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A Conta

Nesta unidade do nosso curso iremos apresentar os pontos relevantes sobre o estudo da conta,
um elemento fundamental para a segregação das massas patrimoniais. Ao longo da unidade
vamos abordar a movimentação genérica das contas, bem como o raciocínio contabilístico. O
estudante também terá de resolver uma série de questões propostas, como forma de aliar a
teoria e prática, relacionadas com o estudo da conta.

Objectivos

Constituem objectivos desta unidade:

 Capacitar os estudantes no domínio dos conceitos básicos da conta;

 Desenvolver as habilidades dos estudantes no domínio de classificação do património


em contas;

 Desenvolver as habilidades dos estudantes no domínio de análise e classificação de


um facto patrimonial;

 Habilitar os estudantes no domínio de princípios e raciocínio contabilísticos;

 Desenvolver habilidades aos estudantes no domínio do registo dos factos


patrimoniais.

 Desenvolver a cultura, a postura e atitude contabilísticas nos estudantes.

Conceitos Básicos a Aprender


Débito Crédito
Saldo Variações complexas
Variações simples Subconjunto

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Mestre José Penane Chibomane
A conta
Geralmente em cada massa patrimonial, os respectivos elementos podem ser agrupados em
diversos subconjuntos com determinadas características comuns e específicas, de acordo com
a sua natureza e função que desempenham na entidade. São esses subconjuntos que se
designam por contas.
Conta é um conjunto de elementos patrimoniais com determinadas características comuns e
específicas, limitadamente definidas.

Elementos constitutivos da conta

1. Compreensão
A compreensão de uma conta é determinada pelas características comuns e específicas dos
elementos nela agrupados, devendo ser evidenciada, o mais claramente possível, pelo título
da conta (designação própria).
O Título deve ser escolhido de tal sorte que revele imediatamente a natureza dos elementos
que a compõem, ou seja, nos dê a conhecer o seu conteúdo.
Por exemplo, O TITULO “2.2 – Mercadorias” diz – nos que agrupam nesta conta todos os
bens que o comerciante adquire para a revenda sem transformar; do mesmo modo, o TITULO
“3.2 – Activos Tangíveis” diz – nos que agrupam nesta conta todos os activos fixos
corpóreos, isto é, com carácter de permanência na entidade, normalmente superior a um ano.

2. Extensão
A extensão é o valor da conta, expresso em unidades monetárias. Indica a quantidade de
unidades monetárias da conta.

Requisitos da Conta
1. Imutabilidade do Título, o título de uma conta é sempre o mesmo, nunca varia, ou
seja, o ponto de vista de uma conta é fixo e imutável, modificá-lo equivalerá a cair
numa outra conta.

2. Homogeneidade, uma conta só deve conter os elementos patrimoniais que obedeçam à


características comuns que ela define.

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A conta é homogénea, no sentido de que todos os elementos que compõem devem, sem
excepção alguma, apresentarem o carácter que foi tomado para o ponto de vista. Este carácter
ou ponto de vista comum a todos elementos patrimoniais agrupados numa conta é a condição
indispensável para que ela se considere como homogénea.

3. Integridade ou integralidade, a conta deve incluir todos os elementos patrimoniais que


gozam das características comuns por ela definidas.

Classificação da Conta:

1. Quanto a natureza
 Contas colectivas, são as contas que se encontram subdivididas noutras, chamadas
divisionárias.
 Contas divisionárias ou sub-contas, São consideradas contas divisionárias aquelas
que resultam da divisão das contas colectivas. São contas de grande utilidade para a
administração da entidade, pelo facto de fornecerem informações mais pormenorizadas no
processo de registo dos factos patrimoniais e da produção de informações inerentes a uma
racional tomada de decisões.

Subdivisões das contas divisionárias


De acordo com a natureza e necessidade contabilística de obter informações mais
pormenorizadas, as contas divisionárias poderão, igualmente, ser decompostas noutras ainda
menos amplas, designadas contas sub – divisionárias/subdivisões. Assim contas sub -
divisionárias são subdivisões das contas divisionárias.

2. Quanto ao grau
 Contas do 1º grau, São contas do maior grau de generalidade. Por exemplo: 1.2 -
Bancos, 2.2 - Mercadorias, 4.1 - Clientes, etc. Todas as contas do 1º grau são também
colectivas.
 Contas do 2º grau, são divisões de contas do 1º grau. Por exemplo:

1.2.1 – Depósitos a ordem é divisão de 1.2 - Bancos, 1.3.1- Clientes conta corrente, é divisão
de 1.3 – Clientes, etc.

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 Contas do 3º grau, são subdivisões das contas do 2º grau. Por exemplo: 1.2.1.1- BCI
é subdivisão da conta divisionária 1.2.1 – Depósitos a ordem, 1.2.1.2 – BIM, também
é subdivisão da mesma conta divisionária (1.2.1- Depósitos a ordem).

Quadro Resumo:

CONTAS
Colectivas Divisionárias (divisões) Subdivisões
1º Grau 2º Grau 3º Grau
1.2.1.1 - BCI
1.2.1 – Depósitos a ordem 1.2.1.2 - BIM
1.2.2.1- FNB
1.2 - Bancos
1.2.2 – Depósitos com pré aviso 1.2.2.2- B.Terra
1.2.3.1 – BN
1.2.3 – Depósitos a prazo
1.2.3.2 - BSTM
2.2.1.1- Mariana
2.2 - Mercadorias 2.2.1 – Arroz
2.2.1.2 - Sasseka

Contas Singulares ou Elementares


As contas que não encontram subdivididas noutras dizem-se contas singulares ou
elementares. Assim, por definição, não é possível que uma conta simultaneamente seja
colectiva e singular.

Variações das contas


Do princípio de dualidade patrimonial, da digrafia ou de partidas dobradas1, qualquer facto
patrimonial implica sempre a variação de duas ou mais contas, de igual valor mas com efeitos
contrários. Portanto, a variação de uma conta é sempre equilibrada pela variação de outra ou
outras. Existe dois tipos de variações, a saber:
1. Variações simples, quando os factos patrimoniais implicam a variação de duas contas,
uma a débito e outra a crédito.
2. Variações complexas/compostas, quando os factos patrimoniais implicam variações em
mais de duas contas. Disto entende-se que o facto tem registo a débito de uma conta em

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Veja conceito nas páginas 11 e 13
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contrapartida de vários créditos ou vários débitos contra um crédito ou vários débitos contra
vários créditos.

Representação Gráfica da Conta


A cada conta corresponde um gráfico ou quadro, um razão esquemático, que constitui o
dispositivo prático para acompanhar as variações patrimoniais.

Dispositivo da conta:
(Título da conta)
Deve (D) Haver (H)

O dispositivo da conta apresenta duas secções. A 1ª secção (lado esquerdo) é a do DEVE/


débito, enquanto a 2ª (lado direito) é a do HAVER/crédito.
É correcto designar um lançamento na 1ª secção como débito e na 2ª secção crédito. As
mesmas designações são também aplicáveis aos totais das secções.

Conceito de débito, crédito, saldo, encerramento e reabertura de conta


Debitar uma conta significa inscrever qualquer importância no lado do Deve/débito (D).
Creditar uma conta significa inscrever uma certa quantia no lado do Haver/ crédito (C).
Saldo de uma conta é a diferença entre o débito e o crédito
Assim, ao comparar o débito e o crédito de uma conta três hipóteses podem ocorrer:
 D > C o saldo diz – se devedor (Sd);
 D = C o saldo diz – se nulo (So);
 D < C o saldo diz – se credor (Sc).
Assim, se:
 D > C  Sd  D = C + Sd

 D = C  So  D = C

 D < C  Sc  C = D + Sc

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Encerrar uma conta, corresponde somar os valores das colunas do débito e do crédito,
depois compará-los a fim de conhecer a natureza do saldo. Importa referir que para saldar
uma conta (fecho) basta registar o saldo na secção mais fraca, ou seja, debitá-la ou creditá-la
pelo valor correspondente ao seu saldo, consoante este seja credor ou devedor, ficando então
a conta balanceada.

Reabrir uma conta, consiste em inscrever o anterior saldo da conta a débito ou a crédito,
conforme tenha sido devedor ou credor.

Exemplo de casos de: Debitar, Creditar, Encerrar uma conta, incluindo notas explicativas

Deve (Débito) 1,1-CAIXA Haver (Crédito)


Lançamento de abertura i) 100,00 4) 100,00 Lançamento corrente (parte de
(lançados à débito)
Lançamento corrente 30) 100,00 lançamentos contínuos, efectuados a
partir do início da actividade da empresa)

200,00 100,00

Deve (Débito) 2.2-MERCADORIAS Haver (Crédito)


Lançamento de abertura i) 300,00 30) 80,00 Lançamento corrente
(lançados à débito)
Lançamento corrente 10) 150,00 sd) 370,00 Cálculo do saldo devedor (D>C)
para o equilíbrio de membros e
para o encerramento da conta

450,00 450,00

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Nota- ao voltarmos ao que vimos teoricamente sobre débito, crédito, encerramento e reabertura de conta , concluimos que:

a) o 1° razão (T) apresenta lançados à débito (lado esquerdo): i) = 100,00; 30) = 100,00 e por fim a soma = 200,00;

neste caso, diz -se que lançamos à débito/debitamos a conta 1.1-CAIXA, primeiro em 100,00, depois por 100,00, no dia 30

b) ainda o 1° razão (T), apresenta lançados à crédito (lado direito), 4) = 100,00, depois a soma = 100,00;

quanto a alínea "b", diz-se que lançamos à crédito/creditamos a conta 1.1-CAIXA o valor de 100,00, no dia 4
c) o 2° razão (T) apresenta lançados à débito (lado esquerdo): i) = 300,00; 10) = 150,00 e por fim a soma = 450,00;

neste caso, diz -se que lançamos à débito/debitamos a conta 2.2-MERCADORIAS, primeiro em 300,00, depois por 150,00, do dia 10
d) ainda o 2° razão (T), apresenta lançado à crédito (lado direito), 30) = 80,00, depois o "Sd" e por fim a soma = 450,00;

quanto a alínea "b", diz-se que lançamos à crédito/creditamos a conta 2.2-MERCADORIAS o valor de 80,00, no dia 30

e) determinamos o saldo da conta, neste caso devedor (Sd) e reforçamos o membro fraco, neste caso o de baixo valor,

somamos à posterior os dois membros e trancamos, tal como se apresenta no "T'

d) ainda sobre os dois razões (Ts), diz-se valor (es) da(s) conta (s) o (s) saldo(s) da(s) conta(s), ou seja, 100,00 e 370.000,00,

respectivamente.

Exemplo de caso de encerramento de uma conta

Deve (Débito) 2.2-MERCADORIAS Haver (Crédito)


i) 300,00 30) 80,00
10) 150,00 sd) 370,00

450,00 450,00
i) Lançamento de reabertura i) 370,00

Nota: Qualquer conta cuja natureza de saldo é credor (Sc), por exemplo as contas 4.2-
Fornecedores (passivo) ou 5.1-Capital social (capital), deverá ser tratada inversamente, ou
seja, passar este saldo (credor) para reforçar o membro fraco, a do débito, com a indiocação
de “Sc”.

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Movimentação Genérica das Contas (Veja a ordem das classes de contas no PGC)
1. As Contas do activo (Classes 1- Meios Financeiros, 2-Inventários e Activos
Biológicos, 3-Investimentos de Capital e Classe 4 – Contas a receber),debitam pelos
valores iniciais e aumentos (+) e creditam pelas diminuições (-).
2. As contas a pagar /do passivo (Classe 4- Contas de credores), creditam pelos valores
iniciais e aumentos de dívidas e debitam pelas diminuições ou pagamentos de dívidas.
3. As contas de capital e fundos (Classe 5- Contas de capital /fundos próprios), creditam
pelos valores iniciais e aumentos de fundos e debitam pelas diminuições ou prejuízos.
4. As contas de Gastos e Perdas (Classe 6 – Contas de Gastos e Perdas), debitam pelos
valores iniciais e aumentos de custos e creditam pelas transferências (diminuições) para
o apuramento de resultados.
5. As contas de Rendimentos e Ganhos (Classe 7 – Contas de Rendimentos e Ganhos),
creditam pelos valores iniciais e aumentos de proveitos e debitam pelas transferências
(diminuições) para o apuramento de resultados.
6. As contas de resultados (Classe 8 -Contas de resultados), debitam -se pelos prejuízos e
creditam-se pelos ganhos.

Raciocínio Contabilístico
Para o registo das variações ocasionadas por qualquer facto patrimonial, temos que saber:
1.Quais são as contas que variam, pela análise do facto;

2. Quais as contas que devem ser debitadas e creditadas, pela aplicação dos princípios
contabilísticos depois de verificados, relativamente a cada conta:
a) Se aumentou ou diminuiu; e
b) Se é do Activo / Passivo / Situação Líquida / Custos ou Proveitos.

3. Os valores desses débitos e créditos.

Questão Proposta nº 1
O património de JPC, Lda era constituído pelos seguintes elementos, referente ao início da sua
actividade comercial, em 1 de Março de 2014:

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Património de JPC, Lda

Descrição Valores
Caixa 100,00
Depósitos 200,00
Mercadorias 300,00
Activos Tangíveis 500,00
Empréstimos obtidos 50,00
Capital inicial 1.050,00

Durante o mês realizou entre outras as seguintes operações:


Dia 4 – Depósito de 100,00
Dia 10 – cheque nº 125/BT para a compra de mercadoria no valor de 150,00
Dia 20 – Bourderaux nº 11 do BT referente ao pagamento da divida contraída, no valor de
50,00
Dia 30 – Venda de mercadorias por 100,00 que haviam custado 50,00.

Pretende –se:
a) Lançamento de operações iniciais nos razões esquemáticos;
b) Lançamento de operações correntes também nos razões esquemáticos.

Resolução da Questão Proposta nº 1


Nota- considere:
i) registo do património inicial; e’
ii) dias 4 a 30, registo das operações correntes;

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DEVE 1.1- CAIXA HAVER DEVE 4.3.1 EMP. BANC HAVER
i) 100,00 4) 100,00 20) 50,00 i) 50,00
30) 100,00

200,00 100,00 50,00 50,00

DEVE 1.2-BANCOS HAVER DEVE 5.1 CAPITAL HAVER


i) 200,00 10) 150,00 i) 1.050,00
4) 100,00 20) 50,00

300,00 200,00 0,00 1.050,00

DEVE 2.1 - COMPRAS HAVER DEVE 6.1 -CAPITAL HAVER


10) 150,00 10) 150,00 30) 80,00 31) 80,00

150,00 150,00 80,00 80,00

DEVE 2.2 - MERCADORIAS HAVER DEVE 7.1- VENDAS HAVER


i) 300,00 30) 80,00 31) 100,00 30) 100,00
10) 150,00

450,00 80,00 100,00 100,00

DEVE 3.2 - ACTIVOS TANGÍVEIS HAVER DEVE 8.1- RES. OPER. HAVER
i) 500,00 31) 80,00 31) 100,00
31) 20,00

500,00 0,00 100,00 100,00

DEVE 8.3- RES. CORRENTE HAVER


31) 20,00

0,00 20,00

Questão Proposta nº 2

Em 1/02/07, o inventário inicial de de ABC – Ldª era constituído pelos seguintes


elementos patrimoniais:

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Património de ABC, Lda

Património: Valores Classificação


Dinheiro em cofre 100.000,00 1.1
Deposito a ordem no BCI 800.000,00 1.2.1
Diversos artigos para a venda 2.000.000,00 2.2
Dívidas de clientes 1.100.000,00 4.1.1
Mobiliário de escritório 600.000,00 3.2.3
Meio de transporte 898.000,00 3.2.4
Dividas aos fornecedores 850.000,00 4.2.1
Empréstimos obtidos 690.000,00 4.3.1
Divida ao Estado 290.000,00 4.4

Pretende – se:

 A classificação do património inicial em contas2;

Questão Proposta nº 3 (a ser resolvida pelos estudantes)

Com o seguinte património inicial de Tai & Gravata, Lda, efectue lançamentos nos “Ts”:

Descrição Valores
Dinheiro em cofre 100.000,00
Deposito a ordem no BCI 800.000,00
Diversos artigos para a venda 2.000.000,00
Dívidas de clientes 1.100.000,00
Mobiliário de escritório 600.000,00
Meio de transporte 895.000,00
Dividas aos fornecedores 850.000,00
Empréstimos obtidos 690.000,00
Divida ao Estado 290.000,00

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O património de ABC, Lda já foi classificado em contas e de acordo com PGC- NIRF (veja a classificação no
lado direito do exercício)
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Questão Proposta nº 4 (a ser resolvida pelos estudantes)

A entidade XYZ, Ldª, apresentava em 30 de Outubro de 2004, os seguintes elementos


patrimoniais:

Património inicial de XYZ, Lda

Descrição Valores
50 S/C de arroz para venda @ 280,00
Crédito s/ clientes 4.500,00
Notas e moedas 2.500,00
CHQS de Terceiros 2.000,00
Valores em bancos:
Em MZN 5.000,00
Em ZAR 250,00
Débito ao fornecedor 1.500,00
Notas e moedas em ZAR 90,00

Durante o mês seguinte, realizou-se entre outras as seguintes operações:

Dia 2-pagamento em CHQ ao fornecedor 1.000,00Mt

Dia 4-venda de 50% de arroz ao preço unitário de 350,00Mt, nas seguintes


condições:

 70% a pronto pagamento;

 O restante a prazo de 45 dias.

Dia 6- saque de uma letra s/ o cliente 3.500,00Mt

Dia 8-compra a prazo 70 sacos de arroz @ 250,00Mt

Dia 20 – Desconto bancário da letra sacada no dia 6, tendo o produto líquido do desconto
totalizado 3.350,00 Mt

Pretende-se:

a) A classificação e registo das operações iniciais e correntes em contas;

b) A determinação do saldo e encerramento de contas.

Informação sobre o câmbio do dia:

 Compra 3,20Mt;
 Venda 3,40Mt.

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Questão Proposta nº 5 (opcional)
Considere o Património de Cossa & família em 1 de Julho de 2007

Património de Cossa & Família


Descrição Valores
Notas e moedas 5.000,00
Cheques de terceiros 2.000,00
Depósitos a ordem:
Em metical 10.000,00
Em dólar 250,00
100 s/c de arroz @ 280,00 para venda
Créditos sobre clientes 9.000,00
Débitos dos sócios 20.000,00
Um edifício 14.000,00
Uma viatura 20.000,00
Despesas de constituição 9.000,00
Débitos aos fornecedores 2.000,00
Débito ao Estado 1.000,00
Débitos diversos 3.000,00
Notas e moedas em dólares 180,00

Durante o mês realizaram as seguintes operações:


Dia 2 – Pagamento em Cheque nº 7618 ao fornecedor 1.000,00
Dia 3 – Cheque nº 1820 para reforço de caixa 2.000,00
Dia 6- O cliente A. Soares depositou na conta da entidade 3.000,00, talão de depósito nº 200.
Dia 10 – Saque da letra nº 10 sobre cliente Razac 3.500,00
Dia 12 – Nossa V.D. nº 420 pela venda de 20 sacos de arroz @ 350,00Mt
Dia 15 – Compra a prazo 70 sacos de arroz @ 250,00Mt
Dia 20 – Juros de depósito a prazo lançados na conta de depósitos a ordem. Nota de
lançamento nº 3940 300,00Mt.

Informação sobre o câmbio do dia:


 Compra 15,61Mt
 Venda 15,87Mt
Pretende – se:
a) Classificação do património inicial em contas;
b) Registo das operações correntes nos razões esquemáticos;
c) Saldo e encerramento de contas.

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Questão Proposta nº 6 (opcional)

Na data do início da vida comercial da entidade Gigy & Hagy, em 01 de Julho de 2005 o seu
património era constituído pelos seguintes activos e passivos:

Património da Gigy & Hagy


Descrição Valores
Numerário:
Dólar 3.000,00
Rand 2.500,00
Meticais 8.000,00
Depósito no BIM 25.000,00
Impostos a pagar 4.100,00
Empréstimos obtidos do BIM para a aquisição da viatura 45.000,00
Dívida de Yotasse (trabalhadora) 25.000,00
Mercadorias diversas 15.000,00
Saque da Carlota 22.500,00
Edifício em construção 20.000,00
Um edifício por concluir no bairro novo 12.500,00
Trespasse do estabelecimento 18.250,00
Diversas letras em carteira 7.500,00
Débito de Mª Rosário (cliente) 8.525,00
Débito a B. Botão (sócio) 4.125,00
Aceite a Horácio 17.825,00
Uma viatura Mazda MLL 12-12 45.000,00
Diversos equipamentos administrativos 5.000,00
Crédito de Agostinho Goveia (sócio gerente) 13.000,00

No mês de Julho realizaram – se entre outras as seguintes operações:


Dia 3 – recibo nº 1 referente ao cheque de Mª do Rosário no valor de 7.000,00Mt
Dia 10 – Factura nº 1, referente a venda de mercadorias no valor de 5.000,00Mt que haviam
custado 3.500,00Mt
Dia 12 – Cobrança do saque nº 55 sobre M. Cossa no valor de 5.000,00Mt, recibo nº 12
Dia 16 – Factura nº 5569 do Armazém Central referente a mercadorias no valor de
6.000,00Mt
Informação sobre o câmbio do dia:

Taxas de Câmbio Compra Venda


USD 12,50 12,82
ZAR 2,10 2,25

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Mestre José Penane Chibomane Descrição
Dinheiro e
Dívida do c
Depósito a
Pretende – se:
a) Classificação do património inicial em contas;
b) Registo das operações correntes nos quadros esquemáticos;
c) Cálculo dos saldos e encerramento de contas.

Questões Propostas (teóricas):

1. A conta:
a) Compreende um conjunto de elementos patrimoniais que se apresentam
características heterogéneas;
b) Caracteriza – se por um título e uma extensão imutáveis;
c) Compreende um conjunto de elementos patrimoniais que apresentam
características idênticas;
d) Corresponde ao valor em dívida.

2. Tendo presente o conceito da conta, pode afirmar – se:


a) O título é alterável consoante os factos patrimoniais que decidirmos registar em
cada uma delas; ( )
b) A extensão vai variando conforme acolhe os registos dos factos patrimoniais;( )
c) O título e extensão de uma determinada conta são inalteráveis; ( )
d) Nenhuma das anteriores. ( )

3. Segundo o método das partidas dobradas:


a) Cada facto patrimonial afecta, no mínimo, uma conta; ( )
b) Cada facto patrimonial, afecta, no mínimo, duas contas, implicando sempre o
registo de um débito (em uma ou mais contas) e de um crédito de igual montante
(em uma ou mais contas); ( )
c) Cada facto patrimonial afecta, no mínimo, duas contas, implicando sempre o
registo de um débito (em uma ou mais contas) e de um crédito de igual ou
diferente montante (em uma ou mais contas); ( )
d) O método das partidas dobradas é já pouco utilizado no processo de escrituração;

4. O método das partidas simples ou unigrafia:


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Mestre José Penane Chibomane
a) É ainda muito utilizado na contabilidade de algumas entidades, designadamente
nas sociedades unipessoais por quotas; ( )
b) Cada facto patrimonial afecta apenas e sempre duas contas, implicando sempre o
registo de um débito e de um crédito de igual montante; ( )
c) Tem como pressuposto subjacente a base de caixa; ( )
d) Nenhuma das anteriores. ( )

5. Sempre que o valor do primeiro membro de uma conta é superior ao valor do segundo
membro diz – se que a conta apresenta:
a) Um saldo devedor; ( )
b) Um saldo credor; ( )
c) Um saldo nulo; ( )
d) Valores errados, pois o total do primeiro membro tem de ser igual ao total do
segundo membro: ( )

6. A Quando o saldo de uma conta é nulo, significa que: ( )


a) A conta não possui movimentos; ( )
b) A conta não vai aparecer no balancete analítico; ( )
c) O “DEVE” é igual ao “HAVER”; ( )
d) Nenhuma das anteriores. ( )

7. A reabertura de uma conta corresponde:


a) À inscrição do seu saldo na coluna dos débitos; ( )
b) À inscrição do seu saldo na coluna dos créditos; ( )
c) À inscrição do seu saldo na coluna dos créditos quando o saldo for credor; ( )
d) À inscrição do seu saldo na coluna dos débitos quando o saldo for credor. ( )

8. O reconhecimento de um valor a crédito em uma conta do activo representa:


a) Um aumento do activo; ( )
b) Uma diminuição do activo; ( )
c) Uma rectificação excepcional que se faz a conta do activo; ( )
d) Nenhuma das anteriores. ( )

9. As contas de gastos:
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Mestre José Penane Chibomane
a) Nunca se creditam; ( )
b) Debitam –se pelas diminuições de valores e creditam – se pelos aumentos de
valores;( )
c) Debitam – se pelos aumentos de valores, excepcionalmente, creditam – se pelas
diminuições de valores; ( )
d) Apresentam sempre saldos credores. ( )

10. As contas do primeiro grau de rendimentos:


a) Nunca se debitam; ( )
b) Debitam se pelos aumentos de valores e creditam – se pelas diminuições de valores;
c) Debitam – se pelas rectificações de valores e creditam – se pelas diminuições de
valores; ( )
d) Apresentam sempre saldos credores. ( )

11. Estabeleça a diferença entre as contas divisionárias e sub – divisionárias:


a) Quanto a mecânica;
b) Quanto ao grau.

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Mestre José Penane Chibomane

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