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AUTORIA
Giancarlo Lucca
Bem vindo(a)!
AUTORIA
Giancarlo Lucca
Introdução
Nesta Unidade estudaremos os aspectos básicos essenciais do planejamento
estratégico, de forma a constituir um conjunto de conhecimentos de suporte ao
entendimento das ferramentas e técnicas que permitirão a implantação de um
projeto prático de gestão estratégica em uma organização empresarial real.
Devemos entender as diretrizes estratégicas que de nem uma orientação
estratégica com base no estabelecimento das declarações de missão, visão e valores.
As diretrizes estratégicas funcionam como um mapa que irá conduzir todo o
processo de gestão estratégica, por isso o seu entendimento é fundamental.
Estudaremos nesta Unidade o detalhamento da missão estratégica, enfatizando a
importância da comunicação da razão de existir da empresa aos stakeholders
(interessados na organização, como clientes, fornecedores, acionistas, colaboradores,
etc.). Da mesma forma, detalharemos o conceito de visão, estabelecendo técnicas de
criação da visão empresarial, para re etir sobre o macro-objetivo de longo prazo da
organização. Estudaremos também os valores estratégicos que atuam como
balizadores das práticas empresariais e direcionadores para o alcance da visão
empresarial. Após o entendimento do processo de orientação estratégica,
partiremos para o estudo histórico do planejamento estratégico, de forma a
compreendermos sua evolução, suas práticas, técnicas e metodologias ao longo dos
anos. Conheceremos os principais mentores e gurus do planejamento estratégico,
autores de metodologias consagradas até os dias atuais, como a famosa Matriz de
Análise SWOT, criada na década de 1960 por Albert Humphrey; a Matriz BCG, criada
pelo Boston Consulting Group na década de 1970; e também o estudo das Cinco
Forças de Porter, proposto por Michael Porter na década de 1980. Finalmente, nesta
unidade, estudaremos as diferenças entre os termos planejamento estratégico e
gestão estratégica, para que possamos compreender como a cultura estratégica das
organizações se adaptou às mudanças do ambiente competitivo dos dias atuais.
Bons estudos!
As Diretrizes Estratégicas
AUTORIA
Giancarlo Lucca
As diretrizes estratégicas são as de nições iniciais necessárias para balizar o
comportamento e desenvolvimento das atividades empresariais. Vamos fazer uma
analogia com o planejamento de uma viagem de férias. É claro que é possível
simplesmente pôr o pé na estrada sem que nenhum planejamento seja realizado,
mas aí vem a pergunta: qual é a probabilidade de ocorrerem problemas que
comprometam a viagem? Problemas de ordem diversa podem ocorrer, desde a falta
de dinheiro para realizar determinadas atividades até a impossibilidade de realizar
atividades de lazer devido ao clima. Sim, claro, se formos mapear a possibilidade de
problemas, estaremos criando cenários do que possa acontecer durante a viagem e
neste momento estaremos exercendo um certo tipo de planejamento. Sendo assim,
vamos pensar na nossa viagem, começando pelas diretrizes estratégicas:
Com o simples fato de elaborar estas questões podemos a rmar que estamos
de nindo as diretrizes estratégicas para a viagem. A resposta a estes
questionamentos pode dar origem a um plano estratégico. A documentação das
diretrizes estratégicas é o limite entre o plano das ideias e o plano das ações, sendo
assim, a formalização das diretrizes estratégicas é o primeiro passo da construção de
um planejamento estratégico.
AUTORIA
Giancarlo Lucca
A missão estratégica é um conceito militar que remete à realização de um conjunto
de objetivos e metas determinado por o ciais aos níveis mais operacionais do
exército. Os generais estrategistas criavam declarações de missão para inspirar os
soldados a realizarem as tarefas designadas com total empenho. Durante a
Revolução Industrial, em meio à transformação do processo produtivo padrão de
artesanato para manufatura, com o surgimento das primeiras organizações
empresariais, muitos conceitos, técnicas e ferramentas foram importados do sistema
de organização militar. As guerras vividas pela humanidade produziram muita
tecnologia utilizada nas mais diversas áreas do conhecimento humano, e a área
empresarial recebeu muita contribuição da área militar.
Pode-se dizer que assim como na área militar, a declaração de missão empresarial
deve inspirar os colaboradores da organização, de forma a obter o máximo
comprometimento dos seus esforços e manter o empreendimento competitivo.
Portanto, podemos de nir a missão empresarial da seguinte forma: a missão
empresarial é a razão de existir do empreendimento e deve balizar o
desenvolvimento das atividades empresariais no ambiente competitivo, inspirando
as pessoas a cumprirem os objetivos determinados com comprometimento e
respeito aos valores organizacionais.
Com base no que foi discutido, vamos avaliar alguns exemplos de missão
empresarial.
É claro que neste caso não é necessário utilizar todos os Ws ou Hs, mas a técnica
auxilia muito dando um norte para a criação da missão. O quadro 1.1 ilustra a
aplicação dos 5W2H para declaração da missão.
Sigla Questão
HOW
Qual é a viabilidade de atuar neste negócio?
MUCH
Com base neste exemplo poderemos construir a missão da empresa, mesmo que
não usando todos os Ws e Hs, mas sim selecionando os aspectos que mais
representam a organização. Exemplo:
“Oferecer conforto e qualidade aos pés infantis fabricando calçados com tecnologia
inovadora e garantindo um alto valor agregado aos clientes e respeito aos
colaboradores”.
Para melhor esclarecer esta técnica vamos agora examinar algumas das missões
apresentadas anteriormente. O quadro 1.2 mostra o desdobramento da missão da
empresa Fiat, conforme a estrutura 5W2H:
Quadro 1.2: O Desdobramento da Missão da Fiat
HOW
Valor agregado e sustentabilidade do negócio.
MUCH
HOW
Valor compartilhado.
MUCH
Com base no que foi discutido, percebe-se que a missão deve ser mais que um
slogan disposto no hall de entrada das organizações. A missão deve re etir a
identidade da empresa, justi car suas práticas; caso contrário, a missão pode cair no
ridículo e produzir um efeito contrário à sua proposta. Por meio da missão é possível
comunicar aos stakeholders (todos os interessados na empresa: proprietários,
investidores, colaboradores, clientes, fornecedores, governo, sociedade etc.) sua
proposta de vida, seus valores e seu diferencial competitivo.
A Visão Estratégica
Assim como a missão, a visão é uma diretriz estratégica essencial. É o
estabelecimento da visão que abre a mente dos gestores para uma re exão acerca
do futuro da organização. Sem uma visão clara e de nida não se pensa no futuro e,
consequentemente, não se criam as condições ideais no presente, pois qualquer
caminho serve para quem não sabe aonde quer chegar.
A visão da Microsoft, segundo o Portal IBC, é “ser em um futuro próximo uma
empresa que irá oferecer produtos de software aptos a capacitar pessoas a qualquer
hora, em qualquer lugar e a partir de qualquer dispositivo” (2018).
A visão da Arcor, segundo o Portal IBC é “ser a empresa nº1 de guloseimas e biscoitos
da América Latina e consolidar a participação no mercado internacional” (2018).
A visão da Fiat, segundo o Portal IBC, é “estar entre os principais players do mercado
e ser referência de excelência em produtos e serviços automobilísticos” (2018).
Ser o parceiro que ajuda você a crescer por meio de soluções criativas
em alimentos e bebidas, respaldadas por marcas reconhecidas, que
permitam inovar e satisfazer seus clientes. Como empresa líder mundial
em nutrição, saúde e bem-estar, a equipe Nestlé pro ssional tem
verdadeira paixão pelo que faz e está sempre comprometida com a
tarefa de oferecer fórmulas criativas, personalizadas e comercialmente
viáveis. (2018).
A visão da Petrobrás, segundo o Portal IBC, “seremos uma das cinco maiores
empresas integradas de energia do mundo e a preferida pelos nossos públicos de
interesse” (2018).
Um questionário para conduzir o processo de criação da visão estratégica foi
desenvolvido pelo renomado consultor e professor universitário americano Warren
Bennis (1996). Sua grande contribuição acadêmica repousa na área de liderança, e
suas pesquisas o levaram à criação de um modelo denominado SIQ (Strategic
Intention Quotient). O modelo SIQ deve ser aplicado aos colaboradores ligados à área
estratégica da organização individualmente. Deve-se pedir que os gestores das áreas
estratégicas respondam às perguntas sozinhos, o mais sinceramente possível e não
as discutam com ninguém. O modelo SIQ de Warren Bennis, conforme Lucca (2013),
foi adaptado para este material e é composto das seguintes questões:
1. A organização tem um objetivo futuro de nido?
( ) Sim ( ) Não
( ) Sim ( ) Não
( ) Sim ( ) Não
( ) Totalmente e caz.
( ) Moderadamente e caz.
( ) Regularmente e caz.
( ) Totalmente ine caz.
( ) Sim ( ) Não
( ) Consenso total.
( ) Consenso parcial.
( ) Pouco consenso.
( ) Não existe consenso.
( ) Sim ( ) Não
AUTORIA
Giancarlo Lucca
O pensamento estratégico é tão velho quanto o próprio homem. Desde os
primórdios nas cavernas, os primeiros seres humanos tinham preocupações
estratégicas em relação à sobrevivência e à continuidade da espécie. Registros em
pinturas e utensílios em pedra descobertos pela ciência historiadora há milhares de
anos já revelam uma preocupação organizacional dos homens das cavernas. Um
certo tipo de contabilidade da caça e da pesca mostra os primórdios da evolução do
pensamento estratégico.
A Década de 1960
A década de 1960 foi primordial para a expansão mundial dos conceitos de
Planejamento Estratégico. No início, tais conceitos consistiam apenas em analisar as
oportunidades, ameaças e pontos fortes e fracos de uma organização, e partir dessa
análise elaborar uma estratégia que conseguisse um bom desempenho da
organização.
Igor Ansoff
De acordo com Lucca (2013), um dos grandes responsáveis pela disseminação do
planejamento estratégico no mundo foi um professor e consultor norte-americano
chamado Igor Ansoff, sendo uma de suas principais contribuições a Matriz Ansoff de
planejamento estratégico, baseada na expansão e diversi cação empresarial por
meio de uma sequência de decisões, conforme a Figura 1.1.
Essa matriz representa algumas variáveis que Ansoff dizia poder aprimorar o
desempenho competitivo das organizações. A matriz apresenta quatro estratégias
distintas: penetração de mercado, desenvolvimento de mercado, desenvolvimento
de produto e diversi cação. Observa-se na Figura 1.1 que a matriz tem duas
dimensões, produtos e mercados; e sobre essas duas dimensões, quatro estratégias
podem ser formadas, conforme Lucca (2013):
Essa preocupação ambiental foi fortemente apresentada por Sun Tzu em “A Arte da
Guerra”, há 2.000 anos, conforme apresentamos na seção anterior, mas foi
identi cada e salientada pelos estudiosos modernos de administração em obras do
chamado planejamento estratégico.
Albert Humphrey
O conteúdo estratégico diz respeito ao objeto de análise, a quais variáveis devem ser
controladas pelos gestores a m de levarem suas organizações para uma situação
futura desejada. Muitas contribuições surgiram em relação a esta preocupação, e
uma delas é a famosa análise SWOT (Strenghts, Weaknesses, Opportunities, and
Threats), que em português signi ca respectivamente forças, fraquezas,
oportunidades e ameaças.
Esta técnica foi desenvolvida pelo engenheiro químico e consultor empresarial Albert
Humphrey (1926-2005), especializado em gestão organizacional e em mudanças
culturais nas organizações. Humphrey nasceu nos Estados Unidos e desenvolveu a
análise SWOT enquanto trabalhou no Instituto Stanford de Pesquisa, no início da
década de 1960.
A matriz SWOT, conforme a Figura 1.2, está distribuída em duas dimensões quanto ao
alcance dos objetivos: favorável (forças e oportunidades) e prejudicial (fraquezas e
ameaças). E classi cada quanto ao ambiente empresarial, como: ambiente interno
(forças e fraquezas) e ambiente externo (oportunidades e ameaças).
A Década de 1970
A década de 1970 é também conhecida como a “década de ouro” do Planejamento
Estratégico. Nesta época o crescimento dos mercados era inferior à expectativa de
crescimentos das organizações da época, e isto impulsionava a competitividade.
Michael Porter
Outro grande estudioso dos conceitos e aplicações de estratégia empresarial e
competitividade é Michael Eugene Porter. Formou-se inicialmente em engenharia
mecânica e aeroespacial, em seguida obteve um MBA e doutorado em Economia
empresarial na Harvard Business School, onde se tornou professor, com apenas 26
anos de idade.
Da mesma forma que a matriz SWOT e a matriz BCG, o modelo das cinco forças de
Porter permanece como uma grande ferramenta de diagnóstico estratégico e terá
sua aplicação detalhada futuramente.
Um dos grandes estrategistas da GE foi o consultor Jack Welch, que iniciou sua
carreira na empresa no início dos anos 1960. Em 1981, tornou-se o presidente da
companhia e realizou grandes feitos. Nos seus 20 anos como presidente da GE,
desburocratizou e aplicou diversas inovações gerenciais. A partir da gestão de Jack
Welch, o Planejamento Estratégico da Companhia tomou novos rumos. Welch
eliminou o departamento de Planejamento Estratégico da GE, pois acreditava que a
repartição havia se convertido em um elefante branco burocrático onde reinava o
comodismo. Este departamento era constituído por cerca de 200 pro ssionais. Há
relatos de que nessa época os relatórios de planejamento estratégico da empresa
ultrapassavam os 3 metros de comprimento.
A Década de 1980
Após a idade de ouro do Planejamento Estratégico, observou-se uma nova ênfase do
pensamento estratégico, com um novo olhar preocupado com a surpresa, mudança
ou antevisão de problemas de recursos ou quaisquer outros aspectos que pudessem
ter impacto na organização.
O início dos anos 1980 foi um período de recessão e muitas críticas ao Planejamento
Estratégico, que surgiram devido a diversos erros cometidos por muitas empresas,
gerando muitos prejuízos. Pensadores como Henry Mintzberg reforçavam que um
processo de planejamento estratégico rígido e in exível trazia prejuízos ao
pensamento criativo e à inovação. Para Mintzberg (2005), a estratégia deveria ser
administrada, e não apenas planejada. Surge então o conceito de “Gestão
Estratégica” em contraponto ao “Planejamento Estratégico”.
Henry Mintzberg
Henry Mintzberg nasceu em 1939 em Montreal no Canadá e atualmente é professor
na McGill University, no Quebec, Canadá, onde leciona desde 1968, após ter concluído
seu Mestrado e Doutorado em Gerência no MIT (Massachusetts Institute of
Technology) nos Estados Unidos. Mintzberg é um grande colaborador dos estudos de
estratégia empresarial, com mais de treze livros e 140 artigos publicados. Uma de
suas principais obras é o livro “A Ascensão e a Queda do Planejamento Estratégico”,
que é considerada uma leitura obrigatória para os tomadores de decisão. Nesta
publicação, Mintzberg (2005) critica algumas das práticas do planejamento
estratégico tradicional e propõe um processo mais consistente, dinâmico e contínuo
de administração estratégica.
AUTORIA
Giancarlo Lucca
Introdução
Nesta unidade estudaremos os aspectos que levaram a uma quebra de paradigma
em relação à visão estratégica empresarial moderna. Uma nova terminologia passou
a ser empregada de forma a representar mais elmente a realidade das práticas
estratégicas nas organizações contemporâneas: a gestão estratégica. Uma nova
visão de sucesso empresarial se instalou a partir da década de 1990, e metodologias
que exploram as estratégias funcionais – nanças, marketing, produção e recursos
humanos – tomaram conta do cenário estratégico a nível mundial. Com isso,
apresentaremos, além dos aspectos que justi cam essa quebra de paradigma, o
conceito e a sistemática do sistema Balanced Scorecard, sendo este o principal
modelo de gestão estratégica contemporâneo.
Bons estudos!
A Gestão Estratégica
AUTORIA
Giancarlo Lucca
O termo “Gestão Estratégica” vem sendo utilizado na literatura estratégica desde a
década de 1980, pelo entendimento de que o termo “Planejamento Estratégico” está
superado. Alguns autores de livros publicados recentemente com o título
“Planejamento Estratégico” a rmam que esta mudança de terminologia não
representa grandes mudanças substanciais, mas, a meu ver, esta é uma análise
super cial do estudo estratégico. Existem diferenças substanciais sim, e esta
diferença está nos termos, nas práticas e na motivação para exercer a estratégia nas
organizações.
AUTORIA
Giancarlo Lucca
A década de 1990 marcou as crescentes críticas aos sistemas de medição de
desempenho tradicionais com enfoque puramente em indicadores nanceiros. A
grande motivação para estas críticas tem sido as mudanças ambientais ocorridas
principalmente após a Segunda Guerra Mundial.
Quando se diz que as medidas nanceiras não são su cientes para medir o
resultado organizacional por completo não signi ca que devemos descartá-las, pelo
contrário, acredita-se que essas medidas precisam ser combinadas com métricas
que revelem o desempenho das ações produzir resultados.
Para Kaplan e Norton (1997), o avanço das tecnologias de informação para suportar
os negócios organizacionais possibilitou o que os autores denominam “Novo
Ambiente Operacional”, de nido por algumas características conforme os itens a
seguir:
O Balanced Scorecard, também conhecido pela sigla BSC, foi desenvolvido por
David Norton e Robert Kaplan na década de 1990 com o título original Measuring
Performance in the Organization of the Future.
No início, este estudo foi desenvolvido pela crença de que os sistemas de medição
de desempenho convencionais estavam se tornando utrapassados por utilizarem
apenas métricas que contemplavam os ativos tangíveis da empresa e os índices
contábeis e nanceiros. De acordo com Kaplan e Norton (1997), os ativos intangíveis
precisam ser considerados tão relevantes quanto os ativos tangíveis, por
possibilitarem os seguintes aspectos:
Os resultados dos estudos realizados por David Norton e Robert Kaplan, e seu grupo
de pro ssionais e estudantes, foram resumidos por Kaplan e Norton (1992) no artigo
“The Balanced Scorecard – Measures that drives performance”. Em seguida
originou-se o modelo balanceado de avaliação de desempenho – o Balanced
Scorecard (BSC).
As Estratégias Funcionais
e sua Inter-relação
AUTORIA
Giancarlo Lucca
O balanceamento da estratégia partiu da ideia de um sistema de avaliação de
desempenho (scorecard) de múltiplas dimensões, que incorporasse índices
nanceiros e não nanceiros, medidas de ocorrência e de tendência, visando aos
desempenhos interno e externo da empresa. O principal intuito foi oferecer um
sistema de avaliação de desempenho apto a medir o desempenho organizacional
sob quatro perspectivas: perspectiva de nanças, perspectiva do cliente, perspectiva
dos processos internos e perspectiva do aprendizado e crescimento. O método
básico apresentado por Kaplan e Norton (1997) é baseado nos seguintes
questionamentos:
O que é importante frisar é a relação de sinergia que deve existir entre tais
perspectivas. Existe uma relação de causa e efeito entre as perspectivas básicas do
BSC, uma sinergia natural que faz com que os resultados obtidos em uma
conduzam o desempenho da outra. Por exemplo: considere os índices de
faturamento de uma organização (perspectiva nanceira), que poderá aumentar ou
diminuir dependendo do índice de captação, retenção e satisfação dos clientes
(perspectiva do cliente). Um cliente insatisfeito não retornará à empresa, e isso
in uenciará diretamente a área nanceira, da mesma forma que o índice de
qualidade, produtividade e con abilidade dos processos (perspectiva dos processos
internos do negócio) condicionam a satisfação dos clientes e determinam a imagem
da organização no mercado. Agora, imagine como os índices de competência,
motivação e satisfação dos colaboradores (perspectiva das pessoas) podem
in uenciar na qualidade, produtividade e con abilidade dos processos (perspectiva
dos processos).
A Estratégia Financeira
O surgimento do modelo BSC teve como principal motivação a obsolescência dos
sistemas convencionais de avaliação de desempenho com ênfase puramente em
métricas contábeis e nanceiras, considerando a sua incapacidade de direcionar o
desempenho da empresa para os objetivos estratégicos, pois tais métricas somente
podem demonstrar o resultado de decisões do passado. Entretanto, o BSC não
descarta as medidas nanceiras, pelo contrário, Kaplan e Norton (1997) advertem
que desenvolver um BSC é um incentivo para as unidades de negócio relacionarem
seus objetivos nanceiros à visão estratégica da organização. Com isso, as métricas
nanceiras são evidenciadas dentro da perspectiva nanceira do BSC, servindo
como meta principal para os objetivos e métricas das outras perspectivas, que
poderão conduzir o desempenho da empresa.
Temos que ter em mente que a perspectiva nanceira deve apresentar os resultados
das escolhas estratégicas feitas em outras perspectivas, enquanto, paralelamene,
estabelece vários dos objetivos de longo prazo, que serão as regras e diretrizes
básicas para as demais perspectivas. Dessa forma, percebe-se que a seleção de uma
métrica de desempenho nanceiro implica a avaliação de sua relevância na cadeia
de relações de causa e efeito que geram a melhoria do desempenho nanceiro da
organização.
A Estratégia Mercadológica
Enquanto os objetivos e as metas da perspectiva de nanças são conduzidas à
geração de valor para os investidores e mantenedores, a estratégia de marketing
(referida como perspectiva dos clientes no BSC) dá ênfase à satisfação das
necessidades e expectativas dos clientes. Esta perspectiva apresenta as formas pelas
quais o valor agregado dos bens e serviços deve ser criado para os clientes,
mediante o entendimento de como a demanda do cliente por este valor deve ser
satisfeita e o motivo pelo qual o cliente irá pagar por ele.
A Estratégia Operacional
Conforme com a relação de causa e efeito estabelecida entre as dimensões do
Balanced Scorecard, observa-se que a dimensão nanceira preocupa-se com o
alcance das expectativas dos investidores e mantenedores; e a dimensão do cliente
enfoca a satisfação, retenção, captação e lucratividade dos clientes, responsáveis
pelo desempenho nanceiro da organização; com isso percebe-se que a dimensão
dos processos internos é responsável por constituir a base que irá suportar o alcance
dos objetivos das dimensões do cliente e nanceira.
A estratégia operacional (tratada como dimensão dos processos internos no
Balanced Scorecard) defende a ideia de que os gestores devem mapear os
processos internos críticos nos quais a organização deve alcançar a excelência, de
forma a atender os objetivos dos clientes e dos investidores e mantenedores. O ideal
é que a formulação dos objetivos e indicadores para os processos internos ocorra
após a de nição das dimensões nanceira e do cliente. Com a dimensão dos
processos internos, dois aspectos fundamentais que diferenciam o Balanced
Scorecard dos sistemas de avaliação convencionais cam evidentes:
O processo de inovação visa identi car as necessidades atuais e futuras dos clientes-
alvo, para que se possa desenvolver os processos que irão resultar nos bens e
serviços que deverão satisfazer tais necessidades e expectativas.
O processo de serviços de pós-venda deve ser composto por uma série de serviços
ao cliente após a efetivação da compra. Nesta etapa, con gura-se a imagem e a
reputação da organização na cadeia de valor do cliente. Estes serviços geralmente
incluem treinamentos, garantias, consertos, devoluções e processamento de
pagamentos.
A Estratégia de Pessoas
A estratégia de pessoas (referida como dimensão do aprendizado e crescimento no
Balanced Scorecard) tem por objetivo conservar as competências e capacidades da
organização, e garantir a sua renovação ao longo do tempo. Nesta dimensão, a
empresa deve, além de considerar as ações necessárias para manter e desenvolver o
know-how necessário para a produção focada nas necessidades e expectativas dos
clientes, desenvolver as competências necessárias para garantir a efetividade dos
processos críticos que criam valor para os clientes.
Para Kaplan e Norton (1997), esta dimensão sustenta a infraestrutura necessária para
que a empresa possa gerar crescimento e melhoria em longo prazo, por meio de
três fontes principais: pessoas, sistemas de informação e procedimentos
organizacionais. Para o alcance dos objetivos estratégicos desejados no futuro, as
empresas devem investir em treinamento de colaboradores, aperfeiçoamento dos
sistemas/tecnologias de informação e alinhamento entre os procedimentos e rotinas
organizacionais.
CONECTE-SE
ACESSAR
O Balanced Scorecard e sua
Sistemática
AUTORIA
Giancarlo Lucca
Kaplan e Norton (1997) informam que, a partir da aplicação do Balanced Scorecard
em algumas organizações, observou-se que, mais que um sistema de avaliação de
desempenho, o Balanced Scorecard poderia ser usado como uma metodologia de
gestão estratégica. Isso porque os autores observaram que, além de monitorar os
resultados da organização, o Balanced Scorecard poderia mapear os processos
estratégicos críticos, para que a organização obtivesse altos índices de desempenho.
REFLITA
Livro
Unidade 3
A Estratégia na Prática
AUTORIA
Giancarlo Lucca
Introdução
As duas primeiras unidades construíram os conceitos teóricos necessários para que
pudéssemos entender as práticas do planejamento estratégico contemporâneo
(gestão estratégica). Nesta unidade, apresentaremos o detalhamento das etapas da
gestão estratégica: de nição da equipe de trabalho; processo de orientação
estratégica; processo de diagnóstico estratégico; processo de direção estratégica;
processo de medição estratégica; planos de ação estratégicos.
Bons estudos!
Como Aplicar as Etapas da
Gestão Estratégica
AUTORIA
Giancarlo Lucca
O pensamento estratégico nasce com o empreendedor, quando este decide
empreender um projeto. À medida que seu empreendimento cresce, as variáveis
competitivas fogem ao seu controle, e o empreendedor se afasta do “front” de
batalha, de modo que outros colaboradores assumem postos importantes para as
áreas estratégicas do empreendimento. Assim, surge a gura do gerente nanceiro,
para cuidar dos uxos de recebimentos, pagamentos e focalizar o aumento da
riqueza e do patrimônio da organização. Surge, também, a gura do gerente
comercial para expandir a participação da organização no mercado, fortalecer a
marca, captar novos clientes, delizar os clientes atuais e garantir a sua satisfação.
Além disso, surge a necessidade de um gerente de operações para cuidar da
e cácia e e ciência dos processos internos, e, muitas vezes, surge a necessidade de
um gerente de pessoas ou recursos humanos para garantir a competência e
produtividade do capital humano da organização. Dessa forma, nasce uma equipe
estratégica multifuncional. Entretanto, muitas organizações não se atentam para
isso. Algumas organizações criam feudos, ao invés de áreas estratégicas, por não
considerarem a relação de causa e efeito entre estas áreas, e sofrem com disputas
internas gerando uma perda de energia considerável.
Nossa sugestão é que a equipe estratégica não seja muito numerosa, pois quanto
maior o número de pessoas, mais difícil será o processo de obtenção de harmonia e
sinergia do grupo. Cinco membros é um bom número, sendo eles: o líder da
estratégia, o representante da área nanceira, o representante da área comercial ou
de marketing, o representante da área de operações, e o representante da área de
pessoas ou recursos humanos. A tabela a seguir mostra o formulário para formação
da equipe estratégica. O Formulário 1 é útil para identi car cada um dos
participantes da equipe estratégica pelo registro do nome, área de atuação e o
cargo na organização.
Quadro 3.1 – Formação da Equipe Estratégica
LÍDER DO PROJETO
Nome:
Área de Atuação:
Cargo na
Organização:
Nome:
Área de Atuação:
Cargo na
Organização:
Nome:
Área de Atuação:
Cargo na
Organização:
Nome:
Área de Atuação:
Cargo na
Organização:
Área de Atuação:
Cargo na
Organização:
Valor 1;
Valor 2;
Valores Valor 3;
Valor 4;
Valor 5.
A Análise SWOT
A matriz de forças, fraquezas, oportunidades e ameaças (SWOT), proposta por Albert
Humphrey no início da década de 1960, é uma técnica praticada há décadas e tida
como uma das mais importantes ferramentas de diagnóstico estratégico. O
processo de gestão estratégica balanceada precisa desta ferramenta para o
entendimento dos fatores estratégicos que precisam ser impulsionados,
minimizados, aproveitados ou neutralizados. O desenvolvimento da matriz SWOT,
pela equipe estratégica, deverá ocorrer em reuniões especí cas para trabalhar as
forças, fraquezas, oportunidade e ameaças, primeiramente de forma independente
e depois de forma conjunta.
A correlação dos pontos fortes aos fatores críticos de sucesso dos objetivos de
impulsionar ou manter, é muito importante durante o processo de análise das
forças, para que a equipe consiga visualizar os problemas e também as alternativas
de solução.
O formulário 5 é destinado a compilação dos dados obtidos com a análise das forças.
Economia Favorável
Abertura de mercados internacionais
Clima favorável
Aumento da população
Aumento do público-alvo da organização
Aumento da demanda dos produtos
Mudanças favoráveis nas necessidades e expectativas dos clientes
Geralmente, as oportunidades ocorrem para todo o segmento competitivo da
organização e, sendo assim, todos são bene ciados em maior ou menor grau. O
estudo das oportunidades pela equipe estratégica também seguirá o mesmo
padrão de trabalho do estudo das forças e fraquezas. A equipe estratégica precisa
realizar uma reunião de brainstorming para analisar as oportunidades e deve
responder aos seguintes questionamentos:
Economia desfavorável.
Aumento da concorrência no segmento de atuação.
Invasão de produtos oriundos de mercados internacionais.
Aumento de impostos e retirada de subsídios governamentais.
Clima desfavorável, catástrofes naturais etc.
Redução da população e do público-alvo da organização.
Redução na demanda dos produtos.
Mudanças desfavoráveis nas necessidades e expectativas dos clientes.
Da mesma forma que ocorre com as oportunidades, normalmente as ameaças
ocorrem para todo o segmento competitivo da organização e, sendo assim, todos
são prejudicados em maior ou menor grau. A equipe estratégica precisa realizar
uma reunião de brainstorming para analisar as ameaças e deve responder aos
seguintes questionamentos:
O Formulário 9 é destinado à análise dos dados obtidos com a análise das ameaças.
O principal objetivo desta análise, é encontrar os meios para eliminar ou, pelo
menos, minimizar os efeitos das ameaças do ambiente externo.
FATORES
AMEAÇAS OBJETIVO NEUTRALIZAR/
CRÍTICOS DE
PRIORITÁRIAS TRANSFORMAR OPORTUNIDADES
SUCESSO
Web
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As Cinco Forças de Porter
AUTORIA
Giancarlo Lucca
Uma ferramenta importante que complementa o diagnóstico da matriz SWOT, é o
diagnóstico das cinco forças competitivas de Michael Porter, conforme apresentado
anteriormente.
Um estudo realizado quase duas décadas depois da matriz SWOT, especi camente
em 1979, propôs um modelo de diagnóstico estratégico em torno de cinco forças
competitivas: a rivalidade entre os concorrentes, o poder de barganha dos clientes, o
poder de barganha dos fornecedores, a ameaça de novos entrantes e a ameaça de
produtos substitutos. Assim, Porter formulou essa ferramenta que possibilita a
compreensão do posicionamento estratégico da organização em relação às
principais forças que regem o mercado, sendo indispensável para o sucesso do
projeto de gestão estratégica balanceada.
Minha organização
Concorrente A
Concorrente B
Concorrente C
Concorrente D
O Formulário 11 é composto por oito colunas e quantas linhas forem necessárias para
relacionar os principais concorrentes. É interessante que a primeira linha seja
destinada a organização em estudo, pois ela precisa entrar nos mesmos critérios de
comparação que os outros competidores. A primeira coluna é para identi car os
principais concorrentes pelo nome. A segunda coluna é para quanti car o peso (0-
10) da atuação do concorrente referente ao preço. A terceira coluna para identi car o
peso do concorrente referente a sua qualidade de produto. A quarta coluna
referente ao peso do ponto de distribuição. A quinta coluna referente ao peso do
concorrente pela publicidade que pratica. A sexta coluna é relativa ao peso pela
inovação. A sétima coluna é referente ao peso pela participação no mercado e a
oitava coluna é referente ao peso pela lucratividade da organização.
PREÇO
PRODUTO
PONTO DE DISTRIBUIÇÃO
PUBLICIDADE
INOVAÇÃO
Muito bem, agora que temos os formulários para realização da análise da força da
concorrência, podemos seguir para o diagnóstico da segunda força proposta por
Porter: os clientes.
Segmento 1
Segmento 2
Segmento 3
Segmento 4
Segmento 5
Segmento 1
Segmento 2
Segmento 3
Fornecedor 1
Fornecedor 2
Fornecedor 3
Fornecedor 4
Fornecedor 5
Fornecedor 1
Fornecedor 2
Fornecedor 3
Fornecedor 4
Fornecedor 4
AVALIAÇÃO (0-10)
FORNECEDORES
EMP. A B C
Volume comercializado
FATORES CRÍTICOS DE
FORNECEDORES
SUCESSO
Volume comercializado
Outros fatores
Produto A
Produto B
Produto C
AUTORIA
Giancarlo Lucca
Após muito estudo organizacional, chegou a hora da equipe estratégica transformar as ideias em ações
concretas de competitividade e melhoria de desempenho. As etapas de orientação e diagnóstico
estratégico, discutidas na seção anterior, são necessárias para criar as bases do conhecimento para o
desdobramento da direção estratégica. Esta etapa tem enfoque no ciclo de objetivos e metas, que são
embasados pelas diretrizes já diagnosticadas. Neste ciclo, a periodicidade sugerida é semestral e o
processo de materialização de ideias é prático. A gura ilustra o desdobramento dos objetivos e metas
pelo processo de direção estratégica.
Na gura, observa-se que a formação da visão estratégica é pautada na missão e nos valores da
organização. Tendo-se a visão estratégica clara, é necessário diagnosticar as variáveis estratégicas que
impactam na competitividade e no ambiente da organização. Ao realizar este diagnóstico, registram-se os
fatores críticos de sucesso para cada uma destas variáveis: forças, fraquezas, oportunidades; ameaças;
poder de barganha dos clientes; poder de barganha dos fornecedores; potencial competitivo dos
concorrentes; barreiras para novos entrantes; ameaças de produtos substitutos; dimensões da qualidade
dos bens; dimensões da qualidade dos serviços prestados; crescimento e participação do mercado dos
produtos. O entendimento claro da visão estratégica organizacional somada ao conhecimento dos fatores
críticos de sucesso obtidos pelo diagnóstico das variáveis, irá permitir à equipe estratégica mapear os
objetivos, indicadores e metas necessários ao alcance desta visão.
É importante saber que um objetivo deve iniciar sempre com um verbo para denotar uma ação e, mesmo
que este termo pareça redundante, um objetivo deve ser conciso, factível, realizável no prazo esperado, ter
um indicador ou vários indicadores associados e ter metas associadas aos indicadores e ao objetivo. Para
que a direção estratégica ocorra de forma balanceada, é necessário o desdobramento dos objetivos de
acordo com as áreas estratégicas funcionais: nanças; marketing; operações; e pessoas. O Formulário 20
permite o desdobramento dos objetivos e metas, bem como a associação dos indicadores de
desempenho necessários ao acompanhamento, conforme ilustra o quadro.
Quadro 3.20 - Objetivos e Metas Estratégicas
OBJETIVO: _______________________________________________________________
Indicadores de Acompanhamento
Unidade Objetivo Valor Mínimo
Responsável
Indicador Periodicidade de (aumentar Meta ou Máximo
pela
Medida ou reduzir) de Aceitação
Medição
Para elucidar melhor o desdobramento dos objetivos e metas, vamos criar um exemplo de objetivo
relativo ao aumento do volume de receitas. O quadro 3.21 mostra um exemplo tomando por base o
Formulário 20.
Quadro 3.21 - Exemplo de Objetivo e Meta Financeira
Indicadores de Acompanhamento
Valor
Objetivo Mínimo
Unidade
(aumentar ou Responsável
Indicador Periodicidade de Meta
ou Máximo pela
Medida
reduzir) de Medição
Aceitação
Supervisor
Variação do
Mensal % Aumentar 30% 10% de
Faturamento
Faturamento
Índice de Supervisor
Semanal % Diminuir 0% 10%
Inadimplência de Crédito
No exemplo apresentado, o objetivo é aumentar em 30% a receita do produto “A” na região sul do país. A
realização deste objetivo está associada a dois fatores: aumentar o faturamento do produto e reduzir sua
inadimplência. Para acompanhar o alcance desta meta, serão necessários dois indicadores:
A variação do faturamento mensal: este indicador terá como meta chegar a 30%, o objetivo é
aumentar e o valor mínimo aceitável é de 10%. O responsável pela medição será o supervisor de
faturamento da empresa.
O índice de inadimplência: este indicador terá como meta chegar a 0% de inadimplência, o objetivo é
reduzir e o valor máximo aceitável é de 10%. O responsável pela medição será o supervisor de crédito
e cobrança da empresa.
O Processo de Medição
Estratégica
AUTORIA
Giancarlo Lucca
Há muito tempo se ouve que não se pode gerenciar algo que não se tenha controle, e o
controle depende da medição de desempenho. De certa forma, a medição de desempenho já
iniciou no momento da de nição dos indicadores de desempenho e suas características:
unidades de medida, periodicidade, metas, valores máximos e mínimos, responsáveis etc.
Nome do Indicador:
Periodicidade:
Unidade de Medida:
Objetivo:
Meta:
Valor Aceitável:
Responsável:
Dados da Medição
As Ações Estratégicas
Após a de nição de objetivos e metas para as áreas estratégicas da organização, bem como a
criação dos indicadores de desempenho para o acompanhamento destes direcionamentos,
esta etapa é muito importante, pois é a materialização da estratégia. A de nição apenas dos
objetivos e metas não é su ciente, é necessário colocá-los em prática reunindo estes objetivos
em um plano de ação bem especi cado. A ferramenta 5W2H (What, Why, Where, When, Who,
How e How Much) é muito utilizada para realizar planos de ação, e será utilizada neste modelo
de gestão estratégica pela equipe de trabalho para formalizar a realização dos objetivos
propostos. O modelo de plano de ação é ilustrado pela tabela 3.23 por meio do Formulário 22.
Tabela 3.25 – Plano de Ação 5W2H
HOW
WHAT WHY WHERE WHEN WHO HOW
MUCH
What (objetivos): esta coluna apresenta todos os objetivos mapeados pelos Formulários
28, 29, 30 e 31, cada um dos objetivos terá uma linha correspondente no plano de ação.
Resumindo, esta coluna deverá dizer o que precisa ser feito.
Why (por quê?): esta coluna apresenta a justi cativa do objetivo apresentado na coluna
anterior e deverá responder o porquê do objetivo ser importante.
Where (local de aplicação): esta coluna informa o local de aplicação do objetivo, por
exemplo: no departamento de vendas, na lial da região sul, na equipe de
desenvolvimento de sistemas.
When (previsão): esta coluna atribui um prazo para realização do objetivo proposto na
primeira coluna.
Who (responsável): esta coluna atribui um ou mais responsáveis pela execução do objetivo
proposto na primeira coluna.
How (ações): esta coluna inclui o detalhamento do processo para atingir o objetivo
prede nido, ou seja, as atividades necessárias para realizar o objetivo.
How Much (custo estimado): nesta coluna atribui-se o valor estimado a ser gasto na
realização do objetivo.