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A agregação das teses de Marx às ciências do espírito invertem o seu espírito. Uma das mais
engenhosas deste tipo de agregação foi a de Karl Mannheim, em Ideologia e Utopia, cuja sociologia
do conhecimento seria uma história intelectual suprapartidária (p.1). Mannheim divide o conceito
ideológico em um conceito particular – o que vê nos opositores uma ocultação de interesses, portanto,
um ato psicológico – e o total, em que a visão de mundo e a forma de ver este mundo do adversário é
totalmente colocada em pauta, e é deste tipo de formulação que se deriva a crítica de falsa consciência
de classe (p.2).
O conceito total de ideologia teria aparecido inicalmente com Marx por meio do conceito de
consciência de classe, restrito aos opositores, sendo portanto, a versão “especial” do argumento. Aú
surge o tipo “geral” de Mannheim, que trata não da consciência burguesa, mas de qualquer grupo
social: grupos sociais tem conjuntos específicos de pensamento, historicamente relacionada à sua base,
mas em constante contarto com outras formas, no que foi denominado comorelacionismo. O
Sociologo deve apenas examinar essas diferentes visões. O que guia o sociólogo do conhecimento é o
grau de relação entre as idéias e o momento histórico do grupo social em questão(p3) Esta
sociologiabuscaria fazer um diagnóstico de época, liberando o homem de seu passado (p.5)
Enquanto Mannheim depende de um conceito dogmático de metafísica, Marx queria, de uma vez por
todas, acabar com ela. Ideologia seria apenas a forma que as classes elevadas criaram para pacificar as
classes inferiores. A história é apenas o resultado de contradições múltiplas, inconscientes,e o
materialismo, por excelência, caracteriza a situação deprimente do estado de coisas humano (p.10),
sendo que o contrário é o que se apresenta na teoria de Mannheim, dependente de uma visão
ontológica estacionária, que inclusive já foi demolida por filosofos como Heidegger, a ponto dele ter
que se defender, repetidamente, de uma possível crítica de relativismo, salvadno seu conceito de
ideologia da crítica, defendedo que, no fundo, esta própria crítica seria apenas uma “posição
particular” (p.11) quando, para ele, uma particularidade seria, de fato, a relação de uma posição de
vista em relação à realidade eterna. A sociologia do Conhecimento, pois, estaria neste meio-de-
caminho para o conheicmento eterno, ainda que dependesse de um pragmatismo frouxo para realizar
seus julgamenetos. Mannheim faz um histórico do conceito de ideologia que culmina em sua versão,
generalizado ao extremo, mas nem por isso tornanod-se um conceito mais afiádo ára a análise da
realidade(p;12)
Logo de cara, através da despolitização do conceito, a ideologia perde determinação e, além disso, por
depender de uma correspondência entre fatos e visão, e não de uma influência direta dos fato, criando
um caráter discursivo-filosófico dogmático (p.13). Sai de campo a psicologia dos interesses e a
psicologia genérica, e entra um processo de correspondência ocgnitiva mal explicado, meramente
formalista, típico-ideal (p.14) que decerto, em contraposição a uma análise local, histórica, de
indivíduos, extrapola conexões espirituais para uma totalidade, realizando um passo cuja realidae – da
dependência dos fatores materiais – não pertmite-nos imaginar leis formais (p.15)
Ao relembrar a que os grupos sociais em disputa se agarram a suas idéias específicas, Mannheim
deixa de apresentar uma explicação cogente para o fato, apresentando a disputa como que num texto
literário rego em que para além das gerras terrenas, há uma guerra olímpica, espiritual . Na transição
do conceito particular para o conceito particular, a ideologia perde sua base existencial e, daí para
diante, é usada como uma categoria genérica, sginificando apenas uma falta de adequação à verdade
eterna (p.16)
Na verdade, versão especial de Mannheim depende da teoria da estratificação social marxista que, se
levada a serio, deveira ser contestada por ele (p.17). Ao dizer que deve-se tratar da “respectiva
situaçãosocial do ser”, ele passa ao largo dos conceitos de Troeltsch sobre o social, que o tornariam
mais próximo do materialismo histprorico, transcendendo-a.(p18). Todo o foco gira em torno do
caráter contemporâneo de uma ideia e uma relação social como mais realista, e não sobre como uma
determinada relação social criou u grupo de idéias, fornecendo uma visão unilateral e que deixa de
lado o mais importante de uma análise da sociedade, sem se preocupar com as dores da viséria
verdadeira, ocupando-se idealisticamente com questões espirituais, que podemos ver, por exemplo, na
análise de Mannheim acerca do conervadorismo alemão,que se limit a questões de estlo e visçao de
mundo (p.19).
Ao usar um conceito marxista dentro do universo da filosofia do espírito, tudo o que Mannheim
consegue é se aproximar daqueles próprios filosofos que ele próprio critica: aqueles que se preocupam
persistentemente com assuntos de uma esfera mais elevada, dos quais ele apenas se distingue por
adaptar agumas parcelas da teoria marxista à sua teoria (p20)
A filosofia social está no centro contemporâneo do interesse intelectual, para Horkheimer, ms ela
sofre dos mesmos problemas que outrs empreendimentos inelectusis e científicos, e é pouco
porveitoso tentar, por exemplo, encontrar os limites de cada disciplina individual. Filosofia Social é
aquela que se preocupa com o destino humano, social, não-individual, e deve se ocupar das conexões
humanas vists na cultura material e espiritual humana (p.121).
Ela se desenvolvel no idealismo alemão, em especial em Hegel, ainda que a filosofia kantiana já
tivesse uma preocupação social, mas era baseada na personalidade singular do indivíduo racional que
constitui cada esfera da cultura. No idealismo posterior a kant desenvolve-se a questão da tensão entre
razão autonoma e indivíduo empírico, caindo numa espécie de auto-reflexão. Apenas Hegel ultrapssa
essa visão introspectiva, entendendo que a essência dos sujetos se dá na história, realizada pelo
espírito absoluto, através da preponderância dos povos dominantes, constituindo o que entendemos
como filosofia social, uma compreensão filosófica da realidade coletiva total (p.122). Hegel, apesar de
entender o desenvolvimento do espírito do mundo como resultado de confronto entre ideias concretas
e espírito dos povos, também faz a análise dos interesses individuais como propulsores da realidade, e
neste sentido, os mais inteligentes “fazem o que tem que ser feito”. Esses interesses, mediados pelo
ambiente de cooperação na sociedade civil, atingindo fins particulares que, com a relação com outros
fins articulares, forma, na universalidades, os fins coletivos, donde surge o Estado (p. 123).
Sabendo-se que a história se realiza nesse poço de contradições criadoras de desgraças, a filosofia
surge, segundo Hegel, como uma transfiguração do real, onde a essência do homem se concretiza na
vida dos povo e no Estado, o indivíduo so seria real enquanto vive no todo. Quando seu sistema caiu
em em descrédito, a sociedade individualista seguiu adiante, sem necessitar de nenhuma filosofia
(p.124), mas, eventualmente, o “formigar do arbítrio” gerou tantas contradições que a filosofia
pessimista de Schopenhauer viu o seu auge de popularidade. A disparidade entre o objetvo da felicidad
eindividual e a realidade tétrica acabaram por chamar de volta à baila a filosofia social em diversas
roupagens, como o neokanismo de marburgo e seu homem como elemento e membro de pliralidades a
se realizar na totalidade de ciclos de sua existência, como na filosofia de Hermann Cohen e Othmar
Spann, em que unidades suprapessoais históricas são o locus de realizzação dos seres humanos, seja
nas filosofias da moral e do direito contrapostas ao positivismo, nas eorias como a de Kelsen,
indivualista e relativista (p.125), seja nas filosofias formalistas do valor ou nas teorias
fenomenológicas.
Autoridade e Família
a)Cultura
Horkheimer aponta para a fundamentação diversificada para o fatiamento dos períodos históricos. A
divisão antiguidade, idade-média e modernidade adveio dos estudos literários, ainda que o preconceito
iluminista contra a idade das trevas seja contradito pelos avanços técnico-científicos da época (p. 175),
e outras periodizações, como a dos padres da igreja – tendo a imagem apocalíptica como fim – e a da
reconstrução da humanidade no início de uma nova era na Revolução Francesa mostram bem a
hipertrofia do fator subjetivo no direcionamento dos recortes (p. 176).
Uma leitura advinda dos estudos históricos especializados, individualizados, facilitou o terreno para
interpretações facilitou a demarcação dos períodos, que são, por exemplo, subdivididos em três no
caso de Augusto Comte,que usou uma interpretação absolutizante e dúbia das ciências naturais. Essa
convicção acerca da relativa tranqulidade de algumas épocas sociais se mantém através do idealismo
alemão, e foi aperfeiçoada pela economia política crítica e biografias de peso (p.177). Horkheimer
propõe, contra seus antecessores idealistas – que dependiam de uma auto-revelação espiritual, que
define o devir histórico -, uma leitura materialista, não fatalists com foco na nas modificações
estruturais da psique dos homens pari passu as modificações das estruturas econômicas (p. 178). Os
momentos histórico-sociais, conforme vistos pelos filósofos da história e dos sociólogos clássicos –
em seu contexto dual de dependência de grandes formações sociais antigas e sobressaltos históricos de
evolução por conta dos problemas modernos – não são conservados , estruturalmente, já que, na
cultura, há tanto caracterísiticas conservadoras, que repetem mecanicamente os padrões atuais, quanto
forças que alteram a sociedade (p.179)
A crítica a este conceito de cultura, de que, de fato, a força concentrada das classes altas,e não a
cultura, seria a “argamassa” que mantem o edifício social em pé é absorvida na exposição
horkheimeriana por meio do uso de Nietzsche, que via na violência coativa as fontes das instituições
que mantinham a ordem cultural estabelecida, sublimada em civilização (p.182) . Como, pois, a
violência não é a única fonte da manutenção da ordem, a mudança da pesquisa histórica deve ser
direcionado para toda a história civilizacional, tendo como base o materialismo (p. 183).
A relação religiosa com o Divino, a moral,a arte, até mesmo a sexualidade e a família, apesar de
serem informadas pela experiência material, geram representações na pisuqe individual que podem, ao
fim e ao cabo, criar uma oposição ao status quo, devendo, portanto, ser entendidos de acordo com a
época em que ocorrem, de maneira dinâmica (p. 184). Portanto, o momento histórico deve indicar a
importância de todos os aspectos teóricos. Há momentos de lassidão social propícios à revolução, mas
estes são raros. Os indivíduos seriam paralizadas pelo medo diante de um fortalecimento dos aparelhos
culturais conservadores num período de forte restauração (p.185)
Exemplos desse medo institucionalizado e de fé conservadora, moldados por podem ser estudados no
oriente. O culto ao antepassado na China (p.186) e o sistema de castas indiano (p.187), ainda que
consolidações culturais das formas econômicas comparativamente atrasadas, influenciam a psique dos
indivíduos, tornando-se, com o tempo, um entrave à mudança social (p.188). Essa resistência cultural
se dá, pois, em determinados contextos, com reações individuais, que são reais enquanto são
realizados em hábitos (p.189) .
As leituras subjetivas e objetivistas sobre instituições culturais são válidas apenas relativamente, já
que houve momentos históricos que sublinharam elementos por elas destacados, e são, pois, sustentada
por seu caráter evolucionista , mecanicista, dependente de uma metafísica. Elas não coseguem
entender que há tantp o caráter de permanência quanto a pressão revolucionária dentro da estrutura
social (p.190). A mudança depende, portanto, de grupos que transformam o conhecimento em poder ,
já que, na aceitação da autoridade, na ideologia dominante, há tanto o combustível para a revolução
quanto para a conservação (p.191).
b)Autoridade
Horkheimer, voltando-se para a análise histórica, assinala que a questão do autoritarismo, ainda que
premente naquele tempo pela transformação de regimes políticos em direção a este, tem importância
para o estudo geral da história até então (p.191). As sociedades, de modo geral, são divididas em
classes, em dominados e em dominantes, numa diferenciação que depende da relação de domniação de
uma soicedade em questão e que, pelos mecanismos sociais, influencia, para além das ideias, as
próprias volições íntimas dos indivíduos – lembrando que, tirando os casos em que a escravidão foi
historicamente importante, a dominação se deu com anuência dos dominados (p. 192)
O fato de que a teorização deste conceito gera contradições se explica pela dependência histórica das
teorizações, podendo a ação autoritária ter, por um lado, suas bases em interesses reais dos membros
de uma sociedade e, por outro, ter um caráter relativo, tanto impelindo o progresso quanto impedindo
a transformação, ou seja, se apresentando de acordo ou contra as potências humanas (p.193). O
dinâmica de poder, seja crescente ou decrescente, das autoridades seria, portanto, uma importante
chave para o desenvolvimento histórico: quando muito incutida numa sociedade, seja pela via
consciente ou pela inconsciente, uma relação de dependência em declínio revela a fragilidade de uma
determinada estrutura social (p. 195).
A mentalidade burguesa, surge como antiautoritária, e termina por endeusar a autoridade. Neste
contexto, a filosofia de Descartes seria um exemplo de batalha contra a autoridade, assim como os
iluminismos de França e Inglaterra lutavam contra a teologia, mantendo a idéia de Deus intocada
(p.195). Apesar de a tensão entre essa visão antiautoritária e a aceitação ao mundo dado, que perpassa
a mentalidade da burguesia, surgir em Fichte , em meio ao romantismo(p.197), vê-se essa
possibilidade de transformação de pares antitéticos no caso do protestantismo e também no
pensamento individualista que surgiu com a quebra do modelo feudal, sendo Leibniz e a sua filosofia
das mônadas em que a felicidade é internamente criada, independente do exterior (p. 198),num
procedimento em que os indivíduos, por uma posição metafísica a prior, não dão atenção às
consdições sociais reais: na idade média, entendia-se que a divisão de classes não era criada por Deus,
agora, deve-se aceitar todas as amarras sociais como se fossem criadas pelo Divino. Em outras
palavras, o indivíduo é entendido idealisticamente (p. 199).
Enquanto a filosofia liberal sublinhava a criatividade genial do empresário, mesmo ele, mesmo os
gerentes industriais, tomam decisões num ambiente socialmente direcionado, ou seja, de modo
nenhum livre (p.200). Mesmo numa situação em que não há mais uma alta concorrência, mas uma
situação de trustes e monopólios, o grande dirigente, que navega numa situação econômica não mais
interpretável, também experiencia a realidade como aceitação, como submissão, num ”destino sem
sentido” (p. 201). Tomando decisões que em larga escala definem a vida das massas, os líderes
empresariais, no fundo, submetem-se a um sistema econômico irraconal alçado à posição de divindade
(p. 202).
No fim das contas, a teoria do indivíduo produtor de seu destino desemboca na situação de crueldade
da economia, sendo os desempregados e sua prole relegados à prisão pelo Édito de 1618 do Grande
Eleitor, ou pela visão favorável do trabalho infantil por Frederico, o Grande (p. 203). Ideias mais
progressistas surgiriam, no seio do liberalismo, apenas com Turgot, assim como uma visão mais
crítica do trabalho, apenas com Voltaire. E, para Horkheimer, não se coloca em questão uma discussão
de história das idéias, mas sim a problemática real, trabalhista, que advém, em última instância, da
predominância do contrato livre de trabalho no cenário capitalista (p. 204) em que, de um lado, o
trablhador se submete ante o perigo da fome, e de outro, o empregador se submete perante forças
disperças, e em que os aspectos culturais e políticos – ideológicos, por fim- delimitam os país de
dominado, por um lado, e dominador, por outro(p. 205), em situações sociais de trabalho que são
entendidas como naturais, inalteráveis no todo, talvez, apenas lateralmente, melhoráveis(p. 206).
Mesmo o avanço da produtividade, racional historicamente, dependeu de uma situação irracional, de
“necessidades anônimas e independentes” escondidas por um véu ideológico complexo que, por sua
vez, também ilumina a compreensão do Estado totalitário, em que este véu não perdeu força, e donde a
nova estrutura tira seu poder(p. 207).
Neste contexto, Nietzche acertadamente teria visto no idealismo de Hegel uma forte relaççao com este
autoritarismo, que reafirma a hierarquização social e a divisão de classes (p.212). A saída não seria,
portanto, o anarquismo, mas sim um desprendimento do individualismo em direção a uma planificação
dos esforços tendo por base uma comunidade, ou seja, numa nova e mais justa forma de autoridade
que não se encontra nas visões formalísticas e antitéticas do Estado autoritário nem da anarquia (p.
213).
c)Família
Dentre as diversas forças socio-culturais que reafirmam nos indivíduos os valores autoritários, a
principal, já que em seu seio nutre a pessoa psicológicamente e fisicamente desde criança, é a família.
Ainda que, inicialmente, o caráter educador-autoritário da família tivesse um fundo ético de respeito
ao Estado e à Igreja, apenas com o protestantismo a programação econômica como substituta da busca
pela felicidade terrestre e celeste foi instaurada (p.214). O foco na aceitação da realidade dada como
justa é visto, por exemplo, na tradição luterada, por meio da aceitação da autoridade paterna pela sua
superioridade de força (p.215).
Inicialmente uma força progressista, com o tempo passou a ser suportada por formas ideológicas
quando se tornou socialmente problematica (p.216), que dificilmente pode ser melhorada, mas, apesar
disso, ela ainda é central para todos os processos sociais prementes (p. 217). Os protestantes não
enchergam a autoridade, encontradainicialmente na concepção de Deus, pela via racional, mas sim
como uma qualidade fixa, que vemos como um conceito objetivado em Kierkegaard, limitado à
transcendência, mas que foi aplicado, na teoria política, às autoridades terrenas, ainda que, para
Horkeimer, ambos emanem da experiência social (p. 218).
A proeminência paterna também nasce do fato de que o pai possui o dinheiro e, ainda que na família
moderna este não possa vender os filhos e ter poder total sobre eles, de fato, eles estão sujetos a ele,
sujeitos à realidade como tal, inculcando nos filhos tal dependência pela via da fantasia (p.219), e a
criança burguesa se vê numa posição contraditória com relação aos caminhos antigos e a sua posição
de submissão aos desejos paternos, naturalizados. Entre os séculos XVII e XVIII pode-se absorver
pelas crianças a visão de que dinheiro e posição social são os caminhos para a autorealização , em
caminhos pautados pela adaptação ao ambiente( p. 220).
O poder físico e econômico paterno é, logo, uma importante ferramenta para a criança em seu
amadurecimento, e, especialmente no caso da fmília pequena, o pai, ainda que no mundo externo
tenha que se submeter, age como autoridade provedora local, propagamndo a estrutura de classes para
além dos estratos altos (p.221). A psicologia analisa, em especial, a formação autoritária no seio
familiar, em especial pelos conceitos de sublimaçao e repressão. A busca de falhas no indivíduo ao
invés de na sociedade como a fonte de fracassos, gerando uma atitude sacrificial que impede a
mudança social, algo que se repete com jargões religiosos usados acriticmente. Tais fatores criaram
massas mais cruéis e masoquistas na aceitação da autoridade – como evidenciado pelo próprio Comte
-, enquanto gerou uma classe alta sedenta or grandiosidade (p.222) .
Até a ciência é usada por um impuslo submissívo, sendo este nascido do paternaismo burguês que, de
fato, apenas reproduz um pocedimento civilizatório antigo em que a relação entre filho e pai reproduz
a relação de dominação. (p.223). A família continuará seu processo enquanto permanecer estável, e o
fato de que muitos movimentos políticos e sociais viam a família como cerne fundamental apenas
fortalece esta leitura, sendo o exemplo de Le Play, que via na decadência do patriarcado a fonte das
mazelas modernas (p.224)
O ambiente de decomposição familiar, regulado pelos Estados totalitários, mostra que há também na
família um caráter antagonista, em especial por, internamente, as relações familiares não se darem
segundo um caráter mercadológico, mantendo pois, a possibilidade de pessoalidades serem
fomentadas ao lado daatuação funcional exercida fora do seio familiar (p.225). A contradição mesma
de mundo exterior hostil e núcleo familiar benigno, que gera a possibilidade de busca por melhorias, e
mesmo nessas experiências de amorc individual entre mãe e filho, marido e esposa, estão presentes
forças que tendem a perecer no mundo burguês, mas que ainda relega a elas este espaço privado, em
algo que se aproxima da disputa trágica entre busca pelo interesse pessoa e a lei natural, eterna,
apresentada por Hegel numa absolutizaçao da burguesia que o impede de desenvolver esta contradição
(p.226). Como, em Hegel, há uma impossibilidade da realização do indivíduo como nutrido pelo seio
familiar, já que a sociedade racional e uniforme é para ele inimaginável, o próprio conceito de homem
geral surge como uma “sombra” no seio familiar. O indivíduo é um sofredor e os homens são
satisfeitos pela cultura, e não pela política. Como uma ocmunidade melhor é inviável e os indivíduos
são peças econômicas intercambiáveis, a guerra surge como sabedoria (p.227), mas, mesmo aqui, nem
o velório dos entes queridos levanta apossibilidade de uma busca por melhorias. A morte é vista como
algo que desfaz injustiças, como no caso de Antígona, em que o caráter puro da relação entre irmãos
era, entretanto, limitado pela sua visão idealista. (p.228)
Enquanto a cultura se promove, como reprodutora de uma detemrinada situação social, apenas por um
autointeresse minoritário, a família é tanto base do sistema econômico como inculcadora da própria
reprodução da famíla. O caráter de provedor paterno, ou seja, sua base econômica, solidificou o papel
de autoridade do pai, que pode inclusive subsistir no caso da base econômica ter desaparecido, o que
sublinha o caráter complexo da dependência (p.232). A economia influencia ainda a família quando se
pensa nas condições: o ambiente competitvo, com alto desemprego dificulta, por exemplo, a criação
de uma família progresissta, aberta, em que os filhos são educados para entender um fato e não aceitar
uma situação dada, um família que seria possivel como locus de melhoria social na sociedade
democrática (p.233)
Mesmo o poder econômico do pai sendo usado, muitas vezes, contra o amor, funcionando como
mecanismo de repetição de estruturas sociais, a contradição entre a forma social da família e a busca
pela felicidade amorosa se encontra na produção cultural burguesa, e esta fonte cultural chega ao fim
quando o foco de críticas deixa de ser instituições específicas e parte para a sociedade como um
todo(p. 234). O casamento monogâmico, uma força milenar, possui no seu cerne uma contradíção
forte estre vida social e o desenvolvimento histórico-social, que foi cristalizada em obras como Don
Juan e Romeu e Julieta. Não obstante, há, na família, também, um forte impulso conservador da
autoridade e da estrutura social (p. 235).
Se a família burguesa não é uma unidade sociológica, ela consegui, entretanto, manter algumas
características estáveis. Não obstante, como a economia se direciona para a dissolução da cultura e da
sociedade, terceirizando parte do aparato de reprodução autoritário da família para o Estado, a família
torna-se apenas uma questão de técnica de governo, e , neste momento crítico, a cultura se destaca
como elemento revolucionário mais forte que eus contramovimentos conservadores (p. 236).
De maneira geral, teoria é um conjunto lógico de proposições que, dentro de um campo científico
específico, serve como fonte lógica de novas intelecções e que. De modo ideal, não sustenta
contradições caso uma experiência o prove errôneo. Da teoria surge também um provável sistema total
das ciências, não especializado, e ainda não atingido (p.125). Este método dedutivo e racionalista
surge com Descartes, e os pressupostos destas deduções variam conforme o ponto de vista dos lógicos
executantes: J. S. Mill partia de um empirismo, enquanto so fenomenologistas racionalistas partem de
uma intelecção autoevidente, já os aximáticos julgam que este ponto de partida é arbitrário. Husserl
enfatiza o caráter sistemático e fechado da teoria quanto deteminadora de obetos estudados, enquanto
Weyl sublinha que o dogmatismo deve ficar de fora, já que é desconectado das aparências em
observação. Este conceito tradicional visa a matematização e é dominante nas ciencias naturais(p.126).
As ciências sociais tentaram imitar esses modelos, mas, no fundo, nem a ciência empirica inglêsa de
Spencer, que parece ter saído de um ambiente de produção fabril, nem as idealizações das ciências do
espírito alemãs são teorias naquele sentido. Quiando muito, das aplicações mais empíricas saem
apenas teorias mais localizadas: diferenciaões como as de Tonnies entre coletividade e sociedade, de
Durkeim entre solidariedade mecânica e orgÂnica, e de A. Weber entre entre cultura e civilização são
de aplicação porblemática e há, para a sociologia, um caminho tortuoso pela frente (p.127) O fato de
que os empiristas dependam de um princípio que só podera ser induzido com mais informações e de
que seus opositores aceitem induções mesmo sem muitos exemplos explica esta oposição. Durkheim
pode até aceitar algo do empirismo, mas não abre mão de seus princípios, e, no coneito teórico ideal,
tanto faz se o princípio foi intuído ou induzido. O cientístia fenomenológico descobrira uma lei geral
hipotética e a aplicará em casos reais. (p.128)
Com Max Weber, em sua posição a Edward Meyer, chega-se à teoria da possibilidade objetica, que
sublinha o fato de que o cientistsa terá que trabalhar com relações e conexões entre causas e efeitos na
história, tendo em mente nexos econômcios , psicológicos e sociais. Aproxima-se, aqui, de um método
de cálculo próximo dos da ciência natural e é um exemplo da teoria tradicional. E esta teoria
tradicional, hieráriquica, evoluiu no ambiente progressista do mundo burguês, ainda que se coloque
ideologicamente em uma posição de distanciamento (p. 129). Há um caráter de conservação, em que
hipóteses auxiliares surgem na defesa da manutenção das teorias gerais, que, como no exemplo da
revolução compernicana, mudam apenas por um impulso de mudança da base material. Ocorre um
desenvolvimento conveniênte, levado a cabo por conta dos recortes científicos propostos por cientistas
ideológicos, de novos campos de estudo, euqnato, na verdade, a ciência em sí é é socialmente
direcionada, e a conexão entre novas hipóteses e fatos, na verdade, é desenvolvida pelos industriais
com seus interesses materiais. (p.130)
Oos positivistas e pragmáticos levam em consideração essa relação entre a teoria e a vida em
sociedade, já que seus objetivos são a previsão e utilidade de suas pesquisas, mas a questão de crenças
dos cientistas, aqui, se relega ao ambito privado, suscitando um dualismo entre pensar e ser, entre
percepção e entendimento, que se reflete em sua existência. A teoria tradicional, portanto, abstrai o
funcionamento da ciência, uma atividade entre inúmeras que compõe a vida em sociedade, nenhuma
delas independentes -como a ilusão de liberdade na sociedade burguesa leva a crer-, todas relacionadas
aos processos produtivos entendidos historicamente (p131). Esta forma de pensar dos cientistas
burgueses aparece em vários sistemas de pensamento, e um exemplo é o neokantismo de Marburgo,
em que ocorre a universalização de parcelas desta atividade teórica, que engrandece o logos como
realidade e fonte de uma falsa utopia, equanto apenas uma teoria crítica constitui o autochecimento do
ser humano (p.132).
Para que essa visão seja verdadeira, ela deveria ter conhecimento de suas limitações reais, e um
entendimento que liga a atuação do cientista à sua realidade social é um ótimo início: não é a
relativização da conexão de teoria e fato, mas o levar em conta da totalidade dos indivíduos
cognoscentes que se desenvolve o conceito de teoria. Para o brugues, o fato é uma aceitação do mundo
como está. O fato de verdade tem uma formação dual: objetivamente histpórica e pelo
desenvolvimento historico do aparato perceptivo dos homens. Essa distância entre o individual e a
sociedade tem relação com a contradição das formas sociais de vida, um resultado de forças
incosncientes(p;133). As bases materiais influenciam tanto os meios de produção científica, as
técnicas, como também influenciam os objetos. Todo o ambiente de uma sociedade burguesa, por
exemplo, suas construções e movimentos, molda aquilo que os indivíduos veem, e a distinção entre as
fontes insconscientes e aquilo que pertence à sociedade por meio da prática é impossível (p. 134).
Na teoria crítica, essas barreiras entre teoria e socieade são quebradas, enquanto é enchergada oa
contextualização social derivada da divisão de classes e da ação humana que poderia ser racionalmente
planificada (p.138). Os sujeitos críticos se veem numa contradição de que entendem o mundo como
mundo do capital, construido por forças cegas, estão imersos nele, mas, não podendo ser idealistas,
não podem aceitá-lo. Ele pode cumprir uma função teórica, mas não uma função delimitada pelo
carater pragmático da ordem vigente(p.139). A visão tradicional possui uma alienação que limita o
trabalho do cientista, enquanto, para os críticos, o que há de importante é a busca por uma nova
organização do trabalho, deixando de ver o mundo de maneira cindida, mas sim históricamente, numa
luta contra a desumanidade da situação atual (p.140). A teoria crítica se opõe à ilusão individualista e
de agregados de individualidades, focando-se, contra a idelogia idealista burguesa, nas interrrelações
sociais e existenciais de sujeitos entendidos historicamente e na possibilidade da variabilidade dessas
relações sociais (p. 141). O Pensamento crítico captura o percurso histórico que ilumina a forma como
os homens, dependendo de suas situações sociais, pensam, e, em especial, na dinâmica capitalista, há
uma situação crescente de impotência mental, propulsionada pela miséria . Entende-se , aqui, a
experiência histórica tendo em vista um objetivo de reorganização social, por menio do entendimento
proletário de que a situação sob o capitalismo e sua inadequação de produção se dá por conta dos
interesses que guiam esta produção (p.142). Como a situação se deturpou sobremodo, até a posição do
proletáriado pode gerar intelecções erroneas, já que a visão otimista da revolução, caso sofra revéses,
pode desembocar no niilismo, esquecendo que a revolução, de fato, depende de uma posição de
independência (p.143).
A tarefa da teoria crítica não é aprenas descrever as contradições da teoria burguesa, o que faria dela
uma psicologia-social, uma teoria tradicional, nem apenas descrever a situação do proletariado, mas
sim coexistir dinâmicamente, até mesmo criticamente em casos de utopismos, à classe progressista,
desnvolvendo tanto a consciência de ambas as partes quanto as forças violentas e disciplinadoras
(p.144). Contra a posição separada, destacada da realidade social, a teoria crítica deve, ainda que
desenvolvendo as partes úteis da teoria tradicional até o seu limite, colocar-se os questionamentos
ligados à correlação entre a teoria e o mundo prático, busncando superar a miséria da presente
tentativa de instauração de um estado racional. O teórico crítico deve ter o entendimento de que,
enquanto pensa num futuro melhor, desde já perceber que ele não deve aceitar a situação do agora e
que ele deve, no desenvolvimento tanto da teoria quanto da práxis, incorporar essa visão na luta pelo
futuro(p.145). Este futuro, no entanto, não é certo, e , em oposição ao aparelho intelectual burguÊs que
gira em torno de categorias confirmatórias, o universo crítico – visto como subjetivo e especulativo
por seus opositores- são críticos frente ao presente e pode dar a impressão de ser partidária e
injusta(p.146)
O objetivo da teoria crítica não é o da mudança paulatina, obitda pela aproximação Às estruturas
políticas – o que se mostra como um revés, na verdade – mas sim uma lentra introdução de uma
tenacidade da fantasia do teórico em imaginar um quadro dinâmico de melhorias futuras, que deve ser
imprimido nos membros mais avançados das classes proletárias. A sociedade burguesa permitiu o
desenvolvimento de uma prática científica quotidiana que molda os indivíduos para o conhecimento
de condições específicas para o desenvolvimento de efeitos, direcionados à preservalção imediata da
vida humana, e isto a teoria crítica absorveu, mas naquela inexiste o entendimento acerca da
transformação da essência da sociedade (p.147). Teórico crítico e classes exploradas podem estar em
antagonismo, e , no fundo, o conflito não tem ligação com a classe individual do teórico. No mundo
burguês, há uma diivisão do trabalho,e ntre a intelligntsia, uma supra-classe, que alimenta os
tomadores de decisão(.p148), enquanto a teoria crítica é oposta a essa despolitização, a essa
neutralidade política, ao entender que o espírito está ligado à existência social real, longe da abstração
classista do coletivo de intelectuais que não passa de um resultado da extrapolação da particularidade
das ciências (p.149)
Por terem funções diferentes, teoria tradicional e crítica tem lógicas distintas. A tradicional trabalha
com a proposições superiores que definem conceitos universais dentro de um campo, desconsiderando
uma ordem cronológica, e as alterações do sistema são entendidas como falhas do conhecimento
anterior, o que molda a compreensão do desenvolvimento dinâmico: para o positivismo, fatores como
uma criança e seu desenvolvimento adulta são cpmplexos completamente distintos, o que mostra a
incompreensão desta lógica em entender as transformações (p.150). A teoria crítica também parte de
concepções abstratas sobre a economia baseada na troca, já que tem uma preocupação atual, mas
sublinha, por meio de uma análise com interesses futuros, a concpção de um processo histórico,
mostrando, por meio de dados materiais, como , dentro do capitalismo, os antagonismos sociais serão
amplificados – anda que as explicações pontuais dos porquês psicológicos de alguns desses
movimentos, por exemplo, sejam levadas a cabo pela teoria tradicional (.p151).
A ciência tradicional, com a troca do conceiro de causa pelo de condição e função, contrária à escolha
proposta pelos críticos de efeito de forças, se efetiva no pensamento registrador, que enxerga apenas
uma sequencia de aparências das estatísiticas e da socioilogia descritiva – ferramentas importantes
para a teoria crítica – dependem do conceito de necessidade, entendida como a distância entre o
observador e objeto. Na teoria crítica, em que o sujetio cognoscente também é atuante, a necessidade é
interpretada como, por um lado, a natureza e, por outro, a impotência da sociedade atual, ou seja, força
e antiforça, e dependem, criticamente, de um conceito de liberdade, ainda que ela mesma não seja
existente, ou seja, ainda que idealista, distorcida, enquanto práxis resignada(p.154). A impossibilidade
de entender teoria e práxis de maneira unitária advém do cartesianismo hipertrofiado, adequado à
sociedade burguesa, impelindo os homens à posição de espectador que, quando muito, consegue
apenas prever os eventos (p.155)
Existe uma resistência contra pensamentos que vão além daqueles que permitem apenas a práxis da
sociedade atual, e mesmo a teoria tradicional sofre, pois exalta-se concepção de teoria como oposta da
positividade, sofrendo assim, a mais propgressista das teorias, a teoria crítica. Não obstante, o
positivismo pode ter uma abertura ao progresso, já que ele se opõe à união entre opressão e metafísica.
No iluminismo do sécuylo XVIII, uma sociedade se desenvolveu dentro de uma sociedade antiga,
seguindo o rumo liberal, enquanto a atualmente a sociedade precisa se construir a si mesma,
detemrinar a sua própria forma. Por isso, a oposição à teoria crítica não é um obstáculo, já que dela
depende o futuro da sociedade, desenhada por meio de uma organização racional(p.156). A
importância dada ao caráter histórico presentes mesmo nas partes simples e isoladas da teoria crítica
acerca do capitalismo msotra uma congruência entre Hegel e Marx: as transformações dos
julgamentos existenciais sobre a sociedade estão sempre condicionados pela práxis histórica, ainda
que a base classista da estrutura econômica permaneça a mesma. Nesta dinâmica de radicalização de
oposições, a teoria crítica tem que valorar diferentemente os conhecimentos científicos especializados
para a prática e a teoria crítica (p. 157)
Uma análise histórica sobre os porpiretários dos meios de produçao pode exemplificar esta questão.
No liberalismo, em que havia um sem número de pequenas empresas autônomas, o que importava era
a propriedade em termos jurídicos. Com a concentração econômica, o propreitario foi relegado ao
segundo plano,e a gestão das companhias ganhou autonomia. Esta mudança altera a função das
instituições e práticas jurpidicas, políticas e ideológicas. Enquanto a grande personalidade capitalista
se torna a personalidade parasitária, o ról estreito de lideranças empresariais e políticas permite a
criação e o controle de uma ideologia que mantenha erigida uma verdade interna, dos insiders, e uma
externa (p.158). Com essas mudanças, muda também a teoria crítica, ainda que esta continue a
entender que a econômia e a disputa internacional permaneça a mesma, que os fluxos de concetração
não tenham mudado, houve uma mudança cultural, moral, levad a acabo, no extremo pelo estaod
autoritário e sua ideologia durante o capitalismo monopolista: não existe mais o indivíduo
independênte da época do liberalismo, mas apenas a crença das massas. Os indivíduos são
economicamente modelados em termos culturais e a verdade se viu relegada a guetos de intelectuais,
já que os trabalhadores são perseguidos(p.159). Conforme exposto, pois, a teoria crítica sublinha que
as transformações sociais dependem do desenvovlimento econômico, que se expressa em como a
cultura é dependente da economia. A contradição da teoria, caso tomem-se algumas parcelas dela
individualmente, deve-se ao fato de que ela está focada na dinâmica transformadora histórica o que
explica que tanto o racionalismo liberal quento o irracionalismo das massas dob o autoritarismo sejam
frutos do desenvolvimento de um estágio inicial da economia burguesa. Ainda que possam existir
utilidades em analisar categorias individuais da teoria crítica, é porblemático tratá-la como sociologia,
pois ela se clarifica apenas com o desenvolvimento intelectual construido, adequando-se sempre a
novas situações (p.160).
A teoria crítica é incompativel com o idealismo, e ela aceita, ainda, a permanência da teoria
tradicional, enquanto ela ainda é necessária para o domínio da natureza e para a transmissão, geração a
geração, do conhecimento necessário para a vida (p.161). A visão global da teoria vrítica ainda é
socialmente limitada, e está limitada a um rol pequeno de indivíduos, dependendo de ser transmissível
geraconalmente de modo correto para ter sucesso. A solidaiedade interna des grupo pequeno é um
conceito momentâneo da práxis acertada, mas que deve ser interpretado por meio da teoria, por meio o
todo. A teoria crític é proteíca, pois a realidade se auto-reproduz e inexiste uma classesocial que pode,
por seu consentimento, servir de base para ela. Ela é inespecífica, ainda de ter no seu cerne várias das
vitórias da teoria tradicional, e negativa : a ativiade intelectual crítica leva à transformação da história,
enquanto o conformismo, a visão que separa pensamento e ação, faz com que o pesnamento abandone
o que é o seu essencial (p.162)
Autoridade e família
a)Professor
1) abertura com determinação ampla, abstrata – conjunto de traços característicos de uma época,
determinação da especificidade cultural, influenciando até o indivíduo (historicismo/ hegel: zeitgeist) ;
Horkheimer atualiza A Ideologia Alemã: inclui a cultura como caráter de uma época
determinada;passa por processo de determinações;
Reformulação de uma teoria marxista da história: uma teoria materialista da cultura (Benjamin faz
histórico em artigo: marx, engels, segunda internacional... proposta própria, próxima à de Horkheimer)
sennet – autoridade
Hitler muda a pergunta – do potencial de resistencia da classe trabalhadora às forças conservadoras vai
para se a classe trabalhadora se rebelaria ou não contra um governo autoritário. Ii – autoritarismo não
do Estado, mas da sociedade, cuja expressão seria um governo autoritário, dependendo da fonte
econômica ( versus O Estado Autoritário, dos anos 40)
Esboço de uma teoria, de uma situação autoritária que tem como foco o indivíduo e a sociedade em
sua dialética
Pesquisas sobre a alemanha : pollock x newman (dois últimos volumes da revista do instituto, editados
nos EUA , em inglês)
Ideologie critique – mostrar contradições (ex, Deus em Descartes fazendo vínculo entre corpo e alma);
materialismo histórico – fazer crítica a partir de uma teoria da sociedade.
No período liberal, capitalista tinha margem de ação, se orientando pela sua capacidade de previs]ao.
No período monopolista, não.
c) vida inconsciente e consciente como mediação entre vida espiritual e vida material
- em cultura se examina o elemento geral entre economia e vida espiritual. Autoridade se debruça
sobre elemento específico, sujeito a diversas alterações conforme cultura e família. Último texto trata
da parte particular.
´posteriormente, pesquisas do instituto dão mais ênfase para a autoridade (ex. Personalidade
autorirária)
-separação de dois grupos de elementos que influem no psiquico e no cultual: esforços inculcados por
instituições; processos não-controlados, influenciados pelas condições predominantes, exemplos
individuais, etc. – Famílis está nos dois grupos.
-texto tem duas partes: análise sociológica da família – família só pode ser entendida perante a
sociedade, anterioridade lógica da sociedade em relação à família – i modificações da família ocorrem
historica e socialmente, transfomação de unidade de produção em comunidade de consumo por
ex.ii)mais numa linha marxista,tenta mostrar a presença da estrutura fundamental da sociedade
capitalista, o fetivhimo do mercadoria, no seio familiar evidenciado pelo conceito de autoridade
como” modo de pensar burues que nçao reconhece o valor de bens materiais e espirituais ocm os quis
os homens se ocupam quotidianamente como qualidades sociais... o subtrai da... autoridade como
qualidade fixa”. iii) autoridade na família, paterna, tem uma determinação histórica, como
interiorização da violência no mundo antigo, provedor (tem dinheiro) no mundo moderno. Iv)
modalidade decisiva na psique da criança, esquema centrado na autoridade como diferença qualitativa
entre dominadores e subalternos, mando e obediencia, que reproduz a estrutura hierárquica; análise
psicológica da família – incorporação da psicanálise para entender como os tipos d eindivíduos são
forjados em cada época social. CONCLUSÃO: tentativa de interpenetração
- Família como instância de socialização de indivíduos, ,oldando-os para a vida social, escola para
comportamento autoritário. Modalidade autoritária da familia deve ser entendido com referência às
condições da vida psíquica dos indivíduos – relação de criança com pais e irmãos constitui condição
psíquica dos indivíduos (falta de iniciativa, sentimento de inferioridade, concentração da vida psíquica
em torno de ordem, que caracterizam indivíduos na época monopolista)
- Fromm fala mais da parte psicanalitica como tal, mas ilustra com dois conceitos da psicanálise que
deslocam a falha das condições sociais para motivações individuais (teor religioso, culpa, ou laico,
dever e vocação): repressão e sublimação - atuando como ferichismo no capitalismo (reafirmação da
esfera da circulação, de troca e agentes, indivíduos ocmo determinantes, ocutando-se a esfera da
produção onde os laos realmente residem). Psicanálise como saber para entender reificação (passo da
Teoria Crítica sobre reificação em relação à teoria abstrata de Lukacs, que não chega aos casos
unitários, à família, à subjetividade, ficando restrita ao conflito político das classes. TC faz
fenomenologia da subjetividade sem perder de vista a questão prática do marxismo, procurando
entender pq o comportamento crítico dawuele tempo está restrito a indivíduos e grupos isolados)
Terceira parte- conclusão – junção – orientada pela questão: qual é a relação da família com o Estado
autoritário-ordem autoritária? Pensamento conservador, de Conte a le Pay, até restauração e contra-
reforma : respota à desagregação familiar, perda da autoridade paterna, incremento da autoridade
estatal. Conservadores fazem análise correta, mas com pressupostos errados.
- continuidade entre capitalismo e estado autoritário. Ordem autoritaria tem amtriz no modelo de
autoridade da família burguesa.
Obras de arte sobre amor (pererga e paraliponema, do amor, de Schopenhauer)- busca por relação não
consciente que deriva do predomínio da natureza, amor age no sentido de aperfeiçoamento da espécie.
Para Horkheimer, tema do amor trás questão da contradição entre amor sexual e autoridade da família
– romeu e julieta e dom juan, dois casos deste conflito
Conclusão: crise do capitalismo gerou desemprego estrutural, que afeta os modelos de família.
Autoridade paterna depende de papel de provedor. Decomposição da família. Autoridade paterna não
se perde (subalterno no mundo externo, autoridade na família) – Na família proletária, desemprego
reforça desagregação familiar e enfraquece a posição anticonformista (solidareidade e vínculos
familiares entre iguais – não existia o provedor). Base dos partidos de massa, tendem a desaparecer
Filosofia Social como denominação inicial, materialismo interdisciplinar como termo a posteriori. Mas
codinome de marxismo se torna teoria crítica..
Instituto em universidades ocidentais sem o termo marxismo; por outro lado, tem significado preciso:
designa modo como instituto concebe a atualização da tradição marxista.
Renovação do marxismo passa pelo desenvolvimento dos “brancos” da teoria de Marx (Engels, no
Anti During, por exemplo) – Característica do marxismo ocidental. Artigo consciencia de classe, de
lukacs: teoria de marxs sobre classes ficou acabada, com poucas páginas manuscritas, lukacs
sistematizou. Horkheimer fez isso com a família e com a cultura.
Desenvolvimento de uma teoria marxista da ciência ( observações sobre ciência em crise, 1º artigo de
Horkheimer par ao instituto, que hava sido aluno de husserl – crise das ciências européias , tema da
razã – tartado também em a questão do racionamismo na filosofia moderna)
Duas funções da partículs “e” no título: separação, relação de interconexão, interssecção, entre dois
conjuntos ; oposição, conemsação do andamento dialético do texto
Marixsmo não como comunismo, mas como crítica da economia politica, no capital (teorias da mais
valia, vol 4 do capital; teoria da dialética conta teoria metafísica no Anti during)
Teoria crítica: marxismo seria forma de conhecimento, saber que se apresenta também como ciência.
Para Engels, ciencias naturais eram dialéticas, entao havia ocnvergência com marxismo. Para
Horhkheimer, marxismo é superação das antinomias do pensamento burguês. O que distingue o
marxismo das ciencias burguesas universitárias é o método, o uso do método dialético (crítica a
mannheim e filosofia social), mas neste texto, vai além: há algo em comum entre ciências e marxismo,
ambos são teorias. Birguesa é teoria tradicional, marxismo é crítica. Ele, assim, desloca aênfase da
questão do método para a questão da dterminação do estatuto científica – ponto fulcral, para Lukacs, é
a adoção do método dialético ou não; sarte, questão do método, levebvre , lógica formal, lógica
dialética. Horkheimer adiciona outra observação: São dois estatutos diferentes, com algo em comum,
do conhecimento. Algo em comum é a teoria.
Horkjeimer aplica à teoria tradicional a sua crítica, submetendo sua determinação ao negativo. Vê-se
uma inversão, como na ideologia (câmera escura, imagem aparece de cabeça para baixo): essência da
teoria atemporal era um modo como a ciências se organizam social e historicamente, como a ciência
está vinculada à sociedade no âmbito do capitalismo.Ciência altera produtividade e condições de
produção, aumentando mais valia pela tecnologia. Horkheimer segue trilha de marx na ideologia
alemã: é preciso, para compreender a ciência, fazer a inversão, partir da terra para o céu, para fazer
ciência é preciso entender como ciência funciona na sociedade.
Até que ponto a teoria tradicional é verdadeira? Acompanhando Marx, reutilizando a ideologi como
fetichismo da mercadoria n´O Capital. Ideologie critique (habernas) na Ideologia Alemã. Isso surge
aqui quando Horkheimer mostra a historicidade e a questão social da ciência, recorrendo ao modelo do
fetichismo (item 4, cap 1, do Capital, exemplo da economia, apresentada como ideologia que tem
determinada objetividade, economia trata da circulação e tem, portanto, validade restrita à esfera da
circulação, abstraindo a esfera da produção, e não explica a sociedade, classes, relação entre mercado
e estado). Crítica da teoria tradiciona faz duplo movimento, mostra que é ideologia mas, ao mesmo
tempo, lhe concede domínio de validade , desenvolvendo uma teoria da sociedad,e por um lado, e por
outro, com a ideia de ciência como impulsionadora da produtividsde de marx, (ciência com caráter
bifronte, ideologia e força produtiva).
Teoria Kantiana como ponto de partida, teoria do conhecimento talvez mais consistente (crítica da
razão pura e conjunto das três críticas), que se propõe a explicar como é possível o conhecimento
(juízos sintéticos a priori). Em kant permanece dicotomia: categorias e conceitos, de um lado, e de
outro fatos; faculdade da sensibilidade x faculdade do conhecimento. Hegel, na enciclopédia: Kant
queria juntar pau e osso, coisas incompatíveis. Kant, no 1º prefácio à CdRP, mostra afinidade
incompreesível entre duas faculdades, capaz do entendimento de subsumir todos os fenômenos:
mistério obscuro. Horkheimer usa este ponto para dizer como uma teoria materialista da sociedade é
capaz de explicar esta afinidade, explicando também a objetividade restrita da teoria tradicional.
Afinidade se explica pois o objeto percebido e o orgão perceptor fazem parte de uma mesma
sociedade, orgaos e objetos preformados socialmente e historicamente. Indivíduos se situam como
mônadas. Em temros filosóficos, transcendental kantiano é expressão do trabalho social, o que valida a
validação parcial da teoria tradicional
PT II
Necessidade de reformuação das relações entre intelectual e classe, modificando estatuto do próprio
marxismo
Conceito de crítica: comportamento crítico – formas de ação que nçao visam remediar ou reformar a
sociedade, não aceita as barreiras sociais ou a divisão do trabalho -, pensamento crítico – conjunto de
concepções e teorias que descrevem conscientemente a sociedade capitalista como contraditória - e
teoria crítica – condensação do comportamento e do pensamento críticos, resultado intelectual de
ambos.
Relação entre teoria crítica e proletariado; estabelecer diferença entre teoria tradicional e teoria crítica
Prática crítica é ação política transfomadora, ontraposta á ação pragmática da teoria tradicional;
transformação social x reprodução e autoconservação
Teoria tradicional pode ser incorporada à teoria crítica desde que não vise á autoconservação
Diferenças não se limitam aos fins: estão nas estruturas e nos métodos: delimitação de sujeito objeto e
teoria completamente diferente
TT: sujeito é eu que se julga autonomo. TC : não é produto nem de indivíduo nem de generalidade de
indivíduos, sujeito é indivíduo determinado em relacionamentos indivíduos ocm outros indivíduos e
grupos em seu confornto com um classe determinada mediado por esse entrelaçamento com o todo
social e a natureza (definição de marx na ideologia alemã) – descrição abreviada do presente histórico
TT: método lógico, metafísica; TC: método dialético : relação sujeito, objeto, teoria, estática – relação
sujeito objeto, teoria seja modificada de acordo com circunstancia histórica do capitalismo
Continuidade do projeto de história e consciência de classe, com ruptura: novo posiconamento entre
sujeito, objeto e teoria: tradição intelectual
Em hist e consc de classe marxismo é superação e reverção da reificação: proletário toava consciencia
de seu papel de objeto no sistema de produção (teoria da revolução).
Para horkheimer, marxismo e tipo de pensamento reificado, no contexto histórico proletariado está
integrado ao processo de dominação: antítese à dominação se dá peloa teoria, cristalizando de
experiência histórica, cristalização de tradição teórica e prática assentada no comportamento e no
pensamento crítico: âncora da teoria deixa de ser proletariado, mov revolucionário, partido, mas teoria
é síntese dessa experiencia social de oposição à sociedade capitalista
Distinção entre logica formal e lógica dialética é retomada no plano das teorias da história (origens da
filosofia burguesa da história e outros textos): realização da história como resultado de um movimento
de um sujeito automático que é o capital; noção hegeliana de falsa consciência ou astúcia da história é
cobertura deste movimento. Tc que que história se torne ação consciente dos indivíduos. Ação
transformadora é ruptura
Marx parte de determinações abstratas levadas a concretude mediante experiência histórica e saber
científico disponivel – marx como obra fundante da própria teoria crítica
Texto baseado nos escritos de benjamin sobre o conceito de história. Reconstruir determinações das
dominações sociais,recorrendo ao que Benjamin delineou nas teses! Distinto nas teses: ideia de que a
barbárie não era excessão, mas sim a regra( parágrafo da tese 8); ler a história do ponto de vista dos
oprimidos
Sistema que articula campos distintos (radio, tv, moda, publicidade, esportes, cinema...), mais que
sistema da arte, é um sistema da cultura. Sistema com conotação que remete ao sisema do idealismo
alemão, totalidade, estrutura como Hegel pensava, e sistema capitalista como designado por Marx.
Industria cultural mimetiza dominação característica da vida social, impedindo a crítica: temos
estrutura objetiva que molda consumidor cultural, com atividade intelectual inibida, imaginação e
espontaneidade atrofiadas.
Ideologia da industria cultural tem por objeto o mundo como tal: não precisa emitir juízos valorativos,
se concentra no culto do fato, encena uma proximidade com a vida quotidiana
Razão como objeto (até então era um meio): como tornar razão objeto de investigação por meio da
razão (ilógico para positivistas, criticado por Habermas e Honneth como aporia, apesar de ser traço do
dialético, já presente na fenomenologia do esírito, que reoncstitui uma autoapreensão da razão)
Título das conferências – Razão e Sociedade; pronunciada para membros do depto de sociologia –
referência do público ouvinte era história da sociologia. Há diálogo com história da sociologia apesar
de ser muito usada a filosofia como tema: vínculo entre razão, filosofia, sociologia e ciência – tema
clássico da sociologia do conhecimento, desde Saint Simon e Comte , que tinham em suas sociologias
uma teoria própria do conhecimento que visava suplantar a filosofia( crítica ao idealismo imanente,
sem levar em conta a sociedade e história)
Tpitulo – Eclipse da Razão – título responde como adorno vê questão da razão no mundo
contemporâneo. Eclipse como ocutação de astro por outro – ocultação de luz que dura um certo tempo.
Fenômeno temporário. Título desnaturaliza processo, hisoriciza-o: situação da razão, prefom[inio da
razão subjetivoa;instrumental é social e historicamente determinado.
Ele também trabalha com o que Comte chamou de 4 momentos -mito, teológico, metafísico e
científico – etapas históricas lineares que Horkheimer não segue, mas sim recorta.Sociologoa do
Conhecmento são vinculadas com a modernidade, colocnando formas de onhecimento anteriores,
estagios do mundo pré-moderno em contraposição com o científico/moderno (comte, durhiem,
spenser, weber em história da racionalizaão);
horkheimer trabalha com polarização entre razão objetiva e subjetiva, suprahistórica, e trabalha a
relação entre as duas no âmbito dos grandes sistemas filosóficos – platão e aristótieles, escolastica,
ilustração, idealismo alemão : predomínio da razão objetiva. Todos remetem à etapa anterior,
“mitológica”, e se constituem por processo de desmitologização. Dinâmica Contraditória na Razão
Objetiva. Socrates contra pré-socratico. Iluminismo contra religião, Idealismo alemão contra
iluminismo. Força não só da mente individual, mas da sociedade. Teoria objetiva da razão tenta criar
hierarquia abrangente de todos os entes, inclusive o homem, e seus fins. Estrutura objetiva
determinava avaliação dos pensamentos e das determinações sociais. Noção centra é a de
fim/propósito: razão obetiva, para além do homem, estbelece esses propósitos (propósito da
escolástica é dada pelo revelado: salvação da alma): momento subjetivo é parte do sistema; subjetivo
se subordina ao fim.
Com iminsmo frances e sua desmitoloização, estabvelecimento dos fins se torna próprio da razão
subjetiva: indivíduo passa a determinar seus fins. Apresentado em dois momentos: por um lado
movimeto historico de desmitologização da crítica da metafísica, interno ao pensamento (aqui na
filosofia, na dialética do esclarecimento em outras dimensões), pragatismo utilitarista e positivismo,
em sua crítica conjunta à metafísica vão gerar formas de razão subjetiva, num movimento de
subjetivação com duas características principais: formalização(reazão se torna mais formal, como
modelo a lóica aristotélica estrita retomada a partir de Kant no positivismo lógico, razão matematiante,
prevalência do quantitativo sobr eo qualitativo, desenvolvimento do comutador – adorno: por que
ianda a filosofia?)) e instrumentalização da razão (indivíduo históirico, com mônada isolada, como eu
da teoria tradicional, se opõe ao objeto – fundamento da ciência cartesiana e do transcendentak de
Kant penso logo existo, penso logo quero – torna a determinação dos fins indiferente, gerando a
supremacia dos meios sobre os fins – weber já havia detectado no mundo moderno)
Horkheimer mostra dialética – contra a sociologia do conhecimento – fim que sujeito se coloca como
p´roprio não é mais que uma decorrência de sua situação no capitalismo: indivíduo é uma mônomda
pois vive-se numa sociedade de mercado em que os agentes econômicos agem indiviualmente
cambiando produtos. Mônada leva à reificação. O que o sujeito considera como meta nada mais é do
que aquilo que é dado pela sociedade, no fundo, a autoconservação social e individual, que pode ser
scrito como um momento da autovaloração do valor, da acumulação do capial. Sujeito se imagina
sujeito, mas é um objeto, um apêndice da maquinaria. Movimento se estend epor toda a sociologia.
Razão como detemrinação dos meios mais adequados, da eficácia, do cálculo, etc. No capitalismo, fins
são determinados pela lógica econômica, expressos (marx, item 4, capi I do capital) expressos como
fetiches, coisas fantasmagóricas: retorno à mitologia. Quantidade no lugar da qualidae, matematização
como ideal de conhecimento.
Dimensão que perpassa o texto: dimensão política : razão subjetiva, fomralista e instrumental,
desaparece o conceito, busca da verdade, substituída pela busca da eficácia. Alteração da políica no
âmbito do capitalismo, enfraquecimentoda ideia iluminista de opinião pública, enfraquecimento do
ideal liberal de igualdade que dá as bases para ordem política democrática. Contestação da própria
ideia de teoria e de verdad,e gerando o relativismo, neoliberalismo , gerando o solo para regimes
autoritários
Pensamento crítico tem que fazer crítica da própria razão Até Teoria trd e teoria crítica, Horkheimer
acreditava que poderia se apoiar na racionalidade para vencer o mito, que a racionalidad eé contraria
ao nazismo, mas depois se descobriu que a programação nazista dos campos de concentração foi
realizada com a maior eficacia possível, com maior racionalidade. Racionalidade formalizada, se
importar o conteúdo. Essa razão deixou de ser aliada, adeuqando-se aqualquer fim heteronimo , como
no caso do genocídio. A emancipação passa pela crítica da razão: defesa e crítica da razão.
Aula final
Tema central nas preocupações de horkheimer: felicidade e destino do indivíduo – origens na filosofia
materialista desde pré-socráticos, epicuro, enciclopedistas e na tradição marxista, marx, freud e
nietzsche. Fio que permite fazer uma interpretação da obra de horkheimer
Entre discurso de posse e conferências de 44/45: indivíduo era objeto de programa de pesquisa
empírica e vira tema de análise teórica no segundo caso (criticado hor habermas e honneth), uma
espécie de síntese das investigações feitas no período. Abordagem mais ampla do sujeito neste útimo
texto
Teo trad teo crit: mudança do diagnóstico do presente histórico (recaída na barbárie e entendimento de
que barbárie é a regra – esboçado por benjamin mas trabalhado na dialética do esclarecimento) com
mudança nas relações entre sujetio, objeto e teoria. Necessidade da redefinição do sujeito por conta do
declínio do indivíduo, e para entende ro declínio é necessário entender a ascenção do indivíduo.
Pomto de partida não é indivíduo empírico, nem eu cartesiano, kantiano, transcendenta, de fichte, etc.
Ponto de partida é comparação do indivíduo no presente histórico com situação do indivíduo no
decorrer da história. 1ª parte: acompanhamento das representações teóricas do indivíduo na filosofia,
ao longo da história (considerações de marx na ideologia alemão, método do idealismo histórico: não
há história sem quebras, apenas ligação de forms de pensamento com métodos de produção); uso do
termo teoira da história como crítica da filosofia da história. Crítica da ideia de progresso
Mundo grego: ontraposição entre socrates e momento harmônico da época da oração fúnebre de
péricles (auge do poder ateniense, masmmomento em que se antecipa a possibilidade de mudança
advina dos resultados incertos da guerra do peloponeso). Socrates: como seria a ação numa situação
em que a polis se dissolvesse?: ponto que abre espaço para pensar, desdobrar e desenvolver noção do
indivíduo. Normas giram, para socrates, para determinação do indivíduo, por meio do uso da razão.
Isso é ontologizado por platão e radicalizado pelo estoicismo (busca de postura indiferente em relação
ao real, à invasão macedônia)
Cristianismo: mudança – tese da igualdade entre os homens + valorização da alma (ausente no mundo
grego, prevalência da alma sobre o corpo, criando clivaem entre ordem terrena e ordem espiritual)
Alteração da base econômica, da livre concorrência para capitalismo monopolista, cria mudanças na
base cultural. Passagem para situação em que se vive a era do declínio do indivíduo. Empresario
independente não é mais caso típico, não detemrina a forma de acumulação, afetando até o homem
comum, que não consegue mais fazer planos para seus herdeiros: segurança por vínculo com
corporação, com sindicato. Prevalência do coletivo, do grupo. Desenvolvimento de ego
atrofiado(futuro do individuo depende cada vez menos de sua prudência e cad avez mais de luta
snacionais e internacionais, individualismo perde base econômica)
Ainda existem forças de defesa do indivíduo, mas o tipo submisso se torna predominante
Proletariado, no sec 19, era amorfo, ainda que díspar (grupos nacionais, qualificação), o que permitia
interesses comuns. Agora, por conta de novas formas de organização, trabalhador vira objeto do
trabalho (teoria franfurtiana da absorção do trabalho)