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Altruísmo/Ajuda

 Conceito de Altruísmo
 Quando ajudamos?
 Quem ajudamos?
 Como podemos aumentar a ajuda?
 Por que e quando as pessoas ajudam?
 Quem ajuda?
 O que pode ser feito para diminuir a indiferença e aumentar a ajuda?

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I. CONCEITO

O altruísmo é o egoísmo no sentido inverso. Uma pessoa altruísta é interessada e


prestativa mesmo quando não são oferecidos ou não se esperam benefícios em troca. Uma
pessoa altruísta e alguém compassivo e motivado a doar tempo, energia e dinheiro a um
estranho, sem esperar devolução nem apreciação.

II. POR QUE AJUDAMOS ( OU QUE PODE MOTIVAR A AJUDA) ?

1. INTERCÂMBIO SOCIAL E NORMAS SOCIAIS


Várias teorias sobre a ajuda concordam que a ajuda beneficia a quem dá, bem como a
quem recebe. As intenções humanas são guiadas pela economia social, não só são
trocados bens materiais e dinheiro, mas também bens socias como amor, serviços e
informações. Com isso temos o objetivo de minimizar custos e maximizar recompensas.

 Gratificações
As recompensas que motivam a ajuda podem ser externas ou internas.

Quando as empresas doam dinheiro para melhorar sua imagem corporativa ou quando
alguém oferece uma carona com a esperança de receber apreciação ou amizade, a
gratificação é externa. Nós damos para receber, ficamos ansiosos para ajudar alguém que
cuja aprovação queremos (Krebs, 1970; Unger, 1979). Na vida cotidiana, a generosidade
pública potencializa o status da pessoa, enquanto que o comportamento egoísta leva à
punição (Hardy & Van Vugt, 2006; Henrich et al., 2006).

As recompensas também podem ser internas. Ajudar também eleva a nossa autoestima.
Quase todos os doadores de sangue na pesquisa de Jane Piliavin concordaram que doar
sangue “faz você se sentir bem consigo mesmo” e “lhe dá um sentimento de
autossatisfação”. Quem faz o bem tende a se sair bem.

O mesmo se aplica a dar dinheiro. Fazer doações activa áreas cerebrais ligadas à
gratificação (Harbaugh et al., 2007). Pessoas generosas são mais felizes do que aquelas
cujas despesas são autocentradas.

 Recompensas Internas
Os benefícios de ajudar incluem auto gratificações internas. Perto de alguém
incomodado, podemos nos sentir incomodados. O incômodo não é a única emoção
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negativa que nossa ação visa reduzir. Ao longo da história registrada, a culpa tem sido
uma emoção dolorosa, tão dolorosa que agimos de forma a evitar sentimentos de culpa.

As culturas institucionalizaram maneiras de aliviar a culpa: sacrifícios animais e


humanos, ofertas de grãos e dinheiro, comportamento penitente, confissão, negação. Na
antiga Israel, os pecados das pessoas eram periodicamente transferidos a um animal que
servia de “bode expiatório”, o qual era levado para o deserto para afastar a culpa das
pessoas. Temos mais probabilidades de nos redimir com comportamento prestativo
quando as pessoas sabem sobre nossos erros (Carlsmith & Gross, 1969). A culpa gera
muitas coisas boas, motiva as pessoas a confessar, pedir desculpas, ajudar e evitar danos
repetidos, ela reforça a sensibilidade e sustenta as relações próximas.

 Excepções ao cenário “sentir-se mal, fazer o bem”


Entre adultos bem socializados, nem sempre devemos esperar encontrar o fenômeno
“sentir-se mal, fazer o bem”, o humor negativo, a raiva, não produz além da compaixão.
As pessoas que sofrem a perda de um cônjuge ou um filho, por morte ou separação,
muitas vezes passam por um período de intensa preocupação consigo mesmas, que
restringe sua doação a outros (Aderman & Berkowitz, 1983; Gibbons & Wicklund, 1982).

 Sentir-se bem fazer o bem


As pessoas felizes são prestativas, esse efeito ocorre com crianças e adultos,
independentemente de o bom humor vir de um sucesso, de ter pensamentos felizes ou
de qualquer uma entre várias outras experiências positivas (Salovey et al., 1991). Ajudar
suaviza um humor ruim e preserva um humor bom. (Talvez você se lembre de se sentir
bem depois de dar informações a alguém) Um humor positivo, por sua vez, conduz a
pensamentos positivos e autoestima positiva, o que nos predispõe ao comportamento
positivo (Berkowitz, 1987; Cunningham et al., 1990; Isen et al., 1978).

2. NORMAS SOCIAIS

As normas, os deveres de nossas vidas, são expectativas sociais. Elas prescrevem o


comportamento adequado. Existem duas normas sociais que motivam o altruísmo: a
norma da reciprocidade e a norma da responsabilidade social.

 Norma da reciprocidade

Esta teoria defende que o que realmente impulsiona o comportamento altruísta é a


expectativa de que a ajuda fornecida subsequentemente gere um comportamento

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equivalente no auxiliado, de modo que , a longo prazo, as chances de sobrevivência em
situações onde Os recursos em si podem não ser suficientes.
Da mesma forma, quem recebe o auxílio se beneficia dele e, ao mesmo tempo, tende a se
sentir em dívida com o outro . Também aumenta e favorece a possibilidade de interação
entre os dois indivíduos, algo que favorece a socialização entre sujeitos não relacionados.
Você tem a sensação de se sentir em dívida.
Quando não têm como retribuir, as pessoas podem se sentir ameaçadas e humilhadas por
aceitar ajuda. Portanto, pessoas orgulhosas, de elevada autoestima, costumam relutar em
procurar ajuda (Nadler & Fisher, 1986). Receber ajuda não solicitada pode rebaixar a
autoestima de alguém (Schneider et al., 1996; Shell & Eisenberg, 1992).

 Norma da responsabilidade social


É a crença de que as pessoas devem ajudar a quem precisa de ajuda, sem levar em conta
interações futuras (Berkowitz, 1972; Schwartz, 1975). A norma motiva as pessoas a juntar
um livro que caiu para alcançá-lo a uma pessoa de muletas, por exemplo. A norma da
responsabilidade social nos obriga a ajudar os mais necessitados e os mais merecedores.

 Gênero e receber ajuda


Comparativamente a mulheres os homens tendem a oferecer mais ajuda quando as
pessoas em necessidade são mulheres. Vários experimentos na década de 1970
descobriram que as mulheres com problemas no carro (p. ex., um pneu furado) recebiam
muito mais ofertas de ajuda do que os homens (Penner et al., 1973; Pomazal & Clore,
1973; West et al., 1975). As mulheres não só recebem mais ofertas de ajuda em
determinadas situações, mas também buscam mais ajuda (Addis & Mahalik, 2003). Elas
têm duas vezes mais probabilidades de procurar ajuda médica e psiquiátrica.

3. PSICOLOGIA EVOLUCIONISTA
Outra explicação para a ajuda vem da teoria evolucionista. A psicologia evolucionista
afirma que a essência da vida é a sobrevivência dos genes. Nossos genes nos conduzem
de formas adaptativas que maximizaram suas chances de sobrevivência. Quando os
nossos antepassados morreram, seus genes continuaram a viver, predispondo-nos a nos
comportar de maneiras que os espalhassem no futuro.

 Proteção por parentesco


Nossos genes nos predispõem a cuidar de parentes. Assim, uma forma de autossacrifício
que aumentaria a sobrevivência dos genes é a devoção aos próprios filhos. Comparados
com pais negligentes, os que colocam o bem-estar dos filhos à frente do seu têm mais
probabilidades de transmitir seus genes.

 Reciprocidade

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O interesse próprio genético também prediz a reciprocidade. Um organismo ajuda o
outro, porque espera ajuda em troca. A reciprocidade funciona melhor em pequenos
grupos isolados, grupos em que se encontram com frequência as pessoas a quem se faz
favores. Pequenas escolas, cidades, igrejas, equipes de trabalho e alojamentos são
favoráveis a um espírito de comunidade em que as pessoas cuidam umas das outras.

ALTRUÍSMO GENUÍNO

Todavia existe o enetendimento de que nossa disposição de ajudar é influenciada por


considerações de interesse próprio e desinteressadas. O incômodo pelo sofrimento de
alguém nos motiva a aliviar essa sensação, seja escapando à situação desconfortável
(como o sacerdote e o levita) ou ajudando (como o samaritano).

Quando sentimos empatia, não nos concentramos tanto em nosso próprio sofrimento,
mas no do sofredor. A solidariedade e a compaixão verdadeiras nos motivam a ajudar os
outros por seu próprio bem. Quando valorizamos o bem-estar de outra pessoa,
percebemos que ela está necessitada e assumimos sua perspectiva, sentimos interesse
empático (Batson et al., 2007).

Nos seres humanos, a empatia vem naturalmente. Mesmo bebês com dias de vida
choram mais quando ouvem o choro de outro bebê (Hoffman, 1981).

Todos concordam que alguns actos prestativos são obviamente egoístas (feitos para obter
gratificações externas ou evitar punição) ou sutilmente egoístas (para obter gratificações
internas ou aliviar o incômodo interior).

Existe um terceiro tipo de prestatividade – um verdadeiro altruísmo voltado apenas a


melhorar o bem-estar dos outros (produzindo felicidade para si simplesmente como um
subproduto)? A ajuda baseada em empatia é fonte desse altruísmo? Cialdini (1991) e
colaboradores Mark Schaller e Jim Fultz colocaram isso em dúvida. Mas outras
conclusões sugerem que o altruísmo verdadeiro existe: com sua empatia provocada, as
pessoas ajudam mesmo quando acreditam que ninguém vai saber sobre essa ajuda.

4. Os benefícios – e os custos – do altruísmo induzido por empatia

O altruísmo induzido por empatia

 Produz ajuda sensível - é aliviar o sofrimento do outro.


 Inibe a agressão - alguém que tem as mesmas probabilidades de perdoar e de
conter a raiva.
 Aumenta a cooperação - Personalizar um exogrupo, conhecer quem faz parte dele,
ajuda as pessoas a entenderem sua perspectiva.

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 melhora atitudes em relação a grupos estigmatizados - Assuma a perspectiva de
outras pessoas, permita-se sentir o que elas sentem, e você poderá se tornar mais
favorável a outras como elas.

Mas o altruísmo induzido por empatia vem com responsabilidades, observa o grupo de
Batson

 pode ser prejudicial - As pessoas que arriscam a vida em nome de outras às vezes
a perdem.
 não tem como suprir todas as necessidades. É mais fácil sentir empatia por um
indivíduo necessitado do que, digamos, pela Mãe Terra.
 pode gerar esgotamento. Sentir a dor dos outros é doloroso, o que pode nos levar
a evitar situações que evoquem nossa empatia ou a burnout ou “fadiga da
compaixão”.
 Pode alimentar o favorecimento, a injustiça e a indiferença em relação ao bem
comum maior. A empatia, sendo particular, gera parcialidade – em relação a um
filho único ou animal de estimação

III. QUANDO AJUDAMOS?

 Número de espectadores

Os psicólogos sociais Bibb Latané e John Darley (1970) concluíram que um único factor:
a presença de outros espectadores na situação reduz consideravelmente a intervenção.

Com o surgimento da comunicação pela internet, as pessoas são mais propensas a


responder de forma prestativa a um pedido de ajuda (p. ex., de alguém que procura o
link da biblioteca da faculdade) se acreditam que só elas receberam o pedido (e não várias
outras) (Blair et al., 2005).

 Observação
Num experimento que consistia numa encenação de emergência: uma fumaça saiu de um
respiradouro na parede da sala. Estudantes solitários, que muitas vezes olhavam para a
sala enquanto, sem nada fazer, perceberam a fumaça quase que imediatamente – em geral
em menos de cinco segundos. Os que estavam em grupo mantiveram os olhos na tarefa
(prenhe um questionário), geralmente levaram 20 segundos para notar a fumaça.

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 Interpretação
Cada pessoa usa o comportamento dos outros como sinal para a realidade. Essas
interpretações equivocadas podem contribuir para uma reação tardia a incêndios reais
em escritórios, restaurantes e outros ambientes de ocupação coletiva (Canter et al., 1980).

As interpretações equivocadas são alimentadas pelo que Thomas Gilovich, Kenneth


Savitsky e Victoria Husted Medvec (1998) chamam de ilusão de transparência – uma
tendência a superestimar a capacidade dos outros de “ler” nossos estados internos. (Veja
Exame da Pesquisa no Capítulo 2.) Nos experimentos deles, pessoas que enfrentavam
uma suposta emergência pressupunham que sua preocupação era mais visível do que
realmente era. Mais do que costumamos supor, nossa preocupação ou nosso alarme são
opacos. Assim aconteceu no experimento de Latané e Darley. Ninguém disse “fogo”. Os
membros do grupo, ao servirem como modelos não reactivos, influenciaram as
interpretações uns dos outros sobre a situação.

 Assunção da responsabilidade
Poucos de nós já assistiram a um assassinato, mas todos, por vezes, demoramos a reagir
a uma necessidade quando há outros presentes. Passando por um motorista com
problemas em uma rodovia movimentada, é menos provável que ofereçamos ajuda do
que em uma estrada secundária.

Os moradores de zonas urbanas raramente estão sozinhos em locais públicos, o que ajuda
a explicar por que as pessoas da cidade muitas vezes são menos prestativas do que as do
interior. A “fadiga da compaixão” e a “sobrecarga sensorial” por encontrar tantas pessoas
necessitadas restringem ainda mais a ajuda nas grandes cidades de todo o mundo (Levine
et al., 1994; Yousif & Korte, 1995).

AJUDAR QUANDO ALGUÉM MAIS O FAZ


A evidência é clara: os modelos pró-sociais promovem o altruísmo. Alguns exemplos: •
James Bryan e Mary Ann Test (1967) concluíram que motoristas de Los Angeles eram
mais propensos a oferecer ajuda a uma motorista com um pneu furado se tivessem visto
alguém ajudando outra mulher a trocar um pneu 400 metros antes.

• Em outro experimento, Bryan e Test observaram que pessoas fazendo compras de


Natal em Nova Jersey tinham maior probabilidade de colocar dinheiro em uma cestinha
do Exército da Salvação se tivessem acabado de ver alguém fazer o mesmo.

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• Philippe Rushton e Anne Campbell (1977) encontraram adultos britânicos mais
dispostos a doar sangue se fossem abordados depois de observar um membro da equipe
de pesquisa disfarçado dando seu consentimento para a doação.

PRESSÕES DO TEMPO

Uma pessoa que não tem pressa pode parar e oferecer ajuda a uma pessoa com
problemas; alguém com pressa provavelmente seguirá adiante. Para aquele que não pode
parar para ajudar, apenas ilustra o facto estudado na psicologia social de que o
comportamento frequentemente é mais influenciado pelo contexto do que pela
convicção.

SEMELHANÇA

Como a semelhança faz gostar, e gostar faz ajudar, somos mais empáticos e prestativos
com quem é semelhante a nós (Miller et al., 2001). O viés da semelhança se aplica tanto a
roupas quanto a crenças. As pessoas tende a ser mais generosos quando o rosto retratado
do outro individuo tem algumas características do seu próprio rosto.

IV. QUEM AJUDAMOS?

TRAÇOS DE PERSONALIDADE
Não existem estudos conclusivos sobre o traço de personalidade que predissesse a ajuda
em um nível próximo do poder preditivo da culpa, da situação e dos fatores relacionados
a humor. Foram encontradas relações modestas entre ajuda e certas variáveis de
personalidade, como a necessidade de aprovação social, mas, em geral, os testes de
personalidade foram incapazes de identificar quem ajuda.

GÊNERO
Diante de situações potencialmente perigosas em que estranhos precisam de ajuda (como
um pneu furado ou uma queda no metrô), mais homens ajudam. (Eagly e Crowley
também relatam que, entre 6.767 indivíduos que receberam a medalha Carnegie de
heroísmo por salvar vidas humanas, 90% eram homens.) Em situações mais seguras,
como oferecer ajuda com um experimento ou passar um tempo com crianças que têm
problemas de desenvolvimento, as mulheres são ligeiramente mais propensas a ajudar.

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FÉ RELIGIOSA
Em estudos com estudantes universitários e o público em geral, os que estavam
religiosamente comprometidos informaram contribuir com mais horas de voluntariado –
como tutores, trabalhando em emergências e em campanhas por justiça social – do que
os que não tinham compromisso religioso (Benson et al., 1980; Hansen et al., 1995; Penner,
2002). A fé religiosa prediz o altruísmo de longo prazo, refletido no voluntariado e nas
contribuições à caridade.

V. COMO PODEMOS AUMENTAR A AJUDA?

 Reduzir a ambiguidade, aumentar a responsabilidade


Uma maneira de promover o altruísmo é inverter os fatores que a inibem, a ajuda deveria
aumentar se conseguirmos levar as pessoas a interpretar um incidente corretamente e
assumir a responsabilidade. Presenciar um crime e assumir a responsabilidade de
denuncia-lo, aumentam em muito o numero de denuncias.

 Culpa e preocupação com autoimagem


As pessoas que se sentem culpadas agem para reduzir a culpa e restaurar a autoestima.
Pessoas que se sentem culpadas são pessoas prestativas. Rotular as pessoas de prestativas
também pode fortalecer uma autoimagem de prestatividade. Robert Kraut (1973) disse a
algumas mulheres de Connecticut, depois de elas terem feito contribuições à caridade:
“Você é uma pessoa generosa”. Duas semanas depois, essas mulheres estavam mais
dispostas do que as que não foram rotuladas a contribuir para uma instituição de
caridade diferente.

 Socialização do altruísmo
As cinco maneiras de como aprender o altruísmo:

1. Ensinar inclusão moral


A exclusão moral descreve aqueles de nós que concentram preocupações, favores e
herança financeira sobre “nossa gente” (p. ex., nossos filhos) e exclui os outros. Também
descreve restrições na empatia do público em relação aos custos humanos da guerra.

Um primeiro passo para a socialização do altruísmo, portanto, é contrariar o viés endo-


grupal natural que favorece a família e a tribo, personalizando e ampliando o leque de
pessoas cujo bem-estar deve nos preocupar. Daniel Batson (1983) observa como os
ensinamentos religiosos fazem isso. Eles ampliam o alcance do altruísmo ligado a
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familiares ao exortar o amor “fraterno” para com todos os “filhos de Deus” em toda a
“família” humana. Se todos fazem parte da nossa família, todo mundo tem um direito
moral sobre nós, e as fronteiras entre “nós” e “eles” desaparecem.

2. Modelos de altruísmo

Os efeitos dos modelos ficaram visíveis dentro das famílias de cristãos europeus que
arriscaram a vida para salvar judeus e em ativistas norte-americanos dos direitos civis.
Esses altruístas excepcionais geralmente informaram ter relações estreitas e carinhosas
com pelo menos um dos pais que era, igualmente, um forte “moralista” ou comprometido
com causas humanitárias (London, 1970; Oliner & Oliner, 1988; Rosenhan, 1970). Os
modelos pró-sociais da TV já tiveram efeitos até mais intensos do que os modelos
antissociais.

3. Aprender fazendo

Assim como o comportamento imoral alimenta atitudes imorais, a ajuda aumenta ajudas
futuras. Ações prestativas, portanto, promovem a auto-percepção de que se é generoso e
prestativo, o que, por sua vez, promove mais ajuda.

4. Atribuição do comportamento prestativo a motivos altruístas

Quando a justificativa para um acto é mais do que suficiente, a pessoa pode atribuir esse
ato à justificação extrínseca, em vez de a um motivo interior.

Portanto, gratificar as pessoas por fazerem o que fariam de qualquer forma prejudica a
motivação intrínseca. Podemos enunciar o princípio positivamente: dando às pessoas
uma justificação apenas suficiente para gerar uma boa acção (anulando a necessidade de
subornos e ameaças), podemos aumentar o prazer que elas têm de fazer essas ações por
conta própria.

5. Aprender sobre altruísmo

Realização de educação para o altruísmo por exemplo através de palestras para informar
os estudantes sobre como a inacção dos espectadores pode afectar a interpretação de uma
situação de emergência e os sentimentos de responsabilidade.

ATIVIDADE

1. O que leva as pessoas a ajudar? Explique e fundamente com base nas teorias que
vc aprendeu.

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