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Angustia Diabetes
Angustia Diabetes
seguido de descrença.
É comum negarmos a realidade que nos ameaça. Agimos como se a doença não
existisse ou minimizamos a sua gravidade, adiando as providências e os cuidados
necessários.
Negação
A negação diante do diagnóstico pode fazer com que a pessoa se recuse a tomar as
primeiras medidas para gerenciar a doença. Reconhecer que o diabetes terá um papel
importante na sua vida é um passo fundamental para aceitar essa condição e viver de
forma saudável com ela.
O medo em relação ao que ‘vai acontecer’ geralmente está associado com a falta de
informação. Essa sensação geralmente diminui com o tempo, na medida em que você
aprende mais sobre o diabetes, compreende que muita coisa pode ser feita para evitar as
complicações e passa a exercer mais controle sobre sua saúde.
Tristeza
“Minha vida mudou para sempre,
nada será como antes”. Uma frase como essa pode indicar um desânimo. A boa notícia é
que por mais difícil que pareça, isso pode ser superado. Conversar com outras pessoas
que têm diabetes pode aliviar essa sensação. A equipe multidisciplinar, sua família e
seus amigos também são bons parceiros nessa situação. Sentir-se triste, às vezes, é
normal. Entretanto, é preciso observar se a tristeza se tornou constante na sua vida. A
depressão é duas vezes mais comum entre as pessoas com diabetes. Se você tem
experimentado dificuldade para dormir, está sempre cansado, evita tomar decisões e
sente-se sem esperança ou desamparado, converse com a sua família e seu médico. Há
tratamento com remédios e com psicoterapia com ótimos resultados.
Raiva
Eventos que não queremos, que não esperávamos e que não merecemos geram raiva. É
natural a pessoa sentir raiva quando recebe o diagnóstico de diabetes. O problema da
raiva está no exagero e na constância da revolta que pode assumir a forma de
hostilidade.
Uma das razões que fazem com que o diabetes seja um terreno fértil para a raiva é que a
doença pode fazer com que você se sinta ameaçado, cercado de perigos – reações aos
medicamentos, complicações – e isso faz com que você odeie o diabetes. E, se você
odeia, não quer nem saber daquele assunto, certo? Errado. É possível aprender a usar
essa raiva no controle do diabetes.
Quanto menos você controlar o diabetes, mais sua raiva poderá crescer. Em vez
disso:
1. Identifique o que está causando a raiva e como isso está afetando a sua vida,
mantendo um registro.
2. Todas as noites, revise o dia e os momentos em que ficou com raiva. Pense o
que você fez a respeito e anote.
3. Depois de algumas semanas, revise essas anotações e procure padrões – são
as situações sociais que incomodam? O uso de medicamentos?
4. Mude os pensamentos e atitudes que alimentam a raiva. Se você estiver se
sentindo tenso, falando mais alto ou mais rápido, acalme-se. Aprenda a
relaxar. Fale mais devagar, respire mais devagar, beba um gole de água,
sente-se, fique um pouco em silêncio. O sentimento de raiva não vai embora,
mas você o controla.
5. Faça com que a raiva trabalhe para você. O diário pode ajudar nisso. Com o
que não estou conseguindo lidar? Quanto mais você compreender sua raiva,
mais ela poderá ser um fator de crescimento e mudança no sentido de cuidar
de você mesmo. Veja o exemplo do Steve Richert, escalador e fotógrafo que
faz ótimo controle de seu diabetes. Clique aqui para entender o que ele fez
com a notícia de que a vida dele não seria mais a mesma!
Depressão
A depressão está associada ao pobre controle glicêmico que é a maior causa das
complicações do diabetes.
Ansiedade
Metas, metas, metas. Parece fácil estabelecer metas. Sabemos que não é. O segredo
pode estar em estabelecer pequenos objetivos de cada vez, e de forma bem clara. Se
você estabelecer intenções vagas, ou fora da realidade – por exemplo, perder muito peso
em pouco tempo – pode ficar frustrado.
Sucesso não é apenas alcançar a meta final.Qualquer pequeno progresso deve ser
considerado um sucesso. Você não pode controlar tudo na vida, mas pode tirar o
máximo proveito de todas as oportunidades.
A angústia do diabetes
Não é ‘só’ stress, não é ‘só’ preocupação, não é ‘só’ ansiedade. Não é depressão. Checar
as taxas de glicemia, tomar a medicação, injetar insulina, contar carboidratos, atingir as
metas na academia ou na corrida, aprender a cozinhar refeições mais saudáveis: uma
lista extensa, que pode parecer sufocante, esmagadora. Essa sensação ganhou,
recentemente, um nome: angústia do diabetes. Os médicos ainda estão tentando definir
melhor essa complicação, mas já sabem de uma coisa: ela pode arrastar-se por meses e
anos, drenando sua energia. Logo, precisa de atenção.
Essas emoções podem estar relacionadas, por exemplo, ao medo de não conseguir
tratamento adequado, ao fato de se sentir doente e à sensação de que as outras pessoas
não compreendem o diabetes. De acordo com o pesquisador, que acompanhou pacientes
durante um ano e meio, cerca de um terço apresentava esse quadro.
Chega!
Para muitas pessoas, a angústia do diabetes não exige tratamento específico. Um passo
de cada vez pode ser a solução. Começar na academia e com o novo cardápio ao mesmo
tempo pode ser demais logo no primeiro mês. Conversar, procurar psicoterapia e
estabelecer metas também são medidas bem eficazes.
Metas, metas, metas. Parece fácil estabelecer metas. Sabemos que não é. O segredo
pode estar em estabelecer pequenos objetivos de cada vez, e de forma bem clara. Se
você estabelecer intenções vagas, ou fora da realidade – perder muito peso em pouco
tempo, por exemplo – pode cair em angústia constante, frustração e tristeza.
Sucesso é qualquer progresso. Sucesso não é apenas alcançar a meta final. Você não
pode controlar tudo na vida, mas pode tirar o máximo proveito de todas as
oportunidades.