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Acórdão do Tribunal da Relação de Évora 20/07/21, 12:46
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I – RELATÓRIO
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do CPC).
Postas estas considerações gerais, cabe agora olhar a
questão suscitada no presente recurso, à luz do sobredito.
*****
III.2.1.2. – Competência em razão da matéria
Conforme é entendimento pacífico, a competência do tribunal
em razão da matéria afere-se pela natureza da relação jurídica
tal como ela é apresentada pelo autor na petição inicial, ou
seja, analisando o que foi alegado como causa de pedir e
confrontando-a com o pedido formulado pelo demandante[13].
No caso dos autos a Senhora Juíza entendeu que a
competência se encontrava ab initio deferida à Conservatória
do Registo Civil porque o pedido se enquadrava no
preceituado no artigo 1880.º do CC e deveria ser ali
directamente formulado pela filha maior, não correndo por
apenso à acção de regulação das responsabilidades parentais.
Porém, também neste segmento não podemos sufragar tal
entendimento. Relativamente à afirmação de que tinha que ser
formulado pela filha maior, pelas razões referidas no ponto
anterior, e no que tange à afirmação de que se trata de
competência ab initio deferida à Conservatória do Registo
Civil, pelas que aduziremos seguidamente.
Conforme se afirmou no Acórdão do Supremo Tribunal de
Justiça de 08-04-2008[14] «O Decreto-lei nº 272/2001, de 13
de Outubro, (…) procedeu à transferência de competência
para as Conservatórias do Registo Civil de um conjunto de
matérias respeitantes a processos de jurisdição voluntária
relativos a relações familiares, até aí atribuídas aos tribunais
judiciais.
Um procedimento administrativo, a decorrer nas
conservatórias de registo civil, seguramente mais célere,
simples e vantajoso para as partes.
Conforme resulta do respectivo preâmbulo, teve o legislador
por objectivo “desonerar os tribunais de processos que não
consubstanciem verdadeiros litígios, permitindo uma
concentração de esforços naqueles que correspondem
efectivamente a uma reserva de intervenção judicial”, mas
também na estrita medida em que se verifique ser a vontade
das partes conciliável salvaguardando-se o acesso à via
judicial com a remessa dos processos para efeitos de decisão
final sempre que se constate existir oposição de qualquer
interessado.
Esse deferimento de competência material não se concretizou,
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Francisco Xavier
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[1] Portalegre, Instância Local, Secção Cível, Juiz 1.
[2] Relatora: Albertina Pedroso;
1.º Adjunto: Tomé Ramião;
2.º Adjunto: Francisco Xavier.
[3] Doravante abreviadamente designado CPC.
[4] Doravante abreviadamente designado CC.
[5] Dessa divergência dá nota J. H. Delgado de Carvalho, in “O novo regime de
alimentos devidos a filho maior ou emancipado; contributo para a interpretação da Lei
n.º 122/2015, de 1/9”, disponível no Blog do IPPC, acessível in
http://blogippc.blogspot.pt/2015/09/o-novo-regime-de-alimentos-devidos.html, referindo
que “Embora a obrigação de alimentos fixada durante a menoridade não cesse com a
maioridade do filho enquanto este não tenha completado a sua formação profissional
(cfr. art. 1880.º do CCiv), prevalecia na jurisprudência o entendimento segundo o qual o
pedido de alimentos, formulado em processo pendente (Cr. art. 989.º, n.º 2, do NCPC)
ou na instância renovada de processo findo (Cr. art. 282.º, n.º 1, do NCPC), apenas
podia ser apreciado até ao momento em que o filho completasse 18 anos. A
maioridade gerava a inutilidade superveniente da lide no que se refere à subsistência
da obrigação para além desse momento.”.
[6] Cfr. artigo 4.º.
[7] Cfr. neste sentido, Ac. TRC de 15-11-2016, proferido no processo n.º
962/14.0TBLRA.C1, e disponível em www.dgsi.pt.
[8] Cfr. Pires de Lima e Antunes Varela, “Código Civil Anotado”, nota l ao art. 13°.
[9] Cfr. J. Baptista Machado, “Introdução ao Direito e ao Discurso Legitimador”, 1983,
pág. 247.
[10] Cfr. Acórdão do STJ de 08-04-2008, proferido no Processo n.º 08A493, disponível
em www.dgsi.pt.
[11] Citado no indicado Acórdão, in “Notas ao Código Civil”, edição de 2002.
[12] Que entrou em vigor no dia 8 de Outubro de 2015, ex vi do disposto no respectivo
artigo 7.º.
[13] Cfr. neste sentido o Ac. STJ de 18-06-2015, proferido no processo n.º
13857/14.9T8PRT.P1.S1, disponível em www.dgsi.pt referindo-se que o
enquadramento genérico seguinte já foi por nós afirmado no acórdão deste TRE
proferido em 03-11-2016, no processo n.º 490/16.0T8PTG.E1, disponível no mesmo
sítio, mas que se reporta a pedido de alimentos de um filho maior, que invocou a
respectiva deficiência como fundamento daquele direito.
[14] Proferido no processo n.º 08A493, e disponível em www.dgsi.pt.
[15] Cfr. Acórdão do TRP de 5-2-2015, processo n.º 13857/14.9T8PRT.P1, disponível
em www.dgsi.pt, que exaustivamente efectua o enquadramento da questão, com
recurso a elementos sistemáticos e históricos.
[16] Em face do que estabelece o art. 5º, nº 1, al. a) do citado Decreto-lei nº 272/2001
que “O procedimento regulado na presente secção aplica-se aos pedidos de alimentos
a filhos maiores ou emancipados”.
[17] In Comentários ao Código de Processo Civil, vol. II, 2.ª edição, Almedina 2004,
pág. 539.
[18] Doravante abreviadamente designada LOSJ.
[19] Cfr. neste sentido, J.F. Salazar Casanova, in Lei de Organização do Sistema
Judiciário, Revista da Ordem dos Advogados, ano 73, II/III – Lisboa, Abr-Set. 2013,
pág. 468.
[20] Veja-se o caso que tratámos no Acórdão citado.
[21] Obra citada, pág. 543.
[22] Cfr. neste sentido, Ac. TRL de 30-06-2016, proferido no processo n.º
6692/05.7TBSXL-C.L1.-2, disponível em www.dgsi.pt.
[23] Texto elaborado e revisto pela Relatora.
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