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PRINCIPAIS CRÍTICAS DO BEHAVIORISMO RADICAL

O Behaviorismo radical de Skinner foi tão criticado quanto o de Watson dizendo que
essa ideia ignora os processos cognitivos e afetivos, ou também que não leva em conta o
que há de único no sujeito. Em relação às críticas, é muito importante acabar citando
Maria Ester Rodrigues. A autora desenvolveu uma pesquisa em que entrevistou diversos
Ex-Behavioristas para verificar o quanto mereciam créditos às características da
abordagem que eram suas críticas. Ela dividiu as críticas em 2 categorias: equívocos e
discordâncias filosóficas/epistemológicas.
No equívoco se enquadram as críticas que derivam de preconceitos feitos através da
abordagem, ou seja, que não se sustentam apartir de um exame mais aprofundado do
tema. Esse preconceito ocorre por meio de uma confusão aos termos técnicos e a
complexidade da obra de Skinner.
Nas discordâncias filosóficas e epistemológicas há uma relação sobre a concepção de
homem do behaviorismo radical, de ambiente e de causalidade. Por exemplo, se uma
pessoa diz que não gosta do Behaviorismo porque acredita que a subjetividade é a
própria explicação ou causa do comportamento, sua crítica será envolvida com essa
categoria.
De acordo com Maria Ester, as críticas quem tem a ver com o desconhecimento da
abordagem não merecem nenhuma atenção, já as que derivam da discordância
epistemológica merecem uma análise e uma discussão mais aprofundada para o
conhecimento.
O próprio Skinner, em seu livro (Skinner 1974 ‘’Sobre o Behaviorismo’’ p.6 e 7) acaba
citando algumas críticas muito importantes sobre o behaviorismo radical. Alguma delas
são: que o behaviorismo ignora a consciência, os sentimentos e os estados mentais, não
tenta explicar os processos cognitivos, não considera as intenções ou os propósitos e é
superficial e não consegue lidar com as profundezas da mente ou da personalidade.
Basicamente ele explicita que o behaviorismo não é a ciência do comportamento
humano e sim a filosofia dele.
O behaviorismo radical pode ser facilmente confundido com o metodológico por conta
de algumas pessoas pensarem que comportar-se é agir feito um robô e não interagir com
o meio, perceber, e abstrair coisas.
INTRODUÇÃO

Burrhus Frederic Skinner (Susquehana, Pensilvânia, 20 de Março de 1904 - Cambridge,


18 de Agosto de 1990) foi um autor e psicólogo estadunidense. Ele fez alguns trabalhos
pioneiros em psicologia experimental e foi o propositor do Behaviorismo Radical,
abordagem que buscava entender o comportamento em função as relações entre história
filogenética e epistemológica
O sistema de psicologia de Skinner é sob muitos aspectos um reflexo de suas primeiras
experiências de vida. Ele considerava a vida um produto de reforços passados e
afirmava que sua própria vida era tão predeterminada, organizada e ordeira quanto seu
sistema ditava que todas as vidas humanas fossem.
Se formou em inglês e recebeu a chave simbólica "Phi Beta Kappa", logo manifestou o
desejo de se tornar um escritor. Durante dois anos depois de sua formatura, Skinner
dedicou-se a escrever e então decidiu que "não tinha nada importante a dizer", assim
assumindo um fracasso.

Depois de ler sobre John B. Watson e Ivan Pavlov, Skinner decidiu transferir seu
interesse literário pelas pessoas para um interesse mais científico. Em 1928, inscreveu-
se na pós-graduação de psicologia em Harvard, embora nunca tivesse estudado
psicologia antes. Comprometido ou não, doutorou-se três anos mais tarde. Seu tema de
dissertação deu uma primeira vislumbre da posição que ele iria aderir por toda a sua
carreira. Sua principal proposição era de que um reflexo não é senão a correlação entre
um estímulo e uma resposta. Concluiu o mestrado em 1930 e o doutorado em 1931.

Em 1945 tornou-se chefe do Departamento de Psicologia da Universidade de Indiana.


Iniciou lá seu projeto de uma "caixa educadora para bebê" um compartimento de vidro
com ar condicionado e temperatura controlada, no interior do qual era colocada a
criança para aprender por meio de reflexos condicionados.

Skinner manteve-se produtivo até a morte, aos oitenta e seis anos de idade, trabalhando
até o fim com o mesmo entusiasmo com quem começara uns sessenta anos antes. Em
seus últimos anos de vida ele construiu no porão de sua casa, sua própria "caixa de
Skinner" - um ambiente controlado que propiciava reforço positivo.

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