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Disserte sobre a honra e a forma como ela deve ser tratada no meio jurídico.

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A honra é um sentimento de dignidade, e de acordo com Dantas (2012),


a honra tem o seu amparo na Constituição Federal de 1988, nos dispositivos
do Pacto de São José da Costa Rica, no Código Civil e no Código Penal.
De contínuo com a mesma autora supracitada, menciona que a honra
tem-se a sua “[...] divisão doutrinária em honra objetiva e honra subjetiva, a
casuística acerca das hipóteses de violação da honra que podem ensejar
reparação por dano moral”.
Para Dantas (2012), quando se refere em reparação por dano moral,
intrinsicamente permeia-se nos fundamentos da existência da honra, e quando
esta ferida, “[...] pode ensejar responsabilização tanto na órbita civil como na
órbita penal”.
Ao que tange á honra, no ordenamento jurídico brasileiro, de acordo com
Dantas (2012) tem-se o seu amparo no art. 5º, inciso X, da Constituição
Federal de 1988, estabelece que são invioláveis a intimidade, a vida privada, a
honra e a imagem das pessoas, assegurado o direito a indenização pelo dano
material ou moral decorrente de sua violação.
Há também o amparo Convenção Interamericana de Direitos Humanos,
através do pacto de São José da Costa Rica, a qual é vigente em nosso país,
reconhece a proteção à honra no art. 11, dispondo que “toda pessoa tem direito
ao respeito de sua honra e ao reconhecimento de sua dignidade”.
Diante da importância que se tem a honra, tendo em nosso país quatro
dispositivos elencados acima, que prima em fazer valer o respeito e o
reconhecimento da dignidade da pessoa, e Dantas (2012), pontua que a honra
é um atributo intrínseco à personalidade “[...] cujo respeito à sua essência
reflete a observância do princípio da dignidade da pessoa humana.
E de acordo com Dantas (2012) a doutrina dividiu em honra subjetiva e
honra objetiva.
Honra subjetiva: que trata do próprio juízo valorativo que a pessoa faz de
si mesmo.
Honra objetiva: que diz respeito à reputação que a coletividade dedica a
alguém.
Como mencionado outrora, reforça-se que quando ocorrer “tanto a
violação da honra objetiva como da subjetiva ensejam, na órbita civil, a
reparação por dano moral” (DANTAS, 2012).
Dantas (2012), cita que a doutrina concebeu uma divisão no conceito de
honorabilidade ficando no seguinte formato:
Honra Subjetiva: a opinião social, moral, profissional, religiosa que os
outros têm sobre aquele indivíduo
Honra Objetiva: a opinião que o indivíduo tem de si próprio.
Sendo assim, Dantas (2012), postula que a honra abarca os direitos da
personalidade no âmbito psíquico.
Dantas (2012), que ressalta que o Código Civil Brasileiro de 2002
protege a honra nos termos seguintes:
“Art. 20. Salvo se autorizadas, ou se necessárias à administração da
justiça ou à manutenção da ordem pública, a divulgação de escritos, a
transmissão da palavra, ou a publicação, a exposição ou a utilização da
imagem de uma pessoa poderão ser proibidas, a seu requerimento e sem
prejuízo da indenização que couber, se lhe atingirem a honra, a boa fama ou a
respeitabilidade, ou se destinarem a fins comerciais.”
Sendo assim, Dantas (2012), descreve que o “[...] dano moral deve ser
visto como violação do direito à dignidade, estando nela inseridos a
inviolabilidade da intimidade, da vida privada, da honra e da imagem”, ou seja,
ocorrendo a agressão à honra da vítima é passível e cabe uma indenização.

E conforme Dantas (2012), “[...] o desrespeito à honra alheia pode


adentrar a seara penal e configurar os crimes de injúria, difamação ou calúnia
(arts. 138 a 140, do Código Penal) e a mesma autora supracitada descreve
conforme os moldes do Código Penal, mencionando quando se trata de:
Injúria

Art. 140 – Injuriar alguém, ofendendo-lhe a dignidade ou o decoro:


Pena – detenção, de um a seis meses, ou multa.
§ 1º – O juiz pode deixar de aplicar a pena:
I – quando o ofendido, de forma reprovável, provocou diretamente a injúria;
II – no caso de retorsão imediata, que consista em outra injúria.
§ 2º – Se a injúria consiste em violência ou vias de fato, que, por sua natureza
ou pelo meio empregado, se considerem aviltantes:

Pena – detenção, de três meses a um ano, e multa, além da pena


correspondente à violência.

§ 3o Se a injúria consiste na utilização de elementos referentes a raça, cor,


etnia, religião, origem ou a condição de pessoa idosa ou portadora de
deficiência: (Redação dada pela Lei nº 10.741, de 2003)
Pena – reclusão de um a três anos e multa. (Incluído pela Lei nº 9.459, de
1997)”

Difamação

Art. 139 – Difamar alguém, imputando-lhe fato ofensivo à sua reputação:


Pena – detenção, de três meses a um ano, e multa.

Exceção da verdade
Parágrafo único – A exceção da verdade somente se admite se o ofendido é
funcionário público e a ofensa é relativa ao exercício de suas funções.

Calúnia
Art. 138 – Caluniar alguém, imputando-lhe falsamente fato definido como crime:
Pena – detenção, de seis meses a dois anos, e multa.

§ 1º – Na mesma pena incorre quem, sabendo falsa a imputação, a propala ou


divulga.

§ 2º – É punível a calúnia contra os mortos.

Exceção da verdade
§ 3º – Admite-se a prova da verdade, salvo:
I – se, constituindo o fato imputado crime de ação privada, o ofendido não foi
condenado por sentença irrecorrível;
II – se o fato é imputado a qualquer das pessoas indicadas no nº I do art. 141;
III – se do crime imputado, embora de ação pública, o ofendido foi absolvido
por sentença irrecorrível.

Em suma, pode-se verificar que a honra no ordenamento jurídico


brasileiro oferece proteção jurídica através dos quatros dispositivos existentes
(Constituição Federal de 1988, nos dispositivos do Pacto de São José da Costa
Rica, no Código Civil Brasileiro de 2002 e no Código Penal).
A importância do amparo à honra, conforme menciona Dantas (2012),
“[...] relativamente às pessoas físicas, esta se encontra alojada no que o
indivíduo tem de mais íntimo em seu ser”, ou seja, continuando com a mesma
autora, quando se ocorre um evento que venha afetar a honra do sujeito, o
dano ele é extensivo, além das ofensas físicas, estende na esfera da psique,
envolve sentimentos, causando/gerando até mesmo transtornos psicológicos,
pelo o evento vivenciado.

REFERÊNCIA

DANTAS, Rosalina Pinheiro. A Honra como Objeto de Proteção Jurídica.


Disponível em: < https://ambitojuridico.com.br/cadernos/direito-constitucional/a-
honra-como-objeto-de-protecao-juridica/>. Ano:2012 Acesso em: 28 de Nov.
2020.

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