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PLANO MESTRE
Porto de Santos
Sumário Executivo
SECRETARIA DE PORTOS DA PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA – SEP/PR
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA – UFSC
LABORATÓRIO DE TRANSPORTES E LOGÍSTICA – LABTRANS
Plano Mestre
Porto de Santos
SUMÁRIO EXECUTIVO
Coordenação Técnica
André Ricardo Hadlich
Antônio Venicius dos Santos
Fabiano Giacobo
Reynaldo Brown do Rego Macedo
Roger Bittencourt
Equipe Técnica
Bolsistas
Ana Carolina Costa Lacerda Marcelo Masera de Albuquerque
André Casagrande Medeiros Maria Fernanda Modesto Vidigal
André Miguel Teixeira Paulista Mariana Pereira Koerich
Carlo Sampaio Marina Gabriela B. Rodrigues Mercadante
Eduardo Roberto Probst Matheus Gomes Risson
iv Porto de Santos
Plano Mestre
Coordenação Administrativa
Rildo Ap. F. Andrade
Equipe Administrativa
Porto de Santos v
Plano Mestre
APRESENTAÇÃO
O presente estudo se trata do Plano Mestre do Porto de Santos. Este Plano Mestre
está inserido no contexto de um esforço recente da Secretaria de Portos da Presidência da
República (SEP/PR) de retomada do planejamento do setor portuário brasileiro. Nesse
contexto, está o projeto intitulado “Cooperação Técnica para Apoio à SEP/PR no
Planejamento do Setor Portuário Brasileiro e na Implantação dos Projetos de Inteligência
Logística Portuária”, resultado da parceria entre a Universidade Federal de Santa Catarina
(UFSC), representada pelo seu Laboratório de Transportes e Logística (LabTrans), e a SEP/PR.
Tal projeto representa um avanço no quadro atual de planejamento do setor
portuário, e é concebido de modo articulado com e complementar ao Plano Nacional de
Logística Portuária (PNLP) – também elaborado pela SEP em parceria com o LabTrans/UFSC.
A primeira fase do projeto foi finalizada em março de 2012, com a entrega dos 14
Planos Mestres e a atualização para o Porto de Santos, tendo como base as tendências e
linhas estratégicas definidas em âmbito macro pelo PNLP.
Esta segunda fase do projeto completa a elaboração dos restantes 22 Planos
Mestres, e a atualização dos resultados dos Planos Mestres entregues em 2012, dentre eles
o Plano Mestre do Porto de Santos.
A importância dos Planos Mestres se deve à orientação de decisões de investimento
público e privado na infraestrutura do porto. Reconhece-se que os investimentos portuários
são de longa maturação e que, portanto, requerem avaliações de longo prazo. Instrumentos
de planejamento são, nesse sentido, essenciais. A rápida expansão do comércio mundial,
com o surgimento de novos players no cenário internacional, como China e Índia – que
representam desafios logísticos importantes, dada a distância desses mercados e sua grande
escala de operação –, exige que o sistema de transporte brasileiro, especialmente o
portuário, seja eficiente e competitivo. O planejamento portuário, em nível micro (mas
articulado com uma política nacional para o setor), pode contribuir decisivamente para a
construção de um setor portuário capaz de oferecer serviços que atendam à expansão da
demanda com custos competitivos e bons níveis de qualidade.
De modo mais específico, o Plano Mestre do Porto de Santos destaca as principais
características do porto, a análise dos condicionantes físicos e operacionais, a projeção de
demanda de cargas, a avaliação da capacidade instalada e de operação e, por fim, como
LISTA DE FIGURAS
Figura 1. Localização do Porto de Santos..............................................................................................2
Figura 2. Terminais do Complexo Portuário de Santos .........................................................................3
Figura 3. Zoneamento do Terminal de Granéis Líquidos da Alemoa ....................................................4
Figura 4. Terminal da BTP .....................................................................................................................5
Figura 5. Zoneamento do Cais do Saboó ..............................................................................................7
Figura 6. Zoneamento dos Cais do Valongo e Paquetá.........................................................................9
Figura 7. Zoneamento do Cais de Outeirinhos................................................................................... 10
Figura 8. Zoneamento do Cais do Macuco ......................................................................................... 13
Figura 9. Zoneamento do Corredor de Exportação ........................................................................... 15
Figura 10. Terminais de Granéis Líquidos da Ilha Barnabé .................................................................. 16
Figura 11. Zoneamento dos Terminais TEV e Santos Brasil ................................................................. 18
Figura 12. Zoneamento dos Terminais de Granéis Sólidos da Conceiçãozinha ................................... 20
Figura 13. Infraestrutura de Cais do Terminal da Embraport .............................................................. 22
Figura 14. Zoneamento dos Terminais de Granéis Líquidos da Conceiçãozinha ................................. 23
Figura 15. Localização dos Demais Terminais de Uso Privado da Baixada Santista ............................ 24
Figura 16. TUP Usiminas....................................................................................................................... 25
Figura 17. TUP TIPLAM ......................................................................................................................... 26
Figura 18. TUP Saipem ......................................................................................................................... 27
Figura 19. Conexão com a Hinterlândia ............................................................................................... 30
Figura 20. Trechos e SNV ..................................................................................................................... 34
Figura 21. Acessos Rodoviários ao Entorno Portuário de Santos ........................................................ 38
Figura 22. Acessos Rodoviários ao Entorno Portuário - Margem Esquerda ........................................ 39
Figura 23. Condições da Rua Prof. Idalino Pinez .................................................................................. 40
Figura 24. Acessos aos Terminais TEV, Localfrio, TECON, TGG e TERMAG .......................................... 41
Figura 25. Acessos Rodoviários à Margem Direita ............................................................................... 41
Figura 26. Acessos à Alemoa, ao Terminal BTP e ao Cais do Saboó .................................................... 43
Figura 27. Cruzamentos Rodoferroviários ........................................................................................... 44
Figura 28. Acesso ao Valongo e Paquetá ............................................................................................. 45
Figura 29. Acesso a Outeirinhos........................................................................................................... 46
Figura 30. Acesso ao Macuco e ao Corredor de Exportação ............................................................... 47
Figura 31. Malha Ferroviária que Dá Acesso ao Porto de Santos ........................................................ 48
Figura 32. Desenho Esquemático das Linhas Férreas que dão acesso ao Porto de Santos ................. 49
Figura 34. Desenho Esquemático das Linhas Férreas do Porto de Santos na Margem Esquerda ....... 50
Figura 35. Evolução da Movimentação de Carga em Santos 2004 – 2014 (t)...................................... 52
Porto de Santos ix
Plano Mestre
x Porto de Santos
Plano Mestre
Porto de Santos xi
Plano Mestre
Figura 101. Óleo Vegetal – Demanda vs. Capacidade (Alemoa com 6 berços e Ilha Barnabé com 4
berços) ............................................................................................................................... 139
Figura 102. Etanol – Demanda vs. Capacidade (Alemoa com 6 berços e Ilha Barnabé com 4
berços) ............................................................................................................................... 139
LISTA DE TABELAS
Tabela 1. Berços do Terminal de Granéis Líquidos da Alemoa ..............................................................4
Tabela 2. Infraestrutura de Armazenagem do Terminal de Granéis Líquidos da Alemoa.....................5
Tabela 3. Berços do Terminal BTP .........................................................................................................6
Tabela 4. Berços do Cais do Saboó ........................................................................................................7
Tabela 5. Infraestrutura de Armazenagem do Cais do Saboó ...............................................................8
Tabela 6. Berços dos Cais do Valongo e Paquetá ..................................................................................9
Tabela 7. Berços do Cais de Outeirinhos ............................................................................................ 11
Tabela 8. Infraestrutura de Armazenagem do Cais de Outeirinhos ................................................... 12
Tabela 9. Berços do Cais do Macuco .................................................................................................. 14
Tabela 10. Infraestrutura de Armazenagem do Cais do Macuco ......................................................... 14
Tabela 11. Berços do Corredor de Exportação ..................................................................................... 15
Tabela 12. Infraestrutura de Armazenagem do Corredor de Exportação ............................................ 16
Tabela 13. Berços do Cais Contínuo da Ilha Barnabé ........................................................................... 17
Tabela 14. Infraestrutura de Armazenagem dos Terminais de Granéis Líquidos da Ilha Barnabé ...... 17
Tabela 15. Berços dos Terminais TEV e Santos Brasil ........................................................................... 18
Tabela 16. Infraestrutura de Armazenagem do TECON, TEV e Localfrio .............................................. 19
Tabela 17. Equipamentos dos Terminais da Santos Brasil e da Localfrio ............................................. 19
Tabela 18. Berços dos Terminais de Granéis Sólidos da Conceiçãozinha ............................................. 21
Tabela 19. Infraestrutura de Armazenagem dos Terminais de Granéis Sólidos da Conceiçãozinha .... 21
Tabela 20. Berços do Terminal da Embraport ...................................................................................... 22
Tabela 21. Calados Autorizados no Canal de Acesso ............................................................................ 27
Tabela 22. Calados Autorizados nos Berços do Trecho II ..................................................................... 28
Tabela 23. Calados Autorizados nos Berços do Trecho III .................................................................... 29
Tabela 24. Calados Autorizados nos Berços do Trecho IV .................................................................... 29
Tabela 25. Condições SP-160 ................................................................................................................ 32
Tabela 26. Condições SP-150/BR-050 ................................................................................................... 32
Tabela 27. Níveis de Serviço para o Trecho SP-150-1 Ascendente - Metodologia Adaptada .............. 34
Tabela 28. Níveis de Serviço para o Trecho SP-150-1 Descendente - Metodologia Adaptada ............ 35
Tabela 29. Níveis de Serviço para o Trecho SP-160-1 ........................................................................... 35
Tabela 30. Níveis de Serviço para o Trecho SP-160-2 Ascendente ....................................................... 36
Tabela 31. Níveis de Serviço para o Trecho SP-160-2 Descendente..................................................... 36
Tabela 32. Níveis de Serviço para o Trecho SP-055 .............................................................................. 37
Tabela 33. Movimentações Relevantes no Porto de Santos em 2013 (t)............................................. 53
Tabela 34. Eficiência dos Shiploaders ................................................................................................... 55
SUMÁRIO
1 SUMÁRIO EXECUTIVO ............................................................................................... 1
1.1 Caracterização do Porto ............................................................................................1
1.2 Acesso Aquaviário ................................................................................................... 27
1.3 Acessos Terrestres .................................................................................................. 30
1.4 Movimentação Portuária ........................................................................................ 50
1.5 Análise das Operações Portuárias .......................................................................... 53
1.6 Análise Estratégica .................................................................................................. 59
1.7 Projeção de Demanda............................................................................................. 61
1.8 Cálculo da Capacidade ............................................................................................ 67
1.9 Demanda versus Capacidade .................................................................................. 90
1.10 Alternativas de Expansão...................................................................................... 123
1.11 Programa de Ações ............................................................................................... 140
1 SUMÁRIO EXECUTIVO
Este relatório apresenta o Plano Mestre do Porto de Santos, o qual contempla desde
a descrição das instalações atuais até a indicação das ações requeridas para que o porto
venha atender à demanda de movimentação de cargas projetada para até 2030 com elevado
padrão de serviço.
No relatório, encontram-se capítulos dedicados: à projeção da movimentação de
cargas pelo Porto de Santos; ao cálculo da capacidade atual e futura das suas instalações; e,
finalmente, à definição de ações necessárias para o aperfeiçoamento do porto e de seus
acessos.
Porto de Santos 1
Plano Mestre
Porto de Santos 3
Plano Mestre
4 Porto de Santos
Plano Mestre
Fonte: ANTAQ (2010); Transpetro (2014); Vopak (2014); Elaborado por LabTrans
6 Porto de Santos
Plano Mestre
Porto de Santos 7
Plano Mestre
8 Porto de Santos
Plano Mestre
Porto de Santos 9
Plano Mestre
10 Porto de Santos
Plano Mestre
Porto de Santos 11
Plano Mestre
12 Porto de Santos
Plano Mestre
Porto de Santos 13
Plano Mestre
14 Porto de Santos
Plano Mestre
Porto de Santos 15
Plano Mestre
16 Porto de Santos
Plano Mestre
Além disso, há o berço construído pela Ageo, com 130 m de comprimento, composto
por quatro dolfins de atracação e uma plataforma de operação. Há ainda quatro dolfins de
amarração mais próximos à terra, que possibilitam a amarração de embarcações maiores (a
maior distância entre os dolfins é de aproximadamente 275 m).
A tabela a seguir detalha a infraestrutura de armazenagem.
Porto de Santos 17
Plano Mestre
Além do TEV e do TECON Santos Brasil, a empresa Localfrio possui área arrendada no
local. A tabela a seguir mostra os dados de armazenagem dos terminais.
18 Porto de Santos
Plano Mestre
O TEV não dispõe de equipamentos portuários porque suas operações são do tipo
Roll-on/Roll-off (Ro-Ro).
20 Porto de Santos
Plano Mestre
Porto de Santos 21
Plano Mestre
22 Porto de Santos
Plano Mestre
Porto de Santos 23
Plano Mestre
Figura 15. Localização dos Demais Terminais de Uso Privado da Baixada Santista
Fonte: Google Earth ([s./d.]); Elaborado por LabTrans
24 Porto de Santos
Plano Mestre
Porto de Santos 25
Plano Mestre
26 Porto de Santos
Plano Mestre
Porto de Santos 27
Plano Mestre
220 m, variando de 212 m, junto à Ponta da Fortaleza, a 512 m, defronte ao TECON (INPH,
2013).
A CODESP publica frequentemente os calados máximos autorizados em cada berço.
As próximas tabelas ilustram esses calados por trecho do canal, conforme o documento da
CODESP Calados Operacionais Berços e Canal Rev. n.o 161, de 29 de janeiro de 2015.
28 Porto de Santos
Plano Mestre
Porto de Santos 29
Plano Mestre
30 Porto de Santos
Plano Mestre
A empresa Ecovias detém a concessão do SAI. O contrato teve início em 1998 e foi
estabelecido por um período de 20 anos. Ao todo, existem sete praças de pedágios no
sistema.
Para o acesso ao litoral a partir do planalto, é necessário atravessar a Serra do Mar,
que é um percurso onde grande parte dos trechos são sinuosos e, devido à incidência de
neblina e baixa visibilidade, torna-se um trecho de difícil trafegabilidade. Quando da
ocorrência de baixa visibilidade, para maior segurança dos usuários da via e em situação
extrema, a Concessionária Ecovias e a Polícia Rodoviária Estadual implantam a Operação
Comboio, tomando a dianteira dos veículos na descida da serra em todas as faixas e os
fazendo seguir em baixa velocidade, minimizando, assim, o risco de acidentes.
O trecho mais crítico em relação à baixa visibilidade é o da Interligação Planalto.
Com isso, na descida da serra, a via não pode ser bloqueada, uma vez que os veículos
pesados que seguem em direção ao litoral pela Rodovia dos Imigrantes necessitam,
obrigatoriamente, descer a serra pela Rodovia Anchieta. Logo, na subida, a Interligação pode
ser bloqueada sempre que a visibilidade ficar extremamente baixa sem afetar o
deslocamento dos veículos.
Porto de Santos 31
Plano Mestre
em desnível com outras vias e de locais mais críticos com aclive e declive, em consequência
da região serrana.
De acordo com o Relatório da Pesquisa CNT de Rodovias (CNT, 2013), a SP-160
apresenta as características mostradas na tabela a seguir.
32 Porto de Santos
Plano Mestre
Porto de Santos 33
Plano Mestre
Tabela 27. Níveis de Serviço para o Trecho SP-150-1 Ascendente - Metodologia Adaptada
Nível de Serviço SP-150-2 Ascendente
Mês
VMDh VHP
Janeiro LOS C LOS D
Fevereiro LOS B LOS D
Março LOS B LOS D
Abril LOS B LOS D
Maio LOS B LOS D
Junho LOS B LOS D
Julho LOS C LOS D
Agosto LOS C LOS D
Setembro LOS B LOS D
Outubro LOS B LOS D
Novembro LOS B LOS D
Dezembro LOS C LOS D
Fonte: Elaborado por LabTrans
34 Porto de Santos
Plano Mestre
Tabela 28. Níveis de Serviço para o Trecho SP-150-1 Descendente - Metodologia Adaptada
Nível de Serviço SP-150-2 Descendente
Mês
VMDh VHP
Janeiro LOS B LOS D
Fevereiro LOS B LOS C
Março LOS B LOS D
Abril LOS B LOS D
Maio LOS B LOS D
Junho LOS B LOS D
Julho LOS B LOS D
Agosto LOS B LOS D
Setembro LOS B LOS D
Outubro LOS B LOS D
Novembro LOS B LOS C
Dezembro LOS B LOS D
Fonte: Elaborado por LabTrans
Porto de Santos 35
Plano Mestre
36 Porto de Santos
Plano Mestre
Porto de Santos 37
Plano Mestre
38 Porto de Santos
Plano Mestre
Porto de Santos 39
Plano Mestre
direção aos terminais e uma com sentido à Rodovia e, por fim, encontra-se novamente em
pista simples. Na rua, observa-se que a pavimentação feita em asfalto está comprometida,
apresentando péssimo estado de conservação, pois são identificadas inúmeros problemas,
como trincas generalizadas, remendos e buracos em toda a sua extensão. As sinalizações
horizontais e verticais também estão comprometidas e em péssimo estado de conservação,
devido ao intenso tráfego de caminhões. A via não possui acostamentos, é semaforizada, e
todas as suas interseções com as demais ruas são em nível, ficando sujeita à interferência do
tráfego local, que é identificado devido à existência de estabelecimentos comerciais e
residências.
Ao final da Rua Prof. Idalino Pinez, na interseção com a Avenida Santos Dumont,
encontra-se o viaduto de acesso aos terminais. Os veículos com destino ao Terminal de
Granéis do Guarujá (TGG), Terminal Marítimo do Guarujá (TERMAG), Terminal de
Contêineres de Santos (TECON), Terminal de Exportação de Veículos (TEV), e Localfrio devem
acessar o viaduto, cruzando em desnível com as linhas férreas e seguindo até a rotatória,
onde o tráfego aos terminais se distingue. No viaduto, a via possui cinco faixas de rolamento,
sendo três com sentido aos terminais e duas com sentido à rodovia. As sinalizações estão em
bom estado de conservação e as pistas encontram-se separadas por barreiras new jersey.
A figura a seguir ilustra as situações descritas, assim como a imagem do acesso ao
viaduto.
40 Porto de Santos
Plano Mestre
Figura 24. Acessos aos Terminais TEV, Localfrio, TECON, TGG e TERMAG
Fonte: Google Earth ([s./d.]); Elaborado por LabTrans
Porto de Santos 41
Plano Mestre
42 Porto de Santos
Plano Mestre
Após a Av. Eng. Augusto Barata, adentra-se na Avenida Antônio Alves Freire, que
contempla o segundo trecho da Av. Perimetral. É nesse pequeno trecho onde acontece a
interseção do tráfego de veículos com a linha férrea, nas proximidades do Armazém 1. Esse
cruzamento ocasiona congestionamentos significativos no porto, visto que se dá em nível,
interrompendo o tráfego de veículos para a passagem das composições ferroviárias.
Outra interferência da via com a ferrovia ocorre no acesso ao Teval, identificado com
o número dois na próxima figura. Com frequência, os veículos que necessitam entrar ou sair
do terminal precisam esperar a passagem do trem, prejudicando, principalmente, o fluxo de
caminhões que transportam celulose do armazém Eldorado, situado dentro do Teval.
A figura a seguir ilustra os dois pontos onde ocorrem os cruzamentos
rodoferroviários.
Porto de Santos 43
Plano Mestre
O trecho da Avenida Antônio Alves Freire possui pista dupla com dois tipos de
pavimentação, concreto asfáltico e paralelepípedo. Ambos estão deteriorados devido ao
tráfego intenso de veículos e à falta de manutenção. Em função do estado de conservação, a
presença de problemas é comum, sendo os mais frequentes: desgaste superficial, buracos e
trincas interligadas do tipo “couro de jacaré”. As sinalizações horizontais são inexistentes no
trecho e a sinalização vertical, nos locais em que é encontrada, está muito desgastada e em
mau estado de conservação. Verifica-se, também, alguma interferência do tráfego de
veículos portuário e urbano, em razão da conexão da Rua Antônio Prado com algumas vias
de tráfego urbano.
A travessia de pedestres é constante, devido à presença de um terminal de
passageiros na avenida Xavier da Silveira, próxima à avenida Antônio Prado. A estação faz o
trajeto Santos-Guarujá, efetuando a travessia de aproximadamente 18 mil pessoas
diariamente.
Adiante, encontra-se a Rua Xavier da Silveira, que se estende por 1,2 km, margeando
o Porto Paquetá até o viaduto em Y, que dá acesso aos terminais da região de Outeirinhos
ou à continuidade da via pela Avenida da Cidade de Santos. Essa via é o início do terceiro
trecho da Av. Perimetral. A rua recebe o fluxo de diversas vias de tráfego urbano, o que
ocasiona a interferência dos fluxos provenientes dessas ruas com o intenso tráfego
portuário, dificultando a trafegabilidade na via.
44 Porto de Santos
Plano Mestre
Porto de Santos 45
Plano Mestre
Por fim, encontra-se a Avenida Mário Covas, também conhecida como Avenida dos
Portuários. Esse segmento corresponde ao quarto trecho da Av. Perimetral, que
compreende os três quilômetros finais do acesso aos terminais da margem direita.
A via encontra-se duplicada, suas pistas são divididas por um canteiro central dotado
de ciclovia, com duas faixas de rodagem para cada sentido. O pavimento é feito em
revestimento asfáltico e encontra-se em estado de conservação regular, apresentando
desgaste superficial, trincas do tipo “couro de jacaré” em toda sua extensão, panelas e
inúmeros remendos. Suas sinalizações encontram-se muito desgastadas pelo intenso
tráfego, e muitas vezes não é possível identificar a presença de sinalização horizontal.
Durante o percurso, observa-se que são muitos os caminhões estacionados às margens da
avenida, o que é permitido pela sinalização local, desde que estejam descarregados e sem
contêiner. Com isso, há caminhões que permanecem parados nesses locais por semanas.
46 Porto de Santos
Plano Mestre
Porto de Santos 47
Plano Mestre
A MRS faz a ligação entre o Porto de Santos e os estados do Rio de Janeiro, São Paulo
e Minas Gerais, enquanto a ALL liga o porto aos estados de Mato Grosso, Mato Grosso do
Sul, São Paulo e à região Sul do país. A FCA, também com operação no porto, faz a ligação
com sete estados por onde sua malha se estende (Minas Gerais, Espírito Santo, Rio de
Janeiro, Sergipe, Goiás, Bahia, São Paulo), e com o Distrito Federal.
A ligação com o Porto de Santos se faz pelas duas concessionárias: a MRS, que utiliza
os trilhos da antiga Santos-Jundiaí; e a ALL, que utiliza os trilhos da antiga Ferroban. As linhas
da MRS possuem bitola de 1,6 m e sistema cremalheira para transposição da Serra do Mar,
enquanto as linhas da ALL utilizam bitola mista de 1 m e 1,6 m e sistema de simples
aderência na Serra do Mar. Tais linhas se encontram em Cubatão no pátio de intercâmbio de
Perequê.
A figura a seguir apresenta um diagrama unifilar com o esquema das linhas férreas
que permitem o acesso ferroviário ao porto.
48 Porto de Santos
Plano Mestre
Figura 32. Desenho Esquemático das Linhas Férreas que dão acesso ao Porto de Santos
Fonte: Portofer (2014)
Porto de Santos 49
Plano Mestre
Figura 33. Desenho Esquemático das Linhas Férreas do Porto de Santos na Margem
Direita
Fonte: Portofer (2014)
Figura 34. Desenho Esquemático das Linhas Férreas do Porto de Santos na Margem
Esquerda
Fonte: Portofer (2014)
50 Porto de Santos
Plano Mestre
Porto de Santos 51
Plano Mestre
52 Porto de Santos
Plano Mestre
Porto de Santos 53
Plano Mestre
54 Porto de Santos
Plano Mestre
Observa-se que todas as eficiências reais dos shiploaders do Porto de Santos são
bem menores do que a recomendada, de 70%. Muitas são as razões para essa baixa
eficiência. Poderiam ser listadas:
Incidência de chuvas na região (essa causa afetaria todos as operações igualmente, pois
chuvas determinam a paralisação dos embarques dos granéis vegetais);
Paralisações causadas por manutenções frequentes, afetando os equipamentos mais
antigos (“curva da banheira”);
Paralisações causadas por troca dos ternos dos Trabalhadores Portuários Avulsos (TPA);
Paralisações decorrentes da falta de carga no armazém (armazéns mal dimensionados),
forçando a diminuição da taxa de embarque;
Diversidade de produtos no mesmo embarque, exigindo a paralisação da operação para
efetuar a troca;
Operação com produtos de densidade menor do que o utilizado pelo fabricante para
fixar a produtividade nominal (por exemplo farelo de soja); e
Falta de energia.
Justifica-se, assim, que seja desenvolvido um estudo específico sobre esse tema, de
forma a identificar com precisão as causas da baixa eficiência, permitindo que medidas
saneadoras sejam tomadas a fim de garantir um alto padrão de qualidade das operações,
que seja compatível com a importância do Porto de Santos.
Porto de Santos 55
Plano Mestre
O prejuízo relativo é maior no caso dos terminais de contêineres, uma vez que as
operações com navios porta-contêineres são rápidas, durando, em média, 15 horas por
atracação. Se considerada a soma dos dois tempos, eles cresceram quatro horas em média
entre 2008 e 2013.
Por conta dessa constatação, recomenda-se que seja realizado um estudo
analisando as causas e possíveis formas de redução desses tempos, o que beneficiará o
desempenho do porto e provavelmente concorrerá para a redução do Custo Brasil.
O conteúdo desses artigos se aplica ao caso do tráfego entre portos no Brasil, que se
aproxima mais de deep-sea routes do que de short-sea services, não sendo incomum que os
navios percam suas janelas, seja por atrasos imprevistos na escala anterior, seja por atrasos
decorrentes de mau tempo na rota.
Ao perder sua janela, o navio deve aguardar nova disponibilidade de berço, seguido
pelos próximos navios, ou desistir da escala, para não atrasar ainda mais a sua programação.
Porto de Santos 57
Plano Mestre
Observa-se que o número de navios que não foram atendidos na ordem em que
chegaram ao porto foi expressivo, notadamente no caso da Santos Brasil, fazendo com que
esses navios tenham esperado para atracar, em média, quase 20 horas a mais do que
aqueles que foram atendidos na ordem de chegada. O resultado total foi que os navios que
atracaram na Santos Brasil levaram, em média, 13 horas entre a chegada ao porto e a
correspondente atracação.
Cabe ressaltar que essas estatísticas não incluem o número de navios que desistiram
da escala.
Desse modo, entende-se que uma reavaliação da atual política de atendimento deve
ser discutida com tooda a comunidade portuária, visando uma eventual redução do tempo
médio de espera, devido aos custos diários dos navios parados estarem cada vez mais altos.
58 Porto de Santos
Plano Mestre
Porto de Santos 59
Plano Mestre
60 Porto de Santos
Plano Mestre
Com base nos pontos positivos e negativos que deram origem à matriz SWOT
apresentada anteriormente, foram traçadas algumas linhas estratégicas para os portos no
sentido de apontar possíveis ações que visam à eliminação dos seus pontos negativos, bem
como a mitigação das ameaças que se impõem a eles no ambiente competitivo no qual
estão inseridos. Para um melhor entendimento, as linhas estratégicas foram organizadas de
acordo com áreas, tais como: operações portuárias, gestão portuária, gestão ambiental e
aspectos institucionais.
Porto de Santos 61
Plano Mestre
A presente área de influência foi obtida com base nas movimentações realizadas no
Porto de Santos por origem e destino, de acordo com os volumes de cada estado, tanto no
longo curso quanto na cabotagem.1 Cabe destacar, além da forte importância do estado de
São Paulo (participação relativa de 55%) para o porto, a participação dos demais estados da
região Sudeste – especialmente Minas Gerais, com participação relativa de 8% - e do Centro
Oeste, com destaque para o Mato Grosso (com participação relativa de 20%).
A tabela a seguir mostra as principais características econômicas dos seis principais
estados que movimentam cargas no Porto de Santos. O setor de serviços obteve a maior
participação na economia da região, seguido pela indústria e agropecuária, respectivamente.
1
Foram considerados volumes acima de 200 mil toneladas no total de cada estado, com base nos
valores movimentados no ano de 2014.
62 Porto de Santos
Plano Mestre
Tabela 38. Características Econômicas dos Estados da Área de Influência do Porto de Santos
(2011)
São Paulo Mato Grosso do Sul Mato Grosso
PIB (R$ 1.000/ano) 1.349.465.140 PIB (R$ 1.000/ano) 49.242.254 PIB (R$ 1.000/ano) 169.049.530
PIB per capita PIB per capita PIB per capita
32.449 19.875 26.760
(R$/ano) (R$/ano) (R$/ano)
Agropecuária 2,1% Agropecuária 14% Agropecuária 6%
Indústria 27,4% Indústria 22,8% Indústria 35,1%
Serviços 70,5% Serviços 63,1% Serviços 59%
Taxa média de Taxa média de Taxa média de
crescimento anual 3,2% crescimento anual 4,5% crescimento anual 3,8%
(2001-2011) (2001-2011) (2001-2011)
Porto de Santos 63
Plano Mestre
64 Porto de Santos
Plano Mestre
Tabela 39. Projeção de Demanda de Cargas no Complexo Portuário de Santos entre os anos
de 2013 (Observado) e 2030 (Projetado) – em toneladas
Produto Natureza de Carga Tipo Movimentação Sentido 2013 2014 2015 2020 2025 2030
Contêiner 36.020.107 39.046.549 40.976.581 48.276.029 55.454.594 62.648.806
Contêiner Cabotagem Embarque 1.951.635 3.332.052 3.865.180 4.850.741 5.802.529 6.586.767
Contêiner Cabotagem Desembarque 1.248.878 3.003.437 3.904.468 4.883.429 5.267.376 5.519.669
Contêiner Longo Curso Embarque 16.837.435 17.405.430 17.718.854 20.930.990 24.217.282 27.747.576
Contêiner Longo Curso Desembarque 15.982.159 15.305.630 15.488.079 17.610.869 20.167.408 22.794.794
Açúcar 17.473.775 15.919.592 16.098.750 19.043.836 21.243.757 22.507.656
Granel Sólido Longo Curso Embarque 16.912.834 15.711.651 15.958.491 19.043.836 21.243.757 22.507.656
Carga Geral Longo Curso Embarque 560.941 207.941 140.258 - - -
Soja em grãos Granel Sólido Longo Curso Embarque 13.090.897 12.427.980 12.623.232 14.906.597 17.230.035 19.202.583
Milho Granel Sólido Longo Curso Embarque 11.042.504 8.840.878 8.858.328 11.073.169 12.868.932 14.167.748
Óleo Combustível 4.128.035 3.825.071 3.927.035 4.497.879 4.955.374 5.229.543
Granel Líquido Cabotagem Embarque 1.087.407 1.347.798 1.347.798 1.622.530 1.789.894 1.879.790
Granel Líquido Cabotagem Desembarque 134.983 17.949 110.850 124.714 112.970 113.718
Granel Líquido Consumo de Bordo Embarque 1.772.658 1.712.286 1.715.779 1.922.388 2.138.523 2.262.613
Granel Líquido Longo Curso Embarque 1.132.987 747.038 752.608 828.247 913.988 973.421
Fertilizantes Granel Sólido Longo Curso Desembarque 3.619.326 3.436.916 3.493.621 4.000.066 4.810.874 5.457.613
Farelo de soja Granel Sólido Longo Curso Embarque 2.735.961 3.787.019 3.887.032 4.345.853 4.860.418 5.309.606
Celulose Carga Geral Longo Curso Embarque 2.525.801 2.774.793 2.921.622 7.104.397 7.210.305 7.256.356
Etanol 2.133.842 1.196.851 1.296.927 2.291.390 3.194.055 4.178.012
Granel Líquido Cabotagem Embarque 150.571 177.782 180.715 262.881 333.038 380.973
Granel Líquido Cabotagem Desembarque 20.656 15.110 19.403 19.847 20.121 20.320
Granel Líquido Longo Curso Embarque 1.962.615 1.003.959 1.096.809 2.008.662 2.840.897 3.776.719
Óleo Diesel Granel Líquido Cabotagem Embarque 2.034.107 1.992.810 2.181.090 2.496.069 2.690.779 2.832.089
Enxofre Granel Sólido Longo Curso Desembarque 2.000.352 1.865.701 1.896.483 1.950.117 2.065.917 2.304.042
Sucos Cítricos Granel Líquido Longo Curso Embarque 1.881.651 1.806.149 1.903.802 2.342.075 2.833.310 3.391.269
Carvão Granel Sólido Longo Curso Desembarque 1.758.853 1.545.450 1.564.314 1.870.251 1.995.475 2.077.058
Trigo Granel Sólido Longo Curso Desembarque 1.547.548 1.423.832 1.488.684 1.760.924 1.815.199 1.846.449
Produtos Químicos Granel Líquido Longo Curso Desembarque 1.472.547 1.501.712 1.532.811 1.818.851 2.162.297 2.348.835
Minério de Ferro Granel Sólido Cabotagem Desembarque 1.414.952 517.922 347.000 - - -
Gasolina 1.317.843 1.357.964 1.530.918 1.839.068 2.031.195 2.170.091
Granel Líquido Cabotagem Embarque 1.271.193 1.342.798 1.516.343 1.812.879 1.996.188 2.129.224
Granel Líquido Longo Curso Embarque 46.650 15.166 14.576 26.189 35.007 40.867
Sal 1.016.563 905.279 942.371 1.056.550 1.157.424 1.303.261
Granel Sólido Cabotagem Desembarque 451.218 391.813 413.489 462.181 486.462 524.393
Granel Sólido Longo Curso Desembarque 565.345 513.466 528.883 594.369 670.962 778.868
Soda Cáustica 973.716 894.862 891.780 1.023.759 1.110.180 1.165.148
Granel Líquido Cabotagem Desembarque 513.060 533.719 544.725 564.608 580.653 595.119
Granel Líquido Longo Curso Desembarque 460.656 361.143 347.056 459.151 529.527 570.029
GLP 834.862 924.162 1.016.135 1.324.898 1.472.236 1.570.114
Granel Líquido Cabotagem Desembarque 290.064 456.532 540.790 764.635 875.437 949.705
Granel Líquido Longo Curso Desembarque 544.798 467.630 475.345 560.263 596.798 620.408
Barrilha Granel Sólido Longo Curso Desembarque 776.858 815.789 855.664 1.020.748 1.143.747 1.219.938
Produtos Siderúrgicos Carga Geral Longo Curso Embarque 585.644 608.829 616.744 662.445 727.811 818.640
Veículos Automotores 572.203 390.340 397.690 494.014 570.046 605.663
Carga Geral Longo Curso Embarque 407.460 270.891 277.127 363.828 427.899 453.517
Carga Geral Longo Curso Desembarque 164.743 119.449 120.563 130.186 142.148 152.147
Amônia Granel Líquido Longo Curso Desembarque 330.376 337.614 386.831 442.097 529.942 600.209
Óleos Vegetais 263.739 246.038 223.663 250.798 286.644 317.365
Granel Líquido Longo Curso Desembarque 161.530 246.038 223.663 250.798 286.644 317.365
Granel Líquido Longo Curso Embarque 102.209 - - - - -
Polpa Cítrica Granel Sólido Longo Curso Embarque 185.324 18.532 19.166 140.505 233.849 274.523
Outros 2.340.498 2.270.773 2.343.449 2.849.391 3.239.456 3.577.703
Total 114.077.884 110.679.407 114.221.719 138.881.776 157.893.850 174.380.320
Nº de atracações Navios Cruzeiros 250 171 189 251 287 314
Fonte: Dados brutos: ANTAQ; SECEX; Porto de Santos; Elaborado por LabTrans
Fonte: Dados brutos: ANTAQ, SECEX e Porto de Santos; Elaborado por LabTrans
Porto de Santos 65
Plano Mestre
A projeção de contêineres também foi realizada em TEUs, com divisão entre cheios e
vazios, conforme pode ser observado na figura que segue.
Fonte: Dados brutos: ANTAQ, SECEX e Porto de Santos; Elaborado por LabTrans
66 Porto de Santos
Plano Mestre
2013 2030
1%
1% 1%
1% 1%
2% 2%
9% 8%
2% 1%
2% 2%
2%
32% 2% 36%
2%
2% 4%
2% 3%
3% 3%
4% 3%
10% 8%
15%
13%
11% 11%
Porto de Santos 67
Plano Mestre
Tabela 42. Distribuição da Frota de Porta Contêineres por Faixa de Capacidade no Porto de
Santos
1º. Sem. de 1º. Sem. de
Faixa Capacidade (TEU)
2013 2014
Handysize 1.001 a 2.000 13% 2%
Sub-panamax 2.001 a 3.000 15% 24%
Panamax 3.001 a 5.000 30% 21%
Post-panamax >5.000 42% 53%
Fontes: Bases de Dados de Atracações da CODESP e da ANTAQ; Elaborado por LabTrans
68 Porto de Santos
Plano Mestre
portes eram superiores a 90 mil TPB. Fica claro o grande predomínio dos graneleiros
Handymax.
O porte médio foi de 53.975 TPB, e o maior navio da frota tinha porte de 95.708 TPB
e comprimento de 235 m.
Análises semelhantes foram realizadas para todas as cargas. Elas podem ser vistas no
Capítulo 6 e estão resumidas nas próximas tabelas. Na construção dessas tabelas, as
seguintes classes de navios foram adotadas:
Porta Contêineres (TEU)
Feedermax ( até 999 TEU);
Handy (1.000 – 2.000 TEU);
Subpanamax (2.001 – 3.000 TEU);
Panamax (3.001 – 5.000 TEU); e
Postpanamax (acima de 5.001 TEU).
Outros Navios de Carga (TPB)
Handysize (até 35.000 TPB);
Handymax (35.001 - 60.000 TPB);
Panamax (60.001- 90.000 TPB); e
Capesize (acima de 90.001 TPB).
Porto de Santos 69
Plano Mestre
Tabela 43. Perfil da Frota de Navios (Exceto Porta-Contêineres) que Frequentou Santos por
Classe e Carga – 2013
2013
Carga
Handysize Handymax Panamax Capesize
Soja, Farelo de Soja e Milho 5% 11% 67% 17%
Açúcar a Granel 12% 72% 15% 1%
Fertilizantes e Enxofre 40% 54% 6% -
Celulose - 94% 6% -
Óleo Combustível 21% 32% 40% 7%
Etanol 78% 22% - -
Óleo Diesel e Gasolina 58% 42% - -
Sucos Cítricos 43% 57% - -
Trigo 81% 19% - -
Produtos Químicos 84% 16% - -
Sal-Gema 27% 73% - -
Sal Marinho 83% 17% - -
Soda Cáustica 92% 8% - -
Gases Liquefeitos 16% 84% - -
Barrilha 7% 82% 11% -
Veículos 100% - - -
Açúcar em Sacos 100% - - -
Amônia 68% 32% - -
Óleos Vegetais 52% 48% - -
Polpa Cítrica - - 57% 43%
Fonte: Bases de Dados de Atracações da CODESP e da ANTAQ; Elaborado por LabTrans
Tabela 44. Perfil da Frota de Navios Porta-Contêineres que Frequentou Santos – 1o. Semestre
de 2014
Classe de Navio Participação
Feedermax -
Handy 2%
Subpanamax 24%
Panamax 21%
Postpanamax 53%
Fonte: Bases de Dados de Atracações da CODESP e da ANTAQ; Elaborado por LabTrans
Em seguida, foram feitas projeções sobre a evolução da frota para os anos de 2015,
2020, 2025 e 2030, de acordo com as seguintes premissas básicas:
No que diz respeito aos navios porta-contêineres, nos últimos anos vem ocorrendo uma
rápida substituição de navios Panamax por Post-panamax nos tráfegos da Costa Leste
70 Porto de Santos
Plano Mestre
da América do Sul, que, como regra geral, escalam Santos uma ou duas vezes em cada
viagem redonda. Essa condição deve ser mantida, também, em função das novas
doncições do próprio Canal do Panamá.
Observa-se, também, crescimento acelerado da atividade de transbordo no porto, o que
tende a se manter enquanto houver folga de capacidade para movimentação de
contêineres.
É lícito esperar, ainda, que a generalização do uso de navios com capacidade superior a
8 mil TEU por diversos armadores venha a restringir muito ou mesmo inviabilizar o
acesso ao Porto de Buenos Aires por boa parte da frota de longo curso, resultando na
necessidade de uso de feeders para servir ao Porto do Prata, incrementando a demanda
por transbordo em Santos.
Assim, considera-se como cenário mais provável que, dentro do horizonte de análise,
para permanecerem competitivos e obterem renovação dos respectivos prazos de
arrendamento, os terminais do porto aumentarão as respectivas capacidades. O TUP
Embraport também o fará, e a administração pública promoverá licitações para
arrendamento de novas áreas dedicadas à movimentação de contêineres, por exemplo,
no Saboó, na Conceiçãozinha ou na Prainha.
O resultado será, certamente, uma presença cada vez maior de porta-contêineres Post-
panamax.
A maior profundidade disponibilizada nos terminais após a recente dragagem e o fato
de que, em 2013, se observaram diversos carregamentos superiores a 90 mil t, atrelado
ainda às novas características do Canal do Panamá, sugerem que a frota de graneleiros
engajados no transporte de soja, farelo de soja e milho deverá incorporar um percentual
crescente de navios Capesize.
No caso dos graneleiros que frequentam Santos para carregar açúcar a granel, espera-se
a continuidade da predominância dos Handymax, ainda que com uma participação
consideravelmente maior dos Panamax.
A frota que ora frequenta Santos para descarregar fertilizantes e enxofre inclui alguns
graneleiros Panamax, que, como regra, descarregam quantidades bem inferiores aos
respectivos portes. A explicação para tal é que os fertilizantes constituem uma carga de
Porto de Santos 71
Plano Mestre
retorno, e os navios, após operarem em Santos, posicionam-se nos portos mais ao Sul,
especialmente Paranaguá e São Francisco do Sul, para carregar soja e milho.
Por outro lado, a parcela de navios Handysize inclui um número considerável de
graneleiros com portes entre 32 mil TPB e 35 mil TPB, ou seja, muito próximos do limite
inferior da classe Handymax.
Assim, levando-se em conta o crescimento da demanda por fertilizantes em Santos e as
perspectivas de utilização de navios maiores em Paranaguá para carregar soja com
destino à China em decorrência dos maiores calados permitidos pela dragagem e novos
berços especializados, estima-se um crescimento progressivo da participação dos
Handymax e Panamax em detrimento dos Handysize.
O futuro perfil da frota que embarca celulose parece estar sujeito a duas tendências
opostas.
De um lado, a Gearbulk, principal armadora engajada no transporte a partir da costa
brasileira, vem introduzindo navios maiores, com porte superior a 72 mil TPB.
Por outro lado, a Fíbria, maior exportadora, afretou por prazo longo diversos navios do
armador sul-coreano STX Pan Ocean, todos com porte da ordem de 57.450 TPB. Tais
navios, embora tenham a boca Panamax, costumam ser classificados como Handymax
por terem porte inferior a 60 mil TPB.
Estima-se que a participação crescente das exportações da Eldorado por Santos
resultarão num crescimento razoável da participação dos navios Panamax.
No caso dos navios-tanque transportadores de produtos escuros, como não se identifica
tendência firme de crescimento da movimentação, estima-se que haverá somente um
crescimento moderado no tamanho dos navios ao longo do horizonte sob análise.
Também para os navios-tanque que embarcam etanol, estima-se que haverá aumento
progressivo do porte em decorrência de exportações para destinos mais distantes,
resultando numa participação maior dos Handymax.
A frota de navios-tanque que embarcaram óleo diesel e gasolina em Santos em 2013
incluía navios pequenos e antigos de 18 mil TPB, de modo que a previsão de substituição
dos mesmos por navios maiores construídos dentro do Programa de Renovação da Frota
da Transpetro, ou mesmo afretados, deve resultar em uma participação
progressivamente maior dos Handymax.
72 Porto de Santos
Plano Mestre
Porto de Santos 73
Plano Mestre
destaque indevido à participação dos graneleiros Capesize. Estima-se que isso irá se
reduzir ao longo do tempo.
Feitas essas considerações, o perfil da frota nos anos futuros foi estimado conforme
tabelas a seguir.
Tabela 45. Perfil da Frota de Navios (exceto Porta-Contêineres) que deverá Frequentar o
Porto por Classe e Produto – 2015
2015
Carga
Handysize Handymax Panamax Capesize
Soja, Farelo de Soja e Milho 5% 10% 67% 18%
Açúcar a Granel 11% 72% 16% 1%
Fertilizantes e Enxofre 38% 55% 7% -
Celulose - 93% 7% -
Óleo Combustível 20% 33% 40% 7%
Etanol 77% 23% - -
Óleo Diesel e Gasolina 57% 43% - -
Sucos Cítricos 43% 57% - -
Trigo 81% 19% - -
Produtos Químicos 83% 17% - -
Sal-Gema 25% 75% - -
Sal Marinho 83% 17% - -
Soda Cáustica 92% 8% - -
Gases Liquefeitos 15% 85% - -
Barrilha 6% 83% 11% -
Veículos 100% - - -
Açúcar em Sacos 100% - - -
Amônia 68% 32% - -
Óleos Vegetais 52% 48% - -
Polpa Cítrica - - 55% 45%
Fonte: Elaborado por LabTrans
Porto de Santos 75
Plano Mestre
Tabela 46. Perfil da Frota de Navios (exceto Porta-Contêineres) que deverá Frequentar o
Porto por Classe e Produto – 2020
2020
Carga
Handysize Handymax Panamax Capesize
Soja, Farelo de Soja e Milho 4% 10% 67% 19%
Açúcar a Granel 9% 71% 18% 2%
Fertilizantes e Enxofre 34% 57% 9% -
Celulose - 92% 8% -
Óleo Combustível 18% 33% 41% 8%
Etanol 75% 25% - -
Óleo Diesel e Gasolina 55% 45% - -
Sucos Cítricos 43% 57% - -
Trigo 80% 20% - -
Produtos Químicos 81% 19% - -
Sal-Gema 20% 75% 5% -
Sal Marinho 83% 17% - -
Soda Cáustica 90% 10% - -
Gases Liquefeitos 13% 87% - -
Barrilha 5% 83% 12% -
Veículos 100% - - -
Açúcar em Sacos 100% - - -
Amônia 66% 34% - -
Óleos Vegetais 50% 50% - -
Polpa Cítrica - - 53% 47%
Fonte: Elaborado por LabTrans
76 Porto de Santos
Plano Mestre
Tabela 47. Perfil da Frota de Navios (exceto Porta-Contêineres) que deverá Frequentar o
Porto por Classe e Produto – 2025
2025
Carga
Handysize Handymax Panamax Capesize
Soja, Farelo de Soja e Milho 4% 9% 67% 20%
Açúcar a Granel 8% 70% 20% 2%
Fertilizantes e Enxofre 30% 59% 11% -
Celulose - 91% 9% -
Óleo Combustível 16% 34% 42% 8%
Etanol 73% 27% - -
Óleo Diesel e Gasolina 53% 47% - -
Sucos Cítricos 43% 57% - -
Trigo 80% 20% - -
Produtos Químicos 80% 20% - -
Sal-Gema 15% 75% 10% -
Sal Marinho 83% 17% - -
Soda Cáustica 90% 10% - -
Gases Liquefeitos 12% 88% - -
Barrilha 5% 81% 14% -
Veículos 100% - - -
Açúcar em Sacos 100% - - -
Amônia 64% 36% - -
Óleos Vegetais 48% 52% - -
Polpa Cítrica - - 50% 50%
Fonte: Elaborado por LabTrans
Porto de Santos 77
Plano Mestre
Tabela 48. Perfil da Frota de Navios (exceto Porta-Contêineres) que deverá Frequentar o
Porto por Classe e Produto – 2030
2030
Carga
Handysize Handymax Panamax Capesize
Soja, Farelo de Soja e Milho 3% 8% 69% 20%
Açúcar a Granel 7% 69% 22% 2%
Fertilizantes e Enxofre 28% 60% 12% -
Celulose - 90% 10% -
Óleo Combustível 14% 34% 43% 9%
Etanol 70% 30% - -
Óleo Diesel e Gasolina 50% 50% - -
Sucos Cítricos 43% 57% - -
Trigo 80% 20% - -
Produtos Químicos 80% 20% - -
Sal-Gema 15% 75% 10% -
Sal Marinho 83% 17% - -
Soda Cáustica 90% 10% - -
Gases Liquefeitos 10% 90% - -
Barrilha 4% 81% 15% -
Veículos 100% - - -
Açúcar em Sacos 100% - - -
Amônia 62% 38% - -
Óleos Vegetais 45% 55% - -
Polpa Cítrica - - 50% 50%
Fonte: Elaborado por LabTrans
Em seguida, foram criadas planilhas do tipo 3 para os demais trechos de cais que
caracterizam o Porto de Santos, a saber:
Movimentação de soja, farelo de soja e milho:
Porto de Santos 79
Plano Mestre
80 Porto de Santos
Plano Mestre
Porto de Santos 81
Plano Mestre
Além disso, em três trechos de cais público são movimentadas cargas diversas, sem
prioridade de atracação. São eles: Saboó (berços 1 a 3), do Armazém 12A ao 15, e do
Armazém 22 ao 33.
No Saboó, são movimentadas diferentes cargas soltas, além de veículos e
contêineres. Para esse trecho, foi desenvolvida a planilha Saboó, que exclui dos cálculos a
ocupação dos berços decorrente da movimentação de veículos pela Deicmar e da
movimentação de contêineres.
No trecho que se estende do Armazém 12A até o Armazém 15, são movimentados
barrilha, fertilizantes, celulose, sal-gema e cargas soltas. A planilha Armazém 12A a 15,
desenvolvida para esse trecho de cais, estima a capacidade de movimentação dessas cargas,
excluindo da disponibilidade desses berços a sua ocupação pelas cargas prioritárias dos
berços do Armazém 13/14 e do Armazém 15.
No terceiro trecho, do Armazém 22 ao Armazém 33, são movimentados barrilha,
fertilizantes, celulose, sal-gema, trigo e cargas soltas. Semelhantemente ao caso anterior foi
desenvolvida a planilha Armazém 22/23 a 33 que estima a capacidade de movimentação
dessas cargas, excluindo da disponibilidade desses berços a sua ocupação pelas cargas
prioritárias dos berços do Armazém 22/23, do Armazém 29, do Armazém 29/30 (sucos
cítricos e trigo) e do Armazém 31.
Com relação à capacidade de atendimento a navios de cruzeiro, admitiu-se que
haverá disponibilidade, em termos prioritários, de três berços durante os 180 dias de
duração da temporada. Para esse cálculo, foi desenvolvida uma planilha específica.
As capacidades foram calculadas para todas as cargas, para os anos 2013, 2015,
2020, 2025 e 2030. Foi criado um total de 225 planilhas. Os resultados consolidados dessas
capacidades podem ser vistos no item seguinte deste Sumário, quando as capacidades são
comparadas com as respectivas demandas.
Somente a título de ilustração, as capacidades para movimentação de contêineres
são apresentadas a seguir. Os demais resultados encontram-se no Capítulo 6.
A capacidade de movimentação de contêineres foi estimada a partir da capacidade
provida por cada terminal especializado, observados os indicadores operacionais
apresentados no Capítulo 3. Não foi admitida nenhuma melhoria operacional, tendo sido
mantidas as produtividades observadas em 2013.
82 Porto de Santos
Plano Mestre
Porto de Santos 83
Plano Mestre
84 Porto de Santos
Plano Mestre
Porto de Santos 85
Plano Mestre
apresentam os dados de capacidade (número de trens por dia) dos trechos do acesso,
conforme informados pelas concessionárias na Declaração de Rede.
86 Porto de Santos
Plano Mestre
Figura 38. Capacidade dos Trechos Ferroviários que dão Acesso ao Porto de Santos –
Sentido de Ida
Fonte: ANTT (2014); Elaborado por LabTrans
Figura 39. Capacidade dos Trechos Ferroviários que dão Acesso ao Porto de Santos –
Sentido de Volta
Fonte: ANTT (2014); Elaborado por LabTrans
Figura 40. Malha Ferroviária de Acesso ao Porto de Santos de Acordo com a Classificação
da Utilização da Capacidade dos Trechos
Fonte: ANTT (2014)
88 Porto de Santos
Plano Mestre
Porto de Santos 89
Plano Mestre
1.9.1.1 Contêineres
A comparação entre a demanda e a capacidade de movimentação de contêineres
em Santos pode ser visualizada na próxima figura.
90 Porto de Santos
Plano Mestre
Figura 42. Contêineres – Demanda vs. Capacidade (Tempo Médio de Espera de 6 Horas)
Fonte: Elaborado por LabTrans
Porto de Santos 91
Plano Mestre
Figura 43. Contêineres – Demanda vs. Capacidade (Tempo Médio de Espera de 6 Horas e
Redução de 2 Horas dos Tempos não Operacionais)
Fonte: Elaborado por LabTrans
Observa-se que somente esta ação fará com que o déficit de capacidade seja adiado
para 2023, em contraposição a 2020. Destaca-se também, que cada hora desses tempos não
operacionais que se logre reduzir, aumenta a capacidade de movimentação do porto em
170 mil TEU por ano. Em uma redução de duas horas, por exemplo, o aumento é equivalente
ao proporcionado à adição de mais um berço para contêineres no porto.
Por outro lado, há empreendimentos sendo considerados que afetarão a
capacidade, dentre os já aprovados pela SEP/PR (Portaria n.o 038/ 2015), está a expansão do
Ecoporto.
Com impacto significativo na capacidade do terminal, destaca-se a instalação de
portêineres no cais do Valongo, admitindo-se que a produtividade neste cais passará a ser
de 74 movimentos/navio/hora de operação (igual à do BTP) em oposição aos atuais 45
movimentos/navio/hora de operação.
A próxima tabela mostra o cálculo da capacidade nessa situação.
92 Porto de Santos
Plano Mestre
Ressalta-se que após 2020 a capacidade será determinada pela armazenagem, pois a
capacidade desta é ligeiramente inferior à capacidade do cais.
A comparação entre a demanda e a capacidade para todo o porto passa a ser aquela
apresentada na próxima figura. Observa-se que persiste o déficit de capacidade após 2025.
Figura 44. Contêineres – Demanda vs. Capacidade (Tempo Médio de Espera de 6 Horas e
Expansão do Ecoporto)
Fonte: Elaborado por LabTrans
Porto de Santos 93
Plano Mestre
94 Porto de Santos
Plano Mestre
Porto de Santos 95
Plano Mestre
96 Porto de Santos
Plano Mestre
Porto de Santos 97
Plano Mestre
98 Porto de Santos
Plano Mestre
Porto de Santos 99
Plano Mestre
1.9.1.5 Trigo
A próxima figura mostra a comparação entre a demanda e a capacidade de
movimentação de trigo no Porto de Santos.
1.9.1.7 Barrilha
A próxima figura mostra a comparação entre a demanda e a capacidade de
movimentação de barrilha no Porto de Santos.
Como indicado na figura, a capacidade será suficiente para atender a demanda até
2023, quando poderá apresentar ligeiro déficit.
1.9.1.8 Sal-Gema
A próxima figura mostra a comparação entre a demanda e a capacidade de
movimentação de sal-gema no Porto de Santos.
1.9.1.9 Celulose
A próxima figura mostra a comparação entre a demanda e a capacidade de
movimentação de celulose no Porto de Santos.
capacidade do Armazém 15. O projeto STS 07 substituiria o Armazém 15. Já o projeto STS 36
criaria novo terminal exclusivo para papel e celulose na área de Paquetá com previsão de
capacidade de movimentação de 1,5 milhões de toneladas por ano.
Outra alternativa advém do projeto do Terminal Santorini, vide Apêndice 1 do
Volume II do presente Plano Este terminal retroportuário embarcaria a celulose, assim como
outras cargas gerais, nos berços atuais da Ilha Barnabé e em berço novo a ser construído
entre a Ilha Barnabé e a Embraport.
1.9.1.10 Veículos
A próxima figura mostra a comparação entre a demanda e a capacidade de
movimentação de veículos no Porto de Santos.
Portanto, como indicado na figura, não são antecipados problemas para atender à
demanda no horizonte deste Plano Mestre. A capacidade indicada acima resulta daquela
fornecida atualmente pela Deicmar, a qual é limitada pela capacidade de armazenagem.
Todavia, ao que tudo indica, como no caso dos derivados de petróleo, existe a
necessidade de se expandir a infraestrutura para o atendimento dos granéis líquidos.
Por se tratar de expansão da infraestrutura, este tópico será abordado no Capítulo 8.
Sendo assim, como era previsto, o porto dispõe de instalações suficientes para
atender a demanda de atracação dos navios de cruzeiro.
A questão principal nesse atendimento é negociar com os armadores desses navios
para que não concentrem suas escalas em Santos em um mesmo dia, o que prejudica a
operação de cargas, uma vez que os navios de cruzeiro têm prioridade de atracação sobre os
navios cargueiros.
1.9.3.1.1 SP-150-1
O gráfico a seguir apresenta o cruzamento da demanda com a capacidade para o
trecho da SP-150-1.
passeio. Portanto, de acordo com o gráfico apresentado, uma intervenção na via para
aumento de sua capacidade deve ser pensada para longo prazo.
1.9.3.1.2 SP-150-2
Os gráficos a seguir apresentam a comparação entre a demanda e a capacidade para
o trecho da SP-150-2, dividida pelo sentido de tráfego.
De acordo com o gráfico anterior, o nível de serviço do trecho se aproxima dos níveis
de serviço C para o VMDh ainda em 2014, operando em nível D para os volumes nas horas
de pico. Para o horizonte projetado, um pequeno aumento no volume de tráfego da via
afeta muito a qualidade do serviço prestado. Isso evidencia a necessidade de modernização
do trecho, visto que a falta de acostamentos ou faixas auxiliares prejudica o trânsito local,
que fica suscetível à velocidade de deslocamento de veículos pesados.
O gráfico da próxima figura apresenta a comparação entre demanda e capacidade
para o sentido descendente.
1.9.3.1.3 SP-160-1
O gráfico a seguir apresenta a comparação entre demanda e capacidade para o
trecho da SP-160-1.
1.9.3.1.4 SP-160-2
O gráfico a seguir apresenta o cruzamento da demanda com a capacidade para o
trecho 2 da SP-160, dividido para os dois sentidos de tráfego, ascendente e descendente.
No que se refere aos volumes nas horas de pico, o trecho opera em níveis de serviço
C, com previsão para atingir níveis inferiores já em 2016. A influência de veículos pesados
que trafegam em baixas velocidades sobre os veículos menores e mais leves faz com que a
velocidade de operação do segmento seja reduzida.
A seguir, é apresentada a análise do trecho para o sentido contrário de tráfego.
1.9.3.1.5 SP-055
O gráfico a seguir apresenta o cruzamento da demanda com a capacidade para o
trecho da SP-055.
A partir do gráfico anterior, observa-se que, para esse segmento da rodovia, os níveis
de serviço são satisfatórios. Operando atualmente em nível de serviço B nas horas de pico, a
SP-055 comporta toda movimentação de cargas em direção à margem esquerda do Porto de
Santos, oferecendo uma qualidade de serviço coerente com sua relevância para o transporte
de carga dessa margem. Apenas em 2028 o fluxo de veículos deve começar a apresentar
sinais de saturação, considerando os volumes nas horas de pico. Considerando o VMDh, o
nível de serviço deve ser mantido em patamares elevados para todo horizonte projetado.
Embora os índices observados sejam favoráveis, vale ressaltar que o segmento de via
analisado não representa o percurso mais crítico da rodovia, indica-se, portanto, cautela ao
analisar os resultados. Conforme descrito anteriormente, a proximidade da via com os
municípios de Cubatão e Guarujá deixam alguns trechos suscetíveis à influência do tráfego
local. Tal fato deteriora a qualidade de serviço da rodovia, entretanto não foi considerado
nesta análise, pois se sabe que o segmento localiza-se fora dos centros urbanos.
demanda, esse volume de movimentação de cargas pela ferrovia deve subir até 2030,
chegando aos 60 milhões de toneladas ao ano.
Além do aumento da movimentação de cargas prevista para o Porto de Santos,
também foi levada em consideração uma estimativa de incremento do uso desse modal,
acompanhando o crescimento projetado na movimentação total do porto. Embora o
portfólio de mercadorias transportadas seja idêntico, são esperados aumentos da
participação da movimentação via modal ferroviário para as commodities e também para os
contêineres.
Conforme detalhado no Capítulo 5, o número médio de 18 trens/dia em cada
sentido no fluxo de operação junto ao porto em 2013 deve aumentar para um número
médio de 36 pares de trens/dia em 2030, para atender à projeção de demanda. Em ambos
os casos foi considerada uma margem maior prevendo o pico de movimentação conforme a
sazonalidade da safra agrícola. Além disso, para 2030, considera-se uma melhor eficiência
operacional com ganhos de volume, como por exemplo a capacidade dos trens, havendo
aumento do número de vagões por composição.
Foi possível obter, junto à concessionária ALL, a quantidade média diária de trens
que trafegam no acesso via Perequê, bem como a separação da movimentação com destino
ao porto. Além disso, a fração das cargas com destino ao porto pode ser fragmentada de
acordo com a margem acessada pelos trens que as transportam.
Dessa forma, foi possível mensurar o tráfego de trens independentemente do
tráfego apurado conforme a demanda de movimentação de cargas específica do porto. No
caso do acesso da ALL, há uma ampliação em torno de 15% da circulação de trens, o que,
consequente, aumenta a utilização da capacidade.
Considerando as informações de capacidade instalada das linhas ferroviárias que
fazem a ligação ao Porto de Santos, conforme as tabelas da Declaração de Rede
apresentadas no Capítulo 6, é possível fazer uma análise da demanda atual e futura com
base nessas informações em adição aos valores de pares de trens diários que devem
frequentar o porto ao longo do horizonte de estudo.
No caso do acesso da ALL, na linha de Evangelista de Souza a Perequê, a capacidade
instalada tem o seu menor valor próximo de Paratinga na região da serra, chegando a 16,6
trens/dia. No entanto, de acordo com a concessionária, em março de 2015, essa capacidade
1.10.1 Contêineres
Na figura a seguir está reproduzida a comparação entre a demanda e a capacidade
de movimentação de contêineres constante do Capítulo 7, após a expansão já aprovada da
superestrutura do Ecoporto.
Figura 80. Contêineres – Demanda vs. Capacidade (Embraport com 3 Berços em 2025)
Fonte: Elaborado por LabTrans
operacionais referidas anteriormente, o déficit deixará de existir, conforme pode ser visto na
figura a seguir.
Figura 81. Contêineres – Demanda vs. Capacidade (Embraport com 3 berços em 2025 e
redução de 2 horas dos tempos não operacionais)
Fonte: Elaborado por LabTrans
A ampliação ora em curso do TIPLAM, descrita no item 3.4, destinará um novo berço
à movimentação de granéis vegetais, o que se espera agregar 5,5 milhões de toneladas à
capacidade do porto, sendo 3,1 milhões à capacidade da soja e 2,4 milhões à capacidade do
milho. Admitiu-se que a ampliação deverá estar implantada até 2020. As figuras a seguir
mostram o impacto da ampliação do TIPLAM nas capacidades de movimentação de soja e
milho.
Além disso, como exposto no caso dos grãos, a ampliação do TIPLAM também é
esperada como alternativa para o aumento da capacidade de movimentação de açúcar.
Admitiu-se que o TIPLAM acrescentará 5,9 milhões de toneladas ao ano à capacidade de
açúcar, devendo estar operacional até 2020. A próxima figura mostra a evolução na
capacidade de movimentação de açúcar esperada após 2020.
Verifica-se que a capacidade de enxofre será mais do que suficiente pela ampliação
do TIPLAM a partir de 2020, mas, que déficits permanecerão existindo no que diz respeito
aos fertilizantes. Essa constatação reforça a importância dos projetos de arrendamento
STS 11 e STS 20, referidos no Capítulo 7 e descritos no Apêndice 1.
Figura 95. Óleo Combustível – Demanda vs. Capacidade (Alemoa com 6 berços)
Fonte: Elaborado por LabTrans
Figura 96. Óleo Diesel – Demanda vs. Capacidade (Alemoa com 6 berços)
Fonte: Elaborado por LabTrans
Essa capacidade aumentará, não só pelos dois berços adicionais na Alemoa, como
pelos dois novos berços na Ilha Barnabé.
Também se admitiu que os shares entre margem esquerda e margem direita serão
iguais aos observados em 2013, exceto para o etanol. Parte do etanol migraria para a
margem esquerda a fim de viabilizar as movimentações dos demais produtos em cada
margem, em particular o óleo vegetal, que, em 2013, foi movimentado somente na margem
direita. Trata-se de um cenário que poderá ser mais bem analisado durante a elaboração do
PDZ.
As figuras a seguir mostram a comparação entre a demanda e a capacidade para os
produtos químicos, soda cáustica e óleo vegetal, nesse cenário de expansão de
infraestrutura.
Figura 99. Produtos Químicos – Demanda vs. Capacidade (Alemoa com 6 berços e Ilha
Barnabé com 4 berços)
Fonte: Elaborado por LabTrans
Figura 100. Soda Cáustica – Demanda vs. Capacidade (Alemoa com 6 berços e Ilha
Barnabé com 4 berços)
Fonte: Elaborado por LabTrans
Figura 101. Óleo Vegetal – Demanda vs. Capacidade (Alemoa com 6 berços e Ilha Barnabé
com 4 berços)
Fonte: Elaborado por LabTrans
Figura 102. Etanol – Demanda vs. Capacidade (Alemoa com 6 berços e Ilha Barnabé com 4
berços)
Fonte: Elaborado por LabTrans
Um dos novos berços da Ilha Barnabé pode ser o já construído pela COPAPE a
montante. O segundo deverá ter sua localização definida no PDZ.