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ARTE POSTAL (MAIL ART) - texto base-16/nov.

Na década de 1960, correspondências trocadas entre artistas plásticos deram origem a


mais uma forma de expressão da arte contemporânea: a arte postal (mail art). Nessa
mesma época, Ray Johnson cria, em Nova York, nos Estados Unidos, a Correspondance
Art School (Escola de Arte por Correspondência). Em 1963, Ray Johnson escreve uma
carta num envelope, usando a frente e o verso. Ele rompe, assim, com o conceito de
privado e reproduz, de maneira pública, dialogando com outra pessoa, a sua aparente
intimidade. A mail art consistia em trocar mensagens criativas utilizando o sistema de
correios. Ela surgiu como uma alternativa aos meios convencionais das exposições de
arte (Bienais, Salões, etc.) e tem características próprias do período em que apareceu
(dialoga, portanto, com a Guerra Fria, no contexto mundial, ou com a ditadura militar, no
contexto brasileiro). Ou seja, seu objetivo era veicular informação, protesto e denúncia.

A arte postal se caracteriza por ser um meio de expressão livre, no qual envelopes,
telegramas, selos ou carimbos postais são alguns dos suportes em que é possível a
expressão da sensibilidade. Os artistas utilizam, principalmente, técnicas como colagens,
fotografia.

Outras linguagens

Foram os integrantes do grupo Fluxus os impulsores da criação da arte postal. Sendo


considerado o ano de 1962 como o marco formal de seu surgimento, quando o artista
neodadaísta americano Ray Johnson (1927-1995) criou sua New York Correspondance
School of Art. Porém, anteriormente a esta oficialização, muitos artistas já se serviam da
via postal para elaborar trabalhos com fins estéticos, como collages e utilização de
diferentes técnicas e materiais, bem como para trocar criações e experiências artísticas,
estabelecendo diálogos sem fronteiras. Deste modo, as experiências dos futuristas,
dadaístas, surrealistas, artistas pop, neodadaístas, neo-realistas e conceitualistas estão
entre os antecedentes históricos desta forma de comunicação artística. Artistas postais
ocasionais, segundo Fernandéz (1997), foram celebridades como Pablo Picasso
(1881-1973), Henri Matisse (1869-1954), Marcel Duchamp (1887-1968), Kurt Schwitters
(1887-1948), Max Ernst (1891 976) e Francis Picabia (1879-1953). E no Brasil o
Pernambucano Paulo Brusky. Hoje, porém, a arte postal conta não só com artistas
plásticos, mas também com poetas, músicos, arquitetos, fotógrafos – renomados ou
anônimos -, que encontraram neste meio uma maneira particular e especial de expressão.

Correio e cartão-postal: fatos históricos

Após a dissolução deste monopólio, em 1869, o Barão Adolfo Maly, diretor dos correios
austríacos, assinou um decreto em que se admitia a circulação de cartões-postais de
franquia reduzida (Mail, 2001). Sendo que somente em 1892 os cartões-postais passaram
a ser impressos como os conhecemos atualmente e, desde então, numerosos artistas do
início do século reproduziram suas obras neste formato, do mesmo modo que abundaram
os postais de paisagens, flora e fauna, fotografias de artistas famosos, de parentes e
amigos, o postal satírico e o político, assim como os eróticos que aguçaram a libido de
uma época. Durante este século o cartão-postal se converteu no meio de comunicação
mais utilizado para a transmissão de mensagens curtas pelo correio (Mail, 2001).

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