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fisioterapia baseada em evidências

Rafael Ferreira Prado


Matricula:62110025

Projeto interdiciplinar II

BELFORD ROXO
2021
O que é a fisioterapia baseada em evidências
Resultado da aplicação em fisioterapia do modelo de Medicina Baseada em Evidência (MBE), criada nos
anos 1980, a Fisioterapia Baseada em Evidência (FBE) é a integração da experiência clínica com as
melhores evidências disponíveis através de estudos de investigações científicas. Sackett e colaboradores
(1996) define a MBE como “o emprego consciente, explícito e verdadeiro da melhor evidência atual, para
concretar melhores decisões. Sua prática significa integrar a capacidade clínica individual com a melhor
evidência clínica externa disponível a partir da investigação sistemática”. Portanto, como o conceito de
fisioterapia baseada em evidências é uma ramificação da medicina baseada em evidências, pode-se usar a
definição de Sackett et al para ela. Uma vez que ao basear-se em evidências na prática clínica, o
fisioterapeuta está utilizando de técnicas estudadas e testadas em campo, pois, evidência é aquele
conhecimento produzido através do método científico. Logo, ele pode garantir um tempo menor de
tratamento ao paciente e, talvez até, menos custos financeiros. Assim, o fisioterapeuta conseguirá
identificar as melhores formas de estabelecer diagnósticos, prognósticos e selecionar intervenções mais
eficazes para solução nos tratamentos de seus pacientes. Por que praticar fisioterapia baseada em
evidências? Já foi bastante comum que muitos fisioterapeutas tivessem o hábito de basear sua prática
clínica na experiência de colegas, por exemplo. Contudo, com o crescimento exponencial da internet no
começo dos anos 2000, resultados de pesquisas começaram a ser publicados em um ritmo frequente e o
acesso a essas pesquisas tornou-se mais fácil.
Afinal, na era pré-internet pesquisas científicas podiam ser acessadas por poucas pessoas, quando muito,
só por alunos de determinadas universidades. Hoje, a fisioterapia baseada em evidência, é uma prática
imprescindível para o fisioterapeuta. Ela respalda a tomada de decisões clínicas, desde o diagnóstico até a
alta do paciente, sempre tomando por base a realidade clínica e, é claro, as preferências dos pacientes.
Mas por que, afinal, é tão importante a prática da fisioterapia baseada em evidências? A PBE permite ao
fisioterapeuta:Agregar a sua experiência profissional com as melhores evidências científicas; Melhor
avaliação de riscos e benefícios de determinadas intervenções no paciente; Tomada de decisões baseadas
em estudos publicados nas revistas mais importantes de sua especialidade; Menores custos financeiros,
tanto para ele quanto para o paciente, pois ao saber a respeito do tratamento mais indicado, não se perde
tempo com metodologias sem resultados. Outro motivo bem relevante para basear as práticas clínicas em
evidências é o grande número de pesquisas científicas produzidas em todo o mundo. Por mais que as
melhores e mais significantes pesquisas sejam produzidas na língua inglesa, o Brasil, mesmo longe de ser
um dos países com mais pesquisas publicadas, possui importante relevância no cenário mundial de
publicações de pesquisas. O Brasil é o 13º maior produtor de publicações de pesquisa em nível mundial e
seus resultados crescem anualmente. Mesmo que, historicamente, o impacto das pesquisas brasileiras na
produção científica mundial foi baixa, os números vêm mudando e na última década teve um aumento de
18%. Então, há boas pesquisas nas diversas especialidades da fisioterapia em português, nossa língua
nativa. E com o fácil acesso a vários desses estudos, o fisioterapeuta tem uma gama maior para encontrar
embasamento para seus tratamentos. Experiência do fisioterapêuta + evidências científicas = ganho nos
tratamentos
A fisioterapia baseada em evidências se baseia em 3 princípios: Uso das melhores evidências disponíveis;
Conhecimento do fisioterapeuta; e Preferência do paciente. Essa tríade garante ganhos aos pesquisadores,
aos profissionais da fisioterapia e aos pacientes. Por consequência, a junção de todos esses agentes, leva a
um aumento significativo da credibilidade da fisioterapia perante a outras áreas da saúde. Uma vez que
para as análises realizadas nas clínicas, o fisioterapeuta poderá comprovar as afirmações que fizer. Afinal,
ela foi baseada em evidências científicas que garantem assertividade à prática clínica. Desta forma,
análises subjetivas perdem cada vez mais espaços nos consultórios, o que é de grande importância para os
profissionais e pacientes. O objetivo da prática baseada em evidências é fazer da investigação científica
uma ferramenta que permita ao fisioterapeuta encontrar evidências que justifiquem sua atuação frente a
determinadas doenças e problemas dos pacientes a fim de encontrar os melhores resultados com seus
tratamentos. No fim, as evidências científicas buscam dar a garantia de campo para o fisioterapeuta
analisar aquele estudo e, com sua experiência, decidir se aquele resultado encontrado na pesquisa pode ser
utilizado ou não com seus pacientes. É um trabalho de combinar os conhecimentos práticos
(fisioterapeuta) e científicos (pesquisadores). Conclusão
Como vimos, praticar a fisioterapia baseada em evidências produz ganhos para 3 agentes envolvidos:
pesquisadores, fisioterapeutas e pacientes. A cada ano que se passa, o número de pesquisas realizadas
aumenta e por consequência novas tecnologias surgem derivadas de descobertas encontradas nessas
pesquisas, como é o caso da E-lastic. O uso de tecnologia na fisioterapia pode ser, sim, considerada uma
consequência da prática baseada em evidências. Um exemplo, são as tecnologias de biofeedback portátil,
que garantem a um nível ainda maior o acesso a evidências na prática clínica. Portanto, é importante que
além de consumir pesquisas científicas, o fisioterapeuta procure tecnologias que auxiliem no tratamento
de problemas e doenças de seus pacientes.

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