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UNIVERSIDADE DO VALE DO RIO DOS SINOS - UNISINOS

Oficina: Intervenções no Campo Psicológico

Aluna: Mariéli Drachler

Atividade: Análise de caso

Os pais de Emanuel, que está com quatro anos de idade, foram a um atendimento na
Unidade Básica de sua cidade, a qual fica no in,terior do estado, e tem sua economia
muito baseada no plantio de fumo. Eles comentaram que ele vem apresentando
comportamentos agressivos. O que mais chama atenção de Eduardo e de Ivone, seus
pais, é que essas condutas são direcionadas a si mesmo. Emanuel tende a se bater com
as mãos, atingindo a cabeça, os ombros e as coxas. Ivone disse perceber como isso
acontece em momentos de maior agitação, como em locais cheios de pessoas.
Eduardo aparentou ficar na dúvida, e disse se tratar de uma forma que Emanuel achou
para chamar a atenção. O menino está ingressando na pré-escola, contexto em que vem
demonstrando dificuldades para brincar com as outras crianças. As educadoras
relataram que Emanuel prefere brincar sozinho, tendo muito interesse nos blocos
coloridos e na argila. Ele também adora quando chove, pois assim pode brincar no barro
que se forma com a terra molhada. Os pais também relataram uma piora no sono de
Emanuel, que tem dormido menos durante a noite. O menino só tem conseguido dormir
na cama de seus pais, o que leva Eduardo a dormir em outro quarto. Ao serem
questionados, disseram que seu filho se comunica bem – é capaz de pedir coisas e
dizer os nomes dos personagens dos programas que assiste na TV (ver televisão, aliás,
é uma das atividades preferidas de Emanuel). O menino, por sua vez, não apresenta
uma fala fluente, conversando pouco com outras pessoas, demonstrando o que parece
ser uma timidez excessiva. Além disso, Emanuel repete bastante algumas palavras
específicas, possivelmente relacionadas aos desenhos animados. Nas conversas,
reproduz várias vezes falas que provavelmente escutou de seus pais, como “olha, vou te
contar viu?”. Emanuel responde perguntas objetivas, e diz não gostar de desenhar,
porque o Tino, seu amigo imaginário, não deixa.

a) fatores de risco

Dentre os fatores de risco apresentado pelo caso estão:


● Comportamentos agressivos, contra si mesmo;
● Desconforto em momentos de maior agitação ou em locais movimentados, com
mais pessoas;
● O pai acredita que a criança quer chamar atenção, nestes momentos de
manifestações agressivas;
● Dificuldade sociais no momento de interação com outras crianças;
● Piora no sono, tem dormido menos e somente na cama dos pais;
● Dificuldade de fala;
● Timidez excessiva;

b) fatores de proteção

Dentre os fatores de proteção apresentado pelo caso estão:


● Pais observadores, conseguem mencionar alguns detalhes das dificuldades do
filho;
● Ingresso na escola, parece haver suporte das educadoras;
● Realiza atividades que gosta e que estão adequadas para crianças;

c) um plano de intervenção - (podem focar em encaminhamentos, o que abordar em


atendimentos, promoção de vínculos, etc)

Como plano de intervenção para o Emanuel, de quatro anos de idade:


● Abordar em atendimentos questões como o contexto vivido pela criança quando
iniciaram os comportamentos agressivos, investigar se houve algum evento
estressante, investigar questões familiares (como relacionamento dos pais,
também para com a criança), observar se há indícios de maus tratos ou
negligência;
● Encaminhamento para um profissional de fonoaudiologia, para as questões de
dificuldade na fala;

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