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Emergências hipertensivas
INTRODUÇÃO
• PA elevada ➔ Queixa comum no PS ➔ 3-25% dos atendimentos;
• Crise hipertensiva:
o Aumentos súbitos na PA;
▪ PA sistólica (PAS) ≥180 mmHg e diastólica (PAD) ≥120 mmHg;
o Podem resultar ou não em lesões de órgãos-alvo (coração, cérebro, rins);
o Engloba desde mau controle ambulatorial da pressão arterial até as urgências e emergências
hipertensivas;
Na crise hipertensiva vamos ainda diferenciar o paciente em urgência hipertensiva e emergência hipertensiva, o que
difere um do outro é a ocorrem ou não de lesão em órgão em alvo, ou o risco ou não do paciente vir a óbito nas
próximas horas
Se eu reduzir a minha frequência cardíaca como os B-bloqueadores fazem vou acabar reduzindo meu DC tendo
como consequência a redução da PA
Em uma situação de vasoconstrição tenho aumento da pôs-carga e aumento da RVP aumentando a minha PA,
obviamente então que se eu tiver uma medicação que curse com vasodilatação arterial teremos diminuição da pôs-
carga, diminuição da resistência vascular periférica reduzindo assim a PA
Introdução
• Urgência hipertensiva:
o Elevação acentuada da pressão arterial, sintomática;
▪ PAD ≥ 120 mmHg;
o Sem lesão aguda ou disfunção iminente de órgão-alvo;
• Emergência hipertensiva:
o Elevação acentuada da pressão arterial;
▪ PAS > 180mmHg e PAD > 120mmHg);
o Com lesão aguda ou piora de lesão crônica de órgão alvo;
O que diferencia uma situação de urgência de uma situação de emergência é a lesão de órgão alvo, na urgência
hipertensiva eu tenho um paciente sintomático porem não tenho lesão aguda do órgão, meu paciente não tem risco
eminente de morte assim eu tenho mais tempo de tratamento (24-48h), posso até mandar esse paciente para casa
para que ele faça um tratamento não ambulatorial ou medicar esse paciente no meu atendimento e esperar 24-48h
O paciente da emergência hipertensiva está tendo lesão de órgão alvo, logo, ele tem risco eminente de morte, é um
paciente que eu tenho que colocar na sala de emergência, monitorar e tentar reduzir rapidamente a PA desse
paciente
Vamos dar preferência para medicamentos endovenosos pois eu quero que o meu problema seja resolvido o mais
rápido possível
INTRODUÇÃO
• Pseudocrises hipertensivas:
o Pacientes com PA elevada;
o Queixas de cefaleia, dor torácica atípica, dispneia, estresse psicológico agudo e síndrome de pânico;
o Tratamento:
▪ Repouso;
▪ Analgesia;
▪ Tranquilizantes;
É aquele paciente que chega no pronto atendimento com queixa de cefaleia com PA 16/10, é uma paciente que está
sintomática, mas não está com crise hipertensiva, é uma pseudocrise hipertensiva, não é nem urgência nem
emergência
Pode ocorrer também de um paciente que tem crise do pânico e chega na emergência com pressão alterada porem
no exame físico não tem nenhuma alteração, devemos, portanto, resolver a queixa principal
Emergência hipertensiva esta dentro de um contesto de crise hipertensiva e que diferencia então da crise
hipertensiva pois aqui eu tenho lesão de órgão alvo, e alguma patologia que esta sendo desenvolvida a partir do
aumento daquela pressão arterial
Todo paciente que chega no pronto atendimento que eu estou querendo classificar ele entre urgência e emergência
hipertensiva o ideal é fazer uma fundoscopia nele, ver se ele está tendo alteração na vasculatura retiniana ou ele
pode estar ate tendo papiledema
Paciente que chega com PA alta em um braço temos que anotar o membro e medir nos dois membros superiores
para ajudar no diagnostico diferencial, quando se possível medir nos 4 membros
• Fármacos endovenosos;
o Vasodilatadores;
o Betabloqueadores;
o Diuréticos;
*Para saber qual vou utilizar vai depender em que tipo de patologia o meu paciente se enquadra, qual o
tipo de emergência hipertensiva meu paciente chegou no meu pronto socorro
• Diminuição da PA ➔ Programada;
• Não é necessária a normalização da PA ➔ Redução rápida, com uma meta geral de:
o Redução menor ou igual a 25% na primeira hora – tratamento endovenoso
o PA ➔ 160 x 100-110 mmHg em duas a seis horas;
o Valores próximos a 135 x 85 mmHg em 24 a 48 horas – vou fazer a transição do tratamento
endovenoso para o tratamento VO
• Emergências cardiovasculares:
o Corrigidas mais rapidamente;
▪ Dissecção de aorta:
• O mais rápido possível ➔ A menos de 120mmHg na primeira hora;
• Mortalidade é muito alta e diretamente relacionada aos níveis de PA;
• A parede vascular da aorta se rompe por algum defeito X e começa a juntar sangue
dentro da parede vascular, esse sangue vai rasgando com risco de formar um
aneurisma e esse se romper
• A aorta sai do VE, é composta pela porção ascendente, arco da aorta e porção
descendente
• Utilizamos a classificação Stanford, onde, Stanford A pega a eminencia da saída da
aorta e B não pega a aorta ascendente, se for A é tratamento cirúrgico
• É uma emergência hipertensiva e precisa de indicação endovenosa, vamos utilizar
β-bloqueador e quando necessário vasodilatador, sendo o nitroprussiato de 1º
escolha
• Emergências neurológicas:
o AVC e encefalopatia hipertensiva
o Redução da PA com mais cautela, vamos ter que avaliar quadro a quadro
▪ 10 a 20% na primeira hora;
▪ 10 a 15% nas próximas 23 horas;
o Muitas vezes o paciente esta fazendo uma resposta secundaria, esta fazendo aumento da pressão
arterial para tentar fazer o aumento da pressão de perfusão cerebral, de modo que se eu não
observar isso e abaixar muito a PA do paciente ele vai perder esse mecanismo de contra regulação e
vai acabar fazendo uma isquemia e muitas vezes um AVC-isquêmico
Fármacos anti-hipertensivos
Nitroglicerina
• Ação predominantemente venosa, faz vasodilatação venosa, reduz a capacitância venosa levando a redução
importante da pré-carga, com efeitos na pós-carga ventricular;
• Indicação:
o Emergência hipertensiva relacionadas às síndromes coronarianas agudas – paciente que está
infartando
o Tratamento do edema agudo de pulmão – paciente da insuficiência cardíaca descompensada
• Efeitos adversos:
o Cefaleia, taquicardia reflexa, ruborização e metahemoglobinemia;
• Nas situações de indicação prefiro a nitroglicerina do que o nitroprussiato pois ela tem menor risco de
causar isquemia. O nitroprussiato pode roubar sangue da vasculatura coronária e esse ser distribuído para
outros órgãos que não seriam importantes, ou seja, poderia piorar a isquemia miocárdica
Hidralazina
• Vasodilatação arteriolar;
o Possível queda de cálcio intracelular;
o Sem ação em leito venoso;
• Diminuição seletiva da resistência vascular nas circulações coronariana, cerebral e renal, com menor efeito
sobre a pele e o músculo;
• Indicação:
o Eclampsia ou iminência de eclampsia – não traz efeitos colaterais ao feto
• Efeitos colaterais:
o Taquicardia, cefaleia, vômitos, e piora de angina e de área de infarto, não sendo indicada nos casos
de SCA;
• Contraindicação
o Síndrome coronariana aguda
o Insuficiência cardíaca
Betabloqueadores
• Indicações:
o Dissecção aguda de aorta;
▪ Quero reduzir a pressão, mas também quero controlar a FC dele
▪ Associados ao nitroprussiato de sódio, proporciona diminuição da tensão na parede da
aorta, atenuando a progressão da de laminação da parede da aorta;
27/10/2020 Bévena Rodrigues Lopes
o Síndromes coronarianas agudas;
▪ Associados com a nitroglicerina, reduzindo o consumo de oxigênio pelo miocárdio
isquêmico;
• Efeitos colaterais:
o Bradicardia, bloqueio atrioventricular avançado e broncoespasmo;
• Metoprolol
• Esmolol;
• Labetalol:
o Antagonista competitivo nos receptores α1 e β;
▪ α 1 ➔ Relaxamento do músculo liso arterial e vasodilatação;
▪ β1 ➔ Interrupção da estimulação reflexa do coração;
o Ação após administração IV inicia em 2-5min, com pico em 5-15min e durando entre 2-4h;
Furosemida
• Diurético de alça que reduz volemia e faz vasodilatação venosa reduzindo a pré-carga cardíaca
• Indicação
o Edema agudo de pulmão hipertensivo
3. Utilização de trombolítico:
o Se PA inicial > 185x110 mmHg ➔ Reduzir a PA para < 185x105 mmHg;
▪ No mínimo, nas primeiras 24 horas após trombolítico;
O fármaco que mais utilizaremos nesse contesto é o nitroprussiato de sódio pois é o que mais tem disponível porem
não são os mais indicados, na teoria, os 2 anti-hipertensivos mais indicados para AVC são o Labetalol (β-bloqueador)
ou a Nicardipina (bloqueador de canal de Ca)
• Aumento da RVP ➔ Eleva a demanda de oxigênio miocárdico, pelo aumento da tensão parietal do ventrículo
esquerdo;
• Nitroglicerina, EV:
o Vasodilatação das coronárias, levando a um aumento de fluxo do miocárdio e ajudando no controle
da dor;
o Efeito venodilatador, reduzindo a pré-carga, o que ajuda no manejo da congestão pulmonar e na
diminuição do consumo de oxigênio no miocárdio;
o Contraindicação:
▪ Infartos de VD com hipotensão;
▪ Uso recente de inibidores da fosfodiesterase (24 a 48 horas prévias) – Viagra
27/10/2020 Bévena Rodrigues Lopes
• Beta-bloquadores:
o Diminuem o consumo de oxigênio pelo miocárdio, também auxiliando no controle da angina;
o Podem ser utilizados desde que não haja evidência de insuficiência cardíaca, congestão pulmonar ou
baixo débito;
• Analgesia:
o Opioides;
▪ Controle da dor ➔ Diminuição do estímulo adrenérgico assim me ajuda ainda mais a
controlar a PA e FC
• PA e FC:
o PAS alvo ➔ < 120 mmHg;
▪ Deve ser alcançada em 20 minutos;
▪ Nitroprussiato + betabloqueador;
• O nitroprussiato de sódio sozinho ➔ Promove aumento da FC e da velocidade de
ejeção aórtica, podendo piorar a dissecção.
▪ Pode-se ainda utilizar o Desmolol ou Labetolol contato que seja endovenoso
• FC ➔ Menor que 60bpm, se tolerado pelo paciente;
Encefalopatia hipertensiva
• Causada pelo aumento agudo da pressão, provocando hiperfluxo e edema cerebral;
• Caracterizada pela tríade:
o Hipertensão arterial severa;
o Alteração do nível de consciência;
o Papiledema;
• Diagnóstico de exclusão;
o Feito após descarte de outras disfunções do sistema nervoso central, primeiro vou ver se não é AVC,
causa infecciosa ou metabólica
• Sintomas: cefaleia, náuseas, vômitos, confusão mental, convulsões, alterações visuais inespecíficas, como
escotomas visuais e borramento da visão, letargia e coma;
• EF ➔ Alterações do nível de consciência;
• Fundo de olho auxilia no diagnóstico, podendo demonstrar papiledema, um sinal indireto de hipertensão
intracraniana, hemorragia retiniana e exsudatos;
Tratamento:
o Redução de 10 a 20% da PAM na primeira hora;
o Redução de 10 a 15% nas próximas 23 horas;
o Nitroprussiato de sódio endovenoso em infusão contínua;
▪ Ou, Labetalol;
• Marco ➔ Melhora importante do quadro após a redução de 10 a 15% da pressão arterial média (PAM);
Eclampsia/pré-eclâmpsia
• Pré-eclâmpsia:
o Ocorrência de hipertensão (mal controlada ou gestacional) + proteinúria ou lesão de órgão-alvo em
gestantes com mais de 20 semanas;
• Eclampsia:
o Convulsão em gestantes com pré-eclâmpsia;
▪ Sem causa ou condição neurológica predisponente;
• Pré-eclâmpsia grave:
o PA > 160 x 110 mmHg;
Tratamento:
o Labetalol;
o Hidralazina;
• O controle da PA não previne a ocorrência de eclampsia;
• Profilaxia de crises convulsivas ou tratamento de eclampsia:
o Sulfato de magnésio endovenoso;
▪ Dose de 6 g de solução a 10% em 15 a 20 minutos, seguido de infusão contínua de 2 g/hora;
25% doas pacientes que chegam com dor torácica na sala de emergência estão sofrendo um infarto
Quando falamos de infarto estamos falando de um contexto dentro de uma entidade muito maior que é a síndrome
coronariana aguda
O eletro logo depois do complexo QRS e antes da onda T temos uma porção pequena que chamamos de segmento
ST, que se inicia no ponto J
Paciente com supra eu tenho que priorizar o tempo pois tempo apara esse paciente é musculo. O paciente que
infarta com supra de ST tem um pedaço de uma artéria coronária com obstrução total e com isso a parte do musculo
que é mais dependente dessa artéria vai necrosar, o detalhe é que eu tenho uma área muscular em torno dessa area
que esta sofrendo uma isquemia mas que é uma área potencialmente viável (área em penumbra), vamos então
utilizar medicamentos para aliviar esse trombo como trombolíticos
No infarto sem supra a oclusão é total só que ocorre e em um pedaço de musculo subendocárdico, nesta oclusão
total o paciente tem uma morte muscular transmural (pega endocárdio, miocárdio e epicárdico)
Introdução
• Infarto agudo do miocárdio:
o Necrose miocárdica resultante de uma obstrução aguda de uma artéria coronária;
• Clínica:
o Dor ou desconforto torácico;
▪ Com ou sem dispneia, náuseas e diaforese.
Achados clínicos
• 15 a 25% de casos de dor torácica no departamento de emergência
• Triagem eficiente
Nem sempre o paciente que infarta vai chegar apenas com dor torácica no PA, temos também sintomas atípicos
Introdução
• Diagnóstico:
o ECG;
o Marcadores de necrose miocárdica;
▪ Troponina
▪ CPK/CKMB
Exames
• ECG
o Tem que tentar ser feito em até 10mim da admissão desse paciente
o Elevação do segmento ST:
• Para eu falar que tem um IAMCSSST tem que ter ≥ 0,1mV (acima do ponto J), em duas
ou mais derivações contíguas
• Em V2 e V3, a elevação deve ser ≥ 0,2mV em homens ≥ 40 anos, ≥ 0,25mV em
homens < 40 anos e ≥ 0,15mV em mulheres
Se o paciente que fez esse eletro tiver com dor torácica como no ECG não tem elevação do segmento ST vou precisar
de um marcador de necrose miocárdica ou enzima cardíaca para ver se ele está infartando ou tendo só uma angina
instável
V1 e V2 = parede septal
V3 e V4 = parede anterior
V5 e V6 = parede baixa
Exames complementares
• Troponinas
o Alta sensibilidade e especificidade
o Elevadas por 5 a 14 dias
o *CPK/CKMB
▪ Não é tão especifica
▪ Ausência de troponina
• Rx de tórax
• Outros exames
o HMG, eletrólitos (Na, K, Mg), glicemia, função renal, coagulograma
• Ecocardiograma
o Diagnóstico diferencial
o Anormalidades estruturais, pode mostrar a parede do ventrículo, se foi acometida ou não
Paciente que está infartando tem que ficar de repouso, entrar com O² e acesso venoso onde irei fazer as medicações
Temos medicações que tem que ser feitas na sala de emergência para o infarto e outras medicações que podem
estar sendo feitas ou não dependendo dos sintomas do paciente
Tratamento
• Antiagregantes plaquetários;
• Anticoagulantes;
• Betabloqueadores;
• Nitratos;
• Morfina;
• IECA / BRA;
• Estatinas;
• Terapia de reperfusão;
Antiagregação plaquetária
Teve um estudo (ISIS ll) onde mostrou a importância do AAS e do trombolítico para aumentar a sobrevida do
paciente vítima de infarto
• Aspirina/AAS:
• Antagonista do ADP:
o Antiagregante plaquetário que fazemos junto com o AAS
o Inibe receptor de ADP plaquetário;
o É fundamental ser feito na sala de emergência
o Escolha (*):
▪ Prasugrel > Ticagrelor > Clopidogrel;
o Clopidogrel:
▪ Mais usado porque está disponível no SUS
▪ Dose de ataque
• Estratégia intervencionista: 600mg;
• Estratégia conservadora: 300mg;
▪ Manutenção: 75mg;
▪ Tratamento dura de 3meses a 1ano
o Ticagrelor:
▪ Dose de ataque 180mg;
▪ Manutenção: 90mg 12h/12h;
Dupla antiagregação plaquetária = 2 á 3 comprimidos de AAS + inibidor da ADP (Prasugrel, Ticagrelor, Clopidogrel)
Anticoagulação
• Indicada para todos os pacientes diagnosticados com SCA de risco intermediário ou alto para inibir a geração
e a atividade da trombina, reduzindo os eventos relacionados ao trombo;
• A troca de anticoagulantes não é aconselhada;
• É fundamental, ou seja, tem que ser feito
• Todo paciente que infartou tem indicação de ser feito anticoagulante
• Por 7-10dias ou durante o período de internação do paciente
• Heparina;
• Enoxaparina;
• Fondaparinux;
• Bivalirudina;
• Hirudina;
• Argatroban;
• Abciximab;
• Agrastat;
• NOAC´s;
• Novos anticoagulantes orais;
• Fondaparinux:****
o SC, 1x dia, 2,5mg;
o 1ª escolha (ESC 2015) – porem não tem no SUS
o CI: ClCr < 20mL/min – doença renal crônica
o Indicado como alternativa a heparina em pacientes com trombocitopenia induzida por heparina;
RESUMINDO até aqui: o que deveria ser mais utilizado é o Fondaparinux porem o que é mais utilizado é Enoxaparina
e quando for contraindicado usamos a Heparina não fracionada
• Bivalirudina/Hirudina/Argatroban:
o Inibidores direto da trombina;
o Utilidade: história de plaquetopenia induzida por heparina;
o Não disponíveis no Brasil;
• Abciximab e Agrastat:
o Inibidores potentes plaquetários;
o Agem na via final de ativação, o receptor da glicoproteína IIB-IIIA;
o Pouco utilizados após a utilização da dupla antiagregação plaquetária;
08/10/2020 Bévena Rodrigues Lopes
o Na pratica utilizados em pacientes que colocam o estente e tem muita chance de ter trombose
β-bloqueadores
• O IAM é uma lesão estrutural, o paciente tem grande chance de desenvolver uma insuficiência cardíaca por
isso que a maioria dos pacientes vão acabar fazendo o uso como tratamento, mas na sala de emergência é
administrado apenas se o paciente estiver com dor torácica
Nitrato
Morfina
• Não deve e nem precisa ser tão precoce quanto a aspirina, antagonista do ADP e anticoagulante, ou seja,
não é necessário iniciar na sala de emergência
• Esperar ao menos quatro a seis horas após a chegada ao departamento de emergência e iniciar com baixas
doses;
Estatinas
• Medicação fundamental que não será feito na emergência, mas será feito na primeira noite de emergência
do paciente infartado, independente dos valores de HDL, LDL e colesterol do paciente
• Ação anti-inflamatória, estabilização de placas ateroscleróticas, melhora da função endotelial, aumento de
HDL, diminuição da tendência protrombótica e redução do LDL;
• Reduz a taxa de IAM recorrente, mortalidade por doença coronariana, necessidade de revascularização do
miocárdio e AVC;
• Estatinas de “alta potência” tem como meta reduzir o LDL em mais de 50% do valor de base;
• Estatinas de alta potência nas SCAs:
o Atorvastatina:
▪ 80mg/dia ou 40mg/dia se intolerância com dose maior;
o Rosuvastatina:
▪ 20 a 40mg/dia;
Até aqui falamos sobre as medicações que são feitas tanto no contexto de IAMCSST como no IAMSSST
No IAM com supra do segmento ST onde ou eu vou fazer estratégia invasiva ou estratégia farmacológica
• Reperfusão mecânica primária (angioplastia primária) é a forma de recanalização da artéria oculída que é
feita através da intervenção coronariana percutânea (ICP);
• A ICP primária é a utilização de cateter-balão ou o implante do stent coronário sem uso prévio de
fibrinolítico, com o objetivo de restabelecer o fluxo coronário anterógrado de maneira mecânica;
• Essa técnica, quando disponível, constitui-se na melhor opção para a obtenção da reperfusão coronária, se
iniciada até 90 minutos após o diagnóstico do IAM;
• Para os pacientes com contraindicação para fibrinólise ou na vigência do choque, a ICP primária é também a
opção preferencial;
• ICP de resgate é feita quando o procedimento é realizado após trombólise farmacológica ineficaz (não houve
reperfusão) ou o paciente evolui de forma insatisfatória (p. ex., choque, insuficiência cardíaca aguda),
paciente que infartou, fiz trombolito porem continua com a artéria obstruída
o É o paciente que infartou, eu fiz trombolítico nele porem ele ainda sim continua com a artéria
obstruída (infartado)
Vamos preferir sempre fazer a Intervenção coronária percutânea em relação a estratégia farmacológica!!
Estratégia farmacológica
• Trombolítico:
o Vai quebrar o trombo formado no local da artéria
o É efetivo nas primeiras 12 horas do início dos sintomas (especialmente nas primeiras 3 horas);
o Os principais trombolíticos utilizados e aprovados para o tratamento do IAM com elevação do
segmento ST são:
▪ Estreptoquinase;
• Hoje em dia quase não é mais fabricada pois tinha muito efeito colateral, causava
muita hipotensão
▪ Alteplase
• (ativador do plasminogênio tecidual recombinante – rtPA);
▪ Reteplase;
▪ Tenecteplase;
O leigo fala que o trombolítico raleia o sangue, isso não ocorre, porem ele deixa o paciente com maiores chances de
ter sangramento, por isso que antes de começar o sangramento fazemos um checklist do paciente e se ele tiver uma
contraindicação absoluta não vamos trombolizar porque esse paciente tem chance de sangrar e o principal
sangramento que pode ocorrer é o AVC hemorrágico que pode ser fatal
• Reteplase (rt-PA):
o É um fármaco fibrinolítico, fibrino-específico que atua por ativação do plasminogénio à superfície da
fibrina, impedindo a inativação da plasmina pela anti-plasmina;
• Ativador do plasminogênio tecidual é uma protease sérica secretada que converte a proenzima
plasminogênio em plasmina, que é uma enzima fibrinolítica, deixa o paciente com maiores chances de
sangramento
• Alteplase (t-PA):
o Dose:
▪ >65kg: 15mg em bolus + 50mg em 30 minutos + 35mg em 1 hora
▪ 90kg: 50mg Maiores de 75 anos: metade da dose
• Tenecteplase (TNK-PA):
o Dose:
▪ < 60kg: 30mg
▪ 70-80kg: 40mg
▪ >90kg: 50mg
▪ 60-70kg: 35mg
▪ 80-90kg: 45mg
▪ Maiores de 75 anos: metade da dose
“Temos que pensar que tenho algumas contraindicações na cabeça, uma no peito e uma no abdômen pelo menos”
• Na cabeça se o paciente teve AVC hemorrágico ou AVC isquêmico nos últimos 3meses não vamos
trombolizar
• No tórax se o paciente tiver dissecção aguda de aorta não trombolizamos
• No abdômen vamos pensar na hemorragia digestiva alta
E se for sindrome coronaria aguda sem supra de ST pode ser um infarto agudo do miocardio sem supra de ST ou
angina instavel que vou diferencialos pelo marcado de necrose, sendo o mais especifico a troponina e o que mais
tem disponivel CPK e CKMB
Tratamento Geral
o M – Morfina: se persistência da dor mesmo com medicações otimizadas
o O – Se O2 < 90%
o N – Nitrato: CI: Hipotensão, Infarto de VD, Uso de inibidor da 5-fosfodiesterase
o A – AAS: 200 – 300mg – é o que fazemos na sala de emergência
o B – β-bloqueador – não é na sala de emergência, mas o paciente pode sair tomando-o
o C – Clopidogrel: 300mg / >75ª = 75mg – administrado na sala de emergência
o H – Heparina, principalmente a de baixo peso molecular, feita na sala de emergência
o I – IECA/BRA, não é feita na sala de emergência mais paciente sai tomando-o
o E – Estatina: Atorvastatina / Rosuvastatina, não é feito na sala de emergência, deve ser realizada na
primeira noite que o paciente tiver sido internado
Quadro clinico decorrente da perda progressiva e irreversível da função renal. A diferença entre a DR pré-aguda e a
crônica é que a crônica é irreversível, a lesão renal aguda pré-renal é recuperável em grande parte
Para chegar até a fase terminal é uma sequência clinica lenta e progressiva, nem todos vão parar na hemodiálise
porem a maioria infelizmente vai
No estágio 5 o paciente tem uma taxa de filtração glomerular <15 a qual é muito baixa então ele tem indicação para
dialise. A partir dessa tabela sabemos que o paciente que tem indicação de dialise é aquele paciente que está no
estágio 5 de DRC
Para chegar no estagio 5 passamos por outros estágios onde a função renal vai sendo prejudicada gradativamente
História clínica!!
• Estados hipercatabolicos
o Traumatismos, procedimentos cirúrgicos extensos, sepse, graves sangramentos digestivos
• Causa pré-renal
o Depleção do volume extracelular (Ex: desidratação), ICC, ...
• Causa pós-renal
o Uropatia obstrutiva
01/10/2020 Bévena Rodrigues Lopes
• Causa renal intrínsica
o Hipertensão grave, pielonefrite aguda, NTA, contraste radiológico, ...
• Vascular
o Renovascular, ateroembolismo
Temos que eliminar esses níveis de agudização para retornar o paciente para o estágio crônico que ele está
acostumado a conviver, ou seja, ele não volta ao normal porem sai do estado crônico agudizado
Causas de DRC
• Nefroesclerose hipertensiva**
o hipertenso descontrolado e mal conduzido
• Nefropatia diabética**
o diabético descontrolado mal conduzido e controlado que acaba em dialise
• Doenças glomerulares
• Doença túbulo intersticial
• Doença renal policística extensas
• Doença vascular
o vasculites, estenoses
• Uropatia obstrutiva
• Paciente pode ser assintomático e esses se não houver a suspeita não vamos diagnosticar, nesse caso temos
que lançar mão dos exames laboratoriais para saber
• Hipertensão
o Paciente que se apresenta no ambulatório para investigar uma hipertensão e na procura para
explicações dessa hipertensão e acaba encontrando DRC
• Proteinúria
o Paciente que queixa de edema e quando vamos procurar achamos DRC, a partir por perda excessiva
de proteína na urina (proteinúria)
• Elevação de Creatinina e Ureia séricas
Muitas vezes temos o hipertenso que é hipertenso a vida toda e acaba em DRC, é uma evolução natural de uma HA
mal conduzida, também posso ter um paciente que por outra causa que não a hipertensão desenvolve uma DRC e
por ser doença renal crônica fica hipertenso
Fisiopatologia:
• Retenção de NaCl – ele acumula muito sódio no corpo e como é nefropata crônico não dá conta de jogar
esse Na fora leva a hipertensão pois ele vai acumulando Na e água
• Níveis inapropriadamente elevados de renina para o estado de expansão do volume de líquido extracelular
• Estimulação simpática através dos reflexos renais aferentes
• Comprometimento da função endotelial renal com deficiência de óxido nítrico e aumento na produção de
endotelina
PQP!
Manifestações tardias da DRC
Com base nessas manifestações vamos distinguir um paciente DRC agudo ou crônico. Essas manifestações ocorrem
em todos os estágios de DRC, obviamente que quanto maior o estagio mais acentuadas serão as manifestações
• Edema
o Balanço hídrico +
o PA
o ATENÇÃO edema de face
01/10/2020 Bévena Rodrigues Lopes
• Anemia
o Eritropoetina – a qual é sintetizada no rim e estimula a medula óssea para síntese de eritrócitos,
com isso cronicamente vai desenvolver uma anemia
o É uma dica que faz com que pensamos que o paciente é um nefropata crônico
o Hemoglobina de 6-7, bem baixa
• Serosites
o Inflamação inserosa não infeciosa, é de natureza inflamatória pela uremia
o Pericardite, derrame pleural e ascite nas mais diferentes intensidades
• Confusão, coma
o Encefalopatia urêmica
o Também esta presente no doente renal agudo
• Anorexia e Vômitos
o Também esta presente no doente renal agudo, logicamente que no paciente renal crônico vai ser de
modo mais acentuado então os pacientes crônicos tendem a ser bem magros em função da anorexia
e dos vômitos repetitivos
• Resistência à insulina
o Renal crônico por DM
• Neuropatia periférica
o É uma síndrome que não está presente apenas no DRC, também está presente no diabético por
exemplo
o Neuropatia do tipo bota, progressiva, ascendente, MMII, bilateral, inicialmente perda de
sensibilidade, mas pode ter perda de motricidade também
• Hiperpotassemia
o Não excreta K+
o O agudo temabem tem esse problema
• Acidose metabólica
o Não excreta H+
o Agudo também tem esse problema
• Equimose e sangramento
o Disfunção plaquetária
o O agudo também tem esse problema, mas o crônico ocorre de modo mais forte
o Tem sangramentos com facilidade
• Prurido
o Deposição fosfato-cálcio
o Não responde a antialérgico
• Pele “amarelo-palha”
O aumento de fosfato no sangue e diminuição de Ca ionizado no sangue é uma diferenciação entre o nefrópata
crônico do agudo
Achados laboratoriais
• Proteinúria
o Em fase precoce de IRC, dosar microalbuminúria e proteinúria nas situações de nefropatia diabética
e nefroesclerose
• Diminuição do tamanho dos rins
o Ultrassonografia renal
• Biópsia renal
o Não é necessária
o Casos selecionados
o Maioria dos casos é clinico e laboratorial
Bases do tratamento
• Controle da hipertensão
o meta 130 x 80 mmHg
• Controle da proteinúria
o Temos que tentar diminuir essa proteinúria de alguma forma
1. IECA ou BRA
a. Já iremos atuar na questão protetiva e na questão da hipertensão
2. Pode será necessário diurético
a. FUROSEMIDA
b. Porque o renal crônico faz o acumulo de Na e portanto de água
3. Restrição de sal na dieta
a. 2g sal (Na) ao dia
• É causada por déficit de eritropoietina então o tratamento irá consistir na administração de eritropoetina
• Administrar eritropoetina
Estagio 1 e 2
• CONTROLE DE PA
• RESTRIÇÃO DE SAL
Estagio 3 e 4
• CONTROLE DE PA
• REDUÇÃO DE SAL
• DIETA COM REDUÇÃO DE PROTEÍNAS E CALORIAS
o Hipoproteica e hipocalórica
o 0,8 g de proteína/Kg de peso corporal ideal/dia
o 30 Kcal/Kg/dia
Estagio 5
• DIÁLISE
o HEMODIÁLISE
o DIÁLISE PERITONEAL
• TRANSPLANTE RENAL
Hemodiálise – indicações
Hemodiálise – complicações
• Anemia
• Desnutrição
o hipoalbuminemia
• Doença cardiovascular
o Principal causa de óbito
• Infecção
o Acesso
Dialise peritoneal
Transplante renal
O tempo limitado de sobrevida da maioria das células sanguíneas maduras exige a sua continua reposição em
processo denominado: Hematopoese
Só consegue tratar uma anemia carencial quando conseguimos de fato repor o que está faltando
A anemia é manifestação de algo, falta de ferro, ácido fólico, destruição de glóbulos brancos, problema na produção
de globina..., anemia não é diagnostico de nada!
Temos que perder o preceito de que anemia é igual a falta de ferro, isso está errado
O tecido hematopoiético sofre uma renovação celular continua, as hemácias duram 120 dias, então em 3 meses
estamos tendo uma renovação delas, por isso que
é o único tecido que doamos e não faz falta para a
gente
Hematopoese
Para que a hematopoese ocorre de forma adequada existe uma interação de células tronco e macromoléculas
complexas do estroma da medula óssea, sendo influenciado por diversos fatores de crescimento hematopoiéticos
Classificação da anemia de
acordo com o VCM
Outras anemias não tem relação com carência nutricional assim como o insuficiente renal crônico, anemia
falciforme, síndrome neoesplásica, falência de medula óssea. Se o paciente tiver uma síndrome neoesplasica e o
paciente tiver usando ferro na verdade só vamos piorar a situação do paciente
Eritropoiese
Para que tudo ocorra de forma perfeita é necessário que haja a interação da célula tronco com microambiente da
medula e algumas substancias essenciais (sais minerais e vitaminas)
Anemia microcítica
No interior da hemácia existem várias hemoglobinas, uma hemoglobina e composta por 4 cadeias de globina + 4
grupos heme (ferro + protoporfirina)
Quando temos deficiência de ferro, globina ou protoporfirina existe uma diminuição da quantidade de hemoglobina
dentro da hemácia o que faz com que a anemia fique microcítica
Lembrando...
• Falta de ferro = anemia ferropriva
• Problema na protoporfirina = anemia sideroblástica
• Deficiência de globina = talassemia
Com isso não podemos falar que um paciente com VCM < 70, anemia microcítica, com certeza é uma anemia
ferropriva
A tranferrina chega na MO, é interiorizada nas células, libera o ferro no citoplasma, e a transferrina volta para a
circulação para captar mais ferro, o ferro que interiorizou vai na mitocôndria junta com a protoporfirina e forma
heme, esse heme por sua vez se junta as cadeias de globina para formar hemoglobina
Quando a hemácia não consegue se encher de hemoglobina ela vai ficar com um volume menor, vai ter um VCM <
70 o que caracteriza uma anemia microcítica
Anemia ferropriva
Metabolismo do ferro
O ferro que ingerimos na alimentação é quase que na sua totalizada ferro férrico, tem
uma enzima que transforma o ferro férrico em ferro ferroso e dessa forma ele é
armazenado nos enterócitos na forma de ferritina, esse ferro armazenado precisa sair
da célula na superfície basolateral e para isso precisa passar por uma proteína
chamada ferroportina, e de acordo com as nossas necessidades esse ferro sai pela
ferroportina
Um dos locais onde o ferro será utilizado é no hepatócito e na medula óssea, 80% do
ferro vai para a MO para fazer a hemoglobina e uma pequena parte do ferro vai para o
hepatócito para ser armazenado na forma de ferritina
Mulheres que menstruam em situação de alteração hormonal e um fluxo menstrual intenso, onde há perda de
sangue e ferro fazendo com que a mulher fique com deficiência de ferro no organismo, há diminuição da quantidade
de hepicidina que faz com que a ferroportina abra o que possibilita a mobilização desse ferro de dentro do
hepatócito que vai cair na corrente sanguínea e chegar na MO para ser utilizado na formação de hemoglobina
A capacidade a absorção e mobilização do ferro depende de um hormônio cuja concentração está intimamente
ligado a quantidade de ferro disponível
A maioria das vezes em que o paciente está com a ferritina alta não é porque ele consome muito ferro, é porque
mantemos esse mecanismo de defesa de não absorver em excesso ferro
Nos macrófagos há a fagocitose dos eritrócitos que contem hemoglobina (heme + globina), a globina vai se
desentegrada em aminoácidos e o heme vai ser desintegrado em protoporfirina e ferro, a protoporfirina vai ser
metabolizada em bilirrubina indireta e o ferro vai ser reutilizado
Em situações em que temos um bom estoque de ferro a ferroportina vai estar fechada, portanto, o ferro não vai ser
mobilizado para o plasma, esse ferro vai sair nas fezes através da descamação do epitélio do enterócito. Não temos,
portanto, excreção de ferro, uma vez o ferro absorvido não tem mais volta, a única forma de colocar esse ferro para
fora é fazendo sangria do paciente
A regulação do transporte de ferro é finamente controlada para evitar qualquer sobrecarga de ferro em épocas de
excesso do elemento, enquanto permite um aumento da absorção e da mobilização das reservas de ferro na
presença de deficiência.
As perdas fisiológicas limitadas de ferro reforçam a importância da absorção como determinante do conteúdo de
ferro corporal, porque como a perda é bem limitada eu tenho que ter controle da absorção do ferro para não tem
excesso do ferro no organismo
Situações de inflamações e/ou inflamações crônica (osteomielite, tuberculose, doenças inflamatória intestinais..)
que tem uma alta quantidade de interleucina-6 essa faz com que haja um aumento da hepicidina que faz com que
feche a ferroportina, ou seja, não vai liberar ferro do hepatócito, enterócito ou macrófago para a circulação, esse
paciente tem ferro estocado porem não consegue mobilizar pois a porta de saída do ferro está fechada isso não é
anemia ferropriva, é anemia inflamatória, nestas situações não adianta administrarmos ferro, o tratamento ocorre
tratando a doença de base
Ferro é meio de bactéria então nas situações de inflamações e infecções existe uma preocupação em não
administrar ferro para o paciente para não piorar a infecção porem isso gera anemia e ai o tratamento dessa anemia
é tratando a doença de base
Causas
• Aporte inadequado
• Má absorção
• Perda de sangue
• Aumento das necessidades (gestação e nos primeiro 2 anos de vida)
• Verminose
• Gastrectomia (by-pass do duodeno) /hipocloridria
• Doença celíaca
• Neoplasia de colón
• Hemodiálise (por perda de sangue no circuito do aparelho)
Consequências
• Anemia microcítica
• Metabolismo muscular (mioglobina)
• Redução da atividade de enzimas mitocondriais que dependem do ferro (citocromos, catalase, peroxidase)
• Problemas comportamentais e de aprendizagem em crianças
• Ferro sérico
o Costumam pedir ferro sérico para diagnosticar anemia ferropriva o que está errado pois ferro sérico
baixo pode ser anemia inflamatória crônica, não necessariamente é anemia ferropriva
• Ferritina
o Ferritina baixa = anemia ferropriva
o Ferritina é o estoque de ferro portanto se o paciente não tem ferritina ele não tem ferro
• TIBC
• IST
O ferro é encontrado no meio ambiente, em grande parte, sob a forma de oxido ou hidróxido férrico ou polímeros
Absorção normal de ferro: 1mg/dia no homem e 1,4mg/dia na mulher, isso quer dizer que a nossa utilização de ferro
é pequena porque o nosso ferro é reutilizado, não existe um meio de excreção efetiva do ferro, não perdemos o
ferro em grande quantidade, pessoas que tem muito ferro (hiperferritinemia) tem que fazer sangria
Cerca de 80% do ferro dirige-se a medula óssea para fazer hemoglobina e hemácia
Veganos e vegetarianos não vão ter ferropenia (deficiência de ferro) porque a nossa necessidade de ferro é muito
pequena, para fazer uma ferropenia tem que ser uma desnutrição severa, são pessoas que não tem acesso a comida
de fato
• Sais ferrosos **
• Ferro aminoquelado **
• Complexo de ferro polomaltosado (ferripolimaltose) **
• Ferro carbonila
• Sais férricos
Portanto...
Sais ferrosos
• São rapidamente absorvidos e bastante eficazes em corrigir hemoglobina e normalizar os estoques de ferro
do organismo
• Entretanto, o ferro ferroso apresenta algumas desvantagens que acabam limitando o seu uso e efetividade,
comprometendo o sucesso terapêutico
• Podem interagir com substancias como fitatos, polifenóis e outros componentes da dieta na luz intestinal,
formando complexos insolúveis que impedem a sua absorção, ou seja, os sais ferrosos tem uma grande
interação com a alimentação
• Desta forma, recomenda-se que o ferro ferroso seja ingerido com o estômago vazio, uma hora antes das
refeições, entre as refeições ou antes de dormir
• O ferro ferroso pode ser oxidado à Fe3+ (ferro férrico) na luz intestinal, e esse processo de oxidação na
porção apical da membrana enterocítica gera radicais livres capazes de ocasionar a peroxidação lipídica de
proteínas da membrana do enterócito e, por conseguinte, provocar danos celulares, favorecendo o
aparecimento de lesões inflamatórias (esofagite, gastrite, duodenite, úlcera).
• A absorção do ferro na sua forma ferrosa (Fe2+) dá-se por absorção ativa através da proteína transportadora
de metal divante 1 (DMT1) e por difusão passiva na membrana apical do enterócito e intercelular ou
paracelular.
• O sulfato ferroso tem a vantagem de poder, em situações de deficiência de ferro moderada a grave, se
absorvido por difusão passiva. Estima-se que até 20% da quantidade do ferro ferroso não interiorizado por
absorção ativa possa ser absorvido por difusão passiva, o que explica o incremento mais rápido da
concentração da Hb observado em alguns estudos quando se utiliza sulfato ferroso em comparação ao
incremento da Hb observado com os sais aminoquelados ou com a ferripolimaltose
Desvantagens
Concluímos que o sulfato ferroso seria o medicamente perfeito (se bem indicado) se não fosse os efeitos adversos
Ferro aminoquelado
• Os sais aminoquelados resultam da união covalente do ferro em sua forma ferrosa (Fe2+) ou férrica (Fe3+) a
um ligante orgânico
• A molécula resultante é um metal quelato, que tem como finalidade apresentar uniões de qual ação
suficientemente fortes para resistir a ação de enzimas e proteínas na digestão, e de substancias naturais
presentes nos alimentos, como fitato, folato e ácido tânico (substancias que impedem a absorção)
• Além disso, protege os átomos de ferro, reduzindo a exposição direta das células da mucosa gastrointestinal
a esse metal, o que poderia reduzir a toxicidade local porque o ferro na forma ferrosa na luz intestinal pode
ser oxidado em ferro férrico o que gera radicais livres o que gera lesão de mucosa
• Os compostos aminoquelados teoricamente têm menor incidência de efeitos secundários descritos em
relação às apresentações ferrosas não queladas
• Porem são menos eficientes que os complexos de ferro polimaltosado (Fe3+), sobretudo com relação à
menor incidência de EA gastrointestinais
• Além disso, a biodisponibilidade dos sais aminoquelados é bastante variável e inferior à constatada em
vários outros compostos, razão pela qual a agência FDA norte-americana tem recomendado este tipo de sal
para a fortificação de alimentos, mas não como suplemento terapêutico, ou seja, apesar de existirem
medicamentos a pesar de ferro aminoquelado não tem recomendação para que se use ele como
suplemento terapêutico devido a sua baixa biodisponibilidade
• O hidróxido de ferro férrico (Fe3+) polimaltosado não iônico, também conhecido como ferripolimaltose, é
um complexo hidrossolúvel, constituído de hidróxido de ferro férrico polinuclerar e dextrina parcialmente
hidrolisada (polimaltose)
Diante da situação como gastroplastia redutora, gastrectomia, doença gastrintestinal inflamatória crônica nas quais
se suspeita de resposta insatisfatória como o tratamento com ferro por VO
Interpretação: aumento do valor basal em jejum da concentração do ferro sérico menor do que 100 µg/ml sugere
absorção intestinal do ferro inadequada
Os principais medicamentos com ferro disponíveis e comercializados em diferentes países para uso por via
parenteral são:
• ferro dextran
• ferro gluconato
• ferro sacarato
• carboximaltose férrica.
Ferro gluconato
• Complexo de gluconato férrico sódico, contém o mesmo núcleo de hidróxido de ferro que o ferro dextran;
entretanto, utiliza-se o gluconato para estabilizar e solubilizar o composto.
• A ocorrência de reação anafilática grave e de reação tardia com esse complexo é da ordem de 0,04% e 0,4%,
respectivamente.
• Vários estudos têm mostrado a eficácia e segurança do ferro gluconato em pacientes em hemodiálise, no
tratamento da anemia no paciente com câncer e em pacientes graves em centros de unidade intensiva.
• Este produto foi aprovado para comercialização nos EUA e na Europa há mais de 20 anos, porém não está
disponível no território brasileiro.
Ferro sacarato
É o noripurum.
• O sacarato de hidróxido férrico ou ferro sacarato é um complexo de ferro polinuclear similar ao da ferritina
(complexo proteico de ferro férrico com hidróxido de fosfato)
• O ferro sacarato contém o ferro em sua forma não iônica, como um complexo solúvel em água de ferro
férrico (Fe3+) com hidróxido de sacarato.
• Trata-se de um complexo férrico de alto PM, aproximadamente 43 kDa, que não é excretado por via renal
(uma vez colocado na circulação do paciente não se retira mais), seguro, estável em condições fisiológicas,
pois não libera ferro não iônico e com mínima imunogenicidade (ocorrência de reação alérgica < 1/100.000
infusões).
• Estas qualidades tornaram este ferro o produto de escolha para o tratamento da anemia ferropriva em
pacientes com doença renal crônica e em várias outras especialidades, como ginecologia, obstetrícia,
cirurgia, gastroenterologia, hematologia e hemoterapia, na maioria dos países.
• No Brasil, o sacarato de hidróxido férrico foi por muito tempo a única opção para tratamento com ferro por
via parenteral.
• É comercializado em ampolas contendo 5 mL e 100 mg de ferro elementar para uso por via endovenosa.
• [Hb (g/dL) desejada - Hb (g/dL) encontrada] x peso corporal (Kg) x 2,4 + 500 → para saber o quanto de
noripurum iremos passar para o paciente
• Embora a administração de ferro por via intramuscular tenha sido muito utilizada, esta via de administração
tem sido gradativamente substituída pela via endovenosa.
• Sabe-se que o ferro aplicado por via intramuscular tem absorção irregular e efeitos adversos indesejáveis,
como dor, mancha hipercrômica e necrose muscular (rara) no local da aplicação.
• Em crianças, recomenda-se a dose de 0,35 mL/kg de peso corporal diluídos em, pelo menos, 200 mL de SF; a
duração da infusão deve ser de, pelo menos, três horas; e a frequência de aplicação de apenas uma vez por
semana
Carboximaltose férrica
• Composto mais recentemente registrado na Europa para o tratamento da anemia ferropriva por via
endovenosa que combina as propriedades positivas do ferro dextran com as do ferro sacarato.
• O tempo necessário para se obter a elevação da Hb de 2 g/dL foi de sete dias para o grupo com
carboximaltose com uma única aplicação de até 1.000 mg e de 14 dias para o grupo com sulfato ferroso, que
recebeu 325 mg duas vezes ao dia
• Vantagem: pode ser administrada em dose de até 1.000 mg de ferro infundida em apenas 15 minutos, com
risco mínimo de reação adversa.
• Esta posologia facilita o tratamento, evita perda de tempo e a necessidade do paciente ter de retornar ao
serviço várias vezes durante a terapia.
Grupo de doenças caracterizadas por um padrão morfológico distinto das células hematopoéticas, decorrentes de
defeito na síntese de DNA e como uma consequência há anemia macrocítica.
Resumindo.. o folato que ingerimos precisa ser metabolizado ate a forma ativa dele e para que isso ocorra é
imprescindível a Vit. B12 para deixar o folato na forma ativa para que assim formemos DNA
Se temos um tecido que tem duplicação do tecido e forma constante se não tiver purinas e pirimidinas ele ira sofrer
com isso uma das consequências na deficiência de B12 é anemia megaloblástica
Quando o eritoblasto esta sendo formado e amadurecido até formar uma hemácia se não tem material genético
para duplicar a célula essa célula vai ficar com um citoplasma grande pois o seu citoplasma vai aumentar de
tamanho para se dividir em duas células porem o núcleo não tem material genético suficiente para isso então fica
com material citoplasmático em grande quantidade e núcleo pequeno, por isso daremos o nome para ele de anemia
megaloblástica
Para saber se o problema é falta de B12 ou ácido fólico faremos a dosagem dos dois
B12
É exclusivamente animal e ela depende de varias substancias para a sua absorção então é comum encontrar
deficiência de B12 do que de acido fólico
Folato
• Fontes:
o Cereais, aveia, feijão
o vegetais de folhas verdes
o Frutas
o Fígado
• Absorção:
o Jejuno proximal
• Reservatório:
o Fígado
• Duração das reservas:
o 4 -5 meses
1. Ingesta inadequada
Quadro clínico
• Cansaço, tontura, irritabilidade
• Glossite, estomatite, atrofia de papilas - alteração de mucosa pois é um
tecido que se renova constantemente, fica com aspecto de língua careca
Diagnóstico
• Folato sérico – baixo
• Homocisteína – alto não diferencia de deficiência de vit B12.
Tratamento
• Ácido fólico – 1 mg/dia via oral (comprimido 5 mg)
• Uso de folato no período gestacional reduz o a incidência de defeitos no tubo neural
• Vamos repor o que está faltando
Deficiência de B12
A quantidade de B12 que é absorvida depende da quantidade proveniente da
dieta e depende da produção de uma substancia chama fator intrínseco
produzido pela célula parietal que se liga a B12 e forma um complexo
B12+fator intrínseco e existe ainda um receptor de fator intrínseco no intestino
que é onde o fator intrínseco se liga e a B12 vai para o plasma
Quadro Clínico
• Cansaço, tontura, irritabilidade, cefaleia
• Glossite, estomatite, atrofia de papilas
• DISTÚRBIOS NEUROLÓGICOS!!! Parestesia, demência,
Romberg+, babinski, alteração de sensibilidade
profunda (cordão posterior da medula)
Tratamento
• Reposição: VO ou parenteral dependerá da causa
• Reticulocitose: 5º - 10º dia do início do tratamento tem um pico de reticulócito e isso é um marcador de
grande chance de sucesso de tratamento
• Próteses
o Aparelhos ou peças que propõe substituir um órgão ou membro, na sua totalidade ou em parte, o
que poderá se possível, reproduzir suas formas e prestar os mesmos serviços.
o Em uma amputação a pessoa não tem mais o membro então vamos colocar uma prótese que vai
auxiliar o meu paciente no equilíbrio e também vai devolver a função daquele membro
o Também utilizado para designar operações plásticas (enxertos, artroplastias (próteses internas),
implantes, etc.)
o Destinadas a remediar uma deformidade congênita, acidental ou de caráter estético.
Desde a antiguidade, em múmias já foram encontrados alguns tipos de próteses, e muito provavelmente essas
próteses não foram inventadas inicialmente com o intuído estético, surgiram com intensão de devolver a
normalidade para aquele paciente
Órteses
Objetivos
• Imobilizar: dando repouso a tecidos com lesão ou inflamações, em articulações e espasmos musculares.
Pode ser utilizado em pós-operatórios também para manter a pessoa em ortostatismo, isso é importante
pois a própria descarga de peso faz com que os osso tenham estímulos e se o paciente ficar acamado por
longo período de tempo a densidade óssea vai diminuir então é necessário que o paciente tenha essa
sensação de densidade para prevenir a osteoporose
• Sustentar peso corporal: Em pacientes com déficit de força muscular ou paralisia de uma ou mais
extremidades(tutor)
• Dominar movimentos involuntários: em pacientes com encefalopatia, as chamadas distonias onde a pessoa
não consegue parar de movimentar o braço como no Parkinson, ter movimentos involuntários por longos
períodos de tempo provoca fadiga na pessoa
• Prevenir deformidades: Em lesões do SNC (em paralisia motora) evitando retrações, dependendo da lesão
pode haver o encurtamento da musculatura decorrente da espasticidade, ou seja, o musculo flexor pode agir
muito mais que o musculo extensor
• Corrigir deformidades: Em estados precoces, em pós cirúrgicos, evitando recidivas da deformidade, crianças
nascem com o pé torto congênito
15/10/2020 Bévena Rodrigues Lopes
• Recuperar funções: Facilitando funções nas AVDs e AVPS; auxiliando na marcha; manter posicionamento
correto do segmento, o terapeuta ocupacional vai avaliar os movimentos que o paciente ainda tem e fazer
órteses em cima destes para que assim ela possa se adaptar e consiga se adaptar
Contra indicações
• Restrição de articulações funcionais – a pessoa não pode e não deve fazer o uso dessa órtese por longos
tempos pois se fizer vai enfraquecer a musculatura
• Piora da postura e da marcha – se ela piorar a postura provavelmente vai estar errado
• Aparecimento ou piora da dor – se a órtese causar dor é porque está errado
• Desenvolvimento de escaras
• Desconforto emocional
Efeitos Negativos:
• Dependência Física
• Dependência Psicológica
Considerações
• Prescrever rotina de uso.
• Dependendo do nível de incapacidade, o ideal é que o paciente tenha acompanhamento multidisciplinar.
• Um aparelho mal prescrito, desnecessário, mal confeccionado pode retardar ou inclusive malograr de
definitivamente sua a capacidade de recuperação funcional.
• Uma prescrição apropriada requer compreensão de anatomia, cinesiologia, biomecânica e a fisiopatologia
do distúrbio; deve dar funcionalidade e conforto
Nomenclatura
• As órteses recebiam denominações relacionadas a pesquisadores, cidades...., centros de
pesquisas (Gafanhoto, Charleston).
• 1973-AAOS- Americam Academy Ortopedic – padronizou a terminologia
• Correlação anatomia
• AFO-Ancle(tornozelo)
o Foot (pé)
o Ortese
• KAFO - Kenee (joelho) – imobiliza desde o joelho
para baixo
• HKAFO -Hip(quadril) – imobiliza desde o quadril
para baixo
• OTLS (Ortese toraco lombosacra)
Material
• Gesso sintético, termoplástico, alumínio e estruturas metálicas,...
Confecção
• Confeccionada pelo órtesista, deve ser feito sobre medida e levando em conta as patologias do paciente
Objetivos
• Estabilizar articulações
• Prevenir e ou minimizar deformidades
• Prevenir e ou minimizar contraturas e retrações
• Diminuir quadro álgico
• Auxiliar marcha
• Reduzir clonus
Cuidados terapêuticos
• Programa de exercícios (condicionamento cardiorrespiratório).
• As órteses devem ser estéticas e funcionais, as vezes confecciono uma órtese apenas por estética, são as
próteses cosméticas
Componentes
• Tem função de: sustentação. alinhamento e compensação
Calçados órtesicos
• Quando não há deformidades e preservação da sensibilidade pode ser fabricado sem características
terapêuticas.
• Quando há desvio de valgo e varo, é ideal a prescrição de bota, por conferir mais estabilidade.
Palmilhas
• Indicadas para:
o Pacientes com dismetria, um lado não é igual ao outro fisiologicamente
o Pacientes com esporão de calcâneo
o Pacientes com desnivelamento da pelve
AFO
• Indicação da AFO
• Pé torto congênito
• Pós cirúrgico
• Entorse
• Paciente hemiplégico, pé caído
Joelho
• Quando utilizado bloqueio, este é feito por
anéis
• Ao sentar deve haver acessórios que destrave
os anéis
• Objetiva estabilização do joelho,
favorecimento da marcha
KAFO
• Indicação da KAFO
• Pacientes com desvios de valgo e ou varo
• Geno flexo e ou geno recurvato
• Imobiliza desde o joelho
HKAFO
• Indicada: para pacientes paraplégicos
• para pacientes com equilíbrio precário de tronco
• Facilita posição ortostática (necessita de muito treinamento)
• Imobiliza desde o quadril
OTLS
• Também utilizada no tratamento da escoliose
• Colete curto
• É uma das mais estéticas
o Colar Cervical
▪ Onde a queixa principal é a dor, não há comprometimento da instabilidade, imobiliza sem
restringir o movimento.
▪ Se usar por um tempo muito prolongado sem indicação vai comprometer a musculatura da
região
o Colar Philadelphia
▪ Indicado em fraturas do processo espinhosos; em lesões instáveis; mais rígida; permite
maior controle de flexão e extensão
o Órtese cervico torácica
▪ Tipo Minerva: Indicada para alguns casos de lesões instáveis.
o Colete de Jewett
▪ Utilizado para pós cirúrgicos e fraturas da coluna toraco lombar; onde não exista risco de
colapso vertebral nem piora do quadro neurológico. Boa limitação dos movimentos de
flexão e extensão, quase nenhuma rotação
Amputação
Considerações:
• A abordagem ideal deve ser multidisciplinar, normalmente meu paciente vai passar por um processo até que
possa de fato utilizar a prótese, temos que avaliar a cicatrização do coto, ver se ele tem condições cardíaco
para utilizar próteses, ver se o paciente vai de fato utilizar a prótese, se é um paciente que sofre efeito
sanfona..
• As etapas da abordagem devem ser de prescrição, adaptação, treinamento, avaliação e seguimento.
• Tem sido observado que os amputados sob a assistência de uma equipe clinica torna-se muitíssimo mais
bem adaptado para retornar ao seu lugar na sociedade.
• Os procedimentos das clinicas habitualmente envolvem as seguintes etapas:
• Exame pré clinico
• Prescrição detalhada incluindo fatores cirúrgicos, físicos e protéticos
• Verificação inicial de alinhamento e função mecânica, para instituir o treinamento.
• Treinamento da prótese
• Verificação final da adaptação, alinhamento e aparência
• Acompanhamento
Considerações
• Infelizmente, apenas em algumas ocasiões tem o fisioterapeuta a oportunidade de examinar e aconselhar
um paciente antes de uma amputação.
• Antes da cirurgia o paciente deve ser preparado física e psicologicamente para o procedimento.
• Para cada caso o tratamento e a abordagem devem diferir.
• Ver se é mais vantajoso o paciente ficar na cadeira de rodas ou investir em próteses. Vamos reabilitar
sempre mas para protetizar vamos ponderar
Etiologia
• Condições cirúrgicas inadequadas ou protética; causas conhecidas mais inevitáveis; falta de orientação
Complicações
• Ulceração: Associada a isquemia local; aparece ao longo da cicatriz cirúrgica
• Degeneração valeriana: Degeneração das fibras nervosas após separação de seu centro nutriente; o efeito
do reparo iniciado após a amputação, deixa a fibra nervosa separada de sua célula de origem, sofrendo sua
porção distal alterações
• Neuroma de amputação: Tumor composto por células nervosas, quando ocorre a amputação acaba restando
algumas células nervosas no coto. Se o paciente tiver um neuroma não vai conseguir utilizar a prótese
• Membro Fantasma - Sensação indolor, descrição de um membro que ainda está preso ao corpo; pode ser
constante, intermitente ou temporária.
Dor fantasma
• Sentida por cerca de 50% dos pacientes amputados;
• Sentida distalmente, geralmente na ponta dos pés
• Descrita como picada de faca, ou forte corrente elétrica
• Pode ser persistente ou passageira
• Pode diminuir com o tempo ou persistir indefinidamente
• Impedir no pós-cirúrgico
• Evitar deformidades
• Controlar edema no coto
• Manter força muscular nos demais segmentos
• Manter mobilidade geral
• Melhorar e ou melhorar equilíbrio nas transferências
• Reeducar marcha
• Restaurar a independência funcional
• Tratar a dor caso aja membro fantasma
• Restaurar e ou manter a auto estima
• Dar apoio emocional
Posicionamento:
• Orientação no leito
• Evitar travesseiro sob o coto
• Evitar estar deitado ou sentado por tempo prolongado
Exercícios:
• Do primeiro ao terceiro dia
o Isometria
o Exercícios respiratórios
o Movimentação passiva
Tipos de imobilização
• Provisórias - Enfaixamentos (Colar Cervical, Gesso em oito Oito, Velpeau)
• Esparadrapagens
• Tração (Cutânea / Esquelética)
• Apoio do membro (Tipóia)
• Talafix
• Definitivas
• Talas gessadas e Gesso circular
• Órteses (coleto torácico)
O paciente vai apresentar como clinica perda de amplitude de movimento e muitas vezes vai relatar dor
Reabilitação no imobilismo
• Eletrotermofototerapia
• Calor
• Alongamento e Fortalecimento muscular
• Estimulação da descarga de peso nos membros inferiores – para ativar a produção de massa óssea
• Mobilizações e manipulações
• Reeducação funcional e proprioceptiva – estimula a contração muscular e o ganho de massa óssea
• Recondicionamento cardiovascular e respiratório
Imobilidade em idosos
• O idoso tem em média 16 horas de imobilização por dia na posição ortostática ou sentado: sem grandes
alterações.
• Ir para a cama é uma resposta universal para o adoecimento.
• 1860 – 1950: recomendava-se repouso no leito para a recuperação de doenças e enfermidades.
• 1940: 2ª Guerra Mundial. Muitos feridos e poucos leitos. Os soldados que ficavam menos tempo no leito se
recuperavam mais rápido, ou seja, já começaram a perceber que ficar muito tempo acamado trazia danos
para o organismo
• Metade da força muscular é perdida com imobilização de 3 a 5 semanas, se ele tinha uma força no bíceps e
conseguia levantar 10kg depois de 4semanas acamado ele vai conseguir levantar apenas 5kg
• Perda da força e encurtamento das fibras musculares
• Redução do número de sarcômeros (principalmente em posição encurtada)
• Músculos antigravitacionais (delatores da coluna, quadríceps, gastrocnêmico e soleo) maior perda de força
durante a inatividade
• Perdem tônus quando não há descarga de peso
• Perda de proteína contrátil (actina e miosina) e aumento do tecido conjuntivo fazendo as fibroses
periarticulares
• Basicamente temos dois tipos de fibras musculares, fibras do tipo l de contração lenta oxidativas e fibras de
contração rápidas, tipo ll ou glicolíticas, as fibras de contração lenta são mais recrutadas nas ações aeróbicas
de baixa intensidade e longa duração já as fibras de contração rápida são mais solicitadas nas atividades em
que há necessidade de explosão e força muscular, atividades de curta duração e alta intensidade
• Fibras musculares tipo II atrofiam mais rapidamente
• 72 horas de imobilização de um membro: 14% atrofia de fibras tipo I e 17% atrofia de fibras do tipo II.
06/10/2020 Bévena Rodrigues Lopes
• Redução da capacidade aeróbica: redução do uso de O2 pela musculatura periférica e não por
incompetência cardíaca.
• Repouso: diminuição da resistência, da força e da capacidade funcional do idoso.
• Os músculos mais afetados são os antigravitários (músculos quadríceps, glúteos, eretor da espinha,
gastrocnêmio e sóleo).
• Em geral, em 1 semana perdem 10 a 15% da força e até 5,5% ao dia.
• A maior perda de força muscular ocorre durante o período inicial de inatividade.
• À medida que a força diminui → queda da resistência muscular.
• Fadiga pode ser comum devido a resistência diminuída. Sabemos clinicamente que o musculo esta fadigado
pois ocorre fasciculação muscular
• Exercícios terapêuticos – Objetivos: aumentar a força e a resistência muscular.
• Exercícios de resistência progressiva.
• Contração intermitente (30 a 60s).
• Programa para ganhar força muscular.
• Programa para ganhar resistência muscular e cardiovascular.
• Evitar a manobra de Valsalva, pois eleva a pressão arterial.
Sistema ósseo
• Imobilidade: processo de formação óssea cessa, mas a atividade dos osteoclastos continua – perda da
densidade óssea – osso com estrutura macia e fraca.
• Perda óssea vertebral acelera 50 vezes quando uma pessoa saudável é acamada.
• Perda que ocorre em 10 dias de repouso demora 4 meses para ser recuperada.
• Ossos: suporte mecânico para os tecidos corporais e manter a homeostase mineral promovendo as reservas
de cálcio, fósforo e sal de magnésio.
• Relação de formação e reabsorção óssea é influenciada pelo estresse sobre o osso
o Lei de Wolff: densidade óssea é diretamente proporcional ao estresse sobre ele.
• Matriz óssea mineralizada sofre modificações de acordo com o estresse mecânico que é imposto no osso
• Osteoblastos: formação óssea
• Osteócitos: alojados em cavidades no interior do osso – manutenção da matriz óssea
• Osteoclastos: reabsorção do tecido ósseo
• Osso: matriz orgânica (33% colágeno) – também
colágeno tipo I, III, V, X e XI.
• Moléculas não-colágenas: osteocalcina,
osteonectina, fosfoproteínas, proteínas séricas,
etc.
• → proliferação, diferenciação, adesão celular,
mineralização e remodelação óssea
• 65% a 70% da matriz inorgânica é formada por cristais de hidroxiapatita, cálcio, fosforo, magnésio
• Células ósseas respondem ao estresse mecânico que depende: tensão aplicada (magnitude, taxa e duração).
• Massa óssea é mantida por vários fatores, principalmente, pelas forças mecânicas impostas pela contração
muscular.
• Se não houver descarga de peso corporal e contração muscular o tecido ósseo será degradado
• Osteócitos: são os mecanorreceptores do tecido ósseo, convertendo os estímulos mecânicos em respostas
bioquímicas – esse processo é chamado de mecanotransdução.
• Estímulos mecânicos: como quando ficamos em pé, isso gera potenciais elétricos nos eixos laterais e
longitudinais dos ossos compactos.
• Força mecânica exercida pela célula óssea, principalmente sobre o osteócito, gera potenciais elétricos que
alteram o fluxo de líquido intersticial presente nos canalículos ósseos, o que ativa os osteócitos a sintetizar
matriz extracelular que, por sua vez, ativam canais iônicos na membrana celular alterando toda conformação
da matriz óssea
• Estímulos mecânicos: ativam integrinas (proteínas de adesão celular que se unem a ligantes da MEC).
• A transferência de força através da adesão celular permite que o estresse aplicado na superfície celular afete
o citoplasma, núcleo e mitocôndrias.
• Alongamento celular: aumenta tensão membrana – ativa mecanicamente canais iônicos.
Piezoeletricidade
• Eletricidade de pressão
• Propriedade que muitos materiais possuem em transformar energia mecânica em corrente elétrica.
• Polarização elétrica produzida em algumas moléculas e cristais quando submetidos a uma deformação
mecânica seja gerada cargas positivas e negativas
• Formação de dipolos elétricos: pressão no osso produz polarização elétrica que estimula a formação óssea
pelos osteoblastos.
• Minerais (principalmente o cálcio) seriam depositados na parte óssea que está sofrendo a pressão.
• Efeito piezoelétrico pode aumentar a densidade óssea, levando a aceleração da recuperação e/ou
remodelação óssea
Quais são os exercícios para aumentar a massa óssea no idoso? Exercícios que causam descarga de peso então é
mais indicado academia/caminhada do que hidroginástica (caso não haja contraindicação)
Sistema cardiovascular
• Posição supina: redistribuição do sangue dos membros inferiores para caixa torácica (1litro de fluídos
redistribuídos em 24h de repouso).
• 11% volume total de sangue é redistribuído dos vasos dos membros inferiores para o tórax, 80% desse
volume entra na circulação e aumenta o D.C. O coração trabalha mais.
• Hipotensão postural:
o presente após 20 horas de repouso.
o Pessoa saudável e móvel: a rápida queda da PA que ocorre quando se levanta rapidamente é
detectada pelos barorreceptores que informam o centro cardíaco para que aumente o estímulo
simpático do coração, aumentando o DC e a PA.
o Há o estímulo ao centro vasomotor para aumentar o estímulo simpático sobre os vasos dos
membros inferiores: vasoconstrição parcial, reduzindo o represamento de sangue.
o Redução do volume sanguíneo leva a maiores quedas na PA quando se assume o ortostatismo.
o Baixa plasmática gera menor estímulo de estiramento sobre os barorreceptores.
• ESTASE VENOSA
o Predispõe o paciente ao desenvolvimento de trombose venosa.
o Complicação grave da estase: embolia pulmonar.
• TROMBOSE VENOSA PROFUNDA
o Estase venosa, hipercoagubilidade e dano dos vasos sanguíneos
o Repouso no leito: aumenta 13% risco dessa combinação
o Doença trombótica e embolia pulmonar
Reabilitação e exercícios
• Anti-coagulantes.
• Meias elásticas.
• Mudanças de posição.
• Reabilitação precoce.
• Orienta-se sentar à intervalos.
• Exercícios para fortalecimento de grandes grupos musculares.
• Iniciar os exercícios no leito, cadeira e, posteriormente, progredir para a posição ortostática.
Sistema respiratório
• Posição supina o corpo restringe a movimentação da caixa torácica: reduzindo o volume corrente.
• Aumento da resistência mecânica + aumento do volume de sangue no tórax: redução na capacidade
pulmonar total e do volume residual.
• Ventilação reduzida.
• No paciente imobilizado, a capacidade vital (volume que é possível expulsar durante uma expiração forçada
consecutiva a inspiração máxima) e o volume corrente (volume de ar inspirado ou expirado em cada
respiração normal) diminuem, as secreções aumentam e a expectoração diminui, por isso que muitas vezes
o paciente é entubado e tem que ser aspirado diariamente
• Medidas de prevenção:
o mobilização o mais cedo possível e treinamento da musculatura respiratória.
o Respiron – aparelho onde o paciente puxa o ar pela boca e faz o treino da musculatura inspiratória
o Exercícios respiratórios
o Drenagem postura em caso de secreção, se a secreção do paciente estiver acumulada em ápice
pulmonar iremos colocar o paciente sentado para que essa secreção escorra e caia no brônquio
principal, quando a secreção esta acumulada em base pulmonar posterior colocamos o paciente em
decúbito ventral para drenar essa secreção com a ação da gravidade para o brônquio principal, se a
secreção estiver na base de pulmão esquerdo colocaremos o paciente em decúbito lateral direito
para que seja drenada
o Manobras como capotagem feito pelo profissional de fisioterapia
o Hidratação ajuda a amolecer o muco
Sistema tegumentar
• Desenvolvimento de úlceras de pressão (pela compressão prolongada – circulação diminui sob as
proeminências ósseas).
• Atrofia cutânea.
• Lacerações cutâneas (pele torna-se mais vulnerável à compressão, fricção e umidade).
• Cicatrização é mais demorada devido ao metabolismo corporal lentificado.
• Camas adequadas, colchões de ar, água, caixa de ovo – que distribuem melhor a compressão.
• Mudanças na posição a cada no mínimo 2h e participação em programas de exercícios.
• Laser de Baixa Potência, ira promover o aumento da síntese proteica, síntese de colágeno, atrai macrófagos,
neoangiogênese
• Sítios mais afetados: sacro, tuberosidade isquiática, trocânter maior, tornozelo e calcanhares.
• Idoso com mais de 70 anos: risco de desenvolver úlceras de pressão 70% nas primeiras 2 semanas de
hospitalização.
Sistema urinário
• Retenção urinária (pela perda do esvaziamento gravitacional da pelve).
• Cálculos vesicais (agregação de cristalóides).
• Crescimento bacteriano - Infecções urinárias.
Tratamento
➔ Mudanças frequentes de posição – sentado.
➔ Utilização do banheiro.
➔ Ingestão adequada de líquidos.
➔ Mobilização precoce e participação em um programa de exercícios.
Sistema gastrointestinal
• Ingestão reduzida de líquidos, redução do apetite → alterações na eliminação.
• Diminuição da motilidade intestinal - constipação e impactação fecal.
• Dificuldade na digestão.
• Refluxo gastroesofágico: trânsito do estômago 66% mais lento em supina
• Deglutição torna-se mais difícil pela posição.
• Hábitos alimentares são interrompidos – desnutrição
Dê o amparo a velhice. Socorre o idoso enfermo. Faça a companhia na sua solidão. Ajuda e ilumina uma vida
marcada pela idade, daqueles que talvez o tempo esqueceu nos porões de certos corações. Com certeza, Deus que a
tudo vê e sabe te recompensará pelo que fizeres com amor!
Fisiopatologia
Vai haver um desarranjo do endotélio
que é uma célula especializada, vai haver
um desarranjo global total em função de
uma enxurrada de interleucinas e fator
de necrose tumoral que fazem com que
perdemos a instabilidade celular e
interpelação celular, ou seja, o ambiente
celular vira um caos
Repercussões
• INSTABILIDADE HEMODINÂMICA
- que pode levar ao choque séptico, onde teremos comprometimento da perfusão tecidual e isso é muito
próximo do óbito, não depois deixar que isso ocorra, pois, a chance de óbito é grande
• INICIALMENTE:
o Fase hipodinâmica com redução de volume intravascular e eventualmente depressão miocárdica.
o Quando começamos as manobras de RCP que notamos a dificuldade de contornar essa
hipotensão/vasoplegia que faz com que sistemicamente haja a redução da resistência periférica
• PÓS-RESSUSCITAÇÃO:
o aumento DC com redução de resistência vascular sistêmica (vasoplegia), elevação de lactato arterial
e comprometimento da perfusão tecidual.
Quando pensamos em sepse pensamos em uma infecção sistêmica que fugiu do limite do controle do organismo,
estamos frente a um processo infeccioso onde estamos perdendo a batalha para essa infecção, é algo generalizado
Definições
• CONSENSO 2008 (CONCEITOS 1992) = SEPSE 1
o SIRS/SEPSE/SEPSE GRAVE/CHOQUE SÉPTICO/IMO
o Enquadrava o paciente no contesto da SIRS (síndrome da respostais inflamatória sistêmica) dentro
de um contesto de infecção suspeita ou documentada assim o conceito de sepse estava formado,
disso havia um passo até o choque séptico que chamava sepse grave e essa era a evolução da sepse
no primeiro contesto
• CONSENSO 2012 = SEPSE 2
o NOVOS CRITÉRIOS PARA SEPSE E SEPSE GRAVE
• CONSENSO 2016 = SEPSE 3
o EXTINGUE SIRS E SEPSE GRAVE
22/10/2020 Bévena Rodrigues Lopes
o REDEFINE SEPSE E CHOQUE SÉPTICO
o VALORIZA SOFA E qSOFA
Sepse 1
Evolução
SIRS/SEPSE
Definição
A sepse era uma infecção onde não era necessário a cultura
positiva ou identificação do agente etiológico, pode ser uma
infecção na hipótese diagnostica ou na documentação + SIRS
Evolução
Sepse 1
• SEPSE = foco infeccioso (tanto viral quanto bacteriana) + sinais de SIRS
• SIRS = síndrome da resposta inflamatória sistêmica = 2 OU +:
o Taquicardia (FC > 90)
o Taquipneia (FR > 20 ou PaCO2 < 30)
o Leucopenia ou Leucocitose (< 4000 ou > 12.000 ou > 10% de formas jovens – bastonetes, mielocitos,
metamielocitos..)
o Hipotermia ou Hipertermia (< 36°C ou > 38°C)
SEPSE pode ser tanto viral quanto bacteriana porem a maioria é bacteriana e por conta disso no protocolo de
tratamento temos antibiótico mesmo que no decorrer do quadro se confirme viral
Para que neste conceito pudéssemos definir sepse deveríamos ter uma hipótese diagnostica de um foco infeccioso
(infecção do trato urinário, pneumonia aguda, erisipela) + SIRS
O choque séptico por sua vez seria a SEPS grave + hipotenso que não responde a volume, aquele hipotenso que não
responde a volume, aquele que tem necessidade de droga vasoativa
Sepse 2
Deixamos de valorizar a SIRS e passamos a valorizar a presença de uma única disfunção orgânica + foco infeccioso
documentado ou suspeito, então não mais pegávamos aqueles 4 itens da SIRS e passamos a pegar um de disfunção
orgânica
Disfunção orgânica
• Hipotensão pela sepse
• Lactato acima da normalidade – mensurador de anaerobiose
• Diurese < 0,5 ml/kg/h com adequada hidratação
• Pao2 /Fio2 < 250 na ausência de pneumonia
• Pao2/Fio2 < 200 na presença de pneumonia
• Creatinina > 2,0
• Bilirrubina total > 2,0
• Plaquetas < 100.000 – infecções importantes cursam com plaquetopenia também como dengue
• INR > 1,5 – coagulação
Qualquer paciente que tivesse suspeita de infecção com alguma dessas alterações já era diagnostico para sepse
Sepse 3
A única diferença é que aqui iremos tirar o conceito de sepse grave, ou vamos definir sepse ou choque séptico em
2020
Conceitos
DEFINIÇÕES
• Sepse: disfunção orgânica potencialmente fatal causada por uma resposta imune desregulada a uma
infecção e aí a imunologia passa a ser mais agressiva do que benéfica, por isso que temos a instabilidade
hemodinâmica que leva ao choque e a total perda de relação do endotélio com as células
CRITÉRIOS CLÍNICOS
• Sepse: suspeita ou certeza de infecção e um aumento agudo de ≥ 2 pontos no critério SOFA em resposta a
uma infecção (representando disfunção orgânica).
• Choque Séptico: Sepse + necessidade de vasopressor para elevar a pressão arterial média acima de 65
mmHg e lactato > 2 mmol/L (18 mg/dL) após reanimação volêmica adequada. Não consegue mais manter a
pressão do paciente apenas com volume, precisamos de drogas vasoativas
22/10/2020 Bévena Rodrigues Lopes
Critérios SOFA
Na coagulação o valorizado é as
plaquetas, mas especificamente a
plaquetopenia progressiva, isso é sinal
de disfunção orgânica importante
Nos rins o valorizado será a creatinina, que vai aumentar progressivamente porque existe hipotensão, insuficiência
renal aguda pré-renal e obviamente isso repercute em menor diurese
É necessário de pelo menos dois pontos dessa escala de SOFA para enquadrar o paciente em um estado de sepse
QUICK SOFA
RESUMINDO..
Modalidades de tratamento
• Radioterapia
• Quimioterapia
• Cirurgia
Tratamento cirúrgico
Laparotomia
Laparoscopia
1. Depleção de reservas
Ex:
o perda de peso corpóreo
o Perda de massa magra
o Sarcopenia (perda muscular grave)
2. Limitação da ingestão alimentar
Ex:
o sintomas impacto nutricional
o Anorexia
o Disfagia
o Náusea
3. Agentes catabólicos (vias metabólicas alteradas)
Ex:
o inflamação
o Carga tumoral
Desnutrição hospitalar
IBRANUTRI
Desnutrição X Cirurgia
• Associação com:
o Menor função imunológica
o Diminuição da musculatura respiratória
o Retardo da cicatrização
o Diminuição da função renal
Consequências
• Maior morbidade
• Maior mortalidade
• Maiores custos
A. História
1. Mudança de peso
Perda nos últimos 6 meses
Quantidade __kg/% Perda __
Mudanças nas últimas 2 semanas
a. Aumento
b. Sem alteração
c. Diminuição
2. Modificação na ingestão alimentar
a. Sem mudança
b. Mudança
Duração ___ semanas
Tipo: dieta solidas sub-otima; dieta liquida; líquidos hipocalóricos; jejum
3. Sintomas gastrointestinais (que persistem por mais de 2 semanas)
a. Nenhuma
b. Náusea
c. Vômitos
d. Diarreia
e. Anorexia
4. Capacidade funcional
a. Sem disfunção (e.g. capacidade total)
b. Disfunção
c. Duração____ semanas
d. Tipo: trabalho sub-otimo; ambulatorial; acamado
5. Doença e demanda metabólica
a. Diagnostico principal (especificar) _____
b. Demenada metabólica (stress): baixo stress, sem stress, alto stress, stress moderado
B. exame físico (em cada item especificar. 0 = normal, 1+ = leve, 2+ = moderado, 3+ = grave)
27/10/2020 Bévena Rodrigues Lopes
_________ perda de gordura subcutânea (tríceps, peito)
_________ consumo muscular (quadríceps, deltoide)
_________ edema de tornozelo
_________ edema sacral
_________ ascite
A. = bem nutrido
B. = moderadamente (ou em risco) desnutrido
C. Gravemente malnutrido
Circunferências corporais
Nutrição enteral
Indicação:
• Paciente com trato gastrointestinal funcionante, mas que não consegue suprir necessidades nutricionais
exclusivamente por via oral.
Benefícios:
• melhora do apetite.
• maior ingestão de energia e proteína.
• reduz toxicidade gastrointestinal causada pela quimioterapia e/ou radioterapia.
• melhora a resposta ao tratamento e a função imune.
Contra indicação → Quando há risco de hemorragia ou infecção associada à localização da sonda. Uso de Sondas
Nasoenterais e/ou gastrostomia não for considerado seguro.
Formulas enterais
• Nutricionalmente completas.
• Baixo resíduo.
• Osmolaridade próxima à fisiológica.
• Sem complicações absortivas relevantes.
A arginina é um fator importante para o crescimento e a proliferação celular, pelo óxido nítrico e também é um
potente modulador da função imunitária através dos seus efeitos sobre a proliferação e diferenciação de linfócitos.
Na família do ômega-3 fazem parte o EPA (ácido eicosapentaenóico) e o DHA (ácido docosahexaenoico)
considerados também tipos de ácidos graxos poli-insaturados.
Indicada tanto no pré, quanto no pós cirúrgico em situações de impossibilidade total ou parcial do uso do TGI.
• Custo elevado.
• Favorece ocorrência de inapetência, febre, infecção e hiperglicemia.
• Aumenta riscos de contaminação do cateter, podendo resultar em:
o necrose
o sepse
o embolia pulmonar
o pneumotórax
o endocardite
Para que possamos utilizar o sangue total (o doado) é necessário que ele
passe por uma serie de procedimentos. Vamos utilizar cada componente
do sangue de uma forma especifica
Um paciente que pesa menos que 50kg não pode doar sangue pois para eu tirar sangue desse paciente sem causar
problema vou ter que tirar muito menos que 450ml e menos que isso é muito pouco sangue para a quantidade de
anticoagulante existente na bolsa, se houve-se uma bolsa com menos quantidade de anticoagulante isso seria
possível mas como não existe não é possível
Hemocomponentes
• Produtos gerados a partir de sangue total por meio de
processo físico (centrifugação e congelamento)
• Hemoderivados – produtos obtidos em escala
industrial, a partir do fracionamento do plasma por
processo físico-químicos
O plasma também irá sofrer uma centrifugação onde dará origem ao concentrado de plaquetas e ao plasma fresco
congelado. O plasma fresco congelado temos em abundancia pois é o que tem mais durabilidade, pode durar até 1
ano, por conta disso o plasma congelado vai para indústria e em escala industrial conseguem obter os
hemoderivados (albumina, globulina, concentrados de fatores de coagulação)
Quando se vai doar a doação não vai apenas para uma bolsa, normalmente a bolsa que recebe o sangue é acoplada
em várias outras para que consigamos obter os hemocomponentes (plaqueta, plasma e
hemácia). Quando necessitamos de outros hemocomponentes como o criopreciptado ou
quando é necessário fazer algum procedimento especial temos bolsas mais complexas
Se o paciente tem comorbidades cardíacas, principalmente Síndrome coronariana aguda ou se ele tem comorbidade
pulmonar como DPOC é um paciente que já tem um sofrimento do miocárdio porque a coronária esta obstruída
então nessa situação optamos por um valor de hemoglobina um pouco mais elevado, esse é uma situação em que
transfundimos em pacientes que tem Hb de 8-9.
Pacientes que tem anemia crônica se essa anemia for carencial vamos tentar tratar a causa primeiro (para
diferenciar o paciente de anemia crônica de um paciente que tenha anemia aguda vamos avaliar os sintomas,
anêmico crônico é oligoassintomático). Se for uma paciente que tem mioma o qual gera anemia ferropriva, paciente
relata que tem esse mioma a 2-3 anos e desde então apresenta anemia ferropriva mas em 15 dias houve aumento
exagerado do volume menstrual, tem Hb de 5 mas costumava ter uma Hb de 8-9, então nesta situação vamos optar
por transfusão pois a paciente está tendo um sangramento ativo
importante
Indicações
• Aumentar rapidamente a capacidade de transporte de oxigênio em pacientes com redução de Hb:
o Anemia com repercussão hemodinâmica
o Sintomas anêmicos significativos
o Comorbidades (DAC, DPOC)
o Anemia crônica (carencial – ferropriva) – cautela!
▪ A maioria dos pacientes com anemia crônica são assintomáticos
▪ Nessas anemias optamos por um tratamento mais conservador, sem transfusão, vamos
procurar tratar a causa básica
▪ Se a paciente tem uma anemia ferropriva por conta de um mioma e ao decorrer de 15 dias o
Hb dela diminuiu muito ai sim iremos transfundir porque neste caso só a reposição de ferro
não vai resolver
• Geralmente uma unidade de concentrado de hemácia aumenta a hemoglobina em 1, porem isso não é regra
É a parte plasmática do sangue que contem principalmente fatores de coagulação, porem também contem
albumina, globulinas, é a parte proteína do sangue. É um hemocomponente que tem maior pressão coloidosmotica,
por conta disso quando transfundimos plasma para o paciente temos que tomas cuidado para o paciente não ficar
hipervolêmico pois estamos passando uma substancia que vai puxar água para o intravascular, isso pode gerar
hipervolemia. Paciente que tem insuficiência cardíaca (normalmente já tem uma congestão), toma Marevan acaba
fazendo intoxicação por Marevan o que leva a um sangramento ativo, para diminuir o sangramento vamos passar
05/11/2020 Bévena Rodrigues Lopes
plasma, no nosso calculo para esse paciente chegamos ao resultado de que é necessário passar 1250ml de plasma,
se passarmos todo o plasma de uma vez esse paciente vai entrar em edema agudo de pulmão por conta do tanto de
proteína que infundimos nesse paciente, a conduta correta nesse caso seria passar o plasma aos poucos e avaliando,
se necessário fazer diurético
O plasma fresco congelado é o plasma que veio do sangue total e foi congelado em até 8h após a coleta, isso pois os
fatores de coagulação são termolábeis então quanto mais tempo demorarmos para congelar menos efeito
coagulante terá o plasma, até existe o plasma de 24h mas o melhor é o plasma fresco congelado
Indicações
• Hemorragia devida deficiência de uma ou mais fatores de coagulação, para os quais não se dispõe
concentrado especifico daquele fator como na hemofilia
o Hemofilia é uma alteração genética hereditária, há deficiência de fator-8 no caso da Hemofilia A e
fator-9 no caso da Hemofilia B, nesses casos como tenho os fatores específicos não fazermos o
plasma, vamos transfundir o fator especifico
• Reversão imediata dos efeitos de anticoagulantes orais (ACO) – antagonistas de vit. K
o Quando o paciente toma uma dose excessiva, ex. o TAP normal é a cima de 70% e o paciente que
esta tomando o Marevan começou a ter sangramento e o TAP dele foi para 15%, nessa situação
posso nesse caso dar vit. K mas ate que o paciente absorva essa vitamina vai demorar e ele vai
continuar sangrando nesse meio tempo então podemos optar para dar diretamente os fatores de
coagulação pronto através do plasma fresco congelado
• Tx maciça
o Comum em situação de trauma
o Troca de uma ou mais volemia em um período inferior a 24h, quando sg/to excessivo e TP ou TTPA
alargados pelo menos uma vez e meia de controle. PTC: concentrado de hemácias = 1:3
o É uma transfusão que ocorre principalmente em situação de trauma, é como se todo o sangue do
paciente fosse perdido e reposto por um sangue doado
o A partir de 10un de concentrados de hemácias consideramos transfusão maciça
o Quando o paciente perde sangue ele está perdendo sangue total e não podemos transfundir apenas
a hemácia, vamos transfundir também o plasma fresco congelado, é como se o paciente precisasse
de sangue total para transfundir e como não temos o sangue total vamos transfundir os
hemocomponentes
• Paciente hepatopatas com sangramento ativo
o Pacientes com cirrose não produzem os fatores de coagulação pois tem insuficiência hepática
• Purpura trombocitopenia trombótica – uso de PTC como liquido de reposição na plasmofere – 1º linha de
tratamento
Transfusão de plasma convalescente em paciente que tiveram COVID mostrou ter benefícios pois estaríamos
transfundindo anticorpos já prontos para o paciente que está infectado, então não depende do organismo daquele
paciente reconhecer o vírus e produzir os anticorpos, isso reduz tempo de internação
Indicações
Iremos indicar para aqueles pacientes que tem plaqueta baixa e risco de sangrar ou para aqueles pacientes que
estão sangrando e tem plaqueta baixa, ou seja, podemos fazer a transfusão de plaqueta de forma profilática ou
terapêutica
Terapêutica
• Pacientes com sangramento ativo – manter plaquetas acima de 50.000/uL
• Purpura trombocitopenia trombócita – transfundir apenas em caso de sangramento que coloque em risco a
vida do paciente. Sempre associar a transfusão corticoide ou imunoglobulina
Crioprecipitado
• É obtido do PFC submetido a descongelamento em refrigerado (2-6ºC). 18
a 24h realiza a centrifugação de modo a separar o crio e sobrenadante, ou
seja, o crioprecipitado é uma parte do plasma que tem muito fibrinogênio
• Volume: 10-40ml
• Fator Vlll, FvW, fibrinogênio, Fator Xlll e fibronectina
• Indicação: reposição de fibrinogênio
• CIVD
• Coagulopatia transfusional (transfusão maciça)
• Reversão da terapia trombolítica**
• Dose: 1U para cada 10kg
• Indicação
o Profilaxia de aloimunização a ag do sistema HLA (antígeno leucocitário humano) em
pacientes que serão politransfundidos – evitar refratariedade
o Duas reações febris não-hemolíticas, paciente tem febre durante a transfusão – é
uma reação transfusional
o Doenças homológicas e prevenção de infecção para citomegalovírus (CMV) – paciente que nunca
teve CMV se receber sangue infectado com CMV pode apresentar a doença
Irradiação
• Não tem como filtrar linfócito como se fazia com os leucócitos, a única forma de eliminar os linfócitos é
fazendo irradiação
• Impossibilita a multiplicação de linfócitos. Realizada para prevenção de doenças enxerto versus hospedeiro
associada a transfusão
o Paciente imunossuprimido recebe linfócito de outro paciente via transfusão, esses linfócitos vão
identifica os antígenos do receptor como antígenos não self com isso os linfócitos doados começam
a atacar o próprio paciente
• Indicação: pacientes candidatos a transplante de medula óssea, recém-nascido de baixo peso e
imunossuprimidos. Sempre discutir com equipe de hemoterapia
• Matriz óssea
o 70% - Mineral ou inorgânico
▪ Hidroxiapatita
• Composto principalmente por crista de fosfato de cálcio
• Rigidez
o 22% - Orgânico ou osteoide
▪ Colágeno tipo l
• Flexibilidade, pois um osso apenas rígido quando caíssemos ele ia fraturar
o 8% - Água
Essas células trabalham em conjunto para fazer o processo de remodelação óssea que ocorre de forma continua
desde o nosso nascimento
Remodelação óssea
A partir do momento que nascemos vamos ganhando massa óssea e isso ocorre até atingirmos um pico de massa
óssea em torno de 30-35 anos, depois desse período começamos a estabilizar e depois vamos começar a perder
Predomínio de reabsorção óssea – osso torna-se osteoporótico → baixa massa óssea, menos resistente, aumenta o
risco de fraturas
A perda óssea – de 0,5 a 1% por ano, começa por volta dos 35-40 anos de idade em ambos os sexos e aumenta até
10x durante a menopausa, nas mulheres, e então, gradualmente, estabiliza-se a 1-3% por ano
A perda óssea durante a menopausa se dá pelo aumento da atividade dos osteoclastos que faz reabsorção óssea e
afeta principalmente o osso trabécular (coluna vertebral)
A perda óssea posterior, em ambos os sexos, com aumento da idade, se deve a diminuição do numero de
osteoblastos e afeta principalmente o osso cortical do que o osso trabeculado
Quando estudamos metabolismo ósseo temos varias vias de sinalização porem vamos ver uma das vias mais
estudadas, que é uma que conseguimos atualmente inibir do ponto de vista farmacológico
Mecanismo de ação:
Quando o RANK-L se liga no seu receptor (RANK) na parede do osteoclasto esse RANK-L ativa o osteoclasto e
estando ativo ele ira fazer a reabsorção óssea. Logo, o próprio osteoblasto que faz a formação óssea produz uma
substancia que ativa o osteoclasto a reabsorver
O osteoblasto também produz outro substancia que é a osteoprotegerina, ela tem a função de se ligar no RANK-L e
impedir que ela se ligue ao seu receptor RANK, de modo que quando ela faz isso consequentemente ela impede a
reabsorção óssea, ela portanto, protege o osso da ação do osteoclasto
Terapêutica:
Pensaram então em fazer uma substancia parecida com a osteoprotegerina que atua se ligando ao RANK-L
impedindo que ele se ligue ao RANK e consequentemente vai impedir a ativação do osteoclasto. A medicação que
tem esse mecanismo de ação é única biológica que temos até o momento para tratar a osteoporose, é o
Denosumabe
O Denosumabe é um anticorpo monoclonal, portanto, se liga ao RANK-L, consequentemente impede que o RANL-L
se ligue ao RANK e com isso impede a ação do osteoclasto
Minerais ósseos
Cálcio
Quando fazemos dosagem de Ca temos o Ca total, mas o que realmente nos interessa é o Ca ionizado, que está
bastante relacionado ao metabolismo ósseo
Quando temos uma queda dos níveis de Ca no sangue (hipocalcemia) as nossas paratireoides possuem receptores
sensíveis a essas variações de Ca, quando ocorre queda de Ca as paratireoides são então ativadas a produzir o PTH
Hormônios
PTH
Calcitonina
Vitamina D
• A partir da exposição da pele aos raios solares vamos produzir no tecido cutâneo o colecalciferol que vai
passar pelo fígado e sofrer a 1º hidroxilação formando a 25-hidroxi-vitamiaD ou Calcidediol e depois ela vai
sofrer uma 2º hidroxilação nos rins formando a Vitamina D ativa que é a 1-25-hidroxi-vitaminaD ou Calcitriol
• Colecalciferol (pele) → calcifediol (fígado) → calcitriol (rins)
• A vitamina D ativa (Calcitriol) também é importante para a manutenção da calcemia e esse que é o principal
papel da Vit.D em relação ao metabolismo ósseo
• Manutenção de calcemia
o Aumento da absorção de cálcio no intestino – juntamente com o PTH
o Mobiliza o cálcio a partir do osso (efeito ósseo complexo)
o Reduz a eliminação renal de cálcio – por conta disso que um paciente com Vit.D baixa quando
normalizamos a Vit.D dele automaticamente também melhoramos a calcemia, isso porque quando
aumento a Vit.D essa vai no intestino aumentando a absorção intestinal de Ca e no rim diminuindo a
excreção renal de Ca
Estrógeno
• Grande causa de osteoporose secundaria é o uso crônico de glicocorticoides, se eu exponho meu paciente
jovem a uma corticoterapia crônica eu estou impedindo que ele ganhe massa óssea então ele vai chegar aos
30/35 anos com uma massa óssea a baixo do desejado
• Impedem a diferenciação e a atividade dos osteoblastos
o Reduzem a formação óssea
• Podem estimular a ação dos osteoclastos, ou seja, vamos estimular a reabsorção e inibir a formação óssea
• Perda de massa óssea
Tiroxina (T3)
• Estimula os osteoblastos
o Aumento da reabsorção óssea, a reabsorção supera a formação
• No hipotireoidismo o tratamento é a administração de Levotiroxina com isso se não fizermos uma dosagem
correta e administrarmos muita Levotiroxina também posso predispor o paciente a ter perda de massa
óssea, por isso que temos que fazer o controle adequado dos níveis de Levotiroxina
Osteoporose
É um osso com uma qualidade óssea diminuída, e com isso levamos em consideração a densidade mineral óssea que
talvez precede as outras alterações relacionadas a qualidade óssea, por isso a densitometria ainda é o grande exame
para o diagnostico da osteoporose porem também temos um osso alterado em termos de microarquitetura óssea
A partir dos 35-40 todos tem tendência a perda de massa óssea, na mulher isso é muito mais importante,
especialmente no período pós menopáusico
Doença silenciosa
• Evolui sem sintomas até ocorrência de uma fratura
• Essa primeira fratura que ocorre por osteoporose que chamamos de fratura maior ou fratura por fragilidade
óssea geralmente acontece por um trauma mínimo, ou seja, queda da própria altura ou atraumatica e
ocorre em alguns sítios ósseos específicos
o Fratura de colo de fêmur – idosos
o Fratura de rádio distal – mulheres pós menopausa
o Fratura vertebral que geralmente é assintomática, ocorre por microfraturas que vão se somando até
que ocorre achatamento e perda do núcleo vertebral que pode ser tanto na parte anterior, media ou
posterior do corpo vertebral, vamos desconfiar desse tipo de fratura quando o paciente tiver queixa
de redução da estatura ou hipersifose dorsal
• Sítios de avaliação
o L1-L4 – coluna lombar
o CF – Colo femoral
o FPT – fêmur proximal total
o Radio 33% ou radio distal – em determinadas situações no adulto podemos solicitar um sitio
periférico, ele é pedido quando temos dificuldade em avaliar um dos sítios a cima como um paciente
obeso ou um que tenha prótese de quadril bilateral
A densitometria mede a densidade mineral total óssea, o aparelho passa por essas 3 áreas e vai medir o conteúdo
mineral ósseo em gramas presente naquela região e vai fazer a densidade mineral óssea que nada mais é do que
pegar a quantidade de Ca e dividir pela área avaliada em cm². Precisamos a partir desse resultado avaliar como o
meu paciente esta em relação a população total, isso é feito pelo próprio aparelho que vai nos dar 2 scores, o T-
score e o Z-score, o t-score vai comparar a densidade mineral óssea do nosso paciente em questão com uma
população de adultos jovens e Z-score vai comparar essa densidade mineral óssea do nosso paciente com uma
população de indivíduos da mesma faixa etária que ele
Uma mulher que não esta na menopausa ou uma criança ou adolescente que está perdendo massa óssea eu preciso
procurar uma causa secundaria (artrite reumatoide, hipertireoidismo, hiperparatireoidismo, mieloma múltiplo, uso
de corticoide crônico, uso de antiepiléptico, uso de anticoagulante), nestes casos precisamos tratar a doença de base
ou reduzir o uso dessas medicações citadas para tentar reduzir a perda de massa óssea
Vitamina D
• Produzida a partir da ação dos raios solares na pele (maior fonte), e também esta presente em peixes
gordurosos
o Atualmente a maioria das pessoas tem hipovitaminose de Vit.D pois as pessoas estão ficando cada
vez menos expostas ao sol, e estudos indicam que o melhor horário para produção de Vit.D é ao
meio-dia porem como se sabe não é recomendado tomar sol neste horário
• O objetivo é mantes nível adequando de pelo menos 30ng/ml, isso varia de país para país
• Para as pessoas que não tem perda de massa óssea ou mulheres que não estão na pôs-menopausa o valor
adequado de Vit.D é de pelo menos 20ng/ml
• Quando não tem os níveis adequados de Vit.D vamos fazer a reposição, em geral usamos o Colecalciferol
que é a Vit.D inativa
o Se o nosso paciente já tiver uma Vit.D a cima de 30ng/mg porem tem uma osteoporose grave vamos
repor a Vit.D porem não precisamos fazer a dose de ataque, vamos direto para a dose de
manutenção
o Se o paciente tiver osteoporose e Vit.D a baixo e 30 precisamos fazer primeiro um tratamento de
ataque para depois fazer a manutenção
Medicações Antirreabsortivas
Anabólica
• Teriparatida (24 meses)
Quando falamos de terapia para osteoporose temos uma duração do tratamento pois é importante que haja a
remodelação óssea para que tenha a renovação dos ossos já que ao passar do tempo eles vão tendo microfraturas
Raloxifeno
Mecanismo de ação
• Modulador de receptor de estrógeno (SERM)
• Ele se liga aos receptores de estrógeno e simula a ação do estrógeno estimulando
os osteoblastos e inibindo os osteoclastos, faz com que diminuía a reabsorção óssea
Farmacocinética
• Bem absorvido no TGI e está sujeito a um extenso metabolismo de primeira passagem no fígado, por conta
disso precisamos tomas cuidado em pacientes com hepatopatias
• Convertido num metabolito ativo no fígado, pulmões, tecido ósseo, baço, útero e rins
• Majoritariamente excretados nas fezes
Efeitos adversos
• Ondas de calor
• Edema periférico
• Tromboflebite e tromboembolismo – portanto é contraindicado no paciente que tenha tido essas patologias
anteriormente
Bisfosfonatos
• Alendronato
o 70mg/semana, deve ser feita com um grande copo de água em jejum e esse paciente deve esperar
de 30-40 minutos para comer, deitar e tomar outro remédio
• Risedronato
o Temos 2 opções, o de 35mg/semana que segue os mesmos passos de posologia do Alendronato ou o
de 150mg/mês
• Ibandronato
o 2 possibilidades, 150mg/mês v.o ou 3mg a cada 3meses endovenoso
• Ácido Zoledrônico
o 5mg via E.V uma vez por ano
Mecanismos de ação
• Reduzem a remodelação óssea
Esses fármacos reduzem fraturas tanto vertebrais como não vertebrais como de colo de fêmur
Farmacocinética
• VO – em jejum, com grande quantidade de agua (porque um dos efeitos adversos é a esofagite) aguardando-
se 30 minutos para deitar, ingerir outras medicações ou se alimentar
• EV
• Pobre absorção intestinal – menos de 1% da medicação é absorvida mesmo fazendo tudo corretamente
• Cerca de 50% do fármaco absorvido acumula-se em locais de mineralização óssea, onde adere aos cristais de
hidroxiapatita, potencialmente durante meses ou anos, até que o osso seja reabsorvido
• O fármaco livre é excretado inalterado via renal – contraindicação: CICr < 30 ml/min
Efeitos adversos
• Distúrbios gastrointestinais – CI: doenças do TGI superior em atividade
• Dor óssea/ hipocalcemia – ocorre mais com o Ácido Zoledrônico, por conta disso antes de fazer a
administração fazemos a dosagem do cálcio
• Fraturas atípicas ** - estamos diminuindo a reabsorção só que como o osso não sofre remodelação vai ser
um osso velho com isso esta susceptível a fraturas e essas são diferentes das fraturas que ocorrem por
fragilidade óssea, o grande exemplo de fratura atípica que temos também é no fêmur só que enquanto a
fratura por fragilidade é no colo a fratura atípica é subtrocantérica ou diafisária
• Osteonecrose de mandíbula ** - paciente que apresenta a exposição do osso da mandíbula por mais de 8
semanas sem uma cicatrização adequada, por conta disso é necessário que o paciente que vá começar a
utilizar Bisfosfonato faça primeiramente uma avaliação odontológica
Denosumabe
Mecanismo de ação
• Liga-se ao RANK-L, e vai impedir que o RANK-L se ligue ao RANK, assim ele impede a ativação do osteoclasto
e consequentemente inibe a reabsorção óssea
Efeitos adversos
• Hipocalcemia
• Infecções
• Osteonecrose de mandíbula
É a única medicação que podemos utilizar em paciente com osteoporose no paciente com CICr<35 pois ele não é
eliminado pelo rim já que por ser um imunobiológico é eliminado pelo sistema linfopoietico
OBS: paciente com doença renal crônica pode ter perda de massa óssea pois a Vit.D sofre a sua 2º hidroxilação no
rim e esse paciente não consegue fazer a hidroxilação então tem tendência a ter hipovitaminose D com isso vai
aumentar a excreção de cálcio e diminuir a absorção intestinal
20/10/2020 Bévena Rodrigues Lopes
Teriparatida
Mecanismo de ação
• Administrado em pequenas e intermitentes doses, paradoxalmente,
estimula a atividade dos osteoblastos e aumenta a formação óssea (paradoxalmente pois o PTH em grandes
quantidades retira Ca do osso só que aqui ele não atua assim)
o Aumenta o numero e a atividade dos osteoblastos favorecendo o ganho de massa óssea
o Previne a apoptose osteoblástica → aumenta a massa óssea
Contraindicado
• Pacientes com DRC com CIC<35
• Antecedentes de neoplasia óssea – leva a formação óssea então paciente que já tiveram neoplasia óssea
pode haver a reativação do CA
Fazemos o uso desse fármaco em pacientes com osteoporose grave (T-score<-4) com múltiplas fraturas,
principalmente múltiplas fraturas vertebrais
Efeitos adversos
• Vertigens, cefaleia e artralgias
• Hipercalcemia discreta
Ranelato de estrôncio
Mecanismo de ação
• Pouco conhecido – alguns autores acham que é o próprio estrôncio que se
liga no osso e quando fazemos a densitometria ele simula o aumento de
massa óssea, mas isso ainda é questionável
• Estimula a diferenciação dos osteoblastos e consequentemente aumenta a formação óssea
• Inibe osteoclastos de modo a reduzir reabsorção óssea
Farmacocinética
• Absorvido pelo intestino, incorporado no osso e excretado através dos rins
• Permanece no osso por muito anos
Efeitos adversos
• Aumento do risco CV – IAM
• Reações alérgicas graves
Odanacatibe
Mecanismo de ação
• Se liga a catepsina K e inibe ela com isso não há a reabsorção óssea – antirreabsortivo
Romosozumabe
• RNA vírus;
• Alta capacidade de mutação;
• 31 de dezembro/2019:
o Transmissão de um novo coronavírus (SARS-CoV-2);
o Identificado em Wuhan na China;
o Causando a infecção “COVID-19”, sendo em seguida disseminada e transmitida pessoa a pessoa;
Linha de origem
Coronavírus
• 30 de janeiro de 2020: OMS ➔ Emergência de saúde pública de importância internacional;
• 26 de fevereiro de 2020: Primeiro caso no Brasil;
• 11 de março de 2020: OMS ➔ Pandemia;
• 12 de março de 2020: Primeiro óbito no Brasil;
COVID-19
• COVID-19 ➔ Doença causada pelo coronavírus ➔ SARS-CoV-2;
o OMS:
▪ Maioria (cerca de 80%) dos pacientes com COVID-19 possam ser assintomáticos ou
oligossintomáticos (poucos sintomas);
Transmissão
Estudo mostrou que o vírus pode sobreviver sobre superfícies mais de 48h. Um paciente tem potencial para infectar
de 3 a 7 pacientes
Sinais e sintomas
• 80% são assintomáticos
• Podem variar de um resfriado, a uma Síndrome Gripal até uma pneumonia severa;
• Sendo os sintomas mais comuns:
o Tosse;
o Febre;
o Coriza;
o Odinofagia;
12/11/2020 Bévena Rodrigues Lopes
o Dispneia - 20% dos pacientes que precisavam internar e oxigenioterapia suplementar
o Anosmia – perda do paladar
o Ageusia – perda do cheiro
o Distúrbios gastrintestinais (náuseas/vômitos/diarreia) – as vezes o único sintoma pode ser diarreia
pois é algo inerente a família do vírus
o Astenia;
o Hiporexia;
É muito importante o diagnostico clinico epidemiológico, ou seja, vamos ver com quem esse paciente teve contato e
seus sintomas
Distúrbios laboratoriais
• Biologia molecular:
o RT-PCR;
▪ Identifica o vírus
▪ Pode diagnosticar tanto a COVID-19, a Influenza ou a presença de Vírus Sincicial Respiratório
a partir de amostras da nasofaringe e orofaringe;
▪ Coleta: 3º e o 8º dia de sintomas;
• Teste imunológico:
o Identifica anticorpos – IgM ou IgG
▪ Após o 8º dia de sintomas;
o Imunocromatografia (teste rápido);
o Ensaio imunoenzimático (Sorologia - ELISA)
Gravidade
• Doença leve (Fase 1):
o Alta carga viral com baixa resposta inflamatória;
o 3 a 5 dias;
o Sem pneumonia ou pneumonia com pequeno envolvimento pulmonar, pode haver pouso de tosse e
coriza
Terapêutica
Tratamento – Ivemectina
• Antiparasitário;
• Pouco efeito em sistema respiratório;
• In vitro teve resposta
o Em humanos uma dose significativa seria uma dose muito maior do que a que costumamos usar,
isso traria muitos efeitos colaterais
Tratamento – Hidroxicloroquina
• ACM, para casos confirmados de COVID-19, na ausência de contraindicações ao uso da medicação;
o Consentimento do paciente, após esclarecimentos sobre os potenciais riscos e benefícios de seu uso;
Contraindicações:
• DHE:
o Hipocalemia, hipocalcemia ou hipomagnesemia;
• Uso de digoxina, amiodarona, verapamil ou metoprolol – alarga o intervalo QT ainda mais
• iQTc > 500 ms – alarga o intervalo QT o que predispõe a arritmias levando a taquicardias
• Alergia à cloroquina;
• Diagnóstico de porfiria, miastenia gravis ou arritmia não controlada no momento da admissão;
Difosfato de Cloroquina:
• D1: 500mg 12/12h (300 mg de cloroquina base);
• D2 ao D5: 500 mg 1x ao dia (300 mg de cloroquina base);
Sulfato de Hidroxicloroquina:
12/11/2020 Bévena Rodrigues Lopes
• D1: 400mg 12/12h;
• D2 ao D5: 400mg 1x ao dia;
Tratamento – Remdesivir
• Antiviral;
• Possível melhora no tempo de sintomas / recuperação;
o Paciente que faziam uso tinham em média 11 dias de sintomas enquanto que os que não faziam uso
tinham 15 dias;
• Melhor para pacientes leves a moderados;
• Não disponível no Brasil;
Tratamento – Corticoide
• Mostrou haver redução da mortalidade principalmente redução dos dias de ventilação mecânica
• Após 7 dias do início dos sintomas, se necessidade de suplementação de oxigênio; mostrou bom em
paciente moderado/grave
• SDRA moderado a grave por COVID 19;
• Pacientes com menos dias em ventilação mecânica;
• Medicamentos bons para o paciente internado, não há estudo que fala do seu efeito nos pacientes
ambulatoriais
Tratamento – Antibiótico
• Uso empírico;
o Indiscriminado? – a quantidade de co-infectividade é muito baixa
Ambulatorial:
• Levofloxacina;
o 750mg VO/1x dia;
• Moxifloxacina; ➢
o 400mg VO/1x dia;
• Azitromicina;
o 500mg 1x ao dia 5 dias;
Internado enfermaria:
• Ceftriaxona 2g EV/1x dia + claritromicina 500mg VO ou EV/2x dia;
• Azitromicina 500mg VO ou EV uma vez ao dia;
12/11/2020 Bévena Rodrigues Lopes
• Ceftriaxona 2g EV/1x dia + Levofloxacina 500 mg EV/1x dia;
• Moxifloxacina 400mg EV/1x dia;
UTI:
• Cefepime 2g EV 8/8h + Claritromicina 500mg EV/2x dia, ou Azitromicina ou Levofloxacina 500 mg EV uma vez
ao dia;
Tratamento – Oseltamivir
• É utilizado no inicio do tratamento até excluir H1N1
• Na presença de síndrome gripal, caso o paciente pertença a grupo de risco, ou na presença de síndrome
respiratória aguda grave (SRAG);
o Grupo de risco:
▪ Comorbidades: pneumopatias (asma), tuberculose de todas as formas, cardiovasculopatias
(excluindo HAS controlada), nefropatias, hepatopatias, doenças hematológicas (incluindo
anemia falciforme), distúrbios metabólicos (incluindo diabetes), transtornos neurológicos e
do desenvolvimento que podem comprometer a função respiratória ou aumentar o risco de
aspiração (disfunção cognitiva, lesão medular, epilepsia, paralisia cerebral, síndrome de
Down, acidente vascular encefálico – AVE ou doenças neuromusculares), imunossupressão
associada a medicamentos, neoplasias, HIV/aids ou outros, obesidade (especialmente
aqueles com índice de massa corporal – IMC ≥ 40 em adultos;
• Oseltamivir 75 mg VO de 12/12 horas por 5 dias;
o Insuficiência Renal ➔ Corrigido;
o Influenza descartado ➔ Suspensão
• Para o coronavírus ele não se mostrou benéfico
1- Preparação
• Preparar materiais (Medicações, Laringo, Ambu, Seringa, Tubo, Fio guia, Pinça, Filtro...);
• Testar o tubo, laringo, AMBU;
• Acesso venoso;
• Preparar ventilação mecânica com parâmetros para o paciente;
2 – Pré-oxigenação
• Pré-oxigenar o paciente por pelo menos 5 minutos com FiO2 a 100%, até alcançar uma SpO2 de 100% se
possível;
3 – Pré-medicação
• Diminui reatividade da via aérea;
• Diminui a atividade adrenérgica;
• A preferencial é a Lidocaína pois o Fentanil tem um efeito colateral que é causar hipotensão
5 - Posicionamento do paciente:
• Posicionar o paciente de forma que facilite a laringoscopia e visualização da traqueia;
7 - Pós IOT:
• Adequar parâmetros da ventilação mecânica para o paciente;
• Posso solicitar um raio-x de tórax para confirmação do posicionamento e seletividade da cânula orotraqueal;
Tratamentos – outros
• Profilaxia gástrica – podem evoluir com gastrites ou sangramentos gastrointestinais
• Choque séptico
• DVA ➔ Noradrenalina;
• Plasma convalescente;
• Tocilizumabe;
• PCR – não desconectar do ventilador e se paramentar antes de entrar e começar a manobra
Tratamento – vacina
• Não há disponíveis;
• Fase de testes;
Lapa
Vila
Mariana
Morumbi
Clínicas
Umarizal
Institutos de Reabilitação: 4
Centros de Reabilitação: 8
Serviços de Reabilitação: 3
Unidades de Reabilitação: 3
Serviços de Fernandópolis
Área de abrangência
• Microrregião de Fernandópolis:
• Microrregião de Jales:
• Microrregião de Santa Fé do Sul:
• Microrregião de Votuporanga:
52 municípios abrangidos
Inclusão social
“A inclusão é uma visão, uma estrada a ser viajada, mas uma estrada sem fim, com todos os tipos de barreiras e
obstáculos, alguns dos quais estão em nossas mentes e em nossos corações”
Aspectos legais
• Constituição Federal da República Federativa do Brasil - promulgada em 05 de outubro de 1988. 12.2
Legislação Federal sobre Acessibilidade
• Lei nº 10.048/2000 - Dá prioridade de atendimento às pessoas com deficiência e dá outras providências.
• Lei nº 10.098/2000 – Estabelece normas gerais e critérios básicos para a promoção da acessibilidade das
pessoas com deficiência ou com mobilidade reduzida e dá outras providências.
• Deficiência Auditiva: perda bilateral, parcial ou total, de 41 decibéis (dB) ou mais, aferida por audiograma
nas frequências de 500Hz, 1.000Hz, 2.000Hz e 3.000Hz
• Deficiência Visual: cegueira, na qual a acuidade visual é igual ou menor que 0,05 no melhor olho, com a
melhor correção óptica; a baixa visão, que significa acuidade visual entre 0,3 e 0,05 no melhor olho, com a
melhor correção óptica; os casos nos quais a somatória da medida do campo visual em ambos os olhos for
igual ou menor que 60º; ou a ocorrência simultânea de quaisquer das condições anteriores.
• Arquitetônica: obstáculos que impedem o acesso e usos dos ambientes, espaços e equipamentos de uso
individual ou coletivo
• Comunicacional: obstáculos que impedem a comunicação interpessoal, a leitura e a produção escrita por
parte da pessoa com deficiência ou necessidade educacional específica;
Barreiras atitudinais
• As barreiras atitudinais, porém, nem sempre são intencionais ou percebidas. Por assim dizer, o maior
problema das barreiras atitudinais está em não as removermos, assim que são detectadas. Exemplos de
• Também constituem barreiras atitudinais na escola (ou em outros espaços sociais) aquelas que se
apresentam na forma de:
o Medo: ter receio de receber um estudante com deficiência, ou mesmo a um outro profissional da
Educação que apresente alguma deficiência temer em “fazer ou dizer a coisa errada” em torno de
alguém com uma deficiência.
o Rejeição: recusar-se a interagir com a pessoa com deficiência, um estudante, familiares deste ou
outro operador da educação.
o Inferioridade: acreditar que o estudante com deficiência não acompanhará os demais. Isso é
incorrer num grave engano, pois todas as pessoas apresentam ritmos de 6 aprendizagem diferentes.
Assim sendo, ninguém acompanha ninguém; cada um faz seu percurso singularmente, mesmo a
proposta docente sendo coletiva e única
o Piedade: sentir-se pesaroso e ter atitudes protetoras em relação ao aluno com deficiência. Estimular
a classe a antecipar-se às pessoas com deficiência, realizando as atividades por elas, atribuindo-lhes
uma pseudo-participação.
o Comparação: comparar os estudantes com e sem deficiência, salientando aquilo que o estudante
com deficiência ainda não alcançou em relação ao estudante sem deficiência, colocando este em
posição superior ao primeiro. Na comparação, não se privilegiam os ganhos dos estudantes, mas
ressaltam-se suas “falhas”, “faltas” e “deficiências”.
• Somos responsáveis por uma sociedade mais justa. Jamais podemos tratar as pessoas como seres iguais,
todos nós somos diferentes e temos habilidades. O respeito é primordial, e devemos elencar ações que
contribuem a construção do indivíduo.
• A inclusão só será concretizada eficientemente quando cada um de nós reconhecer as barreiras que
nutrimos e buscar minimizá-las, erradicá-las
• No autismo até sabemos o quadro clínico, mas muitas vezes, não há um gene comum causador em vários
pacientes.
• O autismo é considerado um DISTÚRBIO DO NEURODESENVOLVIMENTO
• 2010: 70 milhões de autistas segundo a ONU no mundo.
• 2.000.000 milhões só no Brasil.
• 1 em 68 crianças até 8 anos é autista.
• 2 de Abril: ONU Dia Internacional do Autismo
• 4:1 (meninos: meninas) – Revista Nature
Reconhecimento cientifico
• 1980: transtorno foi reconhecido pela comunidade científica e classificado como uma nova classe de
alteração mental.
• Atualmente: Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-5): traz o autismo como um
espectro, uma amplitude que engloba diferentes níveis de gravidade.
• Sintomas nos primeiros meses de vida, podendo ser sutis.
Socialização comprometida
• Comunicação é afetada nas formas verbais e não verbais, incluindo gestos, expressões faciais, além das
linguagens corporal e verbal.
• Dificuldade de se relacionar com os outros, incapacidade de compartilhar sentimentos, gostos e emoções e
na discriminação entre pessoas.
17/11/2020 Bévena Rodrigues Lopes
• Imaginação afetada: rigidez e inflexibilidade, estendida à outras áreas de pensamento, linguagem e
comportamento da criança.
• Dificuldades para aceitar mudanças de rotina.
Buscar conhecimento
• O quanto antes o quadro for diagnosticado, melhor o êxito do tratamento.
• Despreparo e insegurança por parte dos médicos e especialistas: pediatras costumam esperar o
desenvolvimento da linguagem para suspeitar do diagnóstico.
• Cuidado para não precipitar o diagnóstico.
Em crescimento?
• Fator que influencia o aumento dos casos de TEA no mundo é o crescente número de pessoas
diagnosticadas: reconhecimento da condição e do conceito dos Transtornos Globais do Desenvolvimento
(TGD), que inclui as Síndromes de Asperger e de Rett e o Transtorno Global do Desenvolvimento Sem Outra
Especificação.
Disfunção no Cérebro?
• Muitas pesquisas sobre a neurobiologia no autismo indicam alterações cerebrais.
• Alterações nos neurônios espelhos (são ativados quando alguém faz uma ação ou sente algo quando vê
alguém fazendo essa mesma ação ou sentindo a mesma emoção).
• Propriedade do cérebro de se espelhar em outras pessoas, também é responsável por permitir aprendizados
por imitação, como a linguagem.
• “Espelhos Quebrados”: deficiência na propriedade espelho do cérebro.
• Neurônios espelhos defasados nos cérebros autistas.
A influência da poluição
• Estudo em Harvard (EUA) apontou o dobro de risco de crianças apresentarem autismo em gestantes
expostas à poluição.
• Partículas de poeira, carbono e outros componentes químicos.
Rejeição Materna?
• A ideia de como a mãe trata seu filho poderia influenciar o surgimento do autismo não passou de rumores.
Ingestão de remédios
• Ingestão de medicamentos pela gestante antes do nascimento e na amamentação. • Nem tudo o que a
gestante ingere chega ao cérebro do feto.
• Algumas substâncias poderiam atingir o bebê: álcool, infecções, antibióticos.
Genes relacionados
• Genes expressados em células do SNC.
• Genes que estão nos neurônios e outros que estão nas sinapses.
• Sinapses não funcionam bem devido à essas mutações.
• Genes em proteínas.
• Gene CDH8: causadores de autismo.
• Distúrbio no neurodesenvolvimento.
• Não é um problema só genético, há uma base genética.
De diversas formas?
• O autismo se manifesta em diferentes
graus e intensidades.
• Espectro: vários níveis de
funcionamento.
Mudanças
• Nova edição do Manual de Diagnósticos
e Estatísticas dos Transtornos Mentais
(DSM-5): usado para classificar
transtornos mentais trouxe mudanças
em relação à edição anterior.
• TGD: Transtorno Autista, Síndrome de Rett, Transtorno Desintegrativo da Infância, Síndrome de Asperger e o
Transtorno Global do Desenvolvimento.
DSM–5: classificação em níveis serve para descrever, de maneira sucinta, a sintomatologia atual, como o
reconhecimento de que a gravidade pode variar de acordo com o contexto e o tempo.
• Síndrome de Savant: 1 a cada 10 autistas. Não está englobada nas definições do TEA. Alterações cerebrais.
• Retardo mental, porém, a memória, as habilidades matemáticas ou artísticas são excelentes.
• Áreas do hemisfério direito do cérebro: habilidades artísticas, visuais e motoras.
• Debilidades na área esquerda: lógica e capacidades simbólicas.
A Síndrome de Asperger e a Síndrome de Savant estão contempladas em TEA leve, em que não há, normalmente,
presença de DI.
Um pouco AUSENTE
• Pessoas com Asperger podem ou não apresentar DI e têm maior dificuldade na interação social.
• Pode chegar na vida adulta com maior independência e levar uma vida próxima do normal.
• Dificuldades nas habilidades sociais, motoras e de linguagem.
Acompanhamento:
• Desenvolver habilidades sociais, de linguagem e motoras, além dos aspectos emocionais.
• Intervenções educativas especializadas.
• Treinamento de integração sensorial.
• Psicoterapia comportamental ou terapia cognitiva.
Asperger na pele:
• Dificuldade no relacionamento social
• Hipersensibilidade aos estímulos sensoriais
• Dificuldade na comunicação verbal e não verbal
• Interpretação literal da linguagem
• Descoordenação motora
• Rigidez de pensamento
• Dificuldade de autorregulação sensorial
• Dificuldade na empatia
• Comportamentos rotineiros ou repetitivos
• Interesse limitados ou especiais
• Peculiaridade no discurso e na linguagem
Mente autista
• Pessoas com TEA podem apresentar déficit intelectual ou ser mais inteligente que a média
• Pessoas com autismo não apresentam alterações físicas na formação do cérebro.
• Alterações no funcionamento cerebral.
• Condutas típicas, estereotipadas e padronizadas.
Habilidade Intelectual:
• Mesmo com deficiência intelectual, a pessoa com TEA desenvolve grande habilidade intelectual específica.
• Explorar os pontos positivos através de estímulos corretos e constantes com abordagens multiprofissionais.
• Sensibilidade sensorial.
• Transtorno de Processamento Sensorial (TPS): desordenamento de respostas sensoriais.
• Hiper ou hipossensibilidade ao ambiente.
• Prejuízo na cognição, no comportamento e no campo emocional.
• Os estímulos do meio ambiente são captados pelo cérebro: invasão sensorial.
• Causa genética.
• Estímulos do meio ambiente são rápida e intensamente captados pelo cérebro.
• Muitas sensações são percebidas de uma vez, em mínimos detalhes.
• Hiperssensibilidade dos sentidos.
• Células produzidas em plaquinhas do laboratório é possível testar medicamentos fora do corpo do paciente.
• Genética e Neurociência.
• Descobertas em relação aos genes que determinam o crescimento, migração e formação de sinapses
cerebrais.
17/11/2020 Bévena Rodrigues Lopes
• Médicos e pesquisadores do Hospital das Clínicas de Porto Alegre: estudam áreas do sistema nervoso que
possuem concentrações elevadas de receptores para a GRP proteína envolvida com o sistema digestório.
• Como o autismo é uma doença heterogênea: tratamentos personalizados para cada paciente, a depender de
suas alterações genéticas.
• Uso de drogas específicas para cada alteração que causa o transtorno neurológico depende do mapeamento
genético dos pacientes.
• Aplicação de medicamentos para tratar o autismo ainda depende de estudos controlados.
• Foi usado medicamentos em ratos que regularizou a função da proteína, fazendo com o cérebro se livrasse
das sinapses danificadas, melhorando o comportamento associado ao autismo.
• Coleta de informações é feita por meio de relatos dos pais e cuidadores, além da observação do
comportamento do paciente.
• Exames complementares podem ser solicitados para excluir outros diagnósticos.
• Avaliação clínica (padrão ouro e altamente confiável)
Comportamentos Autísticos
• Ausência de sorrisos e balbucios
• Ausência de jogos simbólicos (imaginação para criar situações)
• Ausência de necessidades
• Agressão a si mesmos ou a outros
• Alteração do tônus muscular
• Aparição da angústia em situações tidas como normais e/ou diante da presença de outros.
• . Dificuldade de comunicação
• Dificuldade de aceitar mudanças e ao “Não”
• Estereotipias e rituais obsessivos, como andar na ponta dos pés
• Evitar o olhar e o contato com os outros
• Manipulação estereotipada dos objetos e fixação exclusiva em alguns deles
• Pouca expressão de dor
• Rejeição do ruído e da palavra das pessoas
Mitos e Verdades
• Autistas se dão bem com animais?
o Sim. Normalmente, o animal não exige nada em troca, e a comunicação é por meio do toque, o que
para algumas crianças é mais confortável.
• Idade da mãe e do pai tem relação com o nascimento de filhos autistas?
o Alguns estudos mostram relação entre a idade dos pais e, principalmente, da mãe (acima de 35
anos) e o desenvolvimento do TEA e também o uso de medicamentos, agrotóxicos e poluição.
• Antigamente o autismo era mais raro?
o Pesquisas evoluíram, os hábitos de vida se alteraram, avanços na medicina e informações
globalizadas.
• Deve se internar o autista em uma instituição especializada?
o O afastamento de pessoas próximas e o isolamento social que algumas instituições propõem não são
benéficas aos autistas.
• Autista grita e esperneia por birra?
o Os portadores do transtorno têm dificuldade de se comunicar como a maioria das pessoas estão
acostumadas, mudanças na rotina não fazem bem à eles.
• O autista vive em um mundo à parte?
o O universo autista é o mesmo de todas as pessoas, no entanto, o indivíduo com autismo sente e
interage com seu entorno de uma forma diferente devido à sua sensibilidade sensorial afetada, que
o faz se isolar socialmente.
• A sociedade está vivendo uma epidemia de autismo?
o A evolução da ciência possibilita o diagnóstico precoce e um maior número de pessoas passaram a
ter tratamento especializado.
• Autistas não gostam de carinho?
o Uma das características do autismo é a hipersensibilidade, por isso se incomodam facilmente com
toques, abraços. Entretanto, isso não é uma regra geral.
Algumas atitudes podem ser seguidas por pais e cuidadores a fim de lidar melhor
com uma criança autista
• Muitos pais ficam presos ao diagnóstico e se esquecem de que o principal é agir para enfrentar os desafios
em relação aos filhos.
• É preciso lidar com o autista, adulto ou criança do mesmo modo que se cuida de todos: com amor, respeito,
regras e limites, e, tentado ser uma voz quando ele não se comunica verbalmente.
• Incentive sempre
• Desenvolva rotinas
• Frequente lugares públicos
17/11/2020 Bévena Rodrigues Lopes
• Incentive a convivência
• Irmãos e amigos são importantes
• Encoraje a independência
• Evite contato físico excessivo
• Imponha limites
• Não desista
• Cuide, incentive, ensine, apoie e prepare para o mundo!
TERAPIAS
• Terapia do grego therapeia: prestar cuidados médicos ou tratar.
• Intervenções pontuais direcionam atenção especial para cada aspecto comprometido: linguagem,
comunicação e interação social.
Atendimento personalizado.
• Cada indivíduo deve possuir uma estratégia personalizada de tratamento, o mesmo quadro, as formas como
os sintomas se manifestam são totalmente distintas e as técnicas que funcionam para um podem não
funcionar em outros.
Fonoaudiologia
• Atua nas dificuldades de linguagem.
• Comunicação, linguagem oral e escrita.
• Intervenção deve envolver abordagens pragmáticas/ interacionistas e comportamentais, promovendo
atividades sociais e lúdicas que propiciem o ensinamento da linguagem por meio de situações onde o
indivíduo precise usar a linguagem.
• O fonoaudiólogo irá auxiliar o indivíduo autista para que este possa ser ouvido, interpretado e,
principalmente, respeitado.
PECS
• Sistema de comunicação por troca de figuras.
• Fichinhas com imagem e palavras são utilizadas para a comunicação.
17/11/2020 Bévena Rodrigues Lopes
Psicologia
• O autismo impacta de forma intensa, as pessoas ao redor do autista.
• ABA (Análise do Comportamento Aplicada): determina comportamentos que devem ser ensinados nas áreas
de comunicação, habilidades sociais e acadêmicas, autocuidados e coordenação motora.
• TEACCH (Tratamento e educação de crianças autistas e atrasos de comunicação): promove adaptações no
ambiente em que o autista está inserido, ensinando-lhe diferentes habilidades.
Terapia Ocupacional
• Melhoria das áreas motoras, perceptiva e cognitiva dos autistas.
• Adequação dos aspectos externos como vias de acesso e a sinalização dos ambientes que ele frequenta.
Fisioterapia
• Habilidades Motoras Trabalhadas
• Melhora das habilidades motoras: engatinhar, sentar, rolar, ficar de pé e andar.
• Os pais são orientados a fazer os exercícios em casa.
Atividades Artísticas
Desenvolver habilidade artísticas: cantar, interpretar, pintar, desenhar.
Atividades Físicas
• Trabalha na melhora tônus, equilíbrio, coordenação motora, interação social.
• Natação terapêutica.
Equoterapia
• Terapia Assistida por Animais.
• Utiliza o cavalo como recurso terapêutico para o desenvolvimento físico, psicológico e social.
• Exige a participação de todo o corpo, fortalece a musculatura, relaxa, conscientização corporal, aperfeiçoa o
equilíbrio e a coordenação motora.
• Estima-se que mais de 5.000 estímulos são enviados ao cérebro nesta atividade.
• Contato com o cavalo traz confiança, autoestima e tranquilidade.
Musicoterapia
• Através de canções os sentimentos são estimulados, fator de grande dificuldade nos indivíduos no espectro.
• Linguagem verbal e não-verbal e criatividade.
• Tocar um instrumento estimula todas as regiões do cérebro.
Ação no Cérebro
• Os remédios agem em circuitos cerebrais que estão relacionados a neurotransmissores como serotonina,
dopamina e noradrenalina: responsáveis pelo bem-estar.
• Facilita o aprendizado e aplicação de terapias pedagógicas voltada para aquisição de linguagem e
comportamentos sociais.
• Algumas pessoas com TEA necessitam de medicamento para controle do comportamento obsessivo e das
alterações do sono.
• Esses medicamentos agem em circuitos cerebrais relacionados a neurotransmissores como a dopamina,
serotonina e noradrenalina.
Dieta
Dieta sem a presença de alguns componentes pode atenuar sintomas apresentados pelo transtorno
Intestino sensível
• Indivíduos autistas possuem maior permeabilidade intestinal: flatulência, dor abdominal, diarreia crônica.
• Artigo “Terapia Nutricional em Crianças com TEA”: 90% do material genético é formado na flora intestinal.
• Essa condição corrobora com a proliferação de substâncias e microrganismos na corrente sanguínea, a
sensibilidade pode potencializar isso. . Essas substâncias agem em todos organismos, inclusive no cérebro.
• Interferência de nutrientes no comportamento de indivíduos autistas.
• No autismo até sabemos o quadro clínico, mas muitas vezes, não há um gene comum causador em vários
pacientes.
• O autismo é considerado um DISTÚRBIO DO NEURODESENVOLVIMENTO
• 2010: 70 milhões de autistas segundo a ONU no mundo.
• 2.000.000 milhões só no Brasil.
• 1 em 68 crianças até 8 anos é autista.
• 2 de Abril: ONU Dia Internacional do Autismo
• 4:1 (meninos: meninas) – Revista Nature
Reconhecimento cientifico
• 1980: transtorno foi reconhecido pela comunidade científica e classificado como uma nova classe de
alteração mental.
• Atualmente: Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-5): traz o autismo como um
espectro, uma amplitude que engloba diferentes níveis de gravidade.
• Sintomas nos primeiros meses de vida, podendo ser sutis.
Socialização comprometida
• Comunicação é afetada nas formas verbais e não verbais, incluindo gestos, expressões faciais, além das
linguagens corporal e verbal.
• Dificuldade de se relacionar com os outros, incapacidade de compartilhar sentimentos, gostos e emoções e
na discriminação entre pessoas.
17/11/2020 Bévena Rodrigues Lopes
• Imaginação afetada: rigidez e inflexibilidade, estendida à outras áreas de pensamento, linguagem e
comportamento da criança.
• Dificuldades para aceitar mudanças de rotina.
Buscar conhecimento
• O quanto antes o quadro for diagnosticado, melhor o êxito do tratamento.
• Despreparo e insegurança por parte dos médicos e especialistas: pediatras costumam esperar o
desenvolvimento da linguagem para suspeitar do diagnóstico.
• Cuidado para não precipitar o diagnóstico.
Em crescimento?
• Fator que influencia o aumento dos casos de TEA no mundo é o crescente número de pessoas
diagnosticadas: reconhecimento da condição e do conceito dos Transtornos Globais do Desenvolvimento
(TGD), que inclui as Síndromes de Asperger e de Rett e o Transtorno Global do Desenvolvimento Sem Outra
Especificação.
Disfunção no Cérebro?
• Muitas pesquisas sobre a neurobiologia no autismo indicam alterações cerebrais.
• Alterações nos neurônios espelhos (são ativados quando alguém faz uma ação ou sente algo quando vê
alguém fazendo essa mesma ação ou sentindo a mesma emoção).
• Propriedade do cérebro de se espelhar em outras pessoas, também é responsável por permitir aprendizados
por imitação, como a linguagem.
• “Espelhos Quebrados”: deficiência na propriedade espelho do cérebro.
• Neurônios espelhos defasados nos cérebros autistas.
A influência da poluição
• Estudo em Harvard (EUA) apontou o dobro de risco de crianças apresentarem autismo em gestantes
expostas à poluição.
• Partículas de poeira, carbono e outros componentes químicos.
Rejeição Materna?
• A ideia de como a mãe trata seu filho poderia influenciar o surgimento do autismo não passou de rumores.
Ingestão de remédios
• Ingestão de medicamentos pela gestante antes do nascimento e na amamentação. • Nem tudo o que a
gestante ingere chega ao cérebro do feto.
• Algumas substâncias poderiam atingir o bebê: álcool, infecções, antibióticos.
Genes relacionados
• Genes expressados em células do SNC.
• Genes que estão nos neurônios e outros que estão nas sinapses.
• Sinapses não funcionam bem devido à essas mutações.
• Genes em proteínas.
• Gene CDH8: causadores de autismo.
• Distúrbio no neurodesenvolvimento.
• Não é um problema só genético, há uma base genética.
De diversas formas?
• O autismo se manifesta em diferentes
graus e intensidades.
• Espectro: vários níveis de
funcionamento.
Mudanças
• Nova edição do Manual de Diagnósticos
e Estatísticas dos Transtornos Mentais
(DSM-5): usado para classificar
transtornos mentais trouxe mudanças
em relação à edição anterior.
• TGD: Transtorno Autista, Síndrome de Rett, Transtorno Desintegrativo da Infância, Síndrome de Asperger e o
Transtorno Global do Desenvolvimento.
DSM–5: classificação em níveis serve para descrever, de maneira sucinta, a sintomatologia atual, como o
reconhecimento de que a gravidade pode variar de acordo com o contexto e o tempo.
• Síndrome de Savant: 1 a cada 10 autistas. Não está englobada nas definições do TEA. Alterações cerebrais.
• Retardo mental, porém, a memória, as habilidades matemáticas ou artísticas são excelentes.
• Áreas do hemisfério direito do cérebro: habilidades artísticas, visuais e motoras.
• Debilidades na área esquerda: lógica e capacidades simbólicas.
A Síndrome de Asperger e a Síndrome de Savant estão contempladas em TEA leve, em que não há, normalmente,
presença de DI.
Um pouco AUSENTE
• Pessoas com Asperger podem ou não apresentar DI e têm maior dificuldade na interação social.
• Pode chegar na vida adulta com maior independência e levar uma vida próxima do normal.
• Dificuldades nas habilidades sociais, motoras e de linguagem.
Acompanhamento:
• Desenvolver habilidades sociais, de linguagem e motoras, além dos aspectos emocionais.
• Intervenções educativas especializadas.
• Treinamento de integração sensorial.
• Psicoterapia comportamental ou terapia cognitiva.
Asperger na pele:
• Dificuldade no relacionamento social
• Hipersensibilidade aos estímulos sensoriais
• Dificuldade na comunicação verbal e não verbal
• Interpretação literal da linguagem
• Descoordenação motora
• Rigidez de pensamento
• Dificuldade de autorregulação sensorial
• Dificuldade na empatia
• Comportamentos rotineiros ou repetitivos
• Interesse limitados ou especiais
• Peculiaridade no discurso e na linguagem
Mente autista
• Pessoas com TEA podem apresentar déficit intelectual ou ser mais inteligente que a média
• Pessoas com autismo não apresentam alterações físicas na formação do cérebro.
• Alterações no funcionamento cerebral.
• Condutas típicas, estereotipadas e padronizadas.
Habilidade Intelectual:
• Mesmo com deficiência intelectual, a pessoa com TEA desenvolve grande habilidade intelectual específica.
• Explorar os pontos positivos através de estímulos corretos e constantes com abordagens multiprofissionais.
• Sensibilidade sensorial.
• Transtorno de Processamento Sensorial (TPS): desordenamento de respostas sensoriais.
• Hiper ou hipossensibilidade ao ambiente.
• Prejuízo na cognição, no comportamento e no campo emocional.
• Os estímulos do meio ambiente são captados pelo cérebro: invasão sensorial.
• Causa genética.
• Estímulos do meio ambiente são rápida e intensamente captados pelo cérebro.
• Muitas sensações são percebidas de uma vez, em mínimos detalhes.
• Hiperssensibilidade dos sentidos.
• Células produzidas em plaquinhas do laboratório é possível testar medicamentos fora do corpo do paciente.
• Genética e Neurociência.
• Descobertas em relação aos genes que determinam o crescimento, migração e formação de sinapses
cerebrais.
17/11/2020 Bévena Rodrigues Lopes
• Médicos e pesquisadores do Hospital das Clínicas de Porto Alegre: estudam áreas do sistema nervoso que
possuem concentrações elevadas de receptores para a GRP proteína envolvida com o sistema digestório.
• Como o autismo é uma doença heterogênea: tratamentos personalizados para cada paciente, a depender de
suas alterações genéticas.
• Uso de drogas específicas para cada alteração que causa o transtorno neurológico depende do mapeamento
genético dos pacientes.
• Aplicação de medicamentos para tratar o autismo ainda depende de estudos controlados.
• Foi usado medicamentos em ratos que regularizou a função da proteína, fazendo com o cérebro se livrasse
das sinapses danificadas, melhorando o comportamento associado ao autismo.
• Coleta de informações é feita por meio de relatos dos pais e cuidadores, além da observação do
comportamento do paciente.
• Exames complementares podem ser solicitados para excluir outros diagnósticos.
• Avaliação clínica (padrão ouro e altamente confiável)
Comportamentos Autísticos
• Ausência de sorrisos e balbucios
• Ausência de jogos simbólicos (imaginação para criar situações)
• Ausência de necessidades
• Agressão a si mesmos ou a outros
• Alteração do tônus muscular
• Aparição da angústia em situações tidas como normais e/ou diante da presença de outros.
• . Dificuldade de comunicação
• Dificuldade de aceitar mudanças e ao “Não”
• Estereotipias e rituais obsessivos, como andar na ponta dos pés
• Evitar o olhar e o contato com os outros
• Manipulação estereotipada dos objetos e fixação exclusiva em alguns deles
• Pouca expressão de dor
• Rejeição do ruído e da palavra das pessoas
Mitos e Verdades
• Autistas se dão bem com animais?
o Sim. Normalmente, o animal não exige nada em troca, e a comunicação é por meio do toque, o que
para algumas crianças é mais confortável.
• Idade da mãe e do pai tem relação com o nascimento de filhos autistas?
o Alguns estudos mostram relação entre a idade dos pais e, principalmente, da mãe (acima de 35
anos) e o desenvolvimento do TEA e também o uso de medicamentos, agrotóxicos e poluição.
• Antigamente o autismo era mais raro?
o Pesquisas evoluíram, os hábitos de vida se alteraram, avanços na medicina e informações
globalizadas.
• Deve se internar o autista em uma instituição especializada?
o O afastamento de pessoas próximas e o isolamento social que algumas instituições propõem não são
benéficas aos autistas.
• Autista grita e esperneia por birra?
o Os portadores do transtorno têm dificuldade de se comunicar como a maioria das pessoas estão
acostumadas, mudanças na rotina não fazem bem à eles.
• O autista vive em um mundo à parte?
o O universo autista é o mesmo de todas as pessoas, no entanto, o indivíduo com autismo sente e
interage com seu entorno de uma forma diferente devido à sua sensibilidade sensorial afetada, que
o faz se isolar socialmente.
• A sociedade está vivendo uma epidemia de autismo?
o A evolução da ciência possibilita o diagnóstico precoce e um maior número de pessoas passaram a
ter tratamento especializado.
• Autistas não gostam de carinho?
o Uma das características do autismo é a hipersensibilidade, por isso se incomodam facilmente com
toques, abraços. Entretanto, isso não é uma regra geral.
Algumas atitudes podem ser seguidas por pais e cuidadores a fim de lidar melhor
com uma criança autista
• Muitos pais ficam presos ao diagnóstico e se esquecem de que o principal é agir para enfrentar os desafios
em relação aos filhos.
• É preciso lidar com o autista, adulto ou criança do mesmo modo que se cuida de todos: com amor, respeito,
regras e limites, e, tentado ser uma voz quando ele não se comunica verbalmente.
• Incentive sempre
• Desenvolva rotinas
• Frequente lugares públicos
17/11/2020 Bévena Rodrigues Lopes
• Incentive a convivência
• Irmãos e amigos são importantes
• Encoraje a independência
• Evite contato físico excessivo
• Imponha limites
• Não desista
• Cuide, incentive, ensine, apoie e prepare para o mundo!
TERAPIAS
• Terapia do grego therapeia: prestar cuidados médicos ou tratar.
• Intervenções pontuais direcionam atenção especial para cada aspecto comprometido: linguagem,
comunicação e interação social.
Atendimento personalizado.
• Cada indivíduo deve possuir uma estratégia personalizada de tratamento, o mesmo quadro, as formas como
os sintomas se manifestam são totalmente distintas e as técnicas que funcionam para um podem não
funcionar em outros.
Fonoaudiologia
• Atua nas dificuldades de linguagem.
• Comunicação, linguagem oral e escrita.
• Intervenção deve envolver abordagens pragmáticas/ interacionistas e comportamentais, promovendo
atividades sociais e lúdicas que propiciem o ensinamento da linguagem por meio de situações onde o
indivíduo precise usar a linguagem.
• O fonoaudiólogo irá auxiliar o indivíduo autista para que este possa ser ouvido, interpretado e,
principalmente, respeitado.
PECS
• Sistema de comunicação por troca de figuras.
• Fichinhas com imagem e palavras são utilizadas para a comunicação.
17/11/2020 Bévena Rodrigues Lopes
Psicologia
• O autismo impacta de forma intensa, as pessoas ao redor do autista.
• ABA (Análise do Comportamento Aplicada): determina comportamentos que devem ser ensinados nas áreas
de comunicação, habilidades sociais e acadêmicas, autocuidados e coordenação motora.
• TEACCH (Tratamento e educação de crianças autistas e atrasos de comunicação): promove adaptações no
ambiente em que o autista está inserido, ensinando-lhe diferentes habilidades.
Terapia Ocupacional
• Melhoria das áreas motoras, perceptiva e cognitiva dos autistas.
• Adequação dos aspectos externos como vias de acesso e a sinalização dos ambientes que ele frequenta.
Fisioterapia
• Habilidades Motoras Trabalhadas
• Melhora das habilidades motoras: engatinhar, sentar, rolar, ficar de pé e andar.
• Os pais são orientados a fazer os exercícios em casa.
Atividades Artísticas
Desenvolver habilidade artísticas: cantar, interpretar, pintar, desenhar.
Atividades Físicas
• Trabalha na melhora tônus, equilíbrio, coordenação motora, interação social.
• Natação terapêutica.
Equoterapia
• Terapia Assistida por Animais.
• Utiliza o cavalo como recurso terapêutico para o desenvolvimento físico, psicológico e social.
• Exige a participação de todo o corpo, fortalece a musculatura, relaxa, conscientização corporal, aperfeiçoa o
equilíbrio e a coordenação motora.
• Estima-se que mais de 5.000 estímulos são enviados ao cérebro nesta atividade.
• Contato com o cavalo traz confiança, autoestima e tranquilidade.
Musicoterapia
• Através de canções os sentimentos são estimulados, fator de grande dificuldade nos indivíduos no espectro.
• Linguagem verbal e não-verbal e criatividade.
• Tocar um instrumento estimula todas as regiões do cérebro.
Ação no Cérebro
• Os remédios agem em circuitos cerebrais que estão relacionados a neurotransmissores como serotonina,
dopamina e noradrenalina: responsáveis pelo bem-estar.
• Facilita o aprendizado e aplicação de terapias pedagógicas voltada para aquisição de linguagem e
comportamentos sociais.
• Algumas pessoas com TEA necessitam de medicamento para controle do comportamento obsessivo e das
alterações do sono.
• Esses medicamentos agem em circuitos cerebrais relacionados a neurotransmissores como a dopamina,
serotonina e noradrenalina.
Dieta
Dieta sem a presença de alguns componentes pode atenuar sintomas apresentados pelo transtorno
Intestino sensível
• Indivíduos autistas possuem maior permeabilidade intestinal: flatulência, dor abdominal, diarreia crônica.
• Artigo “Terapia Nutricional em Crianças com TEA”: 90% do material genético é formado na flora intestinal.
• Essa condição corrobora com a proliferação de substâncias e microrganismos na corrente sanguínea, a
sensibilidade pode potencializar isso. . Essas substâncias agem em todos organismos, inclusive no cérebro.
• Interferência de nutrientes no comportamento de indivíduos autistas.
Nomenclatura
Os anticorpos monoclonais tem 3 possibilidades de terminologia a partir da quantidade de proteína murina (proteína
de rato) que eles têm na sua constituição. Quando vamos para o laboratório construir esses anticorpos monoclonais
temos 3 possibilidades:
• XIMABE: quiméricos – anticorpo monoclonal que tenha 75% de proteína humana e 25% de proteína murina,
esse é chamado de quimérico, pois tem boa parte da sua constituição de proteína murina (Infliximabe e
Rituximabe)
ZUMABE: humanizados – 90% da sua proteína de constituição é humana mas 10% ainda é de proteína
murina (Toxilizumabe)
• MUMABE: humanos – são 100% de proteína humana, não tem nada de proteína murina na sua constituição
(Adalimumabe e Golimumabe)
• CEPTE: proteínas de fusão – não são anticorpos, tem uma porção de um anticorpo e no outro lado é ligado
um receptor, que é justamente o local que haverá a atividade do imunobiológico (Etanercepte e Abatecepte)
A aplicação desses anticorpos monoclonais pois produzir reações adversas ao paciente, por conta disse ao longo do
tempo foram se estudando formas de construir esses anticorpos com uma menor quantidade de proteína murina.
Quando fazemos aplicação de Infliximabe e Rituximabe esses pacientes são acompanhados de perto, em todos os
anticorpos monoclonais podem ocorrer eventos adversos porem nos quiméricos ocorrem em maior quantidade e
principalmente nessa classe costumamos fazer pré-madicaçoes como antialérgicos para tentar driblar as possíveis
reações que podem ocorrer, desde reações leves como prurido em VAS, tosse, prurido cutâneo até reações graves
inclusive com edema de glote e necessidade de intubação orotraqueal
Rastreamento e segurança
Infecções gerais
Vamos de uma certa forma inibir ou citocinas do processo inflamatório ou células propriamente ditas envolvidas no
processo inflamatório como linfócitos T e linfócitos B. O processo inflamatório é vital para nossa existência, quando
lidamos com doenças autoimunes estamos lidando com processo inflamatório patologicamente ativado mas ainda
sim é vital então quando vamos lançar mão desse tipo de tratamento temos que entender que são drogas que
devem ser utilizadas em situações adequadas e com acompanhamento médico adequado
Os pacientes que usa essa medicação como elas estão envolvidas no bloqueio imunológico estão expostos ao maior
risco de infecções graves, tanto bacterianas quanto virais como fúngicas, nenhuma dessas medicações são realizadas
se o paciente tiver algum sinal de processo infeccioso
Vacinação
Algumas dessas medicações vão diminuir a resposta imunológica vacinal, o Rituximabe bloqueia de uma forma geral
a ação do linfócito B e a intenção da vacina é fazer com que o paciente produza anticorpo contra o agente vacinal so
que quem produz anticorpo é o plasmócito que é proveniente do linfócito B so que se o paciente estiver utilizando
Rituximabe está bloqueando linfócito B então esse paciente não vai responder de forma adequada a vacinação, por
conta disso preconizamos que o cartão vacinal do paciente esteja regularizado antes de iniciar a medicação
Quando o paciente estiver fazendo o tratamento não podemos fazer vacinação de MO vivo ou atenuado porque se
não o paciente pode ao invés de produzir anticorpo vir a desenvolver a doença, seriam exemplos dessas vacinas a
tríplice viral, BCG e febre amarela
Esses anticorpos monoclonais podem ser feitos na gestação a partir do 3º trimestre porem eles atravessam a
placenta e com isso o bebe também ira nascer com o sistema imunológico um pouco bloqueado, por conta disso
esse bebe só pode receber a BCG depois de 6 meses para não desenvolver tuberculose disseminada. A febre amarela
também é uma vacina atenuada
Tuberculose
Rastreamento TBL – risco de reativação da doença
• Epidemiologia – vamos perguntar para o paciente se alguém que ele conhece já teve tuberculose e se a
resposta for sim vamos fazer o tratamento de tuberculose latente porque o paciente tem epidemiologia
positiva para tuberculose, ou se for profissional da saúde também consideramos como epidemiologia
positiva
• PPD ou IGRA – prova tuberculina, aplicamos a tuberculina no antebraço do paciente e depois de 72h ele
retorna para que possamos fazer a medição da reação imunológica que ira se formar, se essa reação for
menor que 5mm consideramos como PPD negativo, se a reação tiver ≥5mm consideramos como PPD
positivo e encaramos esse paciente como um paciente que já teve contato com o bacilo e para nós terá
tuberculose latente
• RX tórax – se o paciente tiver Nódulo de Ghon no RX indica tuberculose latente
• Isoniazida – 9 meses ou 270 doses – depois de 30 dias que o paciente começou o imunobiológico já
podemos começar o imunobiológico
Alguns imunobiológicos, principalmente os da classe dos Anti-TNF podem reativar tuberculose latente, isso pois o
TNF-α é a citocina mais envolvida na manutenção da granuloma, ou seja, a pessoa teve contato com o bacilo da
tuberculose porem o sistema imune dessa pessoa foi suficiente para bloquear essa infecção, so que se iniciarmos o
imunobiológico da classe dos Anti-TNF- α ele vai atuar bloqueando o TNF- α e com isso o granuloma se destrói e
assim o bacilo da tuberculose se reativa
Se eu tiver um paciente de artrite reumatoide que já teve e tratou tuberculose eu não vou fazer uso de Anti-TNF,
vou lançar mão de outros imunobiológicos e qualquer sinal de reativação vamos parar o imunobiológico e tratar
tuberculose com o esquema completo e não apenas isoniazida
Hepatite B
Diagnosticar hepatite ativa e portadores inativos que possam sofrer reativação da doença com uso de
imunobiológico
As vezes o paciente não tem hepatite porem já teve contato com o vírus, se eu imunosuprimir esse paciente posso
reativar essa infecção viral
HBsAg = antígeno do vírus da hepatite B, quando é positivo vamos imaginar que o paciente tenha hepatite B,
normalmente é ativa
Anti-HBs = anticorpo contra o vírus da hepatite B e podemos adquirir ele através da vacina ou após o contato com o
vírus
Anti-HBC= é o que vai dizer para a gente se o anticorpo que o paciente tem veio da vacina ou de um contato prévio,
pois ele é um antígeno que esta presente apenas no vírus, a vacina não tem
10/11/2020 Bévena Rodrigues Lopes
O Ituximabe é o que mais reativa a hepatite B
Hepatite C
• Raros casos de reativação
• Contraindicação imunobiológico apenas na vigência de cirrose hepática – risco X benefícios
• Paciente deve ser referenciado ao especialista – avaliar tratamento antes da imunossupressão
• Monitorização das enzimas hepáticas de 3/3 meses
HIV
• Não constitui contraindicação
• Atentar para contagem de linfócitos
Anti-TNFα
Utilizamos essas drogas para tratamento da artrite reumatoide, espondiloartrites (artrite psoriasica, espondilite
anquilosante) e doença de Crohn e retocolite, em crianças com artrite idiopática juvenil também utilizamos os Anti-
TNF
Fármacos
• Infliximabe – anticorpo monoclonal quimérico
• Adalimumabe – anticorpo monoclonal humano
• Etanercepte – anticorpo monoclonal proteína de
fusão
• Golimumabe – anticorpo monoclonal humano
• Certolizumabe pegol – anticorpo monoclonal humanizado – este tem uma maior porção proteína, podemos
utiliza-lo com maior segurança na gestação pois devido a maior porção proteica atravessa menos a barreira
placentária
Contraindicação
• Tuberculose ativa – deve ser tratado antes de iniciar
• Infecção ativa
• IC classe lll ou lV
• Doença desmielinizante – esclerose múltipla
• Neoplasia – o mais preocupante é o câncer de pele do tipo melanoma
Esses fármacos podem ser EV ou subcutâneos, para escolher a posologia vamos discutir com o paciente uma vez que
todos tem a mesma efeitividade e os mesmos riscos, o que muda entre eles é a posologia e via de administração
• Linfócito B
o Célula apresentadora de Ags → ativação de linfócitos T – então bloqueando o
linfócito B também estamos diminuindo a atividade do linfócito T
Rituzimabe – efeito direto no linfocito B, é um anti-CD-20, a qual é uma molécula expressa pelos linfócitos, e cada
um dos linfócitos tem um tipo especifico de CD-20 e quem espessa esse CD-20 é o pré-linfocito B maduro. O
Rituzimabe se liga ao CD-20 e destrói essa célula que seria um linfócito B
Belimumabe – efeito indireto, vai atuar inibindo o BLyS, que é uma molécula que estimula os linfócitos B e esta
envolvida ne etiopatogenia do Lúpus, esse BLyS torna os linfócitos B dos pacientes lupicos mais ativos e impede a
apoptose de linfócitos B. Este fármaco bloqueia o BLyS o que causa diminuição da atividade do linfócito B levando a
apoptose precoce do linfócito B
Rituximabe
• Anticorpo monoclonal quimérico, contra a molécula CD20
o Citotoxicidade linfocitária
▪ Depleção de linfócitos B – recuperação de 6 a 12 meses
• Posologia
o Cada frasco tem 500mg, fazemos a aplicação de 1g no d-0 e 1g no D-14, depois so vamos repetir
essa medicação após 6 meses no mínimo
• É uma terapêutica utilizada na artrite reumatoide e é associada para o tratamento de vasculites associadas
ao ANCA como a poliangite granulomatosa (síndrome de Wegener) e a poliangite microscópica
Belimumabe
• Indicado especificamente para o LES
• Anticorpo monoclonal humano direcionado especificamente contra o BLyS
• No lúpus temos BLyS superexpressado as células B se tornam autorreativas e isso
se encontra associado a perpetuação do processo autoimune
• Posologia
o Cada empola tem 400mg, é EV, feito a cada 28 dias, dose: 10mg/kg/dose
Anti-coestimulação da célula T
Abatacepte
• Proteína de fusão recombinante humanizada
• Liga-se as moléculas coestimulantes CD80 e CD86 nas células APCs, bloqueando a
interação destas moléculas com o CD28 nas células T
Quando a célula apresentadora de antígeno vai apresentar o antígeno para a célula T ela vai
necessitar e uma ligação tipo chave fechadura entre moléculas da sua superfície com
moléculas da superfície do linfócito T, a célula apresentadora de antígeno expressa a
CD80/86 que vai se ligar no CD28 que esta presente na celular T. O Abatacepte se liga ao
CD80/86 e impede que a molécula apresentadora se ligue ao linfócito T
• Posologia
o É apresentado EV sendo cada frasco contendo 250mg e sua dose varia com
o peso, para paciente <60kg utilizamos 500mg e para paciente 60-100kg utilizamos 750mg e o
paciente >100mg utilizamos 1000mg feito a cada 28 dias
o Subcutâneo tem dosagem de 125mg 1x por semana
Atualmente ele é usado para o contexto de artrite reumatoide e para crianças com artrite idiopática juvenil
Tocilizumabe
• Anticorpo monoclonal humanizado
• IL-6 citocina pró-inflamatória multifuncional, esta envolvida em diversas doenças, e a
citocina relacionada a manifestações constitucionais principalmente a febre, perda
ponderal que temos nos nossos pacientes com doenças autoimunes
• Posologia
o Apresentado EV, a mais encontrada no SUS é a de 80mg em cada frasco de 4ml e a
dose é de 8mg/kg/dose feita a cada 28 dias
• É utilizado na artrite reumatoide, artrite idiopática juvenil e na artrite takayasu
Inibidores da IL-1
• Anakinra
o Antagonista do receptor da IL-1, impede que a IL-1 se ligue e faça a sua ação
• Canaquinumabe
o Anticorpo monoclonal anti-IL-1β
o Anticorpo monoclinal do tipo humano
o Utilizado em doenças autoinflamatorias frequentes em crianças e em
doenças autoimunes de forma geral, principalmente em crianças com
artrite idiopática juvenil e há uma aprovação para seu uso em
pacientes com gota refrataria as outras medicações
• Rilonacepte
o Se liga e neutraliza as IL-1βα e IL-1 α
Anti-IL-17A
Secuquinumabe
• Anticorpo monoclonal humano
• Redução das ações mediadas pela IL-17A nas doenças inflamatórias e
autoimunes
• É utilizado em psoríase, artrite psoriasica e espondilite anquilosante
• Cada caneta tem 150mg e a medicação é feita 1x por mês, a dose
varia de acordo com a manifestação cutânea do paciente, se ele tem psoríase grave fazemos dose dobrada,
se ele tem psoríase leve fazemos apenas 150mg e para espondilite anquilosante como o paciente não tem
psoríase fazemos apenas 150mg também
Ustequinumabe
• Se liga a subunidade p40 das citocinas IL-12 e IL-23, inibindo a
bioatividade das mesmas
• O eixo da IL-12 e IL-23 no final culmina na ativação da IL-17 que é a
citocina envolvida na fisiopatogênia de diversas patogenias
autoimunes, especialmente da psoríase e da artrite psoriasica, tem
também participação nas espondilites de modo geral, mas é principal na psoríase e artrite psoriasica
• Posologia
o Cada seringa tem 45mg, fazemos ataque na semana 0, 2 e 4, depois o paciente vai fazer a cada 90
dias
Anti-reabsortivo
Denosumabe
• Se liga ao RANK-L e impede a ligação do Rank-L ao RANK, deste
modo inibe a ativação do osteoclasto e por conseguinte tem
efeito antirreabsortivo
• Posologia
o A seringa contem 60mg, o paciente aplica 1x e só vai
repetir dali a 6meses
o Pode ser utilizados por no máximo 10anos
Introdução
• Doenças da tireoide são frequentes
• Fármacos que podem substituir os hormônios tireoidianos de forma exógena
o Deficientes ou não atuam adequadamente na periferia
• Fármacos que reduzem a função tireoidiana aumentada como vemos no hipotireoidismo na doença de
Graves
Tireoide é um órgão que se localiza na região cervical a baixo do osso hioide, temos o lobo tireoidiano direito,
esquerdo e uma região central que chamaremos e istmo
Toda vez que o paciente apresentar o aumento da glândula tireoide, podemos avaliar pela inspeção e palpação ou
por US da região cervical chamaremos de bócio
O bócio não é um diagnóstico, é apenas uma denominação para dizer que a tireoide está aumentada, não sabemos
se ele está relacionado ou não a disfunção tireoidiana e se tiver relacionada pode estar relacionado ao hipo ou
hipertireoidismo, ou seja, quando falamos que o paciente está com bócio estamos falando apenas que ele está com
a glândula aumentada
Homônimo
• T3 (triiodotironina) e T4 (tetraiodotironina)
o Crescimento, desenvolvimento e controle do metabolismo
energético
• Calcitonina
o Metabolismo ósseo (calcemia)
A tireoglobulina é sintetizada, cai dentro do coloide onde ocorrer o processo de formação dos hormônios
tireoidianos
Todo o nosso organismo vive em homeostase, temos, portanto, feedback negativo e positivo para isso
Quando o T3 e T4 cai no plasma eles vão precisar de um transportador, a TBG (proteína transportadora de
triiodotironina e tetraiodotironina)
Quando ocorre a produção do T3 e T4 eles fazem um feed back negativo sobre a adeno-hipofise
T3 é o hormônio fisiologicamente ativo, para que o T4 seja usado ele sofre uma desiodação e se torna T3
✓ Anti-TPO – anticorpo anti-tireoperoxidase. A peroxidase faz a iodação, ou seja, sem ela não teremos iodação
e que seja a Tireoidite de Hashimoto
✓ Anti-tireoglobulina – é uma glicoproteína que está no coloide e será iodada para formar MIT e DIT
✓ TRAb – anticorpo antireceptor do TSH. O TSH aumenta a produção de T3 e T4, quando o paciente produz
esse anticorpo pode haver 2 evoluçoes
o Pode inibir o receptor do TSH e com isso vai ocorrer o hipotireoidismo
o Ele pode ainda se ligar ao receptor de TSH e ativar esse receptor, vai haver uma hiperprodução
de T3 e T4, portanto hipertireoidismo
Hipertireoidismo (tireotoxicose)
Hipotireoidismo
✓ Cintilografia da tireoide
✓ Tratamento de neoplasia de tireoide
• Mecanismo de ação
o Atividade antitireoidiana, inibem a formação de hormônios tireoidianos
o Reduzem a iodação dos resíduos de tirosil na tireoglobulina – inibição competitiva da
tireoperoxidase, a qual é a enzima que catalisa a reação de oxidação que precisa de um oxidante que
é o peroxido de hidrogênio, esses fármacos se ligam e ela e não deixam que ocorra a
ionificação/iodação da tireoglobulina
▪ Diminuem a liberação de hormônios tireoidianos e causam redução gradual dos sinais e
sintomas da tireotoxicose – levando a redução da taxa metabólica basal e FC retornam ao
normal em 3 a 4 semanas
o A propiltouracila tem efeito adicional de reduzir a desiodação do T4 em T3 nos tecidos periféricos,
com isso causa ainda mais redução da TMB e FC que é comum ao hipertireoidismo
• Farmacocinética
o VO
o Respostas clinica completa pode levar semanas
▪ T4 possui meia-vida longa, então mesmo que eu pare de produzir os hormônios da tireoide o
T4 ainda está circulando na corrente sanguínea mesmo que seja em baixa quantidade
▪ Tireoide pode ter grandes estoques de hormônios
▪ Propiltiouracila age um pouco mais rápido devido ao seu efeito adicional de inibidor da
conversão periférica de T4 e T3
▪ Metabolitos são excretados na urina
▪ Esses fármacos podem acumular-se na tireoide
• Efeitos adversos
29/09/2020 Bévena Rodrigues Lopes
o Neutropenia e agranulocitose
▪ Neutropenia é a redução dos neutrófilos
▪ Agranulocitose é a diminuição dos granulócitos, aqui o paciente fica praticamente sem
granulócitos alguns portanto fica totalmente exposto a doenças infecciosas
▪ Por conta disso esses pacientes que fazem uso desses fármacos devem fazer hemograma
rotineiramente e serem orientados a qualquer indicio clinico procurarem ajuda
▪ Se ocorrer é só suspender a medicação
o HMG
o Dor de garganta
o Reversível em suspensão de tratamento
▪ Icterícia
▪ Artralgia
• Inibe a liberação de hormônios tireoidianos, por inibição da iodação da tireoglobulina porque reduz a
geração de peroxido de hidrogênio, e o peroxido é o catalisador da reação
• Promove intensa redução de vascularização da glândula, tornando a glândula menor e mais firme
o Uma das grandes indicações da administração de Lugol é para fazer a redução da tireoide para
promover a tireoidectómica no paciente
o A diminuição da vascularização da glândula faz com que menos hormônio caia na corrente
sanguínea
o Sintomas de tireotoxicose desaparecem em 1 a 2 dias
o VO (iodo de Lugol)
• Indicação
o Preparo de paciente com hipertireoidismo para a tireodectomia
o Crise tireotóxica grave
• Efeitos adversos
o Reações alérgicas (angioedema, erupções cutâneas e febre)
o Lacrimejamento, conjuntivite, dor nas glândulas salivares e sintomas de resfriado – mecanismos de
transporte nas lagrimas e saliva
• Propanolol e Atenolol
• Redução dos sinais e sintomas do hipertireoidismo – taquicardia, arritmias, tremos e agitação
• Indicações
o Preparo de paciente com tireotoxicose para tireoidectomia
o Durante o período inicial de tratamento do hipertireoidimso
o Parte do tratamento da crise aguda de hipertireidismo
• Utilizada para o tratamento de exoftalmia do hipertireoidismo (Graves), pois a exoftalmia não é reduzida
pelos fármacos antirireoidianos apesar de diminuírem a produção dos hormônios tireoidianos
• Relaxamento do musculo liso inervado pelo simpático e que faz a retração da pálpebra
Não existem fármacos que aumentam a síntese ou liberação dos hormônios tireoidianos → o único tratamento
efetivo para o hipotireoidismo, a não ser que a alteração seja causada pela deficiência de iodo (tratada com iodeto),
é administrar os hormônios tireoidianos, como terapia de reposição
Vamos acompanhar esse paciente com o TSH (porque estamos administrando o T4 já então não teria porque
acompanhar fazendo exame de T4), se eu começar a administrar Levotiroxina o TSH tende a diminuir
Superdosagem:
✓ Sinais e sintomas de hipertireoidismo
✓ Angina pectoris, arritmias cardíacas e IC
✓ Osteoporose