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Bertilia Leidita Meque Mário

Ivanilda chacale João Save

Teresa Isabel da Silva

Wisan Marcos ponda Agostinho

Avaliação de Riscos

Licenciatura em Gestão de Recursos Humanos com Habilitações em HST

3º Ano - Pós - Laboral (1º Semestre)

Universidade Púnguè

Tete

2021
Bertilia Leidita Meque Mário

Ivanilda chacale João Save

Teresa Isabel da Silva

Wisan Marcos ponda Agostinho

Avaliação de Riscos

Licenciatura em Gestão de Recursos Humanos com Habilitações em HST

Trabalho de pesquisa, para avaliação, na cadeira de

de Legislação de Higiene e Segurança no Trabalho,

com Habilitação em HST.

Docente: Juliana

Universidade Púnguè

Tete

2021
Índice

1. Introdução............................................................................................................................................4
2. Objectivos.............................................................................................................................................5
2.1. Geral.............................................................................................................................................5
2.2. Específicos....................................................................................................................................5
3. Metodologias.......................................................................................................................................6
3.1. Classificação da Pesquisa..............................................................................................................6
3.1.1. Quanto à natureza:...............................................................................................................6
3.1.2. Quanto aos objectivos:.........................................................................................................6
3.1.3. Quanto à abordagem............................................................................................................6
3.1.4. Quanto à procedimentos técnicos:.......................................................................................6
4. Conceitos fundamentais.......................................................................................................................7
4.1. Perigo...........................................................................................................................................7
4.2. Risco.............................................................................................................................................7
4.3. Avaliação de riscos.......................................................................................................................7
5. Objectivos de avaliação de riscos.........................................................................................................7
6. Actividades envolvidas na avaliação de risco.......................................................................................8
7. Fases da Avaliação do Risco..................................................................................................................8
7.1. A Análise do Risco.........................................................................................................................8
7.1.1. Identificação de perigo e possíveis consequências.....................................................................9
7.1.2. Identificação das pessoas expostas..........................................................................................10
7.1.3. Estimativa do Risco...................................................................................................................10
7.2. Valoração do Risco.....................................................................................................................11
7.3. Metodologias de Avaliação de Riscos.........................................................................................11
7.3.1. Métodos de Avaliação Qualitativos....................................................................................12
7.3.2. Métodos de Avaliação Quantitativos..................................................................................12
7.3.3. Métodos de Avaliação Semi-Quantitativos.........................................................................12
7. Conclusão...........................................................................................................................................13
8. Referências Bibliográfica....................................................................................................................14
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1. Introdução
A avaliação de riscos é a base para a prevenção de acidentes e doenças profissionais. Esta deverá
ser cuidadosamente efetuada e adequada à realidade de cada empresa, garantindo que todos os
riscos relevantes são identificados e indicadas as respetivas medidas de prevenção, bem como
garantido a verificação da sua eficácia, o devido registo dos resultados e a avaliação em
intervalos regulares.
Com este trabalho pretende-se apresentar uma síntese dos métodos de avaliação de riscos, bem
como proceder à escolha do método mais adequado para o objeto de estudo, empresa de
construção civil.
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2. Objectivos
2.1. Geral
 Abordar acerca da avaliação de riscos

2.2. Específicos
 Conhecer os diferentes métodos de avaliação de risco,
 Abordar sobre os objectivos de avaliação de riscos,
 Conhecer as actividades envolvidas na avaliação de riscos.
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3. Metodologias
3.1. Classificação da Pesquisa
3.1.1. Quanto à natureza:
Pesquisa Aplicada: Objectiva gerar conhecimentos para aplicação prática, dirigidos à solução de
problemas específicos. (GIL, 2007).

3.1.2. Quanto aos objectivos:


Pesquisa exploratória:Pode envolver levantamento bibliográfico, entrevistas com pessoas
experientes no problema pesquisado. Geralmente, assume a forma de pesquisa bibliográfica e
estudo de caso. (GIL, 2007)

3.1.3. Quanto à abordagem


A abordagem qualitativa implica uma revisão da literatura por pesquisa bibliográfica, de modo a
conhecer, compreender e analisar o que os outros investigadores que já estudaram sobre o tema.
(GIL, 2007).

3.1.4. Quanto à procedimentos técnicos:

Pesquisa Bibliográfica: é desenvolvida com base em material já elaborado, constituído


principalmente de livros e artigos científicos. (GIL, 2007).
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4. Conceitos fundamentais
4.1. Perigo
Segundo (COMISSÃO EUROPEIA, 1996) é a propriedade ou capacidade intrínseca de uma
coisa (materiais, equipamentos, métodos e práticas de trabalho, por exemplo) potencialmente
causadora de danos;
4.2. Risco
Segundo (COMISSÃO EUROPEIA, 1996) – a probabilidade do potencial danificador ser
atingido nas condições de uso e/ou exposição, bem como a possível amplitude do risco.
É então entendido que o perigo reporta-se a uma condição estática de algo com potencial para
causar um dano, a título de exemplo ferramentas, máquinas, produtos, métodos de trabalho. Um
perigo não conduz necessariamente a danos, mas a existência de um perigo significa a
possibilidade de ocorrerem danos.
4.3. Avaliação de riscos

Para (ROXO, 2006). A avaliação de riscos é o processo de avaliação para a saúde e segurança
das/os trabalhadores decorrentes de perigos no local de trabalho. É, pois, a análise sistemática de
todos os aspectos do trabalho que identifica:

 A possibilidade de os perigos serem eliminados e, se tal não for o caso, controlados;


 As medidas de prevenção ou protecção que existem, ou deveriam existir, para
controlarem os riscos.

5. Objectivos de avaliação de riscos


Todos os anos, milhares de trabalhadores se lesionam no trabalho; outros entram de baixa por
motivos de stresse, de sobrecarga de trabalho; lesões músculo-esqueléticas; problemas de visão;
problemas de audição, problemas respiratórios ou outras doenças relacionadas com o trabalho.
Para além do custo humano que têm para as/os trabalhadores e suas famílias, os acidentes e as
doenças consomem igualmente os recursos dos sistemas de saúde e afectam a produtividade das
empresas.
A avaliação de riscos constitui, pois, a base de uma gestão eficaz da segurança e saúde e é
fundamental para reduzir as doenças profissionais e os acidentes de trabalho. Se for bem
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realizada, esta avaliação pode melhorar a saúde e a segurança das/os trabalhadores, bem como, de
um modo geral, o desempenho das empresas. (ROXO, 2006).

6. Actividades envolvidas na avaliação de risco

 Identificar o perigo – o que é que poderá correr mal?

 Determinar quem poderá ser atingido e o grau de gravidade.

 Incluir no processo a consulta dos trabalhadores e fornecer informações sobre os


resultados das avaliações de riscos.

 Decidir o grau de probabilidade de ocorrência de acidente.

 Decidir o modo como os riscos podem ser eliminados ou reduzidos – é possível melhorar
as instalações, os métodos de trabalho, o equipamento ou a formação?
 Estabelecer prioridades para as medidas a tomar, com base na dimensão dos riscos,
número de trabalhadores afectados, etc.
 Pôr em prática medidas de controlo.
 Verificar se as medidas de controlo funcionam.
 As necessidades de formação e informação.
 As necessidades da vigilância da saúde dos trabalhadores.

7. Fases da Avaliação do Risco


A avaliação de risco pode compreender duas fases:
 A análise do risco, que visa determinar a magnitude do risco;
 A valoração do risco, que visa avaliar o significado que o risco assume.

7.1. A Análise do Risco


A análise de risco, por determinados autores também designada por avaliação de risco, pretende
uma decomposição detalhada do objeto selecionado para alvo de avaliação (uma simples tarefa,
um local, um equipamento, uma situação, uma organização ou sistema).

A concretização da análise de risco deve compreender 3 etapas, como se pôde visualizar na figura
acima:
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 Identificação do perigo e possíveis consequências, mediante a reunião da informação


pertinente (legislação, manuais de instruções das máquinas, fichas de dados de segurança
de substâncias, processos e métodos de trabalho, dados estatísticos, experiência dos
trabalhadores);
 Identificação das pessoas expostas ou terceiros – potencialmente expostos a riscos
derivados destes perigos;
 Estimativa do risco (qualitativa ou quantitativa) dos riscos identificados, valorando
conjuntamente a probabilidade da sua emergência – ou e estimativa da sua frequência –
e as consequências da materialização do perigo – a gravidade, também designada de
severidade.

7.1.1. Identificação de perigo e possíveis consequências


Na identificação do perigo pretende-se verificar que perigos estão presentes numa determinada
situação de trabalho e as suas possíveis consequências, em termos de danos sofridos pelos
trabalhadores sujeitos à exposição desses mesmos perigos.

Para tal e segundo (COMISSÃO EUROPEIA, 1996), deve-se:


a) Consultar e fazer participar os trabalhadores;
b) Examinar sistematicamente todos os aspetos do trabalho, isto é:
1. Observar o que realmente sucede no local de trabalho ou durante a execução dos
trabalhos (a prática real pode diferir do que está escrito nos manuais);
2. Pensar nas operações não rotineiras e intermitentes;
3. Ter em conta eventos não planeados mas previsíveis, tais como interrupções das
atividades laborais.
c) Identificar os aspetos do trabalho potencialmente causadores de danos (os perigos).
Esta etapa pode ser considerada como a mais critica em todo o processo, na medida em que, um
perigo não identificado é um perigo não avaliado e, consequentemente, não controlado.
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7.1.2. Identificação das pessoas expostas


Na fase subsequente que é a da estimativa do risco, prevê-se o conhecimento, objetivo ou
subjetivo, da gravidade ou severidade que um determinado dano pode assumir, bem como, da
probabilidade de ocorrência do mesmo.

Esta probabilidade de ocorrência vai depender:


a) Do tipo de pessoas expostas, ou seja, consoante o nível de formação, sensibilização,
experiência, suscetibilidade individual, etc., será diferente a probabilidade de sofrer um
determinado nível de dano;
b) Da frequência da exposição.

De acordo com (COMISSÃO EUROPEIA, 1996), é importante considerar todas as pessoas que
poderão estar expostas, ou seja, não só os trabalhadores diretamente afetos ao posto de trabalho
em análise, mas também todos os outros trabalhadores no espaço de trabalho.

Importante ainda, é considerar também aqueles que podem não estar sempre presentes, tais como:
clientes, visitantes, construtores, trabalhadores de manutenção, assim como grupos de sujeitos
que possam ser particularmente vulneráveis: trabalhadores jovens e inexperientes, grávidas e
lactantes, trabalhadores com mobilidade condicionada, ou ainda trabalhadores que tomam
medicação passível de aumentar a sua suscetibilidade.

7.1.3. Estimativa do Risco


Nesta fase, o objetivo consiste na quantificação da magnitude do risco, ou seja da sua criticidade.
Segundo diversos autores a magnitude do risco é função da probabilidade de ocorrência de um
determinado dano e a gravidade a ele associada, sendo representada pela seguinte fórmula:
Risco (R) = Probabilidade (P) x Gravidade (G).
A estimativa destas duas variáveis assume particularidades consoante os métodos utilizados, isto
é, consoante se recorra a avaliações quantitativas, semi-quantitativas ou qualitativas (GADD ET
AL., 2003).
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A escolha do método deve ter em conta:


 O objetivo da avaliação (Risco de que? Risco para quem? Risco devido a quê?);
 O nível de detalhe para a avaliação;
 Os recursos disponíveis (humanos e técnicos);
 A natureza dos perigos e respetiva complexidade.

7.2. Valoração do Risco


A valoração do risco corresponde à fase final da Avaliação de Risco e visa comparar a magnitude
do risco com padrões de referência e estabelecer o grau de aceitabilidade do mesmo. Trata-se de
um processo de comparação entre o valor obtido na fase anterior – Análise de Risco – e um
referencial de risco aceitável (ROXO, 2006).

Nesta fase deve reunir-se informação que permita:


a) Avaliar as medidas de controlo implementadas;
b) Priorizar as necessidades de implementação de medidas de controlo;
c) Definir as ações de prevenção / correção a implementar.
Em suma, o resultado desta fase deve permitir a definição das ações de melhoria, que podem
assumir carácter de curto ou longo prazo.

7.3. Metodologias de Avaliação de Riscos


Em termos metodológicos, não existem regras fixas sobre a forma como a avaliação de riscos
deve ser efetuada. No entanto segundo (COMISSÃO EUROPEIA, 1996), dois princípios devem
ser considerados quando se pretende fazer uma avaliação:
 Estruturar a operação, de modo a que sejam abordados todos os perigos e riscos
relevantes;
 Identificar o risco, de modo a equacionar se o mesmo pode ser eliminado.

Qualquer que seja a metodologia que se pretenda implementar, a abordagem deverá ser comum e
integrar os seguintes aspetos (COMISSÃO EUROPEIA, 1996):
 Observação do meio circundantes do local de trabalho;
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 Identificação de atividades realizadas no local de trabalho;


 Consideração dos trabalhos realizados no local de trabalho;
 Observação de trabalhos em progresso;
 Consideração de padrões de trabalho;
 Consideração de fatores externos que podem afetar o local de trabalho;

Nas fases de estimativa / valoração do risco, podem ser empregues vários tipos de modelos:
1. Métodos de avaliação qualitativos;
2. Métodos de avaliação quantitativos;
3. Métodos de avaliação semi-quantitativos.

7.3.1. Métodos de Avaliação Qualitativos


A aplicação de métodos qualitativos de estimativa e valoração de riscos profissionais tem por
base o histórico dos dados estatísticos de cada risco profissional (estatística da sinistralidade da
empresa, relatórios de acidentes e incidentes, estatística da sinistralidade do sector de atividade,
etc.) ou a opinião de pessoas experientes, dos trabalhadores e dos seus representantes quanto ao
esperado relativamente a determinado risco profissional. (CABRAL, 2012)

7.3.2. Métodos de Avaliação Quantitativos


A quantificação da gravidade recorre a modelos matemáticos de consequências, de forma a
simular o campo de um dado agente agressivo e o cálculo da capacidade agressiva em cada um
dos pontos desse campo, estimando então os dados esperados (ROXO, 2006).

7.3.3. Métodos de Avaliação Semi-Quantitativos


Nestes estima-se o valor numérico da magnitude do risco profissional (R), a partir do produto
entre a estimativa da frequência do risco (F) e a gravidade esperada (G) das lesões.
Adicionalmente e sempre que se verifique a exposição ao perigo de mais do que uma pessoa, é
ainda possível multiplicar aquele número pelo número de pessoas expostas (HSE, 1993:40;
CERM, 1997:16, in ROXO, 2006), de que resulta uma hierarquização a partir da seguinte
formulação:
Risco = Frequência X Gravidade X Extensão das pessoas expostas
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7. Conclusão
Citando (OIT, 2011), a segurança e saúde no trabalho trata da prevenção de acidentes e de
doenças profissionais, bem como da proteção e promoção da saúde dos trabalhadores. Tem como
objetivo melhorar as condições e o ambiente de trabalho. Neste contexto, a antecipação, a
identificação, a avaliação e o controlo dos riscos com origem no local de trabalho, ou daí
decorrentes, que possam deteriorar a saúde e o bem-estar dos trabalhadores, são os princípios
fundamentais do processo de avaliação e de gestão dos riscos profissionais.
É neste contexto que se exige por parte das entidades empregadoras uma sensibilização para a
cultura da prevenção. Para tal é necessário por em prática as ferramentas disponíveis que neste
contexto fazem parte as metodologias de avaliação e controlo dos riscos profissionais.
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8. Referências Bibliográfica

NP 4410. Sistemas de Gestão de Segurança e Saúde do Trabalho – Linhas de orientação param a


implementação da norma NP 4397: IPQ – Instituto Português da Qualidade. 2004.

GIL, M. Pesquisas científicas. 5ª ed. São Paulo: Cortez, 2007.

EUROPEIA, C. Guia para a avaliação de riscos no local de trabalho. Bruxelas: Serviço das
Publicações Oficiais das Comunidades Europeias. 1996.

GADD, S., DEBORAH, K. & BALMFORTH, H.. Good practice and pitfall in risk assessemente.
Sehffield, UK: Health & Seafty Executive. 2003.

CABRAL, F. Segurança e Saúde do Trabalho – Manual de Prevenção de Riscos Profissionais.


Lisboa: Verlag Dashofer. 2011.

OIT. Sistema de Gestão da Segurança e Saúde no Trabalho: Um sistema para uma melhoria
contínua. Portugal: Ciência Gráfica. 2011.

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