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Os kriyás não são isentos de riscos e por isso só ensine ao seu aluno o que você
pratica!
Não custa, entretanto, deixar registradas três advertências.
I Se você já conhece alguns destes kriyás, saiba que a lavagem frequente do seio
maxilar ou dos intestinos pode causar dano à flora bacteriana.
II. Não introduza no seu corpo nenhum líquido que não seja água filtrada e fervida.
Não proceda ao jala basti imerso nas águas de um rio, como induz a ilustração desse
exercício em alguns livros de autoria hindu.
II. Não recomendamos os kriyás que utilizem outros recursos além do ar ou da
água. Nenhum instrumento deve ser usado, além do Lôta e duchas para lavagem
intestinal e vaginal.
SHANKA PRAKSHALÁNA
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A TÉCNICA
Beba um copo daquela água quente ou infusão fraca. Em seguida faça o nauli
repetidas vezes. Vá ao banheiro e tente evacuar. Não importa se conseguiu ou não.
Repita toda a operação. Tente evacuar outra vez. E assim sucessivamente. Depois de
algum tempo você começará a evacuar e seguirá eliminando até que já não haja fezes e
você passe a evacuar o líquido ingerido. Seus intestinos estarão perfeitamente limpos
quando a bebida que for eliminada por eles sair absolutamente límpida. No caso, a água
permite observar essa limpidez melhor do que a infusão, pois sairá clara.
DRISHTIS
Os drishtis são variedades de trátaka que podem ser utilizados sob duas
interpretações: como kriyás ou como exercício de dháraná. No primeiro caso são
denominados bahiranga trátaka (externos) e no segundo caso, antaranga trátaka
(internos). Como kriyás, o sádhaka não precisa atentar para a concentração mais do que
o necessário à boa consecução da técnica.
Sendo, os drishtis, exercícios de fixação do olhar, os músculos oculares são muito
solicitados e os globos oculares ficam lavados pelo lacrimejamento. Por isso mesmo, se
feitos com moderação podem beneficiar os olhos e reduzir alguns problemas visuais.
Mas, ao contrário, feitos com exagero poderão lesionar o mecanismo da visão.
Na variedade de exercício para concentração, o yogin deve esforçar-se por não
deixar o pensamento evadir-se do objeto da fixação. Por exemplo, se o objeto é uma
estrela, procurar ficar sem piscar o máximo possível de tempo, dentro do racional,
mantendo a atenção fixa na estrela.
Os drishtis mais comuns são:
1) naságra drishti fixação na ponta do nariz;
2) bhrúmadhya fixação na raiz do nariz, entre as drishti sobrancelhas;
3) shaktí drishti ou fixação nos olhos do parceira ou parceiro.
4) shakta drishti rishti fixação na imagem (pintura, símbolo ou fotografia) do Mestre
5) agni drishti fixação no fogo (chama de uma vela, fogueira, tocha, etc.)
6) táraka drishti fixação numa estrela;
7) chandra drishti fixação na lua;
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8) súrya drishti fixação no sol (só no nascente e no poente, mesmo assim, apenas naquele
momento em que não fira os olhos).
MAUNA
JEJUM (UPASANA)
Jejum não é kriyá, mas contribui para à purificação do organismo. O melhor jejum
é o curto e frequente: 36 horas, uma vez por semana, tomando muita água mineral. Um
dia antes, alimentação comedida, laxante natural (como uma infusão laxativa, ou caroços
de mamão, ou água de ameixa deixada de molho durante a noite e bebida pela manhã),
e um clister. Para terminar, frutas doces como mamão ou manga, antes de ingerir
alimentos mais pesados.
Jejuns longos agridem demais o corpo, consomem massa muscular e podem
comprometer a saúde. Devem ser evitados. Não obstante, podem ser utilizados em casos
de extrema necessidade. Se forem praticados, só com muita prudência e
acompanhamento médico.
EKADASH
Jejum realizado no 11º dia depois da Lua Cheia. Recomenda-se tomar o café da
manhã e almoçar até meio dia. Depois deste horário começa o jejum total (nem água).
Para iniciantes pode tomar água, sopas mais ralas e sucos de frutas, mas o ideal é
abandonar totalmente a comida. Consulte o professor sobre como proceder com este
Jejum.
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Antes de iniciar esta prática coloque uma lamparina ou uma vela acesa diante de
si, de forma que a chama fique exatamente na altura dos seus olhos. Estando muito alta
ou muito baixa, criará desconforto.
Primeiramente, ajuste a sua posição de forma que você fique a um braço de
distância da chama da vela. Feche os olhos. Suas mãos estão em jñána mudrá sobre os
joelhos.
Confira o conforto e a estabilidade da sua posição sentada. Inspire
profundamente e vocalize junto comigo o mantra Oṁ por três vezes: Oṁ, Oṁ, Oṁ.
Mantenha os olhos fechados. Permaneça consciente do seu corpo. Construa uma
imagem mental do seu corpo. Ou sinta seu corpo.
Permaneça consciente do seu corpo inteiro. Tome consciência da sua espinha
dorsal, que está perfeitamente ereta, sustentando o pescoço e a cabeça.
Tome consciência da posição equilibrada dos braços e pernas. Consciência total
no seu corpo inteiro. O corpo inteiro, dos pés à cabeça.
Imagine-se como se estivesse crescendo a partir do chão, como se fosse uma
árvore. Suas pernas são as raízes da árvore. O resto do corpo é o tronco. Vivencie isto
com intensidade. Você está crescendo a partir do chão, fixando-se no chão.
Absolutamente estável. Absolutamente imóvel. Como se fosse uma árvore enorme e
forte. Perceba-se, vivencie-se crescendo a partir do chão. Fixando-se no chão.
Unindo-se com o chão. Não há diferença entre o corpo e o chão. Você está
absolutamente estável. Absolutamente imóvel. Consciência intensa (1/2 minuto em
silêncio).
Concientize-se das partes do corpo, começando pela cabeça. Visualize a sua
cabeça e mantenha consciência total nela. Faça o mesmo com o pescoço. Visualize o seu
pescoço e mantenha consciência total nele.
O ombro direito. O ombro esquerdo. O braço direito. O braço esquerdo. A mão
direita. A mão esquerda. Permaneça consciente. As costas inteiras. O peito. O abdômen.
O glúteo direito. O glúteo esquerdo. A perna direita. A perna esquerda. O pé direito. O pé
esquerdo. O corpo inteiro de uma só vez. Consciência total no seu corpo inteiro. O corpo
inteiro, como uma unidade (1/2 minuto em silêncio).
Agora visualize o exterior do corpo. Como se você estivesse se vendo num
espelho. Veja seu corpo na posição de meditação. Pela frente. Pelo lado direito. Pelo lado
esquerdo. Por trás. Por cima. E depois, de todos os lados ao mesmo tempo. Esteja
consciente do corpo. Consciência total no seu corpo inteiro. Seu corpo inteiro, como uma
unidade.
Agora tome consciência das sensações físicas que o seu corpo experimenta.
Consciência total em todas as sensações físicas. Permita que estas sensações se
transformem num foco para o seu pensamento. Consciência total.
Agora faça um saṅkalpa: tome a resolução de permanecer absolutamente estável
e imóvel durante toda a prática. Repita mentalmente: “durante toda a prática fico
absolutamente estável, absolutamente imóvel. Absolutamente estável e imóvel.”
Fique atento aos sinais de desconforto do corpo. Consciência total em todos os
sinais de desconforto: dor, coceira, formigamento, necessidade de deglutir, o que for. E
permaneça absolutamente firme e imóvel.
Quando você se prepara para permanecer atento e evitar todo e qualquer
movimento, o corpo permanece imóvel e rígido como uma estátua. E você percebe uma
sensação de levitação astral.
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