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Índice

0. Introdução....................................................................................................................................2
0.1. Geral:........................................................................................................................................2
0.2. Específicos:...............................................................................................................................2
0.3. Metodologia..............................................................................................................................2
1. Paradigmas conceptuais do prognóstico......................................................................................3
1.1. Formulação de caso prognóstico..............................................................................................4
1.2. Etapas da formulação................................................................................................................5
2. Processo de tomada de decisões relativas a intervenção.............................................................7
Conclusão........................................................................................................................................9
Bibliografia....................................................................................................................................10
0. Introdução

O presente trabalho pretende discutir: A formulação de caso prognóstico, as decisões relativas


a intervenção. Vale salientar que, o Prognóstico é um processo científico e, como tal, parte de
perguntas específicas, cujas respostas prováveis se estruturam na forma de hipóteses que serão
confirmadas ou não através dos passos seguintes do processo. É conhecimento ou juízo
antecipado, prévio, baseado necessariamente no diagnóstico e nas possibilidades terapêuticas,
segundo o estado da arte, acerca da duração, da evolução e do eventual termo de uma doença ou
quadro clínico sob seu cuidado ou orientação. É predição do médico de como a doença do
paciente irá evoluir, e se há e quais são as chances de cura. A comunicação de prognósticos
difíceis é também uma decisão clínica que exige do profissional reflexão, deliberação e
ponderação. Estudos evidenciam vivência intensa de estresse por médicos antes e após esse
momento, prolongando-se em alguns casos por mais de três dias.

Uma formulação de caso é uma teoria sobre o cliente que busca relacionar as dificuldades que
ele apresenta de forma clara e significativa, integrando-as isoladamente e entre si. Procura
compreender como o indivíduo desenvolveu e mantém tais dificuldades, e como ele
provavelmente se comportará no futuro diante de determinadas condições. Finalmente, permite,
através de uma visão ampla do funcionamento do cliente, planejar intervenções que possibilitem
as mudanças necessárias e desejadas. O trabalho tem como objetivos:

0.1. Geral:

 Analisar a formulação de caso prognóstico e decisões relativas a intervenção;

0.2. Específicos:

 Contextualizar o prognóstico
 Descrever formulação de caso prognóstico
 Apresentar as decisões relativas a intervenção

0.3. Metodologia

A pesquisa é de natureza bibliográfica, pelo que, o seu desenvolvimento resulta da adopção do


método bibliográfico. Vale ainda ressaltar que, quanto as técnicas de pesquisas usadas
consistiram primeiro na selecção de obras bibliográficas, após a identificação e selecção do
material, passamos para a fase da leitura e elaboração das fichas.

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1. Paradigmas conceptuais do prognóstico

A questão do conceito do prognostico tem sido bastante analisada nos diversos campos
científicos, e em alguns casos sem consensos, ainda que, de alguma forma se tenha ideia do que,
sob ponto de vista etimológico, o termo pode significar. Em seu estudo, BECK (2000: 15),
reitera que, prognóstico busca determinar o curso provável do caso, que se baseia na
classificação nosólogica, desta maneira não é privativa do psicólogo. O exame procura resolver
“questões relacionadas com “insanidade”, competência para o exercício de funções de cidadão,
avaliação de incapacidade ou de comprometimentos psicopatológicos que etiologicamente
possam se associar com infrações.

O mesmo autor sustenta que, o psicólogo em sua avaliação deve responder de forma clara,
precisa e objetiva, pois essas darão suporte para a decisão a ser tomada em relação ao indivíduo
avaliado. Prognóstico é uma previsão baseada em factos ou dados reais e atuais, que pode indicar
o provável estágio futuro de um processo. O prognóstico é todo o resultado que é tido como uma
hipótese ou probabilidade, ou seja, algo que pode acontecer devido as circunstâncias observadas
no presente.

Enfim, a ideia de SHINOHARA (2001: 46), procura abordar a questão da importância do


prognostico, ao considerar que a informação prognóstica1 é necessária para que os pacientes
sejam totalmente informados sobre o curso provável de sua doença. As pessoas diagnosticadas
com alguma doença tendem a pensar em informações de prognóstico como sendo apenas uma
estimativa de sobrevivência e acham a ideia perturbadora. Devido a esse ponto de vista, é
importante fornecer mais explicações sobre o que significa prognóstico e como as informações
prognósticas podem ajudar no planejamento prático e decisões de tratamento.

Assim, para este estudo, e em função das diversas leituras efectuadas, concluímos que o
prognóstico é uma previsão ou probabilidade do que pode acontecer no futuro com os pacientes,
de acordo com o diagnóstico, dados atuais, estudos e evidências médicas de cada serviço. Sem o
diagnóstico, não é possível estimar o prognóstico. Dizemos com isso que para cada doença
definida, diagnostica, já existe uma estimativa de resultados, a partir de sua terapêutica e resposta
ao tratamento. Sabemos ainda as taxas de cura e sobrevida para cada caso. Entretanto, vale

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Podemos dividir os prognósticos em dois tipos: (i) favorável e (ii) desfavorável, ou seja, casos que costumam
evoluir com bons resultados, ou cura após a proposta de tratamento, são caracterizados com prognóstico favorável.
Os casos mais graves, com menor chance de cura ou melhora clínica, são os chamados desfavoráveis. Contudo,
dentro do grupo de casos desfavoráveis, usamos ainda o termo "reservado", são os casos mais graves, quando não
há, ou existe uma pequena chance de sobreviver. A maior chance é de evoluir para o óbito, infelizmente. O que não
representa uma verdade absoluta. Por diversas vezes, equipes médicas se surpreendem com a resposta de pacientes e
precisam alterar um prognóstico previamente estabelecido.
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ressaltar que as pessoas têm características e estilo de vida próprios, o que interfere diretamente
nesse prognóstico, por isso o prognóstico pode variar de paciente para paciente, mesmo dentro
do cenário de uma única doença. Alguns podem responder ao tratamento, outros não; uns podem
manter alguma sequela enquanto outros nunca se recuperam.

1.1. Formulação de caso prognóstico

Segundo TURKAT (1985: 31), quando se procura saber sobre eficácia e resolutividade em
psicoterapia ou em intervenções psicológicas na literatura disponível, encontra-se uma grande
dificuldade: não há consenso sobre se a psicoterapia é eficaz, ou não, na resolução de distúrbios
de comportamento e emocionais nos seres humanos. No entanto, LAMBERT (2002: 28) afirma
que a efetividade da psicoterapia tem sido objeto de inúmeros estudos científicos e os resultados
mais atualizados apontam para sua indiscutível eficácia.

A despeito das diferenças, o que importa é que muito tem sido discutido sobre processos
terapêuticos, que acabam ressaltando a importância de cada uma das atividades que caracterizam
a psicoterapia. Recentemente, parece existir uma tendência à integração de diversos pontos de
vista em atendimentos psicológicos que visam aumentar a consistência e abrangência dos
tratamentos como podemos encontrar nos trabalhos de BECK & ALFORD (2000), RANGÉ &
SILVARES (2001) e SHINOHARA (2001).

RANGÉ & SILVARES (2001: 23), reiteram que, somente através do desenvolvimento de uma
boa formulação da situação ou problemas trazidos para terapia, é que se podem planejar
procedimentos efetivos para alcançar as mudanças desejadas e, consequentemente, ficará mais
fácil avaliar se um determinado tipo de intervenção psicológica é uma terapêutica realmente
eficaz ou não. Uma formulação de caso é uma teoria sobre o cliente que busca relacionar as
dificuldades que ele apresenta de forma clara e significativa, integrando-as isoladamente e entre
si. Procura compreender como o indivíduo desenvolveu e mantém tais dificuldades, e como ele
provavelmente se comportará no futuro diante de determinadas condições. Finalmente, permite,
através de uma visão ampla do funcionamento do cliente, planejar intervenções que possibilitem
as mudanças necessárias e desejadas. Além disso, o processo de avaliação e formulação do caso
do cliente permite o estabelecimento de uma relação terapêutica positiva e uma maior adesão
dele ao tratamento.

Na verdade, conforme reitera SHINOHARA (2001: 57) fazer um prognóstico é um exercício de


suposições a respeito do futuro. Poderemos sempre imaginar as mais diversas situações e cenas.
No entanto, atingir o objetivo desejado depende de uma série de fatores que veremos nesta aula.
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Um prognóstico dependerá, sempre, do diagnóstico realizado. O prognóstico será elaborado de
acordo e sob a luz da situação atual, da realidade analisada.

É importante destacar que a Avaliação Psicológica, deve ser entendida como um processo
compreensivo, que tem por objetivo o conhecimento e o prognóstico do comportamento de um
determinado indivíduo. Esse processo de investigação deve se pautar em objetivos claros e ser
realizado com ética e profissionalismo, observando-se as definições legais preconizadas e o grau
de conhecimento científico desenvolvido para a atuação mais consistente e justa2 (Idem).

Nem sempre o psicólogo precisa chegar, obrigatoriamente, ao nível mais elevado de inferência
para obter uma hipótese diagnóstica ou o diagnóstico mais provável. Principalmente em casos
mais graves, frequentemente apenas o quadro sintomático e a história clínica contêm
informações suficientes para que o profissional possa enquadrar o transtorno numa categoria
nosológica. Esta modalidade de processo diagnóstico seguiria mais um modelo médico do que
psicológico, o que não significa que somente o psiquiatra tenha competência para tal. Entretanto,
mesmo quando parece não haver dúvidas quanto à classificação nosológica do paciente, o
psicólogo muitas vezes é convocado para identificar déficits ou funções preservadas, enfim, para
coletar dados mais substanciais como base para um prognóstico. Noutros casos, como há
alternativas diagnósticas possíveis, o psicólogo pode assumir a responsabilidade de um
diagnóstico diferencial, que se efetua através de um modelo psicológico, isto é, pelo
psicodiagnóstico.

1.2. Etapas da formulação

BECK (1997: 11), considera que a primeira etapa da formulação é a identificação do cliente.
Nome completo, idade, data de nascimento, naturalidade, sexo, estado civil, dependentes, grau
de escolaridade, ocupação profissional, religião, endereço e telefone são alguns dos dados a
serem dispostos nesta parte. Algumas informações podem parecer irrelevantes num primeiro
momento, mas podem ser úteis no decorrer da terapia ou mesmo no caso de outro profissional
acompanhar o cliente. Além destas, outras podem ser acrescentadas a critério do profissional que
estiver fazendo a avaliação. Em seguida, o terapeuta buscará organizar, de forma sucinta, uma

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O Psicodiagnóstico é um processo que configura uma situação com papéis bem definidos entre o psicólogo e o
cliente, onde dispõe uma limitada duração de tempo, cujo objetivo é conseguir uma descrição e compreensão
acentuada da personalidade do paciente ou do grupo familiar. Abrangem os aspectos passados, presentes
(diagnóstico) e futuros (prognósticos) desta personalidade para a melhor compreensão da queixa inicial podendo
auxiliar na identificação prévia dos possíveis distúrbios que o cliente apresenta para que assim o psicoterapeuta
consiga formular hipóteses diagnósticas mais precisas relacionadas às demandas levantadas. O diagnóstico é a
“capaz de discernir, conhecimento ou determinação de uma doença pela observação dos sintomas, conjunto dos
sintomas que servem de base a essa determinação.
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história da vida do cliente. Como foi seu desenvolvimento, quais as experiências infantis mais
relevantes, aspectos da juventude, questões atuais, relacionamentos etc.

Durante a(s) entrevista(s) inicial(is) o terapeuta visa identificar as questões e problemas trazidos
pelo cliente de modo a relacioná-los a situações em que ocorrem, o que ele pensa, o que sente e o
que faz a respeito da situação-problema. Isso é feito para cada uma das queixas do cliente,
gerando uma lista de problemas. Esta lista deve buscar ser o mais completa possível, incluindo
não somente problemas de ordem psicológica como também problemas interpessoais,
psicossociais, trabalhistas, financeiros, jurídicos e médicos, de um modo geral (Idem).

Acrescentando, o mesmo autor sublinha que, é muito importante ressaltar que o indivíduo que
busca ajuda psicológica, quanto mais integralmente puder ser compreendido, mais benefício
poderá obter para sua saúde e qualidade de vida como um todo. O quarto item da formulação é
uma avaliação de fatores precipitantes e situações ativadoras dos problemas listados. Isto quer
dizer que devem ser identificados quais os estressores (positivos ou negativos) que ativam as
crenças – fatores precipitantes – e que situações do dia-a-dia ativam o comportamento, emoção
ou pensamento disfuncional – situações ativadoras.

Por seu turno, TURKAT (1985: 34), refere que a formulação pode ser utilizada, entre outras
coisas, para assegurar colaboração, selecionar pontos de intervenção e orientar o inquérito,
selecionar estratégias de intervenção e tarefas de casa, garantir a cooperação do cliente e prever
obstáculos ao tratamento. Uma vez estruturada a formulação, é muito importante ressaltar que
ela não está fechada. Ela será vista e revista ao longo da terapia com o cliente, que é convidado a
comentar, avaliar, confirmar ou refutar vários aspectos da formulação. Ela não deve ser
considerada a verdade sobre o cliente, mas sim uma hipótese de como as coisas funcionam para
ele. Apesar de ser uma parte importante do início da terapia, ela não ficará em destaque no
tratamento, mas servirá sempre como suporte de toda e qualquer intervenção durante as sessões.
É importante lembrar que o terapeuta deve preferencialmente discutir suas hipóteses sempre com
o cliente, que poderá validá-las, ou não.

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2. Processo de tomada de decisões relativas a intervenção

No entender de LAMBERT (2002: 29) para chegar à inferência clínica, chamada de diagnóstico,
o psicólogo deve examinar os dados de que dispõe (que englobam informações sobre o quadro
sintomático, dados da história clínica, as observações do comportamento do paciente durante o
processo psicodiagnóstico e os resultados da testagem), em função de determinados critérios
(critérios diagnósticos), podendo considerar, assim, várias alternativas diagnósticas. Se certos
critérios específicos são atendidos, pode classificar o caso numa categoria nosológica. Para tal
fim, deve utilizar uma das classificações oficiais conhecidas. Com base em tal classificação e em
aspectos específicos da história clínica, poderá fazer predições sobre o curso provável do
transtorno (prognóstico) e planejar a intervenção terapêutica adequada.

A mesma ideia é sustentada por RANGÉ & SILVARES (2001: 49) acrescentando, porém, que,
muitos testes utilizados no psicodiagnóstico também podem fornecer indícios muito úteis para o
prognóstico. Em alguns casos ou transtornos, há um grande número de sinais e sintomas que
podem se apresentar em diferentes categorias diagnósticas e que se organizam numa ordem
hierárquica. O profissional deve fazer um diagnóstico diferencial e, para chegar a ele, deve tomar
uma série de decisões, pelo exame de várias alternativas, que geralmente pressupõem um modelo
estatístico e se baseiam, frequentemente, em estudos epidemiológicos. São utilizadas
considerações probabilísticas para chegar a um diagnóstico diferencial e que também servem de
fundamento para o prognóstico.

Como num diagnóstico médico, há uma série de passos e questões levantadas, que permitem a
eliminação de determinadas alternativas e a seleção de outras, chegando, afinal, à hipótese mais
provável, à qual podem ser acrescentados diagnósticos alternativos. Às vezes, conforme o caso e
as razões do encaminhamento, o psicólogo deve realizar uma avaliação mais compreensiva,
baseada em informações adicionais, pressupondo-se que atinja o nível mais elevado de
inferência, fornecendo um embasamento psicodinâmico, que pode facilitar a opção por um tipo
de terapia e a condução de um processo terapêutico. Isso não significa uma desconsideração pela
classificação diagnóstica do caso, mas um passo subsequente, que leva a uma formulação
interpretativa mais abrangente e inclusiva, que é integrada conforme pressupostos teóricos
básicos (TURKAT, 1985: 37).

Enfim, para chegar à avaliação compreensiva, o psicólogo deve ter um entendimento da natureza
da interação clínica, não só na entrevista, mas durante a realização da série de tarefas, implícitas
numa bateria de testes, que constituem um campo fértil para observar vários tipos de
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comportamento e, especialmente, a maneira como o paciente “formula ou distorce a situação a
fim de adaptá-la às suas fantasias, atitudes e expectativas profundamente arraigadas
(habitualmente inconscientes) sobre as relações interpessoais.

BECK (1997) sugere uma forma resumida de formulação, um diagrama de conceituação


cognitiva, onde o terapeuta pode organizar estas questões de forma a reunir dados sobre as
situações-problema típicas vivenciadas pelo cliente, seus pensamentos automáticos, emoções e
comportamentos, além de estratégias comportamentais, crenças intermédiárias, crenças centrais e
dados relevantes da infância que juntos, integram uma espécie de “mapa cognitivo da
psicopatologia do cliente”. Este diagrama é muito útil na prática clínica por ser de fácil
compreensão, não só para o terapeuta como também para o cliente, além de poder ser utilizado
como instrumento didático para o cliente entender melhor o modelo cognitivo e a compreensão
de suas dificuldades sob este ponto de vista.

Para terminar, SHINOHARA (2001: 45), considera que, as conversas sobre o prognóstico são
necessárias para que os pacientes sejam plenamente informados sobre o curso provável de sua
doença. Um prognóstico positivo poderia aliviar a ansiedade dos pacientes em relação ao
diagnóstico de câncer, enquanto um mau prognóstico pode levar os pacientes a estabelecer
diretivas antecipadas, ter conversas sobre o fim da vida com os entes queridos e resolver
quaisquer situações. O prognóstico de um paciente também ajuda a tomar as decisões sobre os
próximos passos do tratamento.

Pacientes com bom prognóstico podem escolher tratamentos agressivos com o objetivo de
remissão. Por outro lado, pacientes com prognósticos maus podem optar por tratamento paliativo
que alivie os efeitos colaterais e melhore a qualidade de vida. É importante considerar que o
prognóstico não é estático e pode mudar como resultado dos tratamentos recebidos ou da
progressão da doença. Assim, o compartilhamento da informação prognóstica precisa ser um
processo revisado e atualizado ao longo do tempo para que os pacientes façam escolhas
informadas sobre o tratamento.

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3. Conclusão

Finda pesquisa, pode-se concluir que o prognóstico é um exercício de suposições a respeito do


futuro. Poderemos sempre imaginar as mais diversas situações e cenas. No entanto, atingir o
objetivo desejado depende de uma série de fatores que veremos nesta aula. Um prognóstico
dependerá, sempre, do diagnóstico realizado. O prognóstico será elaborado de acordo e sob a luz
da situação atual, da realidade analisada. É importante destacar que a Avaliação Psicológica,
deve ser entendida como um processo compreensivo, que tem por objetivo o conhecimento e o
prognóstico do comportamento de um determinado indivíduo. Esse processo de investigação
deve se pautar em objetivos claros e ser realizado com ética e profissionalismo, observando-se as
definições legais preconizadas e o grau de conhecimento científico desenvolvido para a atuação
mais consistente.

Para chegar à inferência clínica, chamada de diagnóstico, o psicólogo deve examinar os dados de
que dispõe (que englobam informações sobre o quadro sintomático, dados da história clínica, as
observações do comportamento do paciente durante o processo psicodiagnóstico e os resultados
da testagem), em função de determinados critérios (critérios diagnósticos), podendo considerar,
assim, várias alternativas diagnósticas. Se certos critérios específicos são atendidos, pode
classificar o caso numa categoria nosológica. Para tal fim, deve utilizar uma das classificações
oficiais conhecidas. Com base em tal classificação e em aspectos específicos da história clínica,
poderá fazer predições sobre o curso provável do transtorno (prognóstico) e planejar a
intervenção terapêutica adequada.

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IV. Bibliografia
BECK, A. T. & ALFORD, B. A. O poder intergrador da terapia cognitiva. Porto Alegre: Artes
Médicas. 2000
BECK, J. S. Terapia cognitiva: Teoria e prática. Porto Alegre: Artes Médicas, 1997
LAMBERT, M. J. The effectiveness of psychotherapy: What has a century of research taught us
about the effects of treatment?, 2002, Obtido em 12 de Maio de 2021 do World Wide Web:
http://www.cwru.edu/61200/affil/div29/lambert.htm
RANGÉ, B. & SILVARES, E. F. M. “Avaliação e formulação de casos clínicos adultos e
infantis”. Em B. RANGÉ (Org.), Psicoterapias cognitivo-comportamentais: um diálogo com
a psiquiatria (p. 79-100). Porto Alegre: Artmed. 2001
SHINOHARA, H. Psicoterapia funciona? Estudos e pesquisas em psicologia. Revista do
Instituto de Psicologia da UERJ, 2001
TURKAT, I. D. Behavioral case formulation. New York: Plenum, 1985

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