, em grande parte, de um registro defeituoso, isto é, de
uma impressão deficiente.
Quando quiser fixar um trecho ou uma poesia, deve observar atentamente a escolha das
palavras, o ritmo das frases. Deixe que se formem no seu espírito as imagens sugeridas pelo autor.
Para se reterem as palavras, as ideias, é necessário dar-lhes imagens. Para se conservarem
abstrações, é necessário tentar concretizá-las, tentar “vê-las” sob a forma de imagens.
Quando se tratar de reter noções ou fatos múltiplos, pode-se facilitar o seu registro através de
abreviaturas e esquemas. É graças a símbolos e esquemas que se pode fixar mais facilmente as
reações químicas ou as experiências de física e as fórmulas matemáticas. Mas estes símbolos e
abreviatuas podem ajudá-lo também em domínios diferentes. Procure aplicações na sua profissão.
Procedendo desta maneira, você faz uma observação verdadeira, que deixará na sua memória
uma impressão duradoura.
Este método de observação não é válido, unicamente, em relação aos monumentos, já que se
aplica a tudo: paisagens, quadros, objetos, plantas, feições etc.
Passe sempre pelas seguintes fases:
Exercício-teste nº 16
Leia o trecho a seguir com atenção e depois responda o questionário. Você pode olhar o texto
para tirar as dúvidas, pois não é um exercício de memorização e sim de atenção.
Questionário
Resposta às seguintes perguntas:
Respostas
1. Em um entrepo
entreposto sto próximo à cidade de Londri Londrina.
na. É importante
importante destacar que, tratando-s
tratando-see de
resposta relacionada
rel acionada à localiz
locali zação, esta resposta
respos ta deve ser completa,
completa, ou seja, apenas
“entreposto” ou “Londrina” deve ser considerada errada, porque em perguntas de localização
devemos citar todas as coordenadas que estiverem presentes no texto.
2. Esta é muito
muito fácil
fácil,, obviam
obvia mente
ente a resposta
res posta é de vinho, pois 18 é mais
mais que
q ue 16. Desco
Desconfnfie
ie de
toda a resposta óbvia, pois poi s elas
ela s podem ter o objetivo de desviar
des viar a sua aten
atenção
ção e provocar
erro nas próx
pr óximimas
as respostas.
r espostas.
3. Quatro. Continue
Continue desconfiando.
des confiando.
4. Esta é uma
uma pergu
per gunt
ntaa enganadora.
enganadora. Houve apenas o derrame der rame de combustível
combustível.. Novament
Novamente, e, eu
não correria
corr eria riscos e respon
res ponderia
deria “apenas derramou
derramou combu
combustível”
stível” para não dar oportun
oportunidade
de me tirarem ponto por ser a resposta incompleta. Destacar que apenas houve o
derram
derr amam
ament
entoo de combustível
combustível pode ser importante
importante em situações elie lim
minatórias.
inatórias . Você
Você havia
reparado
repa rado que apenas derra de rrammou combustível
combustível ou se conf
co nfun
undiu
diu e pensou
p ensou que
que houve
derramamento de vinho?
5. 38. O fato
fato de o resultado da soma de 16 mais mais 18
1 8 ser 34 não justifica o seu erro.
erro . Pode haver
quatro locomotivas puxando a composição.
6. Ch
Chegam
egamosos à resposta
respos ta mais
mais polêm
pol êmica
ica.. A palavra
pala vra “acidente”
“aci dente” e não
não a palavra
palavr a “descarri
“desca rrilamen
lamento”
to”
e a compreensão do que significa a palavra “momento”, determinando o tempo, coloca-nos a
única resposta possível: no momento da viagem da caminhonete em que ela estava passando
pelo local do descarri
des carrilam
lamen
ento
to é que
que aconteceu
aconteceu o acidente.
acidente. Se você ler o texto
texto com atenção,
atenção,
perceberá que o trem trem estava parado, não não podendo
podendo então
então o descarrilamento
descarrilamento servir comocomo
resposta.
Sétimo dia
O processo normal de memorização (continuação)
Classificação
O registro
registro das ideias,
ideias , das noções e dos fatos é facilitado pela classificação,
class ificação, que consiste,
consiste, por
um lado, em agrupar o conjunto de dados semelhantes, por outro, ligar esses dados a um grupo
mais geral.
A classificação pode ser feita mentalmente, porém, caso se trate de noções complexas, é
recomendável fazer-se um quadro sinóptico.
O quadro sinóptico é de uso geral. Ou seja, enquanto o esquema ou as abreviaturas são somente
transcrições simplificadas de dados que se prestam à esquematização ou abreviatura, o quadro
sinóptico pode empregar-se sempre que se pretenda ter uma visão de conjunto de uma questão,
mesm
es mo com
c ompl
plexa.
exa.
Fazer um quadro sinóptico é simplesmente elaborar os assuntos de forma a expor os títulos e
subtítulos em uma determinada ordem cronológica.
Trabalharemos os quadros sinópticos. Tomando, como exemplo, a História de Portugal, poderia
se estabelecer uma primeira linha, ou primeira geração, de um quadro sinóptico, da seguinte
maneira:
Funda
daçã
çãoo da
da nac
nacio
ionnalid
alidad
adee por
porttuguesa
esa (D.
(D. Hen
Henri
riqu
quee no
no Con
Conda
dado
do Port
ortucale
calennse)
se) 1097
1097
A República 1910
Seguidamente, conhecendo bem este quadro, você aprofundará cada um dos principais pontos e
terá novos quadros sinópticos. Por exemplo, em relação à 1ª Dinastia, criamos um item da segunda
linha
linha ou segun
segunda geração, cada tópico do quadro anterior
anterior pode ser desdobrado de acordo com
este primeiro exemplo:
Tabela 7.2.
Exercício-teste
Exercício-teste nº 17
Este exercício é semelhante ao exercício-teste nº 1. Observe atentamente o quadro de objetos
do exercício-teste nº 1 durante dois minutos, criando imagens mentais e classificando por grupos
como, por exemplo:
Coisas que pode
pode m ser
se r colocadas na boca:
boca: lápis, cacho de uvas, cacho com 12 bananas,
biscoito, cachimbo
cachimbo (5 itens).
itens).
Coisas que possuem cabo de se segurar: tridente, machado, taco de golfe, pernas de pau,
raquete de tênis (4 itens).
Coisas com números: camisa 10, calendário, nota de 20 reais, automóvel, casa com número
5, quadro (você pode pintar um número nele), (6 itens).
Coisas que você se senta ou coloca: cadeira, óculos, luvas, escorregador (4 itens).
Depois de dado o exemplo, faça a sua própria classificação, escolhendo o critério e o número
de itens que quiser. Classificar auxilia a memorizar.
Exercício-teste nº 18
Este exercício é também semelhante ao exercício-teste nº 1. Observe atentamente o quadro de
objetos do exercício-teste nº 1 durante dois minutos, criando imagens mentais e classificando-os
por grupos como no exercício anterior:
s associações
Crie associações
É este o verdadeiro segredo das boas memórias.
William James escreveu:
”O Segredo de uma boa memória é o segredo de formar associações múltiplas e diversas com
qualquer elemento que desejemos fixar… Cada associação torna-se um complexo ao qual o
elemento está ligado, constituindo, assim, um meio de trazê-lo à superfície, se lá não estiver .”
Parabéns por ser pontual e ter chegado até aqui! As instruções e os exercícios devem estar
mexendo com a sua cabeça. Começaremos o dia de hoje fazendo um exercício de associação.
Exercício-teste nº 19
Faça associações com os nomes e sua referência auditiva. A este elemento auditivo
chamaremos de “facilitador”:
Exemplo: Pedro – Pedra.
Transforme o Pedro em um homem de pedra. Faça que ele e as pedras entrem em movimento.
Aumente o volume ou a dimensão dele e da pedra, as medidas de tamanho devem ser alteradas em
sua imaginação. Veja-os em sua mente em grande quantidade.
O facilitador Pedra e o nome Pedro poderão ter a sua imagem alavancada se você, ao imaginar,
usar as alavancas:
Alavanca de movimentar;
Alavanca de transformar;
Alavanca de alterar a dimensão ou forma;
Alavanca de aumentar a quantidade.
Eis alguns exemplos para você se exercitar:
André/Andar;
Carmem/Carne;
Décio/Desce;
Francisco/Cisco;
Marcos/Marca.
Exercício-teste nº 20
Quando estiver deitado, estendido, deixe os seus olhos dirigidos para o teto. Trace, em
pensamento, um A grande no teto, um A de 50 centímetros ou de um metro. Quando o “vir”
claramente, “apague-o”, e passe à letra B; depois, à letra C. Não ultrapasse quatro ou cinco letras
da primeira vez. É necessário, evidentemente, não se deixar distrair e arrastar por outros
pensamentos. Mais tarde, fará este mesmo exercício, com o maior número de letras possível, até
que possa se distrair, não perdendo, porém, a clareza das imagens das letras que está
reproduzindo, mentalmente, no teto.
Exercício-teste nº 21
Novamente, tente pensar em fazer algo durante o dia de amanhã. Para lhe dar uma ajuda,
procure associá-lo a várias ações que tem a certeza de que vá realizar amanhã, ou, então, tente
associar esta coisa a objetos diferentes que tem a certeza de que verá amanhã (a sua escova de
dente, os cadarços dos sapatos, a porta do seu escritório etc.). Assim, provocará, sem dúvida,
associações que, espontaneamente, o farão pensar amanhã no que necessitava recordar-se. Estes
elementos são os facilitadores e é necessário que você alavanque a imagem. Se repetir esse
exercício diariamente, chegará um momento em que não terá que realizar esse esforço, pois o seu
cérebro terá se condicionado.
Exercício-teste nº 22
Eis um exercício destinado ao desenvolvimento das suas faculdades de síntese e de recordação.
Para localizar os dados que procurará, tente fazer associações, evocar as ideias anexas que
possam relacionar-se com as ideias que pretende trazer à superfície.
Pegue uma folha de papel e escreva o título de um assunto do qual já tenha conhecimento. Por
exemplo, o Canadá, Napoleão, o câncer, a fotografia, as plantas verdes etc.
Depois, tente agrupar, anotando na folha, todos os conhecimentos que você tem sobre o assunto.
Ligue também todas as lembranças que possua a tal respeito.
Exercício-teste nº 23
Leia, durante dois minutos, a lista das palavras a seguir indicadas com o objetivo de fixar o
maior número possível:
chapéu escritório chave de parafusos
enguia meia
Tente agora dizer esta lista de palavras ordenadamente. Não o conseguirá, sem dúvida. Tente,
então, recordar-se do maior número de palavras desta lista.
Verificará que lhe faltam muitas. Por quê? Porque você empregou simplesmente um método
deficiente, mau.
Classificando em grupos, talvez melhore bastante. Mas estudaremos agora como fixar as
palavras pelo método das associações de imagens. Este método é muito interessante, é uma
excelente aplicação do que acabamos de dizer acerca das associações.
Imagine um chapéu de coco, no qual está colocado um telefone . O receptor deste aparelho está
cheio de espinhos, porque é um cacto. Este receptor-cacto é difícil de se usar pelo senhor que está
telefonando, não considerando o fato de ele ter a boca cheia de bolo; mas, surpresa: neste bolo há
um pequeno envelope que se abre e de onde sai muito dinheiro . Uma das notas cai no chão e
transforma-se numa enguia que se salva refugiando-se no escritório. Este escritório tem um estilo
particular, porque tem forma de uma casa, cuja chaminé é formada por um lápis enorme, que
parece com um foguete. Ele dispara, voa e vai contra o casaco de um homem, casaco este curioso
porque é todo feito de renda e pendurado no botão do centro está uma enorme meia, na qual está
amarrada, por sua vez, uma chave de parafusos. Esta chave de parafusos é também uma chave-
foguete que voa e vai de encontro a uma tigela de arroz que um gato está comendo. Este gato
“coloca” um livro na cabeça, foge e refugia-se no farol de um automóvel. Este farol projeta a sua
potente luz sobre um anzol gigante.
Podem acontecer falhas, por experiência própria, quanto a um furo na revisão. Geralmente, não
esquecemos este ponto novamente, porque tomamos os devidos cuidados na próxima associação.
Nono d ia
O processo normal de memorização (continuação)
No método das associações, podemos encontrar imensas aplicações no campo das ciências
naturais, da física, da geografia. Tomemos, por exemplo, as principais indústrias da Bélgica.
Comece por fazer um quadro sinóptico, ou simplesmente uma lista das palavras a reter.
Seguidamente, irá associá-las em cadeia pelo método anteriormente preconizado.
Faça a experiência conosco:
Indústria da Bélgica: siderúrgicas e indústrias do zinco, indústria do chumbo, cerâmica,
vidreira, indústria do cristal, têxtil, construções mecânicas, indústria química, indústria alimentar,
cal e cimentos, couros e peles.
Para facilitar este agrupamento, procederá por símbolos:
a siderúrgica será simbolizada por uma viga de aço;
a palavra vitral representará a indústria vidreira;
uma bala de revólver, a indústria o chumbo;
um barracão , a indústria do zinco;
um balão de destilação representará a indústria química;
uma porção de salsichas, a indústria alimentar;
o têxtil será simbolizado por uma bobina de fio, o cal e o cimento, por um muro;
o couro, por um sapato;
as peles, por uma pele (para adorno feminino);
o cristal, por uma taça; e
a indústria de construções mecânicas, por um motor.
Daqui se extrai a seguinte lista: viga de aço, vitral, bala de revólver, barracão, balão de
destilação, salsichas, bobinas, muro, sapato, pele, taça de cristal e motor.
Deixo, a seu cuidado, a construção da cadeia de associações (uma viga de aço voando sobre um
vitral, quebrando o vidro e enchendo o barracão de estilhaços etc.).
Para evitar a confusão entre países diferentes, não atribuirá o mesmo símbolo à mesma
indústria: a indústria do couro será simbolizada, segundo os países, por uma luva, um cinto, uma
mala de senhora etc. Além disso, relacionará o primeiro nome da cadeia ao nome do país. Por
exemplo, você poderá visualizar um conjunto de vigas de aço que firme a palavra Bélgica; veja,
seguidamente, estas vigas deslocar-se e quebrar alguns vitrais etc.
Não tenha receio de construir associações audaciosas ou, até, idiotas, pois o importante é “ver”
bem as imagens elaboradas. Misture imagens em movimento (como o lápis, a chave de parafusos,
o livro do nosso primeiro exemplo) com imagens fixas, já que isso facilita a memorização das
palavras.
Não se preocupe se demorar um pouco para fazer as imagens agora, com a prática, usando o
método das “associações de imagens”, chegará a construir as cadeias em dois ou três minutos, em
muitíssimo menos tempo do que através do estudo mecânico clássico ou tradicional.
Exercício-teste nº 24
Construa uma cadeia de associações de imagens com a lista das principais indústrias belgas,
servindo-se das palavras-chave indicadas no texto. Mas faça, neste exercício, apenas com as
duplas. Depois, cubra com as mãos a primeira coluna e verifique se, automaticamente, você se
recorda da segunda coluna. Depois cubra a segunda coluna e repita. Por fim, faça uma associação
com todas. Contudo, fazendo uma com as outras, fica mais fácil.
Tabela 9.1.
repetição
A repetição é um princípio conhecido do funcionamento da memória, já que é um método que as
crianças empregam quando começam a aprender qualquer coisa.
A repetição é um potente fator de memorização. Pondo em jogo os reflexos mecânicos do seu
cérebro, ela pode permitir a lembrança de coisas que não apresentam qualquer atrativo ou
interesse e às quais não elaborou associação alguma. Desta forma, até pode, à custa de repetição,
reter um poema numa língua que lhe é totalmente desconhecida, por exemplo.
Esta memória, puramente mecânica, é bem melhor nas crianças que nos adultos, pois, com o
envelhecimento, ela diminui. Em compensação, a capacidade de fazer associações aumenta com o
decorrer dos anos. Então, o que se perde por um lado é largamente compensado pelo outro.
A repetição desempenha um papel importante na fixação das lembranças – e isso em qualquer
idade.
Repita o que acaba de aprender e faça-o com intervalos. Não deseje “armazenar” tudo de uma
vez; pelo contrário, volte à “carga” várias vezes.
Quando estudar qualquer coisa, reveja, sempre que possível, o que aprendeu. Para fixar um
nome, uma morada, repita-os mentalmente, várias vezes ao mesmo tempo, procure elaborar
associações.
S. Tomás de Aquino dá-nos o seguinte conselho, na sua Summa Theologica:
” É necessário meditar frequentemente no que queremos fixar .”
As nossas lembranças são corroídas, pouco a pouco, pelo tempo, se nada fizermos para impedir
isso. O remédio é simples: a revisão.
Exercício-teste nº 25
Fixe, pelo método das associações de imagens, a lista das 20 palavras a seguir:
leão balança
Décimo dia
A Lei de Jost
Bem entendido, o importante é representar bem, para si, as coisas que imagina. Utilize as
alavancas mentais (transformar, redimensionar, movimentar e multiplicar).
Veja o Sr. Clemente, que está à sua frente, transformando-se subitamente em uma estátua de
cimento.
Veja o Sr. Moreira comendo amoras, muitas amoras.
O essencial é andar rapidamente e visualizar de forma clara, na imaginação, as associações que
foram feitas.
Exercício-teste nº 26
Tente lembrar do nome dos professores que teve desde os 15 anos de idade. Verá que, em geral,
foram os professores que lhe ensinaram as suas matérias preferidas que você conseguirá recordar.
Isto prova que a afetividade desempenha um papel muito importante quanto à intensidade da
lembrança.
Exercício-teste nº 27
Pegue a sua agenda e faça uma lista de 20 amigos e, com o auxílio de um dicionário, encontre
um facilitador para cada nome e aplique as alavancas mentais em cada um deles.
Décimo primeiro dia
Como fixar os seus compromissos
Hoje você aprenderá a usar sua memória para lembrar de compromissos com hora marcada,
como uma agenda.
Para tanto, basta criar associações entre cada uma das coisas que planeja fazer, na ordem em
que deseja fazê-las.
Exemplo: suponha que você deva, ao sair de casa, passar no correio para expedir uma
encomenda. Depois, telefonar ao Rafael para marcar uma entrevista. Também precisa lembrar de
comprar envelopes. Seguidamente, às 9h30min, o seu cliente, Sr. Felipe, vai atendê-lo. Quando
sair deste, você planeja, às 10h30min, se encontrar com outro cliente, o Sr. Monteiro. Às
11h30min, você deverá estar na rodoviária para esperar um colaborador da firma.
Para memorizar esses compromissos, você pode fazer como se segue: tente visualizar em seu
pensamento, ao sair de casa, você dizendo a sua esposa: “vou ao correio”. Imagine-se depois no
balcão das “Encomendas Registradas”. Veja o funcionário do correio lhe devolvendo o troco do
seu dinheiro lhe dizendo: “telefone ao Rafael”. Quando tiver finalizado o telefonema, imagine-se
estrebuchando encima de montanhas de envelopes. No primeiro envelope, você lê: “Felipe
9h30min”. Em seguida, imagine o Sr. Felipe despedindo-se de você dizendo: “o Monteiro o
espera às 10h30min”. Depois, imagine-se, ao sair do encontro com o Sr. Monteiro, vendo um
letreiro enorme, cravado na porta com uma flecha que diz: “rodoviária”.
Conforme se verifica, é inútil procurar fazer associações complicadas, pois é preciso apenas
alguns segundos para estabelecer todas as associações necessárias. Mais uma vez lembro: o
importante é ver as imagens criadas na mente.
Ao sair de casa, você pensará imediatamente em ir ao correio e a cada compromisso as
imagens puramente artificiais voltarão no momento oportuno para lembrar o que você tem que
fazer. Cada situação será um facilitador para a sua memória. Mas, lembre-se: o cérebro apenas
grava as coisas que você imagina.
Exercício-teste nº 28
Eis uma lista de compras:
Caderno Tinta
Laranjas Queijo
Torradas Manteiga
Tabela 11.1.
Forme, tão rapidamente quanto possível, as associações de imagens. Primeiro em duplas: cubra
com a mão a primeira coluna e tente, ao olhar a palavra da lista visível, lembrar automaticamente
a outra. Inverta a coluna que você cobriu. Depois de fazer em duplas, faça agora uma associação
com todas. Dentro de uma hora, tente reconstituir a lista.
1. Ouça o trecho todo uma vez, atentamente, para adquirir uma impressão geral.
2. Ouça novamente. Agora, procure analisar as diferentes partes, os diferentes movimentos.
Preste atenção às semelhanças e diferenças que possam existir entre as várias partes. Se
necessário, ouça de novo as partes semelhantes uma após a outra.
3. Escute novamente o começo e o fim.
4. Tente reconstituir, cantarolando, o começo e o fim.
5. Ouça, outra vez, para fixar trechos.
6. Anote as “falhas” que porventura existam.
7. Escute novamente o conjunto e tente reconstituí-lo inteiramente.
Embora este método seja muito mais simples na prática que no papel, sem maiores esforços
você obterá resultados satisfatórios em apenas uma única sessão.
Pelo menos no princípio, você poderá, por exemplo:
Executar o 1º e 2º passos no primeiro dia;
Os 3º e 4º passos no segundo dia;
No terceiro dia, os 5º e 6º passos;
No quarto dia, o 7º passo.
Exercício-teste nº 29
Pratique o exercício de memória auditiva descrita no texto. Ouça um trecho musical ou uma
música. Tente reconstituir o início, cantarolando-o. Depois, tente reconstituir a parte final. Torne
ouvir a música a fim de fixar outros trechos intermediários.
Em seguida, ouça-o novamente a fim de preencher quaisquer “falhas” que porventura tenha
notado.
Deverá chegar a conhecer todo o trecho ou música de cor.
Se não conseguir numa única sessão, que deve durar no máximo 20 minutos, retome no dia
seguinte.
Décimo segundo dia
Como fixar o que lê
Para fixar o que lê, primeiramente você tem que estar disposto a ler.
Isso parece óbvio, mas é um problema comum, se você não quer ler, se não está disposto a fazê-
lo, ficará distraído e não conseguirá se concentrar, ou seja, este é o primeiro ponto a se observar.
Se aplicar o que o ensinamos, poderá antes da leitura calcular o tempo para planejar melhor a
leitura.
Para isso, basta ler uma página que seja modelo e multiplicar o total pelo número de páginas do
seu texto. Saberá o tempo que precisa reservar para a leitura planejada, o que pode ser um fator
determinante no resultado.
Em seguida, tenha, por exemplo, um lápis ao seu alcance e marque os parágrafos ou passagens
mais importantes, as ideias-chave, as noções que deseja memorizar com precisão.
Assim que terminar a sua leitura, releia todos os parágrafos ou trechos marcados lateralmente
ou sublinhados, feche o livro e tente reconstituí-los.
Se o conteúdo for longo, reveja todos os dias a parte marcada na véspera e, para consolidar,
faça uma revisão semanal.
Se for necessário fixar um certo número de ideias de maneira precisa e ordenada, poderá
utilizar as tabelas de chamada ou método das localidades, técnicas as quais logo aprenderá.
Deste modo, você terá um conhecimento particular da obra lida, da qual terá também uma boa
visão de conjunto.
É no fim das 24 horas seguintes ao seu estudo que você tem maior probabilidade de
esquecimento.
Não deixe, pois, passar mais de 24 horas antes de uma revisão. Mas não reveja antes de cinco
ou seis horas após a primeira leitura (Lei de Jost).
Exercício-teste nº 30
Pegue um livro instrutivo ou um artigo de revista de caráter documentário e leia-o durante 10 a
15 minutos (com lápis na mão), procedendo como foi indicado na lição.
Quando a sua leitura terminar, releia as passagens marcadas e sublinhadas. Você verificará que
esta leitura lhe deixou uma impressão muito mais durável que numerosas leituras empreendidas
anteriormente.
Exercício-teste nº 31
Tente lembrar-se do nome de pelo menos seis dos seus colegas de infância, com quem mantinha
relações entre os cinco e dez anos.
Conclusão
Para concluir, gostaria de relembrar que, para fixar o que lê, você deve:
Estar disposto a ler, para melhorar a concentração;
Marcar, com as palavras-chave, frases e trechos importantes, ou seja, tenha sempre em mão
um lápis e um caderno, caso não queira ou não possa fazer anotações no próprio livro;
Sempre releia os pontos marcados após a leitura, pois o ajudará muito a fixar o conteúdo.
Estes também são de grande valia para futuras revisões.
Com relação ao estudo, não esqueça de:
Compreender tudo o que lê: tenha em mão um dicionário; não passe à frente se não
compreender o conteúdo. Se o material em questão for muito difícil de compreensão, procure
um outro que introduza ao assunto. Isso é muito comum em livros técnicos, porque alguns são
bem difíceis de assimilar. Nesses casos, você pode pegar um livro, por exemplo, que
introduza o assunto de forma a ajudá-lo na compreensão do material proposto ao seu estudo.
Tenha a intenção de fixar o que estuda antes de começar a fazê-lo: isso parece inútil,
mas não o é; antes do estudo, tenha consciência de que precisa fixar o conteúdo, porque isto
informará ao cérebro que ele é importante para você.
Reflita sobre o material estudado: pense a respeito dele, como aplicá-lo no seu dia-a-dia
ou nas tarefas propostas, pois isso ajuda o cérebro a fazer associações e fixa ainda melhor o
conteúdo.
Decomponha seu estudo em partes: um tempo muito grande de estudo não ajuda na
memorização. Nunca fique mais de uma hora seguida estudando, você pode, por exemplo, a
cada 50 minutos de estudo, fazer uma pausa de dez minutos.
Fique atento para não perder a visão de conjunto do conteúdo do seu estudo: isso
acontece quando você decompõe demais o seu estudo. Fique atento quanto a isso.
Procure estudar sempre no mesmo horário: isso ajuda muito nos estudos. É como
programar seu cérebro a estar pronto para o estudo sempre naquele horário. Quando você
começa o estudo, o seu rendimento começa baixo, vai erguendo até atingir o nível ideal, e
depois de um tempo vai diminuindo. Quando você estuda sempre no mesmo horário, o tempo
inicial é bem mais curto, ou seja, você fica mais tempo na linha ideal de rendimento.
Revisões: nunca esqueça delas. Se você não revisar, não vai memorizar. Para as revisões,
procure utilizar palavras-chave e anotações para que as mesmas sejam mais produtivas.
Quando for estudar um texto difícil, procure escrever as frases, após ler, com suas palavras.
Isso pode não parecer útil, mas faça o teste e notará como a compreensão é melhorada.
Décimo terceiro dia
A concentração – parte 1
Tabela 13.1.
Escreva em um papel ou imprima a tabela anterior e faça uma lista dos assuntos que você sente
necessidade de se concentrar. Anote aqueles nos quais você consegue se concentrar facilmente à
esquerda e os de difícil concentração à direita.
Existem nove hipóteses em dez de que na coluna da esquerda estejam listadas as coisas que
mais lhe interessam e na da direita aquelas que você tem menos interesse ou que conhece
superficialmente.
Este pequeno e simples teste ajuda-o a compreender a necessidade de se interessar pelos
métodos através dos quais poderá aumentar o seu poder de concentração.
Responda agora esta pergunta: Qual é o sentido profundo de “Concentração” ?
A concentração é a faculdade que torna possível fixar a atenção em um assunto ou ocupação,
inibindo que esta atenção seja desviada para outros assuntos. Em outras palavras, a concentração
permite que, entre todas as imagens e pensamentos que possam evoluir do nosso cérebro, façamos
uma escolha a favor do que decidimos dar nossa atenção, repelindo os outros.
Já falamos sobre o reflexo condicionado em outros tutoriais: se você estudar sempre nos
mesmos horários e condições, seu corpo se acostumará a entrar no estado necessário ao estudo
com essas condições. Isso também serve para a concentração, já que sabemos que ela é
imprescindível para os estudos.
Existem algumas pessoas que têm maior facilidade para concentração e estudo em
circunstâncias e locais adversos. Mesmo que você seja uma dessas pessoas, procure seguir o
princípio que aprendemos nesta lição e verá que multiplicará sua capacidade de aprendizado.
Agora, mesmo que você não tenha um local tão propício à concentração, pode treinar seu corpo
com um pouco mais de dificuldade, porque você deve levar em conta as circunstâncias que tem à
sua disposição. Mesmo assim, procure utilizar sempre os mesmos horários, local e condições.
Falo isso porque às vezes temos dificuldades em encontrar um local com o silêncio que julgamos
necessário à nossa concentração, mas isso não é o fim do mundo: com um pouco de treino você
conseguirá se desligar dos “barulhos” externos. Para isso, ainda assim é importante horário, local
e condições, sendo que, quando falo em condições, digo em relação à mesa, às cadeiras, aos
blocos de anotações, ou seja, às coisas habituais que são sempre necessárias quando se dedica ao
estudo.
Conclusão
Hoje salientamos novamente a importância da concentração para os estudos e relembramos que
o reflexo condicionado pode ser usado para ajudar nossa concentração.
Aprendemos que temos maior facilidade de concentração em assuntos do nosso interesse, ou
seja, é importante que nos interessemos pelo que queremos estudar.
Também aprendemos hoje o primeiro princípio sobre a concentração que é relacionada ao
ambiente: um local apropriado facilita a concentração.
Exercício-teste nº 32
Feche os olhos e represente para si mesmo o algarismo 1.
Quando ele estiver claramente no seu pensamento, passe para o algarismo 2 e apague
perfeitamente do seu pensamento a imagem do algarismo 1.
Continue assim até o algarismo 10.
Décimo quarto dia
A concentração – parte 2
Exercício-teste nº 33
Ouça uma música, escutando atentamente, e faça uma lista do maior número possível de
instrumentos que conseguir identificar que participaram da composição.
Antes de continuar, responda mentalmente a seguinte pergunta: você está em forma para realizar
um trabalho intelectual seguido?
Em outros dias, comentamos a respeito da irrigação do sangue e seu papel na oxigenação do
cérebro. Falamos também sobre os elementos químicos necessários à atividade cerebral e à
astenia.
Se você não respeita (voluntariamente ou não) as regras de higiene que ensinamos ou se
encontra em um estado de fadiga excessiva, não procure concentrar-se para o estudo. Se insistir,
vai apenas se fatigar mais. Portanto, quando estiver fatigado, você não deve avançar no seu
estudo.
Se não se sentir em razoável forma física, não procure a concentração, porque ela vai fugir de
você. Repouse, levante-se no outro dia uma hora mais cedo e, antes de se deitar, vá respirar um
pouco de ar fresco, passeando por cerca de meia hora se puder.
Pode ser, e geralmente acontece, que, apesar de uma boa higiene cerebral, você não se sinta em
completa e boa forma física e mental um dia ou outro. Nestas ocasiões, é necessário simplesmente
fazer uma pequena cura de “refrescamento” antes de iniciar o trabalho. Faça assim: dez minutos de
marcha, depois tome uma ducha (ou um banho morno de imersão). Se, por acaso, não tiver
possibilidade de tomar uma ducha, refresque totalmente o rosto. Em seguida, beba um copo de
água fresca, ou leite, ou chá frio (se o suportar facilmente) e, então, verificará que está novamente
em condições para o estudo e se concentrará facilmente.
Para finalizar, não se esqueça do terceiro princípio:
Conclusão
Para se obter uma boa concentração, você deve aplicar os quatro princípios que estudamos:
Escolher um ambiente propício;
Eliminar as causas materiais de distração;
Estar seguro da sua boa forma física;
Penetrar bem no seu objetivo ou finalidade.
Exercício-teste nº 34
Pegue um objeto qualquer e examine-o, preocupando-se com seu fabricante e com as suas
origens, mesmo remotas.
Exemplo: uma faca. É feita de madeira e de aço. A madeira foi talhada, perfurada etc.; e a
lâmina é em aço, que provém do ferro e do carvão etc.
Veja até onde pode se aprofundar em relação a todas as partes constitutivas do objeto em
questão. A dificuldade consiste precisamente em não se deixar distrair.
Exercício-teste nº 35
Este é um exercício interessante que pode ser realizado em momentos que não tenha nada a
fazer e prova que sua memória pode melhorar consideravelmente. É um excelente exercício para o
desenvolvimento imediato da memória.
Pegue um baralho e tire uma carta. Identifique-a e coloque de volta no baralho. Pegue outra
carta, identifique a primeira que tirou e depois esta nova carta. Coloque-a de volta. Pegue uma
terceira carta. Identifique as duas primeiras e depois esta terceira. Coloque-a novamente no
baralho. Faça isso sucessivamente.
Anote o seu “score” na primeira vez que executou o exercício. Vai ver que, graças ao seu treino,
sua memória melhorará muito brevemente.
Posteriormente, você pode fazer o mesmo exercício, tirando duas ou três cartas por vez. Qual o
número de cartas que acumula sem começar a esquecer?
Décimo quinto dia
A concentração – parte 3
Conclusão
Terminamos, assim, a exposição dos seis princípios da concentração para o estudo. Não busque
a concentração para o estudo sem eles, a saber:
Escolher o seu ambiente;
Eliminar as causas de distração;
Estar em boa forma física;
Penetrar bem na finalidade;
Ter conhecimentos de base;
Aumentar o seu interesse imediato.
Para se recordar destes seis pontos, construiremos uma “concatenação” com as duas ou três
primeiras letras de cada palavra-chave (destacada em itálico). Obtemos a seguinte mnemônica:
AMDISFOR-FINCONINT.
Para reencontrar uma melhor concentração, quando, durante o estudo, se distrair, faça o
seguinte:
Estabeleça profundamente a consciência do seu objetivo pessoal;
Volte para o local exato em que perdeu a concentração e marque-o com o lápis;
Certifique-se de que não tenha sido a dificuldade de compreensão que causou a perda de
concentração, pois, se este for o caso, tente compreender perfeitamente o sentido antes de
prosseguir, mesmo que precise consultar outros materiais. Se não for o caso, retome a leitura
e assinale sempre que perder a concentração. Com mais de três passagens assinaladas na
mesma página, é inútil prosseguir.
Neste caso, suspenda o estudo por 15 minutos. Tome um ar, ande um pouco, beba um pouco de
chá ou água fresca e procure na lista AMDISFOR-FINCONIT quais as causas que o impedem de
se concentrar. Assim que as localizar, terá também encontrado o remédio.
Tudo que aprendemos sobre concentração para os estudos pode ser aplicado no lado
profissional também, para a elaboração de um relatório ou preparação de uma exposição.
Para terminar o estudo sobre os problemas da concentração, recomendo evitar duas coisas:
A leitura-devaneio;
A leitura-embaladora.
A leitura-devaneio acontece quando você, simplesmente, se distrai por uma ideia ou palavra
que encontra. Não se deixe conquistar pelo devaneio ou sonho. Aliás, isso vai contra tudo o que
aprendemos sobre a concentração. É necessário criar em si mesmo o seguinte reflexo
condicionado: quando se lê, é indispensável que isso signifique para você obrigação de se
concentrar. Vai sonhar? Feche o livro, mude de lugar, instale-se em um sofá confortável, e sonhe.
Mas proíba a si mesmo a mistura “leitura-sonho ou devaneio”. É uma mistura envenenada.
A leitura-embaladora acontece quando você lê antes de dormir. Não tenho por que me opor
quanto a isso, desde que você suspenda conscientemente a leitura quando começar a se sentir
sonolento. Não use a leitura para passar do estado de vigília para o semi-sono, abandonando às
pressas a leitura antes de adormecer profundamente.
Exercício-teste nº 36
Este exercício tem como objetivo melhorar sua noção de tempo através da memória. Marque um
período de 30 segundos e tente contar de 1 a 30 ao mesmo tempo (um número por segundo).
Recomece, sem olhar para o relógio (salvo no começo e no fim). Verifique, logo que a sua
contagem terminar no número 30, se está atrasado ou adiantado. Tente de novo, para retificar o seu
ritmo, se necessário.
Para falar inglês, você precisa saber como constituir as frases conforme as regras do idioma em
questão. As aplicações das regras de sintaxe e de gramática devem vir de forma espontânea
também, ou seja, sem esforço de reflexão. Para conseguir isso, você precisa conhecer, de
memória, algumas frases que se apliquem à regra em questão.
Mas é necessário, antes de mais nada, dominar um vocabulário básico com pelo menos 200
palavras no idioma que deseja aprender para se aperfeiçoar na pronúncia e gramática.
O aprendizado de qualquer idioma deve sempre seguir a seguinte ordem:
Desenvolva a compreensão de um vocabulário básico com, no mínimo, 200 palavras;
Aperfeiçoe a pronúncia assistindo a filmes e ouvindo músicas;
Gradativamente, utilize leituras, iniciando até mesmo com textos infantis, para aos poucos
dominar a gramática.
Não conseguiremos neste texto nos aprofundar no estudo das três fases, mas, se possibilitarmos
uma maneira de dominar rapidamente um vocabulário de 200 palavras, já terá sido um grande
começo.
Para fixar o vocabulário estrangeiro, você pode por vezes estabelecer uma ligação com uma
palavra portuguesa que tenha a mesma consonância que a palavra estrangeira. Pode também
estabelecer associações com palavras portuguesas fáceis de determinar pela sua aproximação ou
afinidade. No quadro a seguir a palavra da primeira coluna é o significado ou tradução; a coluna
do meio é o facilitador , ou seja, uma palavra em português que nem sempre tem algum significado
parecido com a tradução, mas cuja imagem associada com a palavra em inglês criará o reflexo
condicionado que possibilitará o domínio do idioma; e, na terceira coluna, temos a palavra em
inglês.
A associação deve ser feita com as palavras nas duas primeiras colunas, automóvel e carro:
crie a imagem bem nítida na sua mente e use as alavancas, (transformar, redimensionar,
movimentar e multiplicar). Quando falar automóvel , a ideia carro surgirá automaticamente, pois
um automóvel é um carro caro, valioso.
Imagine a sua bagagem em um saco. Para isso, utilize as alavancas.
Veja, na sua mente, o ato de escrever com uma pena. Ao abrir uma porta, você bate o pé e sente
muita dor, então, sempre que estiver diante de uma porta teremos dor que lembra door . E assim
por diante. Adquira um dicionário da língua que você deseja aprender e elabore um quadro com o
auxílio de um dicionário de português.
Primeiro a palavra em português, em segundo lugar o facilitador, que você encontrará no
dicionário da língua portuguesa, que deve ter um som parecido da palavra no idioma que você
deseja desenvolver.
Para auxiliar, lembre-se que você não deve procurar relações com a letra vogal e sim no valor
da sílaba consoante. Palavras com T e D são muito parecidas, também tem sons parecidos: M e N,
L e LH, CH e X e J, C e Q, F e V e P e B. Você pode ir ao dicionário para buscar não apenas o
significado, mas palavras com sons parecidos para servirem de facilitadores. Comece com as
palavras do quadro e depois amplie:
Tabela 16.1.
Exercício-teste nº 37
Encontre as palavras que permitirão estabelecer uma associação de som com ou sem sentido
entre as palavras portuguesas e inglesas. Encontre o facilitador para:
Desgosto/Grief ;
Elogio/ Praise;
Garrafa/ Bottle;
Guloso/Greedy;
História/Story.
s concatenações
Agora vamos estudar, para variar, a forma mais primária, a mais simplista dos recursos
mnemônicos, as concatenações.
Desde os primeiros anos, na escola, que recorremos a mnemônica, por exemplo, a lista dos
Césares (imperadores romanos) será mais fácil de fixar se lembrarmos das três palavras seguintes
cujas sílabas correspondem à primeira sílaba do nome de um imperador: Césautica, Claunegalo,
Vivestido.
Este aglomerado de sílabas não tem sentido, mas o ritmo das três palavras torna-as fáceis de
reter. Estas cadeias de palavras chamam-se concatenações. No caso, os imperadores são: César,
Augusto, Tibério, Calígula, Cláudio, Nero, Galba, Otão, Vitélio, Vespasiano, Tito, Domiciano.
As cores do arco-íris, na sua ordem espectral, podem ser memorizadas usando a palavra
VLAVAAV. Então, as cores são: vermelho, laranja, amarelo, verde, azul, anil e violeta.
Décimo sétimo dia
As co ncatenações (continuação)
As concatenações são relativamente fáceis de elaborar, além de que podem ser formadas,
especialmente, para fixar listas de palavras e nomes.
Os especialistas em venda ensinam aos seus alunos que, para triunfar em vendas, é necessário:
Captar a atenção;
Criar o interesse;
Suscitar o desejo;
Provocar a ação.
Você se lembrará facilmente dessas quatro frases pensando em AIDA. Veja outro exemplo a
seguir: para recordar as principais cidades de um itinerário ou para se lembrar do nome de cinco
a dez pessoas que encontrar, ou que participarem em uma conferência.
Entretanto, tratando-se de listas extensas, reconheço que as concatenações são insuficientes. Por
isso, ensinarei métodos bem mais eficazes.
Exercício-teste nº 38
Construa uma concatenação para reter as sete maravilhas do Mundo Antigo:
Colosso de Rodes;
Pirâmides do Egito;
Júpiter olímpico, de Fídias;
Templo de Diana, no Éfeso;
Mausoléu de Halicarnasso;
Farol de Alexandria;
Jardins Suspensos da Babilônia.
Exercício-teste nº 39
Pegue um livro de História, do Ensino Fundamental ou do Ensino Médio, e faça um quadro
sinóptico dos nossos presidentes.
A Geometria
Para aprender Geometria, é necessário em primeiro lugar compreendê-la. Consequentemente, o
estudo de qualquer lição pressupõe a compreensão completa da matéria. Se notar lacunas no
entendimento da matéria, em geral, não fique constrangido: comece por pegar seu primeiro livro
de Geometria. A resolução de problemas é fácil, a partir do momento em que se domina bem a
matéria e tem na memória as fórmulas. Mais adiante, você aprenderá um método para recordar
estas fórmulas.
O cá lculo mental
Um excelente exercício para se habituar a “brincar” com os algarismos é a prática do calculo
mental.
Você não calcula mentalmente com mais frequência provavelmente por não ter hábito. Existem
numerosas operações de cálculo mental que poderá dominar completamente e com eficácia.
Apenas como exemplo, a adição, para a qual existem livros curiosos, com excelentes ideias para
o cálculo mental: deve-se adicionar 235 + 661, porém sem pôr a adição por escrito.
Portanto, terá de fazê-la mentalmente. Para isso, não se torna obrigatório proceder como por
escrito, isto é, partindo dos algarismos da direita para a esquerda. É necessário partir da esquerda
para a direita, assim:
Quando há “transportes” (das unidades para as dezenas, por exemplo), é necessário tê-las em
conta:
375 + 248
300 + 200 = 500
70 + 40 = 110 = 610
5 + 8 = 13
Seja finalmente:
610 + 13 = 623
Conclusão
Habitue-se, portanto, ao cálculo mental e verificará que lhe dará maior facilidade em todos os
ramos da Matemática. E, na vida prática, o cálculo mental lhe ajudará em muitos serviços, pois
facilita bastante a memorização de algarismos.
Décimo oitavo dia
Como estudar a Física e a Química
Exercício-teste nº 40
Eis um exercício para a memória visual: veja as “Atualidades” da TV ou cinema e, duas horas
depois, anote em uma folha a lista de todas as imagens que possa evocar claramente no seu
pensamento.
Laranjas Queijo
Torradas Manteiga
Tabela 18.1.
As associações foram simples, feitas de item com item da lista, primeiramente em colunas uns
com os outros. Cada um se torna facilitador do outro. Cobrindo com a mão uma das colunas e
visualizando qualquer item da lista, o outro é lembrado automaticamente. Mas podemos ter uma
lista fixa de palavras para memorizar, sendo que elas também se referem a um número:
1. Lápis: caderno;
2. Óculos: tinta;
3. Tridente: laranjas;
4. Cadeira: queijo;
5. Luva: torradas;
6. Cachimbo: manteiga;
7. Machado: refrigerante;
8. Cacho de uvas: algodão hidrófilo.
9. Taco de golfe: xarope para tosse;
10. Jogador com Camisa 10: pasta de dentes.
A primeira coluna é uma tabela feita com articulações numéricas. Se associar uns com os
outros, ao pensar no item oito (cacho de uvas), imediatamente pensará em algodão hidrófilo,
desde que tenha feito a associação e a alavanca mental necessárias (transformar, redimensionar,
multiplicar e movimentar).
A vantagem é que, além de lembrar o item associado, podemos saber a ordem em que ele se
encontra na lista. Os peritos em memória realizam exercícios de associações em tabelas
previamente assimiladas, que facilitam a memorização. Esta tabela é apenas um exemplo, já que é
muito limitada.
Exercício-teste nº 41
Crie associações da tabela de chamada sugerida a pouco com a lista de compras e verifique se
você consegue recordar-se dos itens. Quando cobrir a lista de compras com as mãos e se dirigir a
qualquer nome da primeira lista, deverá lembrar-se da lista. Faça a verificação de forma
aleatória, ou seja, fora de ordem. Perceberá que, mesmo assim, saberá qual a ordem do item na
lista por causa da articulação numérica. Não é necessário dominar essa tabela de dez números, já
que é usada apenas como exemplo, além de que existem tabelas bem mais elaboradas. Podemos
dizer que essa tabela é uma articulação visual, pois os números são sugeridos pela imagem da
coisa. Exemplo, os óculos é indicado pelo número dois porque possui duas lentes.
Décimo nono dia
As articulações numéricas – Tabelas de chamada –
parte 2
Inici
Iniciaremos
aremos o dia
d ia de hoje já com um
um exercício,
exercíc io, que é muito
muito importante
importante para sua mem
memóri
ória.
a.
Exercício-teste
Exercício-teste nº 42
Algumas vezes, será preciso que você copie um texto de um livro ou de um artigo de jornal ou
de revistas. Esta pode ser uma ótima ocasião para fortificar a sua concentração e a sua memória.
Para tanto, em vez de, simplesmente, copiar duas ou três palavras de cada vez, habitue-se
progressivamen
progressivamente te a copiar frase a frase,
frase, o que fará
fará que gan
ganhhe tempo
tempo e o ajudará
ajudará a fixar
fixar o que
que
copia.
Esta maneira de proceder habitua-o a assimilar ou abranger mentalmente um número máximo de
elementos em um mínimo intervalo de tempo.
Faça, hoje, o seguinte exercício: pegue um livro ou revista e copie cerca de 30 linhas,
reproduzindo frase a frase. Leia uma linha inteira, depois a copie integralmente e assim por diante.
Exercício-teste
Exercício-teste nº 43
Este é um jogo praticado pelos escoteiros, que você poderá realizar com alguns amigos ou com
seus filhos. Se você praticar um pouco, poderá surpreender a todos.
Coloque sobre a mesa 20 objetos, sem que os participantes vejam.
Quando tiver terminado, peça-os para entrar e deixe-os observar os objetos por dois minutos.
Em seguida, cubra os objetos com uma toalha. Cada um será, então, convidado a escrever a
lista
lis ta dos objetos de que se lembra.
Aquele que tiver o maior número de acertos faz uma nova exposição de objetos, juntando-lhe o
tirando-lhe unidades.
Tenha atenção a partir de então: não inscreva na lista objetos que já não estão na mesa. Se você
utilizar os recursos que lhe indicamos, classificando e utilizando uma tabela de chamada para
ancorar cada objeto, poderá demonstrar grande capacidade de memória superior a todos que não
contam com o mesmo recurso.
Já explicamos o que é uma tabela de chamada. Um exemplo que demos foi uma composta por
dez palavras que tem uma relação visual com números, que é considerada como uma articulação
numérica utilizando o critério visual. A tabela que usamos como exemplo pode ser usada como
exercício de desenvolvimento e aprendizado, mas repito que existem tabelas bem melhores. A
seguir, há um exemplo de tabela de chamada, composta por articulações numéricas auditivas, para
você melhor compreender o princípio. Lembramos que esta tabela também é apenas provisória
para efeito de exercíci
exercícios
os introdut
introdutórios,
órios, já
j á que
que temos
temos exemplos
exemplos melhores
melhores que
que você aplicará em
seus estudos depois de terminarmos esse desafio.
1. Rum;
2. Arroz;
3. Japonês;
4. Prato;
5. Cinto;
6. Freguês;
7. Canivete;
8. Biscoito;
9. Automóvel;
10. Pastéis.
Estas articulações numéricas têm como critério o som, ou seja, as palavras rimam umas com as
outras.
Exercício-teste
Exercício-teste nº 44
Este exercício consiste em dominar a tabela numérica anterior, a ponto de associar qualquer
palavra ao número
número correspon
corres ponden
dente.
te. Ex
Exemplo:
emplo: ser pen
pensar
sar o número
número 8, deverá lembrar-
lembrar-se
se de
biscoito.
biscoi to. Ten
Tente
te com:
com: 2, 4, 6, 8 e 10. Agora
Agora os núm
números
eros ímpares e depois aleatoriament
aleatoriamente.
e. Essa
ainda é uma tabela preparatória para a tabela de chamada que sugeriremos que você utilize em
seus estudos.
4 = r5 = l.
54 é igual
igual a l-r, ou seja, “ler” ou “lar”.
45 é r-l, ou seja, “rol” ou “ralo”.
454 é r-l-r, ou seja, “reler”.
1 t, d
2 n, nh
3 m
4 r
5 l, lh
7 q, c (qu
(quan
ando
do se pron
ronuncia
cia “k
“k”),
”), g (com
(com pro
pronúncia
cia “g
“gue”),
e”), gu, k
8 f, v
9 p, b
Tabela 19.1.
1 t, d
2 n, nh
3 m
Tabela 19.2.
s assemelha-se a dois zeros sobrepostos
n tem duas hastes
m tem três hastes
Tabela 19.3.
data = d – t = 11
Dominó = d – m – n = 132
Inversamente:
Exercício-teste nº 45
Escreva a respectiva tradução em algarismos ou números: centena (0212), dama (13), demônio
(132). Tente sozinho com: Marisa, Brasil , pulga, dourado, azul , pipoca, carnaval , leve e ferro.
Você também pode treinar a tradução em números das palavras que encontrar durante o dia. Para
auxiliar, a princípio elabore um cartão com as dez articulações, pois, para se ter uma boa
memória, é fundamental conseguir ter um completo domínio dessas articulações.
Vigésimo d ia
As articulações numéricas – parte 3
Exercício-teste nº 46
Encontre várias palavras para traduzir os números indicados a seguir:
10 ___________________________________________________________________
17 ___________________________________________________________________
21 ___________________________________________________________________
31 ___________________________________________________________________
50 ___________________________________________________________________
88 ___________________________________________________________________
70 ___________________________________________________________________
3020 ___________________________________________________________________
Tabela 20.1.
O 3020, Micenas, pode parecer difícil, porém, com um pouco de prática, você até achará muito
divertido. Ao encontrar alguma dificuldade, recorra ao auxílio de um dicionário.
4 r
5 l, lh
Tabela 20.2.
Tabela 20.3.
Mas o melhor para fixá-los são os exercícios de aplicação que veremos a seguir.
Exercício-teste nº 47
Traduza em números, como no exemplo:
Deite-os: 110
Lerei à
noite _______________________________________________________________
Comprarei _______________________________________________________________
no _______________________________________________________________
mercado _______________________________________________________________
Ração _______________________________________________________________
Carroça _______________________________________________________________
Dois gatos _______________________________________________________________
na rua _______________________________________________________________
Carta _______________________________________________________________
Russo _______________________________________________________________
O caminho _______________________________________________________________
de Deus _______________________________________________________________
Loção de _______________________________________________________________
barbear _______________________________________________________________
Caos
Tabela 20.4.
Exercício-teste nº 48
Encontre pelo menos cinco palavras para traduzir cada um dos números:
45 _____________________________________________________________________
56 _____________________________________________________________________
64 _____________________________________________________________________
Tabela 20.5.
8 f, v
9 p, b
Tabela 20.6.
k assemelha-se a um 7 ou ka-sete
Tabela 20.7.
Exercício-teste nº 49
Traduza em números as expressões: hospital, vaca, dente, café, cabide, “ao beber não dirija”,
caneca, revólver, sabão e menino.
Como fixar datas em História
É muito fácil fixar numerosas datas transcrevendo-as em
articulações
Será suficiente transcrever os três últimos algarismos de uma data, porque se sabe,
normalmente, se o acontecimento ocorreu antes ou depois de Jesus Cristo.
Seguem-se os exemplos:
Fundação de Roma: 752 a.C.
752 = k – l – n, o que sugere a palavra “colina”, que origina a frase: “Roma foi fundada entre
sete colinas”.
Batalha de Poitiers: em Poitiers, Carlos Martel expulsou os sarracenos das comunas
francesas (732).
Depois da morte de Joana d’ Arc: a situação da França parecia tão sem remédio (1431).
Desta forma você pode, sem dificuldade, encontrar frases deste gênero para todas as datas
históricas que desejar reter.
Poderíamos formar esta frase mnemônica: “Todos os portugueses, nesse dia, aclamaram os
heróis.”
Estamos acostumados a soluções primárias e com o processo repetitivo. No início, você se
sentirá incomodado, terá que pensar e recorrer ao dicionário. Mas esse é o grande objetivo do
nosso desafio: transformar o seu pensamento. Pensar com velocidade, criatividade e eficiência
depende de conexões neurais. Você não estará apenas adquirindo um conhecimento para aplicar
numa prova ou no trabalho, mas também desenvolvendo habilidades cognitivas que transformarão
sua vida.
Para memorizar que o esqueleto humano se compõe de 211 ossos, podemos traduzir 211 em uma
palavra usando a técnica das articulações numéricas. Esta palavra pode ser anotado. Em que n
significa 2, t significa 1 e d também significa 1, conforme as regras da técnica de articulação
numérica que você a aprendeu.
Já para memorizar o número total de vértebras (33), podemos usar a palavra mamãe, já que
esta possui duas letras m, cada uma significando um número três.
Para memorizar o número de vértebras dos cinco grupos em que se classificam as vértebras,
construiremos uma pequena frase iniciada por mamãe (33) e composta das articulações seguintes:
Tabela 20.8.
Coragem e paciência!
Vigésimo primeiro dia
Aplicação à Geografia
Lembre-se de que você pode usar um dicionário a fim de ajudá-lo a encontrar palavras para
suas frases mnemônicas, além de que isso também o ajuda a enriquecer seu vocabulário, já que
aprenderá o significado de outras palavras.
Para fixação da produção de trigo, poderíamos usar as seguintes frases:
“Nos EUA, o trigo é mole” (35).
“Na Rússia, o trigo é quase inesgotável” (70).
Tabela de chamada
Suponha que você tenha decorado 100 palavras, em ordem e de forma que consiga identificar
qualquer número relacionado a cada palavra.
A tabela de chamadas é esta lista. Como você já sabe, números são abstratos e difíceis de
memorizar, a menos que demos um significado a eles, relacionando eles com palavras, por
exemplo, que são concretas e fáceis de memorizar.
Usando esta tabela você conseguirá memorizar facilmente uma lista de até 100 itens e saber
como relacionar cada item com sua posição, porque cada item da lista estará associado a uma
palavra que você conhece e sabe qual número ela representa.
Este é um método fantástico que uso no meu dia a dia com muita facilidade e para praticamente
qualquer coisa.
Em minha opinião, as cartas do Tarô, que são muito parecidas com o nosso baralho, se
analisarmos, são muito mais um sistema numérico de memorização relacionado com a Bíblia e
com o alfabeto hebraico do que um jogo de sorte, ou um sistema para adivinhar o futuro.
Por exemplo: os naipes do Tarô e do baralho podem ser associados às alavancas que usamos
para intensificar as imagens relacionadas aos facilitadores:
Paus: no Tarô, é o fogo que pode ser associado ao processo de transformação. Em tudo que o
fogo atinge, haverá transformação. A argila fica dura e os metais ficam mais resistentes. Sem
contar que os alimentos ficam mais seguros e saborosos. Até a esterilização pode ser feita
com o auxílio do fogo.
Ouros: no Tarô, é a terra, que pode ser associada ao processo de multiplicação. É na terra
que plantamos a semente que se multiplicará e nos fornecerá o alimento.
Copas: no Tarô, é o naipe da água, associado ao processo de medida e redimensionamento
das coisas. Para modelar alguma coisa, nós a deixamos líquida, pois assim podemos dar a
forma que desejarmos. Na alavanca da dimensão, alteramos propositalmente a altura, largura
ou comprimento, ou seja, o volume, para podermos intensificar a imagem mental e
proporcionar melhor memorização.
Espada: no Tarô, podemos associar ao ar, já que a espada corta o ar que representa o
movimento. Nada melhor do que o ar, vento, brisa ou furacão para representar o movimento
das coisas.
Também podemos, entre outras coisas, perceber que os Arcanos Maiores do Tarô e suas 22
cartas possuem uma relação direta com as 22 letras do alfabeto hebraico, 22 capítulos do
Apocalipse, além de que cada arquétipo ainda evoca diretamente uma parte da Bíblia.
Por exemplo, entre muitos:
A carta seis do Tarô, “Os amantes”, pode sugerir a história vivida por Davi e a mulher de
Urias;
A carta oito, “A força”, lembra Sansão e o leão e também Dalila que o traiu;
A carta um, “O mago”, evoca Adão dando nome a todas as coisas e assim por diante.
Não é o Tarô que usaremos como tabela de chamadas, mas acredito que padres e sábios dos
tempos antigos fizeram outro uso do Tarô, bem diferente do uso atual de simplesmente ler a sorte.
Elaboraremos a nossa própria tabela. Para isso, utilizaremos as articulações numéricas já
desenvolvidas em exercícios passados.
Será necessário que tenhamos total domínio da lista fonética, ou seja, das relações que existem
criadas artificialmente para possibilitar a cada número, e depois ampliando infinitamente, um
equivalente em palavras.
Vamos rever esta lista fonética:
1 t, d
2 n, nh
3 m
4 r
5 l, lh
8 f, v
9 p, b
Tabela 21.1.
Com ela, podemos elaborar uma lista infinita de palavras e frases, cada uma representando um
número em ordem crescente. Se o primeiro item da sua lista, que você mantém em sua mente, for
“tia” e se o primeiro objeto da lista a memorizar é “camisa”, você estabelecerá uma associação
como qualquer uma destas:
A minha camisa só é lavada pela minha tia (pode visualizar sua tia lavando sua camisa,
lembre-se das alavancas para fazer a associação, exagere no tamanho da tia e na quantidade
de camisas, por exemplo, de forma que a imagem seja absurda, tornando mais fácil a
retenção pelo cérebro).
Esta camisa foi prenda da minha tia.
Procederá do mesmo modo com relação ao segundo objeto e assim por diante.
Se lhe perguntarem em seguida qual é o primeiro objeto da lista, saberá que é o que está
associado à palavra tia, reencontrando, sem esforço, a associação feita e, consequentemente, o
objeto em questão.
1 tia
2 unha
3 mãe
4 hora
5 alho
6 chá
7 cão
8 uva
9 pia
10 doce
Tabela 21.2.
Você verá que esta tabela é fácil de fixar, uma vez que as palavras traduzem sua transposição
(articulação numérica).
Exercício-teste nº 51
Aprenda os dez primeiros números da tabela de chamada e, depois de bem-aprendidos, passe
ao próximo exercício.
Exercício-teste nº 52
Tente fixar, tão rápido quanto consiga, as dez palavras seguintes, em ordem, usando a tabela de
chamada. Proceda rapidamente, associando em pensamento as duas imagens, embora lhe pareça
estranha e ridícula a associação elaborada.
Palavras: livro, café, pão, chave de parafusos, tacho, cadeira, pintura, cortina, cinema e
caracol.
Vigésimo s egundo d ia
Tabela de chamada (continuação)
11 dado
12 duna
13 time
14 touro
15 toalha
16 ducha
17 taco
18 TV
19 tubo
20 noz
Tabela 22.1.
Certifique-se de dominar a lista anteriormente mostrada antes de prosseguir. Poderá, para isso,
relacionar esses itens com os anteriores.
Exercício-teste nº 53
Fixe as dez palavras a seguir com o apoio da segunda lista da tabela de chamadas, ou seja, os
números de 11 a 20.
Palavras: papel, lápis, laranja, caneta, charuto, cesto, agulha, garrafa, azeite e vinho.
Exercício-teste nº 54
Quais são as palavras da tabela de chamada que correspondem aos seguintes números: 8 – 3 – 9
– 2 – 5 – 7 – 4 – 1 – 6 – 11?
Aprendamos agora os números da terceira lista da tabela de chamadas. Você poderá associar
esta continuação da lista aos números anteriores. Trabalhar com essa lista por si só é um dos
melhores exercícios mentais que eu conheço, comparado ao Xadrez e à leitura.
21 nata
22 nenê
23 Nemo
24 Nero
25 anel
26 anjo
27 nhoque
28 noiva
29 nabo
30 missa
Tabela 22.2.
Exercício-teste nº 55
Quais são as palavras da tabela de chamada que correspondem aos seguintes números: 3 – 12 –
13 – 2 – 17 – 15 – 5 – 7 – 6 – 18 – 16 – 8 – 14 – 11 – 9 –1 – 19 – 20 – 30 – 29?
Exercício-teste nº 56
Quais as palavras da tabela de chamadas que correspondem aos seguintes números: 1 – 3 – 5 –
6 – 7 – 12 – 13 - 14 – 15 – 19 – 21 – 22 – 28 – 30 – 19?
31 moto
32 mina
33 mamão
34 muro
35 mola
36 maca
37 magia
38 mofo
39 mapa
40 rosa
Tabela 22.3.
41 rato
42 urina
43 ramo
44 rir
45 rolo
46 rocha
47 rico
48 rifa
49 roupa
50 laço
51 lata
52 lona
53 limão
54 lírio
55 lula
56 loja
57 louco
58 luva
59 lupa
60 casa
Tabela 22.4.
Agora que você aprendeu a tabela de chamada do item 1 ao 60, aprenderemos uma aplicação
interessante do uso dela.
As palavras da tabela de chamadas atuam como “ganchos” na sua memória, em que você
“engancha” as informações que quer memorizar, o que facilita muito o processo de memorização
por facilitar as associações entre os neurônios.
“volta” d os 50 Nomes
É a volta que você pode agora realizar diante de seus amigos e familiares. Esta proeza foi
praticada nos palcos por ilusionistas que não tinham nem mais nem menos memória que você. Para
tanto, basta conhecer corretamente a tabela de chamada.
Solicite a um dos espectadores que anote em uma folha as palavras que forem citadas pelos
outros espectadores, tendo cuidado de a cada palavra atribuir um número de ordem. Naturalmente,
ele começará por um, dois, três e assim por diante.
Depois, cada espectador fornece uma palavra de cada vez, à cadência de cinco em cinco
segundos, por exemplo.
Suponhamos que as primeiras palavras citadas forem:
1 livro
2 telefone
3 tecido
4 papel
5 roda
6 lâmpada
Tabela 22.5.
À medida que é dado um nome, você estabelece uma associação com a tabela de chamada.
Lembre-se de exagerar no tamanho e proporção, fazendo que a imagem da associação seja
absurda, além de utilizar as alavancas, pois isto facilita a memorização. Exemplo:
1 A minha tia dentro de um GRANDE livro.
Tabela 22.6.
Tia lembrará livro;
Unha lembrará telefone.
…
Praticamente, quando tiver efetuado esta volta duas ou três vezes, poderá recitar os 50 nomes à
cadência de uma palavra por segundo, por vezes, certamente necessitará de dois ou três segundos
para reencontrar a associação que tiver criado, mas não demorará e surpreenderá muito com a sua
capacidade de memorização.
Mas há algo mais importante no seu êxito, algo que vai surpreender ainda mais os seus
espectadores.
Suponha que um espectador pergunte uma palavra aleatória, como a 24ª ou a 33ª, por exemplo.
Para você, na tabela de chamadas, a 24ª é Nero, ou seja, através desta palavra você rapidamente
encontrará a palavra associada a Nero e assim por diante.
Vigés imo terceiro dia
Tabela de chamada (continuação)
Para iniciar o trabalho de memorização de listas, comece com 20 nomes. Você não terá muitas
dificuldades para fazer este exercício com 100 palavras, no entanto, muitas palavras cansa um
pouco seu “auditório”, além de que conseguirá efeito sensivelmente idêntico. Para o
desenvolvimento de seu cérebro, é bom que você pratique um pouco com 20 palavras de início.
Perceba como você pode usar esta técnica para seus estudos, pois, facilmente, você pode
memorizar listas de palavras-chave que o ajudam a lembrar de todo conteúdo. E poderá revisar
estas palavras mentalmente, uma a uma, com o auxílio da tabela de chamadas. Pense no resultado
em assimilação que você consegue com uma revisão mental.
Além disso, se não lembrar de alguma palavra-chave ou conteúdo relacionado a ela, você no
seu próximo período de estudo se dedicará àquele item específico que não conseguiu lembrar,
ganhando muito mais tempo de estudo para novos conteúdos. Apenas deve ter um cuidado especial
na classificação de seus estudos, não misturando assuntos para não confundir a tabela. Lembre-se
de que a tabela é apenas um facilitador de revisão e que as perguntas da matéria serão feitas
baseadas no conteúdo. Depois de algumas revisões, você nem precisará usar a tabela, passando a
utilizá-la apenas para assuntos novos. Lembre-se do que já aprendemos sobre a Lei de Jost e a
importância das revisões mentais.
1 2343
2 7581
3 6217
4 2141
5 3628
6 8710
7 4413
8 7115
9 8334
10 2737
Tabela 23.1.
2343: decompõe-se em 23 – 43, ou seja, nome e ramo na tabela de chamada. Associará, então,
nome e ramo à palavra tia (nº 1 da tabela de chamada).
Por exemplo:
“O meu nome está escrito num ramo e a minha tia tenta descobri-lo a todo custo.”
Exercício-teste nº 57
Fixe as seguintes palavras:
1 queijo
2 gato
3 revista
4 chave
5 bota
6 passaporte
7 cerveja
8 ampola
9 viola
10 mesa
11 janela
12 trave
Tabela 23.2.
Exercício-teste nº 58
Fixe os seguintes números:
1 3107
2 3541
3 2316
4 1218
5 4320
Tabela 23.3.
61 jato
62 china
63 gema
64 jarro
65 jaula
66 chuchu
67 cheque
68 chuva
69 juba
70 casa
71 cota
72 cana
73 cama
74 carro
75 quilo
76 queijo
77 coco
78 café
79 copo
80 fuso
Tabela 23.4.
Mas a mnemônica, por meio da sua constante prática, constitui uma excelente ginástica mental,
fazendo que você se habitue a manejar com rapidez as associações, além de treinar e desenvolver
o poder da imaginação e concentração.
Então, você não deve subestimar o interesse da mnemônica, que contribui indiretamente para
dar mais eficiência à sua memória pura.
Aprenda agora a continuação da tabela de chamada:
81 fita
82 vinho
83 fumo
84 vara
85 vala
86 ficha
87 faca
88 favo
89 fiapo
90 poço
Tabela 23.5.
Exercício-teste nº 59
Este exercício tem por finalidade ajudá-lo a desenvolver a sua memória táctil.
Pegue diferentes amostras de tecidos, de preferência tecidos lisos, porque no início é mais fácil
do que com tecidos felpudos, e tente reconhecê-los com os olhos fechados, tocando, apalpando.
Seguidamente, quando tiver conseguido perfeita identificação, faça o mesmo exercício com
amostras de um mesmo tecido, mas em qualidades diferentes.
Não esqueça este exercício. Apesar de ele parecer inútil aos que não encontram utilização na
profissão, efetivamente, a memória táctil pode ajudar acessoriamente em numerosas
circunstâncias.
Você também pode fazer este exercício com amostras de papel ou materiais polidos como
mármore, aço polido, vidro etc.
Vigésimo quarto dia
Tabela de chamada (continuação)
Chegamos ao fim da tabela de chamada de 100 números. Segue, então, a última lista para você
memorizar, mas se quiser poderá utilizar uma tabela maior, precisando apenas para isso escolher
as articulações. Nos momentos de dificuldade, recorra ao dicionário ou utilize duas palavras:
91 peito
92 pano
93 puma
94 pêra
95 bala
96 beijo
97 pico
98 povo
99 pipa
100 taças
Tabela 24.1.
A tarefa de memorizar as 100 palavras com certeza lhe pareceu um pouco fastidiosa, mas o
conhecimento da tabela de chamada permitirá que realize novos empreendimentos.
ara fixar i nstantaneamente uma série de números d e
dois algarismos
É preciso, naturalmente, ter domínio da tabela de chamada. Suponhamos que você deseja fixar
uma série de números começando por: 7, 12, 16, 53.
Estes números correspondem às palavras cão, Tina, tacho, lima. Você tem agora que optar entre
dois métodos:
Associar estas palavras em cadeia, pelo método de associação de imagens; ou
Associar com a própria tabela de chamada, na ordem numérica.
O método d os locais
Este método é mais fácil de aplicar que a tabela de chamadas, mas se aplica dificilmente a
palavras abstratas e a números. No entanto, é muito prático para a fixação de listas de objetos.
Escolha um cômodo da sua casa que conheça perfeitamente, seu quarto, por exemplo, e atribua
um número de ordem a cada uma das partes seguintes:
4 a parede da frente
5 a janela
7 a parede da direita
8 o canto seguinte
9 o assoalho
10 o teto
Tabela 24.2.
Para fixar uma lista de objetos em uma certa ordem – por exemplo, pão, gato, telegrama, alho –,
você deve colocar em imaginação o pão em frente à porta, o gato na frente da parede da esquerda,
o telegrama no canto seguinte ou sobre um móvel que ocupe esse canto, o alho defronte à parede
da frente ou sobre um móvel ali situado etc.
Como pode perceber, você deve associar cada palavra com um local do cômodo. Este processo
é extremamente simples e a experiência mostra que você fixará sem dificuldade os objetos assim
colocados.
A vantagem deste sistema está no fato de que ele evita fazer uma verdadeira associação.
Para reter 100 nomes, basta escolher dez cômodos ou locais que conheça bem e que
referenciará e adaptará para cada dezena. Por exemplo:
O seu quarto para os números 1 a 10.
A sala de jantar para os números de 11 a 20.
A cozinha para os números de 21 a 30.
O banheiro para as divisões de 31 a 40.
A varanda para as palavras de 41 a 50.
O escritório para as palavras de 51 a 60. E assim por diante.
Sendo cada divisão classificada da forma indicada, você poderá executar a volta dos 50 nomes
ainda com mais facilidade que pela tabela de chamada, mas com a condição de pedir aos seus
amigos unicamente nomes de objetos concretos.
Na prática, o sistema de locais permite memorizar listas que lhe sejam enumeradas, mesmo
rapidamente.
Se desejar atingir o virtuosismo na utilização da sua memória, o método dos locais o ajudará
bastante.
Graças a este método, você poderá fixar instantaneamente 100 números de dois ou quatro
algarismos. Mais adiante você saberá como fixar a ordem das cartas de um baralho que são
folheadas a sua frente em uma partida, ou jogar de memória uma partida de damas ou xadrez.
De qualquer modo, será interessante para você constituir 30 ou 60 locais – o ideal será 100 – e
aprendê-los gradualmente.
Exercício-teste nº 60
Elabore uma lista dos 20 primeiros locais e aprenda-a.
Exercício-teste nº 61
Execute um exercício com 20 palavras escolhidas aleatoriamente (cidade, calça, padre, violeta,
formiga, desejo, lâmpada, sapato, bananas, caderno, computador, rádio, caneta, borracha, céu,
cemitério, polícia, anjo, bica, cangaço), colocando as palavras em cada um dos locais 1, 2, 3 etc.
(não recorra à tabela de chamadas). Você verá até que ponto se obtém rápidos resultados com este
método.
5.76.61.68.70.81.41.
Agora elabore uma cadeia de palavras com base na tabela de chamada: leão, queijo, gato,
chuva, casa, búzio, roda.
Memorize esta lista simplesmente usando o método de associação de imagens. Este método
permite fixar facilmente e instantaneamente um número de 20 ou 30 algarismos ou três números de
oito a dez algarismos.
Exercício-teste nº 62
Aprenda 20 novos locais, de 21 a 40.
Exercício-teste nº 63
Pelo método dos locais, tente fixar a ordem por que são lançadas na mesa dez cartas de um
baralho, associando a imagem de cada carta ao local respectivo, por ordem. Pode dar a cada
número da carta uma palavra, baseado no sistema de articulações numéricas.
Com um pouco de treino, obterá apreciável desenvolvimento neste exercício.
Vigésimo q uinto dia
Como fixar anotações em uma conferência
Se o evento for uma exposição ou comunicado que você precisa fazer, o ideal é que divida o
conteúdo em certo número de partes, em que cada parte possa ser sintetizada em uma palavra.
Estas palavras-chave são facilmente memorizáveis com o uso da tabela de chamada.
Se você for dar um discurso, poderá multiplicar as divisões ou palavras-chave dependendo do
tempo do seu discurso em até 100 palavras, já que dispõe de 100 “ganchos” na tabela de chamada.
Inversamente, se você for assistir a uma conferência ou um discurso, como não conhece
antecipadamente o respectivo conteúdo, procederá com base em pequenos fragmentos.
Assim que o orador tiver utilizado ou exposto uma ideia-chave, você a associará à tabela de
chamada e assim sucessivamente.
Poderá, então, lembrar facilmente, quando chegar à sua casa ou ao escritório, toda a
conferência por escrito, graças às associações que fez na tabela de chamada.
Algumas pessoas podem obter mais êxito aplicando o método das localidades: experimente e
verifique qual o sistema mais conveniente.
Quando se pretende fixar as palavras abstratas por métodos mnemônicos, é preciso substituí-las
rapidamente por palavras concretas ou por imagens concretas que possam invocar. A formação
das associações e das imagens se torna então mais fácil. Exemplos:
Guerra: pode substituir por uma estátua de Marte (Deus da Guerra) ou por uma bomba;
Fome: por um homem magro, faminto;
Medo: por uma criança aterrorizada.
Exercício-teste nº 64
Aprenda 60 novos locais, de 41 a 100. Estabeleça, pelo menos, criteriosamente os locais e sua
ordem para possível utilização.
Exercício-teste nº 65
Imaginemos que as ideias de uma conferência são:
Desequilíbrio orçamental;
Inflação;
Alta dos salários;
Aquisição de bens de consumo pelos trabalhadores;
Crescimento da procura;
Alta de preços;
Greves;
Alta de preços de revenda;
Fechamento dos mercados estrangeiros;
Saídas de ouro.
Encontre imagens materiais que simbolizem essas ideias e retenha-as pelo método das
associações em cadeia ou pela tabela de chamada. Você pode usar também o método dos locais.
Não esgotamos o tema. Pelo contrário, você deve ter uma busca contínua. Sempre que possível,
adquira livros, faça novos cursos e assista a palestras sobre a memória. Esperamos que nosso
trabalho tenha demonstrado que a inteligência é desenvolvida e não uma bênção divina recebida
hereditariamente.
Aconselho você a ensinar outras pessoas, pois apenas ao ensinar alguém é que nos tornamos
verdadeiros conhecedores do assunto. Talvez seja por isso que fizemos questão de elaborar este
trabalho.
1 Automóvel Carro Car
Tabela 16.1.
7 12 5 5 4
q d-n l l r
Tabela 20.8.