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As Perspectivas Deontológica
e Consequencialista da Ética.
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A Ética normativa:
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As éticas deontológicas (deon –grego- necessidade,
dever):
defendem que as acções
são certas ou correctas
independentemente das
consequências que
resultem da sua realização
ou não realização. Como
tal, para esta perspectiva os
actos são correctos do
ponto de vista moral ou
incorrectos,
independentemente das
consequências boas ou
más que daí possam
resultar.
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Exemplos (éticas deontológicas):
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As éticas consequencialistas:
são todas as teorias morais
que ajuízam sobre o valor
das acções a partir das
suas consequências ou fim.
O utilitarismo é a forma
mais conhecida destas
teorias que consideram as
acções a partir dos
resultados que produzem.
Como tal, romper uma
promessa será moral ou
correcto, ou não,
dependendo das
consequências boas ou
más que resultem da
acção.
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As éticas consequencialistas ou teleológicas (telos-
grego- fim):
são éticas materiais,
dado que agir bem ou
mal depende do
conteúdo ou matéria da
acção, ou de um bem
exterior à acção em si
mesmo. O valor reside
nas finalidades
alcançadas pela acção
e nas consequências
que dela são
resultantes.
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As éticas deontológicas:
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Immanuel Kant (1724-1804):
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Agir por Dever e a Felicidade
uma acção tem um valor
moral se for realizada única
e simplesmente por dever.
E agir por dever, torna o
humano merecedor da
felicidade, porque ao agir a
partir de um imperativo
absoluto e incondicional, a
lei moral ou lei da razão,
implica que a acção não
seja considerada um meio,
mas um fim em si mesmo, o
que torna o homem um ser
virtuoso, merecedor de
atingir o Soberano bem.
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John Stuart-Mill (1806-1873) e a ética
utilitarista:
defende que a felicidade ou
bem-estar é a finalidade última
de todas as acções humanas.
A moralidade de uma acção
deriva do facto dela resultar a
maior felicidade ou bem-estar
possível, para as pessoas que
por ela são afectadas: o
fundamento da moralidade
implica a maior felicidade para
o maior número de pessoas.
Neste contexto, as acções
humanas são entendidas
como meios para uma
finalidade que faz igualmente
convergir todas as actividades:
a felicidade ou bem-estar.
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O utilitarismo:
Procurar experiências
aprazíveis e evitar a
dor— é pois, o lema da
vida humana segundo
o utilitarismo. Esta
perspectiva que
identifica a felicidade
com o prazer e bem-
estar designa-se por
hedonismo.
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Exemplo:
Um grupo de pioneiros do Oeste americano
fugiu dos índios para um pequeno bosque,
e um bebé chorou denunciando a presença
do grupo escondido. A mãe sufoca-o, sacrificando-o,
salvando o resto do grupo. Pratica uma acção correcta
de um ponto de vista, tal dá lugar às “melhores
consequências”, sob pena do grupo ser todo dizimado -
perspectiva consequencialista ou utilitarista (material).
Do ponto de vista da ética kantiana, ou ética
deontológica (formal), centrada na ideia do dever moral
como absoluto e incondicional, é uma acção incorrecta:
“Não deves matar”; logo, a mãe agiu de forma
interesseira, porque pensou no seu bem-estar e nos
demais.
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