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Salvador, 2022

EMERGÊNCIAS HIPERTENSIVAS

Lara Victória Moraes Cordeiro


PROGRAMA DE PREPARAÇÃO AO CALOURO
INTRODUÇÃO

HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA

Condição clínica multifatorial caracterizada por


elevação sustentada de níveis pressóricos.
INTRODUÇÃO

HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA

Epidemiologia
• No Brasil, tem prevalência de
32,5% em adultos.
• Atinge mais de 60% dos
idosos
• Contribui direta ou
indiretamente para 50% das
mortes por doença
cardiovascular
DEFINIÇÕES

CRISE HIPERTENSIVA

O que caracteriza uma crise


hipertensiva?
DEFINIÇÕES

CRISE HIPERTENSIVA

É a elevação abrupta e acentuada dos níveis pressóricos


arteriais, em geral > 180x120 mmHg, podendo ou não
haver lesões em órgãos alvo, associado a sinais e sintomas.
DEFINIÇÕES

CRISE HIPERTENSIVA

Epidemiologia
• Compreende 0,4 – 0,6% dos
atendimentos
• Mais comuns em homens, em
pacientes hipertensos mal
aderentes, obesos e com
doença renal crônica
• Há maior incidência com o
aumento da idade
DEFINIÇÕES

CRISE HIPERTENSIVA

Podemos dizer que um paciente sem


diagnóstico prévio de HAS sofreu uma
crise hipertensiva?
DEFINIÇÕES

AS CRISES HIPETENSIVAS PODEM SER DIVIDIDAS EM DOIS


GRUPOS

Urgências Hipertensivas Emergências Hipertensivas

• Pacientes podem ser • Pacientes podem ser


assintomáticos? assintomáticos?
• Com ou sem lesões • Com ou sem lesões
de órgãos alvos? de órgãos alvos?
DEFINIÇÕES

AS CRISES HIPETENSIVAS PODEM SER DIVIDIDAS EM DOIS


GRUPOS

Urgências Hipertensivas Emergências Hipertensivas

• Pacientes • Pacientes
SINTOMÁTICOS; SINTOMÁTICOS
• Elevação acentuada • Elevação acentuada na
na PAD com valores pressão arterial com PAS >
> 120mmHg; 180mmHg e PAD >
• SEM lesões de 120mmHg
órgãos-alvos • COM lesão em órgãos-
alvos aguda e progressiva
EMERGÊNCIAS HIPERTENSIVAS

Manejo e Tratamento

Reduzir PA e impedir a progressão da LOA

Os pacientes devem ser admitidos em uma UTI,


medicados com anti-hipertensivos intravenosos.

O tratamento deve ser feito com base nos


protocolos de acordo com o sistema ou órgão
alvo acometido.
EMERGÊNCIAS HIPERTENSIVAS

Manejo e Tratamento

Reduzir PA e impedir a progressão da LOA

Os pacientes devem ser admitidos em uma UTI,


medicados com anti-hipertensivos intravenosos. Para tanto, recomenda-se:

O tratamento deve ser feito com base nos • PA < 25% na 1° hora;
protocolos de acordo com o sistema ou órgão • PA <160x100 mmHg em
alvo acometido. 2-6h;
• PA 135x85 mmHg 24-
48h
ENCEFALOPATIA HIPERTENSIVA

Condição causada pelo aumento agudo da pressão, provocando


hiperfluxo e, por fim, edema cerebral.

Achados mais comuns Diagnóstico


• Hipertensão Arterial • História clínica + exame físico + exame de
• Alterações no nível de imagem
consciência
• Papiledema
• Cefaleia
• Vômitos
• Alterações visuais
ENCEFALOPATIA HIPERTENSIVA

Condição causada pelo aumento agudo da pressão, provocando


hiperfluxo e, por fim, edema cerebral.

Achados mais comuns Diagnóstico


• Hipertensão Arterial • História clínica + exame físico + exame de
• Alterações no nível de imagem
consciência
• Papiledema
• Cefaleia
• Vômitos O diagnóstico é de exclusão e o que marca a
• Alterações visuais encefalopatia hipertensiva é a rápida melhora do
quadro com a redução de PA.
ENCEFALOPATIA HIPERTENSIVA

Condição causada pelo aumento agudo da pressão, provocando


hiperfluxo e, por fim, edema cerebral.

Achados mais comuns Diagnóstico


• Hipertensão Arterial • História clínica + exame físico + exame de
co nt ro le
• Alterações no nível de imagem para o
Drogas
consciência da PA:
• Papiledema
• Cefaleia
ss i ato de
• Vômitos O diagnóstico é de
• itropru
Nexclusão e o que marca a
encefalopatia hipertensiva oé a rápida melhora do
• Alterações visuais
quadro com ó d i
s a redução de PA.
a b e la t ol
• L
ACIDENTE VASCULAR ENCEFÁLICO

Sejam eles isquêmicos ou hemorrágicos, são consequências comuns


da HAS.

AVCi AVCh
• Permissividade com a • Pressão deve ser mantida
hipertensão durante a fase em torno de 140x90 mmHg
aguda do quadro.

• PA < 220 x 120 mmHg

• Em caso de tratamento com


trombolítico, PA> 185 X 110
mmHg
ACIDENTE VASCULAR ENCEFÁLICO

Sejam eles isquêmicos ou hemorrágicos, são consequências comuns


da HAS.

AVCi AVCh
c o nt role
• Permissividade com a • Pressão
s pa ra
deve o mantida
ser
ogatorno de 140x90
Drem
hipertensão durante a fase da PA: mmHg
aguda do quadro.

s s iato de
• PA < 220 x 120 mmHg
Ni t ro p ru

• Em caso de tratamento com sódio
c a rp id ina
trombolítico, PA> 185 X 110 • Ni l
mmHg b e ta lo
• La
EDEMA AGUDO DE PULMÃO HIPERTENSIVO

Síndrome clínica que pode ser definida como um acúmulo de líquido


extravasado dos capilares para o interstício pulmonar.

Achados mais comuns Tratamento Drogas p/ controle da


• Dispneia • Diurético de alça PA
• Expectoração rósea • Controle da PA • Nitroglicerina
• Ansiedade • Ventilação mecânica não • Nitroprussiato
• Sudorese invasiva
• Taquipneia • Controle de fator
• Estertores crepitantes no desencadeante
exame físico
EDEMA AGUDO DE PULMÃO HIPERTENSIVO

Síndrome clínica que pode ser definida como um acúmulo de líquido


extravasado dos capilares para o interstício pulmonar.

Achados mais comuns Tratamento Drogas p/ controleOdaS :


PECÍ FI C
• Dispneia • Ventilação mecânica não ES ESPA
• Intolerância ao esforço invasiva EXAM
• Nitroglicerina
e
érico (s
• Tosse • Diuréticos • Nitroprussiato
• Fadiga • Controle da PA • BNP s el)
v
• Taquipneia • Controle de fator disponí iograma
• Estertores no exame físico desencadeante t ro ca rd
• Ele
SÍNDROME CORONARIANA AGUDA

Suspeita ou confirmação de isquemia miocárdica aguda, sendo


dividido em três tipos: infarto sem supra, com supra e angina instável.

Achados mais comuns Tratamento Drogas p/ controle da


• Dor torácica • Intervenção coronariana PA
• Alterações de ECG cutânea • Nitroglicerina
• Trombólise • Esmolol
• Labetalol
• Metroprolol
SÍNDROME CORONARIANA AGUDA

Suspeita ou confirmação de isquemia miocárdica aguda, sendo


dividido em três tipos: infarto sem supra, com supra e angina instável.

Achados mais comuns Tratamento Drogas p/ econtrole


c ífic o s: da
a m e s es p
• Dor torácica • Intervenção coronariana Ex PA
• Alterações de ECG cutânea • Esmolol
do r e s de
• Trombólise Marc
•• Labetalol a d ica
m io cá r
n e c o
• Metroprolol
r s e ri o g
cor o na
• Nitroglicerina
e a n gi o
• Cin
rafia
DISSECÇÃO DE AORTA

Evento em que há uma súbita ruptura da camada média da aorta,


permitindo que o sangue penetre entre as camadas médias da artéria.

Achados mais comuns Tratamento Drogas p/ controle da


• Dor torácica dilacerante • Controle rápido da PA PA
• Sudorese com alvo de PAS <120 • Esmolol
• Palidez mmHg e FC 60 bpm • Labetalol
• Síncope • Metroprolol
• Assimetria de pulso • Analgesia • Nitroprussiato
• Sopro aórtico
DISSECÇÃO DE AORTA

Evento em que há uma súbita ruptura da camada média da aorta,


permitindo eu o sangue penetre entre as camadas médias da artéria.

p e c ífi c os :
Achados mais comuns Tratamento Drogas
m e s ep/s controle da
E xa
• Dor torácica dilacerante • Controle rápido da PA PA
• Sudorese com alvo de PAS <120 • Esmolol
m o g ra fia
• Palidez mmHg e FC 60 bpm To
•• Labetalol o ri za da
m p uta d
• Síncope • Analgesia o
• Metroprolol esofágico
c
s
• Assimetria de pulso Eco tran a
• •Nitroprussiato
• Sopro aórtico g i o gr a fi
• An
D - d ím ero

CASO CLÍNICO

IDENTIFICAÇÃO

H.S.A, masculino, pardo, 57 anos, casado, motorista de ônibus, católico, natural e


procedente de Salvador – BA

QUEIXA PRINCIPAL
Forte dor de cabeça há 2h
CASO CLÍNICO

História da doença atual (HDA)

Paciente chega ao departamento de emergência, acompanhado da esposa,


queixando-se de cefaleia há cerca de 2 horas, de evolução progressiva, forte
intensidade, holocraniana, associado a alteração visual (descrita como “pontos que se
movimentam” – sic), fraqueza de MMII e um episódio de vômito. Nega dor precordial,
dispneia e quaisquer outros sintomas de início agudo ou subagudo. Refere
palpitações e dispneia aos médios esforços de longa data.
CASO CLÍNICO

História da doença atual (HDA)

O paciente possui diagnóstico de hipertensão arterial sistêmica há 6 anos, mas não


realiza acompanhamento regular com o especialista e não faz uso adequado das
medicações. Nega internamentos prévios e alergias alimentares e/ou
medicamentosas. Medicação de uso prévio: losartana, 50mg, 1x ao dia (uso
irregular).
CASO CLÍNICO

ANTECEDENTES FAMILIARES

Seu pai era portador de HAS e faleceu aos 67 anos após IAM. Sua mãe é viva e é
portadora de DMII e HAS.

HÁBITOS DE VIDA
Refere alimentação desbalanceada, nega tabagismo, etilismo aos finais de semana (5
garrafas de cerveja/semana), é sedentário.
CASO CLÍNICO

HISTÓRIA PSICOSSOCIAL

Mora com a esposa e seu filho mais novo de 21 anos, mantém um bom
relacionamento com ambos. Vem estado bastante cansado por conta da alta carga
horária no trabalho.
CASO CLÍNICO

EXAME FÍSICO

Ao exame, paciente em regular estado geral, com comportamento agitado e resposta


verbal confusa, apresentando rebaixamento do nível de consciência (Glasgow = 13),
mucosas normocrômicas, anictérico, acianótico e afebril ao toque.

Sinais vitais: FC = 80bpm, FR = 18ipm, PA = 260x140 mmHg (com pouca variação


entre os dois braços), SatO2 98% em ar ambiente.
CASO CLÍNICO

EXAME FÍSICO

Aparelho respiratório: Tórax de conformação habitual. Expansibilidade preservada.


Murmúrio vesicular presente e simétrico, sem ruídos adventícios;

Aparelho cardiovascular: Precordio ativo, ictus visível e palpação no 5° EIC na


LHC, impulsivo, medindo duas polpas digitais. BRNNF, presença de B4, sem sopros;

Abdome: Globoso, as custas de panículo adiposo, flácido. Timpânico a percussão.


Indolor a palpação superficial e profunda. Sem massa ou visceromegalias;
CASO CLÍNICO

EXAME FÍSICO

Extremidades: Pulsos periféricos presentes e simétricos, sem edema;

Neurológico: Força muscular grau 4 em membro inferior esquerdo e grau 3 em


membro inferior direito, fala disártrica, restante do exame normal;

Fundoscopia: Presença de edema de papila e pequena hemorragia intraocular.


CASO CLÍNICO

INTERROGATÓRIO PSIQUIÁTRICO

Nega depressão, transtorno borderline, transtorno de bipolaridade, ideações suicidas.


Refere cansaço físico e mental por conta da alta carga horária do seu trabalho.
CASO CLÍNICO

EXAMES COMPLEMENTARES
CASO CLÍNICO
EXAMES COMPLEMENTARES
CASO CLÍNICO

QUAL A LISTA DE PROBLEMAS


DESSE PACIENTE?
CASO CLÍNICO

QUAL A SUSPEITA DIAGNÓSTICA?


CASO CLÍNICO

QUAIS OS PRINCIPAIS DIAGNÓSTICOS DIFERENCIAIS?


OBRIGADA!!

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