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Strauss
Tudo que se detectava no mundo primitivo, tinha seu correspondente no mundo dito
moderno. Neste sentido, a idéia de culturas superiores, mais desenvolvidas e menos
desenvolvidas foi duramente criticada por Strauss.
Geertz
Contribuiu para uma forma menos autoritária e superior de lidar com os sujeitos e
culturais que nos propomos pesquisar.
Devemos procurar descrever o mundo do ponto de vista do nativo. Todos nos somos
nativos. Crítica a autoridade etnográfica.
Acreditava que o antropólogo deveria escrever junto ao sujeito de estudo sobre sua
cultura.
Neste sentido, Geertz nos alerta sobre os perigos que envolvem o processo de
tradução de uma cultura. Toda tradução distorce em algum ponto o que está sendo
traduzido, justamente pela impossibilidade do pensamento (ou seja, o que a gente
constrói mentalmente) não ser idêntico a realidade que lhe é exterior, ou a mensagem
que a gente externiza.
Cultura
Ser humano pode estar tão envolvido com onde ele está, quem ele é e no que ele
acredita, que é inseparável deles – Geertz;
Essa afirmação é uma crítica a idéia do ser humano independente de seu tempo, lugar
e circunstância, de um indivíduo uniforme – Critica a idéia de ser humano separado de
seu espaço social, do que ele representa e de suas crenças ou visão de mundo.
Mais uma vez a noção de que é a diferença que faz e dá sentido as coisas e as nossas
relações.
Em toda parte onde se manifesta uma regra podemos ter certeza de estarmos numa
etapa da cultura.
Natureza
Ou seja, é na condição idealizada (ou seja, por que é algo impossível ao nível das
relações sociais) de ausência de regras e de padrões de comportamento, que podemos
distinguir o que consideramos como natural e cultural.
Não dirigido por padrões culturais, o comportamento humano seria um simples caos
de atos sem sentido. Sua experiência não teria praticamente qualquer forma –
Geertz;
Para Geertz, cultura é o estabelecimento de mecanismos de controle
Natureza e cultura
Os nossos diversos modos de lidar uns com os outros foi e é decisivo no processo de
modificação e reconfiguração de nosso sistema nervoso central. Nesse sentido, bio-
psiquico-culturais. A cultura nos modelou como espécie única – Geertz;
É extremamente difícil traçar uma linha entre o que é universal (natureza) e o que é
convencional (cultura) – Geertz;
O ser humano é um ser biológico, ao mesmo tempo que um indivíduo social – Strauss
Lógica binária - a existência de cada termo supõe a de outro que lhe é oposto. É nesta
diferenciação que surge a definição de cada termo, em uma relação infinita de
classificação.
De acordo com Strauss, natureza de cultura não estão separadas. Porém pode-se
estabelecer distinções entre estes aspectos.
De acordo com Geertz, o que separa, diferencia os seres considerados humanos dos
animais ou proto-homens, não é, aparentemente a forma corpórea total, mas a
complexidade da organização nervosa, neural. E essa organização neural não poderia
ter chegado ao o que ela é hoje, somente através de processos biológicos, mas
também culturais, aspectos estes inseparáveis.
São nas particularidades culturais dos povos, que encontradas algumas das
revelações mais instrutivas sobre o que é ser genericamente humano. Neste sentido,
a antropologia como ciência pode contribuir para o conceito de ser humano,
mostrando como refletir ou como procurar pistas significativas sobre esse ser –
Geertz;
Para Geertz, o que os seres humanos são, acima de tudo, é variado. Por que ser
humano não é ser qualquer indivíduo/pessoa - é ser uma espécie particular de
indivíduo.