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AGRUPAMENTO DE ESC.

POETA JOAQUIM SERRA

PROF. Mª JOÃO MENDES

As Perspectivas Deontológica
e Consequencialista da Ética.

Kant e Stuart Mill

1
A Ética normativa:

 integra o âmbito da filosofia


moral que investiga o modo
de valorar as acções e de
as classificar como morais
ou não. As éticas
deontológicas e as éticas
consequencialistas são
duas perspectivas teóricas
da ética normativa que
visam fundamentar as
acções morais partindo de
diferentes pressupostos.

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As éticas deontológicas (deon –grego- necessidade,
dever):
 defendem que as acções
são certas ou correctas
independentemente das
consequências que
resultem da sua realização
ou não realização. Como
tal, para esta perspectiva os
actos são correctos do
ponto de vista moral ou
incorrectos,
independentemente das
consequências boas ou
más que daí possam
resultar.

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Exemplos (éticas deontológicas):

 Romper uma promessa


será sempre imoral
independentemente daí
poder advir, num caso
concreto, boas ou más
consequências. Logo, há
actos intrinsecamente
errados que é nosso dever
evitar e actos
intrinsecamente correctos
que é nosso dever realizar
– certos deveres constituem
uma obrigação moral.

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As éticas consequencialistas:
 são todas as teorias morais
que ajuízam sobre o valor
das acções a partir das
suas consequências ou fim.
O utilitarismo é a forma
mais conhecida destas
teorias que consideram as
acções a partir dos
resultados que produzem.
Como tal, romper uma
promessa será moral ou
correcto, ou não,
dependendo das
consequências boas ou
más que resultem da
acção.

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As éticas consequencialistas ou teleológicas (telos-
grego- fim):
 são éticas materiais,
dado que agir bem ou
mal depende do
conteúdo ou matéria da
acção, ou de um bem
exterior à acção em si
mesmo. O valor reside
nas finalidades
alcançadas pela acção
e nas consequências
que dela são
resultantes.

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As éticas deontológicas:

 consideram que o valor da


acção se encontra na
intenção e, logo, no
imperativo moral que se
coloca como móbil dos
actos humanos. Este móbil
é vazio de conteúdo, tendo
um carácter formal que não
refere qualquer norma
particular para esta ou
aquela acção, mas o
carácter universal
subjacente a todo e
qualquer acto moral.

7
Immanuel Kant (1724-1804):

 defende na sua obra


“Fundamentação da
Metafísica dos Costumes”
que a boa vontade é a
única coisa neste mundo
que tem valor absoluto, e
que vale
independentemente das
possíveis consequências
das suas acções, logo é
absolutamente boa. A ética
Kantiana coloca-se como a
expressão da ética
deontológica.

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Agir por Dever e a Felicidade
 uma acção tem um valor
moral se for realizada única
e simplesmente por dever.
E agir por dever, torna o
humano merecedor da
felicidade, porque ao agir a
partir de um imperativo
absoluto e incondicional, a
lei moral ou lei da razão,
implica que a acção não
seja considerada um meio,
mas um fim em si mesmo, o
que torna o homem um ser
virtuoso, merecedor de
atingir o Soberano bem.

9
John Stuart-Mill (1806-1873) e a ética
utilitarista:
 defende que a felicidade ou
bem-estar é a finalidade última
de todas as acções humanas.
A moralidade de uma acção
deriva do facto dela resultar a
maior felicidade ou bem-estar
possível, para as pessoas que
por ela são afectadas: o
fundamento da moralidade
implica a maior felicidade para
o maior número de pessoas.
Neste contexto, as acções
humanas são entendidas
como meios para uma
finalidade que faz igualmente
convergir todas as actividades:
a felicidade ou bem-estar.

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O utilitarismo:

 Procurar experiências
aprazíveis e evitar a
dor— é pois, o lema da
vida humana segundo
o utilitarismo. Esta
perspectiva que
identifica a felicidade
com o prazer e bem-
estar designa-se por
hedonismo.

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Exemplo:
 Um grupo de pioneiros do Oeste americano
fugiu dos índios para um pequeno bosque,
e um bebé chorou denunciando a presença
do grupo escondido. A mãe sufoca-o, sacrificando-o,
salvando o resto do grupo. Pratica uma acção correcta
de um ponto de vista, tal dá lugar às “melhores
consequências”, sob pena do grupo ser todo dizimado -
perspectiva consequencialista ou utilitarista (material).
 Do ponto de vista da ética kantiana, ou ética
deontológica (formal), centrada na ideia do dever moral
como absoluto e incondicional, é uma acção incorrecta:
“Não deves matar”; logo, a mãe agiu de forma
interesseira, porque pensou no seu bem-estar e nos
demais.
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