Você está na página 1de 119

UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MOÇAMBIQUE

Centro de Ensino à Distância

Manual de Curso de Licenciatura

Ensino de Biologia

i
Universidade Católica de Moçambique
Centro de Ensino `a Distância

Direitos de autor (copyright)


Este manual é propriedade da Universidade Católica de Moçambique, Centro de Ensino `a Distância
(CED) e contém reservados todos os direitos. É proibida a duplicação ou reprodução deste manual, no seu
todo ou em partes, sob quaisquer formas ou por quaisquer meios (electrónicos, mecânico, gravação,
fotocópia ou outros), sem permissão expressa de entidade editora (Universidade Católica de Moçambique-
Centro de Ensino `a Distância). O não cumprimento desta advertência é passivel a processos judiciais.

ii
Elaborado Por: Arlindo Elísio Pedro Supinho
Licenciado em Ensino de Química e Biologia pela Universidade
Pedagógica-Delegação da Beira.
Docente das Escolas Secundarias de Mafambisse e da Catedral
Colaborador e Docente do Centro de Ensino a Distância-Departamento de
Química e Biologia da Universidade Católica de Moçambique.
Formador Provinvial do Núcleo de Combate ao HIV/SIDA em Sofala.

Universidade Católica de Moçambique


Centro de Ensino `a Distância-CED
Rua Correira de Brito No 613-Ponta-Gêa·
Moçambique-Beira
Telefone: 23 32 64 05
Cel: 82 50 18 44 0
Fax: 23 32 64 06
E-mail: ced@ucm.ac.mz
Website: www.ucm.ac.mz

iii
Agradecimentos
A Universidade Católica de Moçambique-Centro de Ensino `a Distância e o autor do presente
manual, dr. Arlindo Elisio Pedro Supinho, agradecem a colaboração dos seguintes indivíduos e
instituições na eleboração deste manual.

Pela contribuição do conteúdo. dr. Arlindo Elisio Pedro Supinho (Colaborador e Docente na
UCM-CED – Departamento de Biologia).
Pelo desenho e maquetização dr. Arlindo Elisio Pedro Supinho (Docente na UCM-CED) & dr.
Sérgio Daniel Artur, coordenador e docente de Cursos de Química
e de Biologia;
Pela revisão linguística dr. Sérgio Daniel Artur (Coordenador e Docente na UCM-CED –
Curso de Lic em Ensino de Biologia e de Química).

iv
Indice
Visão Geral 01
Benvindo a Botânica Geral ...................................................................................................... 01
Objectivos da cadeira .............................................................................................................. 01
Quem deveria estudar esta cadeira ......................................................................................... 01
Como está estruturada este cadeira ........................................................................................ 02
Ícones de actividade................................................................................................................ 02
Habilidades de estudo ............................................................................................................. 01
Precisa de apoio? ................................................................................................................... 01
Tarefas (avaliação e auto-avaliação) ....................................................................................... 02
Avaliação ...................................................................................................................... 03
Unidades de Estudo-B0023
Unidade 01. Introdução a Botânica Geral ............................................................................... 04
Unidade 02. Anatomia Vegetal: Classificação dosTecidos ....................................................... 07
Unidade 03. Anatomia Vegetal: Classificação dosTecidos-Continuação .................................. 12
Unidade 04. Anatomia Vegetal: Classificação dosTecidos-Conclusão ..................................... 20
Unidade 05. Morfologia Vegetal............................................................................................... 25
Unidade 06. Morfologia Vegetal-Continuação............................................................................30
Unidade 07. Morfologia Vegetal-Continuação............................................................................34
Unidade 08. Morfologia Vegetal-Conclusão...............................................................................39
Unidade 09. Histologia dos Órgãos Vegetais.............................................................................45
Unidade 10. Histologia dos Órgãos Vegetais-Continuação........................................................49
Unidade 11. Histologia dos Órgãos Vegetais-Continuação........................................................52
Unidade 12. Histologia dos Órgãos Vegetais-Continuação........................................................55
Unidade 13. Histologia dos Órgãos Vegetais-Continuação........................................................59
Unidade 14. Histologia dos Órgãos Vegetais-Continuação........................................................63
Unidade 15. Histologia dos Órgãos Vegetais-Continuação........................................................68
Unidade 16. Histologia dos Órgãos Vegetais-Conclusão............................................................72
Unidade 17. Órgãos e Adaptações Vegetais..............................................................................77
Unidade 18. Multiplicação e Reprodução...................................................................................84
Unidade 19. Multiplicação e Reprodução-Continuação..............................................................91
Unidade 20. Multiplicação e Reprodução-Continuação..............................................................95
Unidade 21. Multiplicação e Reprodução-Continuação..............................................................99
Unidade 22. Multiplicação e Reprodução-Continuação............................................................102
Unidade 23. Multiplicação e Reprodução-Continuação............................................................106
Unidade 24. Multiplicação e Reprodução-Conclusão...............................................................109

v
Visão Geral

Benvindo a Botânica Geral


Caro estudante, bem-vindo a Botânica Geral. A Botânica Geral, é um
campo das ciências Biológicas que se ocupa com o estudo das
diferentes formas de manifestações de comportamentos, tanto dos
animais que vivem livres na natureza bem como os que vivem sobre a
ifluência do Homem.

Esta cadeira permitirá que o prezado estudante, compreenda os


aspectos morfológicos das plantas. Características das mais variadas
formas de plantas olhando em particular aspectos estruturais comuns em
diferentes grupos de vegetais na natureza.

Neste módulo, serão discutidos assuntos como: História da Botânica,


tecidos de revestimento, tecidos suporte, tecidos protecção e tecidos de
sustentação em vários grupos de plantas com destaque para as
traqueóitas ou pura e simplesmente plantas supreiores.

Objectivos da Cadeira
Quando caro estudante, terminar o estudo da Botânica Geral, deverá ser
capaz de:

 Caracterizar as diferentes estruturas das plantas superiores;


 Descrever a anatomia e morfologia das plantas superiores;
 Desenhar e legendar tecidos e órgãos das plantas superiores;
 Aplicar os conhecimentos básicos sobre as plantas superiores;
 Explicar as formas de multiplicação e reprodução nos vegetais;
Objectivos  Comparar os ciclos de vida com alternância de geracoes e fases
nucleares;
 Demonstrar bases sólidas para outras cadeiras como Botânica
Sistemática e Fisiologia Vegetal.

Quem deveria estudar esta Cadeira


Este manual da cadeira de Botânica Geral foi concebido para todos
aqueles que estejam a ingressar para os cursos de licenciatura em
ensino de Biologia, dos programas do Centro de Ensino `a Distância, e
para aqueles que desejam consolidar seus conhecimentos em Botânica

1
Geral, para que sejam capazes de compreender a diversidade
anatómica, morfológica e fisiológica das plantas superiores.

Como está estruturado este Módulo


Todos os manuais das cadeiras dos cursos oferecidos pela Universidade
Católica de Moçambique-Centro de Ensino `a Distância (UCM-CED)
encontram-se estruturados da seguinte maneira:

Páginas introdutórias
 Um índice completo.
 Uma visão geral detalhada da cadeira, resumindo os aspectos-
chave que você precisa conhecer para completar o estudo.
Recomendamos vivamente que leia esta secção com atenção antes
de começar o seu estudo.
Conteúdo da cadeira
A cadeira está estruturada em unidades de aprendizagem. Cada unidade
incluirá, o tema, uma introdução, objectivos da unidade, conteúdo
da unidade incluindo actividades de aprendizagem, um sumário da
unidade e uma ou mais actividades para auto-avaliação.
Outros recursos
Para quem esteja interessado em aprender mais, apresentamos uma
lista de recursos adicionais para você explorar. Estes recursos podem
incluir livros, artigos ou sites na internet.
Tarefas de avaliação e/ou Auto-avaliação
Tarefas de avaliação para esta cadeira, encontram-se no final de cada
unidade. Sempre que necessário, dão-se folhas individuais para
desenvolver as tarefas, assim como instruções para as completar. Estes
elementos encontram-se no final do manual.
Comentários e sugestões
Esta é a sua oportunidade para nos dar sugestões e fazer comentários
sobre a estrutura e o conteúdo da cadeira. Os seus comentários serão
úteis para nos ajudar a avaliar e melhorar este manual.

Ícones de Actividade
Ao longo deste manual irá encontrar uma série de ícones nas margens
das folhas. Estes icones servem para identificar diferentes partes do
processo de aprendizagem. Podem indicar uma parcela específica de
texto, uma nova actividade ou tarefa, uma mudança de actividade, etc.

Acerca dos ícones

Os ícones usados neste manual são símbolos africanos, conhecidos por


adrinka. Estes símbolos têm origem no povo Ashante de África
Ocidental, datam do século 17 e ainda se usam hoje em dia.

2
Habilidades de Estudo
Caro estudante, procure olhar para você em três dimensões
nomeadamente: O lado social, professional e estudante, dai ser
importante planificar muito bem o seu tempo.

Procure reservar no mínimo 2 (duas) horas de estudo por dia e use ao


máximo o tempo disponível nos finais de semana. Lembre-se que é
necessário elaborar um plano de estudo individual, que inclui, a data, o
dia, a hora, o que estudar, como estudar e com quem estudar (sozinho,
com colegas, outros).

Evite o estudo baseado em memorização, pois é cansativo e não produz


bons resultados, use métodos mais activos, procure desenvolver suas
competências mediante a resolução de problemas específicos, estudos
de caso, reflexão, etc.

Os manuais contêm muita informação, algumas chaves, outras


complementares, dai ser importante saber filtrar e apresentar a
informação mais relevante. Use estas informações para a resolução dos
exercícios, problemas e desenvolvimento de actividades. A tomada de
notas desenpenha um papel muito importante.

Um aspecto importante a ter em conta é a elaboração de um plano de


desenvolvimento pessoal (PDP), onde você reflecte sobre os seus
pontos fracos e fortes e perspectivas o seu desenvolvimento.

Lembre-se que o teu sucesso depende da sua entrega, você é o


responsável pela sua própria aprendizagem e cabe a ti planificar,
organizar, gerir, controlar e avaliar o seu próprio progresso.

Precisa de Apoio?
Caro estudante, temos a certeza de que por uma ou por outra situação, o
material impresso, lhe pode suscitar alguma dúvida (falta de clareza,
alguns erros de natureza frásica, prováveis erros ortográficos, falta de
clareza conteudística, etc). Nestes casos, contacte o tutor, via telefone,
escreva uma carta participando a situação e se estiver próximo do tutor,
contacte-o pessoalmente.

Os tutores têm por obrigação, monitorar a sua aprendizagem, dai o


estudante ter a oportunidade de interagir objectivamente com o tutor,
usando para o efeito os mecanismos apresentados acima.

1
Todos os tutores têm por obrigação facilitar a interação, em caso de
problemas específicos ele deve ser o primeiro a ser contactado, numa
fase posterior contacte o coordenador do curso e se o problema for da
natureza geral, contacte a direcção do CED, pelo número 825018440.

Os contactos so se podem efectuar, nos dias úteis e nas horas normais


de expediente.

As sessões presenciais são um momento em que você caro estudante,


tem a oportunidade de interagir com todo o staff do CED, neste período
pode apresentar dúvidas, tratar questões administrativas, entre outras.

O estudo em grupo, com os colegas é uma forma a ter em conta, busque


apoio com os colegas, discutam juntos, apoiem-me mutuamnte, reflictam
sobre estratégias de superação, mas produza de forma independente o
seu próprio saber e desenvolva suas competências.

Juntos na Educação `a Distância, vencedo a distância.

Tarefas (avaliação e auto-avaliação)


O estudante deve realizar todas as tarefas (exercícios, actividades e
auto-avaliação), contudo nem todas deverão ser entregues, mas é
importante que sejem realizadas.As tarefas devem ser entregues antes
do período presencial.

Para cada tarefa serão estabelecidos prazaos de entrga, e o não


cumprimento dos prazos de entrega, implica a não classificação do
estudante.

Os trabalhos devem ser entregues ao CED e os mesmos devem ser


dirigidos ao tutor/docentes.

Podem ser utilizadas diferentes fontes e materiais de pesquisa, contudo


os mesmos devem ser devidamente referenciados, respeitando os
direitos do autor.

O plagiarismo deve ser evitado, a transcrição fiel de mais de 8 (oito)


palavras de um autor, sem o citar é considerado plágio. A honestidade,
humildade científica e o respeito pelos direitos autorais devem marcar a
realização dos trabalhos.

2
Avaliação
Vocé será avaliado durante o estudo independente (80% do curso) e o
período presencial (20%). A avaliação do estudante é regulamentada
com base no chamado regulamento de avaliação.

Os trabalhos de campo por ti desenvolvidos, durante o estudo individual,


concorrem para os 25% do cálculo da média de frequência da cadeira.

Os testes são realizados durante as sessões presenciais e concorrem


para os 75% do cálculo da média de frequência da cadeira.

Os exames são realizados no final da cadeira e durante as sessões


presenciais, eles representam 60%, o que adicionado aos 40% da média
de frequência, determinam a nota final com a qual o estudante conclui a
cadeira.

A nota de 10 (dez) valores é a nota mínima de conclusão da cadeira.

Nesta cadeira o estudante deverá realizar: 2 (dois) trabalhos; 1 (um)


teste e 1 (exame).

Não estão previstas quaisquer avaliações orais.

Algumas actividades práticas, relatórios e reflexões serão utilizadas


como ferramentas de avaliação formativa.

Durante a realização das avaliações, os estudantes devem ter em


consideração: a apresentação; a coerência textual; o grau de
cientificidade; a forma de conclusão dos assuntos, as recomendações, a
indicação das referências utilizadas, o respeito pelos direitos do autor,
entre outros.

Os objectivos e critérios de avaliação estão indicados no manual.


Consulte-os.

Alguns feedbacks imediatos estão apresentados no manual.

3
Unidade 01

Tema: Introducão à Botânica Geral

Prezado estudante, seja bem-vindo a unidade sobre a introdução à


Botânica. Portanto, é importante antes lembrar que a Botânica é uma
ciência e sendo assim, ela tem conceito, objecto de estudo e
importância.

Portanto, caro estudante, este convidado para a discussão nesta


unidade de algunas aspectos introdutórios relacionados com a Botânica.

Ao completar esta unidade você será capaz de:

 Definir o conceito de Botânica;


 Explicar a importância da Botânica Geral;
 Descrever o objecto de estudo da Botânica Geral;
 Relacionar a Botânica Geral com outras ciências afins;
Objectivos
 Resolver exercícios relacionados com a Botânica Geral.

1.1. Conceito

Botânica (do grego "botáne": planta, vegetal) é a parte da Biologia que


estuda e classifica os vegetais considerando a forma, estrutura e
composição, agrupando-os em categorias de acordo com as suas
características semelhantes.

1.2. Objecto de Estudo

O objecto de estudo da Botânica Geral é as plantas ou vegetais.


Portanto o objecto de estudo basea-se caracteres dos vegetais, como
estrutura da folha, maior ou menor desenvolvimento do caule, tipos de
corola, número de estames, etc., podendo se reunir em grupos, vegetais
sem nenhuma semelhança natural.

4
De forma resumida podemos dizer que a Botânica Geral é uma cadeira
que estuda os vegetais pluricelulares superiores constituídos por um
conjunto de células diferenciadas. Esta cadeira dedica se as estudo dos
tecidos vegetais que constituem o objecto da Histologia.

1.3. Importância e Tarefas da Botânica Geral

A Botânica Geral é importante porque dedica-se ao estudo das


diferentes caracteristicas morfo-fisiológicas das plantas. Por outro lado
também ajuda a perceber a estrutura anatómica das diferentes formas
de plantas incluindo os vários mecanismos de adaptação a diferentes
ambientes desde os terrestres, aéreos e aquáticos.

A tarefa da Botânica Geral é esclarecer os fenômenos biológicos


facilitando assim as classificações dos seres vivos. Baseada nos
diferentes caracteres apresentados por vários grupos de plantas. Esta
ciência procura estudar a estrutura anatómica das plantas desde da
semente, raíz, caule, folha, flor e frutos. A botânica geral é a base para o
estudo da fisiologia das plantas, visto que, ela faz uma abordagem
anatómica das plantas.

Sumário

A Botânica Geral é uma ciência que estuda e classifica os vegetais


considerando a forma, estrutura e composição, agrupando-os em
categorias de acordo com as suas características semelhantes. Portanto
o objecto de estudo baseia-se nos caracteres dos vegetais, como
estrutura da folha, maior ou menor desenvolvimento do caule, tipos de
corola, número de estames, etc., podendo se reunir em grupos, vegetais
sem nenhuma semelhança natural.

A Botânica Geral é importante porque dedica-se ao estudo das


diferentes caracteristicas morfo-fisiológicas das plantas. Esta ciência
procura estudar a estrutura anatómica das plantas desde da semente,
raíz, caule, folha, flor e frutos. A botânica geral é a base para o estudo da
fisiologia das plantas, visto que, ela faz uma abordagem anatómica das
plantas.

5
1. O que entendes por botânica geral?
R: É a parte da Biologia que estuda e classifica os vegetais
considerando a forma, estrutura e composição, agrupando-os
em categorias de acordo com as suas características
semelhantes.
2. Em que se baseia o objecto de estudo da botânica geral?
R: O objecto de estudo baseia-se caracteres dos vegetais,
como estrutura da folha, maior ou menor desenvolvimento do
caule, tipos de corola, número de estames, etc., podendo se
reunir em grupos, vegetais sem nenhuma semelhança natural.
Exercícios
3. Qual é a importância de estudo da botânica geral?
R: É importante porque dedica-se ao estudo das diferentes
características morfo-fisiológicas das plantas
4. Diga a tarefa da botânica geral
R: Esta ciência procura estudar a estrutura anatómica das
plantas desde da semente, raiz, caule, folha, flor e frutos.

6
Unidade 02

Tema: Anatomia Vegetal-Classificação dos Tecidos


Nesta unidade iremos discutir sobre tecidos vegetais concretamente os
meristemas. Como deve saber, tecido um conjunto de células que
apresesenta a mesma estrutura e desempenha a mesma função.

Portanto, nesta unidade iremos discutir sobre os meristemas primários e


secundários e sua classificação segundo alguns critérios.

Ao completar esta unidade você será capaz de:

 Conhecer os tecidos meristemáticos;


 Explicar a estrutura dos tecidos meristemáticos;
 Descrever as funções dos tecidos meristemáticos;
 Comparar os tecidos meristemáticos quanto a estrutura e função.
Objectivos
 Classificar os tecidos meristemáticos segundo a origem e localização;

2.1. Classificação dos Tecidos

Tecido é um conjunto de células semelhantes, idênticas e que


desempenham a mesma função. Na planta encontram-se distribuídos e
localizados de acordo com a função que desempenham. Os tecidos
podem ser classificados em: meristemas (tecidos de formação),
parênquima (tecidos básicos), tecidos de revestimento (dérmicos), tecido

de suporte (colênquima e esclerênquima) e tecido de transporte (xilema


e floema).

2.2. Meristemas ou Tecidos de Formação


A anatomia e morfologia de uma planta, tal como de qualquer outro
organismo, dependem das características das suas células constituintes.
É sabido que todas as células da planta se formam, por mitose, do
zigoto, no entanto, a partir de certa altura o crescimento vegetal está
restrito a localizações específicas-meristemas. As células que formam os
tecidos meristemáticos caracterizam-se por apresentarem núcleos

7
grandes, organitos pouco desenvolvidos, vacúolos pouco desenvolvidos
ou inexistentes e paredes celulares finas. Estas células mantêm a
capacidade de divisão, sofrendo mitoses mais ou menos contínuas, de
modo a originar os tecidos definitivos da planta.

Os meristemas podem ser classificados de acordo com diversos


critérios, nomeadamente origem e localização:

2.2.1. Classificação dos meristemas quanto a


origem:

Meristemas primários: com origem em células embrionárias, são


responsáveis pelo alongamento da raiz e do caule, bem como pela
formação dos tecidos definitivos primários. Existem três meristemas
primários:

a) Protoderme: forma uma camada contínua de células em volta


dos ápices caulinar e radicular, sendo responsável pela
formação dos tecidos dérmicos ou de revestimento primário;
b) Meristema fundamental: envolve o procâmbio por dentro e por
fora, originando os tecidos primários de enchimento ou
fundamentais;
c) Procâmbio: localizado no interior dos ápices caulinares e
radiculares, em anel, origina os tecidos condutores primários.

Meristemas secundários: com origem em células já diferenciadas que


readquirem secundariamente a capacidade de divisão, são responsáveis
pelo engrossamento das estruturas e pela formação dos tecidos
definitivos secundários. Existem apenas dois meristemas secundários:

a) Câmbio Vascular: com origem em células do procâmbio ou em


células parenquimatosas dos raios medulares, localiza-se no
cilindro central, exteriormente ao xilema primário e interiormente
ao floema primário. Em corte transversal as suas células
parecem pequenos quadrados mas em corte longitudinal pode
perceber-se que existem dois tipos de célula, uma longa e
fusiforme que origina as células vasculares e uma curta que
origina os raios medulares;

8
b) Câmbio Suberofelogénico: com origem em células do córtex,
epiderme ou mesmo do floema, localiza-se na zona cortical,
geralmente logo abaixo da epiderme. As suas células
apresentam um corte transversal rectangular e forma para o
exterior súber e para o interior feloderme. Ao conjunto, súber,
câmbio suberofelogénico e feloderme, chama-se periderme.

Figura 1: Localização dos principais meristemas numa planta (caule à esquerda e raiz
à direita). Fonte: Biologia das Plantas.

2.2.2. Classificação dos meristemas quanto a


localização:

Os meristemas quanto a localização podem ser classificados em três


grupos, nomeadamente:

1. Meristemas apicais: localizados no ápice caulinar e radicular,


onde causam o alongamento da planta;
2. Meristemas laterais: localizados em anel ao longo da raiz e do
caule, causando o engrossamento da planta;
3. Meristemas intercalares: ao contrário dos restantes, são
meristemas temporários, originando a formação de novos ramos
e folhas.

Independentemente do modo como os meristemas apicais são


localizados, as células por eles produzidas não se encontram
organizadas ao acaso mas sim agrupadas em tecidos. Estes tecidos
podem ser classificados segundo diversos aspectos, nomeadamente:

9
Tabela 1: Divisão e Organização dos Tecidos Meristemáticos:

Tipo de Tecidos Caracteristicas


Primário Formados a partir de meristemas
Origem primários
Secundários Formados a partir de meristemas
secundários
Simples Com um único tipo de célula
Constituição
Celular Complexos Com vários tipos de células

Dérmicos Tecidos de revestimento e protecção


Vasculares Tecidos de transporte de água e/ou
Função solutos
Fundamentais Tecidos de preenchimento, fotossintéticos
ou de armazenamento

Sumário
As células que formam os tecidos meristemáticos caracterizam-se por
apresentarem núcleos grandes, organitos pouco desenvolvidos, vacúolos
pouco desenvolvidos ou inexistentes e paredes celulares finas. Estas
células mantêm a capacidade de divisão, sofrendo mitoses mais ou
menos contínuas, de modo a originar os tecidos definitivos da planta.

Os meristemas podem ser classificados de acordo com diversos


critérios, nomeadamente localização e origem: quanto à localização, os
meristemas podem ser: meristemas apicais, meristemas laterais,
meristemas intercalares. Quanto à sua origem, os meristemas podem
ser: meristemas primários, protoderme, meristema fundamental,
procâmbio. Existem apenas dois meristemas secundários: câmbio
vascular e câmbio suberofelogénico.

10
1. Quanto à localização, como são agrupados os
meristemas?
R: Meristemas apicais, meristemas laterais e meristemas
intercalares.
2. Distinga dois a sua escolha.
R: Meristemas apicais: localizados no ápice caulinar e
radicular, onde causam o alongamento da planta
enquanto meristemas laterais: localizados em anel ao
longo da raiz e do caule, causando o engrossamento da
planta.
Exercícios
3. Classifique os os meristemas quanto à sua origem.
R: Meristemas primários: com origem em células
embrionárias, são responsáveis pelo alongamento da raiz
e do caule, bem como pela formação dos tecidos
definitivos primários. Meristemas secundários: com
origem em células já diferenciadas que readquirem
secundariamente a capacidade de divisão, são
responsáveis pelo engrossamento das estruturas e pela
formação dos tecidos definitivos secundários.

11
Unidade 03

Tema: Anatomia Vegetal-Classificação dos Tecidos –


Continuação

Prezado estudante, as plantas também apresentam um agrupamento de


tecidos que garantem a sua sobrevivência, realizando uma série de
funções específicas e coordenadas.

Nesta unidade iremos discutir o parênquima, colênquima e


esclerênquima, no entanto, está convidado para uma discussão
participativa sobre o tema proposto.

Ao completar esta unidade você será capaz de:

 Fazer desenho e legenda do parênquima;


 Classificar os parênquimas segundo a localização;
 Explicar a estrutura de parênquima, colênquima e esclerênquima;
 Descrever as funções do parênquima, colênquima e esclerênquima;

Objectivos  Caracterizar as células do parênquima, colênquima e esclerênquima;


 Comparar os parênquimas, colênquima e esclerênquima quanto a
estrutura.

3.1. Tecidos Básicos (Parênquima)

O tipo básico de célula vegetal corresponde a uma célula de


parênquima, com origem no meristema fundamental. Apresentam uma
enorme totipotência, podendo regenerar toda a planta, tendo por esse
motivo um importante papel na cicatrização. Por este motivo são
considerados os tecidos mais simples e menos diferenciados.

Quando o parênquima apresenta cloroplastos designa-se clorênquima ou


parênquima clorofilino. O clorênquima pode apresentar-se nas folhas
segundo duas disposições:

12
a) Parênquima clorofilino em paliçada: células alongadas
arranjadas em filas apertadas e paralelas, como numa paliçada;
b) Parênquima lacunoso: células mais ou menos poliédricas e
arranjadas livremente, com espaços ou lacunas entre si.

Figura 2: Corte transversal numa Folha de Dicotiledónea com Clorênquima. Fonte:


Internet.

Os parênquimas são os tecidos localizados entre a epiderme e os


tecidos condutores. Eles desempenham várias funções, como
preenchimento, assimilação, reserva e secreção. As características do
parênquima são: parede fina e flexível; campos primários de pontuação;
espaço intercelular; isodiamétrica e protoplasto vivem.

3.2. Tecidos Dérmicos (Revestimento)

Os tecidos de revestimento são divididos em três grupos, que são:

1. A Epiderme: também designada por córtex é um tecido de


revestimento. O córtex é a camada externa de muitas estruturas das
plantas. As células epidérmicas são sempre vivas e arrumadas
compactamente, sem espaços entre si, com capacidade de divisão.
Os vacúolos são grandes e podem conter pigmentos ou taninos.
Podem, ainda, apresentar cloroplastos, nomeadamente as células do
aparelho estomático. Os estômas surgem nas epidermes aéreas,
locais que permitem as trocas gasosas e cuja abertura é regulada
por células especializadas (células guarda). É comum as epidermes
apresentarem pelos ou tricomas. Em regra, os pelos da raiz são
simples expansões das células epidérmicas, enquanto os pelos das
folhas e caules são multicelulares. Uma excepção a essa regra é a

13
fibra de algodão, um pelo epidérmico de paredes celulósicas
espessas da semente do algodoeiro. Um dos pelos mais complexos
é da da folha de urtiga, como um fino tubo de extremidade reforçada
por deposição de sílica na parede celular.

Figura 3: Estrutura de Estômas. Fonte: Internet.

2. Súber: O súber é um tecido secundário, muito leve e elástico,


formado pelo câmbio suberofelogénico e apenas presente em caules
lenhosos. As células do súber são mortas devido á deposição na
parede secundária de suberina. A suberina é uma substância
lipídica, tornando estas células impermeáveis aos gases e à água.
Ao contrário da epiderme, o súber é um tecido com diversas
camadas de células, podendo atingir espessuras importantes, como
no caso dos carvalhos ou dos sobreiros, onde forma a cortiça.
Quando se forma, o súber substitui a epiderme nas suas funções de
protecção, impedindo a perda de água e protegendo o frágil floema.
Essas zonas de interrupção designam-se lentículas.

Figura 4: Corte Transversal de uma parte da Planta mostrando diferentes tecidos.


Fonte: Internet

14
3. Endoderme: Igualmente formada por uma única camada de células
vivas, a endoderme envolve a zona central das raízes, separando o
córtex (é a sua última camada de células) da medula destes órgãos.
Tem como função proteger a medula, que contém os tecidos
condutores, de substâncias nocivas que tenham sido absorvidas ou
tenham penetrado no córtex da raiz. As suas células apresentam
espessamentos de suberina ou lenhina em alguns locais da parede
celular, permitindo ainda a passagem de substâncias:

a) Espessamentos em U: presentes apenas em angiospérmicas


monocotiledóneas, apresentam 3 paredes laterais espessadas
com suberina e a parede não espessada virada para o córtex.
Este espessamento, apesar de não total impede a passagem de
substâncias pela célula logo existem, a espaços regulares, as
chamadas células janela, não espessadas, que permitem a
passagem em direcção à medula;
b) Pontuações (Bandas de Caspary): presentes apenas em
angiospérmicas dicotiledóneas, este espessamento formam uma
banda em volta das células, mostrando ao M.O.C. pequenas
pontuações.

Figura 5: Bandas de Caspary na Endoderme. Fonte: Internet.

3.3. Tecidos de Suporte

Os tecidos de suporte nos vegetais podem ser classificados em


colênquima e esclerênquimas:

1. Colênquima: é tecido parenquimatoso em que as células possuem


a parede primária espessada e que ajudam a suportar órgãos em

15
crescimento. As células do colênquima são vivas, alongadas, de
forma poliédrica em corte transversal e podem mesmo apresentar
cloroplastos. Funcionam como elementos de suporte em órgãos
jovens e em crescimento rápido pois as suas paredes elásticas não
oferecem resistência ao alongamento. De uma forma simplificada,
trata-se de um tecido especializado na sustentação esquelética dos
vegetais. É formado por um grande número de células vivas
alongadas, dotadas de paredes grossas e rígidas muito resistentes,
com depósitos de celulose reforçados.

Figura 6: Células de Colênquima. Fonte: Biologia das Plantas.

As células do tecido colênquima podem medir até 1,5 milímetros de


comprimento, por 40 à 50 micrômetros de diâmetro e se organizam em
feixes longitudinais no interior das partes jovens dos caules. O
colênquima tal como outros tecidos também, pode ser classificado em
pequenas subdivisões:
a) Colênquima Angular: mais comum e ocorre nos caules e
pecíolos;
b) Colênquima Lamelar: é pouco comum e ocorre em caules jovens
e pecíolos;
c) Colênquima Lacunar: com as paredes espessadas nos ângulos,
mas apresentando espaços cheios de ar entre as células;
d) Colênquima Anular: paredes espessadas da célula. O lúmen
apresenta-se circular.
2. Esclerênquima: tecido de sustentação dos vegetais, composto por
células mortas, o esclerênquima é composto por diversos tipos
celulares, por vezes formando tecidos distintos, por vezes dispersos
no parênquima. São todas células mortas na maturidade, com
parede celular espessada e lignificada, de modo que a parede
destas células permanece no vegetal, constituindo tecidos.

16
Figura 7: A esquerda: Estrutura Química de uma das formas de Lenhina. A
direita: Esclerito em forma de Estrela. Fonte: Internet

Uma parede secundária não elástica apenas pode ser encontrada


em locais onde o crescimento terminou. A parede secundária destas
células é composta por lenhina, um composto laminar formado por
desidratação de glícidos, praticamente imune á degradação
anaeróbia (por microrganismos decompositores) e de decomposição
extremamente lenta em presença de oxigénio, o que lhe confere uma
enorme resistência. O tecido esclerenquimático é formado por três
tipos de células:
a) Escleritos: células com forma e tamanho variável, isoladas,
embora possam formar camadas contínuas na nervura de
folhas ou caules e sementes;
b) Células Pétreas: células de forma arredondada ou oval,
relativamente pequenas, comparadas com os escleritos e
fibras;
c) Fibras: células longas e estreitas, de parede uniformemente
espessada por deposição de lenhina.

Figura 8: Camadas de fibras de esclerênquima (coradas de vermelho com


safranina), formando bainhas vasculares e reforçando as nervuras desta Folha
de Dicotiledónea Fonte: Internet

17
Sumário

Os parênquimas apresentam uma enorme totipotência, podendo


regenerar toda a planta, tendo por esse motivo um importante papel na
cicatrização. Tipos de parênquima: clorofiliano ou clorênquima,
fundamental ou de preenchimento, reserva, transportador, aerênquima.
O parênquima se origina no procâmbio, felogênio e meristema
fundamental. Tem como função cicatrização/regeneração, reserva (ar e
água), transporte, fotossíntese e síntese.

As células epidérmicas são sempre vivas e arrumadas compactamente,


sem espaços entre si, com capacidade de divisão. Os vacúolos podem,
apresentar cloroplastos ou células do aparelho estomático. É comuns as
epidermes apresentarem pêlos ou tricomas. O súber é um tecido
secundário, muito leve e elástico, formado pelo câmbio suberofelogénico
e apenas presente em caules lenhosos.

As células do súber são mortas devido á deposição na parede


secundária de suberina tornando estas células impermeáveis aos gases
e água. Ao contrário da epiderme, o súber é um tecido com diversas
camadas de células. A endoderme é formada por uma única camada de
células vivas. As suas células apresentam espessamentos de suberina
ou lenhina em alguns locais da parede celular.

18
1. Qual são as caracteristicas básicas das células do parênquima?
R: As células parenquimatosas são sempre células vivas e com
grandes vacúolos no estado adulto.
2. O clorênquima pode apresentar-se nas folhas segundo duas
disposições. Comente.
R: Parênquima clorofilino em paliçada: células alongadas
arranjadas em filas apertadas e paralelas, como numa paliçada.
Parênquima lacunoso: células mais ou menos poliédricas e
arranjadas livremente, com espaços ou lacunas entre si.
3. O que entendes por epiderme? Quais são as células que a
constituem?
R: A epiderme, é um tecido primário simples formado pela
Exercícios
protoderme. É constituído por uma única camada de células que
recobrem todo o corpo da planta.
4. Explique com são as células epidérmicas.
R: As células epidérmicas são sempre vivas e arrumadas
compactamente, sem espaços entre si, com capacidade de
divisão.
5. Porque se diz que colênquima é um tecido primário simples?
R: Porque tem células parenquimatosas de parede espessada
irregularmente, o que permite a comunicação entre elas. As células
do colênquima são vivas, alongadas, de forma poliédrica em corte
transversal e podem mesmo apresentar cloroplastos.

19
Unidade 04

Tema: Anatomia Vegetal-Classificação dos Tecidos –


Concluasão

Prezado estudante, seja bem-vindo a unidade sobre tecidos de


transporte. O xilema e floema são tecidos vegetais muito importantes e
responsáveis pela condução das seivas bruta e elaborada,
respectivamente.

Nesta unidade iremos discutir sobre as estruturas e funções do xilema e


floema, na nutrição da planta, com finalidade de manuntenção da vida no
entanto que estrutura viva.

Ao completar esta unidade você será capaz de:

 Explicar a estruturas do xilema e floema;


 Descrever as funções do xilema e floema;
 Caracterizar as células do xilema e floema;
 Comparar as células que formam o xilema e floema;
Objectivos  Classificar tecidos dérmicos segundo a localização;
 Fazer desenho e legenda do xilema e floema.

1.4. Tecidos de Transporte

Os tecidos de transporte tem como função principal transportar a seivas


bruta e elaborada. Estes tecidos podem ser dividdos em xilema e floema.

4.1.1. Xilema

O xilema é o tecido de transporte de água e sais minerais através do


corpo das plantas. Trata-se de um tecido complexo, com origem no
procâmbio ou no câmbio vascular, conforme se trate de xilema primário
ou secundário. Nas traqueófitas não angiospérmicas, o xilema apenas
apresenta um tipo de célula transportadora (traqueídos), sendo um

20
tecido menos eficiente. O surgimento do xilema com elementos dos
vasos foi um dos passos fundamentais para a explosão das
angiospérmicas.

Figura 9: Corte Transversal de um Caule mostrando o Xilema. Fonte: Internet

No xilema podem ser reconhecidos 4 tipos de células no xilema de uma


planta angiospérmica:

1. Traqueídos: células relativamente longas e estreitas, com parede


secundária lenhificada, o que as torna células mortas. Estas células
alinham-se topo a topo, de modo a facilitar o movimento de água no
seu interior;

Figura 10: Xilema de uma Gimnospérmica, mostrando Traqueídos. Fonte: MARTHO


e AMABIS.

2. Elementos dos Vasos: células mais curtas e largas que os


traqueídos, apresentam a mesma parede secundária lenhificada.
Neste caso, as paredes transversais desaparecem, ficando as
células, alinhadas topo a topo, a formar um tubo. Estas células estão
sujeitas à formação de bolhas de ar, que podem bloquear a

21
passagem de água para as zonas superiores da planta. Nos
traqueídos tal não acontecia, não só porque o diâmetro celular era
menor mas também pela presença de membranas transversais, que
impedem a passagem das bolhas de ar;

Figura 11: A esquerda: Elem ento do Vaso do Xilema de Angiospérmica. A direita:


Pontuações aureoladas na Parede Lateral de Células elementos dos Vasos. Fonte:
Biologia das Plantas.

3. Fibras Xilémicas: surgem como resultado da pouca capacidade de


suporte dos elementos dos vasos. São fibras de esclerênquima que
intermediam as células transportadoras do xilema;
4. Células Parenquimatosas: células com função de reserva e
controlo do movimento de soluções no tecido vascular.

4.1.2. Floema

O floema é o tecido complexo de transporte de soluções orgânicas,


podendo igualmente ser primário ou secundário, como o xilema. Este
tecido apresenta, igualmente, quatro tipos de células, análogas às do
xilema. O floema é formado por células alongadas, cilíndricas, formadas
pelo meristema apical, ou pelo câmbio vascular que forma o floema
secundário da sua porção externa. O floema é constituído por quatro
tipos celulares básicos:

1. Elementos dos Tubos Crivosos: a designação destas células


vivas deriva do aspecto das suas paredes transversais, que formam
as placas crivosas. Estas células estão sempre associadas a
células companheiras, sem as quais morrem. O seu citoplasma
permanece vivo e funcional, embora altamente modificado e
especializado.

22
2. Células Companheiras: células vivas e pequenas de citoplasma
activo e denso, que controlam o movimento de substâncias nos
elementos dos tubos crivosos;
3. Fibras Floémicas: em tudo semelhantes às fibras xilémicas, têm
função de sustentação. São as únicas células mortas do floema;
4. Células Parenquimatosas: célula vivas, com função, tal como as
do xilema, de reserva de nutrientes para os restantes componentes
do floema.

Figura 12: Corte Longitudinal no Floema de uma Angiospérmica, mostrando os


elementos dos Tubos Crivosos e as Células Companheiras. Fonte: Internet.

Sumário

O xilema é o tecido de transporte de água e sais minerais através do


corpo das plantas. O Xilema origina-se no procâmbio (ou no câmbio
vascular). As células do xilema de uma angiospérmica: traqueídos,
elementos dos vasos, fibras xilémicas, células parenquimatosas. O
floema é o tecido complexo de transporte de soluções orgânicas,
podendo igualmente ser primário ou secundário, como o xilema.

O floema é formado por células alongadas, cilíndricas, formadas pelo


meristema apical (nas extremidades do caule ou dos ramos), ou pelo
câmbio vascular que forma o floema secundário da sua porção externa.
O floema é constituído por quatro tipos celulares básicos: elementos dos
tubos crivosos, células companheiras, fibras floémicas e células
parenquimatosas.

23
1. Enumere os tipos de células que constituem o xilema.
R: Os tipos de células que constiuem o xilema são:
traqueídos, elementos dos vasos, fibras xilémicas, células
parenquimatosas.
2. Quais são as características das células
parenquimatosas.
R: Células Parenquimatosas: células com função de
reserva e controlo do movimento de soluções no tecido
vascular.
3. Enumre os tipos celulares básicos do floema.
R: O floema é constituído por quatro tipos celulares
Exercícios básicos: elementos dos tubos crivosos, células
companheiras, fibras floémicas e células parenquimatosas.
4. Descreva as células que formam as células de floema.
R: O floema é formado por células alongadas, cilíndricas,
formadas pelo meristema apical (nas extremidades do
caule ou dos ramos), ou pelo câmbio vascular que forma o
floema secundário da sua porção externa.
5. Qual é a caracteristica das células do floema?
R: O floema é formado por células alongadas, cilíndricas,
formadas pelo meristema apical (nas extremidades do
caule ou dos ramos), ou pelo câmbio vascular que forma o
floema secundário da sua porção externa.

24
Unidade 05

Tema: Morfologia Vegetal


Depois de termos discutido nas unidades anteriores sobre os tecidos
vegetais, nesta unidade começamos a discussão sobre os órgãos da
planta com particular destaque para a raiz .

Nesta unidade iremos discutir sobre os elementos da estrutura externa


da raiz como um órgão das plantas superiores.

Ao completar esta unidade você será capaz de:

 Identificar os diferentes tipos de raízes;


 Explicar a estruturas externa da raiz;
 Caracterizar os diferentes tipos de raízes;
 Fazer esquema das diferentes partes do caule;
Objectivos  Fazer legenda das diferentes partes do caule;
 Comparar as estruturas dos diferentes tipos de caules;
 Classificar os diferentes tipos de raízes segundo a estrutura e
localização.

5.1. Morfologia Externa da Raíz e do Caule

5.1.1. Morfologia Externa da Raíz

A raiz é um órgão da planta que tem como função fixar a planta no solo,
absorver água e sais minerias. A raiz é composta de várias partes:

1. Coifa (caliptra): È uma espécie de capuz que protege a ponta


da raiz. A coifa envolve e protege a raiz contra o atrito com as
partículas do solo e contra o ataque de microrganismos diversos;

2. Região lisa (crescimento): É a região onde ocorre o


alongamento da raiz. Assim, para que uma raiz cresça bem,

25
deve haver: multiplicação de células (na ponta) e alongamento
celular (na região lisa);
3. Região polífera (pêlos absorventes): Nessa região existem
pêlos absorventes, que retiram do solo água e sais minerais.
Região suberosa (ramificação): Região na qual a raiz se
ramifica, originando as raízes secundárias;
4. Colo (coleto): Ponto de encontro da raiz com o caule.

Figura 13: Estrutura Externa da Raiz. Fonte: Internet

5.1.1.1. Classificação Básica das Raízes

Sabemos que as angiospermas podem ser divididas em dois grandes


grupos: monocotiledôneas e dicotiledôneas. Nesses grupos, verificam-se
dois tipos básicos de raízes: fasciculadas e pivotantes.

1. Raízes Fasciculadas: As raízes fasciculadas compõem-se de


um conjunto de raízes finas que têm origem em um único ponto,
essas raizes ocorrem nas monocotiledôneas, milho, a cana, etc.

2. Raízes Aprumadas (Pivotantes): Apresenta raiz principal da


qual partem as raízes laterais, que também se ramificam.
Essas raízes também chamadas de raízes axiais, ocorrem nas
dicotiledôneas, como o feijão, o café, a laranjeira.

26
Figura 14: Esquema de Raizes. 14.1. Raiz Fasciculada e 14.2. Raiz Aprumada. Fonte:
www.prof2000.pt

5.1.1.2. Classificação Especial das Raízes

As raízes têm função de absorção e de fixação. Mas algumas plantas


possuem tipos especiais de raízes com outras funções.
1. Raízes Tuberculosas: As raízes tuberosas contêm reservas
nutritivas e são muito utilizadas na nossa alimentação. Como
exemplos dessas raízes: mandioca, a cenoura, a beterraba, a
batata-doce e o nabo.
2. Raízes Aéreas (escoras): partem do caule e se fixam no solo,
aumentando a superfície de fixação da planta. Geralmente são
encontradas nas plantas que se desenvolvem nos mangues,
ambientes de solos movediços (mangue-vermelho, do gênero
Rhizophora);
3. Raízes Tabulares: As raízes tabulares são raízes achatadas
como tábuas que encontramos em algumas árvores de grande
porte. Auxiliam a fixação da planta no solo e possuem poros que
permitem a absorção de gás oxigênio da atmosfera. A sumaúma,
da Amazônia, apresenta raízes tabulares.
4. Raízes Sugadoras: São raízes de plantas parasitas, como a
erva-de-passarinho, que penetram no caule de uma planta
hospedeira, sugando-lhe a seiva.
5. Raízes Respiratórias (pneumatóforas): São raízes de algumas
plantas que se desenvolvem em manguais. O solo é geralmente
muito pobre em gás oxigênio. Essas raízes partem de outras
existentes no solo e crescem verticalmente, emergindo da água;
possuem poros que permitem a absorção de oxigênio
atmosférico.

27
Sumário

A raiz é um órgão da planta que tem como função fixar a planta no solo,
absorver água e sais minerias. A raiz é composta de várias partes: coifa
(caliptra), região lisa (crescimento), região polífera (pêlos absorventes) e
colo (coleto). As plantas podem ser monocotiledôneas e dicotiledôneas.
Nesses grupos, verificam-se dois tipos básicos de raízes: fasciculadas e
pivotantes. As raízes fasciculadas são as que compõem-se de um
conjunto de raízes finas que têm origem em um único ponto, essas
raizes ocorrem nas monocotiledôneas, milho, a cana, etc.

E raízes aprumadas (pivotantes): apresenta raiz principal da qual partem


as raízes laterais, que também se ramificam. Essas raízes também
chamadas de raízes axiais, ocorrem nas dicotiledôneas, como o feijão, o
café, a laranjeira. As raízes têm função de absorção e de fixação. Mas
algumas plantas possuem tipos especiais de raízes com outras funções.
Também podem ser classificadas em tuberculosas, aéreas (escoras),
tabulares, e respiratórias (pneumatóforas)

28
1. Enumere as partes que compõem a raiz.
R: A raiz é composta de várias partes: coifa (caliptra),
região lisa (crescimento), região polífera (pêlos
absorventes) e colo (coleto).
2. Faça a diferença entre as raízes tuberosas e aéreas?
R: Raízes tuberculosas: As raízes tuberosas contêm
reservas nutritivas e são muito utilizadas na nossa
alimentação enquanto que as raízes aéreas (escoras):
partem do caule e se fixam no solo, aumentando a
superfície de fixação da planta. Geralmente são
Exercícios encontradas nas plantas que se desenvolvem nos
mangues, ambientes de solos movediços (mangue-
vermelho, do gênero Rhizophora).
3. O que entendes por raiz aprumada e fasciculadas.
R: Raízes fasciculadas: as raízes fasciculadas compõem-
se de um conjunto de raízes finas que têm origem em um
único ponto. Raízes aprumadas (pivotantes): apresenta
raiz principal da qual partem as raízes laterais, que
também se ramificam.

29
Unidade 06

Tema: Morfologia Vegetal-Continuação


Prezado estudante, seja bem-vindo a unidade sobre a estrutura externa
do caule. O caule é um órgão da planta que desempenha funções
indispensáveis para a sobrevivência dos vegetias.

Nesta unidade esta convidado para discussão do tema proposto.

Ao completar esta unidade você será capaz de:

 Explicar a estruturas externa de caule;


 Caracterizar os diferentes tipos de caules;
 Fazer esquema das diferentes partes do caule;
 Fazer legenda das diferentes partes do caule;
Objectivos  Comparar as estruturas dos diferentes tipos de caules;
 Classificar os diferentes tipos de caules segundo a estrutura e
localização.

6.1. Morfologia Externa do Caule

O caule tem a função de sustentar folhas, flores e frutos, além de


conduzir as seivas bruta e elaborada. A condução das seivas é feita por
um sistema de vasos especializados. A seiva bruta é transportada pelos
vasos lenhosos. O caule é composto de quatro partes:
1. Término de Broto: situa-se nas pontas (ápice) do caule. O broto
é formado por milhares de células muito delicadas que podem se
multiplicar intensamente na zona terminal, promovendo
crescimento do caule em comprimento;
2. Brotos Laterais: ao longo do caule, quando essas células se
multiplicam orinando ramos, folhas, flores;
3. Nó: É uma região onde surgem os brotos laterais que orinam as
folhas da planta;
4. Entrenó: Regiões localizadas entre os nós. Também podemos
dizer que os entrenós são regiões entre dois nós.

30
Figura 15: Diferentes partes que formam o caule de uma planta.
Fonte: Internet

6.1.2.1. Classificação dos Caules

6.1.2.1.1. Caules Aéreos:

Os caules aéreos são aqueles que crescem acima da superfície:

1. Caules Erectos: Os caules erectos crescem em posição vertical em


relação ao solo. Podem apresentar-se de quatro formas:
a) Tronco: caule resistente ramificado, típico das plantas arbóreas
(mangueira, chanfuta, seringueira e eucalipto);
b) Estipe: não apresenta ramificações. São exemplos de estipe os
caules das palmeiras e dos coqueiros;
c) Colmo: com nós e entrenós bem visíveis. Pode ser oco, como
bambú, cana-de-açúcar, etc;
d) Pressa: caule frágil, comum nas plantas pequenas, como nas
hortaliças salsa, alface, agrião, etc.
2. Caules Trepadores: crescem apoiando-se num suporte qualquer.
Exemplos: hera, maracujazeiro, videira, etc;
3. Caules Rastejantes: desenvolvem-se horizontalmente em relação
ao solo.Exemplos: caule de melância, abóbora e pepino.

31
6.1.2.1.2. Caules Subterrâneos

Estes caules, crescem enterrados no solo:

1. Rizomas: caules enterrados no solo e crescem horizontalmente,


embora produzam ramos aéreos (gengibre, bananeira, polipódio);
2. Tubérculos: caules curtos e grossos ricos em substâncias nutritivas.
Exemplo: Batata-reno e Cenoura;
3. Bolbos: globosos ou em forma de disco. Alguns bolbos podem
apresenta-se revestidos de membrana ou escama. Nos bulbos
tunicados, como a cebola, as folhas sobrepõem-se umas às outras.
Nos bolbos escamosos, como os da açucena, têm folhas com
aspecto de escamas e dispõem-se como as telhas de um telhado.

6.1.2.1.3. Caules Aquáticos:

Crescem dentro da água. Geralmente são pouco desenvolvidos tenros.


Exemplo: aguapé, nenúfar, entre outros. Alguns caules aquáticos
apresentam modificações a uma determinada circunstacia. Entre estes
tipos de caules encontramos gavinhas, espinhos e cladódios.

Sumário

O caule tem a função de sustentar folhas, flores e frutos, além de


conduzir a seiva bruta e elaborada. O caule é composto pelas seguintes
partes: término de broto: situa-se nas pontas (ápice) do caule. O broto
promove o crescimento do caule em comprimento; brotos laterais: ao
longo do caule, quando essas células se multiplicam orinam ramos,
folhas, flores;

Nó: é uma região onde surgem os brotos laterais que orinam as folhas
da planta; entrenó: regiões localizadas entre os nós. Também podemos
dizer que os entrenós são regiões entre dois nós. Os caules podem ser
aéreos, subterrâneos e aquáticos. Em algumas plantas, o caule se
modifica, desenvolvendo ramificações especiais-as gavinhas.

32
1. Quais são as partes que compõem a estrutura externa
do caule?
R: As partes que formam a estrutura externa do caule são:
término de broto, nó e entrenó.
2. Como são classificados os caules quanto a localização?
R: São aéreo, subterrâneos e aquáticos.
3. Qual e a diferença entre caule troconco e estipe?
R: Tronco: caule resistente ramificado, típico das plantas
Exercícios arbóreas (mangueira, chanfuta, seringueira e eucalipto)
enquanto que estipe: não apresenta ramificações. São
exemplos de estipe os caules das palmeiras e dos
coqueiros;
4. Quais são as adaptações que podem apresentar os
aquáticos?
R: As adaptações que podem apresentar os caules
aquáticos são: gavinhas, espinhos e cladódios.

33
Unidade 07

Tema: Morfologia Vegetal-Continuação

Prezado estudante, seja bem-vindo a unidade sobre o estudo da


estrutura externa da folha. A folha é um órgão da planta responsável
pelas trocas gasosas com destaque para a fotossíntese, transpiração e
repiração da planta.

Portanto, nesta unidade, mais uma vez, está convidado para uma
participação activa sobre o tema proposto nesta unidade.

Ao completar esta unidade você será capaz de:

 Identificar os diferentes tipos folhas;


 Caracterizar os diferentes tipos folhas;
 Descrever a estruturas externa básica da folha;
 Comparar as estruturas dos diferentes tipos de folhas;

Objectivos  Fazer desenho e legenda das diferentes partes da folha;


 Classificar os diferentes tipos de folhas segundo a estrutura.

7.1. Morfologia Externa da Folha

A folha é um órgão da planta que tem como função realizar a


fotossíntese na planta ou seja converter a matéria inorgânica em
orgânica para nutrição da planta. A folha geralmente tem forma de
lâmina e apresenta a cor verde, devido a presença de clorofila.

A folha é composta de três partes principais: limbo, pecíolo e bainha.

1. Limbo: O limbo é a região mais larga da folha. Nele encontram-se


os estômas e as nervuras, que contêm pequenos vasos por onde
correm a seiva bruta e a seiva elaborada;
2. Pecíolo: É a haste que sustenta a folha prendendo-a ao caule;

34
3. Bainha: Dilatação do pecíolo, a bainha serve para prender a folha ao
caule.

Figura 16: Diferentes partem que formam o caule de uma


planta. Fonte: http://estruturafolha.blogspot.com/2009/11/

7.1.1. Funções da Folha:

A folha desempenha basicamente duas funções importantíssimas para a


vida das plantas: fotossíntese e transpiração. Para que seja entendido
como a folha realiza essas funções, vamos conhecer os estômas. Os
estômas são estruturas existentes na epiderme das folhas, constituídas
de duas células especiais, as células-guardas. Entre essas duas células,
existe uma abertura que comunica o interior da folha com o ambiente
externo.

Essa abertura é chamada ostíolo. Através dos ostíolos, as folhas fazem


as trocas gasosas entre a planta e o meio externo. O controlo de
abertura e fechamento dos ostíolos é feito pelas células-guardas.
Quando se enchem de água, elas empurram a parede oposta ao ostíolo
para as laterais e abrem o orifício. Quando falta água, elas murcham e
fecham o ostíolo.

35
7.1.1.1. A Fotossíntese

A fotossíntese é uma das funções mais importantes da folha. É por meio


dela que a planta produz o alimento de que necessita para se manter
viva. Para a ocorrência da fotossíntese, uma planta necessita de gás
carbônico, de água e de energia luminosa. Então, acontecem os
seguintes eventos. O vegetal absorve o gás carbônico do ar atmosférico
através dos estômas. A água, que a raiz retira do solo, é conduzida até
às folhas.

A clorofila, pigmento verde presente nas folhas, absorve a energia da luz


solar. Com o auxílio dessa energia, o gás carbônico e a água são
transformados em glicose e oxigênio. A glicose é utilizada como
combustível pelas células fotossintetizantes ou é exportada para as
demais partes da planta através da seiva orgânica. O oxigênio é
libertado para o meio ambiente, contribuindo para a renovação do ar, e
pode também ser utilizado na respiração da própria planta.

A fotossíntese pode ser resumida pela seguinte equação:

7.1.1.2. A Transpiração

Nos dias quentes, principalmente, a maior parte da água absorvida do


solo pela planta e que chega até às células da folha se evapora. Então a
água, em forma de vapor, é eliminada para a atmosfera. Esse processo
denomina-se transpiração e é realizado principalmente pelos estômatos.
O processo de evaporação da água retira calor da folha. A transpiração,
então, refresca a folha, contribuindo para manter a temperatura em
níveis que permitam a actividade de suas células. Se a temperatura de
uma folha ficar muito alta, suas células podem morrer e a fotossíntese
logicamente cessa. A saída dos vapores de água, da folha para o meio
externo, é facilitada quando a humidade relativa do ar é baixa. Por isso,
a transpiração é geralmente mais intensa nos dias quentes e com baixa
humidade do ar. Para repor a água evaporada e perdida para o meio
ambiente na transpiração, as folhas exercem uma espécie de força de

36
sucção sobre os vasos lenhosos da planta, provocando a subida da
seiva bruta.

7.1.1.3. A Sudação

A sudação ou gutação é a eliminação de água em forma de gotículas.


Essas gotículas de água, que também contêm alguns sais minerais
dissolvidos, saem por aberturas especiais que se encontram
principalmente nos bordos e nas pontas das folhas. A sudação ocorre
quando o solo está bem suprido de água. Ao contrário da transpiração, é
mais intensa à noite, com grande humidade do ar. Através da sudação,
uma planta elimina o excesso de água e de sais minerais absorvidos do
solo. Esse fenômeno representa mais uma função que se pode atribuir
às folhas de uma planta.

7.1.2. Classificação das Folhas:

Uma folha que tenha todas as partes (limbo, pecíolo e bainha) é uma
folha completa. Mas nem todas as folhas são assim. Repare as folhas do
fumo e as do milho.
1. Folha Séssil: Na folha do fumo faltam o pecíolo e a bainha. O
limbo prende-se directamente no caule. Ela é uma folha séssil.
2. Folha Invaginante: Na folha do milho falta o pecíolo. A bainha é
bem desenvolvida e fica em volta do caule. Neste caso, a folha é
invaginante.
3. Folha Reticulinérvea: Nas folhas de dicotiledôneas em geral
(feijão, laranjeira, etc.), as nervuras se ramificam no limbo,
formando uma rede delas; a folha é, então, chamada de
reticulinérvea.
4. Paralelinérvea: Nas monocotiledôneas (milho, arroz, etc.) é
comum as nervuras do limbo se apresentarem paralelas umas
às outras; neste caso, a folha é chamada de paralelinérvea.

37
Sumário

A folha geralmente tem forma de lâmina e apresenta a cor verde, devido


a presença de clorofila. A folha é composta de três partes principais:
limbo, pecíolo e bainha. A folha desempenha basicamente: fotossíntese
e transpiração. As células vivas de uma folha respiram, como respiram
também as células vivas da raiz, do caule, etc. Essas trocas gasosas
entre a planta e o meio ambiente é que ocorrem principalmente nas
folhas, através dos estômas.

A sudação ou gutação é a eliminação de água em forma de gotículas.


Essas gotículas de água, que também contêm alguns sais minerais
dissolvidos, saem por aberturas especiais que se encontram
principalmente nos bordos e nas pontas das folhas. A sudação ocorre
quando o solo está bem suprido de água. Uma folha que tenha todas as
partes (limbo, pecíolo e bainha) é uma folha completa. Mas nem todas as
folhas são assim.

1. A folha é composta de três partes principais: limbo,


pecíolo e bainha.Caracterize cada uma das partes.
R: Limbo é a região mais larga da folha. Nele encontram-
se os estômatos e as nervuras, que contêm pequenos
vasos por onde correm a seiva bruta e a seiva elaborada.
Pecíolo sustenta a folha prendendo-a ao caule. Bainha:
serve para prender a folha ao caule.
2. Como é feito o controle de abertura e fechamento dos
ostíolos?
Exercícios
R: O controlo de abertura e fechamento dos ostíolos é feito
pelas células-guardas. Quando se enchem de água, elas
empurram a parede oposta ao ostíolo para as laterais e
abrem o orifício. Quando falta água, elas murcham e
fecham o ostíolo.
3. O que entendes por sudação?
A sudação ou gutação é a eliminação de água em forma
de gotículas.

38
Unidade 08

Tema: Morfologia Vegetal-Conclusão


Prezado estudante, seja bem-vindo a unidade sobre o estudo da
estrutura da flor, fruto e semente. Ao longo da unidade iremos discutir
com alguns detalhes sobre a flor, fruto e semente.

Portanto, nesta unidade, mais uma vez, está convidado para uma
participação activa sobre o tema proposto nesta unidade.

Ao completar esta unidade você será capaz de:

 Classificar os frutos;
 Definir flor, fruto e semente;
 Classificar a flor segundo a sua composição;
 Descrever a estrutura da flor, fruto e semente;

Objectivos  Explicar a composição da flor, fruto e semente;


 Fazer desenho e legenda estrutura da flor, fruto e semente;
 Caracterizar os elementos da estrutura da flor, fruto e semente;

8.1. Flor, Fruto e Semente


8.1.1. A flor

A flor é o sistema reprodutor de uma planta (gimnospermas e


angiospermas). É nela que ocorre a fecundação, ou seja, a união de uma
célula sexual masculina com uma feminina. Depois da fecundação, nas
angiospermas, formam-se frutos e sementes.

8.1.1.1. Componentes da Flor

Os componentes básicos de uma flor são:


1. Cálice: O cálice é formado por um conjunto de folhas modificadas,
as sépalas, quase sempre verdes. Em algumas flores, como o cravo,

39
as sépalas são unidas, formando uma peça única. Em outras, como
a rosa, elas são separadas;
2. Corola: é a parte mais bonita e colorida da flor. Constitui-se de
folhas modificadas – pétalas. Conjunto formado pelo cálice e pela
corola é chamado perianto. Ele envolve e protege os órgãos
reprodutores da flor, o androceu e o gineceu:
a) Androceu: O androceu é o órgão masculino da flor. Compõe-se
de uma ou várias pecinhas alongadas, os estames e este
formado por:

 Antera: se situa na ponta do estame e forma os grãos de


pólen – uma estrutura reprodutora masculina;

 Filete: haste que sustenta a antera;


 Conectivo: liga o filete e a antera.
b) Gineceu: órgão feminino da flor. Constitui-se de um ou mais
carpelos. Os carpelos são folhas modificadas e possuem:
 Estigma: parte achatada do carpelo, situada na sua
extremidade superior; possui um líquido pegajoso que
contribui para a fixação do grão de pólen;
 Estilete: tubo estreito que liga o estigma ao ovário;
 Ovário: parte dilatada do carpelo, geralmente oval, onde se
formam os óvulos.
A flor que possui apenas o androceu é uma flor masculina. A flor
feminina tem apenas o gineceu. Se os dois órgãos reprodutores
estiverem presentes na flor, ela é hermafrodita.

Figura 17: Esquema de uma Flor. Fonte: Internet.

40
8.1.2. O Fruto

Fruto é todo órgão vegetal que se origina do desenvolvimento do ovário.


Assim, a goiaba, e a laranja são frutas e também frutos. A berinjela e o
carrapicho não são frutas, mas são frutos. O fruto geralmente é formado
de pericarpo e semente. O pericarpo origina-se do ovário da flor, que se
desenvolve depois da fecundação, e apresenta três partes:
a) O epicarpo é a porção externa, a casca;
b) O mesocarpo é a parte muitas vezes carnosa e comestível;
c) O endocarpo é a camada interna que envolve a semente.

Às vezes, o endocarpo é bem duro, e forma um caroço, como o da


manga, do pêssego e da azeitona.

8.1.2.1. Classificação dos Frutos

Os frutos podem ser classificados segundo vários critérios:


1. Frutos Carnudos: Os frutos que apresentam o pericarpo
relativamente macio e suculento são chamados frutos carnosos.
Geralmente comestíveis, os frutos carnosos são ricos em
substâncias nutritivas e classificam-se em bagas e drupas:
a) Bagas: São frutos que têm uma ou várias sementes soltas,
como é o caso do mamão, do tomate, da laranja, da melancia e
da goiaba, entre outros;
b) Drupas: Têm um endocarpo duro, dentro do qual há uma
semente. É o caso da manga, do pêssego, do abacate e da
azeitona.

Figura 18: Frutos Carnudos. A: Bagas. B: Fonte: Internet

41
2. Frutos Secos: Os frutos que têm pericarpo seco são chamados
frutos secos. Os frutos secos podem ser deiscentes ou indeiscentes.
a) Frutos deiscentes: são aqueles que, quando maduros, se
abrem libertando as sementes. As vagens das leguminosas
(flamboyant, feijão, soja, ervilha, etc.) são um bom exemplo;
b) Frutos indeiscentes: são aqueles que não se abrem quando
maduros. Os grãos de milho, arroz e trigo, a avelã e a noz são
exemplos de frutos indeiscentes.

Figura 19: Alguns Exemplos de Frutos Secos. Fonte: Internet

3. Frutos Falsos: Toda vez que a parte carnosa do fruto, geralmente


comestível, for originada de outra parte da flor que não seja o ovário,
o fruto não é verdadeiro. É por isso que eles são chamados falsos
frutos. A maçã e o morango, por exemplo, são falsos frutos, porque a
sua porção carnosa se origina do receptáculo da flor. Na maçã, o
verdadeiro fruto é a parte interna, uma espécie de “bolsa” que
envolve as sementes. No morango, os verdadeiros frutos são vistos
como pequenos pontos escuros espalhados por toda a parte
vermelha. O caju também é um falso fruto, pois a parte carnosa
resulta do desenvolvimento do pedúnculo floral. Nele, o verdadeiro
fruto, que representa ovário desenvolvido, é a castanha.

8.1.3. A Semente

A semente é o óvulo da flor desenvolvido após a fecundação. É a


semente que abriga o embrião, a futura planta. O processo pelo qual o
embrião da semente se desenvolve originando uma nova planta
denomina-se germinação.

42
8.1.3.1. Composição da Semente

A semente é composta de tegumento e amêndoa. O tegumento é a


camada externa da semente-a casca, que cobre a amêndoa, parte
principal da semente. A amêndoa apresenta duas partes:

 Embrião: forma a nova planta quando a semente germina.


 Albúmen: contém as substâncias nutritivas que vão alimentar a
plantinha nas primeiras fases de desenvolvimento.

No embrião existe um órgão muito importante chamado cotilédone. É ele


que absorve as substâncias nutritivas do albúmen para alimentar a nova
planta, enquanto ela não tiver raízes nem folhas. Algumas plantas,
como o milho, o arroz e outras tantas enumeradas, têm apenas um
cotilédone-monocotiledôneas. Outras, como o feijão, o amendoim e a
ervilha, apresentam dois cotilédones-dicotiledôneas.
Nas monocotiledôneas, o albúmen é muito desenvolvido. Nas
dicotiledôneas, ele geralmente é pouco desenvolvido. Neste caso, as
substâncias nutritivas ficam armazenadas nos próprios cotilédones.

Sumário

A flor é o sistema reprodutor de uma planta. Os componentes básicos de


uma flor são: cálice e corola. O conjunto formado pelo cálice e pela
corola é chamado perianto. Ele envolve e protege os órgãos reprodutor
masculino e feminino da flor, o androceu e o gineceu, respectivamente. A
flor que tem os dois órgãos reprodutores é chamada hermafrodita.

Fruto é todo órgão vegetal que se origina do desenvolvimento do ovário.


O fruto geralmente é formado de pericarpo e apresenta três partes:
epicarpo, mesocarpo e endocarpo. Os frutos podem ser classificados
Segundo varios criterios: frutos carnudos (bagas e drupas), frutos secos
(deiscentes e indeiscentes) e frutos falsos e verdadeiros.

A semente é o óvulo da flor desenvolvido após a fecundação. É a


semente que abriga o embrião, a futura planta. O processo pelo qual o
embrião da semente se desenvolve originando uma nova planta

43
denomina-se germinação. Ela é composta por tegumento e amendoa.
Sementes com uma cotiledonea são monocotiledóneas e com duas
cotiledones sao docotiledoneas.

1. Quais são os componentes básicos da flor?


R: Os componentes básicos da flor são: cálice e corola.
2. Quais são as partes que formam o pericarpo?
R: Constituido por três partes: epicarpo, mesocarpo e
endocarpo.
3. O que entendes por germinação?
R: O processo pelo qual o embrião da semente se
desenvolve originando uma nova planta
4. Para uma semente poder germinar é necessário a
Exercícios contribuição de factores internos. Dê exemplos
condições externos (condições do meio ambiente).
R: Oxigênio, temperatura adequada; humidade.
5. Diga o entendes por fruto.
R: Fruto é todo órgão vegetal que se origina do
desenvolvimento do ovário.
a) Como é formado o fruto?
R: O fruto geralmente é formado de pericarpo e
apresenta três partes: epicarpo, mesocarpo e
endocarpo.

44
Unidade 09

Tema: Histologia dos Órgãos Vegetais

Prezado estudante, seja bem-vindo a unidade sobre a estrutura primária


da raíz da monotiledónea. Portanto, a raiz e o caule são órgãos
indispensáveis principalmente para as plantas superiores.

Nesta unidade iremos discutir sobre os componentes da estrutura


primária da raíz monocotiledónea como um órgão das plantas
superiores.

Ao completar esta unidade você será capaz de:

 Explicar a estruturas primária da raíz da monocotiledónea;


 Descrever a estrutura primária da raíz da monotiledónea;
 Caracterizar a estrutura primária da raíz da monotiledónea;
 Fazer legenda da estrutura primária da raíz da monotiledónea;
 Fazer esquema da estrutura primária da raíz da monocotiledónea;
Objectivos
 Identificar os elementos da estrutura primária da raíz da
Monotiledónea.

9.1. Estrutura Primária da Raíz de


Monocotiledónea

Na estrutura anatómica da raíz de uma monocotilédonea, figuras 20.1;


20.2; 21.1 e 21.2. Na planta de milho (Zea mays L.) podemos distinguir:
a epiderme (epd) constituída por uma camada de células vivas que
reveste a raíz com crescimento primário; no sistema fundamental, a zona
cortical ou córtex (ctx) constituída por células de parênquima e cuja
camada mais interna é a endoderme (end), formada por células cuja
parede contém algumas zonas suberificadas.

A parte externa da zona cortical designa-se exoderme (exd) e pode


apresentar várias camadas de células compactadas; o cilindro central
(cc) que inclui o sistema vascular apresenta uma camada exterior de

45
células parenquimatosas, formando o periciclo (per), tecidos vasculares
(feixes de xilema (xil) e de floema (flo) e, nas raízes desenvolvidas,
observa-se a medula (med) zona central da estrutura, preenchida por
células parenquimatosas.

Figura 20: 20.1. Corte Transversal da Raiz Milho. 20.2. Corte Transversal da Raiz de
Milho. Fonte: Internet.

Na estrutura primária da raíz de monocotilédoneas os feixes vasculares


são simples alternos, as células são mais precoces do protoxilema e de
protofloema numa posição mais periférica do feixe, e células tardias de
metaxilema e de metafloema na parte interna. No seu conjunto, pela
existência de vários feixes numa posição circular, pode designar-se essa
disposição de estrutura poliarca. Os feixes lenhosos são constituídos
por: elemento condutor, traqueídos e elementos de vaso (evl) – figura
21.1 – dispostas em séries longitudinais formando vasos lenhosos; por
células de parênquima; e, por vezes, células de suporte, fibras.

Figura 21: Estrutura Primária da Raíz da Monocotiledónea. 21.1 e 21.2 Cortes


Transversais da Raiz de Milho. Fonte: Internet.

As paredes das extremidades de cada elemento de vaso apresentam


placas de perfuração (ppf) – figura 21.1 – que permitem a movimentação
livre da água de célula para célula. O floema (feixes liberinos) é, tal como

46
o xilema, um tecido complexo constituído por: elementos de tubo crivoso
dispostos em séries verticais formando os tubos crivosos; por células
companheiras; por células de parênquima e, por vezes, fibras.

A estrutura anatómica da raíz do trigo (Triticum spec) – figura 22.1 –


apresenta igualmente o crescimento primário característico das
monocotilédoneas, observando-se a formação de uma raíz lateral (rzl)
originada de células do periciclo, cuja multiplicação permite a formação
de uma ramificação crescendo perpendicularmente ao eixo da raíz
principal.

Figura 22: Estrutura Primária da Raíz da Monocotiledónea. 22.1. Corte


Transversal da Raiz de trigo. 22.2. Corte Transversal da Raiz da Erva-serra.
Fonte: Internet.

Na estrutura apresentada na figura 22.2, corte transversal da erva-serra


(Leersia oryzoides), uma monocotilédonea que cresce em arrozais,
observa-se a zona cortical preenchida por parênquima aerífero ou
aerênquima (aer) com grandes espaços intercelulares cuja formação
envolve a destruição de células.

47
Sumário

Na estrutura anatómica da raíz de uma monocotilédonea, como é o caso


do milho (Zea mays L.) podemos distinguir: a epiderme, a zona cortical
ou córtex. Os feixes lenhosos são constituídos por: elementos
condutores, traqueídos e elementos de vaso. O floema é, tal como o
xilema, um tecido complexo constituído por: elementos de tubo crivoso.

Na estrutura o corte transversal da erva-serra (Leersia oryzoides), uma


monocotilédonea que cresce em arrozais, observa-se a zona cortical
preenchida por parênquima aerífero ou aerênquima (aer) com grandes
espaços intercelulares cuja formação envolve a destruição de células.

1. Quais são as partes que se observam na estrutura


primaria da raiz monocotiledones?
R: Na estrutura anatómica da raíz de uma
monocotilédonea, podemos distinguir: a epiderme, a
zona cortical ou córtex.
2. Como são constituídos os feixes lenhosos?
R: São constituídos por: elementos condutores,
traqueídos e elementos de vaso.
Exercícios 3. Qaul e a característica da estrutura da raíz de uma
dicotilédonea em crescimento?
R: Epiderme, zona cortical e cilindro central, limitado
externamente pela endoderme (end).

48
Unidade 10

Tema: Histologia dos Órgãos Vegetais-


Continuação

Prezado estudante, seja bem-vindo a unidade sobre a estrutura primária


da raíz da dicotiledónea. Portanto, a raiz e o caule são órgãos
indispensáveis principalmente para as plantas superiores.

Nesta unidade iremos discutir sobre os componentes da estrutura


primária da raíz dicotiledoneas como um órgão das plantas superiores.

Ao completar esta unidade você será capaz de:

 Explicar a estruturas primária da raíz dicotiledónea;


 Descrever a estrutura primária da raíz da dicotiledónea;
 Caracterizar a estrutura primária da raíz da dicotiledónea;
 Fazer legenda da estrutura primária da raíz da dicotiledónea;
 Fazer esquema da estrutura primária da raíz da dicotiledónea;
Objectivos
 Identificar os elementos da estrutura primária da raíz da
dicocotiledónea.

10.1. Estrutura Primária da Raíz de


Dicotiledónea

A estrutura da raíz de uma dicotilédonea, como o Ranunculus spec


(figura 23.1) ainda em crescimento primário, apresenta as zonas
anatómicas características da anatomia da raíz: epiderme (epd), zona
cortical (ctx) e cilindro central (cc), limitado externamente pela
endoderme (end). O cilindro central, ocupado nesta estrutura apenas por
tecidos vasculares, pela inexistência de medula, apresenta um padrão
vascular tetrarca formado por quatro feixes de xilema, característico de
dicotilédoneas.

49
Figura 23: Estrutura Primária da Raíz da Dicotiledónea. 23.1 e 23.2 Cortes
Transversais da Raiz de Ranunculus. Fonte: Fonte: Internet.

Nestes feixes lenhosos – figura 23.1 – as células que ocupam uma


posição mais externa apresentam menor tamanho sendo as primeiras a
completar a diferenciação e constituem o protoxilema (ptx). Na região
central observa-se o metaxilema (mtx), com elementos de diâmetro
crescente e que completam a maturação mais tardiamente. Observa-se
o início da formação do câmbio vascular (cv) – figura 24 – cordão de
células situadas entre o xilema e o floema.

Figura 24: Estrutura Primária da Raíz. Fonte: Célula-Planta.

50
Sumário

A estrutura da raíz de uma dicotilédonea, como o Ranunculus spec ainda


em crescimento primário, apresenta as zonas anatómicas características
da anatomia da raíz: epiderme, zona cortical e cilindro central, limitado
externamente pela endoderme. Nestes feixes lenhosos as células que
ocupam uma posição mais externa apresentam menor tamanho sendo
as primeiras a completar a diferenciação e constituem o protoxilema.

Na região central observa-se o metaxilema (mtx), com elementos de


diâmetro crescente e que completam a maturação mais tardiamente.
Observa-se o início da formação do câmbio vascular - cordão de células
situadas entre o xilema e o floema.

1. Porque é que o cilindro central, é ocupado apenas por


tecidos vasculares?
R: Pela inexistência de medula, apresenta um padrão
vascular tetrarca formado por quatro feixes de xilema,
característico de dicotilédoneas.
2. Como é que as células que ocupam uma posição mais
externa se dispõem nos feixes lenhosos?

Exercícios R: As células que ocupam uma posição mais externa


apresentam menor tamanho sendo as primeiras a
completar a diferenciação e constituem o protoxilema (ptx).
4. Qual e a característica do metaxilema na região central
R: O metaxilema com elementos de diâmetro crescente e
que completam a maturação mais tardiamente.

51
Unidade 11

Tema: Histologia dos Órgãos Vegetais –


Continuação

Prezado estudante, seja bem-vindo a unidade sobre a estrutura


secundária da raíz. Repare que, quando se fala da estrutura secundária
em particular da raíz, apenas centramos a discussão nas plantas
dicotiledónes porque as monocotiledónes geralmente não sofrem
grandes alterações na transição de primária para secundária.

Ao completar esta unidade você será capaz de:

 Explicar a estruturas secundária da raíz da dicotiledónea;


 Descrever a estrutura secundária da raíz da dicotiledónea;
 Caracterizar a estrutura secundária da raíz da dicotiledónea;
 Fazer legenda da estrutura secundária da raíz da dicotiledónea;

Objectivos  Fazer desenho da estrutura secundária da raíz da dicotiledónea;


 Identificar os elementos da estrutura secundária da raiz de
dicotiledónea.

11.1. Estrutura Secundária da Raíz de


Dicotiledonea
O crescimento secundário, tanto nas raízes como nos caules, é
característico de dicotiledóneas e de gimnospérmicas. Consiste na
organização de estruturas com tecidos vasculares secundários formados
a partir do câmbio vascular e do câmbio subero-felodérmico ou felogene.
Nas figuras 25.1 e 25.2 observa-se uma estrutura com crescimento
secundário revestida por uma periderme (pdm), camada constituída, do
exterior para o interior, por súber (células suberificadas), felogene
(células meristemáticas) e feloderme (células de parênquima).

52
Na região central observa-se o cilindro vascular com feixes duplos
abertos. A formação e actividade do câmbio vascular (cv) – figuras 25.1
e 25.2 – cujas células desenham cordões entre o xilema (xil) e o floema
(flo), provoca a ruptura e destruição da endoderme bem como uma parte
do córtex.

Da actividade de células, nomeadamente do periciclo, produz-se


parênquima radial-figura 25.2 – que forma raios (rp). A sequência de
formação do xilema e do floema permite localizar o xilema primário (x1º)
em posição mais interior, ocupando o centro da estrutura, relativamente
ao xilema secundário (x2º). O floema secundário (f2º) apresenta-se em
posição mais próxima do câmbio e o floema primário (f1º) mais afastado.

Figura 25: Estrutura Secundárias da Raíz. 25.1 e 25.2 Cortes Transversais da Raiz da
Videira. Fonte: Internet.

53
Sumário

O crescimento secundário, tanto nas raízes como nos caules, é


característico de dicotiledóneas e de gimnospérmicas. Consiste na
organização de estruturas com tecidos vasculares secundários formados
a partir do câmbio vascular e do câmbio subero-felodérmico ou felogene.
Na região central, o cilindro vascular apresenta-se com feixes duplos
abertos.

A formação e actividade do câmbio vascular cujas células desenham


cordões entre o xilema (xil) e o floema (flo), provoca a ruptura e
destruição da endoderme e de parte do cortex. A sequência de formação
do xilema e do floema permite localizar o xilema primário em posição
mais interior, ocupando o centro da estrutura, relativamente ao xilema
secundário. O floema secundário apresenta-se em posição mais próxima
do câmbio e o floema primário mais afastado.

1. O crescimento secundário, tanto nas raízes como nos


caules, é característico de dicotiledóneas e de
gimnospérmicas. Comente esta afirmação.
R: É característico das dicotiledóneas e gimnospérmicas
porque as plantas monocotiledóneas conservam durante
todo ciclo a mesma estrutura sofrendo apenas algumas
alterações insignificantes.
2. Qual é a influência da formação e actividade do câmbio
Exercícios vascular cujas células desenham cordões entre o xilema e o
floema?
R: Provoca a ruptura e destruição da endoderme e de parte
do córtex.
3. Como é que se apresenta o floema secundário?
R: O floema secundário apresenta-se em posição mais
próxima do câmbio e o floema primário mais afastado.

54
Unidade 12

Tema: Histologia dos Órgãos Vegetais


Continuação
Prezado estudante, seja bem-vindo a unidade sobre a estrutura primária
do caule de monocotiledónea. Portanto, depois de estudarmos a
morfologia externa do caule, iremos centrar nosso estudo, sobre os
aspectos internos do caule de monocotiledónea.

Nesta unidade, está convidado para uma participação activa sobre o


tema proposto nesta unidade.

Ao completar esta unidade você será capaz de:

 Explicar a estruturas primária do caule da monocotiledónea;


 Descrever a estrutura primária do caule da monocotiledónea;
 Caracterizar a estrutura primária do caule monocotiledónea;
 Legendar a estrutura primária do caule da monocotiledónea;
Objectivos  Esquematizar a estrutura primária do caule da monocotiledónea;
 Identificar os elementos da estrutura primária do caule da
monocotiledónea.

13.1. Estrutura Primária do Caule de


Monocotiledónea

A anatomia do caule, numa estrutura de crescimento primário, apresenta


os sistemas de tecidos dérmicos, fundamentais e vascular, sendo
diferente a distribuição relativa dos dois últimos, quando comparada com
a da estrutura primária da raíz.

O sistema de tecido dérmico-figuras 26.1 e 26.2 constitui a epiderme


(epd) que, no caule, apresenta uma cutícula (cutina) que cobre
exteriormente as células da epiderme, podendo apresentar indumento
constituído por pêlos como se observa na figura 30.1 nas páginas mais
abaixo.

55
O caule das gramíneas, tal como a maioria das monocotiledóneas,
apresenta feixes vasculares (fxv) mais ou menos numerosos e dispersos.

Figura 26: Estrutura Primária do Caule de Monocotiledónea. 26.1 e 26.2. Cortes


Transversais do Caule do Trigo. Fonte: Internet

Os feixes dispõem-se em dois círculos nos caules do trigo e da erva-


serra-figuras 26.1; 27.2 e 28.1. Nestas estruturas com feixes em
disposição circular forma-se um cilindro de células de esclerênquima
(esc) na zona contínua à epiderme (figura 26.2 e 28.1), observando-se
os feixes libero-lenhosos mais externos (fxv), incluídos nesse tecido de
suporte. Nestas estruturas são ainda frequente a ruptura das células da
medula nas zonas dos entrenós formando-se espaços (esp) na zona
central da estrutura (figura 26.1 e 27.2).

Figura 27: Estrutura Primária do Caule de Monocotiledónea. 27.1. Corte Transversal


do Caule de Trigo (Feixe Vascular). 27.2. Corte Transversal do Rizoma de erva-serra.
Fonte: Internet

No caule do milho, figura 28.2, os feixes estão espalhados não sendo


frequente a formação do cilindro exterior de esclerênquima. Algumas
células do parênquima sub-epidérmico podem esclerificar-se. Os feixes
vasculares na estrutura primária do caule de monocotiledóneas são
inteiramente primários, duplos fechados. Os feixes libero-lenhosos -

56
figura 27.1, são frequentemente envolvidos por uma camada de células
de esclerênquima (esc) localizando-se o floema (flo) numa posição mais
externa e observando-se células de metaxilema (mtx) e de protoxilema
(ptx) onde por vezes se formam lacunas.

No corte transversal do rizoma de erva-serra-figura 27.2, observam-se


espaços intercelulares (esp) que provocam a destruição de células de
parênquima. O tecido fundamental nestas estruturas é constituído
sobretudo por células de parênquima (par).

Figura 28: Estrutura Primária do Caule de Monocotiledónea. 28.1. Corte transversal do


caule da erva-serra. 28.2. Corte Transversal do Caule do Milho. Fonte: Internet

Sumário

A anatomia do caule, numa estrutura de crescimento primário, apresenta


os sistemas de tecido dérmico, fundamental e vascular. O sistema de
tecido dérmico constitui a epiderme que, no caule, apresenta uma
cutícula. O caule das monocotiledóneas, apresenta feixes vasculares
mais ou menos numerosos e dispersos.

No caule do milho, os feixes estão espalhados não sendo frequente a


formação do cilindro exterior de esclerênquima. Os feixes vasculares na
estrutura primária do caule de monocotiledóneas são inteiramente
primários, duplos fechados. O tecido fundamental nestas estruturas é
constituído sobretudo por células de parênquima.

57
1. O crescimento secundário, tanto nas raízes como nos
caules, é característico de dicotiledóneas e de
gimnospérmicas. Comente esta afirmação.
R: É característico das dicotiledóneas e gimnospérmicas
porque as plantas monocotiledóneas conservam durante
todo ciclo a mesma estrutura sofrendo apenas algumas
alterações insignificantes.
2.Como é que se apresenta o caule de monocotiledónea?
R: O caule das monocotiledóneas, apresenta feixes
Exercícios vasculares mais ou menos numerosos e dispersos.
3. Cararcterize os na no caule de milho?
No caule do milho, os feixes estão espalhados não sendo
frequente a formação do cilindro exterior de esclerênquima.
4. Diga como são os feixes vasculares na estrutura primária
do caule de monocotiledóneas.
R: Os feixes vasculares na estrutura primária do caule de
monocotiledóneas são inteiramente primários, duplos
fechados.

58
Unidade 13

Tema: Histologia dos Órgãos Vegetais-


Continuação

Prezado estudante, seja bem-vindo a unidade sobre a estrutura primária


do caule de dicotiledónea. Depois da discussão de aspectos externos do
caule. Iremos centrar nosso estudo, sobre os aspectos internos do caule
de dicotiledónea.

Nesta unidade, está convidado para uma participação activa sobre o


tema proposto nesta unidade.

Ao completar esta unidade você será capaz de:

 Explicar a estruturas primária do caule de dicotiledónea;


 Descrever a estrutura primária do caule de dicotiledónea;
 Caracterizar a estrutura primária do caule de dicotiledónea;
 Legendar a estrutura primária do caule de dicocotiledónea;
 Esquematizar a estrutura primária do caule de dicocotiledónea;
Objectivos
 Identificar os elementos da estrutura primária do caule de
dicotiledónea.

13.1. Estrutura Primária do Caule de


Dicotiledónea

No crescimento primário do caule de dicotiledóneas herbáceas, figuras


29.2; 30.2 e 31.1 – o sistema vascular nas zonas de entrenós forma
geralmente uma faixa circular de feixes libero-lenhosos (fxv) que separa
o córtex (ctx), situado do lado exterior, da medula (med), na zona central
da estrutura.

A zona medular observa-se geralmente no caule das dicotilédoneas, ao


contrário da raíz onde é geralmente inexistente. Os feixes podem
apresentar-se mais ou menos próximos, observando-se entre eles uma

59
camada de parênquima designada parênquima interfascicular
constituindo os raios medulares (rm).

Figura 29: Estrutura Primária do Caule de Dicotiledóneas. 29.1. Pêlo da epiderme do


Caule de Dicotiledonea. 29.2. Corte Transversal do Caule de Ranunculus. Fonte:
Internet.

A zona cortical (ctx) é preenchida por células de parênquima com


pequenos espaços intercelulares. Na parte exterior do corte-figuras 30.2,
pode aparecer colênquima (col). A medula tem espaços intercelulares
pelo menos na parte central.

Figura 30: Estrutura Primária do Caule de Dicotiledóneas. 30.1. Corte Transversal do


Caule de Ranunculus (feixe vascular). 30.2. Corte Transversal de Composta. Fonte:
Internet

No que respeita ao sistema vascular os feixes libero-lenhosos – figuras


29.2; 30.1 e 31.2, apresentam uma disposição colateral, com o floema
(flo) localizado do lado de fora do xilema (xil). Observa-se também –
figuras 29.2 e 30.1, uma zona envolvente do feixe constituída por tecido
esclerenquimatoso (esc).

Em algumas famílias de dicotiledóneas (p. ex. cucurbitáceas e


solanáceas) o floema forma-se para um e outro lado do xilema,
designando-se floema externo (fle) e floema interno (fli) – figuras 31.2,

60
constituindo feixes vasculares bicolaterais (fxb). Pode ainda observar-se
a formação de uma zona cambial (cv).

Figura 31: Estrutura Primária do Caule de Dicotiledóneas. 31.1. Corte Transversal do


Caule de Tomateiro. 31.2. Corte Transversal do Caule de Cucurbitacea. Fonte: Internet.

Sumário

No crescimento primário do caule de dicotiledóneas herbáceas, o


sistema vascular nas zonas de entrenós forma geralmente uma faixa
circular de feixes libero-lenhosos que separa o cortex, situado do lado
exterior, da medula, na zona central da estrutura. A zona cortical é
preenchida por células de parênquima com pequenos espaços
intercelulares. Na parte exterior do corte pode aparecer colênquima (col).
A medula tem espaços intercelulares pelo menos na parte central.

No que respeita ao sistema vascular os feixes libero apresentam uma


disposição colateral, com o floema localizado do lado de fora do xilema.
Em algumas famílias de dicotiledóneas o floema forma-se para um e
outro lado do xilema, designando-se floema externo e floema interno
constituindo feixes vasculares bicolaterais. Pode ainda observar-se a
formação de uma zona cambial.

61
1 Descreve a característica do sistema vascular no
crescimento primário do caule de dicotiledóneas herbáceas.
R: O sistema vascular nas zonas de entrenós forma
geralmente uma faixa circular de feixes libero-lenhosos que
separa o córtex, situado do lado exterior, da medula, na zona
central da estrutura.
2. Como é que os feixes se apresentam na zona central?
R: Os feixes podem apresentar-se mais ou menos próximos,
observando-se entre eles uma camada de parênquima
designada parênquima interfascicular constituindo os raios
Exercícios medulares.
3. Que células preechem a zona cortical?
R: A zona cortical é preenchida por células de parênquima
com pequenos espaços intercelulares.
4. O que e que pode aparecer na parte exterior?
R: Na parte exterior do corte pode aparecer colênquima). A
medula tem espaços intercelulares pelo menos na parte
central.

62
Unidade 14

Tema: Histologia dos Órgãos Vegetais-


Continuação

Prezado estudante, seja bem-vindo a unidade sobre o estudo da


estrutura secundária do caule de dicotiledónea. Tal como dissemos,
quando discutiamos a estrutura secundária da raiz de dicotiledónea, os
caules de monocotiledónea não apresentam grandes alterações na
transição de suas estruturas.

Portanto, nesta unidade, mais uma vez, está convidado para uma
participação activa sobre o tema proposto nesta unidade.

Ao completar esta unidade você será capaz de:

 Explicar a estruturas secundária do caule da dicotiledónea;


 Descrever a estrutura secundária do caule da dicotiledónea;
 Caracterizar a estrutura secundária do caule da dicotiledónea;
 Fazer legenda da estrutura secundária do caule da dicotiledónea;
Objectivos  Fazer desenho da estrutura secundária do caule da dicotiledónea;
 Identificar os elementos da estrutura secundária do caule da
dicotiledónea.

14.1. Estrutura Secundária do Caule de


Dicotiledónea

Em dicotiledóneas herbáceas não é frequente o crescimento secundário.


A estrutura de crescimento secundário observa-se no caule de
dicotiledóneas lenhosas e de gimnospérmicas onde se forma periderme
e tecidos vasculares secundários. A formação do câmbio vascular (cv),
pela sua localização – figura 28.1; 29.1 e 30.2, permite distinguir o
câmbio fascicular (cv-f), originado de células do procâmbio, e o câmbio
inter-fascicular (cv-if), originado de células do parênquima inter-
fascicular.

63
Figura 32: Estrutura Secundária do Caule de Dicotiledóneas. 32.1 e 32.2. Cortes
Transversais do Caule da Videira (form ação da periderme). Fonte: Internet.

A periderme (pdm) surge por baixo da epiderme – figura 32.2, com


origem e constituição idênticas à periderme da raíz com crescimento
secundário. O córtex (ctx) é delimitado internamente pelo floema
secundário (flo-2º) que pode apresentar fibras perivasculares (fib).

Figura 33: Estrutura Secundária do Caule de Dicotiledóneas. 33.1 e 33.2. Cortes


Transversais do Caule da Tília. Fonte: Internet

Os feixes vasculares são duplos, abertos pela presença de câmbio,


observando-se no floema a presença de conjuntos de fibras-liber duro
(lbr-d) – que, em muitas estruturas alternam com conjuntos de tubos
crivosos, células companheiras e parênquima liberino formando o liber
mole (lbr-m).

Figura 34: Estrutura Secundária do Caule de Dicotiledóneas. 34.1. Vasos Lenhosos do


Caule de Tilia. 34.2. Corte Transversal do Caule de Oliveira. Fonte: Internet

64
O xilema secundário (xil-2º) apresenta um aspecto mais denso que o
xilema primário contendo células de parênquima na forma de raios (rp).
Na composição do xilema incluem-se vasos lenhosos (vl) cujo aspecto
se pode observar em corte transversal - figura 32.1, e em corte
longitudinal – figura 34.1.

Figura 35: Estrutura Secundária do Caule de Dicotiledóneas. Fonte: Internet

No caule do sobreiro – figura 35 é visível uma faixa de fibras (fbr) e


alguns tricomas (trc), pêlos que permanecem ligados à epiderme até
completa substituição desta pela periderme.

Figura 36: Diversos Elementos Estruturais do Caule. Fonte: Internet

65
Sumário

A estrutura de crescimento secundário observa-se no caule de


dicotiledóneas lenhosas e de gimnospérmicas onde se forma periderme
e tecidos vasculares secundários. A formação do câmbio vascular
permite distinguir o câmbio fascicular originado de células do procâmbio,
e o câmbio inter-fascicular originado de células do parênquima inter-
fascicular. A periderme surge por baixo da epiderme com origem e
constituição idênticas à periderme da raíz com crescimento secundário.
O córtex é delimitado internamente pelo floema secundário que pode
apresentar fibras perivasculares.

Os feixes vasculares são duplos, abertos pela presença de câmbio,


observando-se no floema a presença de conjuntos de fibras-liber duro.O
xilema secundário apresenta um aspecto mais denso que o xilema
primário contendo células de parênquima na forma de raios. Na
composição do xilema incluem-se vasos lenhosos cujo aspecto se pode
observar em corte transversal e em corte longitudinal. No caule do
sobreiro é visível uma faixa de fibras e alguns tricomas pêlos que
permanecem ligados à epiderme até completa substituição desta pela
periderme.

66
1. Em que tipo de plantas se observa estrutura de
crescimento secundário do caule?
R: A estrutura de crescimento secundário observa-se no
caule de dicotiledóneas lenhosas e de gimnospérmicas
onde se forma periderme e tecidos vasculares
secundários.
2. Qual é a importância da formação do câmbio
vascular?
R: Permite distinguir o câmbio fascicular originado de
células do procâmbio, e o câmbio inter-fascicular,
originado de células do parênquima inter-fascicular.
Exercícios
3. Como é que se apresentam os feixes vasculares?
R: Os feixes vasculares são duplos, abertos pela
presença de câmbio.
4. Explique em poucas palavras como surge a
periderme.
R: A periderme surge por baixo da epiderme com origem
e constituição idênticas à periderme da raíz com
crescimento secundário. O cortex é delimitado
internamente pelo floema secundário que pode
apresentar fibras perivasculares.

67
Unidade 15

Tema: Histologia dos Órgãos Vegetais-


Continuação

Prezado estudante, seja bem-vindo a unidade sobre o estudo da


estrutura da folha de monocotiledónea. A folha é um órgão da planta
responsável pelas trocas gasosas: fotossíntese, transpiração e repiração
da planta.

Portanto, está convidado para a discussão sobre a estrutura da folha de


monocotiledonea.

Ao completar esta unidade você será capaz de:

 Classificar as folhas segundo a sua composição;


 Explicar a estrutura da folha de monocotiledónea;
 Descrever a estrutura da folha de monocotiledónea;
 Fazer legenda da estrutura da folha de monocotiledónea;
 Fazer desenho da estrutura da folha de monocotiledónea;
Objectivos
 Identificar os os elementos da estrutura da folha de monocotiledónea;
 Caracterizar os elementos da estrutura da folha de monocotiledónea.

1.5.1. Estrutura da Folha de Monocotilédoneas

A estrutura anatómica do limbo das folhas de angiospérmicas


monocotilédoneas varia bastante. Nas figuras 37.1 à 37.2 observam-se
cortes transversais do limbo da folha de gramíneas cuja estrutura é típica
desta família. São distinto ao sistema dérmico representado pela
epiderme da página interna (epd-pi) e da página externa (epd-pe), o
sistema vascular representado por feixes duplos fechados (fxv-df) e o
mesófilo (mes) constituído por células de parênquima, idênticas.

68
Figura 37: Estrutura da Folha de Monocotilédoneas. 37.1 e 37.2. Cortes Transversais da
Folha de Milheiro. Fonte: Internet

A epiderme pode incluir vários tipos de células entre as quais algumas


mais volumosas, na epiderme da página interna – figuras 38.2 e 39 –
designadas células motoras (cél-mt) que estão associadas ao
enrolamento das folhas em condições de secura.

Figura 38: Estrutura da Folha de Monocotilédoneas. 38.1 e 38.2. Cortes Transversais


da Folha de Trigo. Fonte: Internet

São ainda estruturas da epiderme o indumento – figura 38.2 - constituído


por tricomas (pêlos da epiderme) de formas diversas e os estômas. As
folhas de gramíneas apresentam tecido de suporte - figuras 37.2; 38.2 e
39 – do tipo esclerênquima, nomeadamente fibras (esc) associadas aos
feixes em faixas longitudinais.

Figura 39: Estrutura da Folha de Monocotilédoneas. Fonte: Internet

69
As baínhas dos feixes são também características de gramíneas-figura
38.2 – podendo apresentar uma baínha dupla (bd) constituída por uma
faixa interna de células de parede mais espessa (bd-ci) e outra externa
de paredes mais delgadas (bd-ce).

Figura 40: Estrutura Interna da Folha de Monocotilédoneas. Fonte: Internet

Sumário

A estrutura anatómica do limbo das folhas de angiospérmicas


monocotilédoneas varia bastante. São distinto do sistema dérmico
representado pela epiderme da página interna e da página externa, o
sistema vascular representado por feixes duplos fechados e o mesófilo
constituído por células de parênquima, idênticas.

A epiderme pode incluir vários tipos de células entre as quais algumas


mais volumosas, na epiderme da página interna, designadas células
motoras que estão associadas ao enrolamento das folhas em condições
de secura. As baínhas dos feixes são também características de
gramíneas podendo apresentar uma baínha dupla, constituída por uma
faixa interna de células de parede mais espessa e outra externa de
paredes mais delgadas.

70
1. Como é representado o sistema dérmico?
R: O sistema dérmico representado pela epiderme da
página interna e da página externa o sistema vascular
representado por feixes duplos fechados constituído por
células de parênquima, idênticas.
2. Que tipo de células forma a epiderme?
R: A epiderme pode incluir vários tipos de células entre
as quais algumas mais volumosas, na epiderme da
página interna designadas células motoras que estão
associadas ao enrolamento das folhas em condições de
secura.

Exercícios 3. Quais são as caracteristicas das folhas das


gramíneas?
R: As folhas de gramíneas apresentam tecido de suporte
do tipo esclerênquima, nomeadamente fibras associadas
aos feixes em faixas longitudinais.
4. Explique as características da bainha dos feixes em
gramíneas.
R: As baínhas dos feixes são também características de
gramíneas podendo apresentar uma baínha dupla
constituída por uma faixa interna de células de parede
mais espessa e outra externa de paredes mais
delgadas.

71
Unidade 16

Tema: Histologia dos Órgãos Vegetais


Conclusão

Prezado estudante, seja bem-vindo a unidade sobre o estudo da


estrutura da folha de dicotiledónea. As folhas de monocotiledóneas
diferem-se das dicotiledóneas pelo facto de apresentarem estrutura
simétrica enquanto as dicotiledóneas tem estrutura assimétrica.

Portanto, nesta unidade, mais uma vez, está convidado para uma
participação activa sobre o tema proposto nesta unidade.

Ao completar esta unidade você será capaz de:

 Explicar a estrutura da folha de dicocotiledónea;


 Classificar as folhas segundo a sua composição;
 Fazer legenda da estrutura da folha de dicotiledonea;
 Fazer desenho da estrutura da folha de dicocotiledónea;

Objectivos  Identificar os os elementos da estrutura da folha de dicocotiledónea;


 Caracterizar os elementos da estrutura da folha de dicocotiledónea.

16.1. Estrutura da Folha de Dicotilédoneas

A estrutura anatómica do limbo das folhas de dicotilédoneas pode variar


em função do habitat da espécie. Nas espécies xerófitas (adaptadas a
ambientes secos) o mesófilo é mais compacto apresentando maior
proporção de parênquima clorofilino em paliçada e menor volume de
espaços intercelulares. A epiderme da folha destas plantas pode
apresentar uma cutícula espessa e um número variável de estômas.

As figuras 41 à 45 mostram a estrutura anatómica do limbo das folhas de


dicotilédoneas onde se observa o mesófilo diversificado – figuras 41.1 e
41.2 – em parênquima clorofilino em paliçada (p-pal), junto à epiderme
superior, e parênquima clorofilino lacunoso (p-lac) junto à epiderme

72
inferior. Na estrutura da folha de sobreiro observa-se o maior
desenvolvimento do parênquima em paliçada.

Figura 41: Estrutura da Folha de Dicotilédoneas. 41.1. Corte Transversal da Folha de


Oliveira. 41.2. Corte Transversal da Folha de Sobreiro. Fonte: Internet

Integrado no parênquima do mesófilo-figura 41.2 – podem observar-se


feixes vasculares (fxv) de dimensão variável. São evidentes, nas figuras
41 à 45, os tricomas (tric) que apresentam formas variadas. Na zona da
nervura principal- figura 41.1 - observa-se o xilema (xil) na posição
voltada para a página superior e o floema (flo), voltado para a página
inferior.

Figura 42: Estrutura da Folha de Dicotilédoneas. 42.1. Corte Transversal da Folha de


Sobreiro (zona da nervura central). 42.2. Tricomas da Folha Sobreira. Fonte: Internet

É ainda evidente um tecido de suporte – figuras 41.1 e 42.1 – associado


aos feixes que percorrem as nervuras maiores, geralmente constituído
por colênquima (col). Em aglomerados sobre os feixes ou associado à
baínha dos feixes – figura 42.2 – pode formar-se também esclerênquima
(esc), presença comum em plantas xerófitas.

73
Figura 43: Estrutura da Folha de Dicotilédoneas. 43.1. Corte Transversal da Folha de
Figueiro (zona da nervura central). 43.2. Corte Transversal da folha de Eucalipto.
Fonte: Internet

A estrutura anatómica do pecíolo da folha apresenta características


idênticas às da anatomia do caule. O corte da folha de eucalipto – figuras
43.2 e 44.2 – mostra câmaras secretórias (cam) bem desenvolvidas.

Figura 44: 44.1. Corte Transversal de Eucalipto. 44.2. Corte Transversal da Folha
de Ficus spec. Fonte: Internet

A folha de Ficus spec – figuras 44.2 e 45 – possui uma epiderme


superior multisseriada (epd-ms) onde se oberva um cistolito (cist),
formado pela cristalização de carbonato de cálcio, que se salienta da
parede celular.

Figura 45: Estrutura da Folha de Dicotilédoneas. Fonte: Internet

74
Sumário

A estrutura anatómica do limbo das folhas de dicotilédoneas pode variar


em função do habitat da espécie. Nas espécies xerófitas o mesófilo é
mais compacto apresentando maior proporção de parênquima clorofilino
em paliçada e menor volume de espaços intercelulares. A epiderme da
folha destas plantas pode apresentar uma cutícula espessa e um número
variável de estômas. Integrado no parênquima do mesófilo podem
observar-se feixes vasculares de dimensão variável.

Em aglomerados sobre os feixes ou associado à baínha dos feixes pode


formar-se também esclerênquima, presença comum em plantas
xerófitas. A estrutura anatómica do pecíolo da folha apresenta
características idênticas às da anatomia do caule. O corte da folha de
Eucalipto mostra câmaras secretórias bem desenvolvidas. A folha de
Ficus spec possui uma epiderme superior multisseriada (epd-ms) onde
se oberva um cistolito, formado pela cristalização de carbonato de cálcio,
que se salienta da parede celular.

75
1. Descreve as características da estrutura anatómica
do limbo das folhas nas espécies xerófitas?
R: Nas espécies xerófitas o mesófilo é mais compacto
apresentando maior proporção de parênquima
clorofilino em paliçada e menor volume de espaços
intercelulares.
2. Qual é a caracteristica da epiderme deste tipo de
planta?
R: A epiderme da folha destas plantas pode apresentar
uma cutícula espessa e um número variável de
estomas.
Exercícios 3. Como é que se evidencia o tecido de suporte nas
plantas dicotiledóneas?
R: Na epiderme é evidente um tecido de suporte
associado aos feixes que percorrem as nervuras
maiores, geralmente constituído por colênquima.
4. A folha de Ficus spec possui uma epiderme superior
multisseriada (epd-ms). Qual é a estrutura observada
na epiderme?
R: Observa-se um cistolito, formado pela cristalização
de carbonato de cálcio, que se salienta da parede
celular.

76
Unidade 17

Tema: Órgãos e Adaptações Vegetais

Prezado estudante, seja bem-vindo a unidade sobre o estudo dos tipos


de reprodução. E importante referir que os termos analogia, homologia e
convergência também se aplica para os vegetais embora seja mais
usado nas palntas.

Portanto, nesta unidade, mais uma vez, está convidado para uma
participação activa sobre o tema proposto nesta unidade.

Ao completar esta unidade você será capaz de:

 Comparar os diferentes tipos de órgãos nas plantas;


 Definir os termos analogia, homologia e convergência;
 Explicar orgaos análogos, homólogos e convergentes;
 Distinguir orgaos análogos, homólogos e convergentes;
Objectivos
 Caracterizar orgaos análogos, homólogos e convergentes;
 Resolver exercícios sobre analogia, homologia e convergência.

17.1. Analogia, homologia e convergência dos


orgãos vegetais

17.1.1. Analogia dos órgãos vegetais

A analogia refere-se à semelhança morfológica entre estruturas, em


função de adaptação à execução da mesma função. As estruturas
análogas não refletem por si sós qualquer grau de parentesco. Elas
fornecem indícios da adaptação de estruturas de diferentes organismos
a uma mesma variável ecológica. As plantas aquáticas tal como os
animais daquele meio apresentam adaptações que lhes permitem
sobreviver naquele meio.

77
17.1.2. Homologia dos Órgãos Vegetais

A homologia designa a semelhança de origem entre dois órgãos


pertencentes a dois seres vivos de espécies diferentes, enquanto a
analogia se refere à semelhança de função executada por órgãos
pertencentes a seres vivos de espécies diferentes. Dois órgãos
homólogos poderão ser análogos caso executem a mesma função.

17.1.3. Convergência dos Órgãos Vegetais

A convergência (convergência evolutiva) é caracterizada pela adaptação


de diferentes organismos a uma condição ecológica igual. Outro exemplo
de evolução convergente é o da semelhança morfológica existente entre
os caules de um cacto do sul dos Estados Unidos e outra planta da
família das Euforbiáceas, habitante da África. Os dois vegetais habitam
regiões áridas semelhantes e são muito parecidos. Pertencem, porém, a
grupos diferentes, o que pode ser mostrado através da estrutura das
flores, que não é a mesma. Neste caso, a semelhança não é sinal de
parentesco, mas resultado da adaptação desses organismos ao
ambiente aquático.

17.1.4. Algumas Adaptações dos órgãos


Vegetais

17.1.4.1. Adaptações Úteis Contra a Perda de


Água:

Adaptações de órgãos ou estruturas relacionadas com a prevenção ou


redução à perda de água. Esta adaptação é comum em plantas de
ambientes secos (xéricos) ou que vivem sobre as rochas.

 Cutícula: A parede das células epidérmicas apresenta cutina,


principalmente nas partes aéreas da planta, como as folhas. A cutina
é um composto de lipídios, impermeável à água, que se encontra
impregnada às paredes epidérmicas ou se apresenta como camada
separada, denominada de cutícula, na superfície da epiderme. Sua
função é de protecção contra a perda de água (Alquini et al. 2003).

78
 Posição dos Estômas na Folha: Nas folhas, os estômatos podem ser
encontrados apenas na face superior (adaxial), sendo a folha
classificada como epiestomática, como ocorre na folha da ninféia e
outras plantas aquáticas flutuantes (figura 46); somente na face
inferior (abaxial), sendo a folha classificada como hipoestomática
(figura 47); ou ocorrer em ambas as faces e sendo denominada de
folha anfiestomática (figura 80) (Esau 1974, Alquini et al. 2003).

Figura 46: Secção transversal de folha de trigo, Triticum aestivum L. – Poaceae.


Fonte: Raven et al. 1996

 Suculência: Algumas espécies apresentam um tecido


especializado no armazenamento de água, no caule ou folhas,
como nas Cactaceae, e em folhas e raízes de plantas epífitas e
xerófitas. As células são volumosas, com grande vacúolo e
paredes finas e geralmente desprovidas de cloroplastos (figura
47).

Figura 47: Secção transversal de folha de Peperomia sp – Piperaceae. Fonte: Raven


et al. 1996

79
As células aquíferas são ricas em mucilagem, o que aumenta sua
capacidade de reter água, pois a mucilagem é hidrófila (Scatena &
Scremin Dias, 2003).

17.1.4.2. Adaptações para Vida em Ambiente


Aquático

Superfície permeável ao líquido circundante e circulação interna do ar


Segundo Scremin-Dias (1999) as folhas das plantas aquáticas
submersas são geralmente muito finas e recortadas, apresentando
internamente poucas camadas de células, de formato homogêneo, e
muitos espaços aeríferos (figura 48). As folhas delgadas constituem
adaptações importantes para a planta suportar turbulências ou
oscilações da água, evitando a dilaceração do órgão. Na margem das
folhas submersas podem ocorrer fibras que apresentam certa
elasticidade, as quais oferecem resistência à dilaceração.

Figura 48: Aspecto geral de Egeria densa Planch. - Hydrocharitaceae, as bolhas de


oxigênio são resultantes da fotossíntese. Fonte: Internet.

17.1.4.3. Adaptações para a Vida sobre Árvores:


 Caules Trepadores: os caules trepadores, pela sua fragilidade
ou pela deficiência em tecidos de sustentação, não conseguem
se manter erectos, necessitando de suporte para seu
desenvolvimento. Os caules volúveis não apresentam órgão de
fixação à superfície do suporte, eles simplesmente se enrolam
nele (figura 49). Conforme o enrolamento se procede da direita
para a esquerda, ou da esquerda para a direita, eles recebem o

80
nome, respectivamente, de dextroso e sinistroso (Oliveira &
Akisue 1989).

Figura 49: Caule volúvel, enrolado sobre o substrato. Fonte: Internet

17.1.4.4. Plantas Providas de Órgãos Sugadores


de Seiva:

 Hemiparasitas ou parasitas facultativas, têm aparência de uma


planta verde normal, porém não são auto-suficientes e dependem
parcialmente do hospedeiro, necessitando de água e sais minerais
e, portanto, os haustórios ficam em contacto com o xilema e o
floema. Como têm clorofila, realizam a fotossíntese utilizando a
seiva bruta obtida do hospedeiro (figura 50).

Figura 50: Erva-de-passarinho, exemplo de uma hemiparasita. Fonte: Internet

81
 Holoparasitas: ou parasitas totais, devido à ausência de
clorofila não realizam a fotossíntese, não podem viver de outra
forma a não ser dependendo completamente da planta
hospedeira em relação à água, sais minerais e matéria orgânica
já pronta (figura 51). Os haustórios ficam em contacto com o
floema (Modesto & Siqueira 1981).

Figura 51: Cipó-chumbo (Cuscuta sp. ─ Convolvulaceae), exemplo


de uma holoparasita. Fonte: Internet

Sumário

A analogia refere-se à semelhança morfológica entre estruturas, em


função de adaptação à execução da mesma função. As estruturas
análogas não refletem por si sós qualquer grau de parentesco. Elas
fornecem indícios da adaptação de estruturas de diferentes organismos
a uma mesma variável ecológica. A homologia designa a semelhança de
origem entre dois órgãos pertencentes a dois seres vivos de espécies
diferentes. Dois órgãos homólogos poderão ser análogos caso executem
a mesma função. A convergência é caracterizada pela adaptação de
diferentes organismos a uma condição ecológica igual. Outro exemplo de
evolução convergente é o da semelhança morfológica existente entre os

82
caules de um cacto do sul dos Estados Unidos e outra planta da família
das Euforbiáceas, habitante da África.

Adaptações de órgãos ou estruturas relacionadas com a prevenção ou


redução à perda de água. Esta adaptação é comum em plantas de
ambientes secos (xéricos) ou que vivem sobre as rochas. As
adaptacoes: cutícula, posição dos estômas na folha, suculência. Nas
adaptações para vida em ambiente aquático as folhas das plantas
aquáticas submersas são geralmente muito finas e recortadas,
apresentando internamente poucas camadas de células, de formato
homogêneo, e muitos espaços aeríferos. As folhas delgadas constituem
adaptações importantes para a planta suportar turbulências ou
oscilações da água, evitando a dilaceração do órgão. Na margem das
folhas submersas podem ocorrer fibras que apresentam certa
elasticidade, as quais oferecem resistência à dilaceração. Algumas
plantas tem orgaos sugadores de seiva, podem ser: hemiparasitas ou
holoparasitas.

1. Defina os conceitos de analogia, homologia e


convergência adaptativa.
R: A analogia refere-se à semelhança morfológica entre
estruturas, em função de adaptação à execução da
mesma função. A homologia designa a semelhança de
origem entre dois órgãos pertencentes a dois seres vivos
de espécies diferentes. A convergência é adaptação de
diferentes organismos a uma condição ecológica igual.
2. Caracterize as folhas de plantas adaptadas ao meio
Exercícios
aquoso.
R: As folhas delgadas constituem adaptações importantes
para a planta suportar turbulências ou oscilações da água,
evitando a dilaceração do órgão.
3. Que adaptacoes apresentam as plantas de ambientes
secos ou sobre as rochas.
R: As adaptações são: cutícula, posição dos estômas na
folha, suculência.

83
Unidade 18

Tema: Multiplicação e Reprodução

Prezado estudante, seja bem-vindo a unidade sobre o estudo dos tipos


de reprodução. A reprodução é uma das características fundamentais no
ciclo de vida dos seres vivos, pois este fenómeno garante a continuidade
das espécies.

Portanto, caro estudante, está convidado para uma participação activa


sobre o tema proposto nesta unidade.

Ao completar esta unidade você será capaz de:

 Definir reproducação vegetativa;


 Resolver exercícios sobre a multiplicação vegetativa
 Explicar os diferentes tipos de multiplicação vegetativa;
 Descrever os diferentes tipos de multiplicação vegetativa;
Objectivos  Identificar os diferentes tipos de multiplicação vegetativa;
 Comparar os diferentes tipos de multiplicação vegetativa;
 Caracterizar os diferentes tipos de multiplicação vegetativa.

18.1. Multiplicação Vegetativa

É uma reprodução assexuada, semelhante à fragmentação, mas que


ocorre essencialmente nas plantas superiores, a partir de estruturas ou
partes da planta capazes de regenerar um indivíduo completo.

18.1.1. Tipos de Multiplicação Vegetativa

A multiplicação vegetativa pode ser natural, formando-se as novas


plantas a partir de partes da planta-mãe (exemplo: folhas, estolhos,
rizomas, raízes tuberculosas, tubérculos, bolbos, bolbilhos, gomos
aéreos, caules rastejantes) ou artificial como o método da estaca, a
mergulhia e a enxertia.

84
1. Multiplicação Vegetativa Natural
A planta-mãe pode originar novas plantas a partir das várias partes que a
constituem como as folhas, os caules aéreos (estolhos), ou os caules
subterrâneos (rizomas, tubérculos e bolbos).
a) Folhas: certas plantas desenvolvem pequenas plântulas nas
margens das folhas. Estas, ao cair no solo, desenvolvem-se e dão
origem a uma planta adulta.

Figura 52: Multiplicação Vegetativa Natural por Folhas. Fonte:


Internet

b) Estolhos: certas plantas, como o morangueiro, produzem plantas


novas a partir de caules prostrados chamados estolhos. Cada
estolho parte do caule principal e origina várias plantas novas, indo
o caule principal morrer assim que as novas plântulas
desenvolvem as suas próprias raízes e folhas.

Figura 53: Multiplicação Vegetativa Natural por Estolhos. Fonte:


Internet

85
c) Rizomas: os lírios, o bambu, e os fetos, possuem caules
subterrâneos alongados e com substâncias de reserva,
denominados rizomas. Estes, além de permitirem à planta
sobreviver em condições desfavoráveis, podem alongar-se,
originando gemas que se vão diferenciar em novas plantas.

Figura 54: Multiplicação Vegetativa Natural por Rizoma. Fonte: Internet

d) Tubérculos: Os tubérculos são caules subterrâneos volumosos e


ricos em substâncias de reserva, sendo a batata um dos mais
conhecidos. Os tubérculos possuem gomos com capacidade
germinativa e que originam novas plantas.

Figura 55: Multiplicação Vegetativa Natural por Tuberulo da Batata.


Fonte: Internet

e) Bolbos: são caules subterrâneos arredondados, com um gomo


terminal rodeado por camadas de folhas carnudas, ricas em
substâncias de reserva. Quando as condições do meio são
favoráveis, formam-se gomos laterais, que se rodeiam de novas

86
folhas carnudas e originam novas plantas. Alguns dos bolbos mais
conhecidos são a cebola e a túlipa.

Figura 56: Multiplicação Vegetativa Natural por Bolbo da Cebola. Fonte:


Internet

18.1.2. Multiplicação Vegetativa Artificial


Este tipo de reprodução assexuada tem sido largamente utilizado no
sector agro-florestal para a multiplicação vegetativa de plantas. Os mais
comuns são a estaca, a mergulhia e a enxertia.
a) Estacaria: este tipo de multiplicação vegetativa consiste na
introdução de ramos da planta-mãe no solo indo, a partir destes
surgir raízes e gomos que vão originar uma nova planta. A videira
e a roseira reproduzem-se deste modo.

Figura 57: Multiplicação Vegetativa Artificial por Estacas da Videira.


Fonte: Internet

b) Mergulhia: este tipo de multiplicação vegetativa consiste em


dobrar um ramo da planta-mãe até enterrá-lo no solo. A parte
enterrada irá ganhar raízes e quando está enraizada pode
separar-se da planta-mãe, obtendo-se, assim, uma planta
independente.

87
Figura 58: Multiplicação Vegetativa Artificial por Mergulhia. Fonte:
Internet

c) Alporquia: é feito um pequeno corte em um ramo da planta, que


é protegido por terra úmida, envolvida em um recipiente, como
saco ou pano. Quando as raízes se desenvolvem, o ramo é
retirado e plantado.

d) Enxertia: consiste na junção das superfícies cortadas de duas


partes de plantas diferentes. As plantas utilizadas são da mesma
espécie, ou de espécies muito semelhantes. A parte que recebe
o enxerto chama-se cavalo e a parte dadora chama-se garfo.
Existem vários tipos de enxertia: a enxertia por garfo, a enxertia
por encosto e a enxertia por borbulha.

 Na enxertia por garfo, o cavalo é cortado transversalmente.


Seguidamente faz-se uma fenda transversal nesse cavalo e
introduz-se nele o garfo. A zona de união é envolvida em
terra húmida para ajudar à cicatrização da união entre as
duas plantas.

Figura 59: Multiplicação Vegetativa Artificial Enxertia por Garfo. Fonte: Internet

88
 Na enxertia por encosto vão juntar-se os ramos de duas
plantas, que foram previamente descascados na zona de
contacto, e amarram-se para facilitar a união. Após a
cicatrização, corta-se a parte do cavalo que se encontra
acima da zona de união e a parte da planta dadora que se
encontra abaixo da mesma zona. A nova planta é constituída
pelo sistema radicular e tronco da planta receptora do
enxerto e pelo ramo, ou ramos, da planta dadora do enxerto.

Figura 60: Multiplicação Vegetativa Artificial Enxertia por Encosto. Fonte: Internet

 Na enxertia por borbulha efectua-se um corte em forma de T


na casca do caule da planta receptora do enxerto. Depois
levanta-se a casca e introduz-se no local da fenda o enxerto,
constituído por um pedaço de casca contendo um gomo da
planta dadora. Seguidamente, a zona de união é atada, para
facilitar a cicatrização.

Figura 61: Multiplicação Vegetativa Artificial Enxertia por Encosto. Fonte: Internet

89
e) Cultura de tecidos in vitro: técnica desenvolvida pela engenharia
genética, na qual fragmentos de plantas de interesse são esterilizados e
cultivados em soluções nutritivas.

Sumário

A multiplicação vegetativa é uma reprodução assexuada, semelhante à


fragmentação, mas que ocorre essencialmente nas plantas superiores, a
partir de estruturas ou partes da planta capazes de regenerar um
indivíduo completo.

A multiplicação vegetativa pode ser natural, formando-se as novas


plantas a partir de partes da planta-mãe (exemplo: folhas, estolhos,
rizomas, raízes tuberculosas, tubérculos, bolbos, bolbilhos, gomos
aéreos, caules rastejantes) ou artificial como o método da estaca, a
mergulhia e a enxertia.

1. Qual é a característica principal da multiplicação vegetativa


natural?
R: A planta-mãe pode originar novas plantas a partir das
várias partes que a constituem como as folhas, os caules
aéreos, os caules subterrâneos.
2. Explique a diferença entre multiplicação vegetativa natural
por folhas e estolhos.
R: Folhas certas plantas desenvolvem pequenas plântulas
nas margens das folhasao cair no solo, desenvolvem-se e
Exercícios dão origem a uma planta adulta enquanto que estolho parte
do caule principal e origina várias plantas novas, indo o caule
principal morrer assim que as novas plântulas desenvolvem
as suas próprias raízes e folhas.
3. Existira alguma alguma desvantagem da multiplicação
vegetativa quando comparada com reprodução sexuada.
R: Há sim. Reprodução vegetativa não garante a variabilidade
genética enquanto que a sexuada porque há fusão e troca de
material genético ha grande variabilidade genética.

90
Unidade 19

Tema: Mutiplicação e Reprodução-Continuação

Prezado estudante, seja bem-vindo a unidade sobre o estudo dos tipos


de reprodução. Como ja sabemos a reprodução é capacidade que os
seres vivos têm de dar origem a descentesntes semelhantes.

Portanto, nesta unidade, mais uma vez, está convidado para uma
participação activa sobre o tema proposto nesta unidade.

Ao completar esta unidade você será capaz de:

 Resolver exercícios sobre a reprodução;


 Explicar os diferentes tipos de reprodução;
 Descrever os diferentes tipos de reprodução;
 Identificar os diferentes tipos de reprodução;
Objectivos  Comparar os diferentes tipos de reprodução;
 Caracterizar os diferentes tipos de reprodução.

19.1. Tipos de Reprodução


Reprodução é capacidade de produzir novos indivíduos é uma das
características básicas dos seres vivos. Actualmente sabe-se que a vida
surge sempre de outra vida, não existindo organismos que surjam por
geração espontânea, por mais simples que sejam. Para referências mais
aprofundadas em relação a cada grupo vegetal. No entanto, nem todos
os organismos se reproduzem de forma semelhante, existindo dois
grandes grupos de processos reprodutores, discutidos mais abaixo:

19.1.1. Reprodução Sexuada

Os orgãos reprodutores ou as estruturas onde se produzem os gâmetas,


nas plantas, são designados por gametângios, e como tal, existem
gametângios femeninos e masculinos. Os gâmetangios masculinos são
designados por estames e os gametângios femeninos são designados
por carpelos.

91
Os estames são constituidos por anteras e filetes e os carpelos são
constituídos por o estigma, o estilete e os ovários.

 As anteras são constituídas por tubos polínicos que produzem os


gâmetas maculinos – os grãos de pólen;
 Os ovários produzem os gâmetas femeninos – os óvulos.

A reprodução sexuada efectua-se quando ocorre uma transferência dos


grãos de pólen para o sistema reprodutor das plantas (mais
propriamente no estigma), ocorrendo a polinização.

 A polinização é directa, se se verificar que os grãos de polen


caem sobre o estigma da propria planta. (isto só é possivel em
plantas hermofroditas, que possuem os dois gametângios);
 A polinização é cruzada quando se verifica que os grãos de
polen caem sobre o estigma de outras plantas.

Os agentes responsáveis pelo tramsporte dos grãos de pólen são tanto


abióticos (factores ambientais) como bióticos (seres vivos).

A reprodução sexuada envolve a fusão de dois gâmetas (masculino e


feminino), processo que se denomina por fecundação. Os gâmetas são
células haplóides que se formam nas gónadas por meiose. Quando se
dá a fecundação, também ocorre outro fenómeno - a cariogamia - que
consiste na fusão dos núcleos dos dois gâmetas. Depois que estes
processos ocorrerem, forma-se o ovo ou zigoto que, por mitoses
sucessivas, vai originar um novo indivíduo. As espécies sexuadas são
mais variáveis, logo um mínimo de tipos genéticos de uma mesma
população podem adaptar-se às diferentes condições flutuantes
provendo uma chance maior para a continuação da população. Em geral,
as espécies sexuadas são melhor adaptadas a ambientes novos e sob
influência de mudanças brutas.

A reprodução sexuada está relacionada com a meiose e a fecundação.


Por meiose, o número diplóide de cromossomas é reduzido à metade (n
- haplóide), e pela fecundação restabelece-se o número 2n (diplóide)
típico da espécie. Dessa maneira, ocorrem troca e mistura de material
genético entre indivíduos de uma população, aumentando a variabilidade
genética. A desvantagem da reprodução sexuada, é que ocorrerá
"diluição" das características parentais entre os descendentes que
acarretará uma perda de homogeneidade. Contudo, há chances de que,

92
nesta diluição, ameaças parasitárias ou no próprio material genético dos
progenitores seja superada.

Como já foi abordado, a meiose é um tipo especial de divisão celular,


que tem como objectivo a produção de gâmetas. Por isso, a meiose
ocorre em tecidos especiais. Estes tecidos denominam-se gametângios.
Ao contrário do que sucede com os animais, em que os gâmetas se
formam por meiose a partir das células das gónodas, nas plantas
raramente resultam directamente da meiose. Geralmente, a meiose
origina esporos. Neste caso, ocorre em estruturas denominadas
esporângios. Os tipos de plantas que fazem esse tipo de reprodução,
são principalmente as gimnospermas, plantas que conseguem produzir
semente, mas não consegue produzir fruto.

Sumário

Reprodução é capacidade de produzir novos indivíduos é uma das


características básicas dos seres vivos. Os gâmetangios masculinos são
designados por estames e os gametângios femeninos são designados
por carpelos. Os estames são constituidos por anteras e filetes e os
carpelos são constituídos por o estigma, o estilete e os ovários. As
anteras produzem os gâmetas maculinos – os grãos de pólen. Os
ovários produzem os gâmetas femeninos – os óvulos.

A reprodução sexuada efectua-se quando ocorre uma transferência dos


grãos de pólen para o sistema reprodutor das plantas (mais
propriamente no estigma), ocorrendo a polinização. Os agentes
responsáveis pelo tramsporte dos grãos de pólen são tanto abióticos
(factores ambientais) como bióticos (seres vivos). A reprodução sexuada
está relacionada com a meiose e a fecundação. Por meiose, o número
diplóide de cromossomas é reduzido à metade (n - haplóide), e pela
fecundação restabelece-se o número 2n (diplóide) típico da espécie.
Dessa maneira, ocorrem troca e mistura de material genético entre
indivíduos de uma população, aumentando a variabilidade genética.

93
1. Defina o conceito de reprodução?
R: Reprodução é capacidade de produzir novos indivíduos é
uma das características básicas dos seres vivos.
2. Como são chamadas as estruturas onde se produzem os
gâmetas, nas plantas?
R: Os orgãos reprodutores ou as estruturas onde se
produzem os gâmetas, nas plantas, são designados por
Gametângios.
3. Quando é que se efectua a reproducao sexuada?
Exercícios R: A reprodução sexuada efectua-se quando ocorre uma
transferência dos grãos de pólen para o sistema reprodutor
das plantas (mais propriamente no estigma), ocorrendo a
polinização.
4. Porque é que a reprodução sexuada esta relacionada com
a meiose e a fecundação?
R: A reprodução sexuada está relacionada com a meiose e a
fecundação. Por meiose, o número diplóide de cromossomas
é reduzido à metade (n - haplóide), e pela fecundação
restabelece-se o número 2n (diplóide) típico da espécie.

94
Unidade 20

Tema: Mutiplicação e Reprodução-Continuação

Prezado estudante, seja bem-vindo a unidade sobre o estudo dos tipos


de reprodução. Como sabemos a reprodução é capacidade que os seres
vivos têm de dar origem a descentesntes semelhantes.

Portanto, nesta unidade, mais uma vez, está convidado para uma
participação activa sobre o tema proposto nesta unidade.

Ao completar esta unidade você será capaz de:

 Resolver exercícios sobre a reprodução;


 Explicar os diferentes tipos de reprodução;
 Descrever os diferentes tipos de reprodução;
 Identificar os diferentes tipos de reprodução;
Objectivos  Comparar os diferentes tipos de reprodução;
 Caracterizar os diferentes tipos de reprodução.

20.1.1. Reprodução Assexuada

A reprodução assexuada é um tipo de reprodução que ocorre sem a


intervenção de gâmetas. Os novos seres são clones do progenitor. Nas
plantas a reprodução assexuada é também frequente, utilizando-se esta
capacidade reprodutiva na agricultura.

Por exemplo, as laranjas sem sementes provêm todas do mesmo clone


(considerando clone o conjunto de todos os seres geneticamente
idênticos, provenientes de um mesmo ser vivo), a partir de uma laranjeira
mutante. Efectivamente, esta árvore, ao não produzir sementes só se
pode reproduzir por enxerto ou estaca.

A mitose, a base da reprodução assexuada, tem um importante papel na


vida dos organismos. Dado o rigor com que, na grande maioria dos
casos, a duplicação do DNA de faz neste processo, a mitose permite:

95
 Crescimento: um organismo aumenta o seu número de células
através de mitoses sucessivas, onde o conteúdo nuclear se
mantém inalterado;
 Renovação: a substituição de células velhas ou danificadas
permite a manutenção do corpo do organismo em condições
óptimas;
 Regeneração: substituição de órgãos ou partes de órgãos, em
algumas plantas ou mesmo em animais.

Geralmente são os seres mais simples, unicelulares, que se reproduzem


assexuadamente. No entanto, devido ás grandes vantagens deste tipo
de reprodução mesmo animais e plantas complexos podem utilizá-lo.

Estas vantagens derivam de dois aspectos:

 Aumento Populacional Rápido: através de reprodução


assexuada o aumento do número de descendentes pode, por
vezes, ser exponencial, pois o investimento por parte do
progenitor é muito baixo (não há busca de parceiro ou com a
produção de gâmetas);
 Estabilidade Genética: devido à produção de clones, um
conjunto de características bem adaptadas ao meio, no
momento, pode ser reproduzido sem risco de perda de grau de
adaptação, tirando o máximo partido das condições favoráveis.

20.1.2. Tipos de Reprodução Assexuada

Há vários tipos de reprodução assexuada:

1. Fragmentação: o organismo fragmenta-se espontaneamente ou


por acidente e cada fragmento desenvolve-se originando um novo
ser vivo. (exemplo: algas);
2. Divisão múltipla: o núcleo da célula-mãe divide-se em vários
núcleos. Cada núcleo rodeia-se de uma porção de citoplasma e
de uma membrana, dando origem às células-filhas que são
libertadas quando a membrana da célula-mãe se rompe;

96
3. Bipartição ou fissão binária ou cissiparidade (cissiparidade usado
apenas para seres unicelulares): um indivíduo divide-se em dois
com dimensões sensivelmente iguais (exemplo: Bactérias);
4. Gemulação: num organismo formam-se uma ou mais dilatações -
gomos ou gemas - que crescem e desenvolvem-se originando
novos organismos (exemplo: levedura);
5. Esporulação: formação de células reprodutoras - os esporos -
que, ao germinarem, originam novos indivíduos (exemplo: fetos);
6. Estrobilização: formação de estróbilos que dão origem a novos
seres (exemplo: plantas gimnospermicas);
7. Apomixia: produção de sementes sem fecundação dos óvulos.

Sumário

A reprodução assexuada é um tipo de reprodução que ocorre sem a


intervenção de gâmetas. Os novos seres são clones do progenitor. Nas
plantas a reprodução assexuada é também frequente, utilizando-se esta
capacidade reprodutiva na agricultura. A mitose, a base da reprodução
assexuada, tem um importante papel na vida dos organismos. Dado o
rigor com que, na grande maioria dos casos, a duplicação do DNA de faz
neste processo, a mitose permite: crescimento, renovação e
regeneração.

Há vários tipos de reprodução assexuada: fragmentação, divisão


múltipla, bipartição ou fissão binária ou cissiparidade (cissiparidade
usado apenas para seres unicelulares), gemulação: num organismo
formam-se uma ou mais dilatações - gomos ou gemas - que crescem e
desenvolvem-se originando novos organismos (exemplo: levedura);
esporulação: formação de células reprodutoras - os esporos - que, ao
germinarem, originam novos indivíduos (exemplo: fetos); estrobilização:
formação de estróbilos que dão origem a novos seres (exemplo: plantas
gimnospermicas) e apomixia: produção de sementes sem fecundação
dos óvulos.

97
1. A mitose, a base da reprodução assexuada, tem um importante
papel na vida dos organismos, a duplicação do DNA, o que
é que a mitose permite?
R: Renovação: a substituição de células velhas ou danificadas
permite a manutenção do corpo do organismo em condições
óptimas; Regeneração: substituição de órgãos ou partes de
órgãos, como caudas de lagartixa ou braços de estrelas-do-mar.
2. Quais são as vantagens da reprodução assexuada?
R: Aumento populacional rápido: através de reprodução
assexuada o aumento do número de descendentes pode, por
vezes, ser exponencial, pois o investimento por parte do
progenitor é muito baixo (não há busca de parceiro ou com a
Exercícios produção de gâmetas); Estabilidade genética: devido à produção
de clones, um conjunto de características bem adaptadas ao
meio, no momento, pode ser reproduzido sem risco de perda de
grau de adaptação, tirando o máximo partido das condições
favoráveis.
3. Qual e a diferença entre a gemulação e esporulação
R: Gemulação: num organismo formam-se uma ou mais
dilatações - gomos ou gemas - que crescem e desenvolvem-se
originando novos organismos (exemplo: levedura) enquanto que
esporulação: formação de células reprodutoras - os esporos -
que, ao germinarem, originam novos indivíduos (exemplo: fetos).

98
Unidade 21

Tema: Mutiplicação e Reprodução-Continuação

Prezado estudante, seja bem-vindo a unidade sobre o estudo dos tipos


de reprodução. Os gâmetas são células reprodução dos seres vivos,
como sabemos a reprodução é capacidade que os seres vivos têm de
dar origem a descentesntes semelhantes.

Portanto, nesta unidade, mais uma vez, está convidado para uma
participação activa sobre o tema proposto nesta unidade.

Ao completar esta unidade você será capaz de:

 Explicar os diferentes tipos de gâmetas das plantas;


 Identificar os diferentes tipos de gâmetas das plantas;
 Descrever os diferentes tipos de gâmetas das plantas;
 Caracterizar os diferentes tipos de gâmetas das plantas;
Objectivos
 Esquematizar os diferentes tipos de gâmetas das plantas;
 Comparar os diferentes tipos de gâmetas das plantas.

21.1. Tipos de Gâmetas

Os gâmetas ou células sexuais são as células dos seres vivos que, na


reprodução sexuada, se fundem no momento da fecundação ou
fertilização para formar um ovo ou zigoto, que dará origem ao embrião,
cujo desenvolvimento produzirá um novo ser da mesma espécie.

Os gâmetas são células haplóides, ou seja, têm apenas um conjunto de


cromossomas, uma vez que são produzidos por meiose, enquanto que o
ovo é diplóide. Os órgãos onde são produzidos os gâmetas chamam-se
gametângeos. Que produzem tipos morfologicamente distintos de
gâmetas.

99
Nas pteridófitas e briófitas, os gâmetas são produzidas em gametângios
e os masculinos são os anterozóides, produzidos em anterídios.
Enquanto o feminino é denominado oosfera, produzida pelo arquegónio.
Nas plantas espermatófitas, o gâmeta masculino reside no grão de
pólen. Os gâmetas podem ser classificados de acordo com a morfologia
e comportamento:

 Isogamia: os gâmetas são iguais nas formas e nos


comportamentos geralmente flagelados, que são libertados para o
meio, onde ocorre a fecundação;
 Anisogamia: gâmetas morfologicamente diferentes, sendo o
feminino maior, em que ambos são libertados para o meio,
existindo fecundação externa;
 Heterogamia: os gâmetas são iguais no comportamento e
diferentes na forma;
 Oogamia: os gâmetas são diferentes na forma e no
comportamento. Caso particular da anisogamia ocorre quando o
gâmeta feminino é tão grande que se torna imóvel, enquanto o
masculino é pequeno e móvel. Neste caso a fecundação é interna,
no interior do gametângio feminino.

Em alguns casos pode ocorrer a conjugação, quando determinadas


células de dois filamentos próximos modificam-se e formam um
prolongamento que fazem o papel de gâmetas. O material genético de
um se mistura com o material genético do outro (conjugação) formando
um zigoto que sofre divisões meióticas formando células haplóides (n),
que sofrem varias mitoses, formando um novo individuo. O monoicismo
pode ser suficiente quando um indivíduo produz um zigoto por
autofecundação, ou insuficiente, quando é necessária a fecundação
cruzada, seja por causas morfológicas ou fisiológicas (amadurecimento
desencontrado dos gâmetas, por exemplo).

100
Sumário

Os gâmetas ou células sexuais são as células dos seres vivos que, na


reprodução sexuada, se fundem no momento da fecundação ou
fertilização para formar um ovo ou zigoto, que dará origem ao embrião,
depois um novo ser da mesma espécie. Os órgãos onde são produzidos
os gâmetas chamam-se gametângeos.

Nas pteridófitas e briófitas, os gâmetas são produzidas em gametângios


e os masculinos são os anterozóides, produzidos em anterídios.
Enquanto o feminino é denominado oosfera, produzida pelo arquegónio.
Nas plantas espermatófitas, o gâmeta masculino reside no grão de
pólen. Os gâmetas podem ser classificados de acordo com a morfologia
e comportamento: isogamia, anisogamia, heterogamia e oogamia.

1. O que são gametas?


R: Os gâmetas são células reprodutoras masculinas e femininas
2. Descreve a anisogamia e isogamia
R: Isogamia: os gâmetas são iguais nas formas e nos
comportamentos geralmente flagelados, que são libertados para
o meio, onde ocorre a fecundação; Anisogamia: gâmetas
morfologicamente diferentes, sendo o feminino maior, em que
ambos são libertados para o meio, existindo fecundação
externa;
4. Explique quando é que diz que ocorreu a conjugação?

Exercícios O material genético de um se mistura com o material genético


do outro (conjugação) formando um zigoto que sofre divisões
meióticas formando células haplóides (n), que sofrem varias
mitoses, formando um novo individuo.
5. Quando é que o monoicismo pode ser suficiente?
Quando um indivíduo produz um zigoto por autofecundação, ou
insuficiente, quando é necessária a fecundação cruzada, seja
por causas morfológicas ou fisiológicas.

101
Unidade 22

Tema: Mutiplicação e Reprodução-Continuação

Prezado estudante, seja bem-vindo a unidade sobre o estudo dos tipos


de reprodução. Na reprodução dos seres vivos é importante destacar o
conjunto de transformações por que podem passar os indivíduos de uma
espécie para assegurar a sua continuidade.

Portanto, nesta unidade, mais uma vez, está convidado para uma
participação activa sobre o tema proposto nesta unidade.

Ao completar esta unidade você será capaz de:

 Identificar os diferentes tipos de ciclos de vida das plantas;


 Caracterizar os diferentes tipos de ciclo vida das plantas;
 Explicar os diferentes tipos de ciclo de vida das plantas;
 Descrever os diferentes tipos de ciclo de vida das plantas;

Objectivos  Comparar os diferentes tipos de ciclos de vida das plantas;


 Esquematizar os diferentes tipos ciclo de vida de plantas;
 Legendar os diferentes tipos ciclo de vida de plantas.

22.1. Ciclos Vitais com Alternância de


Núcleofases de Gerações

Ciclo de vida é o conjunto de transformações por que podem passar os


indivíduos de uma espécie para assegurar a sua continuidade. Algumas
definições se referem especificamente ao ciclo de vida do indivíduo,
inclusivamente considerando o seu final com a morte do organismo.
Outras se centram no processo de reprodução sexuada, apesar de
referirem os ciclos de vida assexuados.

Tendo em conta a ploidia ou número de complementos cromossómicos


nas células, podem considerar-se três tipos de ciclos de vida nos
organismos que se reproduzem sexuadamente:

102
 Ciclo de vida haplobionte (haplonte), em que o indivíduo que
produz os gâmetas é haploide, ou seja, tem um "n", que se juntará
com outro "n" (de outra planta) e começará o ciclo;
 Ciclo de vida diplobionte (diplonte), em que o indivíduo que produz
os gametas é diploide, ou seja, tem dois "n".

Geralmente tem havido alguma confusão na literatura entre as palavras


haplobionte e diplobionte, que são muitas vezes associadas
respetivamente a indivíduos haplóides e diplóides.

A palavra haplodiplonte e haplodiplobionte são ambíguas e devem,


portanto, ser evitadas. Nos diversos ciclos de vida, a meiose ocorre num
determinado momento. Por esse motivo a meiose tem diferentes
denominações, dependendo dos ciclos de vida.

Assim sendo:

 No ciclo de vida haplobionte-haplonte a meiose é pós-zigótica ou


inicial;
 No haplobionte-diplonte é pré-gamética ou final;
 No diplobionte é pré-espórica ou intermediária.

22.1.1. Ciclo de Vida Haplobionte-haplonte

No ciclo haplobionte haplonte os indivíduos adultos são haplóides. Seus


gâmetas, também haplóides, fundem-se dois a dois para originar zigotos
diplóides. O zigoto sofre meiose logo após se formar, produzindo células
haplóides. Estas originam indivíduos haplóides, fechando o ciclo. Como
a divisão reducional ocorre no zigoto, ela é denominada meiose zigótica.

O ciclo é denominado "haplobionte" (do grego haplos, simples, único)


porque há, quanto à ploidia, somente um tipo de organismo adulto.
Como esse organismo é haplóide, o ciclo leva também o nome de
"haplonte". A alga verde Chlamydomonas, por exemplo, tem esse tipo de
ciclo de vida.

103
Figura 62: Esquema de Ciclo de Vida Haplobionte Haplonte. Fonte: Internet

22.1.2. Ciclo de Vida Haplobionte-diplonte

No ciclo haplobionte diplonte os indivíduos adultos são diplóides. A


meiose ocorre em certas células desses indivíduos, levando à formação
de gâmetas haplóides. Por isso, a meiose é gamética. Da fusão de um
par de gâmetas surge o zigoto, diplóide, que se desenvolve e origina um
indivíduo diplóide, que repetirá o ciclo.

O ciclo é denominado haplobionte porque há, quanto à ploidia, apenas


um tipo de organismo adulto. Como esse adulto é diplóide, o ciclo leva
também o nome de diplonte (do grego diplos, duplo). Algumas algas
verdes apresentam esse tipo de ciclo, além da maior parte dos animais,
inclusive nossa espécie.

Figura 63: Esquema de Ciclo de Vida Haplobionte Diplonte . Fonte: Internet

104
Sumário

Ciclo de vida é o conjunto de transformações por que podem passar os


indivíduos de uma espécie para assegurar a sua continuidade. Algumas
definições se referem especificamente ao ciclo de vida do indivíduo,
inclusivamente considerando o seu final com a morte do organismo.

O ciclo de vida haplobionte (haplonte), em que o indivíduo que produz os


gâmetas é haploide, ou seja, tem um "n", que se juntará com outro "n"
(de outra planta) e começará o ciclo. O ciclo de vida diplobionte
(diplonte), em que o indivíduo que produz os gametas é diploide, ou seja,
tem dois "n".

No ciclo haplobionte haplonte os indivíduos adultos são haplóides. Seus


gâmetas, também haplóides, fundem-se dois a dois para originar zigotos
diplóides. O zigoto sofre meiose logo após se formar, produzindo células
haplóides. Estas originam indivíduos haplóides, fechando o ciclo. Como
a divisão reducional ocorre no zigoto, ela é denominada meiose zigótica.
No ciclo haplobionte diplonte os indivíduos adultos são diplóides.

1. O que entendes por ciclo de vida?


R: Ciclo de vida é o conjunto de transformações por que podem
passar os indivíduos de uma espécie para assegurar a sua
continuidade.
2. Qual é a diferença entre ciclo de vida?
R: No ciclo haplobionte diplonte os indivíduos adultos são diplóides
enquanto que No ciclo haplobionte haplonte os indivíduos adultos
Exercícios
são haplóides
3. Descreve a meiose do ciclo ciclo haplobionte diplonte e
haplobionte haplonte
R: O zigoto sofre meiose logo após se formar, produzindo células
haplóides e originam indivíduos haplóides, fechando o ciclo. A
meiose forma gametas haplóides-a meiose é gamética.

105
Unidade 23

Tema: Mutiplicação e Reprodução-Continuação

Prezado estudante, seja bem-vindo a unidade sobre o estudo dos tipos


de reprodução. Na reprodução dos seres vivos é importante destacar o
conjunto de transformações por que podem passar os indivíduos de uma
espécie para assegurar a sua continuidade.

Portanto, nesta unidade, mais uma vez, está convidado para uma
participação activa sobre o tema proposto nesta unidade.

Ao completar esta unidade você será capaz de:

 Identificar os diferentes tipos de ciclos de vida das plantas;


 Caracterizar os diferentes tipos de ciclo vida das plantas;
 Explicar os diferentes tipos de ciclo de vida das plantas;
 Descrever os diferentes tipos de ciclo de vida das plantas;

Objectivos  Comparar os diferentes tipos de ciclos de vida das plantas;


 Esquematizar os diferentes tipos ciclo de vida de plantas;
 Legendar os diferentes tipos ciclo de vida de plantas.

23.1. Ciclo de Vida Diplobionte ou Alternante

As plantas vasculares, as briófitas e algumas algas apresentam


alternância de gerações entre indivíduos diplóides, que produzem
esporos haploides por meiose, o esporófito, e indivíduos haplóides que
produzem gâmetas por mitose, o gametófito. Nas plantas vasculares,
apenas os pteridófitos apresentam indivíduos diploides e haploides
separados, respetivamente o indivíduo adulto e o protalo.

No ciclo diplobionte existem indivíduos adultos haplóides e diplóides. Os


diplóides são chamados esporófitos e produzem, através da meiose,
células haplóides, os esporos. Estes, ao germinar, produzem indivíduos
haplóides. Os indivíduos haplóides formam gametas, sendo por isso

106
denominados gametófitos. A fusão de um par de gametas dá origem a
um zigoto diplóide, que se desenvolve em um indivíduo diplóide.

Figura 64: Esquema de Ciclo de Vida Diplobionte. Fonte: Internet

A meiose, neste ciclo de vida, leva à formação de esporos e é


denominada meiose espórica. O ciclo é chamado diplobionte porque
existem dois tipos de indivíduo adulto, que se alternam: diplóide e
haplóide. Fala-se, também, em alternância de gerações ou metagênese.
O ciclo alternante ocorre em muitos grupos de algas. A alga verde Ulva,
por exemplo, apresenta esse tipo de ciclo de vida.

Nas espermatófitas, o gametófito feminino, representado pelo tecido


nutritivo haploide (gimnospermas) ou pelo saco embrionário
(angiospermas) e o gametófito masculino, representado pelo tubo
polínico (gimnospermas e angiospermas), são "parasitas" do esporófito,
enquanto que nos briófitos, o esporófito está representado pelo indivíduo
formado pelo pé, pela seta e pela cápsula, onde existem esporângios
que formam esporos haplóides por meiose.

O esporófito se desenvolve a partir do zigoto, nos tecidos do gametófito,


que é a forma adulta. Este ciclo recebe denominações etmologicamente
erradas como ciclo haplodiplôntico, ciclo haplodiplobiôntico, ciclo
haplodiplonte, etc.

107
Sumário

No ciclo diplobionte existem indivíduos adultos haplóides e diplóides. Os


diplóides são chamados esporófitos e produzem, através da meiose,
células haplóides, os esporos. Os indivíduos haplóides formam gâmetas,
sendo por isso denominados gametófitos. A meiose, neste ciclo de vida,
leva à formação de esporos e é denominada meiose espórica.

O ciclo é chamado diplobionte porque existem dois tipos de indivíduo


adulto, que se alternam: diplóide e haplóide. Fala-se, também, em
alternância de gerações ou metagênese. O ciclo alternante ocorre em
muitos grupos de algas. A alga verde Ulva, por exemplo, apresenta esse
tipo de ciclo de vida.

1. Diga o entendes por meiose espórica.


R: É a meiose que leva à formação de esporos.
2. Quando é que se diz que um ciclo de vida é diplobionte?
R: Quando dois tipos de indivíduo adulto, que se alternam: diplóide e
haplóide.
3. Como é que se desenvolve o esporofito?
R: O esporófito se desenvolve a partir do zigoto, nos tecidos do
Exercícios
gametófito, que é a forma adulta.
4. De que tecido e representado o gametófito feminino nas
espermatófitas.
R: É representado pelo tecido nutritivo haploide (gimnospermas) ou
pelo saco embrionário (angiospermas).
5. Como está representado o esporófito nas briófitas?
R: Nas briófitas, o esporófito está representado pelo indivíduo
formado pelo pé, pela seta e pela cápsula, onde existem esporângios
que formam esporos haplóides por meiose.

108
Unidade 24

Tema: Mutiplicação e Reprodução-Conclusão

Prezado estudante, seja bem-vindo a unidade sobre o estudo dos tipos


de reprodução. Como já dissemos anteriormente, uma das
características dos seres vivos é a capacidade de se reproduzirem.
Podemos definir a reprodução como capacidade que os seres vivos têm
de dar origem a descentesntes semelhantes.

Portanto, nesta unidade, mais uma vez, está convidado para uma
participação activa sobre o tema proposto nesta unidade.

Ao completar esta unidade você será capaz de:

 Definir alternância de gerações e fases nucleares;


 Descrever a alternância de gerações e fases nucleares;
 Caracterizar a alternância de gerações e fases nucleares;
 Esquematizar uma alternância de gerações e fases nucleares

Objectivos  Legendar uma alternância de gerações e fases nucleares


 Comparar a alternância de gerações e alternância de fases nucleares.

24.1. Alternância de Núcleo de Fases Zigótica e


Gamética

O ciclo de vida de um organismo inicia-se com a formação do zigoto e


termina com a formação dos gâmetas necessários à reprodução. Tendo
em conta que a reprodução sexuada apresenta dois fenómenos
complementares, a meiose e a fecundação, durante o ciclo de vida de
um organismo existe uma alternância entre células haplóides e
diplóides:
 Alternância de fases nucleares: a fase haplóide tem n
cromossomas, ocorrendo após a meiose, e a fase diplóide têm
2n cromossomas, ocorrendo após a fecundação;

109
 Alternância de gerações: geração é a parte do ciclo de vida de
um organismo que se inicia com uma célula, dando esta origem
a uma estrutura, ou entidade, multicelular, a qual irá produzir
outra célula, através de parte da estrutura multicelular. Segundo
esta definição, um ciclo de vida sexuado poderá, no máximo,
apresentar duas gerações;
 Geração gametófita: fase haplóide do ciclo de vida inicia-se
com o esporo e termina nos gâmetas. A estrutura multicelular da
geração gametófita designa-se gametófito, onde se irão
diferenciar gametângios, estruturas que contêm células que
produzirão gâmetas. Os gametângios femininos designam-se
oogónios (unicelulares) ou arquegónios (pluricelulares),
enquanto os masculinos se designam anterídeos;
 Geração esporófita: fase diplóide do ciclo inicia-se com o zigoto
e termina com a célula-mãe dos esporos. A estrutura multicelular
desta fase designa-se esporófito. No esporófito diferenciam-se
estruturas designadas por esporângios, contendo células que se
dividem por meiose e originam esporos.

A meiose pode ocorrer em diferentes momentos do ciclo de vida de um


organismo:

 Meiose pós-zigótica: quando este fenómeno ocorre no zigoto,


sendo este a única entidade diplóide do ciclo;
 Meiose pré-espórica: a meiose ocorre na formação dos esporos.
O zigoto, por mitoses sucessivas, origina uma entidade diplóide,
onde se diferenciam células especiais que, por meiose, originam
esporos;
 Meiose pré-gamética: ocorre durante a formação dos gâmetas,
sendo estes as únicas células haplóides do ciclo.

A extensão relativa de cada uma das gerações e fases nucleares está


dependente da posição, no ciclo de vida, da meiose e fecundação.

110
Figura 65: Esquema de Ciclos de Vida: 65.1. Ciclo Haplôntico. 65.2. Alternância de
Gerações e 65.3. Diplôntico. Fonte: Internet

Sumário

Alternância de fases nucleares, a fase haplóide tem n cromossomas,


ocorrendo após a meiose, e a fase diplóide têm 2n cromossomas,
ocorrendo após a fecundação. A alternância de gerações: geração é a
parte do ciclo de vida de um organismo que se inicia com uma célula,
dando esta origem a uma estrutura, ou entidade, multicelular, a qual irá
produzir outra célula, através de parte da estrutura multicelular. Segundo
esta definição, um ciclo de vida sexuado poderá, no máximo, apresentar
duas gerações.

A geração gametófita: fase haplóide do ciclo de vida inicia-se com o


esporo e termina nos gâmetas. Na geração esporófita: fase diplóide do
ciclo inicia-se com o zigoto e termina com a célula-mãe dos esporos. A
meiose pode ser: pós-zigótica: quando este fenómeno ocorre no zigoto,
sendo este a única entidade diplóide do ciclo; meiose pré-espórica: a
meiose ocorre na formação dos esporos e meiose pré-gamética: ocorre
durante a formação dos gâmetas, sendo estes as únicas células
haplóides do ciclo.

111
1. Como inicia e termina o ciclo de vida de um individuo?
R: O ciclo de vida de um organismo inicia-se com a formação do
zigoto e termina com a formação dos gâmetas necessários à
reprodução.
2. O que entendes por alternância de fases nucleares?
R: Alternância de fases nucleares: a fase haplóide tem n
cromossomas, ocorrendo após a meiose, e a fase diplóide têm 2n
cromossomas, ocorrendo após a fecundação.
Exercícios 3. Descreve uma geração esporofita.
R: Geração esporófita: fase diplóide do ciclo inicia-se com o zigoto e
termina com a célula-mãe dos esporos.
4. Como é que se chama estrutura multicelular na geração esporófito
e como se diferencia?
R: A estrutura multicelular desta fase designa-se esporófito. No
esporófito diferenciam-se estruturas designadas por esporângios,
contendo células que se dividem por meiose e originam esporos.

1- Bibliografia

2-Internete não é fonte, ( indicar o site)


3- o índice nao bate com as paginas

112

Você também pode gostar