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ADMINISTRAÇÃO APLICADA À

ENGENHARIA DE SEGURANÇA
RESUMO DA UNIDADE

O setor da segurança do trabalho, apesar de existir há algum tempo, ainda é um


campo que necessita de muitos estudos e investimentos. As empresas públicas e
privadas buscam a cada dia novas formas e tecnologias de aprimorar seus setores,
sejam administrativos, produtivos, operacionais e de segurança do trabalho. Assim,
novas técnicas surgem a cada dia, com a evolução do processo tecnológico, e os
acontecimentos decorrentes de acidentes fazem com que a saúde e integridade,
física e mental, do trabalhador, passem a ser tratadas como uma das prioridades
das organizações. O presente material trata sobre as entidades que visam proteger
e assegurar o bem-estar do trabalhador, bem como os procedimentos que ajudam a
organização a administrar seus processos, para garantir a qualidade e
competitividade de seus produtos e serviços.

Palavras-chave: Administração. Segurança do Trabalho. Organizações.

Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de direitos autorais. Nenhuma
parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou
gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas.
SUMÁRIO

APRESENTAÇÃO DO MÓDULO ............................................................................... 4


CAPÍTULO 1 - NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO ....................................................... 5
1.1 Técnicas de Administração .......................................................................... 10
1.2 Ênfases da Administração............................................................................ 11
1.2.1 Ênfase nas tarefas ....................................................................................... 11
1.2.2 Ênfase na estrutura ...................................................................................... 11
1.2.3 Ênfase nas pessoas ..................................................................................... 11
1.2.4 Ênfase no ambiente ..................................................................................... 11
1.2.5 Ênfase na tecnologia .................................................................................... 12
1.2.6 Ênfase na competitividade ........................................................................... 12
1.3 Teorias Administrativas ................................................................................ 12
1.4 Erro e Fraude ............................................................................................... 22
CAPÍTULO 2 - ENTIDADES E ASSOCIAÇÕES E ASPECTOS ÉTICOS LIGADOS À
SST ........................................................................................................................... 26
2.1 Órgãos e Instituições.................................................................................... 26
2.1.1 Entidades Nacionais..................................................................................... 26
2.1.2 Cronologia das legislações referente à SST ................................................ 30
2.2 Aspectos Éticos da Profissão ....................................................................... 40
CAPÍTULO 3 - POLÍTICAS E PROGRAMAS DE ENGENHARIA DE SEGURANÇA
DO TRABALHO, SESMT E SOFTWARES APLICADOS ........................................ 42
3.1 Recomendações para Política, Programa e Gestão da Segurança e Saúde
42
3.2 Tipos de Gestão ........................................................................................... 48
3.2.1 Gestão por Processos .................................................................................. 48
3.2.2 Gestão por Resultados................................................................................. 50
3.2.3 Gestão de Pessoas ...................................................................................... 52
3.3 Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do
Trabalho - SESMT ..................................................................................................... 54
REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 58

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parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou
gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas.
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APRESENTAÇÃO DO MÓDULO

A evolução é um processo constante na sociedade desde a criação do mundo,


exigindo do contexto presente, que se adapte às grandes transformações. Sob essa
ótica, é possível aplicar o processo de evolução às organizações, diante do avanço
tecnológico, do processo de globalização e da competitividade exigida no mercado,
sejam elas públicas ou privadas.
Para que uma organização consiga, contudo, atingir seus objetivos, é de suma
importância que seus funcionários sejam valorizados e estejam em condições de
exercer, com saúde e segurança, suas atividades. Assim, o sistema de saúde e
segurança passa a ser um dos pontos mais importantes a ser observado.
Para ajudar nesse processo, as técnicas administrativas atuam como ótimos
meios para a criação de sistemas que reduzam os números de acidentes dentro da
organização. Assim, esse material aborda sobre as técnicas administrativas mais
conhecidas, bem como sua área de enfoque, para atuar como medidas preventivas
e corretivas.
Outro ponto da apostila são as entidades normativas, que são criadas com
intuito de prezar pela saúde e proteção à vida do trabalhador, sendo as NRs os
instrumentos normativos mais conhecidos como auxílio ao trabalhador.
As organizações devem seguir as legislações vigentes para atuar no mercado
e podem contar também com a implantação de sistemas de gestão específico,
visando a qualidade de seus serviços, o desenvolvimento com sustentabilidade e
melhor relacionamento com a comunidade em geral. Dessa maneira, o cuidado com
a SST é de extrema importância, visto que provoca a redução de acidentes, estimula
a satisfação dos trabalhadores, bem como a promoção da saúde, há melhora nos
níveis operacionais, dentre outros, o que melhora significativamente a imagem da
empresa e oferece novas oportunidades de crescimento.
É importante que o profissional da SST, assim como as organizações, assuma
suas responsabilidades e tenham compromisso com a ética e a moral com os
colaboradores e com a sociedade. Dessa maneira, as normas aos métodos e
processos utilizados para uso dos recursos serão aplicados de maneira adequada,

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CAPÍTULO 1 - NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO

Ciro Bächtold (2012) define administração como palavra que vem do latim ad,
que quer dizer direção, e minister, que quer dizer obediência. Sendo assim, o
administrador dirige obedecendo à vontade de quem o contratou.
Ainda em Bächtold, vê-se que a administração surgiu como uma ciência após a
Revolução Industrial, que aconteceu no século XVIII. No início do século XX, a
atividade industrial se expandiu de forma significativa e acelerada em todo o mundo,
principalmente nos EUA. Esse processo trouxe a produção de produtos como
automóveis, rádios, aparelhos elétricos, e o desenvolvimento de setores como
ferroviário, automobilístico e de produção. O estudo dessa ciência começou a ser
utilizado diante de transformações ocorridas nas relações de produção e trabalho,
que provocaram mudanças na vida em sociedade.

Figura 1- Produções Revolução Industrial

Fonte: Conhecimento Científico, 2018.

Figura 2 - Produções Revolução Industrial

Fonte: Histórias em Cartaz, 2015.

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Figura 3 - Produções Revolução Industrial

Fonte: Trabalhos Escolares, 2008.

Para as organizações se adaptarem e cumprir suas funções é fundamental que


haja uma relação direta e estreita com a administração. Chiavenato (2004) diz que a
administração é a condução racional das atividades de uma organização, seja ela
lucrativa ou não. É também uma ciência que une a teoria e a prática à criação de
princípios racionais, que objetivam tornar as empresas mais eficientes em suas
funções. Administrar é a forma de governar uma organização ou uma parte dela. É o
processo que compreende o planejamento, organização, direção, coordenação e
controle no uso dos recursos que a empresa possui para que ela consiga conquistar
seus objetivos de modo eficaz e eficiente.
Para melhor desempenho das organizações, há funções como líderes e
gestores, que são responsáveis por sua evolução. Nas funções de liderança, há
níveis de responsabilidade e funções específicas e que exigem responsabilidades.
Para melhor desempenho dessas funções, foram criados níveis administrativos para
melhorar a execução das medidas organizacionais. São eles:
Nível Operacional: Nesse nível, os gestores são responsáveis pelos
trabalhadores e suas funções na linha operacional da empresa. Aqui, eles não
possuem a função de supervisionar outros líderes administradores.
Nível Intermediário: No nível intermediário é possível a inclusão de mais uma
hierarquia da organização. Nesse nível, os gerentes são responsáveis por outros
gerentes e, em algumas situações, podem ser responsáveis por empregados
operacionais.

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Nível Institucional: O nível institucional compreende os responsáveis gerais


pela administração. Aqui são estabelecidas políticas de operação e interação da
organização com seu ambiente. Normalmente o título desses profissionais são os
presidentes.

A SABER
Os gestores de uma organização também podem ser conhecidos como
administrador funcional, quando coordena pessoas que estão envolvidas em um
mesmo conjunto de atividades e administrador geral, quando supervisiona muitas ou
todas as atividades de uma unidade na empresa.

Um bom administrador precisa desenvolver habilidades para tornar-se um


profissional completo. Esse tipo de profissional precisa da habilidade técnica,
quando mostra capacidade de saber usar os procedimentos, técnicas e
conhecimentos no campo de atuação; habilidade humana, para saber trabalhar com
outras pessoas em grupo, motivá-las para que o objetivo proposto seja cumprido e
habilidade conceitual, onde é necessária a capacidade de coordenação e integração
dos interesses da organização, bem como de suas atividades.
O perfil completo do administrador vem com as competências do
conhecimento, que está ligado ao saber, onde é necessário ideias, experiências,
manter-se sempre atualizado no setor profissional, ao saber fazer, área ligada ao
colocar o conhecimento em prática e ao saber fazer acontecer, que está ligado ao
ser proativo, no espírito empreendedor e de trabalho em equipe.
Com o exposto, a figura abaixo apresenta as funções do administrador em
seus papéis interpessoais, informacionais e decisórios.

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Figura 4 - Funções do Administrador

Fonte: Duarte - Teorias da Administração, 2019.

Assim, o gestor deve colocar suas habilidades e capacidades em um ambiente


que estiver conturbado e incerto na organização. Lidar com situações desafiadoras e
surpresas, com sabedoria e flexibilidade, é extremamente importante para alcançar
bons resultados.

Quadro 1 - Resumo Funções do Administrador


Papeis Interpessoais Papeis Informacionais Papeis decisórios

O administrador age O administrador lida com as O administrador faz uso das


com: informações por meio do: informações em situações
- representação - monitoramento de:
- liderança - disseminação - soluções de conflitos
- ligação - porta-voz -negociação
Fonte: Adaptado de Duarte - Teorias da Administração, 2019.

Para lidar com os desafios pertinentes à função de gestor, os profissionais da


área devem se atentar a algumas necessidades que são essências ao cumprimento
dos objetivos. O quadro a seguir, mostra de forma sucinta essas necessidades.

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Quadro 2 - Necessidades do Profissional Administrador


Necessidade Habilidades
- Fazer o diagnóstico de oportunidades de crescimento;
- Lidar com as mudanças;
- Atuar na resolução e prevenção de problemas, antes que eles
Visão
aconteçam;
- Flexibilidade;
- Visão ampla da organização, de sua cultura e de seus objetivos.
- Ser ético ao julgar ações da organização;
Ética - Se atentar as ações e decisões que impactam direta ou
indiretamente os outros indivíduos presentes na organização.
- Atuar de forma positiva no aproveitamento de recursos;
Diversidade - Reconhecer os talentos presentes nos grupos liderados,
Cultural especialmente os que sofreram alguma repressão em período
anterior.
- Administrar esforços e recursos;
- Influenciar o comportamento e desempenho dos outros
Treinamento colaboradores;
- Compreender e lidar com o outro em suas relações emocionais -
capacidade de empatia
Fonte: Elaborado pelo autor, 2019.

IMPORTANTE
O sucesso de uma organização depende da capacidade de leitura e interpretação da
realidade, de identificar mudanças e oportunidades e reconhecer as dificuldades
para lidar com elas da melhor forma possível. Portanto, não existe uma forma única
ou universal de como administrar uma empresa. Administrar, é um processo
dinâmico e que se dá por um conjunto de ações e decisões a serem tomadas para
alcançar as metas e objetivos.

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1.1 Técnicas de Administração

Para que uma administração seja eficiente, é importante o conhecimento de


suas técnicas, adequando-se às particularidades de cada sistema, para atingir os
objetivos propostos. São elas: planejar, organizar, dirigir, coordenar e controlar.
O planejamento é o processo onde se define os objetivos e atividades, bem
como os recursos que serão utilizados. Nesse processo, define-se a missão, são
formulados os objetivos e definidos os planos e, então, programadas as atividades.
Após uma etapa de planejamento “teórica”, são divididos os trabalhos e definidas as
atividades que serão executadas por cada membro. Agrupam-se as atividades em
cargos, alocam-se os recursos e, em seguida, determina-se a autoridade e
responsabilidade.
No processo de organização são definidos os trabalhos que devem ser
realizados e as responsabilidades pela realização desses. Além disso, é feita a
distribuição dos recursos disponíveis, segundo os critérios estabelecidos na fase de
planejamento.
Na fase de direção, se enquadra o processo de execução. As atividades são
realizadas assim como os recursos definidos são utilizados, atingindo-se o objetivo
proposto. Nessa etapa, são designadas as pessoas e coordenados os esforços. Há
também as ações de comunicação, motivação, liderança e orientação.
Na coordenação, são feitas articulações que fazem com que as pessoas
envolvidas no processo se sintam motivadas. É importante salientar aqui que, há
uma diferença entre motivação e satisfação. Alguns fatores como condições do
ambiente de trabalho, relacionamento com e entre os funcionários, segurança e
salário são fatores que levam à satisfação. Já a política da empresa, por exemplo, o
desenvolvimento, crescimento, responsabilidade, reconhecimento, realização, dentre
outros, são fatores que levam à motivação.
No processo de controle, é assegurada a realização dos objetivos e, caso seja
necessário modificá-los, são aplicadas as ações corretivas. Assim, são definidos os
padrões, monitorados os desempenhos para avaliá-los e, como dito, há a aplicação
das ações corretivas quando necessárias.

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1.2 Ênfases da Administração

Na administração, além das técnicas, existem as ênfases, as quais a


administração se encaixa, processo esses que caracterizam o desenvolvimento da
administração. Essas ênfases são abordas a seguir.

1.2.1 Ênfase nas tarefas


A ênfase nas tarefas é a administração voltada para aumentar a eficiência
operacional, através de mudanças nos procedimentos de produção. Nesse enfoque,
há a preocupação com a racionalização do trabalho. Foi o marco para o
desenvolvimento da administração. Em 1776, ao publicar A riqueza das Nações,
Adam Smith, sem comprovação científica, já publicava algumas ideias a respeito das
vantagens da divisão do trabalho.

1.2.2 Ênfase na estrutura


A proposta dessa área é melhorar a eficiência por meio de uma reestruturação
organizacional. Desse modo, procura ajustar a estrutura da organização para
atender os objetivos propostos.

1.2.3 Ênfase nas pessoas


A ênfase nas pessoas procura tornar o ambiente de trabalho melhor para os
colaboradores e, assim, tem seu foco principal nas relações humanas no trabalho. O
aumento da produtividade e satisfação dos funcionários estão ligados ao ambiente
de trabalho, adequados a atender às necessidades humanas.

1.2.4 Ênfase no ambiente


É o estudo que considera as influências do ambiente externo nas
organizações. Esse tipo de ênfase procura preparar a organização para se adaptar
às diversas variáveis externas, que não eram consideradas anteriormente.

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1.2.5 Ênfase na tecnologia


Com o avanço tecnológico, se fez necessário o estudo da influência da
tecnologia na organização. É a ciência que trata da aplicação da tecnologia na
empresa, visando sua evolução e melhora contínua.

1.2.6 Ênfase na competitividade


Essa ênfase prepara a empresa para lidar com as transformações constantes
em um processo de mudanças cada vez mais presente. Visa atender às
necessidades dos clientes, ofertando produtos e serviços com melhor qualidade e
preço mais baixo.

1.3 Teorias Administrativas

Conforme Maximiano (2011), diante da expansão dos novos meios produtivos,


decorrentes da Revolução Industrial, houve a necessidade de expandir as empresas
industriais e desenvolver novos conceitos e métodos administrativos, visto que
existia uma variedade de empresas, com tamanhos diferenciados, insatisfação com
operários, alto volume de perdas e outros problemas.
As teorias administrativas, apesar de diferentes enfoques, são aplicáveis nas
mais diferentes situações dos ambientes coorporativos do mundo contemporâneo,
por isso, é importante que o administrador as conheça bem para usá-las como
alternativa ao solucionar os problemas que surgem ao dia a dia. A administração
compreende variáveis fundamentais, que influenciam e são influenciadas, em
relação ao seu comportamento, sendo a tarefa, a estrutura, as pessoas, a
tecnologia, o ambiente e a competitividade. A seguir, têm-se as principais teorias
administrativas, classificadas por Bächtold (2012) e Maximiano (2011), relacionadas
a sua principal área de enfoque.
Teoria da Administração Científica: essa teoria também é conhecida como
Taylorismo e foi criada por Frederick Winslow Taylor. Em relação a sua variável, têm
ênfase nas tarefas, e seu foque está na racionalização do trabalho no nível
operacional, ou seja, seu intuito é garantir ao sistema o melhor custo/benefício.
Taylor propôs, através dessa teoria, que o trabalho fosse racionalizado, por meio do

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estudo dos tempos e dos movimentos, com suas áreas fundamentais, que são o
planejamento, o preparo, a execução, os cargos e as tarefas e padronização.
Maximiano (2011) divide os trabalhos de Taylor em dois momentos. No
primeiro momento, Taylor tem a publicação de seu livro, que foi fruto de seus
estudos, onde foram efetuadas análises das tarefas dos operários, bem como seus
processos e movimentos. Assim, o livro aborda técnicas para racionalizar o trabalho
operário por meio do Estudo de tempos e movimentos. Diante desse estudo, foram
apresentadas por Taylor as seguintes ideias:

Figura 5 - Ideias propostas por Taylor

Fonte: Adaptado de Duarte - Teorias da Administração, 2019.

No segundo período de Taylor, houve a publicação de seu livro “Princípios de


Administração Científica”, onde concluiu que, para que seus princípios pudessem
ser aplicados nas organizações, a racionalização do trabalho devia ser
acompanhada de uma estruturação geral da empresa.
Chiavenato (2004) tem as seguintes ideias de Administração Científica de
Taylor:
 Planejar: Substituir a improvisação pela ciência, por meio do
planejamento do método.

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 Preparar: Selecionar cientificamente os trabalhadores, de acordo com


suas aptidões, prepará-los e treiná-los para produzir mais e melhor, de
acordo com o método planejado. Preparar também as máquinas e os
equipamentos de produção, bem como o arranjo físico e a disposição
racional das ferramentas e materiais.
 Controlar: Controlar o trabalho para certificar-se de que está sendo
executado de acordo com as normas estabelecidas e segundo o plano
previsto.
 Executar: Distribuir distintamente as atribuições e as responsabilidades,
para que a execução do trabalho seja bem mais disciplinada.

Já Henry Ford, outro a formular suas próprias teorias da administração, tinha


alguns princípios e políticas diferentes da linha de pensamento de Taylor,
observadas por Duarte - Teorias Administrativas. São elas:
 Máxima produção dentro de um período determinado (produtividade);
 Distribuição dos ganhos; redução de custos; redução de preços;
 Aumentar o capital de giro que seria obtido dos próprios consumidores
(intensificação);
 Reduzir, ao mínimo, o volume de matéria-prima (estoque);
economicidade;
 Produção em série e contínua;
 Altos salários;
 Preços mínimos;
 Preocupação com os empregados;
 Técnicos altamente competentes.

Quadro 32 - Comparativo resumido entre Taylor e Ford


TAYLOR FORD
Execução do trabalho dos operários: Execução do trabalho dos operários:
movimentos regulados em tempo padrão movimentos realizados à velocidade da
- Preocupação: economia do trabalho esteira
humano - Preocupação: economia de material e

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- Trabalho individual tempo


- Trabalho em equipe
Fonte: Adaptado de Chiavenato, 2007.

SAIBA MAIS
Acesse o endereço a seguir e veja um fragmento do famoso filme “Tempos
Modernos”, de Charlie Chaplin. Nesse vídeo, percebe-se claramente a divisão do
trabalho, a especialização do operário e a padronização da produção propostos por
Taylor.
Disponível em: <http://www.youtube.com/watch?v=XFXg7nEa7vQ>.

Teoria Clássica/Teoria Neoclássica: conhecida como Fayolismo, tem sua


ênfase na estrutura e surgiu na Europa com a vinda da Revolução Industrial. Foi
idealizada por Henri Fayol e se caracteriza pelo enfoque na estrutura organizacional
formal, nos princípios gerais da administração e nas funções do administrador, em
busca de eficiência e dada pela visão econômica. A Teoria Neoclássica reafirma os
conceitos acima descritos que caracterizam a Teoria Clássica, e possui ênfase na
prática administrativa, na gestão, nos objetivos propostos e no resultados.

Figura 6 - Funções Básicas da empresa, segundo Fayol

Fonte: Duarte - Teorias da Administração, 2019.

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IMPORTANTE
Princípios Gerais da Teoria Clássica
Divisão do Trabalho: Especialização das tarefas e das pessoas para aumentar a
eficiência.
Autoridade e Responsabilidade: Direito de dar ordens e esperar obediência; a
responsabilidade é uma consequência da autoridade e, por isso, devem ser
equilibradas entre si.
Disciplina: Obediência, comportamento e respeito às normas estabelecidas.
Unidade de Comando: O empregado deve receber ordens de um único superior
(princípio da autoridade única).
Unidade de Direção: Uma cabeça e um plano para cada grupo de atividades que
tenham o mesmo objetivo.
Subordinação dos interesses individuais aos interesses gerais: Os interesses gerais
devem sobrepor-se aos interesses particulares.
Remuneração do pessoal: Essa remuneração deve ser justa, capaz de satisfazer as
necessidades dos empregados e atender à empresa em termos de retribuição.
Centralização: Concentração da autoridade no topo da empresa.
Cadeia Escalar: Linha de autoridade do escalão mais alto ao mais baixo (princípio
do comando).
Ordem: Um lugar para cada coisa e cada coisa em seu lugar (ordem material e
humana).
Equidade: Amabilidade e justiça para obter a lealdade do pessoal.
Estabilidade e duração do pessoal: Quanto mais tempo um empregado permanecer
no cargo, melhor é; a rotatividade é um fator negativo.
Iniciativa: Capacidade de visualizar um plano e assegurar o seu sucesso.
Espírito de Equipe: Harmonia e união entre os empregados.

Para encerrar a abordagem sobre a Teoria Clássica, tem-se um comparativo


entre essa teoria e a Teoria Científica.

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Quadro 4 - Teoria Científica x Teoria Clássica


TAYLOR FAYOL
- Teoria Científica
- Teoria Clássica
- Ênfase na definição das funções e
- Ênfase na estrutura da organização
atividades dos funcionários
- Objetivo: aumentar a eficiência da
- Objetivo: aumentar a eficiência da
organização por meio da delegação de
organização por meio do
responsabilidades
aperfeiçoamento dos funcionários
Fonte: Adaptado de Chiavenato, 2007.

Teoria da Burocracia: Essa teoria foi criada por Max Weber, considerado
também um dos fundadores da sociologia. Com fundamentos na racionalidade
organizacional, ou seja, analisa as situações de maneira formal e impessoal, tem
sua ênfase na estrutura. Teoria Estruturalista: Surgiu com a conciliação das teorias
burocráticas, clássicas e de relações humanas. Seu principal objetivo é inter-
relacionar a organização não só com seu ambiente, mas também com outras
organizações.Tem sua ênfase na estrutura e no ambiente com enfoques em
abordagens múltiplas: organização formal e informal, análise intra e
interorganizacional e ambiental, e abordagem de sistema aberto.
Teoria das Relações Humanas: Essa teoria teve seu início no século XX, em
um período histórico marcado pela recessão da economia, inflação desemprego e
forte presença dos sindicatos trabalhistas. Surgiu nos EUA diante da necessidade de
processos mais humanistas e democráticos nas organizações, diante das
conclusões da Experiência de Hawthorne. Possui sua ênfase nas pessoas. Ganhou
força com o evento histórico conhecido como a Grande Depressão. Possui três
características principais: o comportamento do ser humano não é mecânico, o
homem é guiado pelo sistema social e o homem possui necessidades como
segurança, afeto, aprovação, dentre outras. Sua área de enfoque é a motivação,
comunicações, liderança e dinâmica de grupo. A Teoria das Relações Humanas foi
divida em quatro fases, conforme mostra Duarte - Teorias da Administração.

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Figura 7 - 1ª Fase da Experiência de Hawthorne

Fonte: Duarte - Teorias da Administração, 2019.

Na primeira fase, não foi encontrada relação direta entre a variação da


intensidade da luz, mas notou-se que os operários reagiam à intensidade da
iluminação de acordo com as suas realidades pessoais. Assim, ficou comprovada a
soberania do fator psicológico sobre o fator fisiológico: a eficiência dos operários é
afetada por condições psicológicas.

Figura 8 - 2ª Fase da Experiência de Hawthorne

Fonte: Duarte - Teorias da Administração, 2019.

Na segunda fase, foi demonstrado o desempenho das operárias, que estava


relacionado à melhoria do relacionamento entre elas, ao ambiente de trabalho, à
evolução do desempenho do trabalho em equipe e ao desenvolvimento de
comportamento de lideranças. As mulheres foram analisadas por 12 meses, e
verificou-se que elas gostavam da sala onde estava sendo realizada a pesquisa,
porque lá era divertido e a supervisão era tranquila e flexível. Segundo elas, havia
um ambiente amistoso e sem pressão, o que aumentava a satisfação no trabalho.
Elas não tinham medo do supervisor, pois, ele era um orientador de suas funções.
Assim, elas desenvolveram relações pessoais e transformaram-se em uma equipe

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de trabalho, que desenvolveu objetivos comuns, como aumentar o ritmo de


produção.

Figura 9 - 3ª Fase da Experiência de Hawthorne

Fonte: Duarte - Teorias da Administração, 2019.

Na terceira fase, as entrevistas revelaram que existia uma organização informal


que protegia os trabalhadores de possíveis ameaças da administração ou de
situações que os trabalhadores julgassem atitudes ameaçadoras. Essa organização
possui forte influência sobre os empregados, no ritmo e na produção deles. Além
disso, possui atitudes punitivas quando algum trabalhador desrespeita as regras
impostas pelo grupo. Ela, normalmente, é formada por indivíduos com afinidades
pessoais e estimula o surgimento de lideranças informais que mantêm o grupo
unido. Além disso, ajuda a manter o respeito entre os integrantes e as regras de
comportamento, buscando sempre proteger os direitos trabalhistas.

Figura 10 - 4ª Fase da Experiência de Hawthorne

Fonte: Duarte - Teorias da Administração, 2019.

Na quarta e última fase, os grupos informais tinham influência sobre os grupos


formais. Dessa forma, a união e solidariedade ditavam como ocorriam o processo de
trabalho em relação aos operários e sua contribuição para a organização como um

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parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou
gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas.
20

todo. Duarte ainda conclui, no estudo da teoria acima, sobre a Experiência de


Hawthorne:
 O nível de produção é resultante da integração social (normas sociais e
expectativas grupais). É a capacidade social que determina o nível de
competência e eficiência e não sua capacidade de executar.
 Comportamento social dos empregados: O comportamento das pessoas é
influenciado pelas regras e orientações estabelecidas pelo grupo.
 O fator psicológico é mais importante do que a capacidade física ou o
fator fisiológico das pessoas para seu nível de produção.
 Recompensas e sanções sociais: O comportamento do empregado está
condicionado a normas e padrões sociais estipulados pelo seu grupo.
 Grupos informais (comportamento social, crenças, atitude, expectativa e
motivação) existem nas organizações, influenciam os grupos formais e
devem ser considerados para garantir o desempenho e resultados das
empresas.
 Relações Humanas: A interação social com grupos sociais deve ser
valorizada em qualquer organização para garantir sua existência.
 Importância do conteúdo do cargo: Trabalhos simples e repetitivos
tornam-se monótonos e maçantes, afetando negativamente a atitude do
trabalhador e reduzindo sua satisfação e eficiência.

Finalizando a teoria acima, a imagem ilustrativa abaixo apresenta os itens que


proporcionam motivação humana, no que diz respeito à motivação econômica,
sendo as pessoas motivadas pelo reconhecimento, aprovação da sociedade e
inclusão em grupos sociais onde convivem.

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Figura 11 - Fatores que influenciam o lado psicológico e social do ser humano

Fonte: Duarte- Teorias da Administração, 2019.

Teoria do Comportamento Organizacional: Tem sua ênfase nas pessoas e veio


como uma crítica às teorias clássicas e das relações humanas. Suas principais
características estão no estilo de administração, na teoria das decisões e na
integração dos objetivos organizacionais e individuais.
Teoria do Desenvolvimento Organizacional: Também com sua ênfase nas
pessoas, essa teoria é um desdobramento da abordagem comportamental. Seu
principal autor foi Leland Bradford que considera essa teoria como a fusão do estudo
da estrutura e o estudo do comportamento. Possui características semelhantes as
da teoria do comportamento organizacional.
Teoria da Contingência: Ou teoria contingencial, tem sua ênfase no ambiente e
na tecnologia. Nessa teoria enfatiza-se a relatividade, ou seja, não existe nada de
absoluto nas organizações. Como enfoque tem-se a análise ambiental, abordagem
do sistema aberto e administração da tecnologia.
Novas Abordagens na Administração: Essa teoria tem sua ênfase na
competitividade, com enfoques no caos e complexidade, aprendizagem
organizacional e capital intelectual. Surgiu com a necessidade das organizações
buscarem novos recursos, novos meios de produção e conceitos de qualidade
diante de sua evolução.

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gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas.
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É valido salientar que, com a evolução das organizações, diante do avanço


tecnológico e competitividade, a forma de administrar sempre vai encontrar novos
desafios e novas soluções. Assim, as teorias também precisam se adaptar para que
consigam ser viáveis e aplicáveis na situação proposta.

SAIBA MAIS
Administração - Teorias da Administração
Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=fgWRI0qdaKU>.

1.4 Erro e Fraude

As fraudes contábeis segundo Iudícibus (2003) se dão por “enganar os outros


em benefício próprio. Pode ser roubo, desfalque, estelionato, falsificação, etc. Por
exemplo, falsificação de documentos, apropriação indevida de bens, cálculos
errados”.
Crepaldi (2010) diz que a fraude, problema cada vez mais recorrente nas
empresas, é um problema que se dá pelo enfraquecimento dos valores éticos,
morais e sociais mas, principalmente, pelo trabalho ineficaz do controle interno de
uma organização. O mesmo autor descreve que a ocorrência de atuação
inadequada da administração ou de algum dos membros de seu conselho, as
pressões internas e externas, transações que possam parecer anormais, problemas
internos com os trabalhos de auditoria e fatores dos sistemas de informação podem
levar ao risco de ocorrência da fraude ou erro.
É importante ressaltar que há diferença entre fraude e erro. O erro se dá por
uma ação culposa, mas sem intenção de praticá-la, enquanto a fraude é um ato
doloso praticado com intenção. Abaixo, Pezzi (2012) apresenta, por meio de um
quadro, as principais diferenças entre erro e fraude.

Quadro 5 - Diferenças entre erro e fraude


ERRO FRAUDE
Ação involuntária Ação premeditada
Esquecimento, desatenção, Dolo com intenção

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imperícia
Forma estranha à vontade da
Com o intuito de “lavagem de dinheiro”
empresa
Ato intencional de omissão ou
Ato não-intencional
manipulação
Falsificação ou alteração de registros
Omissão
e documentos
Má interpretação de gatos nas Omissão de transações nos registros
demonstrações contábeis contábeis
Aplicação de práticas contábeis
Erros aritméticos
indevidas
Incorreta classificação das contas Desvios de dinheiro, despesas fictícias
Podem levar à falência da empresa Responsabilidade penal e civil
Ocorrem também por falta de Para ocultar desvios ou transações
conhecimento ilegais
Fonte: Piezzi, 2012.

Os conceitos de erro e fraude acima citados são descritos na área contábil.


Mas é importante frisar que os erros e fraudes são recorrentes na área de saúde e
segurança do trabalho, quando alguns procedimentos deixam de ser relatados, ou
quando há atos de negligência, imprudência ou imperícia, que levam a fraude, por
exemplo, sejam por parte da organização ou do trabalhador.
As definições de negligência, imprudência ou imperícia podem causar alguma
confusão ou até parecer ter o mesmo conceito, mas são situações diferentes, que
implicam em uma conduta errada do profissional, e são causas de culpa. A
negligência se dá pela omissão do profissional diante da situação, quando este sabe
que a execução do procedimento é feita de maneira errada e inadequada. A
imprudência se dá quando o profissional possui o conhecimento dos riscos e, ainda
assim, executa-os. Já a imperícia ocorre pela falta de técnica, capacitação e
conhecimento de um profissional que executa determinada tarefa, quando não
possui habilidades para tal.
Um exemplo sobre uma situação de negligência pode ser dado pela falta de
manutenção preventiva em quaisquer máquinas ou equipamentos numa

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organização conforme orientações do fabricante. A falta de realização das


manutenções preventivas pode fazer com que a máquina ou equipamento seja
danificado pelo uso indevido, ocasionando possíveis causas de acidentes, com
proporções mínimas ou fatais. Uma situação negligente também muito comum no
setor de segurança e saúde do trabalho é diante do uso dos equipamentos de
proteção individual - EPI. A proteção do trabalhador e sua integridade física ficam,
muitas vezes, condicionadas ao uso desses equipamentos e, sem fiscalização,
esses equipamentos acabam em desuso pelos funcionários. Dessa forma, uma
situação em que os trabalhadores estejam sem o uso dos EPIs quando deveriam
estar usando, e os responsáveis ou colegas de trabalham não corrijam quanto à
atitude inadequada, ocorre uma situação de negligência.
A situação descrita acima caracterizada como negligência pode se tornar uma
situação em que ocorre a imprudência. Por exemplo, estando as manutenções em
dia, bem como a disponibilização dos EPIs e suas orientações de uso
disponibilizadas e comprovadas, caso o trabalhador ainda insista em realizar suas
atividades sem a proteção adequada ele, passar a agir de forma imprudente. A
imprudência é muito comum em situações onde se diz realizar um trabalho
rapidamente e, com isso, não se faz o uso dos equipamentos de proteção, ou
mesmo quando se anda com uma velocidade acima do permitido em uma situação
que envolva automóveis.
A imperícia pode ser exemplificada em qualquer situação onde um trabalhador
esteja executando uma ação ou atividade em que não se encontra devidamente
qualificado para fazer. Por exemplo, um trabalhador exercendo atividades em
painéis elétricos sem ser capacitado pela NR-10; realizar procedimentos de
primeiros socorros sem possuir treinamento, ou mesmo fazer operação com o uso
de máquinas empilhadeiras, sem curso específico, são situações caracterizadoras
de imperícia.
As figuras 12 e 13 mostram os profissionais em trabalho em altura, devendo
ser utilizados equipamentos de proteção contra quedas. Na figura 12 é possível ver
que o trabalhador faz o uso de cinto de segurança. Já a figura 13, mostra a
imprudência do profissional ao executar o trabalho em altura, na construção civil,
sem o uso de equipamentos de segurança.

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Figura 12 - Exemplo de trabalho em altura

Fonte: Portal no Ar, 2018.

Figura 13 - Exemplo de trabalho em altura

Fonte: G1, 2013.

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CAPÍTULO 2 - ENTIDADES E ASSOCIAÇÕES E ASPECTOS ÉTICOS LIGADOS À


SST

2.1 Órgãos e Instituições

Para que a saúde e a integridade física do trabalhador sejam preservadas, há


um conjunto de entidades e associações que impõem parâmetros às organizações e
se comprometem com a fiscalização para garantir proteção ao trabalhador. Sabe-se
que, muitas vezes, o desinteresse por parte dos empregadores, em implementar as
normas relacionadas à segurança e a saúde do trabalho são grandes, mediante
custos e trabalho para execução. Entretanto, é necessário que essas ações sejam
sempre recorrentes, visando a segurança e zelo pela vida e saúde dos funcionários,
o que, por consequência, garante melhorias no processo produtivo da organização.
A preocupação com a saúde e a segurança dos trabalhadores foi surgindo com
a Revolução Industrial. Essa época foi um período de grandes transformações, tanto
na economia mundial, quanto nos cenários tecnológico, cultural e social. Entretanto,
com a evolução dos meios de produção, evoluíram-se também as mais diversas
doenças e mortes entre os funcionários, mediante as condições precárias de
trabalho. Além disso, havia o alto número de mulheres e crianças submetidas ao
trabalho, a maioria em jornadas exaustivas, ultrapassando quatorze horas de
trabalho diários. Diante dessas condições, deram início aos primeiros movimentos
de trabalhadores contra as péssimas condições de trabalho, e ambientes totalmente
inadequados para executar os serviços, ou seja, ambientes insalubres. As classes
dos operários se organizaram em sindicatos, em busca de organizar, defender e
atingir seus interesses profissionais. Com essas movimentações, muitas oriundas de
conflitos e revoltas, surgiram as primeiras leis internacionais de proteção ao
trabalhador. A Organização Internacional do Trabalho, por exemplo, veio a surgir em
1919.

2.1.1 Entidades Nacionais


A PNSST - Política Nacional de Segurança e Saúde do Trabalhador foi criada
com o intuito de garantir que, o trabalho, base da organização social e direito

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humano fundamental, seja realizado em condições que contribuam para a melhoria


da qualidade de vida, a realização pessoal e social dos trabalhadores, e sem
prejuízo para sua saúde, integridade física e mental, segundo o próprio documento.
Desse modo, para que essa garantia seja efetivada, a PNSST descreve o
compromisso de alguns setores do governo, envolvidos na execução e
desenvolvimento dessa política, descriminadas a seguir.

2.1.1.1 Ministério do Trabalho e Emprego


 Formular e implementar as diretrizes e normas de atuação da área de
segurança e saúde no trabalho;
 Planejar, coordenar e orientar a execução do Programa de Alimentação
do Trabalhador e da Campanha Nacional de Prevenção de Acidentes do
Trabalho;
 Planejar, supervisionar, orientar, coordenar e controlar as ações e
atividades de inspeção do trabalho na área de segurança e saúde;
 Orientar e controlar a execução das atividades relacionadas com a
inspeção do trabalho, no âmbito das Delegacias Regionais do Trabalho,
incluindo as ações de mediação e arbitragem e fiscalização dos Acordos
e Convenções Coletivas;
 Garantir e coordenar as atividades da Comissão Tripartite Paritária
Permanente – CTPP;
 Elaborar e revisar as Normas Regulamentadoras.

IMPORTANTE
Com a reforma realizada nos ministérios em 2019, o MTE foi extinto e suas
atribuições foram diluídas no Ministério da Cidadania, Ministério da Economia e
Ministério da Justiça e Segurança Pública. No que diz respeito à SST, algumas
áreas passaram a ser de competência do Ministério da Economia, sendo a
previdência, as políticas e diretrizes para modernização das relações de trabalho, a
fiscalização do trabalho e a segurança e saúde no trabalho propriamente ditas.

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28

2.1.1.2 Fundacentro/MTE
 Desenvolver pesquisas relacionadas a promoção das melhorias das
condições de trabalho;
 Produzir e difundir conhecimentos técnicos científicos, em SST;
 Desenvolver atividades de educação e treinamento em SST;
 Subsidiar a elaboração e revisão das Normas Regulamentadoras;
 Avaliar as atividades de modo a dimensionar o impacto das ações
desenvolvidas, permitindo sua re-orientação.

2.1.1.3 Ministério da Previdência Social


 Fiscalizar e inspecionar os ambientes do trabalho, com vista à concessão
e manutenção de benefícios por incapacidade; à fidedignidade das
informações declaradas aos bancos de dados da Previdência Social; e à
arrecadação e cobrança das contribuições sociais decorrentes dos riscos
ambientais presentes no ambiente de trabalho;
 Avaliar a incapacidade laborativa para fins de concessão de benefícios
previdenciários;
 Avaliar, em conjunto com o SUS, a relação entre as condições de trabalho
e os agravos à saúde dos trabalhadores;
 Implementar uma política tributária que privilegie as empresas com
menores índices de doenças e acidentes de trabalho;
 Implementar a adoção do nexo epidemiológico presumido para a
caracterização dos acidentes e doenças relacionadas ao trabalho.

2.1.1.4 Ministério da Saúde, enquanto gestor nacional do SUS


 Coordenar, no âmbito do SUS, as ações decorrentes desta Política e
assessorar as Secretarias Estaduais e Municipais de Saúde na sua
execução.
 Apoiar o funcionamento da Comissão Intersetorial de Saúde do
Trabalhador do Conselho Nacional de Saúde (CIST).
 Definir mecanismos de financiamento das ações em saúde do trabalhador
no âmbito do SUS.

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 Implantar e acompanhar a implementação da Rede Nacional de Atenção


Integral à Saúde do Trabalhador – RENAST, como estratégia privilegiada
para as ações previstas nesta Política.
 Definir, em conjunto com estados e municípios, normas, parâmetros e
indicadores para o acompanhamento das ações de saúde do trabalhador
a serem desenvolvidas no SUS, segundo os respectivos níveis de
complexidade destas ações.
 Prestar cooperação técnica aos estados e municípios na implementação
das ações decorrentes desta Política.
 Facilitar a incorporação das ações e procedimentos de saúde do
trabalhador nos procedimentos de vigilância epidemiológica, sanitária e
ambiental.
 Promover a incorporação das ações de atenção à saúde do trabalhador
na rede de serviços de saúde, organizada por níveis de complexidade
crescente, na atenção básica, serviços de urgência e emergência, na
média e alta complexidade.
 Organizar e apoiar a operacionalização da rede de informações em saúde
do trabalhador no âmbito do SUS.
 Promover a revisão periódica da listagem oficial de doenças relacionadas
ao trabalho no território nacional.
 Fomentar a notificação dos agravos à saúde relacionados ao trabalho
considerados como de notificação de interesse da Saúde Pública.
 Definir e promover a implementação de estratégias voltadas à formação e
à capacitação de recursos humanos do SUS nesta área.
 Implementar a rede de laboratórios de toxicologia e avaliação ambiental.

2.1.1.5 Papel da sociedade civil organizada


A sociedade civil organizada deverá exercer o papel de controle social,
participando de todas as etapas e espaços consultivos e deliberativos relativos à
implementação desta política.

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SAIBA MAIS
A Revista Proteção lista uma série de entidades nacionais e estrangeiras que
possuem compromissos e responsabilidades no que diz respeito à SST.
- Nacionais. Disponível em:
<http://www.protecao.com.br/conteudo/entidades/nacionais/J9jg_AQ>.
- Internacionais (com destaque para a ACGIH e OHSAS). Disponível em:
<http://www.protecao.com.br/conteudo/entidades/internacionais/A5yA_Ac>.

2.1.2 Cronologia das legislações referente à SST


A saúde e segurança do trabalho são regidas por uma série de normas,
legislações, enfim, documentos que visam garantir a saúde e proteção do
trabalhador no mercado de trabalho. A seguir, tem-se a principais legislações
referentes à SST que são vigentes no país. É válido ressaltar que cada uma delas
será estudada detalhadamente na disciplina de Legislação e Normas Técnicas.

2.1.2.1 Normas regulamentadoras


Abaixo, tem-se um quadro com as Normas Regulamentadoras - NR vigentes
que abordam a saúde e segurança do trabalhador em diversos ramos do trabalho.

Quadro 6 - Normas Regulamentadoras


Normas
Regulamentadoras Nomenclatura
(NR)
1 Disposições Gerais
2 Inspeção Prévia (Revogada)
3 Embargo ou Interdição
Serviços Especializados em Engenharia De Segurança eem
4
Medicina do Trabalho
5 Comissão Interna de Prevenção De Acidentes
6 Equipamento de Proteção Individual - EPI
7 Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional
8 Edificações

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9 Programa de Prevenção de Riscos Ambientais


10 Segurança em Instalações e Serviços em Eletricidade
Transporte, Movimentação, Armazenagem e Manuseio de
11
Materiais
12 Segurança no Trabalho em Máquinas e Equipamentos
Caldeiras, Vasos de Pressão e Tubulações e Tanques
13
Metálicos de Armazenamento
14 Fornos
15 Atividades e Operações Insalubres
16 Atividades e Operações Perigosas
17 Ergonomia
Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da
18
Construção
19 Explosivos
Segurança e Saúde no Trabalho com Inflamáveis e
20
Combustíveis
21 Trabalhos a Céu Aberto
22 Segurança e Saúde Ocupacional na Mineração
23 Proteção Contra Incêndios
24 Condições Sanitárias ede Conforto nos Locais de Trabalho
25 Resíduos Industriais
26 Sinalização de Segurança
Registro Profissional do Técnico de Segurança do Trabalho
27
(Revogada)
28 Fiscalização e Penalidades
Norma Regulamentadora de Segurança e Saúde no Trabalho
29
Portuário
30 Segurança e Saúde no Trabalho Aquaviário
Segurança e Saúde no Trabalho na Agricultura, Pecuária
31
Silvicultura, Exploração Florestal e Aquicultura
32 Segurança e Saúde no Trabalho em Serviços de Saúde
33 Segurança e Saúde nos Trabalhos em Espaços Confinados

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gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas.
32

Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da


34
Construção, Reparação e Desmonte Naval
35 Trabalho em Altura
Segurança e Saúde no Trabalho em Empresas de Abate e
36
Processamento de Carnes e Derivados
37 Segurança e Saúde em Plataformas de Petróleo
Fonte: Elaborado pelo autor, 2019.

IMPORTANTE
As NRs são disponibilizadas no site da Escola Nacional da Inspeção do Trabalho -
ENIT, pela Secretaria de Inspeção do Trabalho, no campo “Saúde e Segurança do
Trabalho”. É importante acessar pelo site oficial do Governo Federal, pois as NRs
estão em constante atualização e são publicadas sempre em suas versões mais
recentes.

2.1.2.2 Lei Complementar


Nº 142, DE 8 DE MAIO DE 2013 - Regulamenta o § 1o do art. 201 da
Constituição Federal, no tocante à aposentadoria da pessoa com deficiência
segurada do Regime Geral de Previdência Social - RGPS.

2.1.2.3 Leis federais


Quadro 7 - Leis Federais
LEI DATA DE VIGOR DETERMINAÇÃO
8 DE JUNHO DE Estatui normas reguladoras do trabalho rural e
Nº 5.889
1973 outras providências
Altera o Capítulo V do Titulo II da Consolidação das
22 DE DEZEMBRO
Nº 6.514 Leis do Trabalho, relativo à segurança e medicina
DE 1977
do trabalho e dá outras providências
Dispõe sobre a Especialização de Engenheiros e
27 DE NOVEMBRO Arquitetos em Engenharia de Segurança do
Nº 7.410
DE 1985 Trabalho, a Profissão de Técnico de Segurança do
Trabalho, e dá outras providências.

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parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou
gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas.
33

24 DE JULHO DE Dispõe sobre os Planos de Benefícios da


Nº 8.213
1991 Previdência Social e dá outras providências
Proíbe a exigência de atestados de gravidez e
13 DE ABRIL DE esterilização, e outras práticas discriminatórias, para
Nº 9.029
1995 efeitos admissionais ou de permanência da relação
jurídica de trabalho, e dá outras providências.
Dispõe sobre limites à exposição humana a campos
5 DE MAIO DE elétricos, magnéticos e eletromagnéticos; altera a
Nº 11.934
2009 Lei no 4.771, de 15 de setembro de 1965; e dá
outras providências.
Estabelece diretrizes gerais sobre medidas de
prevenção e combate a incêndio e a desastres em
30 DE MARÇO DE estabelecimentos, edificações e áreas de reunião de
Nº 13.425
2017 público; altera as Leis nºs 8.078, de 11 de setembro
de 1990, e 10.406, de 10 de janeiro de 2002 –
Código Civil; e dá outras providências.
Fonte: Elaborado pelo autor, 2019.

2.1.2.4 Decreto-Lei
DECRETO-LEI N.º 5.452, DE 1º DE MAIO DE 1943 - Consolidação das Leis do
Trabalho.

2.1.2.5 Decretos
Quadro 8 - Decretos
DECRETO DATA DE VIGOR DETERMINAÇÃO
Nº 62.151 Consolida atos normativos editados pelo Poder
(Revogado 5 DE Executivo Federal que dispõem sobre a
pelo Decreto NOVEMBRO DE promulgação de convenções e recomendações da
nº 10.088, 2019 Organização Internacional do Trabalho - OIT
de 2019) ratificadas pela República Federativa do Brasil.
Regulamenta a Lei nº 7.410, de 27 de novembro de
9 DE ABRIL DE
Nº 92.530 1985, que dispõe sobre a especialização de
1986
Engenheiros e Arquitetos em Engenharia de

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34

Segurança do Trabalho, a profissão de Técnico de


Segurança do Trabalho e dá outras providências.
Promulga Convenção 182 e a Recomendação 190
12 DE da Organização Internacional do Trabalho (OIT)
Nº 3.597 SETEMBRO DE sobre a Proibição das Piores Formas de Trabalho
2000 Infantil e a Ação Imediata para sua Eliminação,
concluídas em Genebra, em 17 de junho de 1999.
DE 27 DE
Nº 4.552 DEZEMBRO DE Aprova o Regulamento da Inspeção do Trabalho.
2002
Regulamenta os artigos 3o, alínea “d”, e 4o da
Convenção 182 da Organização Internacional do
Trabalho (OIT) que trata da proibição das piores
DE 12 DE formas de trabalho infantil e ação imediata para sua
Nº 6.481
JUNHO DE 2008 eliminação, aprovada pelo Decreto Legislativo nº
178, de 14 de dezembro de 1999, e promulgada
pelo Decreto no 3.597, de 12 de setembro de 2000,
e dá outras providências.
Regulamenta o art. 206-A da Lei no 8.112, de 11 de
25 DE MAIO DE dezembro de 1990 – Regime Jurídico Único,
Nº 6.856
2009 dispondo sobre os exames médicos periódicos de
servidores.
7 DE
Dispõe sobre a Política Nacional de Segurança e
Nº 7.602 NOVEMBRO DE
Saúde no Trabalho - PNSST.
2011
Fonte: Elaborado pelo autor, 2019.

2.1.2.6 Instruções Normativas


Quadro 9 - Instruções Normativas
INSTRUÇÃO DATA DE
DETERMINAÇÃO
NORMATIVA VIGOR
20 DE Da Secretaria de Segurança e Saúde do Trabalho -
Nº 01
DEZEMBRO DE Aprova o texto sobre a "Avaliação das

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gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas.
35

1995 concentrações de Benzeno em Ambientes de


Trabalho", referente ao Anexo 13-A Benzeno da
Norma Regulamentar 15.
Do Instituto nacional do Seguro Social - Aprova
5 DE
Norma Técnica sobre Lesões por Esforços
Nº 98 DEZEMBRO DE
Repetitivos - LER ou Distúrbios Osteomusculares
2003
Relacionados ao trabalho - DORT.
Da Secretaria de Inspeção do Trabalho - Dispões
13 DE AGOSTO sobre os procedimentos da fiscalização das
Nº 70
DE 2007 condições de trabalho, segurança e saúde de vida a
bordo de embarcações nacionais e estrangeiras.
Da Secretaria de Inspeção do Trabalho - Dispõe
15 DE MAIO DE
Nº 76 sobre procedimentos para a fiscalização do
2009
trabalhador rural.
28 DE MARÇO Dispõe sobre a fiscalização do trabalho infantil e
Nº 102
DE 2013 proteção ao adolescente trabalhador.
Estabelece Procedimento Especial para a ação
11 DE JANEIRO fiscal da Norma regulamentadora nº 12 - Segurança
Nº 129
DE 2017 e Saúde no Trabalhador em Máquinas e
Equipamentos - e dá outras providências.
Fonte: Elaborado pelo autor, 2019.

2.1.2.7 Portarias
Quadro 10 - Portarias
PORTARIA DATA DE VIGOR DETERMINAÇÃO
Do Ministério do trabalho - Aprova as Normas
8 DE JUNHO DE Regulamentadoras - NR - do Capítulo V, título II, da
3.214
1978 Consolidação das Leis do Trabalho, relativas a
Segurança e Medicina do Trabalho.
Interministerial do Ministério do Trabalho/Ministério
10 DE AGOSTO
3.195 da Saúde - institui a Campanha interna de
DE 1988
Prevenção da AIDS - “CIPAS”.
3.257 22 DE Interministerial do Ministério do Trabalho/Ministério

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36

SETEMBRO DE da Saúde - Recomenda aos locais de trabalho a


1988 adoção de medidas restritivas ao hábito de fumar.*
21 DE Do Ministério do Trabalho - Dispõe sobre as
3.275 SETEMBRO DE atividades do Técnico de Segurança do Trabalho.*
1989
9 DE OUTUBRO Da Secretaria Nacional do Trabalho - Altera os
9
DE 1992 Anexos 11 e 13 da Norma Regulamentadora nº 15.
Da Secretaria de Segurança e Saúde no Trabalho -
1 DE JULHO DE
10 Aprova o Modelo de registro Profissional do técnico
1993
de Segurança do Trabalho.*
29 DE Da Secretaria de Segurança e Saúde no Trabalho -
25 DEZEMBRO DE Aprova o texto da Norma Regulamentadora nº 9
1994 (Riscos Ambientais) e altera as NR - 05 e 16.*
Da Secretaria de Segurança e Saúde no trabalho -
29 DE Classifica os Cremes Protetores como
26 DEZEMBRO DE Equipamentos de Proteção Individual (EPI), com
1994 sua inclusão na Norma Regulamentadora - NR 6 da
Portaria nº 3.214/1978 e demais providências.
Interministerial do Ministério da Saúde/Ministério do
Trabalho e Emprego - Aprova o regulamento técnico
e seus anexos, contendo disposições sobre os
procedimentos de instalações de Unidade de
16 DE ABRIL DE
482 Esterilização por óxido de etileno e de suas misturas
1999
e seu uso, bem como, de acordo com as suas
competências e estabelece ações sob a
responsabilidade do ministério da Saúde e
Ministério do Trabalho e Emprego.*
Do Ministério do Trabalho e Emprego - Dispõe
sobre a fiscalização das normas de proteção ao
30 DE ABRIL DE
210 trabalho e de vida a borda prescritas na Convenção
1999
nº147 da OIT, sobre Normas Mínimas da Marinha
Mercante, promulgada pelo Decreto nº 447, de 7 de

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37

fevereiro de 1992.
Da Secretaria de Segurança e Saúde do Trabalho -
27 DE MAIO DE
24 Prazo para o dimensionamento de CIPA na indústria
1999
da Construção.*
20 DE Secretaria de Segurança e Saúde do Trabalho -
34 DEZEMBRO DE Determina o protocolo para a utilização de indicador
2001 biológico da exposição ocupacional ao benzeno.*
Interministerial do Gabinete de Segurança
Institucional/Ministério do Trabalho e Emprego -
Recomenda às empresas que, através de suas
Comissões Internas de Prevenção de acidentes -
10 DE JULHO DE
10 CIPAs, desenvolvam atividades educativas e de
2003
conscientização do problema do uso e abuso de
substâncias psicoativas no trabalho, particularmente
dos efeitos do uso de bebidas alcoólicas e sua
relação com o trabalho.*
Ministério do Trabalho e Emprego/Interministerial do
Ministério da Saúde - Proíbe a comercialização de
28 DE ABRIL DE
775 produtos acabados que contenham “benzeno” em
2004
sua composição, admitindo, porém, alguns
percentuais.
Do Ministério da Saúde - Dispõe sobre a
28 DE ABRIL DE regularização dos procedimentos relativos à
776
2004 vigilância da saúde dos trabalhadores expostos ao
benzeno, e dá outras providências.
Conjunta da Secretaria de Inspeção do
4 DE
Trabalho/Departamento de Segurança e Saúde no
191 DEZEMBRO DE
Trabalho - Inclui o subitem E.2 no anexo I da Norma
2006
Regulamentadora nº 6.
Do Ministério do Trabalho e Emprego - Dispõe
29 DE MAIO DE
262 sobre o Registro Profissional de Técnico de
2008
Segurança do Trabalho.*

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38

Do Ministério do Trabalho e Emprego - Disciplina a


08 DE JANEIRO
32 avaliação de conformidade dos Equipamentos de
DE 2009
Proteção Individual e dá outras providencias.
Da Secretaria de Inspeção do Trabalho - Indica os
28 DE ABRIL DE locais e serviços considerados perigosos ou
88
2009 insalubres, proibidos ao trabalho do menor de 18
anos.*
Da Secretaria de Inspeção do Trabalho - Define o
12 DE processo administrativo para suspensão e
125 NOVEMBRO DE cancelamento de Certificação e Aprovação de
2009 Equipamentos de Proteção Individual e dá outras
providencias.
Ministério do Trabalho e Emprego - Disciplina a
forma de atuação da Inspeção do Trabalho, a
11 DE MARÇO
546 elaboração do planejamento da fiscalização, a
DE 2010
avaliação de desempenho funcional dos Auditores
Fiscais do Trabalho, e dá outras providências.
Da Secretaria de Inspeção do
Trabalho/Departamento de Segurança e Saúde no
trabalho - Altera a Portaria nº 121, de 30 de
21 DE MAIO DE setembro de 2009, que estabelece as normas
184
2010 técnicas de ensaios e os requisitos obrigatórios
aplicáveis aos Equipamentos de Proteção Individual
- EPI enquadrados no Anexo I da NR-6 e dá outras
providências.
Aprova a Norma regulamentadora nº 36 -
18 DE ABRIL DE
555 Segurança e Saúde no trabalho em Empresas de
2013
Abate e Processamento de Carnes e Derivados.
Aprova o Anexo 3 - Atividades e operações
2 DE
perigosas com exposição a roubos ou outras
1.885 DEZEMBRO DE
espécies de violência física nas atividades
2013
profissionais de segurança pessoal ou patrimonial -

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39

da Norma Regulamentadora nº 16 - Atividades e


operações perigosas.
28 DE ABRIL DE Altera a Norma regulamentadora nº 13 - Caldeiras e
594
2014 Vasos de Pressão.
Prorroga os prazos para adequação à Norma
16 DE JULHO DE
1.079 Regulamentadora nº 20 - Segurança e Saúde no
2014
Trabalho com Inflamáveis e Combustíveis.
05 DE Disciplina os procedimentos relativos aos embargos
1.719 NOVEMBRO DE e interdições.
2014
Estabelece procedimentos para o acesso ao
sistema CAEPI - Certificação de Aprovação de
Equipamentos de Proteção Individual - CAEPI, para
20 DE
o cadastro de empresas fabricantes e/ou
451 NOVEMBRO DE
importadoras de Equipamentos de Proteção
2014
Individual e para a emissão e renovação do
Certificado de Aprovação - CA de Equipamentos de
Proteção Individual - EPI.
Estabelece as normas técnicas de ensaios e os
20 DE
requisitos obrigatórios aplicáveis aos Equipamentos
452 NOVEMBRO DE
de Proteção individual - EPI enquadrados no Anexo
2014
I da NR-6 e dá outras providências.
28 DE MAIO DE Estabelece requisitos para a prorrogação de jornada
702
2015 em atividade insalubre.
29 DE Dispõe sobre os procedimentos de
507 SETEMBRO DE descadastramento voluntário de empresas e
2015 instituições que deixem de utilizar Benzeno.
Fonte: Elaborado pelo autor, 2019.

2.1.2.8 Resoluções
Quadro 11 - Resoluções
DATA DE
RESOLUÇÃO DETERMINAÇÃO
VIGOR

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40

Do Conselho Federal de Engenharia, Arquitetura e


31 DE JULHO Agronomia - Dispõe sobre o exercício profissional, o
Nº 359
DE 1991 registro e as atividades do Engenheiro de
Segurança do Trabalho, e dá outras providências.
Dispõe sobre procedimentos a serem adotados pela
08 DE JULHO
Nº 485 Perícia Médica na inspeção no ambiente de trabalho
DE 2015
dos segurados.
Fonte: Elaborado pelo autor, 2019.

IMPORTANTE
As certificações não são garantias de que tudo está ocorrendo de maneira correta
nas organizações, pois, não significa alcançar a excelência, mas sim, atender aos
requisitos mínimos, no que se refere aos documentos de referência.
Uma das deficiências no procedimento de certificação dos sistemas de gestão é não
dar a devida importância à avaliação de desempenho com o intuito de garantir a
eficácia de controles operacionais e dos programas de segurança.

2.2 Aspectos Éticos da Profissão

De acordo com a Resolução nº 1002 do CONFEA - Conselho Federal de


Engenharia e Agronomia, o código de ética profissional dita os fundamentos éticos e
as condutas necessárias à boa e honesta prática das profissões de engenharia e
relaciona os direitos e deveres pertencentes a esses profissionais.
Ainda na mesma resolução, é destacado o princípio da eficácia profissional,
onde a profissão é realizada pelo cumprimento de forma responsável e pela
competência dos compromissos profissionais, utilizando técnicas adequadas para
garantir a qualidade dos serviços e produtos, realização dos resultados esperados,
se atentando à segurança em todos os procedimentos envolvidos.
É de responsabilidade do engenheiro, especialmente o engenheiro de
segurança do trabalho, alertar sobre os riscos relacionados às orientações técnicas
e às possíveis consequências, caso haja o descumprimento dessas orientações. É
importante aqui, que a forma como o assunto é abordado deve ser dito ao cliente, de

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41

forma a facilitar sua compreensão, bem como obedecer as diretrizes ditadas pelas
normas vigentes.
É vedado ao engenheiro qualquer descuido com as medidas de segurança e
saúde do trabalho, assim como ditar ritmos de trabalho que sejam excessivos e
sobrecarregados ou que exerçam pressão psicológica ou algum tipo de assédio
sobre os profissionais da organização. Quaisquer condutas que inflijam o código de
ética estão passíveis de punição do conselho regional, sendo o engenheiro
responsabilizado civil e criminalmente pelos danos ocorridos, tanto ao trabalhador,
quanto à sociedade. Todavia, espera-se que o engenheiro cumpra com sua
responsabilidade ética e social, visto que esse profissional é reconhecido pela
sociedade como o capaz de provocar melhorias nas condições de vida da
comunidade como um todo. Projetar, desenvolver, pesquisar ou melhorar processos
não é o suficiente, quando há por trás de todos esses procedimentos uma dimensão
ética e social.
Além disso, a responsabilidade ética também está em dar a devida importância
ao tema de saúde e segurança no trabalho. Os poucos investimentos em meios
acadêmicos e profissionais ainda provocam perdas econômicas, culturais e sociais
significativas em todo o mundo.

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42

CAPÍTULO 3 - POLÍTICAS E PROGRAMAS DE ENGENHARIA DE SEGURANÇA


DO TRABALHO, SESMT E SOFTWARES APLICADOS

3.1 Recomendações para Política, Programa e Gestão da Segurança e Saúde

O avanço tecnológico, o processo de globalização e competitividade entre as


organizações vêm sendo importantes fatores para que as empresas invistam em
novas ferramentas de gestão, visando a melhoria contínua de seus produtos e
serviços e do ambiente de produção. Dessa forma, não só resultado dos lucros se
torna importante, mas também a saúde e integridade dos funcionários envolvidos no
processo. Nessa perspectiva, é fundamental que as organizações invistam em
políticas, programas e formas de gestão específicas para garantir a saúde e
proteção de todos os colaboradores. A política na área de engenharia de saúde e
segurança do trabalho deve ser composta de diretrizes, propostas e compromissos,
principalmente por parte da organização, que sejam específicas para cada situação,
ou seja, específica para cada organização diante do setor de atuação, deve ser clara
quanto às suas implicações, acessível a todos os colaboradores da empresa e
revisada continuamente.
As organizações devem expressar, por meio de suas políticas direcionadas à
SST, o comprometimento com o controle de riscos existentes diante dos processos
de trabalho e produção, com as legislações e normas regulamentadoras
relacionadas à SST que visa a proteção do trabalhador, a melhoria contínua da
gestão de saúde e segurança, dentre outros.
Há também, além das políticas, os programas baseados em normas
regulamentadoras, que atuam na prevenção e correção dos riscos existentes no
ambiente de trabalho, com atuação nos campos administrativo, operacional e
técnico. A saber, a política de uma organização se dá pelos planos de ações criados
para atuar na prevenção de acidentes e doenças ocupacionais. O programa é
formado por um conjunto de itens que atuam na prevenção e correção com
aplicação no trabalho direcionado tanto às pessoas, quanto aos equipamentos e
processos da empresa, visando o estabelecimento e cumprimento de normas de
segurança.

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gravações, ou, por sistemas de armazenagem e recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas.
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A OHSAS 18001 objetiva auxiliar as organizações com tópicos que ajudam a


produzir um Sistema de Gestão De Saúde e Segurança do Trabalho (SGSST)
eficiente para que elas possam alcançar seus objetivos propostos em relação à SST.
Assim, seus requisitos se encontram no quadro 12 a seguir.

Quadro 12 - Requisitos OHSAS 18001


4.1 Requisitos Gerais
4.2 Políticas de SST
4.3 Planejamento
4.3.1 Identificação de perigos, avaliação de riscos e determinação de controles
4.3.2 Requisitos legais e outros
4.3.3 Objetivos e programa(s)
4.3.4 Programa de gestão de SST
4.4 Implementação e operação
4.4.1 Recursos, funções, responsabilidades, prestações de contas e autoridades
4.4.2 Competência, treinamento e conscientização
4.4.3 Comunicação, participação e consulta
4.4.4 Documentação
4.4.5 Controle de documentos
4.4.6 Controle operacional
4.4.7 Preparação e resposta a emergências
4.5 Verificação
4.5.1 Monitoramento e medição do desempenho
4.5.2 Avaliação do atendimento a requisitos legais e outros
4.5.3 Investigação de incidentes, não conformidade, ação corretiva e ação
preventiva
4.5.3.1 Investigação de incidente
4.5.3.2 Não conformidade, ação corretiva e ação preventiva
4.5.4 Controle de registros
4.5.5 Auditoria interna
4.6 Análise crítica pela direção
Fonte: Adaptado de OHSAS 18001.

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De acordo com Angeluci et al. (2005), a inclusão da Qualidade de Vida no


trabalho (QVT) dentro das empresas gera inúmeros benefícios, ainda imensuráveis
em sua totalidade e os dados estatísticos são aleatórios. Todavia, a redução de
custos com a saúde dos trabalhadores é significativa, apresentando diminuição dos
níveis de estresse, menor incidência e prevalência de doenças ocupacionais e todos
esses fatores associados ao aumento de produtividade.
Desse modo, segundo Alves (2011), muitas empresas têm buscado incorporar
programas padronizados de QVT de forma imediata, sem planejamento técnico,
operacional e de recursos, especialmente os investimentos. Diante disso, os
resultados obtidos são contrários aos esperados. Isto se deve ao fato de que não
existe um padrão quando se trata de qualidade de vida no trabalho, pois cada
organização se encaixa em um padrão diferente. Assim, cada programa deve ter um
direcionamento, uma vez que cada empresa tem a sua especificidade.
Alves (2011) ainda explica que ao recorrer à literatura tem-se uma gama de
ações e programas implantados por grandes empresas que obtiveram resultados
positivos se tornando referência ou modelos a ser seguidos. Assim, o quadro abaixo
apresenta algumas destas ações em QVT que podem ser aplicadas nas
organizações, de forma simplificada, organizada e didática.

Quadro 13 - Programas de implantação da QVT e seus resultados


Programas Principais resultados observados
Aumenta a disposição e satisfação dos trabalhadores, aumenta
a tolerância ao estresse, redução do absenteísmo, melhora do
Exercícios físicos
relacionamento interpessoal, redução dos acidentes de trabalho,
redução dos gastos médicos.
Treinamento e
Aumento do capital intelectual, aperfeiçoamento das atividades,
desenvolvimento
satisfação profissional, aumento da produtividade.
dos Trabalhadores
Aumento do desempenho nas atividades, redução dos acidentes
Ergonomia
de trabalho.
Prevenção e reabilitação de doenças ocupacionais, prevenção
Ginástica Laboral
de acidentes de trabalho, melhor integração entre os

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45

trabalhadores, diminuição do absenteísmo, aumento da


produtividade.
Motivação, satisfação profissional, satisfação das necessidades
Benefícios
pessoais, aumento da produtividade.
Avaliação de Aumento do desempenho do trabalhador, aumento da
desempenho produtividade, aumento da satisfação profissional.
Higiene e Gera um ambiente mais saudável, prevenção de riscos à saúde,
segurança do diminuição dos acidentes de trabalho, diminuição do
trabalho absenteísmo e rotatividade, aumento da produtividade.
Mantêm seus recursos humanos, aperfeiçoamento da
Estudo de cargos
administração dos recursos humanos, aumento da motivação e
e salários
satisfação dos trabalhadores, aumento da produtividade.
Redução de riscos, melhora na segurança operacional e da
Controle de álcool saúde dos trabalhadores, melhora na autoestima, diminuição
e drogas dos acidentes de trabalho e absenteísmo.
Motivação, satisfação profissional, aumento da autoestima,
Preparação para melhora na relação interpessoal, descobrimento de novas
aposentadoria habilidades e competências, benefícios na vida social e familiar
do trabalhador.
Diminuição da obesidade, mudança no comportamento de risco,
Orientações
aumento do desempenho e disposição, aumento da
nutricionais
produtividade.
Terapias Aumento da tolerância ao estresse, melhora no relacionamento
alternativas interpessoal, aumento da produtividade.
Aumento da auto-estima, aumento do desempenho profissional,
Musicoterapia melhora no relacionamento interpessoal, aumento da
tolerânciaao estresse, prevenção de doenças.
Aumento da auto-estima, aumento do desempenho e
Anti-tabagismo
disposição, prevenção de doenças.
Fonte: Adaptado de Alves, 2011.

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Além disso, há programas específicos e abrangentes com aplicação das NRs


exigidas pelos órgãos federais, tais como:
ASO - Atestado de Saúde Ocupacional: Esse atestado é uma maneira de
comprovar que o funcionário está apto a realizar suas funções no posto de trabalho.
O ASO normalmente é realizado na admissão, na demissão ou em casos de
mudança de função. Nesse documento ficam detalhados, também, os exames
necessários para verificar a saúde do empregado.
LTCAT - Laudo Técnico de Condições Ambientais de Trabalho: Esse laudo
possui a finalidade de documentar, conforme exigências da Lei 8.213/1991, as
necessidades de que o trabalhador obtenha a aposentadoria de forma especial,
devido à exposição de agentes nocivos no local de trabalho. Nesse laudo, ficam
registrados os elementos que são nocivos a saúde do trabalhador, as medições
realizadas no período do levantamento, a análise do local de trabalho e as medidas
preventivas realizada pelas organizações. O documento deve ser arquivado pela
empresa, com aval do profissional de Engenheiro de Segurança do Trabalho e
Médico do Trabalho. Assim, pode ser apresentado ao INSS para ocasiões de
aposentadoria especial de seus colaboradores. Qualquer empresa prestadora de
serviços, empresas comercias e industriais devem, obrigatoriamente, apresentar o
LTCAT e deixá-lo à disposição para fiscalização do INSS, independente do número
de funcionários ou da atividade que a organização executa.
PCMSO - Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional: A NR-7, que
rege o PCMSO, estabelece a obrigatoriedade da elaboração e implantação, por
parte de todos os empregadores e instituições que admitam trabalhadores com
empregados, do PCMSO, com o objetivo de promoção e preservação da saúde do
conjunto dos seus trabalhadores. Ela também estabelece o controle de saúde, físico
e mental, do trabalhador, em relação às suas atividades, e obriga a realização de
exames médicos admissionais, exames periódicos, de retorno ao trabalho, de
mudança de função, e exame demissional.
PPRA - Programa de Prevenção de Riscos Ambientais: Esse programa visa, de
acordo com a NR-9, a preservação da saúde e integridade dos trabalhadores, por
meio da antecipação, reconhecimento, avaliação e consequente controle da
ocorrência de riscos ambientais existentes ou que venham a existir no ambiente de

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trabalho, tendo em consideração a proteção de meio ambiente e dos recursos


naturais. Esse programa deve estar articulado com o programa anterior, o PCMSO.
Seu principal objetivo é fazer com que a prevenção de acidentes e de doenças
elimine ou reduza os riscos para os colaboradores da empresa.
A NR-9 também determina que se consideram riscos ambientais os agentes
físicos, químicos e biológicos existentes nos ambientes de trabalho que, em função
da sua natureza, concentração ou intensidade e tempo de exposição, são capazes
de causar danos à saúde dos trabalhadores. O item 9.3 da NR trata sobre a
estrutura do PPRA, e o documento exige que o programa contenha um
planejamento anual com o estabelecimento de metas, prioridades e cronograma;
estratégia e metodologia de ação; forma do registro, manutenção e divulgação dos
dados e periodicidade e forma de avaliação do desenvolvimento do PPRA.
Além disso, o PPRA deve ser elaborado uma vez ao ano ou sempre que
necessário, quando, por ventura, surgir algum ajuste no que se refere ao ambiente
de trabalho, onde o trabalhador está exposto. Em relação as suas etapas, deve
incluir no PPRA a antecipação e reconhecimento dos riscos; estabelecimento de
prioridades e metas de avaliação e controle; avaliação de riscos e da exposição dos
trabalhadores; implantação de medidas de controle e avaliação de sua eficácia;
monitoramento da exposição aos riscos e registro e divulgação dos dados.
A elaboração, implantação, acompanhamento e avaliação do PPRA poderão
ser feitas pelo Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e em Medicina
do Trabalho - SESMT ou por pessoa ou equipe de pessoas que, a critério do
empregador, sejam capazes de desenvolver o disposto nesta NR. Para o
reconhecimento dos riscos ambientais deve conter no relatório a sua identificação; a
determinação e localização das possíveis fontes geradoras; a identificação das
possíveis trajetórias e dos meios de propagação dos agentes no ambiente de
trabalho; a identificação das funções e determinação do número de trabalhadores
expostos; a caracterização das atividades e do tipo da exposição; a obtenção de
dados existentes na empresa, indicativos de possível comprometimento da saúde
decorrente do trabalho; os possíveis danos à saúde relacionados aos riscos
identificados, disponíveis na literatura técnica e a descrição das medidas de controle
já existentes.

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PCMAT: Programa de Condições e Meio Ambiente de Trabalho: O PCMAT é


um programa regido pela NR-18 e necessário em estabelecimentos da indústria da
construção com mais de vinte funcionários. Estabelece condições e diretrizes de
segurança do trabalho para obras e atividades relativas à construção. O PCMAT
estabelece um sistema de gestão em segurança do trabalho nos serviços
relacionados à construção, e tem como objetivo a prevenção de riscos ambientais
que ocorrem no âmbito da empresa, tanto que necessita contemplar as exigências
contidas no PPRA. Além disso, ele ainda tem como meta controlar, reduzir, evitar e
neutralizar problemas de postura, ruídos excessivos, poeira nociva e inalação de
fumaça, entre outros.
PCA: Programa de Conservação Auditiva: Os objetivos desse programa são
medidas preventivas e de estabilização contra perda auditiva nos trabalhadores,
diante de sua exposição em locais de trabalho que apresentam ruídos.
PGR: Programa de Gerenciamento de Riscos: O PGR está baseado na NR-22.
O programa contempla a implantação de medidas que preservem a vida e evitem
danos físicos e psíquicos às pessoas, além de controlar os agentes ambientais
originados dos processos de trabalho, por meio de monitoramentos periódicos,
considerando a proteção ao meio ambiente e aos recursos naturais das atividades
mineradoras.

3.2 Tipos de Gestão

Para que a organização alcance seus objetivos de maneira eficiente e eficaz,


podem ser utilizadas diversas estratégias para percorrer esse processo. Assim
funcionam os processos de gestão, que combinados e aplicados adequadamente,
diante da análise da organização, levam a empresa a continuar no mundo
competitivo com qualidade, e no ramo da segurança, com saúde e zelo pela vida do
trabalhador.

3.2.1 Gestão por Processos


As organizações buscam o desenvolvimento de processos e atividades que
levarão à produção de resultados. De acordo com o MGP (2013), a Gestão por

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Processos, também conhecida como Business Process Management (BMP) é uma


abordagem sistemática, que potencializa o desempenho da organização, priorizando
a excelência organizacional e agilidade nos negócios. Todo o processo envolve a
determinação de recursos necessários, monitoramento de desempenho,
manutenção e gestão do ciclo de vida do processo. Fatores críticos de sucesso na
gestão por processos estão relacionados a como mudar as atitudes das pessoas
e/ou perspectivas de processos, para avaliar o desempenho dos processos das
organizações. As metas desse tipo de sistema de gestão estão em tornar padrão os
processos coorporativos e agilizar produtividade e eficiência.
Para colocar em prática, é necessário que sejam determinadas as tarefas,
como o quadro a seguir sugere.

Quadro 14 - Tarefas da Gestão de Processos


Entender o ambiente interno e externo
Estabelecer estratégia, objetivos e abordagens de mudanças
Assegurar patrimônio para mudança
Entender, selecionar e priorizar processos
Entender, selecionar e priorizar ferramentas de modelagem
Projetar Entender, selecionar e priorizar técnicas de MIASP
Processos Formar equipe e time de diagnóstico de processos
Entender e modelar processos de situação atual
Definir e priorizar problemas atuais
Definir e priorizar soluções para os problemas atuais
Re-projetar práticas de gestão e execução de processos
Entender e modelar processos na situação futura
Definir mudanças nos processos
Implantar novos processos
Implementar processos e mudanças
Gerir
Promover a realização dos processos
processos
Acompanhar execução dos processos
Controlar execução dos processos
Realizar mudanças de curto prazo

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50

Registrar o desempenho dos processos


Comparar o desempenho com referências internas e externas
Registrar e controlar desvios dos processos
Promover o
Avaliar desempenho dos processos
Aprendizado
Registrar aprendizado sobre os processos
Fonte: Elaborado pelo autor, 2019.

A gestão por processos baseia-se em princípios que direcionam para o


desenvolvimento das ações, como satisfação dos clientes, na gerência participativa,
no desenvolvimento humano, na metodologia padronizada, na melhoria contínua, na
informação e comunicação e na busca da excelência.

3.2.2 Gestão por Resultados


Para um resultado positivo, esperado por um dono de uma empresa, Dalledone
(2012) mostra que é importante que todo o conjunto da organização tenha uma boa
comunicação e ligação, para que o objetivo seja alcançado. Assim também funciona
o setor da segurança e saúde do trabalho, visto que é necessário um
comprometimento de todos, enquanto funcionários e proprietários, para que o
sistema de prevenção a correção de acidentes seja efetivado. Essas medidas só são
alcançadas com um bom gestor de resultados.
As ferramentas de gestão facilitam a compreensão e visualização das unidades
do negócio como um processo, a simular situações que podem acontecer e prevenir
o que é positivo e negativo, e a entender o que sua empresa representa no mundo
competitivo.
É importante compreender qual a representatividade da organização, para
trabalhar melhor os diversos setores da empresa, obtendo melhor controle e melhor
gestão do resultado esperado.
Características como criatividade e pesquisas de mercado são ferramentas
importantes para o sucesso de bons resultados. Um levantamento de informação,
por exemplo, precisa ser conduzido por um profissional com afinidades em pesquisa,
estruturas e apresentação de informação. É um conjunto de aços que envolve as
habilidades de selecionar as fontes confiáveis de pesquisa, entender e filtrar as
informações, que podem afetar os resultados, trabalhar a informação para

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compreender o ambiente em que o negócio está inserido, e a sua relação no campo


competitivo, avaliar os pontos e as tendências que podem fazer a situação do
negócio sofrer mudanças e tornar a informação recebida aplicável.
Hoje, o fator da segurança e saúde do trabalho é um importante segmento a
ser considerado à qualificação de uma empresa como um todo. Uma organização
que não zela pela vida e segurança de seus colaboradores, não é vista com bons
olhos, e pode em muitas situações, ficar para trás no mercado competitivo. Assim,
esse fator também se torna um marketing, quando uma empresa cria sua imagem,
em que a proposta desse conjunto se dá em fixar uma imagem na mente do
consumidor e dos clientes, quando estes devem escolher um produto ou um serviço.
Nessa perspectiva, existem cinco formas de marketing de serviços, que levam a
organização a obter resultados. São elas detalhadas na tabela abaixo.

Quadro 15 - Ferramentas de Marketing


Ferramenta de
Análise
Marketing
Essa ferramenta consiste na elaboração de um discurso e
Marketing de
mostrar ao cliente o porquê seu produto/serviço é melhor do
diferenciação
que o da concorrência.
Essa estratégia precisa convencer o cliente de que seu
Marketing de produto/serviço realmente é o melhor. Aqui a ideia é a
convencimento famosa arte de vestir a camisa da empresa, de realmente
usar e recomendar e de atestar que funciona.
Marketing de Aqui, essa estratégia consiste em mostrar ao cliente que ele
relacionamento é mais valioso que só o dinheiro dele investido na empresa.
Essa estratégia busca aproveitar a oportunidade e pegar o
Marketing de cliente desprevenido. Também aproveita as necessidades
oportunidade emergenciais que aparecem, para apostar uma nova
estratégia.
Marketing de fixação O objetivo é fixar a marca direta ou indiretamente ao tipo de
de imagem serviço que a organização presta.
Fonte: Elaborado pelo autor, 2019.

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Há várias outras maneiras de se alcançar bons resultados na organização. O


importante é que a gestão se torne cultura na empresa. A equipe de gestão de uma
organização deve ser capaz de sempre reformular princípios, métodos e processos,
para garantir que a empresa esteja sempre pronta para novos desafios.

3.2.3 Gestão de Pessoas


O gestor de pessoas deve entender e concordar com os princípios e diretrizes
que dita a organização onde trabalha. Esses princípios devem ser identificados e
esclarecidos, e a forma como a empresa se relaciona com os funcionários também
deve ser determinada por eles.
Se antes, o chefe de uma organização era o único que sabia das
funcionalidades, e assim, ele era o que mandava, agora passa a existir uma nova
forma de gerir os negócios, com estratégias propostas por outros personagens na
organização.
A atividade de gestão de pessoas é composta por elementos que estruturam
essa ferramenta, sendo a sinergia, a liderança e a competição, propostas por
Delledone (2012).
A sinergia se dá por um conjunto de ações que acontecem, simultaneamente,
voltadas a cumprir um objetivo comum. Ou seja, esse elemento sugere que as ideias
e competências diversas, das pessoas que compõem um grupo, sejam colocadas
em prática para atingir e cumprir a meta, através da soma de todas as partes. É a
comprovação do ditado que se ouve popularmente, em que muitas cabeças juntas
pensam melhor que uma só.
A liderança é uma habilidade que um indivíduo do grupo possui de conduzir
todo o grupo até um objetivo determinado pelo próprio grupo. Assim, é importante
que o líder tenha habilidades de conhecimento, estabilidade emocional, paciência,
assertividade, visão estratégica e bom relacionamento interpessoal, além de saber
interpretar as mais diversas situações propostas a ele no dia a dia, de saber
estruturar conceitos e habilidade de negociação.
A liderança necessita de objetividade e mobilização de recursos adequados e
de articulações para lidar e gerir esses recursos, em busca de atingir o objetivo.
Para que esse trabalho seja executado com sucesso é fundamental que o grupo

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liderado pelo líder reconheça sua autoridade e capacidade de estar na posição de


frente.
É válido ressaltar que, existem vários tipos de liderança, sendo que um líder
pode conter todos eles ou não. São quatro os tipos de liderança, demonstrados na
tabela abaixo.

Quadro 16 - Exemplos de Tipos de Liderança


Liderança por O líder com essas habilidades domina a situação a ser
domínio da enfrentada. Precisa tomar decisões e não se estende muito em
situação negociações.
Liderança por Esse tipo de liderança exige que o gestor consiga mobilizar o
relacionamento grupo. Habilidades explícitas em sua forma de tratar e conversar
pessoal com as pessoas, de negociar e ser carismático.
Esse líder consegue separar as atividades desenvolvidas
Liderança pela
individualmente, respeitando as particularidades de cada um.
competência de
Normalmente esse tipo de líder possui perfil para lidar com
planejamento
projetos complexos.
Liderança pela Esse líder tem o perfil de valorizar e estimular a criatividade do
valorização do grupo. Articula as ideias, dando mais força a elas. É o líder ideal
grupo quando o trabalho diz respeito à planejamentos estratégicos.
Fonte: Elaborado pelo autor, 2019.

A sinergia junto com as quatro modalidades de liderança, resultam em outra


habilidade, conhecida como cooperação. A cooperação faz com que a interação
entre as pessoas seja de tal forma, a gastar o mínimo de energia possível, ou seja,
sem desperdício. Entretanto, sabe-se que em um meio coorporativo não há como
evitar a competição, que é outro elemento que estrutura a gestão de pessoas.
A competição é positiva para elevar o crescimento entre quem está
competindo. É claro que ela deve ser equilibrada, visto que a competição em
exagero pode ocasionar problemas sérios, como desperdício de tempo, energia e
dinheiro, além do desgaste nas relações internas, principalmente quando essa
competição se dá na disputa pelo no mesmo trabalho, enquanto a falta dela pode
ocasionar comodismo.

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A cultura organizacional da empresa deve ser o reflexo do comportamento


natural de seus colaboradores, por meio da forma do grupo se expressar e do
reforço de seus elos, através de valores, exemplos, crenças, hábitos e atitudes.
Assim, as ações e reações da empresa frente aos desafios oportunos, são dadas
pelo conjunto desses valores, que formam a expressão particular do grupo em
questão.
Dessa maneira, é importante que o gestor tenha cautela, principalmente se
esse for novo frente a um grupo já construído, ou se sua tarefa for mudar a forma de
agir da organização. É necessário possuir conhecimento sobre as características da
cultura vigente na empresa, bem como seus rituais internos, para gerir as pessoas
nessas situações e conduzir as mudanças que grupo terá de enfrentar, assim como
suas reações.

3.3 Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do


Trabalho - SESMT

Segundo a NR 4, as empresas privadas e públicas, os órgãos da administração


direta e indireta e dos Poderes Legislativo e Judiciário, que possuam empregados
regidos pela Consolidação das Leis do Trabalho - CLT, manterão, obrigatoriamente,
Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho,
com a finalidade de promover a saúde e proteger a integridade do trabalhador no
local de trabalho.
O SESMT vem com o intuito de assessorar as organizações e os
trabalhadores, quanto aos requisitos necessários para que o ambiente de trabalho
seja seguro e salubre, visando, assim, a promoção da saúde e integridade do
trabalhador.
Esse serviço é dimensionado conforme a gravidade do risco da atividade
principal que o funcionário exerce, bem como o total de empregados da empresa.
Os profissionais que compõem esse serviço são, o engenheiro de segurança do
trabalho, o médico do trabalho, o enfermeiro do trabalho, o auxiliar de enfermagem
do trabalho e o técnico de segurança do trabalho. A quantidade necessária de cada

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um desses profissionais se dá conforme o dimensionamento, feito com base nos


anexos da NR 4, que trata apenas sobre o SESMT.
Os membros do SESMT devem ser empregados da empresa e não podem
atuar em outras atividades na empresa durante o período de atuação no SESMT.
Além disso, a implantação e manutenção do SESMT são por conta do empregador.
Schneider cita as atribuições do SESMT da seguinte forma:
 Aplicar os conhecimentos de segurança e medicina do trabalho;
 Determinar a utilização de EPI e EPC;
 Responsabilizar-se tecnicamente pela orientação quanto ao cumprimento
das NRs;
 Manter permanente relacionamento com a CIPA;
 Promover a realização de atividade de conscientização, educação e
orientação dos trabalhadores;
 Esclarecer e conscientizar os empregadores sobre acidentes do trabalho
e doenças ocupacionais;
 Analisar todos os acidentes e doenças ocorridas na empresa.

Para a dimensão do SESMT, deve-se identificar a atividade econômica


principal da organização e, em seguida, o grau de risco que tal atividade
proporciona. Na sequência, determina-se a quantidade de empregados que a
empresa possui e, então fazer o dimensionamento com os profissionais necessários,
de acordo com o quadro II da NR 4, intitulado “Dimensionamento do SESMT”.
O grau de risco é dado por um valor entre os números inteiros de 1 à 4. Esses
valores classificam a atividade principal exercida pelo trabalhador, quanto ao risco
de saúde mental e física, que essa é capaz de proporcionar. O grau de risco 1
corresponde ao grau de risco mais baixo, assim como o grau de risco 4 corresponde
ao maior grau de risco. A NR 4 apresenta em seu quadro I, os códigos, a
denominação de cada atividade e em qual grau de risco ela se enquadra.
A tabela 11 abaixo mostra a partir de qual quantidade de empregados a
obrigatoriedade do SESMT é necessária. É importante lembrar que a quantidade de
cada profissional na empresa deve ser observada na NR 4.

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Tabela 1 - Número mínimo de empregados para implantação do SESMT


Grau de risco Nº de empregados da organização
1 501
2 501
3 101
4 50
Fonte: Elaborado pelo autor, baseado em NR 4, 2019.

O SESMT deve ser registrado ao órgão regional do Ministério do Trabalho e no


procedimento de requerimento deve conter os dados abaixo:
 Nome dos profissionais integrantes;
 Número de registro dos profissionais;
 Número de empregados da requerente (empresa) e grau de risco das
atividades, por estabelecimento;
 Especificação dos turnos de trabalho, por estabelecimento;
 Horário de trabalho dos profissionais.

É valido ressaltar que, quando se tratar de empreiteiras ou empresas


prestadoras de serviços, considera-se estabelecimento para a composição do
SESMT, o local onde seus empregados estiverem exercendo suas atividades,
conforme NR-4.

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Figura 14 - Quadro do SESMT: Denominação das atividades e classificação quanto ao Grau de


Risco

Fonte: NR- 4: SESMT, 2019.

Figura 15 - Quadro de dimensionamento dos membros do SESMT

Fonte: NR-4: SESMT, 2019.

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de junho de 1978. DOU 06/07/1978.

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