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ROTEIRO PARA A PROVA PRÁTICA DE URGÊNCIA E EMERGÊNCIA

EMERGÊNCIAS HIPERTENSIVAS

Na chegada de um paciente com pico hipertensivo, em geral valores acima de


180x120mmHg, o passo inicial mais importante é determinar qual o tipo do caso:

Pseudocrise hipertensiva: paciente não hipertenso apresentando quadro de estresse


físico e/ou emocional. Como a elevação da PA é ocasionada por fatores diversos, o
foco do tratamento também deve ser esse: uso de benzodiazepínicos, analgésicos e
sintomáticos em geral conforme quadro clínico.

Urgência Hipertensiva: paciente hipertenso apresentando um descontrole


pressórico importante. É o paciente que não faz um tratamento correto e apresentou
um fator desencadeante para o pico hipertensivo: estresse, processo infeccioso,
consumo excessivo de sal, entre outros. O mais importante nesses casos é orientar
um tratamento ambulatorial para a correção pressórica no longo prazo. Se avaliar que
a redução pressórica no Pronto Socorro é bené ca para o paciente, pre ra a
utilização de anti-hipertensivo oral.

Emergência Hipertensiva: casos graves em que o aumento pressórico está


relacionado a uma lesão de órgão-alvo. O tratamento será especí co para cada
situação e é fundamental conhecer diagnósticos que se enquadram em emergências
hipertensivas, bem como os principais sinais e sintomas relacionados.

• Síndrome coronariana aguda


• Acidente vascular encefálico
• Dissecção aguda de aorta
• Pré-eclâmpsia
• Encefalopatia hipertensiva
• Edema agudo de pulmão
• Hemorragia subaracnoidea

A partir do diagnóstico de nido, é preciso escolher o medicamento correto a ser


administrado e conhecer a meta pressórica que precisa ser atingida.

Medicações orais: Captopril, Hidralazina, Clonidina. Serão utilizados principalmente


em casos de urgência hipertensiva ou em casos de emergência hipertensiva em que
não seja necessário reduzir a pressão arterial para valores inferiores a PAS 160mmHg
na primeira hora. Entenda aqui que o efeito é lento se comparado às drogas venosas.

Medicações venosas: ambos os exemplos pertencem à classe dos Nitratos.


• Nitroprussiato de sódio - a droga mais potente para a redução pressórica. É
necessário monitorizar o paciente com PA invasiva para administrar o medicamento.
• Nitroglicerina - também muito potente. Possível de ser utilizada sem a PA invasiva,
por isso costuma ser mais frequente nos hospitais.

As metas pressóricas clássicas para o manejo das principais Emergências Hipertensivas


são descritas a seguir. Todas as metas são para a primeira hora de tratamento:

• PAS < 120mmHg - Dissecção Aguda de Aorta


• PAS < 140mmHg - AVE hemorrágico, Pré-eclâmpsia, Síndrome Coronariana Aguda
• PAS < 160mmHg - Hemorragia Subaracnoidea
• No caso de AVE isquêmico: se for trombolizar, manter PA < 180/110. Se a trombólise
não estiver indicada, manter PA < 220/120.
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