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Cevada

Professor: Me. Eduardo Thiago Slomp

Professor: Me. Eduardo Thiago Slomp


APRESENTAÇÃO PESSOAL

• Me. Eduardo Thiago Slomp.

• 2019 – Mestre malteiro (ESCM).

• 2018 – Mestrado em Engenharia Química (FURB).

Linha de pesquisa: hidratação de cevada cervejeira para obtenção de malte.

• 2016 – Graduação em Engenharia Química (FURB).

Monitor do Laboratório de Processamento de Alimentos. contato@slp-consultoria.com

• Consultoria em alimentos e bebidas. edu.slp@gmail.com

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CONTEÚDO PROGRAMÁTICO

 Introdução;
 Produção de cevada no Brasil e mundo;
 Tipo de cevada;
 Morfologia e anatomia da cevada;
 Composição;
 Recepção da cevada;
 Avaliação da cevada;
 Beneficiamento de sementes.
INTRODUÇÃO

 A cevada é o mais adequado para a produção de malte, pois


apresenta um elevado conteúdo de amido, uma taxa elevada de
enzimas e um teor adequado de proteínas, além de ter alta
resistência a doenças e sua casca funcionar como proteção (PINTO,
2013).

Fonte: EMBRAPA

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INTRODUÇÃO

 A cevada é um grão que é


cultivado em regiões de maior
altitude e temperatura mais fria;

 Pode ser encontrado nas regiões


do Ártico e no alto Himalaia.

Fonte: Modern Farmer


https://modernfarmer.com/2013/10/arctic-farming/
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HISTÓRIA

• A cevada até hoje é considerada o alimento básico dos tibetanos;

• É provável que a cevada do Tibete fosse a fonte do material de


reprodução original da cevada, ou seja, a cevada primordial.

Fonte: Tibet Travel


https://www.tibettravel.org/tibetan-
culture/highland-barley.html

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HISTÓRIA

• A cevada, Hordeum sp vulgare, teve origem no Oriente Médio, na


região que abrange Israel, Jordânia, Síria, Turquia, Iraque e Irã,
denominada “Fertile Crescent” (MINELLA, 2001).

Fonte: História de tudo


https://www.historiadetudo.com/crescente-
fertil

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PRODUÇÃO DE CEVADA NO BRASIL E NOMUNDO

Fonte: Adaptado dos dados de Ullrich e Baik (2008). 8


PRODUÇÃO DE CEVADA NO BRASIL EN O MUNDO

28° país produtor


de cevada

Fonte: Index Mundi 2020.

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TIPOS DE CEVADA

Existem dois tipos de cevada:

• Cevada de duas fileiras;


• Cevada de seis fileiras.

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TIPOS DE CEVADA

Cevada de duas fileiras:


Nome científico: hordeum distichum

Características:

• Espiga achatada;
• Geralmente cevada de primavera; Fonte: Crafting Beer Thailand
https://craftingbeerthailand.com/2017/06/
• Formação uniforme de grãos; 21/two-row-six-row-ba/
• Cascas finas;
• MAIOR teor de extrato e MENOR teor de proteínas;
• Produz menos grãos por espiga.
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TIPOS DE CEVADA

Cevada de seis fileiras:


Nome científico: hordeum hexasticum

Características:

• Espiga cilíndrica;
• Geralmente cevada de inverno; Fonte: Crafting Beer Thailand
https://craftingbeerthailand.com/2017/06/
• Formação irregular dos grãos; 21/two-row-six-row-ba/

• Cascas grossas
• MENOR teor de extrato e MAIOR teor de proteínas;
• Maior potencial enzimático e produz mais grãos por espiga.
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TIPOS DE CEVADA

Fonte: The Whisky Club


http://thewhiskyclub.ro/totul-incepe-de-la-orz/orz_pentru-_whisky/ 17
COMPOSIÇÃO FÍSICO-QUÍMICA

Fonte: Adaptado de Kunze (1999).

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COMPOSIÇÃO FÍSICO-QUÍMICA

Carboidratos

• Dentre os carboidratos totais, o amido é majoritário e apresenta


de 50 a 63% da cevada.

• Existe na casca do grão também os grupos de celulose,


hemicelulose, β-glucanos, pentosanas e em menor quantidade
os açúcares de baixo peso molecular.

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COMPOSIÇÃO FÍSICO-QUÍMICA

Carboidratos
Amido

• Os grânulos de amido (amiloplastos) contém 5% de lipídeos e 0,5%


de proteína e consistem em duas estruturas:

• Amilose e amilopectina.

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COMPOSIÇÃO FÍSICO-QUÍMICA

Carboidratos

Amido

Fonte: Kunze (2004).


• Amilose:

• Consiste de 200 a 400 moléculas de α-glicose ligadas em uma


cadeia helicoidal não ramificada pelas pontes de oxigênio nas
posições 1-4.
17
COMPOSIÇÃO FÍSICO-QUÍMICA

Carboidratos
Amido

Fonte: Kunze (2004).


• Amilopectina:

• Além da configuração da amilose, esta molécula contém ligações


1-6 espaçadas de 15 a 30 moléculas de glicose.

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COMPOSIÇÃO FÍSICO-QUÍMICA

Carboidratos
Celulose

• É um dos principais constituintes das paredes celulares das plantas;

• Substância estrutural localizada principalmente nas cascas;

• Não possui gosto, cheiro, insolúvel em água, não sofre qualquer


transformação durante a malteação.

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COMPOSIÇÃO FÍSICO-QUÍMICA

Carboidratos

Hemicelulose

• Principal constituinte das células da parede do endosperma;

• Pentosana • β-glucano
• 10 a 20% • 80 a 90%
(KUNZE, 2004) (KUNZE, 2004)

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COMPOSIÇÃO FÍSICO-QUÍMICA

Proteínas
• As proteínas existentes na cevada são as glutelinas (30% do total
de proteínas solúvel em água), prolaminas (37%), globulinas
(15%) e albuminas (11%) (KUNZE, 1999).

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COMPOSIÇÃO FÍSICO-QUÍMICA

Proteínas

• Percepção da estabilidade de espuma por conta do baixo teor de


proteína oriundo da cevada na produção de malte.

Na foto (a) refere-se ao momento de serviço da cerveja ao copo,


(b) após 2 minutos e (c) após 4 minutos.

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COMPOSIÇÃO FÍSICO-QUÍMICA

Lipídeos

• Os lipídeos encontram-se basicamente na camada de aleurona;

• Os lipídeos encontram-se em forma de ácido graxo, tais como


ácido linoleico, ácido palmítico, ácido oleico e ácido esteárico.

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COMPOSIÇÃO FÍSICO-QUÍMICA

Matéria inorgânica
Sais:

• Fosfatos;

• Silicatos;

• Sais de Potássio.

• Fosfatos de Potássio → Ação tamponadora

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COMPOSIÇÃO FÍSICO-QUÍMICA

Substâncias fenólicas
• Fenóis são substâncias que se localizam no pericarpo, na camada de
aleurona e em quantidades reduzidas na casca e constituem de 0,1 a
0,3% da composição da cevada.

• Presença na casca → como inibidor de germinação, portanto é


importante a etapa de limpeza dos grãos na maceração/hidratação
(ZSCHOERPER, 2009).

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COMPOSIÇÃO FÍSICO-QUÍMICA

Vitaminas
B1 B2
• Produzidas por plantas;

C E
• Necessárias ao corpo humano propondo funcionalidade aos
processos e rotas metabólicos;

Durante o estoque e processamento as vitaminas


são os compostos cada vez mais danificados.

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COMPOSIÇÃO FÍSICO-QUÍMICA

Enzimas

• São proteínas as quais agem como biocatalisadores;

• Determinam a ação e taxa das reações bioquímicas.

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COMPOSIÇÃO FÍSICO-QUÍMICA

Enzimas
• Precisam associar-se com algum íon inorgânico
• (ex.: Ferro e Cálcio) → co-fator;

• Ou associar-se com alguma molécula orgânica não proteica


• (ex.: vitaminas) → co-enzima.

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VOCÊ SABIA??

16 de julho de 1969

33
VOCÊ SABIA??

30
VOCÊ SABIA??

31
CEVADA CERVEJEIRA

Para a utilização de cevada na fabricação de malte, a mesma deve possuir

características qualitativas específicas de cevada cervejeira (ZCHOERPER, 2009).

De acordo com Portaria n° 691 de 22 de novembro de 1996 do MAPA:

• Umidade máxima: 13%


• Poder germinativo mínimo: 95%
• Proteína máxima: 12%
• Pureza varietal: 95%
• Matérias estranhas e impurezas de no máximo: 3%
• Grãos avariados no máximo: 5%
• Cor e cheiro característico de palha
Ministério da Agricultura, Pecuário e Abastecimento (MAPA) 36
RECEPÇÃO DA CEVADA

• Meio de transporte;

• Amostragem;

• Avaliação quantitativa.

33
RECEPÇÃO DA CEVADA

Meios de transporte
O tipo de transporte até a planta industrial pode ser
realizado das seguintes formas:

• Rodoviária/ferroviária: balança plataforma;

34
RECEPÇÃO DA CEVADA

Rodoviária/ferroviária → Balança plataforma

Leia notícia na íntegra:


https://exame.abril.com.br/negocios/rabobank-alerta-
para-dificuldades-no-escoamento-de-soja-em-mt/

35
Fonte: J.D. Pooley/Getty Images (Exame)
RECEPÇÃO DA CEVADA

Fluvial/marítima → Balança de fluxo

Notícia na íntegra:
40
http://brasilcaminhoneiro.com.br/paranagua-recorde-carregamento
RECEPÇÃO DA CEVADA

Fonte: Pro nave

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AMOSTRAGEM DA CEVADA

• A amostragem na recepção da carga é realizada através de sonda apropriada,

coletam-se amostras parciais em diferentes pontos e profundidades da carga,

distribuídos de modo equidistantes.

Até 15 toneladas

Até 15 a 30 toneladas

Até 30 a 50 toneladas
42
Fonte: EBC (2005)
AMOSTRAGEM DA CEVADA

Fonte: Saur 43
AVALIAÇÃO DA CEVADA

• Análise sensorial;

• Análise física-mecânica;

• Análise fisiológica;

• Análise físico-química;

• Análise microbiológica.

40
AVALIAÇÃO DA CEVADA

Análise sensorial
• Odor;
• Umidade;
• Temperatura;
• Cor e brilho;
• Grãos pré-germinados;
• Grãos danificados;
• Infecção por parasitos;
• Tamanho e formas do grão.

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AVALIAÇÃO DA CEVADA

Análise sensorial - Odor

Deve apresentar:
Cheiro de palha (no grão de cevada);
Cheiro de planta fresca (no malte verde).

Não deve haver:


Cheiro de mofo, terra, solvente, combustível, óleo, etc...

42
AVALIAÇÃO DA CEVADA

Análise sensorial - Umidade

Deve apresentar:
Cevada seca;
“Deslizar” de forma fácil e uniforme.

Não deve apresentar:


Grãos mais densos e pesados, por conta de
maior teor de água.
Propiciam o ataque de insetos, pragas, vetores e
fungos (particularmente em temperaturas
elevadas)
Fonte: MoistTech
43
AVALIAÇÃO DA CEVADA

Análise sensorial - Temperatura

Deve apresentar:
Temperatura mais baixa possível;
Controle periódico no armazenamento.

FAIXA DESEJÁVEL PARA CONTROLE: < 15°C

44
AVALIAÇÃO DA CEVADA

Fonte: Prime Agriculture

45
AVALIAÇÃO DA CEVADA

Análise sensorial – Cor e brilho

Deve apresentar:
Cor clara e aparência brilhosa:
Boa condição de colheita;
Baixa sensibilidade à água;
Baixa probabilidade de infestação de fungos
e doenças.

Não deve apresentar:


Cor escura e aparência fosca:
Atraso na colheita;
Alta sensibilidade à água;
Altos níveis de mofo, fungo, etc...

46
AVALIAÇÃO DA CEVADA

Análise sensorial – Cor e brilho

Fonte: BR Maltes

47
AVALIAÇÃO DA CEVADA

Análise sensorial – Cor e brilho

Grãos verdes Mofo Fusarium

Fonte: BR Maltes

48
AVALIAÇÃO DA CEVADA

Análise sensorial – Cor e brilho

Fonte: Buhler Group Fonte: Lab&More

Fonte: Leia artigo online na íntegra em:


Podem produzir micotoxinas, entre elas a http://www.int.laborundmore.com/archiv
e/853726/How-can-we-safeguard-the-
Desoxinivalenol (DON) e formação de gushing. quality-of-our-beer%3F.html49
AVALIAÇÃO DA CEVADA

Análise sensorial – Grãos pré-germinados

• Tempos chuvosos durante a época de


colheita.

>3% não recomendados para malteação

Leia na íntegra em:


https://www.grainews.ca/2017/03/21/using-genetics- Fonte: Grain News
to-control-pre-harvest-sprouting-in-wheat/
50
AVALIAÇÃO DA CEVADA

Análise sensorial – Grãos danificados

Grãos trincados e quebrados:


Mecanicamente
Através do frio
Através do calor

Fonte: USDA
https://www.gipsa.usda.gov/vri/barley_of_2.1.aspx

51
AVALIAÇÃO DA CEVADA

Análise sensorial – Infecção por parasitos

Não deve apresentar:


Insetos vivos
Grãos com danos físicos/mecânicos e
microbiológicos causados por insetos
Fonte: UT Institute of Agriculture – University of Tennessee
http://news.utcrops.com/2017/01/interesting-insects-an-evil-weevil/

Grãos furados:
Redução de amido, consequentemente de
densidade, ocorrendo flutuação dos grãos
Aumento de umidade, facilitando o
processo de deterioração do grão. 52
AVALIAÇÃO DA CEVADA

Análise sensorial – Tamanhos e formas

Deve apresentar:
Formato alongado com parte central
mais espessa e extremidades cônicas

Fonte: Busch Agricultural Resources (2013).

53
AVALIAÇÃO DA CEVADA

Análise física-mecânica

A análise física-mecânica consiste em:

• Análise granulométrica (sortimento);


• Peso hectolítrico (PH);
• Peso de mil sementes (PMS).

54
AVALIAÇÃO DA CEVADA

Análise física-mecânica - Sortimento

Fonte: AGRACOM
http://www.agracom.com.au/services/grain-testing
55
AVALIAÇÃO DA CEVADA

Análise física-mecânica – Peso Hecotílitrico (PH)

Fonte: Mega Silos 60


AVALIAÇÃO DA CEVADA

Análise física-mecânica – Peso de Mil Sementes (PMS)

Fonte: KIS Organics 61


AVALIAÇÃO DA CEVADA

Análise fisiológica

A análise fisiológica consiste em:

• Capacidade germinativa ou poder germinativo;


• Energia de germinação;
• Sensibilidade à água.

58
AVALIAÇÃO DA CEVADA

Análise fisiológica – Capacidade Germinativa ou Poder Germinativo

Existem basicamente dois métodos utilizados:

• Teste de coloração (determinação rápida);


• Teste com Peróxido de Hidrogênio.

59
AVALIAÇÃO DA CEVADA

Análise fisiológica – Capacidade Germinativa


ou Poder Germinativo → Teste de coloração

Fonte: UK Malt
The Maltster’s Association of Great
Britain

60
AVALIAÇÃO DA CEVADA

Análise fisiológica – Capacidade


Germinativa ou Poder
Germinativo → Teste com H2O2

Fonte: Do autor, 2019.


Eduardo Thiago Slomp.

61
AVALIAÇÃO DA CEVADA

Análise físico-química

A análise físico-química consiste em:

• Teor de umidade;

• Nitrogênio total (proteínas).

62
AVALIAÇÃO DA CEVADA

Análise físico-química – Teor de Umidade


Pode ser realizado basicamente através de dois métodos:

• Método de secagem (estufa);


• Método por Espectroscopia - NIR (Near Infrared Spectroscopy).

63
AVALIAÇÃO DA CEVADA

Análise físico-química – Teor de Umidade

Teor de umidade % = m 0 −m 1 ∗ 100 (Equação 3)


m0

Onde:
m0 = massa da amostra antes da secagem [g];
m1 = massa da amostra depois da secagem [g];
Fonte: Quimis
http://www.quimis.com.br/equipamentos-
68
laboratorio/estufa-laboratorio
AVALIAÇÃO DA CEVADA

Análise físico-química – Teor de Umidade

Método por Espectroscopia

Luz infravermelha na faixa de 800-2500 nm

Fonte: FOSS Analytics


https://www.fossanalytics.com/en/news-
articles/technologies/nir-technology

65
AVALIAÇÃO DA CEVADA

Análise físico-química – Nitrogênio Total (proteínas)


Existem duas técnicas para obtenção de Nitrogênio total, são elas:

• Método Kjeldahl;
• Método de combustão (Dumas).

66
AVALIAÇÃO DA CEVADA

Análise microbiológica

• Estas análises tem foco na quantificação de micotoxinas;

• As micotoxinas aflatoxina B1, zearalenona, toxina T-2,


desoxinivalenol, ocratoxina A, fumonisina e patulina são
consideradas as mais importantes em alimentos (OKUMA et
al., 2018).

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BENEFICIAMENTO DA CEVADA

Consiste em algumas etapas, que são enumeradas abaixo:

1. Pré limpeza;
2. Secagem ou resfriamento;
3. Armazenamento;
4. Limpeza e classificação.

68
BENEFICIAMENTO DA CEVADA

Pré-limpeza

• Remover a matéria estranha que pode provocar faíscas, danificar


equipamentos e instalações, afetar a qualidade da cevada (umidade
e impurezas).

69
BENEFICIAMENTO DA CEVADA

Pré-limpeza
Equipamentos → Imã

• Retirar fragmentos ferrosos da massa de


grãos → Danos aos equipamentos;

• Faíscas → Explosões de pó e incêndio.

Fonte: Goudsmit Magnetics Group


https://www.goudsmitmagnets.com/indus
trielle-magnetsysteme/branche/64/saatgut
70
BENEFICIAMENTO DA CEVADA

Pré-limpeza

Equipamentos → Máquina de pré-limpeza

71
BENEFICIAMENTO DA CEVADA

Secagem ou Resfriamento

• Reduzir o teor de umidade da cevada a nível adequado à sua


estocagem por um período prolongado, mantendo as características
iniciais de qualidade.

• Umidade da cevada – umidade do ar → equilíbrio higroscópico;

72
BENEFICIAMENTO DA CEVADA

Secagem ou Resfriamento

• Estado físico do ar → o vapor d’água contido no ar exerce uma


determinada pressão (pressão de vapor d’água) a qual depende da
temperatura.

• Somente ocorre a secagem, quando a pressão do vapor d’água do


ar for menor que a pressão de vapor d’água do grão.

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BENEFICIAMENTO DA CEVADA

Secagem ou Resfriamento
par
pGr par = pGr = equilíbrio

par
par < pGr = secagem
pGr

par
par > pGr = umidificação
pGr
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BENEFICIAMENTO DA CEVADA

Secagem ou Resfriamento

Secador de coluna:

Fonte: Henan Haokebang Machinery Equipment Co., Ltd.


https://ricedryer.en.made-in-china.com/product/lXWJxFrdCzYB/China-New-
80
Design-Drying-Mechanical-Dryers-for-Rice-Corn-Paddy-Grain.html
BENEFICIAMENTO DA CEVADA

Secagem ou Resfriamento

• Realizado mediante o insuflamento de ar frio (10 a 15ºC) e seco,


utilizando-se os dutos de aeração existentes nos silos
horizontais/verticais;

76
BENEFICIAMENTO DA CEVADA

Armazenamento

•Quebra da dormência da cevada recém colhida → maturidade de


malteio ou maturação pós-colheita;

• Manutenção do poder germinativo da cevada, sem dormência, até a


sua industrialização.

77
BENEFICIAMENTO DA CEVADA

Armazenamento

Dormência:

•Período de repouso ou latência, com pequena atividade metabólica. Isso


funciona como uma proteção da natureza, provocando inibidores de
germinação.

•Para quebra destes inibidores de germinação necessitam ser desdobrados


ou oxidados durante a fase de maturação ou lixiviados durante o processo de
hidratação/maceração.
78
BENEFICIAMENTO DA CEVADA

Armazenamento

• Respiração aeróbica
C6H12O6 + 6.O2 → 6.CO2 + 6.H2O + energia (calor) – 180 g de glicose geram 677,2 cal

• Respiração anaeróbica (fermentação)


C6H12O6 → 2 C2H5OH + 2 CO2 + energia (calor) – 180 g de glicose geram 22 cal

Gás carbônico

Umidade
Oxigênio
Calor
79
BENEFICIAMENTO DA CEVADA

Armazenamento
Processo respiratório:

• Controle de temperatura;

•Deve ser realizado uma vez por semana, sempre


averiguando se não há diferença (2-3°C);

• Realizado através de aeração da massa ou transilagem.

80
BENEFICIAMENTO DA CEVADA

Armazenamento
Microflora dos grãos:

• Fungos de campo → invadem os grão durante o amadurecimento na


espiga, o dano é causado antes da colheita;

•Fungos de armazenamento → se proliferam em um ambiente com


umidade relativa do ar entre 60 a 90%. A presença de fungos de
armazenamento na cevada indica que a mesma foi mal acondicionada.

81
BENEFICIAMENTO DA CEVADA

Armazenamento
Insetos:

•Pertencem a ordem Coleóptera (pequenos besouros chamados


carunchos) e a ordem Leptidóptera (micro mariposas ou traças). Podem
se classificar em insetos primários, que atacam os grãos e os insetos
secundários, que atacam os restos de grãos e pós.

82
BENEFICIAMENTO DA CEVADA

Armazenamento

Insetos:
Sitotogra Cerealella

Sitophilus oryzae

83
BENEFICIAMENTO DA CEVADA

Transporte

• Elevadores de caneca;

• Cinta transportadora;

• Rosca transportadora;

• Sistema pneumático. Fonte: Altinbilek


http://www.agriexpo.online/pt/prod/altinbilek-grain-
handling-and-storage-systems/product-171187-
30661.html?utm_source=ProductDetail&utm_medium
=Web&utm_content=SimilarProduct&utm_campaign=
89
CA
BENEFICIAMENTO DA CEVADA

Transporte

• Elevadores de caneca;

• Cinta transportadora;

• Rosca transportadora;

• Sistema pneumático.
Fonte: Metall Belda
http://www.metallbelda.net/portfolio/cintas-
transportadoras/#prettyPhoto
85
BENEFICIAMENTO DA CEVADA

Transporte

• Elevadores de caneca;

• Cinta transportadora;

• Rosca transportadora;

• Sistema pneumático.
Fonte: CORBARI
http://www.corbari.com.br/rosca-transportadora

86
BENEFICIAMENTO DA CEVADA

Transporte

• Elevadores de caneca;

• Cinta transportadora;

• Rosca transportadora;

• Sistema pneumático.
Fonte: Palini Alves
http://www.palinialves.com.br/produto?produto=202&tr
ansportador_metalico_pneumatico 87
BENEFICIAMENTO DA CEVADA

Separação de pó
• Minimizar desgaste dos equipamentos;

• Evitar incêndio e explosão de pó;

• Manter o ambiente fabril despoluído (evitar doenças ocupacionais).

Quantidade normal de pó: < 0,02%

88
BENEFICIAMENTO DA CEVADA

Separação de pó

Filtro mangas:

Fonte: Scheer Industrial


https://scheerindustrial.com.br/filtros
-manga/ 94
BENEFICIAMENTO DA CEVADA

Separação de pó

Filtro mangas:

Fonte: Intesiv-filter do Brasil 95


BENEFICIAMENTO DA CEVADA

Separação de pó

Ciclone:

Fonte: Soler & Palau


http://www.solerpalau.ch/formacion_01_37.html
91
BENEFICIAMENTO DA CEVADA

Separação de pó

Ciclone:

Fonte: JMS Equipamentos Industriais


https://www.jmsequipamentos.com.br/ciclone/
92
BENEFICIAMENTO DA CEVADA

Silos

Silo de concreto

Fonte: Ceraçá
98
http://www.ceraca.com.br/solucoes_construcao/silos.php
BENEFICIAMENTO DA CEVADA

Silos

Silo metálico

Fonte: Silos Cordoba


99
https://siloscordoba.com/pt-br/produtos/silos/
BENEFICIAMENTO DA CEVADA

Silos

Silo bolsa

Fonte: Silos Marcher


https://www.agroads.com.br/sistema-silo-bolsa_52250.html

95
BENEFICIAMENTO DA CEVADA

Silos

Silo bolsa

Leia notícia na íntegra: Fonte: Brasil Agro


https://www.brasilagro.com.br/conteudo/d
emanda-no-pais-por-silos-bolsa-dobrou-
em-2017.html
96
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contato@slp-consultoria.com
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

 BALL, D. M.; HOVELAND, C. S.; LACEFIELD, G. D. Southern forages. 4. ed. Lawrenceville, Georgia:
International Plant Nutrition Institute (IPNI), 2007. 322 p.
 BRASIL. Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Portaria nº 2017/2016, de 6 de dezembro
de 2016. Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil, Brasília, DF, 8 dez. 2016a. Seção 1, p. 1.
 BRASIL. Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Portaria nº 208/2016, de 6 de dezembro de
2016. Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil, Brasília, DF, 8 dez. 2016b. Seção 1, p. 2,
 BRASIL. Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Portaria nº 209/2016, de 6 de dezembro de
2016. Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil, Brasília, DF, 8 dez. 2016c. Seção 1, p.
3.FAO/OMS. Codex Alimentarius: Producción de Alimentos de Origen Animal. 1ed, Roma, 2007.
 IBGE. Disponível em:
https://cidades.ibge.gov.br/brasil/pesquisa/14/10264?tipo=grafico&indicador=10270. Acesso em jan de
2019.
 FAOSTAT – Food and Agriculture Organization of the United Nations. Statistical
 databases. Disponível em: <http://faostat.fao.org>. Acesso em: junho de 2017.
 ULLRICH, S. E.; BAIK, B. K. Barley for Food Characteristics, Improvement, and Renewed Interest.
Journal of Cereal Science, v. 48 (2), p. 233-242, 2008.
 KUNZE, W., Manger, H. Technology Brewing and Malting. 3. ed. Berlin: Versuchs und Lehranstalt für
Brauerei in Berlin (VLB), 2004.

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