Aula 4 - Guia de Degustacao de Cerveja

SOMMELIER EM CERVEJA
SUMÁRIO
1- MERCADO CERVEJEIRO 3
2- FUNÇÕES PRÁTICAS DE UM SOMMELIER NO MERCADO DE HOJE 18
3- CERVEJA E SAÚDE 27
4- FABRICAÇÃO DE CERVEJA E MATÉRIAS PRIMAS 31
5- O CHOPP 40
6- LEGISLAÇÃO 42
7- CERVEJA E MARKETING 47
REFERÊNCIAS
2
1- MERCADO CERVEJEIRO
A indústria de cerveja pode ser considerada uma das mais importantes

atividades produtivas do século XXI, embora sua produção perpasse séculos
e seu consumo tenha sido introduzido como parte dos hábitos alimentares por
diversas civilizações há, pelo menos,
7.000 antes da Era Cristã (POELMANS AND SWINNEN, 2012).
Apesar de milenar, o consumo e a produção de cerveja somente se tornaram

expressivos entre as bebidas alcoólicas nos últimos 150 anos . Atualmente,
pode-se dizer que seu consumo se encontra globalizado e a participação do
Brasil nesse mercado internacionalizado tem chamado a atenção de grandes
empresas que atuam no setor.
O presente artigo pretende mostrar a importância recente, porém consistente,
da indústria cervejeira no Brasil e seus desafios no contexto de regulação,
consumo e convergência de mídias. Para tanto, este artigo encontra-se
dividido em três partes. Na primeira, esboça-se a evolução dessa indústria
de bebidas nas últimas três décadas. Na segunda parte, é destacada a
evolução do mercado brasileiro de bebidas alcoólicas, particularmente quanto
ao crescimento da indústria de cerveja. Na terceira parte, são feitas algumas
considerações a respeito da importância da regulação sobre o consumo e do
papel da indústria perante a mídia.
A relevância da indústria de cervejas
Apesar de o consumo da cerveja estar arraigado aos hábitos de consumo

alimentar há séculos, somente nos últimos 150 anos sua produção e
consumo tornaram-se expressivos entre as bebidas alcoólicas admitidas na
sociedade industrial moderna, encontrando-se, atualmente, globalizados, com
o advento da internacionalização da indústria cervejeira.
A participação do Brasil nesse mercado tem chamado a atenção de grandes
empresas que atuam no setor, pois, de fato, a produção na China e no Brasil
assumiram proporções surpreendentes nas últimas duas décadas, como é
demonstrado nas tabelas a seguir. Na Tabela I, observam-se os dados da
produção mundial de cerveja.
3
É importante perceber que a produção mundial de cerveja é

significativamente concentrada e que o consumo nas economias
desenvolvidas, como Japão, Alemanha e Estados Unidos, recuou nos últimos
anos. Segundo Barth-Haas Group2 (2011, p.13), apenas 40 países são
responsáveis por 91,8% da produção mundial.
Tabela I - Produção de Cerveja por País entre 1990 a 2011
Produção de Cerveja por país Produção/Ano (em milhões de hectolitros)

1990 2000 2010 2011
1 CHINA 70.000 220.000 448.304 489.880
2 USA 238.997 232.500 228.982 225.337
3 BRASIL 58.000 82.600 128.700 133.000 *
Produção de Cerveja por país Produção/Ano (em milhões de hectolitros)

4 RÚSSIA 54.900 102.930 98.140
5 ALEMANHA 120.161 110.429 95.683 95.545
6 MÉXICO 39.743 57.812 79.889 81.500 *
7 JAPÃO 65.617 70.998 58.100 56.000
8 U.K. 63.034 55.279 44.997 45.701
9 POLÔNIA 12.240 24.000 36.000 37.850
10 ESPANHA 27.315 26.400 33.375 33.600
11 ÁFRICA DO SUL 22.500 24.500 29.600 30.870
12 UCRÂNIA 15.000 10.270 31.000 30.510
13 VIETNAM 1.000 7.430 26.500 27.800 *
14 HOLANDA 20.047 25.072 23.936 23.600 *
15 VENEZUELA 11.000 18.590 20.000 23.500 *
16 COLÔMBIA 17.500 13.500 20.500 21.000 *
17 TAILÂNDIA 2.620 11.543 19.950 20.600
18 NIGÉRIA 8.000 6.300 17.600 19.596
19 CANADÁ 22.565 23.074 19.647 19.515
20 ÍNDIA 3.300 5.500 15.600 18.500
21 COREIA DO SUL 12.690 18.568 18.173 18.497
22 REP. TCHECA. 17.916 17.661 18.191
23 BÉLGICA 14.141 14.733 18.123 18.150 *
24 AUSTRÁLIA 19.548 17.150 17.420 17.380
25 FRANÇA 21.398 18.926 15.600 17.100
26 ARGENTINA 6.900 12.000 17.500 17.000 *
27 ROMÊNIA 13.100 12.097 17.000 17.000
28 FILIPINAS 15.000 12.200 15.700 15.700
29 ITÁLIA 11.067 12.575 12.370 12.510
30 PERU 4.900 5.627 11.000 11.500 *
31 TURQUIA 3.700 6.903 9.670 9.800
32 AÚSTRIA 9.600 8.750 8.670 8.917
33 PORTUGAL 6.995 6.451 8.312 8.250 *
34 ANGOLA 500 1.232 7.362 8.200 *
35 IRLANDA 4.853 8.710 8.249 8.100 *
36 DINAMARCA 8.510 7.460 6.335 6.300 *
4
37 HUNGRIA 9.823 7.300 6.000 6.000 *

38 REP. DOS CAMARÕES 4.505 3.674 5.890 6.000
39 REP. DA SÉRVIA 5.383 5.523
40 EQUADOR 1.700 2.454 5.700 5.500 *
TOTAL 987.569 1,275.423 1,713.411 1,767.662
TOTAL DA PRODUÇÃO EM
2011 1,925.156
PARTICIPAÇÃO DO MERCADO
DOS 40 PRODUTORES 91.8 %
A tabela II ratifica dados recentes, indicando que o Brasil se tornou um dos

principais mercados produtores de cerveja. O país consolida-se como o 3º
maior produtor mundial da bebida, perdendo apenas para a China (1º
colocado) e para os Estados Unidos (2ª posição), e apresenta as principais
empresas do setor. O aumento na produção mundial de cerveja reflete o
reposicionamento de grandes empresas do mercado nos últimos anos.
Assim, em 2011, 40 empresas respondiam por 81.7% da produção global, e
agora percebe-se que a produção permanece concentrada, porém, em 11
empresas internacionais, quais sejam: AB InBev (18.6%), SABMiller
(9.3%), Heineken (8.5%), Carlsberg (6.2%),China Resource
Brewery Ltd. (5,40%), Tsingtao Brewery Group (3.8%), Grupo Modelo (2.9%),
Yanjing (2.9
%) e Molson-Coors (2.5 %), respondendo por 60,1% da produção global.
Algumas dessas empresas têm ampliado significativamente sua atuação no
mercado brasileiro de bebidas, principalmente a Heineken e a companhia
Kirin. Quanto à AB InBev, líder no mercado cervejeiro mundial, é uma
companhia de bebidas de capital belgo- brasileiro, constituída em 2004, a
partir da fusão da empresa brasileira Ambev e da companhia belga Interbrew.
AB Inbev é uma holding formada nesse processo e pode ser considerada
como parte de um desdobramento estratégico importante de
internacionalização de empresas desse mercado, com vistas à ampliação da
atuação em nível global (BBC, 2004).
Já a empresa holandesa Heineken, que tinha uma participação marginal no
Brasil, tem, na última década, priorizado suas estratégias de mercado no
país. Consequentemente, houve um crescimento significativo no mercado
nacional e a empresa considera o país como um dos mais importantes
espaços para o crescimento, em nível global. A empresa japonesa Kirin
Holdings Company, pertencente ao grupo Mitsubishi, vem intensificando sua
atuação no Brasil, através da aquisição de várias empresas do setor,
5
principalmente a Schincariol, Devassa e Baden Baden (WIKIPEDIA, 2013).

Nesse sentido, a indústria cervejeira no Brasil apresenta o mesmo fenômeno
que vem ocorrendo em nível global: a intensificação das aquisições como
forma de aumentar sua participação no mercado internacional e nacional,
aparecendo o Brasil como um dos espaços mais importantes de valorização
da bebida cervejeira. Vale ressaltar o crescimento do papel das empresas
chinesas no mercado cervejeiro. Conforme pode ser observado na Tabela III,
5 empresas chinesas respondem por 13,8% da produção global de cervejas,
ocupando o 2º lugar na produção internacional, somente perdendo para o
grupo belgo-brasileiro AB Inbev, que responde por 18,6% do mercado.
Volume produzido Porcentagem da

Indústria Cervejeira País em milhões de litros Produção mundial
1 AB InBev* Bélgica 358.8 18.6 %
2 SABMiller* Reino Unido 178.5 9.3 %
3 Heineken Holanda 164.6 8.5 %
4 Carlsberg Dinamarca 118.7 6.2 %
5 China Resource Brewery Ltd. China 103,3 5,40%
6 Tsingtao Brewery Group China 72.8 3.8 %
7 Grupo Modelo México 55.1 2.9 %
8 Yanjing China 55.0 2.9 %
9 Molson-Coors EUA/Canadá 48.4 2.5 %
10 BGI/Groupe Castel França 24.7 1.3 %

11 Efes Group Turquia 23.0 1.2 %
12 Diageo (Guinness) Irlanda 22.4 1.2 %
13 Asahi* Japão 21.2 1.1 %
14 Kirin* Japão 20,3 1,10%
15 Gold Star China 19.5 1.0 %
16 Grupo Schincariol Brasil 19.1 1.0 %
17 Chongqing Beer China 18.1 0.9 %
18 Polar Venezuela 18.0 0.9 %
19 San Miguel Corporation Filipinas 17.2 0.9 %
20 Petropolis Brasil 14.1 0.7 %
21 Asia Pacific Breweries Cingapura 13.3 0.7 %
22 StarBev Czech Republic Rep. Tcheca 13.3 0.7 %
23 Radeberger Gruppe Alemanha 13.2 0.7 %
24 Pearl River China 12.9 0.7 %
25 Singha Corporation Tailândia 12.8 0.7 %
26 Grupo Mahou - San Miguel Espanha 12.6 0.7 %
27 Saigon Beverage Corp. (SABECO) Vietnam 11.8 0.6 %
28 Hite South Coreia 9.8 0.5 %
29 Oettinger Alemanha 9.5 0.5 %
30 United Brewery Índia 9.4 0.5 %
31 Oriental Brewery Coreia do Sul 9.3 0.5 %
32 CCU Chile 9.2 0.5 %
33 Shenzhen Kingway China 9.0 0.5 %
34 Obolon Ucrânia 8.8 0.5 %
35 Damm Espanha 8.5 0.4 %
6
36 Foster´s Group Austrália 7.7 0.4 %

37 Suntory* Japão 7.5 0.4 %
38 Bitburger Braugruppe Alemanha 7.5 0.4 %
39 Lion Austrália 6.7 0.3 %
40 Sapporo* Japão 6.5 0.3 %
Total 1,572.1 81.7 %
Produção mundial de Cerveja em 2011 1.925,20
À luz desses dados, pode-se perceber a importância da indústria de cerveja,

responsável por impactos na economia e pelos efeitos na mudança dos
padrões de comportamento e consumo de bebidas alcoólicas no Brasil.
Evolução do Consumo de Cerveja no Brasil
No Brasil, o consumo de álcool, particularmente da cerveja, tem crescido
significativamente desde a segunda metade de 1980. Pesquisadores
constatam mudança no padrão de consumo alcoólico brasileiro, a partir dos
últimos 50 anos, aproximadamente, quando a cerveja ultrapassou o consumo
de destilados e de vinho. No Gráfico I, percebe-se a evolução da demanda
por cerveja no país.
Gráfico I: Consumo per capita total entre adultos (acima de 15 anos), em

litros de puro álcool – Brasil 1963-2005
7
Desde 2005, surpreende a participação do consumo de cerveja no país.

Conforme Yamamoto (2011, p. 24), o consumo de cerveja no conjunto das
bebidas alcoólicas ganha espaço e permite perceber sua importância, se
comparado com o resto do mundo.
Gráfico II - Participação do consumo por álcool no Brasil em puro álcool em

2005
Segundo a Associação Brasileira da Indústria da Cerveja (CevBrasil, 2012),

esse segmento industrial representa 1,7% do PIB e é responsável por uma
taxa de ocupação que atinge 1,7 milhão de empregos diretos e indiretos, o
que corresponde a 2,7% da mão de obra empregada e a uma massa salarial
de, aproximadamente, R$ 16 bilhões.
A demanda pela cerveja vem crescendo no país, o que sinaliza a
possibilidade de maior participação do produto no cenário econômico. Em
pesquisa recente, o Sindicato Nacional da Indústria da Cerveja (SINDICERV,
2012) constatou que esse mercado tem tido um crescimento generalizado no
país, não se restringindo, como no passado, à ampliação do consumo apenas
na região Sul/Sudeste.
Há algumas explicações para o reposicionamento da cerveja no mercado brasileiro,
a saber:
 Melhoria do poder aquisitivo da população;

 O advento de cervejas mais populares e o surgimento de indústrias de
cerveja regionais;
8
 Sofisticação e/ou diversificação da utilização das ferramentas de marketing e

comunicação do produto;
 Crescimento do mercado de cervejas tipo Premium/especiais;
 Substituição do consumo de destilados relacionados à aguardente por cerveja.
A redução do consumo de aguardente em relação ao aumento do consumo

de cerveja é uma mudança de comportamento devida à associação feita
entre determinado tipo de bebida e pessoas mais bem-sucedidas, a partir da
melhoria no poder aquisitivo da sociedade brasileira.
De fato, tem havido uma ampliação no padrão de consumo de cervejas junto
à sociedade brasileira, sendo registrado um aumento nas vendas de cerca de
7% a 8% ao ano. Outro dado importante constatado pelos especialistas do
setor é o que trata da participação das cervejas especiais, tipo Premium.
Segundo o SINDICEV (2012), esse segmento quase dobrou nos últimos
anos, alcançando seu consumo cerca de 15%.
Apesar da expressiva elevação no mercado, nosso consumo per capita ainda
pode ser considerado moderado e ascendente, conforme Tabela III.
Segundo a base de dados da empresa alemã Bath-Haas Group, desde 2011,
o Brasil ocupa a 17ª posição, dentre os países de maior consumo per capita
de cerveja, o que permite considerá-lo um dos mais importantes espaços de
ampliação no consumo da bebida, tendo em vista que o consumo per capita
brasileiro é de 62 litros por ano.
A República Checa continua ocupando o 1º lugar, com 143 litros anuais por
habitante. Na segunda posição, encontra-se a Áustria, com 108 litros por
pessoa. Já a Alemanha manteve-se na terceira posição, com 107 litros por
habitante. O que pode ser considerado relevante é o rápido crescimento da
produção no Brasil, se comparado com esses países, pois neles o consumo
da bebida é milenar, ao passo que no Brasil a produção de cerveja data de
menos de 150 anos.
Tabela III - Relação de Consumo per capita de cerveja por país
Ranking
País Produtor Consumo anual de litros/hab.
1º República Checa 143
9
Ranking País Produtor Consumo anual de litros/hab.

2º Áustria 108
3º Alemanha 107
4º Irlanda 94
5º Polônia 89
6º Romênia 89
7º Austrália 82
8º Bélgica 81
9º Espanha 78
10º Reino Unido 77
11º Venezuela 76
12º Estados Unidos 75
13º Rússia 75
14º Holanda 73
15º Dinamarca 66
16º Canadá 65
17º Brasil 62
18º Hungria 62
19º Sérvia 61
20º México 61
21º África do Sul 57
22º Ucrânia 56
23º Portugal 56
24º Angola 53
25º Japão 48
26º Peru 48
27º Argentina 45
28º Colômbia 42
29º Coreia do Sul 39
30º Equador 39
31º Camarões 37
32º China 36
33º Vietnã 35
34º Tailândia 29
35º França 29
36º Itália 29
37º Filipinas 18
38º Turquia 12
39º Nigéria 9
40º Índia 2
A surpreendente evolução no consumo de bebidas alcoólicas, com suas
inerentes consequências, acarreta várias implicações socioeconômicas,
tornando-se um dos principais problemas de saúde pública no Brasil. As
pesquisas realizadas, nas últimas três décadas, têm constatado que é
possível realizar uma série de importantes correlações entre o aumento de
acidentes de trânsito, dependência química e o papel dos meios de
comunicação no contexto da violência associada ao uso do álcool. Nesse
sentido, os órgãos governamentais passaram a agir com vistas a aperfeiçoar
os mecanismos de regulação, na tentativa de disciplinar e restringir as
propagandas (PINSKY & PAVARINO FILHO, 2007, p.111).
10
Com o surgimento de novas metodologias, a controversa relação entre

propaganda de álcool e o aumento do consumo, tem sido possível construir
um corpo de conhecimentos que favorece compreender a mensagem dos
meios de comunicação e seus reflexos no consumo. À luz de tais
metodologias, pesquisadores têm sinalizado que a propaganda voltada para o
consumo de bebidas tem reforçado atitudes pró-álcool, bem como
desencorajam a redução do seu consumo. Outro efeito percebido pelos
pesquisadores é o que trata da percepção dos jovens frente à propaganda.
No caso, pesquisa indica que a propaganda tem promovido uma espécie de
―predisposição‖ precoce ao consumo entre os jovens, fazendo-os consumir
muito antes da idade legal permitida (PINSKY & PAVARINO FILHO, 2007,
p.112).
Esses indicativos são reforçados pela enorme incidência de peças
publicitárias veiculadas durante toda programação da televisão, estimulando
o uso de bebidas alcoólicas. O consumo do álcool na propaganda tem estado
fortemente relacionado à apreciação e lembrança (PINSKY & PAVARINO
FILHO, 2007, p.112).
A propaganda relativa à cerveja leva a destacar as marcas brasileiras mais
valiosas no ano de 2012. Segundo a Interbrand, das 25 marcas brasileiras
mais importantes, encontram-se três cervejas, quais sejam: Skol, Brahma e
Antarctica. A Skol figura entre as cinco marcas mais valiosas do mercado
brasileiro, perdendo apenas para os produtos capitaneados pelo Bradesco,
Banco do Brasil e Petrobras. Na Tabela IV, verifica-se a evolução das três
principais marcas de cervejas do país, seguida das Figuras I, II e III, que
mostram o valor das referidas marcas no mercado brasileiro.
(ENGARRAFADOR MODERNO, 2012)
Tabela IV - Evolução de mercado das três principais marcas de cervejas
Marca/ano 2010 2011 2012 Crescimento % Crescimento %

2011/2010 2011/2012
Skol 6.593 7.272 8.496 10,30 % 16,83%
Brahma 3.667 4.351 5.087 18,65 % 16,92%
Antarctica 1.753 2.012 2.428 14,77% 20,68%
Fonte: Elaboração própria a partir dos dados da Revista Engarrafador Moderno, 2012.
Figura I - Valor da Marca Skol no Mercado Brasileiro
11
Figura III - Valor da marca Antarctica no mercado brasileiro
De fato, segundo a Interbrand (2012), a Skol é a marca de cerveja mais

valiosa do país e sua estratégia e posicionamento de mercado é voltada para
12
o público jovem, sendo considerada a 5ª cerveja mais vendida no mundo.

Tem como pontos fortes um robusto investimento em inovação de produto e
embalagem, bem como em uma estratégia de
distribuição que permite sua disponibilização na maioria dos pontos de venda

do país. Tudo isso evidencia a importância da regulação da publicidade da
cerveja no país como forma de prover a sociedade de mecanismos mais
eficazes de prevenção à excessiva exposição e à busca pelo consumo
consciente de álcool na sociedade brasileira.
A regulamentação da propaganda para a construção de uma Agenda de

Política Pública
A comunicação de massa impõe novos desafios aos órgãos de

regulamentação, entre eles a construção de metodologias mais adequadas
para prover os órgãos regulamentadores de ferramentas que subsidiem a
compreensão e a percepção dos efeitos do consumo de álcool para evitar os
possíveis malefícios de uso excessivo e inadequado do produto.
Nesse contexto, a interação de organismos da sociedade civil e a atuação do
CONAR seriam importantes para melhor regulação da atividade publicitária
do setor. Em que pese os estudos em curso no país, esse órgão regulatório
poderia otimizá-los, através de equipes que observassem o ―estado da arte‖
das políticas dos principais organismos reguladores internacionais e dos
Códigos de Ética do profissional que regulam as atividades em países mais
desenvolvidos.
Pinsky e Pavarino Filho (2007, p.117) destacam o sentido afirmativo do
código canadense, que coíbe a associação de bebidas alcoólicas a símbolos,
como status e aceitação social, sucesso pessoal, capacidade de realização
profissional, conquistas pessoais ou esportivas, portanto, no Canadá é
vedada a propaganda de bebidas alcoólicas associando-as ao sucesso
pessoal e/ou profissional.
A indústria cervejeira no Brasil encontra-se em expansão e tornou-se um dos
espaços mais importantes de valorização dos investimentos mundiais devido
ao grande potencial de crescimento, considerando a melhoria de poder
aquisitivo do país. Todavia, novos problemas estão expostos, entre eles a
13
complexa relação existente entre o consumo acentuado de álcool e a

ocorrência de infrações de trânsito, fatores que vêm exigindo uma atuação
mais severa do Estado para coibir os abusos e evitar mais perdas humanas.
Nesse contexto, pode-se inferir a importância da publicidade, desde que
educativa, como aliada do Estado, na construção de uma agenda mais ampla
de pesquisa e de adoção de novos marcos regulatórios que, sem engessar a
economia do setor, possibilite o consumo responsável do produto mais
apreciado pela sociedade brasileira.
Em 2018 o mercado cervejeiro no Brasil manteve crescimento em ritmo acelerado.

Os dados, divulgados pelos pesquisadores Eduardo Fernando Marcusso e Carlos
Vitor Müller, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), no
Anuário da Cerveja no Brasil 2018, apontam que o ano fechou com 889 cervejarias,
270 a mais do que em 2017.
Levando em conta esse número, a cada dois dias uma nova cervejaria abriu as
portas no Brasil em 2018. Isso aponta a rápida evolução do setor, que se manteve
com crescimento de 30%, assim como nos anos anteriores. Dos 5.570 municípios
brasileiros, 479 já possuem pelo menos uma cervejaria registrada.
Outro dado que chama a atenção é o grande volume de registros de cervejas e

chopes. Foram aproximadamente 6,8 mil concessões em 2018, um número que
supera outros mercados representativos no país, como o de polpas de frutas, vinhos
e bebidas mistas.
Cervejarias por regiões do Brasil
Em relação à concentração, o Sudeste segue liderando o mercado cervejeiro no

Brasil, com 90% dos registros de produtos realizados em 2018. Os estados de Minas
Gerais, São Paulo e Rio Grande do Sul tiveram mais de mil registros cada.
O ranking de estados com mais cervejarias não mudou. O Rio Grande do Sul segue
com a maior concentração com 186 fábricas de cerveja, em segundo lugar está São
Paulo, com 165, seguido de Minas Gerais com 115, Santa Catarina com 105,
Paraná com 93, Rio de Janeiro com 62, Goiás com 25, Espírito Santo com 19,
14
Pernambuco com 18 e Mato Grosso com 13. As outras 88 fábricas estão espalhadas
pelos demais estados do país.
Em relação ao crescimento, o número mais expressivo é do Espírito Santo. O estado

possuía 11 cervejarias em 2017 e em dezembro de 2018 fechou com 19, um
aumento de 72,7%. Seguem a lista das maiores expansões percentuais: Paraná
(38,8%), Santa Catarina (34,6%), São Paulo (33,01%) e Minas Gerais (32,2%).
Mercado cervejeiro no Brasil gera mais empregos
Outro fator que também impressiona é o número de empregos gerados pelo setor. O
levantamento realizado pela Abracerva mostra que as cervejarias com menos de
100 funcionários geraram 1.114 vagas de janeiro a dezembro de 2018. O número é
quase 20% maior do que as grandes indústrias, geralmente ligadas a marcas
comerciais, que geraram 828 postos de trabalho. A estimativa é que cervejarias de 1
a 99 funcionários empreguem 3,6 mil pessoas.
Segundo o presidente da Associação Brasileira de Cerveja Artesanal (Abracerva),

Carlo Lapolli, a tendência é que esse número cresça e os resultados mostram a
força do segmento.
15
―O público está cada vez mais exigente com a qualidade dos produtos, o que acaba
destacando as marcas independentes. Isso explica o aumento do consumo e,
consequentemente, a produção e geração de empregos. Estamos trabalhando para
fortalecer o setor através de incentivos fiscais e, também, para dar novos espaços
às cervejas artesanais. Acreditamos que isso, somado à qualidade do produto,
consolidará ainda mais este segmento no país‖, explica.
Crazy Christmas – a nova seleção do Beer Pack [novembro]
Em 2019 Brasil já conquista a marca de 1000 fábricas de cerveja
O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) registrou na última

semana a cervejaria de número mil no país. Isso significa que, só em 2019, em 150
dias, foram 111 novas fábricas autorizadas, uma média de 22 ao mês. Para se ter
uma ideia da expansão do segmento, de 2009 até o momento o número
praticamente quadruplicou.
Carlo
Lapolli, presidente da Abracerva. Crédito: Bruno Dupon/Divulgação
De acordo com o presidente da Associação Brasileira de Cerveja Artesanal

(Abracerva), Carlo Lapolli, as marcas independentes que produzem cerveja
16
artesanal são, claramente, as responsáveis por essa expansão. ―As grandes fábricas
multinacionais não anunciaram um número significativo de novas plantas neste
período.
Por outro lado, ganharam notoriedade, espaço de gôndola e conquistaram o

consumidor as empresas que prezam por um produto de qualidade, com matérias-
primas superiores e atributos sensoriais que essas marcas não entregam‖, diz.
Segundo Lapolli, esses números refletem uma apuração no gosto do consumidor e a

expansão da sua percepção sobre a bebida. ―Até pouco tempo, quando se fala em
cerveja, o brasileiro tinha apenas uma imagem: a bebida estupidamente gelada e de
má qualidade. Hoje, a busca por itens diferenciados aumentou e o mercado
começou a ver a cerveja artesanal com um potencial até então não explorado‖,
finaliza.
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2- FUNÇÕES PRÁTICAS DE UM SOMMELIER NO MERCADO DE HOJE
O nome sommelier é bem antigo e tem uma história curiosa. Tudo começou na
França, durante a Idade Média. Os franceses utilizavam animais de carga que
transportavam vinho e outras mercadorias para a corte em castelos e palácios. Esse
tipo de deslocamento era chamado de sommier. A prática foi evoluindo e o oficial ou
carroceiro responsável pelo transporte das pipas de vinho começou a ter o trabalho
de experimentar a bebida para checar a qualidade antes de chegar às mãos dos reis
e nobres. Então, o termo começou a evoluir e os encarregados pelo transporte e
degustação da mercadoria começaram a serem chamados de sommierliers e, com a
evolução linguística, sommeliers.
Surgimento da profissão
A profissão começou a ser consolidada em meados do século XVIII, época em que
os restaurantes de Paris ficaram mais frequentados, tornando-se populares entre os
franceses. A cidade vivia um bom momento de novas descobertas na gastronomia e
os sommeliers desse século continuavam com a função de trazer, transportar e
provar o vinho para garantir que estava em boa qualidade antes de servir para os
clientes.
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A profissão foi ganhando cada vez mais espaço, principalmente no século XIX, pós
Revolução Francesa, período em que os chefs franceses começaram a inovar o
conceito de restaurante e os sommeliers foram conquistando seu lugar como
profissionais. Apesar de naquela época o sommelier ter como objetivo o vinho, o
profissional de hoje, é responsável pelas bebidas no geral em um determinado
estabelecimento, como bares, restaurantes, importadoras de bebidas, lojas, etc.
E o sommelier de cervejas?
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É importante frisar que, atualmente, o profissional sommelier é a pessoa

responsável por todas as bebidas em um estabelecimento. No entanto, existe
especificações e no Brasil isso é novo. O sommelier de cerveja ou beer sommelier,
em inglês, chegou por aqui há seis anos. A primeira turma do curso foi formada em
2010 após uma parceria entre o Instituto da Cerveja Brasil e a Associação Brasileira
de Sommeliers – São Paulo.
Depois de concluir o curso, o profissional estará preparado para sugerir
harmonizações entre a cerveja e gastronomia, orientar o consumo certo da bebida,
informar o consumidor sobre aromas, sabores, corpo de uma determinada cerveja,
analisar tecnicamente diferentes estilos de cerveja, elaborar cartas de cervejas,
organizar eventos de degustação e harmonização, servir os clientes de maneira
correta, sugerir cervejas adequadas para cada tipo de consumidor. Enfim! O
sommelier de cervejas tem bastante conteúdo durante o curso e irei destacar isso
agora.
>> O BarDoCelso.com oferece serviços de sommelier de cervejas para empresas,
além de consultorias sobre o assunto. Confira!
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O curso de sommelier de cervejas

No Instituto da Cerveja Brasil, para se formar sommelier de cervejas, o aluno terá
que estudar durante aproximadamente seis meses em uma carga horária de 104
horas com duas aulas por semana. Existem opções do curso intensivo, de fim de
semana e em vários estados.
O futuro sommelier de cervejas irá aprender tudo sobre a história da cerveja,
técnicas de degustação, matérias-primas, legislação brasileira, famílias de cerveja,
escolas cervejeiras Alemã, Belga, Americana e Anglo-saxônica, serviço de mesa e
cerveja, análise sensorial, técnicas de harmonização, processo de fabricação,
estocagem e guarda, etc. O conteúdo realmente é bem detalhado.
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Escolas e especializações
O Instituto da Cerveja Brasil oferece os cursos em diversos estados brasileiros,
como São Paulo, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e Distrito Federal. Outra opção
é conhecer a Associação Brasileira de Sommeliers, que também oferece o curso.
Existem opções também na Academia Barbante de Cerveja e na Science Of Beer.
Os valores variam de R$ 3 a R$ 4 mil.
Algumas escolas disponibilizam ainda outros tipos de cursos para o sommelier com
o objetivo de se especializar ainda mais. No Instituto da Cerveja, por exemplo, os
alunos podem fazer o curso Avançado de Tecnologia Cervejeira – algo mais técnico
do universo cervejeiro com foco no processo produtivo. Existe também curso de
especialização em harmonização gastronômica e o Mestre em Estilos – esse é o
primeiro curso de especialização para o Sommelier de Cervejas e tem como missão
aperfeiçoar o conhecimento do sommelier formado nos diversos estilos de cervejas
existentes.
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Mercado de Trabalho
A grande pergunta comum de se ouvir é: sommelier de cervejas ganha bem? Como
toda e qualquer profissão é preciso se dedicar e trabalhar bastante para chegar ao
auge. Nada melhor do que fazer o que gosta para isso acontecer naturalmente.
Respondendo melhor a pergunta, segundo dados da Associação Brasileira de
Sommeliers e do Instituto da Cerveja Brasil, o salário pode chegar até R$ 5.000 com
inúmeros segmentos de atuação profissional, como em cervejarias, restaurantes,
bares, importadores e distribuidores.
Um sommelier de cervejas também pode prestar consultorias para grandes
empresas e microcervejerias, como é o caso daqui do BarDoCelso.com, ou ser
embaixador de alguma marca de cerveja. É possível também trabalhar no
departamento comercial de estabelecimentos ou cervejarias e auxiliar no
desenvolvimento de produtos. Ou pode optar por ser empreendedor, abrindo seu
próprio negócio voltado ao segmento, como bares e restaurantes. Realmente é um
mercado que está em constante crescimento e bem aquecido.
O jornal Valor Econômico mostrou isso em matéria publicada este ano. Segundo
dados da reportagem, o mercado de cervejas artesanais cresce entre 30% e 40%
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por ano no Brasil. Dá para se ter uma noção que se tiver muito estudo e dedicação à
profissão, emprego não irá faltar.
Diploma, certificações e regulamentação

Atualmente há uma Lei que regulamenta a profissão de sommelier no Brasil. Trata-
se da Lei Nº 12.467, de 26 de agosto de 2011. No entanto, ela é focada no
profissional do vinho, não tratando de outras bebidas. No entanto, é do
entendimento comum de especialistas que tal regulamentação poderia ser
facilmente estendida para um profissional de formação geral, que é especialista em
várias bebidas, ou segmentado, como o sommelier de cervejas.
Outra norma dessa regulamentação é a formação. Segundo o texto aprovado pela
Câmara e Senado em 2011, o exercício da profissão seria restrito para quem for
habilitado por instituições nacionais ou estrangeiras, desde que reconhecidas pelo
Ministério da Educação (MEC), ou já que já estivessem exercendo a profissão há
mais de três anos na data da publicação. No entanto, esse parágrafo foi vetado pela
Presidência da República.
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No entanto, é também de consenso de especialistas que a formação é necessária

para a atuação no mercado.
Existem também certificações que podem melhorar ainda mais o currículo. Uma
delas é o Cicerone, um programa americano de certificação de profissionais de
cerveja. Esse tipo de certificação foi criado em 2009, nos Estados Unidos pelo
cervejeiro Ray Daniels, também membro do Siebel Institute of Technology. Para
conseguir este tipo de certificado vai tem que ralar bastante nos estudos e
ultrapassar os três níveis de conhecimento: Certified Beer Server – com questões
sobre o serviço de mesa, noções básicas dos estilos e degustação de cervejas, o
nível 2 – Certified Cicerone que irá testar o aluno na identificação de cervejas por
estilo, o processo de fabricação e história da cerveja e, por fim, o nível 3 – Master
Cicerone, algo mais mais amplo sobre todo universo cervejeiro, harmonizações e
outras experiências práticas. São poucos sommeliers de cervejas no mundo que
possuem o certificado deste último nível.
Campeonatos
Outra forma de reconhecimento dos melhores profissionais do mercado são os
campeonatos de sommelier, uma prática já comum que também chega aos
profissionais de cerveja. O Instituto da Cerveja Brasil promove há três anos
anualmente a competição nacional. Na primeira edição, em 2014, Luís Celso Jr
(sentado, com chapéu, na foto abaixo) editor do BarDoCelso.com, chegou a ficar em
terceiro lugar, com Fábio Campos em segundo e Alex Moraes. Em 2015 o Brasil
chegou a ser sede do Campeonato Mundial de Sommelier de Cervejas.
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E no fim das contas? Vale a pena?

Um sommelier de cervejas é, antes de tudo, um apaixonado pelo universo
cervejeiro. Um verdadeiro expert. Acredito que quando se trabalha com o que gosta,
o aperfeiçoamento acontece de maneira natural, pois iremos estudar com vontade e
paixão pelo assunto. As consequências serão muitas portas abrindo, novos amigos,
experiências gastronômicas e um mundo muito amplo de cerveja para explorar
quase que infinito.
Cheers e boa sorte a todos os futuros sommeliers de cervejas!
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3- CERVEJA E SAÚDE
Benefícios Da Cerveja Para a Saúde
Comecemos dizendo que, consumida com moderação, ela previne cerca de 26.000
mortes por ano, segundo o relatório da USDA (United States Departmente of
Agriculture).
Isto porque diminui as taxas de doenças cardíacas, derrames cerebrais e diabetes.
É importante lembrar que a quantidade recomendada e permitida pela OMS

(Organização Mundial da Saúde) é de um a dois copos pequenos ao dia para
mulheres, e três para homens.
1. Viva mais: para o coração, tão boa quanto vinho
Sabe aquela história de que uma taça de vinho por dia faz bem para o coração? O
mesmo é válido para dois copos de cerveja por dia.
Estudos mostram que, se consumida moderadamente, a cerveja diminui os riscos de

ataques cardíacos e doenças cardiovasculares em até 40%.
Além disso, aqueles dois copinhos por dia, ajudam a elevar os níveis do colesterol
bom, evitando entupimento das artérias.
2. Acredite, ajuda a emagrecer
Isso acontece por vários motivos. Primeiro: estudos comprovam que há

componentes na cerveja que ajudam a dar energia ao corpo, acelerando, assim, a
queima de gordura.
Segundo: é fonte de carboidrato complexo, que possui menos calorias e mais fibras,
ou seja, dá mais energia ao corpo e ainda limpa o organismo. Terceiro: favorece o
equilíbrio gastrointestinal.
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Segundo o médico Lara, vice-presidente da Associação Brasileira de Nutrologia

(Abran), a composição da cerveja contém probióticos no processo de fermentação.
Isto favorece o equilíbrio do sistema gastrointestinal, evitando que causadores de

doenças se multipliquem. Ou seja, digestão realizada com sucesso!
3. Quase uma limpeza de pele
A cevada apresenta muitos benefícios para a pele. O Dr. Anderson Bertolini, diretor
médico da Clínica Bertolini, explica que há vitaminas B1, B3 e E, além de selênio,
ferro, fósforo, zinco e cobre, que ajudam a manter a pele saudável.
A dermatologista do Hospital São Luiz, Samar El Harati, diz que o crescimento e

regeneração das células da pele acontecem graças ao EGF (fator de crescimento
epidérmico) contido na cevada, que é uma réplica natural do EGF humano.
4. Por um mundo com mais doces e menos diabetes
Diabéticos, vejam só! Uma pesquisa espanhola publicada em 2011 quebrou o tabu
de que diabetes e cerveja não combinam. Foi encontrado componentes benéficos ao
combate da doença na fórmula da cerveja.
Estes componentes ajudam no controle de glicemia no sangue e previne

inflamações. Houve até mesmo insinuações de que, no campo da saúde, a cerveja
já tenha se equiparado ao vinho.
5. Insônia? Durma como um anjinho
Tarde da noite e você está lá, acompanhando todas as voltas do ponteiro do relógio,
zapeando todos os canais de TV e no outro dia acorda cansado e com olheiras por
ter dormido só algumas horinhas (ou minutos) numa noite?
Bem, apostamos que não bebeu a quantidade recomendada de cerveja por dia. De
acordo com uma pesquisa da Universidade de Extremadura, na Espanha, o lúpulo
presente na bebida aumenta a atividade do neurotransmissor que apresenta efeito
sedativo e diminui a ação do sistema nervoso.
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Sabendo disso, prepare-se para dormir como um anjo. (Lembrando que a

quantidade recomendada é de dois copos para mulheres e três para os homens).
6. Não vai esquecer, hein
Foi na Universidade de Loyola, nos Estados Unidos, que 365 mil voluntários foram
analisados. Dentre eles, os que bebiam cerveja com moderação, apresentaram risco
23% menor de desenvolver Alzheimer do que as pessoas que nunca consomem a
bebida. Demência e problemas cognitivos também estavam relacionados aos
resultados.
7. Bom para a gripe: remedinho da vovó
Lá vem o lúpulo de novo. Tal como o resveratrol no vinho, ele é responsável por
muitos dos benefícios na cerveja, inclusive reforçar o sistema imunológico.
Na revista científica Medical Molecular Morphology foi publicado um estudo japonês

que dizia que o lúpulo possui propriedades anti-inflamatórias e antioxidantes.
O que isso significa? Que a multiplicação do vírus respiratório é inibido com o

consumo moderado da cerveja. Além disso, também contribui para a prevenção da
pneumonia.
8. Caspas nunca mais
Nada mais desconfortável do que ter caspas, não é mesmo? Agora imagine que a
cerveja pode resolver este problema! Estudos apontam que a vitamina B e a
levedura presentes na cerveja te ajudam a se livrar desse desconforto.
Basta lavar o cabelo três vezes por semana com a bebida e adeus caspas!
9. Deixe as pedras fora dos rins
Que a cerveja é diurético, muita gente já sabe, e um estudo finlandês comprovou

que a cerveja pode reduzir em 40% os riscos de desenvolver pedras nos rins.
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Mas atenção: o excesso da bebida pode agravar o quadro, nada mais, nada menos
do que a recomendação diária.
10. Nunca mais quebre um osso
Leite é só para quem não conhece o poder do silício presente na cerveja. Em

Londres, um estudo do Kings College comprovou que essa substância faz com que
a cerveja ajude a melhorar a densidade óssea.
Na Universidade da Califórnia, pesquisadores apontam que essa substância é

encontrada no grão da cevada e é mais abundante em cervejas dos tipos ale e
lagers, enquanto nas cervejas escuras, o processo de torrefação compromete a
concentração da substância.
ATENÇÃO!! Não é porque a cerveja tem seu lado positivo que pode ser bebida aos
montes.
Os efeitos ruins do álcool ainda superam todos esses pontos. Ou seja, lembre-se
sempre da medida diária recomendada: dois copos pequenos (uma lata) para
mulheres e três copos (duas latas) para homens.
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4- FABRICAÇÃO DE CERVEJA E MATÉRIAS PRIMAS
Para fazer cerveja, se seguirmos os princípios da Lei de Pureza Alemã

(Reinheitsgebot) só precisaremos de 4 ingredientes:
ÁGUA
MALTE
LÚPULO
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FERMENTO
Como é possível com somente 4 ingredientes
Fazer tantas cervejas com cores, sabores e aromas tão distintos?

Acontece que cada um dos ingredientes possui diversas variedades e pode ser
dosado em diferentes quantidades. Além disso, durante o processo de fabricação, o
tempo e a forma como eles são adicionados também modificam o resultado. É
possível padronizar suas produções, mas quanto maior é a padronização exigida,
maior deve ser a atenção dada a qualidade dos ingredientes, ao processo de
fabricação e aos equipamentos.
ÁGUA
A água corresponde a mais de 90% da matéria prima usada na fabricação da
cerveja, por isso ela é sempre lembrada pela sua importância. No Brasil, a qualidade
da cerveja sempre foi associada à qualidade da fonte de água que a cervejaria
utiliza. Atualmente existem processos laboratoriais para corrigir ou adequar as
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propriedades da água para a produção cervejeira industrial. Podemos transformar

qualquer água potável em um ingrediente padronizado com o uso de adjuntos para
o tratamento da água.
Quando oriunda da torneira, a água contém diferentes composições, dependendo de
cada origem. Inclusive, muitas vezes dentro da mesma cidade temos fontes de
águas diferentes.
Para fazer cerveja em casa pode-se utilizar a água da torneira, que algumas vezes é
melhor que a água oriunda de poços artesianos. Isto porque a água tratada
geralmente vem de fontes rasas, contêm menos minerais pesados e pode ter um pH
mais adequado. A principal informação que o cervejeiro deve saber é o pH da sua
água.
O pH é uma escala que vai de 0 (ácido) à 14 (alcalino), sendo 7 o valor neutro. Um

controle sobre o pH da água é fundamental, pois um pH alcalino poderá ocasionar a
dissolução de materiais existentes no malte e nas cascas, que são indesejáveis no
processo.
O ideal é que se tenha uma relação ácida, o que proporciona maior atividade
enzimática na mostura, com um consequente aumento no rendimento de maltose e
peso plato final. Em geral, o pH da água para a fabricação da cerveja deve ser entre
6.5 a 7.0, mas o tipo de cerveja a ser produzido é que vai determinar qual o pH ideal.
Para saber o pH da sua água, você pode utilizar aqueles kits para piscina, facilmente
encontrados no comércio local. Outra maneira, não tão precisa, é procurar junto ao
órgão público de distribuição de água os relatórios mensais de medição da
qualidade da água, geralmente disponíveis na Internet. Para a água mineral basta
confiar na informação contida no seu rótulo. Geralmente a água tende a ser mais
alcalina que o ideal indicado na receita de determinada cerveja, sendo corrigida
através da inclusão de malte acidificado na mosturação para baixar o pH até o nível
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desejado.
Portanto a água pode influenciar no resultado final da sua cerveja, porém na

fabricação caseira não será a água a sua preocupação inicial, pois não inviabiliza a
fabricação. Pode-se utilizar água mineral ou da torneira, lembrando-se a água da
torneira contém cloro. Isso pode ser resolvido utilizando-se água previamente fervida
no processo de fabricação (o cloro evapora).
MALTE
O malte é fundamental na fabricação de cerveja, pois é ele o responsável pela cor e

corpo (densidade) da cerveja, atuando também na composição do sabor e aroma. A
razão média de uso é de 200 gramas para cada litro de cerveja, porém isso vai
depender do rendimento obtido no processo bem como a qualidade do malte
utilizado. Produzimos malte a partir da germinação parcial (interrompida) dos grãos
de cereais. A princípio qualquer cereal pode ser malteado, tal como:
milho, aveia, trigo, centeio e principalmente a cevada. A cevada é geralmente
utilizada porque possui um alto teor de proteínas em quantidade suficiente para
fornecer os aminoácidos necessários a levedura. O malteamento é um processo
obtido basicamente em cinco etapas:
A cevada é imersa em água até absorver determinado teor de umidade;
1. O grão passa a germinar sob condições controladas;

2. No final faz-se a secagem em duas etapas de temperaturas, o que interrompe seu
crescimento e se obtém propriedades e características específicas, como
caramelado, torrado, cor clara, cor escura, avermelhada e outras.
3. Elimina-se os brotos formados na germinação por um processo chamado de
crivagem. Estas radículas são eliminadas pois contém grande quantidade de
proteínas e outras substâncias que podem prejudicar a cerveja. Pode-se também
fazer um ―polimento‖ no grão para melhorar sua aparência.
4. O malte é então enviado para os silos de malte, onde ficam armazenados por
aproximadamente 15 dias, para que as transformações bioquímicas consequentes
do processo germinativo se completem.
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Em todas as etapas há um controle de temperatura e umidade rigoroso. O cereal

malteado, ao final do processo, contém:
 Enzimas e amido: este amido será dividido em açúcares simples pelas enzimas e
serão utilizados pelas leveduras, em especial para a produção do álcool e do gás
carbônico.
 Compostos organolépticos que reagem com o processo de fabricação da cerveja e
as leveduras utilizadas para fazer o perfil organoléptico da cerveja.
 A cor da cerveja (função da intensidade da reação de Maillard produzida durante a
secagem).
 Proteínas: uma parte será dividida pelas enzimas para ajudar no crescimento das
leveduras, outra parte permanece na cerveja para dar a sua aparência.
CLASSIFICAÇÃO DOS MALTES
Não existe um sistema universal de classificação, já que os malteadores

categorizam diferentemente seus produtos no mercado. Entretanto, podemos dividir
os maltes em dois grandes grupos: os maltes base e os maltes especiais. A cor é um
dos fatores de diferenciação entre eles, além da quantidade utilizada na fabricação.
MALTES BASE
Os maltes base provêm o maior poder enzimático (diastático) para converter amido
em açúcares fermentáveis. São eles que fornecem o maior potencial de extrato e,
por isso, são utilizados em maior quantidade. Confira algumas opções de maltes
base:
MALTES ESPECIAIS
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Dependendo do tipo de cerveja é comum a utilização de um ou dois tipos de malte

especiais, assim como existem cervejas onde se utilizam até sete tipos de maltes
diferentes.
Dentro do grupo de maltes especiais existem os maltes caramelo. São maltes que
sofreram um processo de aquecimento que cristaliza os açúcares, por isso que
também são conhecidos como maltes cristal. Estes açúcares caramelizados são
cadeias mais longas que não são convertidos em açúcares simples pelas enzimas
durante a mosturação. O resultado é uma cerveja mais doce e com sabor mais
complexo.
Existem também os maltes torrados, que passam por uma fase de secagem em alta
temperatura e depois em torrefação. Eles contribuem para adicionar um aroma de
café ou de defumado nas cervejas estilo porter e stouts. Estes maltes devem ser
utilizados com moderação, já que uma pequena quantidade altera significativamente
o sabor e cor final da cerveja.
Há também cervejeiros que utilizam cevada não malteada na forma tostada e

cevada ―queimada‖. Entretanto, nestas formas, não existem enzimas que auxiliam
na mosturação.
Confira algumas opções de maltes especiais disponíveis no mercado:
EXTRATO DE MALTE
Um extrato de malte nada mais é do que o mosto concentrado de um ou mais maltes
moídos e misturados, com ou sem adjuntos, enzimas suplementares e lúpulo. A
forma como eles são produzidos depende do malte, da mistura e das condições de
evaporação utilizadas. Basicamente é utilizado por cervejeiros e algumas pequenas
cervejarias que não querem passar pela fase de moagem, mosturação e separação
do bagaço. O extrato pode ser utilizado como fonte única de açúcares fermentáveis
ou ele pode ser combinado com malte de cevada.
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LÚPULO
O lúpulo é uma planta trepadeira que tem o hábito de crescimento em locais de
clima frio e com abundância de luz solar (dias longos). Para a cerveja, utilizamos as
flores das plantas fêmeas, que possuem um formato de cone e no seu interior
encontra-se a lupulina. O lúpulo é considerado o ―tempero‖ da cerveja. Ele que dá a
identidade de muitas cervejas de alguns estilos muito apreciados por nós. Ele
contribui principalmente com o amargor, aroma e sabor da cerveja. Entretanto, o
lúpulo também auxilia na retenção da espuma e ajuda na remoção de algumas
proteínas indesejadas, resultando em uma cerveja mais clara.
O lúpulo possui propriedades bactericidas e é um conservante natural, aumentando

a vida de prateleira da cerveja. O uso de lúpulo na fabricação de cerveja começou
em 736 d.C. no sul da Europa Central, o que é relativamente recente na história de 8
mil anos de fabricação de cerveja no mundo.
Principais formas de comercialização:
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O lúpulo contém diversas resinas e óleos, destacando-se o ácido alfa. Este ácido é o
responsável pelo amargor da cerveja. Por isso, quanto maior o seu percentual, maior
o poder de amargor do lúpulo.
Se um determinado lúpulo possui 5% de ácido alfa, significa que em 100 gramas, 5
gramas são deste componente. Ou seja, ele é sempre informado como um
percentual relativo ao peso do lúpulo, desta maneira é possível dosar corretamente
a quantidade de lúpulo. Nos Pellets T-90 este percentual varia a cada safra, portanto
o cervejeiro deve ficar atento e corrigir suas receitas. Há inúmeras variedades de
lúpulo, divididos em três diferentes níveis de concentração de ácido
alfa: baixo, médio e alto.
Classificação dos lúpulos:
Como o ácido alfa não é uma substância solúvel, para extrairmos as propriedades
do lúpulo devemos ferver ele junto com a cerveja. Assim ocorre um processo de
isomerização, fixando as resinas na cerveja referentes ao amargor.
Para agregarmos sabores e aromas de lúpulo à cerveja, é necessária a extração dos

óleos do lúpulo. Como são substâncias mais voláteis e sujeitas a evaporação,
adiciona-se o lúpulo também no final da fervura, para diminuir este efeito. Há
também a técnica do ―dry hopping‖ onde se coloca o lúpulo por infusão já na cerveja
fermentada.
A fim de conservar o lúpulo e suas propriedades, recomenda-se sempre mantê-lo

refrigerado (não congelado) com a sua embalagem bem fechada e com o mínimo de
ar no seu interior. Isso evita a oxidação e a volatilização dos óleos presentes no
lúpulo.
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FERMENTO (Levedura Cervejeira)

O fermento, ou levedura, é um elemento vivo na produção de cerveja. Trata-se de
um microorganismo que consome os açúcares presentes no mosto e liberam álcool
e gás carbônico. Algumas cepas de fermento produzem também ésteres que dão
um acabamento na cerveja. Basicamente existem dois tipos de levedura cervejeira:
as de alta fermentação (ALE) e as de baixa fermentação (lagers). Em cada grupo
existem diversas cepas que possuem características particulares. Elas possuem
esta nomenclatura pela forma como atuam.
O fermento de alta fermentação flocula na parte superior do fermentador, enquanto o

de baixa fermentação age mais no fundo. A temperatura de operação de cada
fermento também pode ser associada a nomeclatura, ficando os de alta fermentação
trabalhando na faixa de 18ºC e 24ºC. Já os de baixa fermentação operam na faixa
dos 9º aos 13ºC. Estas temperaturas são as consideradas ideais, onde o fermento
está habituado e tem seu melhor rendimento. Quando operam fora destas faixas
eles podem produzir subprodutos indesejados na cerveja.
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5- O CHOPP
Da mesma maneira que é preciso cuidado com o chopp durante o transporte da

bebida, o armazenamento demanda a aplicação de conceitos similares,
praticamente repetindo o processo realizado na chegada do mesmo até o seu
estabelecimento.
Armazene seu chopp em um ambiente fechado, com temperatura controlada e, é

claro, longe da luz solar. Vale reforçar que chopp tem validade curta, exatamente por
não serem pasteurizados como as cervejas. Após seu recebimento, é necessário
consumi-lo em até, no máximo, 11 dias. Após aberto, o consumo deve ser mais
rápido, em até dois dias, no máximo.
Como tirar um bom chopp?
Especialistas podem divagar sobre as melhores técnicas de tirar um bom chopp,

entretanto, existem algumas regras básicas que devem ser aplicadas em qualquer
situação, para garantir uma boa experiência ao consumir essa bebida.
Se você faz o uso de uma chopeira, a melhor técnica para retirar a bebida é
encostar a tulipa, ou copo de sua preferência, bem inclinado no bico da torneira,
permitindo que ela corra de maneira bem lenta pelas paredes do copo, aumentando
lentamente o volume de líquido de acordo com a velocidade que você endireita o
copo.
Para finalizar com um bom colarinho, deixe o copo reto e feche a torneira, para que
forme a saborosa espuma que, vale a pena frisar, faz parte da construção do sabor
e aroma da bebida.
A temperatura do chopp a ser servido depende de dois fatores importantes: do estilo

da bebida a ser comercializada e, especialmente, do gosto do cliente ao consumi-la.
Existem pessoas que preferem consumir o chopp sempre estupidamente gelado,
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independentemente se ele é mais forte, mais lupulado ou até mais defumado.

Especialistas afirmam que chopps mais fortes, seja no aroma como no sabor, podem
ser consumidos em temperaturas mais altas, para se apreciar melhor suas
características.
Equipamentos necessários para a venda de chopp
Por precisar de cuidados especiais em seu armazenamento, para que a bebida

mantenha sua qualidade, é importante se atentar aos equipamentos. É fundamental
uma chopeira e cilindro de gás CO² - que você pode negociar o fornecimento com a
distribuidora que te atende. No entanto, você precisará ter o conhecimento da
regulagem do equipamento, além do cuidado do estoque de CO² e barris. Outro
cuidado é com a validade da bebida. Uma dica que ajuda bastante a conservar o
chopp é ter uma câmara fria.
E já que você deseja investir na venda de chopp, vale sempre estar de olho no
comportamento do consumidor e nas tendências do mercado cervejeiro. Ofereça
uma gama diversificada de sabores a seus clientes e não esqueça de oferecer
aperitivos e pratos para harmonizar a degustação.
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6- LEGISLAÇÃO
Sommelier segundo a legislação:
Considera-se sommelier, para efeitos desta Lei (12.467/11), aquele que executa o
serviço especializado de vinhos em empresas de eventos gastronômicos, hotelaria,
restaurantes, supermercados e enotecas e em comissariaria de companhias aéreas
e marítimas.
A legislação brasileira é extremamente limitante quando trata da função de

sommelier.
Uma das mais importantes profissões da indústria de bebidas é o sommelier pois

esse profissional tem o conhecimento necessário para instruir interessados nas
bebidas a tomarem as melhores decisões.
E, para o mercado de cerveja artesanal, é muito importante que sejam formados

bons sommeliers para que a cultura cervejeira seja cada vez mais difundida.
Para que novas cervejas possam ser lançadas, para que a criatividade dos
cervejeiros brasileiros possam ser extrapoladas ao máximo, para que preços de
importação e impostos internos sejam minimizados, é extremamente importante que
o mercado de cerveja artesanal continue crescendo.
Esse sozinho já é um fato importantíssimo para que o profissional Sommelier seja

reconhecido e incentivado.
Mas antes de falarmos sobre a função do sommelier atualmente:
Surgimento do sommelier
Acho que a definição mais comum e aceita para as origens do sommelier é retirado
do livro do enólogo Euclides Penedo Borges.
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Essa definição fala que a palavra sommelier veio da palavra sommier, termo usado
para designar os animais de carga que carregavam comidas e bebidas em comitivas
de senhores feudais.
Por evolução linguística a palavra sommier se transformou em sommelier e com o

tempo os encarregados pelo transporte também ficaram sendo conhecidos como
sommeliers.
Era papel também do sommelier, nessa época, provar as bebidas e comidas que
seriam consumidas pelos nobres para evitar a morte por envenenamento (somente
dos nobres).
Profissão bastante arriscada essa, não?
Com o tempo esses profissionais passaram a trabalhar também nos castelos, pelos
mesmos motivos citados acima.
Qual, afinal, é a função do sommelier?
O sommelier como conhecemos vem do século XIX, e desde essa época diversas
funções lhe foram atribuídas.
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Atualmente, entre as funções de um sommelier estão o conhecimento das bebidas

que ele irá trabalhar; a escolha, compra e armazenagem de bebidas;
elaboração de cartas; serviço; recomendação de harmonizações; entre outras
funções.
É claro que isso vai depender bastante do lugar onde o sommelier está trabalhando.
No caso de um sommelier de cervejas podemos citar as seguintes funções:
Sommelier de cerveja em bares/restaurantes/hoteis
O profissional pode trabalhar gerenciando o estoque de cervejas artesanais,

elaborando as cartas de bebidas e recomendando harmonizações.
Outra função importantíssima é o treinamento da equipe (garçons, ajudantes e

qualquer outro profissional) para que a venda da cerveja seja feita de forma a
beneficiar o cliente, afinal cervejas artesanais, premium e especiais fazem
parte de um universo muito grande de opções.
Sommelier de cerveja na indústria
Sommeliers possuem sua formação bastante voltada para a análise sensorial da

bebida.
Uma função que os sommeliers podem desempenhar, com grande ganho para as
cervejarias, é a realização da análise sensorial da produção, garantindo que
novas receitas estejam bem equilibradas e que lotes recorrentes estejam
consistentes.
Além dessas áreas o sommelier de cervejas pode trabalhar em importadoras,

distribuidoras, empórios, lojas e ainda como crítico cervejeiro para veículos de
comunicação.
Sommelier de cerveja na educação
Faz parte do trabalho do sommelier difundir a cultura da bebida. Avaliar as bebidas e

incentivar que outros o façam. Fazer com que pessoas leigas tenham seu primeiro
contato com cervejas especiais e não se sintam ameaçados.
44
Sommeliers atualmente passam conteúdos em redes sociais e em cursos por todo o

mundo. E fazendo isso eles espalham mais ainda essa cultura.
LEI Nº 12.467, DE 26 DE AGOSTO DE 2011.
Dispõe sobre a regulamentação do

exercício da profissão de Sommelier.
A PRESIDENTA DA REPÚBLICA Faço saber que o Congresso Nacional

decreta e eu sanciono a seguinte Lei:
Art. 1º Considera-se sommelier , para efeitos desta Lei, aquele que executa o
serviço especializado de vinhos em empresas de eventos gastronômicos, hotelaria,
restaurantes, supermercados e enotecas e em comissariaria de companhias aéreas
e marítimas.
Parágrafo único. (VETADO).
Art. 2º (VETADO).
Art. 3º São atividades específicas do sommelier :
I - participar no planejamento e na organização do serviço de vinhos nos

estabelecimentos referidos no art. 1º desta Lei;
II - assegurar a gestão do aprovisionamento e armazenagem dos produtos

relacionados ao serviço de vinhos;
III - preparar e executar o serviço de vinhos;
IV - atender e resolver reclamações de clientes, aconselhando e informando

sobre as características do produto;
V - ensinar em cursos básicos e avançados de profissionais sommelier .
45
Art. 4º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.
Brasília, 26 de agosto de 2011; 190º da Independência e 123º da República.
DILMA ROUSSEFF
José Eduardo Cardozo
Fernando Haddad
Luís Inácio Lucena Adams
Este texto não substitui o publicado no DOU de 29.8.2011
46
7- CERVEJA E MARKETING
A cerveja faz parte da cultura brasileira e do costume de muitas pessoas. É

comum encontrarmos por aí alguma pessoa que gosta de tomar um ou vários
tipos de cerveja. Mas o que isso tem a ver com o marketing? Chegaremos lá. O
consumo médio de cerveja por consumidores gira em torno de 60,7 litros […]
A cerveja faz parte da cultura brasileira e do costume de muitas pessoas. É comum

encontrarmos por aí alguma pessoa que gosta de tomar um ou vários tipos de
cerveja. Mas o que isso tem a ver com o marketing? Chegaremos lá.
O consumo médio de cerveja por consumidores gira em torno de 60,7 litros ao ano,
segundo dados levantados em 2017 e que mostram um ponto interessante: o
consumo médio está diminuindo mas o faturamento do setor aumenta.
Ou seja, a tendência é que as pessoas bebam menos, mas bebam melhor. Isso
evidencia a mudança no consumo dos brasileiros — que vem favorecendo micro e
pequenas cervejarias que produzem cerveja artesanal.
Por isso vou falar para vocês sobre marketing para cervejarias, abordando como
divulgar sua marca e produtos. Vamos lá?
Mudança no cenário do marketing cervejeiro
É nítido que as empresas hoje em dia estão se importando muito mais com os seus
consumidores. Isso não é exclusividade do mercado cervejeiro, pelo contrário: é um
tendência de todos os setores.
Nós aprendemos com a jornada de compra que o primeiro contato do consumidor

com a marca é muito importante e que, por muitas vezes, se a experiência
proporcionada gerar valor suficiente para ele, será uma grande oportunidade de
fidelizá-lo e fazer com que o cliente seja um defensor da marca — divulgando,
defendendo, interagindo e recomendando para novas pessoas.
47
O que não falta no cenário de marketing para cervejarias são casos de empresas
que mudaram a forma de se comunicar com o seu público investindo no branding,
proporcionando novas experiências e até no rebranding, alterando a percepção de
como sua empresa é vista no mercado.
Por isso, citaremos logo abaixo exemplos de empresas que apostam na

comunicação como uma forte estratégia de vendas:
Skol
A marca é conhecida por ser bem tradicional no mercado e também uma das líderes
de venda do segmento, mas para se manter no topo é preciso investir em
divulgação.
Durante anos a empresa investiu muito nos meios de comunicação e sempre

conversou com um público-alvo masculino, o que resultou em campanhas
hiperrsexualizadas e na maioria das vezes estampando mulheres de biquínis em
praias, piscinas ou churrasco.
Houve casos em que foi constatada a utilização de publicidade abusiva por conta da
Skol, que sempre apostou muito no carnaval para divulgar sua marca e produtos,
mas em 2015 acabou errando a mão em excesso:
48
Após uma enxurrada de críticas, a Skol comprometeu-se a alterar o posicionamento

e trabalhar no rebranding da marca no mercado.
Para isso decidiram dar espaço a um novo discurso com o objetivo de desvincular a
imagem negativa a marca e também conquistar, encantar e fidelizar novos públicos
a partir de um diálogo moderno — algo que muitas marcas precisam estar atentas
hoje em dia.
A solução encontrada foi uma reformulação completa em sua comunicação,

incluindo a veiculação de propagandas, materiais gráficos, slogan e o conceito da
marca — talvez a sua principal mudança — para agregar um novo público.
A marca se preocupou com uma das tendências de 2018, que é o empoderamento

de minorias, e apostou em conceitos totalmente inovadores de igualdade e respeito,
49
mostrando que está atenta às mudanças que estão ocorrendo no perfil do

consumidor
E com essa mudança, alterou pontos na identidade visual, linguagem e

comunicações online e offline, principalmente com novos produtos como sua long
neck e a Skol Hops.
Heineken
Se trata da terceira maior produtora de cerveja do mundo e tem sua marca presente
em mais de 192 países do mundo, por isso a comunicação e o posicionamento de
marca são muito importantes para a produtora holandesa.
Por ser uma empresa focada na indústria alcoólica, existem barreiras e

regulamentações na maneira de se fazer publicidade para esse segmento.
Frequentemente vemos a marca associada a competições de futebol, principalmente

a UEFA Champions League, a maior competição internacional de futebol, ou a
shows e festivais de música.
Mas, sabendo que o seu público não se encontra somente em frente à TV assistindo
aos jogos ou se entretendo com música, resolveram investir na experiência e
interação do usuário com a marca.
Sua grande aposta é a mescla de investimentos em mídias digitais e tradicionais,

sempre variando entre o formato de conteúdo.
Uma das maneiras para divulgar a marca indiretamente foi a aposta no branded
content, com a criação do The Cities Project.
A ideia central é ocupar as cidades — já que seu concorrente direto, a Corona, é

líder de vendas em praias — e devolver às pessoas a credibilidade da marca em
forma de projetos sociais, como revitalização e ocupação de espaços inutilizados.
Essa foi uma iniciativa inteligente sem precisar inserir ou divulgar diretamente as
cervejas da Heineken e que atingiu tanto consumidores quanto não consumidores.
50
Abaixo podemos ver um exemplo do projeto +POOL, que está em desenvolvimento

na cidade de Nova York, e seu objetivo é criar uma piscina com água filtrada no Rio
East.
Alternativas para estratégias de marketing
Quando falamos sobre marketing, temos um leque de opções para a divulgação da

marca ou produto. Por isso, vou mostrar algumas das mais importantes para uma
marca de cerveja:
Trabalhar o branding
O branding significa fazer a gestão da sua marca, e quando falamos em marca,

queremos dizer tudo aquilo que ela representa e remete, no caso, a cervejaria.
Marca tem por característica se referir a um conjunto como um todo e não elementos
separados.
Um exemplo é a Cervejaria Colorado que, além vender cerveja e diversos

acessórios, se importa em reforçar que suas cervejas são produzidas com
ingredientes típicos do Brasil e movimentam a economia de Ribeirão Preto, cidade
em que foi criada a cervejaria.
51
É preciso se importar com a imagem da marca como um todo para que consiga
direcionar melhor suas ações de branding. Para isso, pense nas seguintes
perguntas:
 Qual imagem sua cervejaria quer passar?

 Existe algum diferencial em suas cervejas?
 Com o que a marca se importa?
 Com quem a cervejaria irá se comunicar?
 Como você quer que seu público se lembre da cervejaria?
São perguntas essenciais e que podem ajudar na definição das diretrizes e valores
da marca, pois o branding não se trata de uma ação de marketing à curto prazo,
mas sim uma estratégia de posicionamento duradoura e que precisa ser reforçada
ao longo de todo o tempo.
52
Investir na identidade visual
Agora que já falamos sobre o branding e a importância do valor da marca, chegou a

hora de trabalhar com a identidade visual da marca. Quando se trata de cervejas,
podemos dizer que esse é um dos segredos do sucesso de qualquer marca.
A identidade visual é um conjunto de elementos que representam visualmente sua

marca ou produto. Diferentemente do valor da marca, é algo que podemos
considerar como tangível e mutável.
É muito importante que a identidade visual converse com os conceitos da marca

para gerar coerência em seu conteúdo, porque ela é a materialização de tudo o que
foi definido anteriormente.
Como parte do trabalho, é comum vermos cervejarias que mantém um manual de

sua marca, dizendo como ela deve ser aplicada da maneira correta.
Na cerveja os maiores trabalhos de identidade visual são feitos com os rótulos, site
ou redes sociais da empresa, por isso mostrarei porque se importar com a
identidade e exemplos reais:
Criando o rótulo
Quantas vezes um rótulo não fez com que você escolhesse uma cerveja no
momento de indecisão?
Ele tem sim esse poder de influenciar o comprador e você deve pensar em se
destacar nas prateleiras de cervejarias ou supermercados.
Mas por quê?
A garrafa rotulada é o esforço de semanas ou meses produzindo sua cerveja

artesanal, por isso é preciso trazer toda a essência da cerveja e da marca com ela.
Mas lembre-se do rótulo não só como a cara de sua cerveja mas também como uma
estratégia de marketing para aumentar o número de vendas.
53
Por isso é importante gerar apelo por meio dos elementos que o compõe como
cores, tipografia, informações, não se esquecendo da lei que diz respeito
a padronização do rótulo de cervejas.
Exemplos de rótulo:
Da esquerda para a direita e de cima para baixo: (1) Colorado Appia, (2) EvilTwin
Molotov Cocktail, (3) Wäls Petroleum, (4) Cacau IPA, (5) Gangster.
Redes sociais
Fundamental em qualquer estratégia de marketing digital, as redes sociais são uma

unanimidade quando o assunto é presença digital de uma marca.
Se você deseja que sua cerveja ou cervejaria tenha visibilidade online, as redes
sociais são o primeiro passo, e para isso é preciso definir quais você utilizará.
Caso esteja começando por agora, o Facebook e Instagram são recomendas por
três motivos:
 São de fácil utilização.

 Possibilitam diferentes formatos de conteúdos.
 Se tratam de duas das redes sociais mais utilizadas no Brasil.
54
Se a sua estratégia já estiver andando e a intenção for diversificar os canais de

conteúdo, o Youtube e aplicativos de mensagens instantâneas como Whatsapp e
Messenger são um ótimo passo.
Mas lembre-se, que o marketing digital se trata de um conjunto de estratégias e por

isso você deve estar atento a outros canais — como o blog — e formatos de
conteúdos para ser compartilhados.
Produção de conteúdo
Uma estratégia que vem sendo adotada por grandes marcas e sites de cerveja é a
produção de conteúdo.
Existem diferentes tipos de conteúdos, como o textual, visual, auditivo e audiovisual.
No tempo em que estamos é comum que o consumidor se informe muito sobre o

produto que está comprando antes de efetivar a compra. Afinal, vivemos em um
mundo cercado de informação. Então por que não se educar e acertar em sua
compra?
E as marcas devem se preocupar com isso se desejam manter sua visibilidade

online, e essa estratégia é chamada de marketing de conteúdo.
O marketing de conteúdo é uma estratégia para engajar e relacionar com seu

público por meio da criação de conteúdos relevantes para atrair a atenção, gerar
valor, aumentar a percepção de marca e potencializar suas vendas.
Mas como combinar o marketing de conteúdo com uma cervejaria? Aposto que essa
pergunta passou por sua cabeça e estou aqui para respondê-la.
Definindo uma persona
Primeiro você precisa definir a sua persona, que é a representação semi-fictícia da

pessoa que você quer atingir com sua estratégia. No caso de cervejarias, citarei
aqui três personas: o Fábio, Douglas e a Thaís.
55
 Fábio, um consumidor. É profissional de marketing e já tem o costume de

beber cervejas comuns no cenário nacional. Mas agora decidiu experimentar
as artesanais e está procurando entender mais sobre o assunto que — está
longe de dominar.
 Douglas, um produtor caseiro. Sempre gostou de cerveja e seu hobby era

experimentar vários rótulos. Recentemente decidiu com um grupo de amigos
que irão aprender sobre como produzir sua própria cerveja. O objetivo final é
poder degustá-la em momentos especiais.
 Thaís, uma cervejeira profissional. Ela sabe muito sobre cerveja e já produz
em uma escala considerável, e como todos cervejeiros, gosta de descobrir
sabores. Por isso está sempre em busca de produtos com insumos e
ingredientes mais difíceis de serem encontrados no mercado.
São diferentes pessoas com objetivos e problemas distintos, por isso é preciso criar
conteúdos e até produtos que atendam suas necessidades no momento exato em
que eles precisam.
Escolher o tipo de conteúdo
Citei acima que existem diferentes tipos de conteúdos, mas quais seriam os mais
indicados?
Primeiro, pense sempre em sua persona e faça o seguinte questionamento:
 Qual conteúdo ela gostaria de consumir?

 Existe algum formato específico?
 Em quais redes sociais ela está presente?
 Qual o momento do dia ela se dispõe para consumir conteúdos?
Respondidas as perguntas será muito mais fácil saber de onde você deve partir. Se
a resposta encontrada for começar pela produção conteúdos textuais, opte
por textos evergreen, conteúdos efêmeros (como notícias), reviews ou listas.
56
Se a ideia é ter conteúdos audiovisuais, aposte em entrevistas, webinars, reviews,

top 10 e os institucionais falando sobre a cervejaria ou mostrando o ―backstage‖ e
sua rotina de produção ou algum outro processo interno.
As imagens são ótimas para circular na internet e estratégias que estão em alta hoje
são os infográficos, memes, gifs ou imagens explicativas.
Por último temos o áudio, que é utilizado por conta da facilidade em se consumir.
Para esse tipo de conteúdo temos a narração de conteúdos e o podcast, muito
recomendado tanto para falar sobre assuntos leves quanto técnicos.
Com essas dicas, a sua estratégia de marketing para cervejaria estará um passo a
frente e você terá como grande recompensa a percepção de sua marca. Lembre-se
sempre de criar uma estratégia coerente com o que você deseja comunicar ao seu
público.
57
REFERÊNCIAS
https://bardocelso.com/sommelier-de-cervejas-o-que-e-e-o-que-faz-2/>acesso em
03/04/2020
https://blog.clubedomalte.com.br/noticias/mercado-cervejeiro-no-brasil/>acesso em
03/04/2020
revistas.pucsp.br › pensamentorealidade › article › acesso em 03/04/2020
https://blog.sonoma.com.br/curiosidades/10-beneficios-da-cerveja-para-a-
saude/>acesso em 06/04/2020
https://www.comofazercerveja.com.br/materia-prima-cerveja>acesso em 06/04/2020
https://digital.fispalfoodservice.com.br/gest-o/dicas-para-aumentar-venda-de-
chopp>acesso em 06/04/2020
https://aterradacerveja.com.br/guias/profissao-sommelier-de-cerveja.html>acesso
em 06/04/2020
58

Aula 4 - Guia de Degustacao de Cerveja

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SOMMELIER EM CERVEJA

2- FUNÇÕES PRÁTICAS DE UM SOMMELIER NO MERCADO DE HOJE 18

4- FABRICAÇÃO DE CERVEJA E MATÉRIAS PRIMAS 31

A indústria de cerveja pode ser considerada uma das mais importantes

Apesar de milenar, o consumo e a produção de cerveja somente se tornaram

A relevância da indústria de cervejas

Apesar de o consumo da cerveja estar arraigado aos hábitos de consumo

É importante perceber que a produção mundial de cerveja é

Tabela I - Produção de Cerveja por País entre 1990 a 2011

Produção de Cerveja por país Produção/Ano (em milhões de hectolitros)

Produção de Cerveja por país Produção/Ano (em milhões de hectolitros)

37 HUNGRIA 9.823 7.300 6.000 6.000 *

A tabela II ratifica dados recentes, indicando que o Brasil se tornou um dos

principalmente a Schincariol, Devassa e Baden Baden (WIKIPEDIA, 2013).

Volume produzido Porcentagem da

10 BGI/Groupe Castel França 24.7 1.3 %

36 Foster´s Group Austrália 7.7 0.4 %

À luz desses dados, pode-se perceber a importância da indústria de cerveja,

Gráfico I: Consumo per capita total entre adultos (acima de 15 anos), em

Desde 2005, surpreende a participação do consumo de cerveja no país.

Gráfico II - Participação do consumo por álcool no Brasil em puro álcool em

Segundo a Associação Brasileira da Indústria da Cerveja (CevBrasil, 2012),

 Melhoria do poder aquisitivo da população;

 Sofisticação e/ou diversificação da utilização das ferramentas de marketing e

A redução do consumo de aguardente em relação ao aumento do consumo

Tabela III - Relação de Consumo per capita de cerveja por país

Ranking País Produtor Consumo anual de litros/hab.

Com o surgimento de novas metodologias, a controversa relação entre

Tabela IV - Evolução de mercado das três principais marcas de cervejas

Marca/ano 2010 2011 2012 Crescimento % Crescimento %

Figura I - Valor da Marca Skol no Mercado Brasileiro

Figura III - Valor da marca Antarctica no mercado brasileiro

De fato, segundo a Interbrand (2012), a Skol é a marca de cerveja mais

o público jovem, sendo considerada a 5ª cerveja mais vendida no mundo.

distribuição que permite sua disponibilização na maioria dos pontos de venda

A regulamentação da propaganda para a construção de uma Agenda de

A comunicação de massa impõe novos desafios aos órgãos de

complexa relação existente entre o consumo acentuado de álcool e a

Em 2018 o mercado cervejeiro no Brasil manteve crescimento em ritmo acelerado.

Outro dado que chama a atenção é o grande volume de registros de cervejas e

Cervejarias por regiões do Brasil

Em relação à concentração, o Sudeste segue liderando o mercado cervejeiro no

Em relação ao crescimento, o número mais expressivo é do Espírito Santo. O estado

Mercado cervejeiro no Brasil gera mais empregos

Segundo o presidente da Associação Brasileira de Cerveja Artesanal (Abracerva),

Crazy Christmas – a nova seleção do Beer Pack [novembro]

Em 2019 Brasil já conquista a marca de 1000 fábricas de cerveja

O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) registrou na última

De acordo com o presidente da Associação Brasileira de Cerveja Artesanal

Por outro lado, ganharam notoriedade, espaço de gôndola e conquistaram o

Segundo Lapolli, esses números refletem uma apuração no gosto do consumidor e a

2- FUNÇÕES PRÁTICAS DE UM SOMMELIER NO MERCADO DE HOJE

É importante frisar que, atualmente, o profissional sommelier é a pessoa

O curso de sommelier de cervejas

Diploma, certificações e regulamentação

No entanto, é também de consenso de especialistas que a formação é necessária

E no fim das contas? Vale a pena?

Benefícios Da Cerveja Para a Saúde

Isto porque diminui as taxas de doenças cardíacas, derrames cerebrais e diabetes.

É importante lembrar que a quantidade recomendada e permitida pela OMS

1. Viva mais: para o coração, tão boa quanto vinho

Estudos mostram que, se consumida moderadamente, a cerveja diminui os riscos de

2. Acredite, ajuda a emagrecer