Você está na página 1de 50

CURSO DE ECG – LAC FURG

INFARTO AGUDO
DO MIOCÁRDIO
NO ECG
Nathália Almeida ATM 2023

Liga Acadêmica de Cardiologia - FURG


01
Anatomia
coronariana
V1 e V2 – septal – DA
V1 e V2 até V4 e V6 – anterosseptal
– DA
V1 a V6 e aVL – anterior extensa –
DA

D1, aVL, V5 e V6 – lateral – Cx


V7 a V9 – lateral – Cx

D2, D3 e aVF – inferior – CD ou Cx


02
Fisiopatologia
do IAM
03
Manifestações
no ECG
Isquemia subendocárdica:
Onda T primária ou hiperaguda

● Onda T atribuível à isquemia em curso; não é


específica da isquemia, mas tem seu
reconhecimento diagnóstico
● Explica-se pois o potencial de ação
endocárdico se prolonga no estágio inicial da
oclusão coronária
● Concordante com o QRS, de morfologia
simétrica e base larga
Isquemia subendocárdica:
Onda T primária ou hiperaguda
Isquemia subendocárdica:
Onda T primária ou hiperaguda
Lesão subendocárdica:
Infradesnivelamento do ST

● Em caso de oclusões subtotais ou em


situações de desbalanço de oferta-demanda
● Isquemia confinada ao endocárdio
● Não identifica artéria culpada

4ª definição universal de infarto:


- >/ 0,5mm em derivações contíguas
Lesão subendocárdica:
Infradesnivelamento do ST

● Em caso de oclusões subtotais ou em


situações de desbalanço de oferta-demanda
● Isquemia confinada ao endocárdio
● Não identifica artéria culpada

4ª definição universal de infarto:


- >/ 0,5mm em derivações contíguas
Lesão subendocárdica:
Infradesnivelamento do ST

● Em caso de oclusões subtotais ou em


situações de desbalanço de oferta-demanda
● Isquemia confinada ao endocárdio
● Não identifica artéria culpada

4ª definição universal de infarto:


- >/ 0,5mm em derivações contíguas

COLOCAR AQUI FIGURA 12


Lesão transmural:
Supradesnivelamento do ST

● Em caso de oclusões agudas totais, com


necessidade urgente de revascularização
● Isquemia tanto de endocárdio quanto de
epicárdio: transmural
● É elevação do ponto J, ao fim do complexo
QRS

4ª definição universal de infarto:


- >/ 1mm em duas derivações contíguas, exceto
V2 e V3 que variam com sexo e idade
a) Homens < 40 anos: >/ 2,5mm
b) Homens > 40 anos: >/ 2mm
c) Mulheres: >/ 1,5mm
Lesão transmural:
Supradesnivelamento do ST
Lesão transmural:
Supradesnivelamento do ST

LESÃO TRANSMURAL EM PAREDE ANTERIOR


EXTENSA – SUGESTIVO DE DA PROXIMAL
Lesões recíprocas ou em espelho
● Supra de ST causando infra de ST em
derivação oposta
● Sempre que isso acontecer, o supra é o
“verdadeiro” infarto e o infra é a imagem em
espelho

Área do infarto Alterações Alterações


indicativas recíprocas
Anterior V1-V4 D2, D3 e aVF
Inferior D2, D3 e aVF D1 e aVL
Lateral D1, aVL, V5, V6, V1 e V2
V7 e V8
Lesões recíprocas ou em espelho
Lesões recíprocas ou em espelho

INFRA EM D3 É RECÍPROCO AO SUPRA DE D1 E


aVL
Lesões recíprocas ou em espelho

INFRA EM V1 E V2 (até V3 e V4) – PENSAR


OBRIGATORIAMENTE EM POSSIBILIDADE DE
SUPRA DE PAREDE LATERAL E RODAR V7, V8 E
V9
Infarto de VD
● Pensar nessa possibilidade em caso de supra
de parede inferior (25%)
● Em caso de oclusão proximal da CD, com
supra de ST em V1, V3r e V4r
Infarto de VD
Padrão de sofrimento crônico:
Onda T invertida

● Premissa que T invertida expressa isquemia


em curso carece de acurácia
● Em SCA, a T invertida é uma alteração pós
isquêmica, tipicamente ocorre após a
elevação do segmento ST
● Denota sofrimento coronariano crônico
● Apresenta correlação com o edema
miocárdico
Padrão de sofrimento crônico:
Onda T invertida

● Premissa que T invertida expressa isquemia


em curso carece de acurácia
● Em SCA, a T invertida é uma alteração pós
isquêmica, tipicamente ocorre após a
elevação do segmento ST
● Denota sofrimento coronariano crônica
● Apresenta correlação com o edema
miocárdico
Padrão de sofrimento crônico:
Onda T invertida

● Premissa que T invertida expressa isquemia


em curso carece de acurácia
● Em SCA, a T invertida é uma alteração pós
isquêmica, tipicamente ocorre após a
elevação do segmento ST
● Denota sofrimento coronariano crônica
● Apresenta correlação com o edema
miocárdico
Situações sem supra de ST que
denotam gravidade:
Infra difuso + supra de aVR
● Deve ser encarado como lesão suboclusiva
de TCE ou tri-arterial ou DA proximal
● Caso dramático que requer urgência
● “Isquemia circunferencial”
Situações sem supra de ST que
denotam gravidade:
Infra difuso + supra de aVR
● Deve ser encarado como lesão suboclusiva
de TCE ou tri-arterial ou DA proximal
● Caso dramático que requer urgência
● “Isquemia circunferencial”

COLOCAR FIGURA 43
Situações sem supra de ST que
denotam gravidade:
Infra isolado de V1 a V2 até V4
● Pode significar lesão oclusiva de Cx
● Mandatório pedir derivações V7, V8 e V9 a
fim de encontrar supra de parede lateral
Situações sem supra de ST que
denotam gravidade:
Padrão de De Winter
● Significa oclusão aguda de DA
● Infra de ST de 1 a 3mm em qualquer
derivação de V1 a V6 + onda T alta, positiva e
simétrica
● Equivalente de supra! Deve ser encaminhado
imediatamente para reperfusão!
Situações sem supra de ST que
denotam gravidade:
Padrão de De Winter
Situações sem supra de ST que
denotam gravidade:
Síndrome de Wellens
● Significa lesão suboclusiva de DA
● Grande área de miocárdio em risco

Tipo A:
- supra discreto < 1mm em parede ânterosseptal
seguido de uma T “plus-minus”

Tipo B:
- infra < 0,5mm em parede ânterosseptal +
segmento ST convexo + T invertida profunda e
simétrica
Situações sem supra de ST que
denotam gravidade:
Síndrome de Wellens
● Significa lesão suboclusiva de DA
● Grande área de miocárdio em risco

Tipo A:
- supra discreto < 1mm em V2 e V3 seguido de
uma T “plus-minus”

Tipo B:
- infra < 0,5mm em V4, V5 e/ou V6 + segmento ST
convexo + T invertida profunda e simétrica
Situações sem supra de ST que
denotam gravidade:
Síndrome de Wellens
● Significa lesão suboclusiva de DA
● Grande área de miocárdio em risco

Tipo A:
- supra discreto < 1mm em V2 e V3 seguido de
uma T “plus-minus”

Tipo B:
- infra < 0,5mm em V4, V5 e/ou V6 + segmento ST
convexo + T invertida profunda e simétrica
Corrente de necrose e zonas
inativas:
Ondas q
● Segue as mesmas regras de topografia do
supra do segmento ST
● Indica área eletricamente inativa
03
No plantão...
Passo 1:
Anamnese com
características da dor e
exame físico bem feito!
Passo 2:
O ECG do paciente tem
supra?
Supra: ≥ 1 mm em qualquer derivação,
exceto V2 e V3 que dependem do sexo e
idade: * ≥ 2,5 (H<40a), * ≥ 2,0 (H>40a), * ≥
1,5 (M).
Tem que aparecer em pelo menos duas
derivações da mesma parede.
Passo 3:
Se não tem supra, tem
equivalentes?
Passo 3:
Se não tem supra, tem
equivalentes?
Passo 4:
Se sim para uma das
perguntas anteriores,
reperfusão imediata!!!
“Estudar doenças sem livros é
navegar num mar sem
bússola, enquanto estudar
livros sem doentes é não ir ao
mar.”

LIGA ACADÊMICA DE CARDIOLOGIA


CURSO DE ECG 2023 – LAC FURG

Obrigada!

LIGA ACADÊMICA DE CARDIOLOGIA

Você também pode gostar