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Conceito de Altruísmo
Quando ajudamos?
Quem ajudamos?
Como podemos aumentar a ajuda?
Por que e quando as pessoas ajudam?
Quem ajuda?
O que pode ser feito para diminuir a indiferença e aumentar a ajuda?
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I. CONCEITO
Gratificações
As recompensas que motivam a ajuda podem ser externas ou internas.
Quando as empresas doam dinheiro para melhorar sua imagem corporativa ou quando
alguém oferece uma carona com a esperança de receber apreciação ou amizade, a
gratificação é externa. Nós damos para receber, ficamos ansiosos para ajudar alguém que
cuja aprovação queremos (Krebs, 1970; Unger, 1979). Na vida cotidiana, a generosidade
pública potencializa o status da pessoa, enquanto que o comportamento egoísta leva à
punição (Hardy & Van Vugt, 2006; Henrich et al., 2006).
As recompensas também podem ser internas. Ajudar também eleva a nossa autoestima.
Quase todos os doadores de sangue na pesquisa de Jane Piliavin concordaram que doar
sangue “faz você se sentir bem consigo mesmo” e “lhe dá um sentimento de
autossatisfação”. Quem faz o bem tende a se sair bem.
O mesmo se aplica a dar dinheiro. Fazer doações activa áreas cerebrais ligadas à
gratificação (Harbaugh et al., 2007). Pessoas generosas são mais felizes do que aquelas
cujas despesas são autocentradas.
Recompensas Internas
Os benefícios de ajudar incluem auto gratificações internas. Perto de alguém
incomodado, podemos nos sentir incomodados. O incômodo não é a única emoção
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negativa que nossa ação visa reduzir. Ao longo da história registrada, a culpa tem sido
uma emoção dolorosa, tão dolorosa que agimos de forma a evitar sentimentos de culpa.
2. NORMAS SOCIAIS
Norma da reciprocidade
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equivalente no auxiliado, de modo que , a longo prazo, as chances de sobrevivência em
situações onde Os recursos em si podem não ser suficientes.
Da mesma forma, quem recebe o auxílio se beneficia dele e, ao mesmo tempo, tende a se
sentir em dívida com o outro . Também aumenta e favorece a possibilidade de interação
entre os dois indivíduos, algo que favorece a socialização entre sujeitos não relacionados.
Você tem a sensação de se sentir em dívida.
Quando não têm como retribuir, as pessoas podem se sentir ameaçadas e humilhadas por
aceitar ajuda. Portanto, pessoas orgulhosas, de elevada autoestima, costumam relutar em
procurar ajuda (Nadler & Fisher, 1986). Receber ajuda não solicitada pode rebaixar a
autoestima de alguém (Schneider et al., 1996; Shell & Eisenberg, 1992).
3. PSICOLOGIA EVOLUCIONISTA
Outra explicação para a ajuda vem da teoria evolucionista. A psicologia evolucionista
afirma que a essência da vida é a sobrevivência dos genes. Nossos genes nos conduzem
de formas adaptativas que maximizaram suas chances de sobrevivência. Quando os
nossos antepassados morreram, seus genes continuaram a viver, predispondo-nos a nos
comportar de maneiras que os espalhassem no futuro.
Reciprocidade
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O interesse próprio genético também prediz a reciprocidade. Um organismo ajuda o
outro, porque espera ajuda em troca. A reciprocidade funciona melhor em pequenos
grupos isolados, grupos em que se encontram com frequência as pessoas a quem se faz
favores. Pequenas escolas, cidades, igrejas, equipes de trabalho e alojamentos são
favoráveis a um espírito de comunidade em que as pessoas cuidam umas das outras.
ALTRUÍSMO GENUÍNO
Quando sentimos empatia, não nos concentramos tanto em nosso próprio sofrimento,
mas no do sofredor. A solidariedade e a compaixão verdadeiras nos motivam a ajudar os
outros por seu próprio bem. Quando valorizamos o bem-estar de outra pessoa,
percebemos que ela está necessitada e assumimos sua perspectiva, sentimos interesse
empático (Batson et al., 2007).
Nos seres humanos, a empatia vem naturalmente. Mesmo bebês com dias de vida
choram mais quando ouvem o choro de outro bebê (Hoffman, 1981).
Todos concordam que alguns actos prestativos são obviamente egoístas (feitos para obter
gratificações externas ou evitar punição) ou sutilmente egoístas (para obter gratificações
internas ou aliviar o incômodo interior).
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melhora atitudes em relação a grupos estigmatizados - Assuma a perspectiva de
outras pessoas, permita-se sentir o que elas sentem, e você poderá se tornar mais
favorável a outras como elas.
Mas o altruísmo induzido por empatia vem com responsabilidades, observa o grupo de
Batson
pode ser prejudicial - As pessoas que arriscam a vida em nome de outras às vezes
a perdem.
não tem como suprir todas as necessidades. É mais fácil sentir empatia por um
indivíduo necessitado do que, digamos, pela Mãe Terra.
pode gerar esgotamento. Sentir a dor dos outros é doloroso, o que pode nos levar
a evitar situações que evoquem nossa empatia ou a burnout ou “fadiga da
compaixão”.
Pode alimentar o favorecimento, a injustiça e a indiferença em relação ao bem
comum maior. A empatia, sendo particular, gera parcialidade – em relação a um
filho único ou animal de estimação
Número de espectadores
Os psicólogos sociais Bibb Latané e John Darley (1970) concluíram que um único factor:
a presença de outros espectadores na situação reduz consideravelmente a intervenção.
Observação
Num experimento que consistia numa encenação de emergência: uma fumaça saiu de um
respiradouro na parede da sala. Estudantes solitários, que muitas vezes olhavam para a
sala enquanto, sem nada fazer, perceberam a fumaça quase que imediatamente – em geral
em menos de cinco segundos. Os que estavam em grupo mantiveram os olhos na tarefa
(prenhe um questionário), geralmente levaram 20 segundos para notar a fumaça.
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Interpretação
Cada pessoa usa o comportamento dos outros como sinal para a realidade. Essas
interpretações equivocadas podem contribuir para uma reação tardia a incêndios reais
em escritórios, restaurantes e outros ambientes de ocupação coletiva (Canter et al., 1980).
Assunção da responsabilidade
Poucos de nós já assistiram a um assassinato, mas todos, por vezes, demoramos a reagir
a uma necessidade quando há outros presentes. Passando por um motorista com
problemas em uma rodovia movimentada, é menos provável que ofereçamos ajuda do
que em uma estrada secundária.
Os moradores de zonas urbanas raramente estão sozinhos em locais públicos, o que ajuda
a explicar por que as pessoas da cidade muitas vezes são menos prestativas do que as do
interior. A “fadiga da compaixão” e a “sobrecarga sensorial” por encontrar tantas pessoas
necessitadas restringem ainda mais a ajuda nas grandes cidades de todo o mundo (Levine
et al., 1994; Yousif & Korte, 1995).
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• Philippe Rushton e Anne Campbell (1977) encontraram adultos britânicos mais
dispostos a doar sangue se fossem abordados depois de observar um membro da equipe
de pesquisa disfarçado dando seu consentimento para a doação.
PRESSÕES DO TEMPO
Uma pessoa que não tem pressa pode parar e oferecer ajuda a uma pessoa com
problemas; alguém com pressa provavelmente seguirá adiante. Para aquele que não pode
parar para ajudar, apenas ilustra o facto estudado na psicologia social de que o
comportamento frequentemente é mais influenciado pelo contexto do que pela
convicção.
SEMELHANÇA
Como a semelhança faz gostar, e gostar faz ajudar, somos mais empáticos e prestativos
com quem é semelhante a nós (Miller et al., 2001). O viés da semelhança se aplica tanto a
roupas quanto a crenças. As pessoas tende a ser mais generosos quando o rosto retratado
do outro individuo tem algumas características do seu próprio rosto.
TRAÇOS DE PERSONALIDADE
Não existem estudos conclusivos sobre o traço de personalidade que predissesse a ajuda
em um nível próximo do poder preditivo da culpa, da situação e dos fatores relacionados
a humor. Foram encontradas relações modestas entre ajuda e certas variáveis de
personalidade, como a necessidade de aprovação social, mas, em geral, os testes de
personalidade foram incapazes de identificar quem ajuda.
GÊNERO
Diante de situações potencialmente perigosas em que estranhos precisam de ajuda (como
um pneu furado ou uma queda no metrô), mais homens ajudam. (Eagly e Crowley
também relatam que, entre 6.767 indivíduos que receberam a medalha Carnegie de
heroísmo por salvar vidas humanas, 90% eram homens.) Em situações mais seguras,
como oferecer ajuda com um experimento ou passar um tempo com crianças que têm
problemas de desenvolvimento, as mulheres são ligeiramente mais propensas a ajudar.
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FÉ RELIGIOSA
Em estudos com estudantes universitários e o público em geral, os que estavam
religiosamente comprometidos informaram contribuir com mais horas de voluntariado –
como tutores, trabalhando em emergências e em campanhas por justiça social – do que
os que não tinham compromisso religioso (Benson et al., 1980; Hansen et al., 1995; Penner,
2002). A fé religiosa prediz o altruísmo de longo prazo, refletido no voluntariado e nas
contribuições à caridade.
Socialização do altruísmo
As cinco maneiras de como aprender o altruísmo:
2. Modelos de altruísmo
Os efeitos dos modelos ficaram visíveis dentro das famílias de cristãos europeus que
arriscaram a vida para salvar judeus e em ativistas norte-americanos dos direitos civis.
Esses altruístas excepcionais geralmente informaram ter relações estreitas e carinhosas
com pelo menos um dos pais que era, igualmente, um forte “moralista” ou comprometido
com causas humanitárias (London, 1970; Oliner & Oliner, 1988; Rosenhan, 1970). Os
modelos pró-sociais da TV já tiveram efeitos até mais intensos do que os modelos
antissociais.
3. Aprender fazendo
Assim como o comportamento imoral alimenta atitudes imorais, a ajuda aumenta ajudas
futuras. Ações prestativas, portanto, promovem a auto-percepção de que se é generoso e
prestativo, o que, por sua vez, promove mais ajuda.
Quando a justificativa para um acto é mais do que suficiente, a pessoa pode atribuir esse
ato à justificação extrínseca, em vez de a um motivo interior.
Portanto, gratificar as pessoas por fazerem o que fariam de qualquer forma prejudica a
motivação intrínseca. Podemos enunciar o princípio positivamente: dando às pessoas
uma justificação apenas suficiente para gerar uma boa acção (anulando a necessidade de
subornos e ameaças), podemos aumentar o prazer que elas têm de fazer essas ações por
conta própria.
Realização de educação para o altruísmo por exemplo através de palestras para informar
os estudantes sobre como a inacção dos espectadores pode afectar a interpretação de uma
situação de emergência e os sentimentos de responsabilidade.
ATIVIDADE
1. O que leva as pessoas a ajudar? Explique e fundamente com base nas teorias que
vc aprendeu.
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