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FUNDAMENTOS DO EMPREENDEDOR

SUMÁRIO:
UNIDADE 1:
ADMINISTRAÇÃO E ADMINISTRADORES
1.1 Administração e Administradores 06

UNIDADE 2:
TEORIAS E ENFOQUES
2.1 Principais Teorias da Administração 14

UNIDADE 3:
ADMINISTRAÇÃO E AS ORGANIZAÇÕES
3.1 Organizações e Administração 24

UNIDADE 4:
PROCESSOS E DESEMPENHO
4.1 Eficiência, Eficácia e Competitividade 32
4.2 Processo Decisório e Resolução de Problemas 34

UNIDADE 5:
OS PROCESSOS DE PLANEJAMENTO
5.1 Planejamento Estratégico 40

5.2 Planejamento Administrativo e Operacional 41

UNIDADE 6:
MODELOS DE ORGANIZAÇÃO
6.1 Dinâmica Organizacional 48

UNIDADE 7:
LIDERAR E MOTIVAR
7.1 Motivação e Desempenho 54

7.2 Liderança 58
UNIDADE 8:
CONTROLE ORGANIZACIONAL
8.1 O Controle Organizacional: Estratégico, Tático e Operacional 64

UNIDADE 9:
O ESPÍRITO EMPREENDEDOR
9.1 Origens do Pensamento Empreendedor 70

9.2 Entendendo o Mundo dos Negócios 74

9.3 Identificando as Oportunidades 76

UNIDADE 10:
O PROCESSO EMPREENDEDOR
10.1 O Comportamento Empreendedor nas Organizações 80
10.2 O Empreendedor Corporativo 81

UNIDADE 11:
O PLANO DE NEGÓCIOS - PARTE 1
11.1 Estrutura do Plano de Negócios 88

11.2 Produtos e Serviços 91

UNIDADE 12:
O PLANO DE NEGÓCIOS - PARTE 2
12.1 Mercado e Competidores 96
12.2 Marketing e Vendas 97

UNIDADE 13:
O PLANO DE NEGÓCIOS - PARTE 3
13.1 Gerenciando a Equipe 104

13.2 Plano Financeiro 107


SOBRE O PROFESSOR

MARTINHO LUTHERO DE SOUZA JUNIOR

Mestre em Administração pela Universidade Fumec (2013).

Graduado em Administração de Empresas pelo Centro Universitário Metodista Izabela Hendrix

(2004), Belo Horizonte - MG, Brasil.

Professor e coordenador do curso de Administração das Faculdades Integradas Doctum - Leo-

poldina - MG.

Professor do curso de Administração da FEAP (Fundação Educacional de Além Paraíba) - Além

Paraíba - MG.

INTERESSE DE PESQUISA: Gestão de pessoas.

Reestruturação e Mudança Organizacional.

Aprendizagem Organizacional.

Empreendedorismo.
1
Administração e
Administradores

1.1 Administração e Administradores 06


UNIDADE 1 : ADMINISTRAÇÃO E ADMINISTRADORES

Olá, pessoal! Bem-vindas/os!

Nessa unidade teremos a oportunidade de conhecer qual a proposta do conteúdo que será

trabalhado. Vamos conhecer um pouco sobre as origens da administração, as principais teorias,

todas as habilidades ao entorno de fazer gestão, os processos e medidas de impacto nos negócios

modernos e sempre em mutação, características do momento atual. Ainda teremos a oportunidade

de adentrar no mundo do empreendedorismo, discutindo alguns conceitos e possibilidades

Material para uso exclusivo dos alunos da Rede de Ensino Doctum. Proibida a reprodução e o compartilhamento digital, sob as penas da lei.
diante dos desafios que o mundo oferecem, além de conhecer um pouco da ferramenta principal

para quem quer empreender e iniciar seu negócio de forma segura e planejada. Conheceremos

o plano de negócio e sua criação, que permite maior segurança para tomar decisão e trazer mais

informações sobre o mercado e todas as suas características.

Nessa primeira unidade conheceremos a administração, seus processos, as principais ações

gerenciais e como oferecer maiores resultados através da organização, controle e medição de um

negócio. Vamos passear sobre esse conteúdo para conhecer um pouco sobre a administração,

bem como seus principais pensamentos e as contribuições para gerir um negócio nos dias de

hoje, com maior dinamismo e velocidade tecnológica e de informações.

Então, iniciemos nossa viagem sobre o Ser Empreendedor:

1.1 ADMINISTRAÇÃO E ADMINISTRADORES


O conceito de administração apresentado por Maximiano (2011) define como o “processo de to-

mar, realizar e alcançar ações que utilizam recursos para alcançar objetivos”. Portanto, admi-

nistrar é gerir os recursos de forma a resultar em alcance dos objetivos de forma efetiva, com

melhor desempenho e sustentabilidade. É a condução racional e estratégica das atividades de

uma organização: Lucrativas/não Lucrativas.

Administrar é o ato de realizar coisas por intermédio das pessoas:

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UNIDADE 1 : ADMINISTRAÇÃO E ADMINISTRADORES

A administração consiste em quatro processos principais interligados:

01_Planejamento.
02_Organização.
03_Direção
04_Controle.

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PROCESSO OU FUNÇÃO DESCRIÇÃO

Planejamento É o processo de definir objetivos, atividades e recursos.

Organização É o processo de definir o trabalho a ser realizado e as


responsabilidadespela realização; É também o processo de
distribuir os recursos disponíveis segundo algum critério;

Direção É o processo de realizar atividades e utilizar recursos para


atingir objetivos. O processo de execução envolve outros
processos, especialmente o processo de direção, para acionar
os recursos que realizam as atividades e os objetivos.

Controle É o processo de assegurar a realização dos objetivos e


identificar a necessidade de modificá-los.

Fonte: Adaptado de Maximiano (2011)

O processo de administrar é importante em qualquer escala de utilização dos recursos. Para

tanto, gerenciar esses recursos requer habilidades competências cada vez mais criativas, pois o

processo de tomada de decisão passa pela preparação para lidar com as demandas e novidades

do cotidiano.

Mintzberg¹ identifica dez papéis importantes desempenhados pelos gerentes e agrupados

em três categorias:

01_Papéis interpessoais
02_Papéis de processamento de informação
03_Papéis de decisão

¹Apud MAXIMIANO, Antonio César Amaru. Introdução à administração. 6 ed. São Paulo: Atlas, 2011. P.33-35

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UNIDADE 1 : ADMINISTRAÇÃO E ADMINISTRADORES

LÍDER
INTERPESSOAIS LIGAÇÃO

FIGURA DE PROA

Material para uso exclusivo dos alunos da Rede de Ensino Doctum. Proibida a reprodução e o compartilhamento digital, sob as penas da lei.
MONITOR
PAPÉIS DE PROCESSAMENTO
DISSEMINADOR
GERENCIAIS DE INFORMAÇÕES
PORTA-VOZ

CONTROLADOR DE DISTÚRBIOS

DE DECISÃO ADMINISTRADOR DE RECURSOS

NEGOCIADOR

Fonte: Adaptado de Maximiano (2011)

Outro ponto importante a ser apresentado nessa aula é a distribuição hierárquica que a maioria

das organizações pratica, agrupadas em três níveis: Estratégico ou institucional, tático ou

intermediário e operacional.

PRESIDENTE
NÍVEL INSTITUCIONAL
DIRETOR

GERENTE DIVISÃO
NÍVEL INTERMEDIÁRIO
GERENTE DEPARTAMENTO

NÍVEL OPERACIONAL EXECUÇÃO DAS OPERAÇÕES E TAREFAS

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UNIDADE 1 : ADMINISTRAÇÃO E ADMINISTRADORES

Um gestor necessita de desenvolver competências gerenciais que o permitem ocupar

cargos estratégicos e desempenhá-los de forma eficaz e são classificadas em três

categorias:

01_Conhecimento.

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02_Habilidades
03_Atitudes.

Conhecimento:

Significa todo o conteúdo de aprendizado absorvido pelo administrador, o maior número

de informações e a capacidade de lidar com elas, analisando e tomando decisões.

As habilidades são distribuídas em três categorias:

01_Habilidades técnicas: que se relaciona com os conhecimentos sobre determinado


processo, ferramenta ou método de trabalho.

02_Habilidade humana: que abrange a compreensão das pessoas e suas necessidades,


interesses e atitudes.

03_Habilidades conceituais: que envolvem a capacidade das pessoas de compreender


e lidar com toda a complexidade de uma organização e usar de seu intelecto para

formular estratégias, analisar problemas e tomar decisões.

Portanto, o equilíbrio das competências é essencial para que o administrador

possa gerar resultados satisfatórios com o maior grau de acerto, sendo efetivo nos

resultados alcançados. Entender seu papel no ambiente organizacional permite maior

compreensão do contexto e possibilita maior exatidão nas tomadas de decisões.

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UNIDADE 1 : ADMINISTRAÇÃO E ADMINISTRADORES

RESUMO:
Conhecemos conceitos sobre a administração, como ela se torna relevante para o alcance dos

resultados de uma organização, passamos pelos níveis hierárquicos de autoridade, níveis estraté-

gico ou institucional, tático ou intermediário e operacional. Os papéis gerenciais que permitem

o gestor direcionar suas forças para que seus liderados possam ser influenciados no seu cum-

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primento. As habilidades gerenciais também foram lembradas como direcionadores do ato de

gerir, de acordo com o nível hierárquico a exigência maior de cada uma das habilidades, sejam

técnicas, humanas ou conceituais.

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UNIDADE 1 : ADMINISTRAÇÃO E ADMINISTRADORES

REFERÊNCIA:
MAXIMIANO, Antonio César Amaru. Introdução à administração. 6 ed. São

Paulo: Atlas, 2011.

DORNELAS, José Carlos de Assis. Empreendedorismo corporativo: como ser

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empreendedor, inovar e se diferenciar em organizações estabelecidas. 3ª ed.

Rio de Janeiro: LTC, 2015.

SEBRAE – Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas – Site

Disponível em: www.sebrae.org.br . Acesso em: Outubro/2018

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2
Teorias e Enfoques

2.1 Principais Teorias da Administração 14


UNIDADE 2 : TEORIAS E ENFOQUES

Olá, pessoal! Bem-vindas/os!

Nessa unidade a proposta é apresentar a vocês um panorama das teorias da administração,

traçando uma linha histórica da evolução do pensamento da administração e suas contribuições

que perduram até os dias de hoje e foram importantes para que possamos refletir e dialogar

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sobre essa fonte inesgotável de alternativas, que é a gestão de um negócio. Cada uma das teorias

apresentadas reflete o momento histórico em que são produzidas, oriundas de cada contexto

envolvido e influenciadas por circunstâncias diferentes.

Utilizaremos a distribuição por ênfases apresentada por Chiavenato (2014) que nos oferece um

olhar das teorias de acordo com períodos históricos e evolutivos. Vamos, então, visitar um pouco

da história das organizações, sua evolução e desenvolvimento ao longo do tempo.

2.1 PRINCIPAIS TEORIAS DA ADMINISTRAÇÃO


Até meados do século XVIII o desenvolvimento das empresas foi lento, Chiavenato (2014) divide a

história das empresas em seis fases:

1ª: Fase Artesanal Antiguidade até a Pré- Revolução Industrial. Até 1780.
2ª: Transição para a industrialização Revolução Industrial. 1780 até 1860.
3ª: Desenvolvimento Industrial Surgimento do aço e eletricidade. 1860 até 1914.
4ª: Gigantismo Industrial Entre as duas grandes guerras mundiais. 1914 até 1945.
5ª: Moderna Pós- Guerra até 1980. 1945 até 1980.
6: Globalização Atual. Após 1980.

Fonte: Adaptado de Chiavenato (2014)

A abordagem típica da administração trabalha com a tentativa de aplicação de métodos cien-

tíficos nos problemas da administração, com o objetivo principal de melhorar sua eficiência na

busca pelo alcance dos resultados. Dessa forma, a história recente da administração pode ser

resumida em cinco fases bem distintas que realçam e enfatizam um aspecto importante da ad-

ministração.

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UNIDADE 2 : TEORIAS E ENFOQUES

TEORIAS ADMINISTRATIVAS ÊNFASE PRINCIPAIS ENFOQUES

Administração Científica TAREFAS Racionalização do trabalho no nível operacional.

Teoria Clássica Organização Formal.


Princípios Gerais da Administração.
Teoria Neoclássica Funções do Administrador.

Teoria da burocracia ESTRUTURA Organização Formal Burocrática.


Racionalidade Organizacional.

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Múltipla Abordagem.
Teoria Estruturalista Organização Formal e Informal.
Análise Intraorganizacional e Análise Interorganizacional

Teoria das Relações Organização Informal.


Humanas Motivação, Liderança, Comunicação e Dinâmica de Grupo.

PESSOAS Estilos de Administração.


Teoria do Comportamento Teoria das Decisões.
Organizacional Integração dos Objetivos Organizacionais e Individuais.

Teoria do Desenvolvimento Mudança Organizacional Planejada.


Organizacional Abordagem do Sistema Aberto.

Teoria Estruturalista Análise Intrarganizacional e Análise Ambiental.


Abordagem do sistema aberto.
AMBIENTE
Teoria da Contigência Análise Ambiental (imperativo ambiental).
Abordagem de Sistema Aberto.

Teoria da Contigência TECNOLOGIA Administração da Tecnologia.

A ênfase nas tarefas tem como seu expoente a Administração Científica iniciada pelo engenheiro

americano Frederick W. Taylor e provocou uma revolução no pensamento administrativo através

de seus estudos de tempos e movimentos que determinava um método de trabalho padroniza-

do e que resultava em alcance de objetivos com maior eficiência e eficácia.

Os principais objetivos dos estudos de tempos e movimentos são:

01_Reelaboração da tarefa para fazer com que os movimentos sejam mais simples e mais rápi-
dos.

02_Desenvolvimento de padrões eficientes de movimento para os trabalhadores, podendo as-


sim executar o trabalho mais rapidamente com menor esforço possível.

03_Estabelecimento de padrões para que certas tarefas sejam usadas como base para determi-

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UNIDADE 2 : TEORIAS E ENFOQUES

nação de escalas de pagamento e como critérios de avaliação dos trabalhadores.

04_Desenvolvimento de uma descrição completa de tarefas para ajudar no processo de recru-


tamento e seleção de novos trabalhadores, orientação e treinamento dos mesmos.

Material para uso exclusivo dos alunos da Rede de Ensino Doctum. Proibida a reprodução e o compartilhamento digital, sob as penas da lei.
Fonte: adaptado de Chiavenato (2014)

A ênfase na estrutura tem por base a proposta de planejar e organizar a estrutura de órgãos e

cargos que compõem a empresa, além de dirigir e controlar suas atividades. O engenheiro fran-

cês Henri Fayol iniciou a Teoria Clássica da Administração identificando que todas as empresas

possuem seis funções básicas: funções técnicas, funções comerciais, funções financeiras, funções

de segurança, funções contábeis e funções administrativas.

As funções administrativas são as próprias funções do administrador e englobam os chamados

elementos da administração, de acordo com a definição de Fayol:

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UNIDADE 2 : TEORIAS E ENFOQUES

PREVER
ORGANIZAR
FUNÇÕES ADMINISTRATIVAS COMANDAR
FUNÇÕES TÉCNICAS COORDENAR
CONTROLAR
FUNÇÕES COMERCIAIS

FUNÇÕES FINANCEIRAS

Material para uso exclusivo dos alunos da Rede de Ensino Doctum. Proibida a reprodução e o compartilhamento digital, sob as penas da lei.
FUNÇÕES CONTÁBEIS

FUNÇÕES DE SEGURANÇA

Fonte: Chiavenato (2014)

A Teoria Clássica de Fayol caracteriza-se por ser uma abordagem prescritiva e normativa, indicando

como o administrador deve conduzir os processos e quais os princípios gerais que deve seguir

para obter a máxima eficiência. O foco principal dos estudos está ligado ao papel do gestor.

Posteriormente, outros autores clássicos e neoclássicos alteraram o processo administrativo

proposto por Fayol, de acordo com seus estudos, mas aplicando como base seus princípios.

Outra abordagem importante para nossa reflexão relacionada a estrutura organizacional é a Teoria

da Burocracia, de Max Weber (1864-1920), que identifica certas características da organização


formal direcionada exclusivamente para a racionalidade e para a eficiência.

Segundo Weber, o tipo ideal de burocracia apresenta sete dimensões principais:

01_Formalização.
02_Divisão do trabalho.
03_Princípios da Hierarquia
04_Impessoalidade.
05_Competência técnica.
06_Separação entre Propriedade e Administração.
07_Profissionalização do funcionário.

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UNIDADE 2 : TEORIAS E ENFOQUES

As consequências esperadas são a previsibilidade do comportamento humano e a padronização

do desempenho dos participantes e o objetivo é alcançar a máxima eficiência da organização.

Contudo, é interessante perceber que o grau de burocratização nas organizações (excesso ou

escassez) se tornaram determinantes para o uso pejorativo do termo burocracia:

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GRAUS DE BUROCRATIZAÇÃO
ESCASSEZ DE EXCESSO DE

BUROCRATIZAÇÃO BUROCRATIZAÇÃO

Falta de especialização, Divisão do Trabalho Superespecialização,

bagunça, confusão. Hiper-responsabilidade

Falta de autoridade. Hierarquia Excesso de Autoridade,

Autocracia e Imposição.

Liberdade Excessiva. Regras e Regulamentos Ordem e Disciplina.

Ausência de Documentos, Formalização Excesso de Papelório,

Informalidade das Comunicações Formalismo

Ênfase nas Pessoas Impessoalidade Ênfase nos Cargos

Apadrinhamento Seleção e Promoção do Pessoal Excesso de Exigências

DESORDEM EFICIÊNCIA RIGIDEZ

Fonte: Chiavenato (2014)

Nos estudos de Taylor, Fayol e Weber, dentre outros, a preocupação principal é o desempenho dos

recursos e processos das tarefas e estrutura da organização, negligenciando as pessoas em um

primeiro momento. A ênfase nas pessoas (enfoque comportamental) começa a ser considerada

a partir de uma experiência que se tornou um marco na história: A experiência de Hawthorne. O

enfoque comportamental se divide em dois grandes ramos de estudos, o primeiro direcionado

a entender o comportamento do indivíduo e o segundo abrangendo o comportamento coletivo

nas organizações:

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UNIDADE 2 : TEORIAS E ENFOQUES

COMPORTAMENTO E COMPORTAMENTO COLETIVO E

DIFERENÇAS INDIVIDUAIS PROCESSOS INTERPESSOAIS

Percepção Cultura Organizacional


Personalidade Clima Organizacional
Competências Grupos Informais
Conhecimentos Processos de Comunicação
Aptidões e Habilidades Processo de Liderança

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Atitudes, Interesses e Valores Processo de Motivação
Estilos (Liderança, Motivação)

Fonte: Adaptado Maximiano (2011)

A ênfase na tecnologia oriunda de estudos mais recentes na cibernética, mecanização, robotização,

automação, computação e tecnologia da informação a serviço da empresa e condicionadas

a manipulação do administrador para auxiliar na busca pela máxima eficiência. Os estudos

realizados por Joan Woodward ofereceram a oportunidade de compreender o importante papel

da tecnologia na estrutura, processos, produção e distribuição. A Teoria da Contingência absorveu

a preocupação com a tecnologia e o ambiente para oferecer uma abordagem mais ampla a

respeito do desenho organizacional.

A ênfase no ambiente demonstra a importância de lidar com as demandas do ambiente através

da influencia de estudos da Teoria de Sistemas, que indica que apenas os estudos das variáveis

internas não seriam suficientes para proporcionar uma compreensão ampla da estrutura e

do comportamento organizacionais. As relações de interação com o ambiente externo e suas

influências passaram a ser ponto de reflexão e estudo do administrador, pois interferem na

tomada de decisão.

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UNIDADE 2 : TEORIAS E ENFOQUES

RESUMO:
A evolução histórica da administração e sua distribuição em ênfases são apresentadas nessa aula

que procura apresentar as origens do pensamento da administração científica, com o foco nas

tarefas, posteriormente a ênfase na estrutura é apresentada através da administração clássica e

a absorção dos estudos da teoria da burocracia para o entendimento da organização. Através dos

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estudos de Hawtorne, Elton Mayo possibilita uma grande oportunidade das organizações a co-

meçarem a discutir sobre a presença dos grupos informais, das pessoas. É o momento em que os

estudos caminham para o comportamento das pessoas, suas influências, motivação, dedicação e

nível de comprometimento junto a organização em que estão inseridos. As ênfases no ambiente

e na tecnologia surgem no modelo contemporâneo de negócios, onde as organizações são me-

nos rígidas, as relações se tornam mais próximas e os resultados são compartilhados.

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UNIDADE 2 : TEORIAS E ENFOQUES

REFERÊNCIA:
CHIAVENATO, Idalberto. Introdução a teoria geral da administração. 9 ed.

Barueri: Campus, 2014.

CHIAVENATO, Idalberto. Administração: teoria, processo e prática. Barueri:

Material para uso exclusivo dos alunos da Rede de Ensino Doctum. Proibida a reprodução e o compartilhamento digital, sob as penas da lei.
Manole, 2014.

MAXIMIANO, Antonio César Amaru. Introdução à administração. 6 ed. São

Paulo: Atlas, 2011.

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3
Administração e
as Organizações

3.1 Organizações e Administração 24


UNIDADE 3 : ADMINISTRAÇÃO E AS ORGANIZAÇÕES

Nessa unidade definiremos as organizações, o papel da tecnologia na eficácia dos resultados e

buscaremos entender as organizações como grupos de pessoas, o que nos levará a passar pela

cultura e clima organizacional.

3.1 ORGANIZAÇÕES E ADMINISTRAÇÃO

Material para uso exclusivo dos alunos da Rede de Ensino Doctum. Proibida a reprodução e o compartilhamento digital, sob as penas da lei.
Uma organização é um sistema que transforma recursos em produtos ou serviços. As organizações

são grupos sociais direcionados para o alcance de objetivos, que podem ser classificados como:

produtos e serviços.

Portanto, para que nossas palavras produzam atos, é preciso que tenhamos autoridade para

dizer à pessoa certa, com o conjunto certo de compreensões.

COMPORTAMENTO COLETIVO E
RECURSOS ORGANIZAÇÃO OBJETIVOS
PROCESSOS INTERPESSOAIS

Humanos Processos
Materiais de Transformação Produtos
Financeiros Divisão do Trabalho Serviços
Informação Coordenação

Fonte: Adaptado Maximiano (2011)

Os objetivos que definem a relação de longo prazo da organização com seus clientes são

chamados de missão ou negócio. Eficácia é a palavra usada para indicar que a organização

realiza seus objetivos. Quanto mais alto o grau de realização dos objetivos, mais a organização

pode ser reconhecida como eficaz. Os recursos materiais, financeiros, tecnológicos, tempo e

espaço são utilizados pelas pessoas para a busca pela eficiência, que indica se a organização

utiliza corretamente seus recursos.

24
UNIDADE 3 : ADMINISTRAÇÃO E AS ORGANIZAÇÕES

Quanto mais alto o grau de produtividade na utilização dos recursos, mais eficiente a organização

é. A divisão do trabalho é um processo que permite identificar como as pessoas são integradas

na procura do atendimento aos objetivos de forma a conseguirem realizar as tarefas. Através dos

processos, o sistema transforma os recursos para produzir os resultados. Um processo é uma

ordenação específica das atividades de trabalho no tempo e espaço, começo e fim, entradas e

Material para uso exclusivo dos alunos da Rede de Ensino Doctum. Proibida a reprodução e o compartilhamento digital, sob as penas da lei.
saídas claramente identificados.

Todos os grupos sociais têm elementos que definem as organizações, sejam elas formais regidas

por regulamentos, enquanto outros são grupos sociais informais regidos por relações pessoais.

Max Weber apresenta três características que distinguem os grupos formais dos grupos

informais:

As burocracias são essencialmente sistemas de normas. A figura da


Formalidade autoridade é definida pela lei, que tem como objetivo a racionalidade da
coerência entre meios e fins.

Informalidade Nas burocracias, os seguidores obedecem à lei. As figuras da autoridade


são obedecidas porque representam a lei.

As burocracias são formadas por funcionários. Como fruto de sua


Profissionalismo participação, os funcionários obtêm os meios para a sua subsistência. As
burocracias operam como sistemas de subsistência para funcionário.

Fonte: Adaptado de Maximiano (2011)

Vimos as organizações como sistemas de recursos regidos por regulamentos. Agora, temos

a oportunidade de ver as organizações como sistemas que produzem, adquirem e utilizam

tecnologia para transformá-la em produtos e serviços.

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UNIDADE 3 : ADMINISTRAÇÃO E AS ORGANIZAÇÕES

Existem dois tipos de tecnologia:

01_De produto: incorpora conhecimentos relacionados ao projeto do produto: forma e função.


02_De processo: compreende os conhecimentos sobre como transformar os materiais para
obter o produto. Portanto, tecnologia é conhecimento transformado em produtos e serviços.

Material para uso exclusivo dos alunos da Rede de Ensino Doctum. Proibida a reprodução e o compartilhamento digital, sob as penas da lei.
Além de estudar as organizações como sistemas rígidos de regulamentos e normas, que

aplicam tecnologia para transformar recursos em produtos e serviços, também podemos

estudar as organizações como grupos de pessoas que, além das máquinas e equipamentos,

apresentam sentimentos e tem seus comportamentos influenciados por vários fatores externos

ao cumprimento das tarefas e atribuições diárias.

Dentro das organizações formais é possível observar que existe a organização informal, que

influencia diretamente o desempenho e resultados.

Seus principais elementos são:


01_Cultura organizacional: compreende normas de conduta, valores, rituais e hábitos;
02_Sentimentos manifestos por pessoas e grupo: que compõem o clima organizacional;
03_Grupos informais: criados por motivos de interesse ou amizade.

A cultura organizacional consiste nas normas informais de conduta e relacionamento, usos e

costumes que definem o comportamento das pessoas e podem coincidir ou conflitar com as

normas formais daquela organização onde estão inseridos.

Tais como:

01_Qualidade e quantidade da produção.


02_Disposição para colaborar ou não com a administração.
03_Comportamento ético.
04_Forma correta de se vestir.
05_Horário em que realmente as pessoas irão trabalhar.

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UNIDADE 3 : ADMINISTRAÇÃO E AS ORGANIZAÇÕES

O clima organizacional está ligado diretamente aos sentimentos manifestados em relação a

inúmeros aspectos da vida na organização, desde as tarefas e atribuições a serem cumpridas,

salários, comportamento dos superiores (chefes ou líderes?), relacionamento com os colegas de

trabalho, instalações e estrutura físicas, entre outros. O clima é representado pelos conceitos e

sentimentos que as pessoas partilham a respeito do ambiente de trabalho e que afetam positiva

Material para uso exclusivo dos alunos da Rede de Ensino Doctum. Proibida a reprodução e o compartilhamento digital, sob as penas da lei.
ou negativamente a sua satisfação e motivação para o trabalho. Quer dizer, o rendimento das

pessoas depende diretamente da cultura e do clima das organizações onde elas estão inseridas.

Os grupos informais surgem quando as pessoas convivem por certo tempo, tem interesses

comuns ou compartilham os mesmos valores. Você pode observar isso em qualquer ambiente

que esteja inserido, pois poderá perceber que as pessoas demonstram afinidades e se ajuntam

com aqueles que partilham dos mesmos pensamentos e sentimentos. A convivência social no

ambiente de trabalho. Dentro dos grupos formais pode-se perceber a ocorrência de sentimentos

de amizade e interesse que são característicos dos grupos informais.

No início da unidade foi apresentado conceito das organizações como sistemas. Com o uso do

enfoque sistêmico, qualquer organização pode ser vista como um sistema formado por dois

outros sistemas interdependentes:

01_ Sistema técnico.


02_Sistema social.

27
UNIDADE 3 : ADMINISTRAÇÃO E AS ORGANIZAÇÕES

RESUMO:
Essa unidade nos apresenta as organizações como ambientes de transformação de recursos em

resultados como produtos ou serviços, as características da burocracia como identificação da

formalidade, impessoalidade e profissionalismo. Porém, os grupos informais são apresentados

como influenciadores de resultados.

Material para uso exclusivo dos alunos da Rede de Ensino Doctum. Proibida a reprodução e o compartilhamento digital, sob as penas da lei.
Dessa forma, estudar o clima e a cultura organizacional permite conhecer o comportamento

predominante no ambiente organizacional, além serem importantes em decisões que possam

gerar melhores resultados, como contribuir para que os colaboradores possam desenvolver suas

competências e habilidades.

Portanto, os chamados sistema técnico e sistema social interagem entre si em busca de melhor

ambiente para se trabalhar e, consequentemente, os resultados também tendem a melhorar.

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UNIDADE 3 : ADMINISTRAÇÃO E AS ORGANIZAÇÕES

REFERÊNCIAS
CHIAVENATO, Idalberto. Introdução a teoria geral da administração. 9 ed.

Barueri: Campus, 2014.

CHIAVENATO, Idalberto. Administração: teoria, processo e prática. Barueri:

Material para uso exclusivo dos alunos da Rede de Ensino Doctum. Proibida a reprodução e o compartilhamento digital, sob as penas da lei.
Manole, 2014.

MAXIMIANO, Antonio César Amaru. Introdução à administração. 6 ed. São

Paulo: Atlas, 2011.

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4
Processo e
Desempenho

4.1 Eficiência, Eficácia e Competitividade 32


4.2 Processo Decisório e Resolução de Problemas 34
UNIDADE 4 : PROCESSO E DESEMPENHO

Nessa unidade a proposta é apresentar a vocês os conceitos de eficiência, eficácia e competitividade

nas organizações, além de conhecer o processo de tomada de decisão e quais as formas de

buscar soluções para resolver os problemas que surgem durante o cumprimento dos objetivos

da organização.

Material para uso exclusivo dos alunos da Rede de Ensino Doctum. Proibida a reprodução e o compartilhamento digital, sob as penas da lei.
4.1 EFICIÊNCIA, EFICÁCIA COMPETITIVIDADE
Muito se fala sobre o alcance dos resultados com a máxima eficiência e eficácia para que uma

organização se torne competitiva em um mercado cheio de concorrentes que disputam a

preferencia dos mesmos consumidores e clientes. A eficiência é um princípio de administração de

recursos, mais que uma simples medida de desempenho, pois depende de como esses recursos

são utilizados. Eficiência significa realizar as atividades ou tarefas da maneira certa, inteligente,

com o mínimo de esforço e com o melhor aproveitamento possível dos recursos.

Eficácia:

01_É o conceito de desempenho que se relaciona com os objetivos e recursos e significa o grau
de coincidência dos resultados em relação aos objetivos.

02_A capacidades de um sistema, processo, produto ou serviço de resolver um problema.


03_Fazer as coisas certas e sobreviver no meio de tanta competitividade. Para se avaliar o grau
de eficácia de um sistema, é necessário saber quaIs são os objetivos e quais os resultados de fato

alcançados.

O critério mais simples para avaliar a eficiência de um sistema é a produtividade, que é definida

como a relação entre os recursos utilizados e os resultados obtidos.

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UNIDADE 4 : PROCESSO E DESEMPENHO

PRODUÇÃO
PRODUTIVIDADE =
RECURSOS

Fonte: Maximiano (2011)

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O ambiente de uma organização compreende todas as pessoas, outras organizações, eventos e

situações que com ela mantem qualquer tipo de relação. Os stakeholders são as pessoas e orga-

nizações que tem influencia direta sobre a organização, tais como clientes, funcionários, mem-

bros da comunidade e acionistas. São as pessoas e agentes mais diretamente interessadas ou

envolvidas no desempenho da organização.

Um critério muito importante de medição de desempenho é a

competitividade. Alcançar vantagens competitivas depende do

entendimento e da correta aplicação dos conceitos de eficiência

e eficácia.

CUSTO BAIXO

FLEXIBILIDADE

PRINCIPAIS
VANTAGENS INOVAÇÃO
COMPETITIVAS

VELOCIDADE

QUALIDADE

33
UNIDADE 4 : PROCESSO E DESEMPENHO

4.2 PROCESSO DECISÓRIO E RESOLUÇÃO DE PROBLEMAS


Decisões são escolhas entre alternativas ou possibilidades para resolução de problemas ou

aproveitamento de oportunidades.

FRUSTAÇÃO

IRRITAÇÃO

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PERCEPÇÃO DE DIFERENÇA ENTRE PROBLEMA
SITUAÇÃO IDEAL E REAL

PERSPECTIVA DE RECOMPENSA
DECISÃO

INTERESSE

DESAFIO OPORTUNIDADE

PERSPECTIVA DE RECOMPENSA

Fonte: Adaptado de Maximiano (2011)

O processo decisório é a sequência de etapas que vai desde a identificação da situação até a

escolha e prática da ação ou solução. Quando a decisão é colocada em prática se faz necessário

avaliar se a decisão escolhida atendeu ou não ao esperado para a solução. Se sim, fecha-se o ciclo,

se não, inicia-se o processo novamente.

FRUSTAÇÃO,
ANSIEDADE,
DÚVIDA,
CURIOSIDADE
PROBLEMA

DIAGNÓSTICO BUSCA DE ENTENDIMENTO

ALTERNATIVAS PROCESSO CRIATIVO

DECISÃO JULGAMENTO E AVALIAÇÃO DE ALTERNATIVAS

AVALIAÇÃO

Fonte: Adaptado de Maximiano (2011)

34
UNIDADE 4 : PROCESSO E DESEMPENHO

As decisões podem ser classificadas em dois tipos principais:

01_Decisões programadas: que fazem parte do acervo de soluções prontas da organização, pois
já foram enfrentados anteriormente;

01_Decisões não programadas: que são situações novas que se está enfrentando pela primeira

Material para uso exclusivo dos alunos da Rede de Ensino Doctum. Proibida a reprodução e o compartilhamento digital, sob as penas da lei.
vez e a organização não têm nenhuma familiaridade ou experiência na sua resolução.

Para ajudar na tarefa de tomar decisões que o administrador terá que enfrentar, existem diversas

técnicas e recomendações como proceder no processo de analisar problemas e tomar decisões.

FASE DO PROCESSO TÉCNICAS

Identificação do problema ou
Oportunidade Diagrama de Ishikawa
Princípio de Pareto
Diagnóstico

Geração de alternativas Brainstorming


Brainwriting

Escolha de uma alternativa Análise de Vantagens e Desvantagens


Árvores de Decisões
Anãlise do campo de forças
Avaliação de Decisão Ponderação de Critérios
Análise do ponto de equilíbrio

35
UNIDADE 4 : PROCESSO E DESEMPENHO

RESUMO:
Essa unidade teve a intenção de refletir sobre a busca de melhores resultados através de eficiên-

cia e eficácia nos processos e resultados.

Além disso, identificar as principais vantagens competitivas em relação aos concorrentes permite

Material para uso exclusivo dos alunos da Rede de Ensino Doctum. Proibida a reprodução e o compartilhamento digital, sob as penas da lei.
uma análise importante dessa relação de competitividade.

Também foi possível identificar o processo de tomada de decisão, as decisões programadas e

decisões não-programadas, e finalizar conhecendo as cinco fases do processo de resolução de

problemas.

36
UNIDADE 4 : PROCESSO E DESEMPENHO

REFERÊNCIA:
CHIAVENATO, Idalberto. Introdução a teoria geral da administração. 9 ed.

Barueri: Campus, 2014.

CHIAVENATO, Idalberto. Administração: teoria, processo e prática. Barueri:

Material para uso exclusivo dos alunos da Rede de Ensino Doctum. Proibida a reprodução e o compartilhamento digital, sob as penas da lei.
Manole, 2014.

MAXIMIANO, Antonio César Amaru. Introdução à administração. 6 ed. São

Paulo: Atlas, 2011.

37
5
Os Processos
do Planejamento

5.1 Planejamento Estratégico 40


5.2 Planejamento Administrativo e Operacional 41
UNIDADE 5 : OS PROCESSOS DO PLANEJAMENTO

Nessa unidade vamos conhecer o conceito e elaboração de um planejamento, técnica ou processo

importante para lidar com o futuro e suas incertezas. Aproveitaremos também para conhecer

os tipos de planejamentos e suas características, bem como identificar os principais elementos

envolvidos na sua elaboração.

Material para uso exclusivo dos alunos da Rede de Ensino Doctum. Proibida a reprodução e o compartilhamento digital, sob as penas da lei.
5.1 PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO
Planejar é definir objetivos ou resultados a serem alcançados e tomar decisões que afetem o

futuro, reduzindo sua incerteza. A necessidade de planejar estrategicamente é oriunda de

dois conjuntos de forças principais que afetam o futuro da organização. A construção de um

planejamento estratégico se baseia em conhecer sua realidade e identificar quais objetivos

pretendem alcançar, pois somente dessa forma poderá saber de quais recursos precisará lançar

mão para atender ao que se espera.

O planejamento estratégico é um processo que busca conhecer profundamente a situação

interna e externa do contexto em que a organização está envolvida. A análise ou diagnóstico

dos ambientes interno e externo direcionam para a definição mais segura dos objetivos e ajuda

na seleção das estratégias para coloca-los em prática. A análise da situação estratégica atual

da organização é o primeiro passo do planejamento. Conhecer o seu negócio é essencial para

conseguir direcionar onde investirá mais energia, tempo e dinheiro.

MISSÃO, NEGÓCIO E VISÃO

CLIENTES E MERCADO

ANÁLISE DA
SITUAÇÃO PRODUTOS E SERVIÇOS
ESTRATÉGICA ATUAL

VANTAGENS COMPETITIVAS

DESEMPENHO

Fonte: Adaptado de Maximiano (2011)

40
UNIDADE 5 : OS PROCESSOS DO PLANEJAMENTO

Conhecer a si mesmo, seus clientes e o mercado onde está inserido permitem maior possibilidade

de gerar vantagens competitivas que permitem melhorias no desempenho da organização.

Alguns fatores influenciam direta ou indiretamente no negócio e se torna importante conhecer e

identificar para selecionar as melhores estratégias.

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Fatores externos atingem o negócio de:

01_Fatores Econômicos: inflação, distribuição de renda, taxas de juros...


02_Fatores Sócio/Culturais: Tamanho da população, grau de escolaridade, sexo, profissão,

estado civil, composição familiar...

03_Fatores Políticos/Legais: leis, impostos, código de defesa do consumidor, código civil.


04_Fatores Tecnológicos: Adaptação às novas tecnologias...
05_Concorrência: Analisar preços, formas de pagamento, ações de marketing, distribuição,
promoção, atendimento, variedade de produtos e serviços, marca.

Fatores Internos:

01_Disponibilidade e alocação do RH.


02_Idade e capacidade dos equipamentos.
03_Tecnologia disponíveis.
04_Disponibilidade dos recursos financeiros.
05_Cultura e estrutura organizacional existente x desejadas.

Portanto, é importante percebermos que um planejamento estratégico é o mapa para construção

dos caminhos que a organização irá trilhar para alcançar seu objetivo no futuro.

5.2 PLANEJAMENTO ADMINISTRATIVO OPERACIONAL


Os objetivos estratégicos da organização são colocados em prática através dos planos adminis-

trativos que definem as ações específicas das áreas funcionais, como marketing, desenvolvimen-

to de produtos, finanças e recursos humanos. A cadeia de meios e fins progride gradativamente

dos objetivos estratégicos e administrativos para os objetivos operacionais.

41
UNIDADE 5 : OS PROCESSOS DO PLANEJAMENTO

ÁREA FUNCIONAL PRINCIPAIS ASPÉCTOS DO PLANEJAMENTO

Acompanhamento e estudo da concorrência.


Análise e seleção de mercados e clientes.
MARKETING Análise de seleção de produtos e serviços.
Definição do preço.
Definição da estrátegia promocional.

Definição da linha de produtos e serviçose suas características técnicas.

Material para uso exclusivo dos alunos da Rede de Ensino Doctum. Proibida a reprodução e o compartilhamento digital, sob as penas da lei.
DESENVOLVIMENTO DE Desenvolvimento físico de produto e serviços específicos.
PRODUTOS E SERVIÇOS Definição de recursos técnicos (laboratórios, centros de pesquisa e
desenvolvimento).
Desenvolvimento de fornecedores.

Definição da quantidade de produtos e serviços a serem fornecidos.


PRODUÇÃO E PERAÇÕES Planejamento e forma de implantação da capcidade produtiva.
Operação dos processos produtivos.

Quantidade necessário de pessoas para fornecer produtos e serviços, e


RECURSOS HUMANOS administrar a organização.
Qualificações necessárias para o desempenho eficaz.
Estratégias de recrutamento, seleção, treinamento, desenvolvimento, etc.

Custos dos planos funcionais.


Necessidades de investimento.
FINANÇAS Custo de investimentos.
Necessidade de financiamentos.
Impacto sobre o desempenho financeiro da empresa.

Para que seja possível alcançar os objetivos estratégicos e administrativos,

é preciso definir atividades e recursos. É aí que entra o planejamento

operacional, que consiste em definir como realizar os objetivos.

O planejamento operacional contem os seguintes elementos:

01_Objetivos específicos.
02_Atividades necessárias para realiza esses objetivos.
03_Recursos que devem ser mobilizados para realizar as atividades.

É importante planejar a sequencia das ações para que se consiga realizar as

atividades em busca do alcance dos objetivos de nível mais alto.

42
UNIDADE 5 : OS PROCESSOS DO PLANEJAMENTO

O planejamento operacional indica:

01_Quem irá executar as atividades


02_Qual o prazo (cronograma).
03_Qual a estimativa de recursos utilizados.
04_Custos de operação.

Material para uso exclusivo dos alunos da Rede de Ensino Doctum. Proibida a reprodução e o compartilhamento digital, sob as penas da lei.
Também é necessário o acompanhamento das políticas e procedimentos

internos da organização, pois definem os critérios que devem orientar a

tomada de decisão para resolver determinados problemas.

PLANEJAMENTO OPERACIONAL

OBJETIVOS
OBJETIVOS
DE NÍVEL ATIVIDADES RECURSOS
ESPECÍFICOS
MAIS ALTO

43
UNIDADE 5 : OS PROCESSOS DO PLANEJAMENTO

RESUMO:
Para um planejamento é importante mapear seu negócio, saber onde ele está dentro do merca-

do, identificar um objetivo e determinar prazo para alcança-lo e os recursos a serem utilizados.

Conhecer o seu negócio, saber identificar seus pontos fortes e fragilidades, determinar os objeti-

vos e operacionalizar seus processos são importantes fases de um planejamento.

Material para uso exclusivo dos alunos da Rede de Ensino Doctum. Proibida a reprodução e o compartilhamento digital, sob as penas da lei.
Uma análise mais detalhada de cada um dos processos de um planejamento permite uma deci-

são mais segura e passível de ajustes, se necessária, além de alcançar melhores resultados. Por-

tanto, o planejamento é imprescindível para que os outros processos da administração possam

ser identificados.

44
UNIDADE 5 : OS PROCESSOS DO PLANEJAMENTO

REFERÊNCIA:
CHIAVENATO, Idalberto. Introdução a teoria geral da administração. 9 ed.

Barueri: Campus, 2014.

CHIAVENATO, Idalberto. Administração: teoria, processo e prática. Barueri:

Material para uso exclusivo dos alunos da Rede de Ensino Doctum. Proibida a reprodução e o compartilhamento digital, sob as penas da lei.
Manole, 2014.

MAXIMIANO, Antonio César Amaru. Introdução à administração. 6 ed. São

Paulo: Atlas, 2011.

45
6
Modelos de Organização

6.1 Dinâmica Organizacional 48


UNIDADE 6 : MODELOS DE ORGANIZAÇÃO

Nessa unidade apresentarei os conceitos para entendimento da estrutura organizacional

e o acompanhamento das mudanças necessárias de acordo com a dinâmica que o mercado

apresenta. Um modelo de estrutura organizacional é o produto das decisões sobre a divisão do

trabalho, o sistema de autoridade e o sistema de comunicações. Perceberemos que o modelo de

estrutura deve ser capaz de se adaptar para compreender melhor as características e variáveis

Material para uso exclusivo dos alunos da Rede de Ensino Doctum. Proibida a reprodução e o compartilhamento digital, sob as penas da lei.
que influenciam o mercado.

6.1 DINÂMICA ORGANIZACIONAL


As organizações que atuam em mercados estáveis têm uma estrutura mais rígida e inflexível,

com intensa burocracia e menos autonomia para as pessoas. As organizações que seguem esse

modelo tendem a ser impessoais, rígidas e regulamentadas. Essas são as chamadas estruturas

mecanicistas.

As organizações que adotam a estrutura mecanicista:

01_Valorizam a hierarquia (lealdade e obediência aos superiores).


02_As tarefas são especializadas e precisas.
03_A relação de trabalho é rígida.
04_Autoridade e poder são enfatizados na comunicação vertical entre os agentes internos
envolvidos.
05_Os procedimentos são muito padronizados e existe pouca abertura para mudanças.

Já as organizações que atuam em uma estrutura orgânica:

01_Dão maior ênfase ao sistema social e às pessoas.


02_A autonomia das pessoas é maior.
03_Enfatiza a eficácia, adaptabilidade, sensibilidade para a necessidade de mudanças e estão
mais propensas a correr riscos.

04_O estilo de liderança é mais democrático.Existe menor grau de rigidez na hierarquia de


autoridade.

05_As competências são mais valorizadas que a especialização.


06_Hierarquia de poder é reduzida.
07_As decisões são compartilhadas.
08_O trabalho em equipe é importante para o alcance dos objetivos.

48
UNIDADE 6 : MODELOS DE ORGANIZAÇÃO

CARACTERÍSTICAS MODELOS

DA BUROCRACIA ORGANIZACIONAIS

IMPESSOALIDADE MAIOR ÊNFASE MECANISTA


ESTRUTURA E HIERARQUIA

NORMAS E REGULAMENTOS MENOR ÊNFASE ORGÂNICO

Material para uso exclusivo dos alunos da Rede de Ensino Doctum. Proibida a reprodução e o compartilhamento digital, sob as penas da lei.
Fonte: Maximiano (2011)

As principais diferenças entre os dois modelos de organização, com base no comportamento

de quatro variáveis:

01_Amplitude de controle.
02_Hierarquia.
03_Autoridade.
04_Especialização.

São avaliadas por uma mesma escala e uma organização cujas características se posicionem no

lado esquerdo é mecanicista, es estiver posicionada no lado direito é orgânica:

AMPLITUDE DE CONTROLE NÚMERO DE UNIDADES SUBORDINADAS


PEQUENO GRANDE

HIERARQUIA NÚMERO DE ÍVEIS OU ESCALÕES


GRANDE PEQUENO

AUTORIDADE AUTONOMIA DAS UNIDADES


PEQUENA GRANDE

ESPECIALIZAÇÃO AMPLITUDES DOS CARGOS


PEQUENA GRANDE

49
UNIDADE 6 : MODELOS DE ORGANIZAÇÃO

É importante ressaltar que na teoria situacional, tanto o modelo mecanicista quanto o orgânico

ajustam-se adequadamente a determinadas situações.Portanto, dependendo da situação em

que está envolvida, a organização precisa identificar os fatores que determinam o modelo a ser

utilizado. A estratégia, tecnologia, fator humano e ambiente determinam quais os rumos que

devem ser direcionados para a execução e cumprimento das metas e objetivos.

Material para uso exclusivo dos alunos da Rede de Ensino Doctum. Proibida a reprodução e o compartilhamento digital, sob as penas da lei.
TECNOLOGIA ESTRATÉGIA

AMBIENTE FATOR
HUMANO

As organizações precisam lidar constantemente com o impacto de forças internas e externas nas

variáveis situacionais, que provocam mudanças na estrutura, como:

01_Alterações no grau de complexidade do ambiente.


02_Pressões por aumento de eficiência e redução de custos.
03_Mudanças na composição, idade e experiência da força de trabalho.
04_Redefinição de missão e objetivos.
05_Dificuldade com a execução de atividades novas ou complexas.

50
UNIDADE 6 : MODELOS DE ORGANIZAÇÃO

RESUMO:
Os modelos organizacionais são divididos em mecanicistas e orgânicos. As organizações meca-

nicistas tem maior rigidez em seus processos, muita burocracia e pouca autonomia das pessoas

para com as atividades exercidas. Já as organizações chamadas orgânicas são mais aptas a se

adaptar conforme o ambiente se altera.

Material para uso exclusivo dos alunos da Rede de Ensino Doctum. Proibida a reprodução e o compartilhamento digital, sob as penas da lei.
A flexibilidade e maior grau de autonomia das pessoas nos processos é o maior impacto desse

modelo organizacional, pois é necessário que os colaboradores estejam em sintonia com a orga-

nização para os ajustes durante o cumprimento do planejamento com os processos definidos

anteriormente.

51
UNIDADE 6 : MODELOS DE ORGANIZAÇÃO

REFERÊNCIA:
CHIAVENATO, Idalberto. Introdução a teoria geral da administração. 9 ed.

Barueri: Campus, 2014.

CHIAVENATO, Idalberto. Administração: teoria, processo e prática. Barueri:

Material para uso exclusivo dos alunos da Rede de Ensino Doctum. Proibida a reprodução e o compartilhamento digital, sob as penas da lei.
Manole, 2014.

MAXIMIANO, Antonio César Amaru. Introdução à administração. 6 ed. São

Paulo: Atlas, 2011.

52
7
Liderar e Motivar

7.1 Motivação e Desempenho 54


7.2 Liderança 58
UNIDADE 7 : LIDERAR E MOTIVAR

Nessa unidade ofereço a vocês a oportunidade de refletir sobre dois temas muito importantes

quando falamos de administrar: motivação e liderança. Conheceremos os conceitos e sua

aplicabilidade nas relações diárias no ambiente de trabalho, as situações e momentos de

influência no comportamento dos colaboradores. Vamos entender o papel do gestor no processo

de motivação, as características pessoais de um líder e sua interferência no desempenho de

equipes.

Material para uso exclusivo dos alunos da Rede de Ensino Doctum. Proibida a reprodução e o compartilhamento digital, sob as penas da lei.
7.1 MOTIVAÇÃO E DESEMPENHO
A palavra motivação indica o processo pelo qual um conjunto de razões ou motivos explica, induz,

incentiva, estimula ou provoca algum tipo de ação ou comportamento humano. A motivação

para o trabalho indica uma disposição ou vontade em realizar uma tarefa ou cumprir alguma

meta. A motivação das pessoas depende da intensidade dos seus motivos. Os motivos podem

ser definidos como necessidades, desejos ou impulsos oriundos do indivíduo e direcionados

para objetivos, que podem ser conscientes ou subconscientes. Eles se tornam os “porquês” do

comportamento das pessoas. Portanto, o motivo é a mola propulsora da ação, é algo de dentro

do indivíduo que o predispõe a agir.

A seguir, apresentarei algumas teorias e autores reconhecidamente relevantes para se estudar

o comportamento humano regido pela motivação ao trabalho. Uma teoria muito estudada e

discutida é a Hierarquia das Necessidades de Abraham Maslow, que acreditava que todos

os indivíduos apresentavam uma hierarquia de necessidades que precisavam ser satisfeitas.

Segundo essa teoria, à medida que as necessidades do nível inferior eram satisfeitas, o sujeito

passava às outras, sucessivamente. Seus estudos exerceram grande influência sobre pesquisas

posteriores acerca desse assunto.

54
UNIDADE 7 : LIDERAR E MOTIVAR

Trabalho Criativo e Desafiante


Diversidade e Autonomia
Participação nas Decisões

Necessidades Auto-Realização
Secundárias
Responsabilidade por Resultados
Orgulho e Reconhecimento
Estima Promoções

Material para uso exclusivo dos alunos da Rede de Ensino Doctum. Proibida a reprodução e o compartilhamento digital, sob as penas da lei.
Amizade dos Colegas
Sociais Interação com Clientes
Chefe Amigável

Condições seguras de trabalho


Necessidades Segurança Remuneração e Benefícios
Primárias Estabilidade no Emprego

Fisiológicas Intervalos de descanso


Conforto Físico
Horários de Trabalho Razoável

Fonte: Adaptado de Chiavenato (2014)

As teorias X e Y, desenvolvidas por Douglas McGregor, contêm duas formas – totalmente

extremadas – de gerenciar a produtividade humana dentro das organizações. Apesar de muitos

autores e outras teorias discordarem de McGregor, suas teorias foram escolhidas por ficar

evidente sua presença nas organizações nos dias atuais, tanto integral quanto parcialmente.

McGregor relaciona os conceitos de motivação e liderança, ao propor sua teoria. Ele examinou as

premissas a respeito do comportamento humano, que se identificam com as ações gerenciais.

Baseando-se na concepção tradicional da administração, com ênfase na direção e no controle

que a gerência da empresa exerce sobre seus membros, individualmente, McGregor identificou

algumas premissas básicas, na Teoria X.

55
UNIDADE 7 : LIDERAR E MOTIVAR

Teoria X Teoria Y

A Administração é um processo A Administração é um processo de dirigir o


de dirigir esforços das pessoas. comportamento das pessoas em direção dos
objetivos organizacionais e pessoais.
As pessoas devem ser
persuadidas e motivadas. A tarefa da Administração é criar condições
organizacionais através das quais as pessoas
As pessoas devem receber possam atingir seus objetivos pessoais.
incentivos econômicos como recompensa.

Material para uso exclusivo dos alunos da Rede de Ensino Doctum. Proibida a reprodução e o compartilhamento digital, sob as penas da lei.
As pessoas são indolentes. As pessoas gostam da atividade.

Falta-lhes ambição e evitam o trabalho. As pessoas não são passivas.

Resistem ás mudanças. Têm motivação e potencial de desenvolvimento.

Sua dependência as torna incapazes de Aceitam de responsabilidade.


autocontrole e autodisciplina.
Têm imaginação e criatividade.

Fonte: Adaptado de Chiavenato (2014)

A teoria dos dois fatores foi proposta pelo filósofo Frederick Herzberg e indica que existem

dois grupos de fatores determinantes para a análise do trabalhador:

01_Fatores motivacionais: determinantes da satisfação no trabalho, e fatores higiênicos, que


atuam como agentes de insatisfação no trabalho.

02_Fatores higiênicos: se localizam no ambiente externo, estão fora de controle das pessoas
e são extremamente profiláticos, pois, quando faltam, geram insatisfação. Mas, quando são

julgados atendidos, não geram satisfação. São também chamados de fatores extrínsecos.
03_Fatores motivacionais: estão ao alcance do indivíduo por envolverem sentimentos e
dependem do empenho pessoal para alcançá-los. São considerados fatores intrínsecos.

Portanto, os fatores motivacionais são causadores de satisfação quando presentes, mas não

causam insatisfação quando ausentes; e os fatores higiênicos podem causar satisfação quando

presentes, porém sua ausência causará insatisfação. Para Herzberg, o termo motivação envolve

sentimento de realização, de crescimento e de reconhecimento profissional, manifestado por

meio do exercício das tarefas e atividades que oferecem suficiente desafio e significado ao

56
UNIDADE 7 : LIDERAR E MOTIVAR

trabalhador. Os fatores motivacionais estão sob o controle do indivíduo, pois estão relacionados

com aquilo que fazem e desempenham.

FATORES MOTIVACIONAIS FATORES HIGIÊNICOS

COMO A PESSOA SE SENTE COMO A PESSOA SE SENTE

Material para uso exclusivo dos alunos da Rede de Ensino Doctum. Proibida a reprodução e o compartilhamento digital, sob as penas da lei.
EM RELAÇÃO AO SEU CARGO EM RELAÇÃO À SUA EMPRESA

Trabalho em si. Condições de trabalho


Realização. Administração da empresa
Reconhecimento. Salário
Progresso profissional. Relações com supervisor.
Responsabilidade. Benefícios e serviços sociais.

Fonte: Chiavenato (2014)

O resultado esperado em um ambiente organizacional é o alcance dos objetivos alinhados aos

processos internos eficientes e saudáveis. Para isso, se torna de grande relevância a dedicação dos

gestores no processo motivacional que pode proporcionar melhores resultados individual e em

equipe. No ambiente organizacional, uma pessoa é considerada motivada quando demonstra

alto grau de disposição para a realização de uma atividade ou tarefa. Os processos envolvidos no

dia-a-dia de uma organização, que busca a eficácia, requerem um comportamento participativo

e motivado por parte de seus empregados. É difícil a organização conseguir atingir seus objetivos

sem contar com pessoas motivadas para o trabalho. O indivíduo motivado tende a dedicar mais

tempo e cuidado com a atividade que lhe foi estabelecida, melhorando seu desempenho. A

motivação nasce das necessidades humanas e não das coisas que as satisfazem. O ciclo se finda

quando essas necessidades são supridas ou desconsideradas pelo agente envolvido.

57
UNIDADE 7 : LIDERAR E MOTIVAR

EQUILÍBRIO

ESTÍMULO
OU INCENTIVO

Material para uso exclusivo dos alunos da Rede de Ensino Doctum. Proibida a reprodução e o compartilhamento digital, sob as penas da lei.
SATISFAÇÃO NECESSIDADE

TENSÃO

COMPORTAMENTO
OU AÇÃO

7.2 LIDERANÇA
Dando continuidade ao conteúdo, vamos analisar o papel do líder e sua influência no comporta-

mento das pessoas no cumprimento dos objetivos organizacionais. Para Kotter, há pessoas que

nascem líderes e há outras que aprendem a desenvolver sua capacidade de liderança ao longo de

décadas. Se levarmos em conta aquelas com algum potencial de liderança, o verdadeiro desafio

será desenvolver esse potencial. E como passamos a maior parte da vida no trabalho, este será o
principal ambiente para desenvolver a liderança. Mas uma das características que diferenciam os

grandes líderes das outras pessoas é que, qualquer que seja o potencial inicial, eles continuam a

desenvolvê-lo.

Há muitas definições de liderança, mas podemos dizer que se trata de uma influência interpessoal

exercida em uma situação e dirigida por meio do processo da comunicação humana à consecução

de um ou mais objetivos específicos. No ambiente organizacional, o líder é aquele que consegue

alcançar finalidades específicas com sucesso no comando de seus liderados.

Existem dois tipos principais de teoria de liderança:

01_A teoria dos traços de personalidade: que entende que os líderes possuem características
natas, oriundas da genética, ou seja, os líderes já nascem com o traços ou perfil de liderança.

02_A teoria contingencial (Teorias Sistêmicos Situacionais): que identifica a liderança é um


fenômeno que depende de três elementos - o líder, os liderados e a situação contextual.

58
UNIDADE 7 : LIDERAR E MOTIVAR

Quanto aos estilos de liderança, Chiavenato apresenta a forma como o líder se relaciona com

os membros de sua equipe:

AUTOCRÁTICA DEMOCRÁTICA LIBERAL

Material para uso exclusivo dos alunos da Rede de Ensino Doctum. Proibida a reprodução e o compartilhamento digital, sob as penas da lei.
O líder fixa as diretrizes, sem Debate e decisões do grupo, Liberdade completa para
qualquer participação do estimulado e assistido pelo líder. decisões grupais, sem a
grupo. participação do líder.

O líder determina as O grupo se reúne e solicita O líder só é consultado pelo


providências e técnicas para a aconselhamento do líder. grupo se houver interesse do
execução de tarefas. grupo.

O líder determina a tarefa de A divisão das tarefas fica a critério Absoluta falta de participação
cada um de seu companheiro. do próprio grupo, com apoio do do líder.
líder.

Líder dominador e pessoal nos Líder como membro do grupo, é Líder não regula qual o curso
elogios e críticas. objetivo e limita-se aos fatos. dos acontecimentos.
Só comenta se perguntado.

Fonte: Chiavenato (2014)

59
UNIDADE 7 : LIDERAR E MOTIVAR

RESUMO:
Controlar é uma forma de regular se o que foi planejado está devidamente

sendo cumprido na prática. Os três níveis organizacionais (estratégico, tático

e operacional) passam por quatro fases de controle que permitem o acompa-

nhamento e medição de resultados e desempenhos.

Material para uso exclusivo dos alunos da Rede de Ensino Doctum. Proibida a reprodução e o compartilhamento digital, sob as penas da lei.

60
UNIDADE 7 : LIDERAR E MOTIVAR

REFERÊNCIA:
CHIAVENATO, Idalberto. Introdução a teoria geral da administração. 9 ed.

Barueri: Campus, 2014.

CHIAVENATO, Idalberto. Administração: teoria, processo e prática. 4 ed. Ba-

Material para uso exclusivo dos alunos da Rede de Ensino Doctum. Proibida a reprodução e o compartilhamento digital, sob as penas da lei.
rueri: Manole, 2011.

MAXIMIANO, Antonio César Amaru. Introdução à administração. 6 ed. São

Paulo: Atlas, 2011.

SEBRAE – Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas – Site

Disponível em: www.sebrae.org.br . Acesso em: Outubro/2018

61
8
Controle Organizacional

8.1 O Controle Organizacional: Estratégico, Tático e Operacional 64


UNIDADE 8 : CONTROLE ORGANIZACIONAL

Nessa unidade vamos refletir sobre uma função da administração que representa a mensuração

e avaliação dos resultados das ações relacionadas as outras funções administrativas. Trata-se de

uma forma de regular os processos para que a organização alcance seus resultados de forma

a ser sustentável. O papel do controle deve ser exercido pelo gestor como principal forma de

acompanhar se os resultados esperados serão alcançados conforme o planejamento inicial.

Material para uso exclusivo dos alunos da Rede de Ensino Doctum. Proibida a reprodução e o compartilhamento digital, sob as penas da lei.
Vamos entender um pouco então, dessa função importante para a busca por melhores e

contínuos resultados.

8.1 O CONTROLE ORGANIZACIONAL: ESTRATÉGICO, TÁTICO E OPERACIONAL


O conceito de controle no âmbito organizacional está na verificação de se a atividade controlada

está ou não alcançando os resultados desejados. Para que aja o controle então, é necessário que

exista um planejamento que direcione ao alcance de objetivos esperados. Controlar é conferir ou

verificar se aquilo que foi planejado está devidamente sendo cumprido na prática, seja em maior

ou menor grau, de acordo com os três níveis organizacionais.

NÍVEL DA TIPO DE CONTEÚDO TEMPLO AMPLITUDE


EMPRESA CONTROLE

Institucional Estratégico Genérico e Direcionado para Macroorientado.


Sintético longo prazo Aborda a empresa como
uma totalidade, como um
sistema.

Intermediário Tático Menos genérico e Direcionado para Aborda cada unidade da


mais detalhado médio prazo. empresa (departamento) ou
cada conjunto de recursos
isoladamente.

Operacional Operacional Detalhado e Direcionado para Microorientado.


Analítico curto prazo Aborda cada tarefa ou
operação isoladamente.

Fonte: Chiavenato, 2014

64
UNIDADE 8 : CONTROLE ORGANIZACIONAL

Nos três níveis da organização o controle é um processo interativo de quatro fases:

01_Estabelecimento de padrões de desempenho: que podem ser medidos por vários tipos de
padrões:

a) DE QUALIDADE: do produto, do funcionamento das máquinas e equipamentos, dos

serviços prestados, etc.;

Material para uso exclusivo dos alunos da Rede de Ensino Doctum. Proibida a reprodução e o compartilhamento digital, sob as penas da lei.
b) DE QUANTIDADE: número de empregados, volume de produção, volume de vendas,

etc.;

c) DE TEMPO: permanência média do empregado na empresa, tempos padrões de

produção, tempo de processamento dos pedidos dos clientes, etc.;

d) DE CUSTO: custo de estocagem de matéria-prima, custo do processamento de um

pedido, custo de uma requisição de material, custos diretos e indiretos da produção, etc.

02_ Avaliação do desempenho: que precisa de um padrão predeterminado do desempenho


esperado para que se possa facilitar a comparação com o resultado alcançado. Porém, para que

isso aconteça é importante ter uma definição exata do que se pretende medir.

03_ Comparação do desempenho com o padrão: que permite determinar os limites de algum
tipo de variação que possa ocorrer por meio de:

a) RESULTADOS: que compara o padrão e a variável após o término da operação. A


mensuração é feita em termos de algo pronto e acabado e b) desempenho: que compara o

padrão e a varável acompanhando sua execução durante a operação.

04_ Ação corretiva: que é tomada a partir dos dados quantitativos gerados nas três fases

anteriores. Quando o gestor toma a decisão que representa uma correção representa o fim do

processo de controle.

65
UNIDADE 8 : CONTROLE ORGANIZACIONAL

RESUMO:
Controlar é uma forma de regular se o que foi planejado está devidamente sendo cumprido na

prática. Os três níveis organizacionais (estratégico, tático e operacional) passam por quatro fases

de controle que permitem o acompanhamento e medição de resultados e desempenhos.

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66
UNIDADE 8 : CONTROLE ORGANIZACIONAL

REFERÊNCIA:
CHIAVENATO, Idalberto. Introdução a teoria geral da administração. 9 ed.

Barueri: Campus, 2014.

CHIAVENATO, Idalberto. Administração: teoria, processo e prática. Barueri:

Material para uso exclusivo dos alunos da Rede de Ensino Doctum. Proibida a reprodução e o compartilhamento digital, sob as penas da lei.
Manole, 2014.

MAXIMIANO, Antonio César Amaru. Introdução à administração. 6 ed. São

Paulo: Atlas, 2011.

67
9
O Espírito Empreendedor

9.1 Origens do pensamento empreendedor 70


9.2 Entendendo o mundo dos negócios 74
9.3 Identificando as oportunidades 76
UNIDADE 9 : AO ESPÍRITO EMPREENDEDOR

A partir de agora iniciaremos os estudos voltados para um conteúdo que denominamos gestão

empreendedora. Nessa aula vamos tentar compreender o conceito de empreendedorismo,

conhecer o dinâmico ambiente dos negócios e identificar as oportunidades.

Inicialmente, precisamos buscar conhecer o conceito de empreendedorismo, mas já lhes adianto,

essa tarefa nos permite identificar os autores e suas contribuições, mas não teremos muita

Material para uso exclusivo dos alunos da Rede de Ensino Doctum. Proibida a reprodução e o compartilhamento digital, sob as penas da lei.
distância entre suas linhas de pensamento. Também faremos uma reflexão para entender esse

ambiente dinâmico que envolve os negócios, além de exercitar a capacidade de identificar as

oportunidades que surgem nesse novo ambiente.

9.1 ORIGENS DO PENSAMENTO EMPREENDEDOR


O conceito do termo “empreendedor” está ligado àquele/a que assume riscos e responsabilidades

iniciando ou dinamizando um negócio, mas o espírito empreendedor está em todas as pessoas

que estão prontas para assumir riscos e inovar continuamente, além de buscarem controlar seus

próprios destinos. Teremos a oportunidade de refletir sobre o comportamento empreendedor e

as características associadas a esse respeito. A cultura empreendedora em um país torna suas

perspectivas econômica maiores, pois é um dos principais fatores do desenvolvimento econômico.

É importante entendermos que durante algum tempo os conceitos foram sendo construídos,

mas o espírito empreendedor que permeia as convicções do indivíduo que não se permite

ficar acomodado é reconhecido pelos diversos autores, que também corroboram da ideia de

que o empreendedor é, por si só, inovador e criativo. Apesar de tantas definições, a reflexão

apresentada por Joseph Schumpeter (1949) pode ser a que mais reflita o espírito empreendedor:

“O empreendedor é aquele que destrói a ordem econômica existente pela introdução de novos

produtos e serviços, pela criação de novas formas de organização ou pela exploração de novos

recursos e materiais”.

70
UNIDADE 9 : AO ESPÍRITO EMPREENDEDOR

Muitos empreendedores apresentam certas características, entre elas, sabem

trabalhar em equipe e tem a habilidade de transformar ideias em realidade, são

perseverantes, criativos e com muita energia para investir em seus sonhos.

CARACTERÍSTICAS DO EMPREENDEDOR

A literatura a respeito da personalidade empreendedora retrata quase sempre certos traços comuns

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associados ao empreendedorismo.

David McClelland (1961) descreve a persolidade do empreendedor como basicamente motivada pela
necessidade de realização e o forte impulso para construir.

Collins e Moore (1970) estudaram uma amostra de empreendedores e concluíram que era constituída por
pessoas firmes, pragmáticas e impulsionadas por necessidades de independência e realização.

Bird (1992) visualiza o empreendedor como um ser mercurial, isto é, dotado de insights, brainstorms,
decepções, engenhosidade e desenvoltura, e que são espertos, oportunistas, criativos e poucos
sentimentais.

Cooper, Woo e Dunkelberg ((1988) argumentam que os empreendedores mostram extremo otimismo
em seus processos de tomada de decisão.

Busenitz e Barney (1997) consideram que os empreendedores são dotados de superconfiança e facilidade
para generalizar conceitos.

Cole (1959) encontrou quatro tipões de empreendedor: o inovador, o inventor calculista, o promotor
superotimista e o organizador construtor de negócios. Esses tipos são relacionados com a persolidade do
empreendedor, mas com o tipo de oportunidade que ele procura.

Toda essa literatura, entretanto, não é definitiva quanto ao perfil empreendedor. O que existe a respeito
são resultados de pesquisas ainda não avaliadas.

Fonte: Adaptado de Maximiano (2011)

71
UNIDADE 9 : AO ESPÍRITO EMPREENDEDOR

Mas, afinal, o que leva as pessoas a empreenderem? Entendemos que existem pessoas que já

possuem um comportamento (perfil) empreendedor, mas outras pessoas vão desenvolvendo

ao longo de situações, sejam elas por necessidade ou oportunidade. As pessoas que decidem

empreender por falta de alternativas melhores de emprego, abrindo um negócio para gerar

renda, visando sua subsistência e de seus dependentes são identificados como Empreendedores

por necessidade. Já aquelas pessoas que identificam uma chance de negócio ou um nicho de

Material para uso exclusivo dos alunos da Rede de Ensino Doctum. Proibida a reprodução e o compartilhamento digital, sob as penas da lei.
mercado e decidem empreender, mesmo possuindo alternativas de emprego e renda, são os

Empreendedores por oportunidade.

Segundo relatório da Global Entrepreneurship Monitor (GEM 2017), o Brasil se manteve no oitavo

lugar no ranking dos 32 países de economias impulsionadas pela eficiência, apesar da redução da

Taxa de empreendedorismo em estágio inicial (TEA) de 21,0% em 2015 para 19,6% em 2016. Além

disso, está em terceiro lugar apresentando a Taxa de empreendedorismo em estágio estabelecido

(TEE) de 19,9% em 2016, superando os países componentes dos BRICs, como os Estados Unidos e

a Alemanha.

O relatório apresenta também, a decomposição de acordo com a motivação para empreender:

72
UNIDADE 9 : AO ESPÍRITO EMPREENDEDOR

Os estudos evidenciam que a proporção de empreendedores por oportunidade é mais alta

nos grupos de países com maior nível de desenvolvimento econômico. Países com baixo PIB

per capita, pouco dinâmicos e onde a oferta de empregos assalariados é incipiente tendem a

apresentar uma elevada Taxa de Empreendedorismo Inicial por necessidade.

Países com mercados internos diversificados e dinâmicos, onde a oferta de empregos assalariados

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é expressiva e/ou que contam com uma rede de proteção social (seguro-desemprego, sistema

de previdência social, etc.) fortemente estruturada e/ou com maior potencial de inovação de

bens e serviços tendem a apresentar Taxas de Empreendedorismo Inicial por Oportunidade

relativamente mais altas. Isto pode ser um indicativo de que o empreendedorismo no Brasil

pode estar assumindo um comportamento mais independente do nível de atividade econômica,

talvez sendo mais fortemente influenciado na última década por outros fatores estruturais que

também estão em processo de mudança.

Tais como:

01_O aumento do nível de escolaridade dos brasileiros.


02_Negócios mais simples e de menor escala de faturamento, como a Lei responsável por criar
o MEI;

03_Até mudanças na cultura brasileira, agora, cada vez mais propensa à atividade empreendedora
(CARRER et al., 2010).

73
UNIDADE 9 : AO ESPÍRITO EMPREENDEDOR

9.2 Entendendo o mundo dos negócios


Existem muitas razões pelas quais as pessoas iniciam seu próprio negócio e assumem todos os

riscos inerentes a ele, com vantagens e desvantagens dessa escolha.

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VANTAGENS DE SER VANTAGENS DE SER
EMPREGADO DE ALGUMA EMPRESA DONO DO PRÓPRIO NEGÓCIO

Você não corre risco financeiro. Você é o empreendedor da própria


atividade, é o dono da bola.
Você tem seu salário mensal.
Você não precisa seguir ordens
Você goza de relativa proteção e alheias.
segurança do seu empregador.
Você faz o que acha que tem que ser
As decisões estratégicas são tomadas feito, ou seja, escolhe os caminhos.
pelos dirigentes da empresa.
Você toma as decisões estratégicas.
Você não precisa se preocupar com os
negócios da empresa. Você pode ter progresso financeiro
muita maior (ou muito menor).
Você tem férias garantidas.
Você tem benefícios sociais pagos pela Você constrói algo totalmente seu.
empresa.
Você satisfaz seu espírito
Você pode aspirar a uma carreira dentro empreendedor.
da organização.
Você é o "cabeça" do negócio.
Você pode aspirar a uma participação
nos resultados.

Você não precisa quebrar a cabeça com


soluções de problemas.

Fonte: Chiavenato, 2012.

74
UNIDADE 9 : AO ESPÍRITO EMPREENDEDOR

E o que é um negócio?

É uma atividade baseada no esforço organizado de determinadas pessoas para produzir bens e

serviços a fim de vendê-los em um determinado mercado e alcançar a recompensa financeira

pelo esforço. Todo negócio envolve necessariamente algum produto/serviço e, por consequência,

algum fornecedor e algum cliente, englobando uma cadeia de entradas, processos e saídas,

Material para uso exclusivo dos alunos da Rede de Ensino Doctum. Proibida a reprodução e o compartilhamento digital, sob as penas da lei.
alguma produção e algum mercado.

BENS DE PRODUÇÃO:
Máquinas industriais, operatrizes, prensas,
matérias-primas, semi-acabados,
componentes, etc.

BENS

BENS DE CONSUMO:
Produtos alimentícios, artesanato, livros,
PRODUÇÃO eletrodosméticos, roupas, móveis, discos,
E produtos de beleza, etc.
COMERCIALIZAÇÃO

Cinemas, hospitais, bancos,lojas e comércio,


financeiras, shopping centers, escolas,
universidades, oficinas, restaurantes,
SERVIÇOS transportes urbanos, ferroviários e
áereos, rádio, televisão, clínicas em geral,
consultorias, etc.

Fonte: Chiavenato, 2012.

O dinâmico ambiente de negócios envolve uma grande quantidade de agentes e variáveis

que representam tudo aquilo que existe externamente à empresa e influenciam direta ou

indiretamente em seus processos. Todos os negócios operam em um ambiente geral, que é

composto por uma multiplicidade de variáveis interagindo dinamicamente entre si, como varáveis

econômicas, sociais, tecnológicas, culturais, legais, demográficas e ecológicas (macroambiente).

Já o ambiente de tarefas é o nicho em que a empresa se situa e procura estabelecer o seu domínio,

75
UNIDADE 9 : AO ESPÍRITO EMPREENDEDOR

e o ponto no qual estão seus mercados imediatos e dos quais a empresa obtém recursos, coloca

e comercializa seus produtos/serviços. Esse ambiente é composto por quatro setores distintos:

fornecedores, clientes ou consumidores, concorrentes e agências reguladoras (microambiente).

9.3 IDENTIFICANDO AS OPORTUNIDADES


Depois do que já vimos sobre empreender, devemos procurar entender um pouco sobre

Material para uso exclusivo dos alunos da Rede de Ensino Doctum. Proibida a reprodução e o compartilhamento digital, sob as penas da lei.
como identificar oportunidades, sabendo diferenciá-las de ideias, que precisam ser testadas e

compartilhadas em toda sua rede de relacionamento. A melhor forma de identificar a aceitação

de sua ideia é divulgá-la, pois será o momento em que coletará olhares diferentes que podem

permitir melhor desenvolvimento e adequação de seu negócio ao potencial público alvo.

Analisar o mercado, identificar as potencialidades de crescimento de alguns segmentos e estar

atento as novas tendências são informações básicas para quem tem uma ideia e quer aproveitar

uma oportunidade para iniciar seu negócio.

76
UNIDADE 9 : AO ESPÍRITO EMPREENDEDOR

RESUMO:

Empreendedorismo é estar preparado e saber tomar a decisão no momento oportuno e per-

sistir para tornar seu sonho uma realidade. Empreender é tomar atitude e não somente sonhos

isolados. Muitas características do empreendedor demonstram o desejo pelo desafio e a falta de

medo em correr riscos.

Material para uso exclusivo dos alunos da Rede de Ensino Doctum. Proibida a reprodução e o compartilhamento digital, sob as penas da lei.
As estatísticas mostram que as oportunidades são os principais geradores de empreendedoris-

mo no Brasil, nos últimos anos. Mapear o ambiente onde o empreendedor pretende iniciar seu

negócio é tarefa importante para aumentar a possibilidade de sucesso.

77
UNIDADE 9 : AO ESPÍRITO EMPREENDEDOR

REFERÊNCIA:
CHIAVENATO, Idalberto. Empreendedorismo: dando asas ao espírito empre-

endedor. 4 ed. São Paulo: Manole, 2012.

DORNELAS, José Carlos de Assis. Empreendedorismo corporativo: como ser

Material para uso exclusivo dos alunos da Rede de Ensino Doctum. Proibida a reprodução e o compartilhamento digital, sob as penas da lei.
empreendedor, inovar e se diferenciar em organizações estabelecidas. Rio de

Janeiro: Campus, 2015.

GEM - Global Entrepreneurship Monitor Empreendedorismo no Brasil :

2016 \ Coordenação de Simara Maria de Souza Silveira Greco; diversos autores

-- Curitiba: IBQP, 2017

78
10
O Processo Empreendedor

10.1 O Comportamento Empreendedor nas Organizações 80

10.2 O Empreendedor Corporativo 81


UNIDADE 10 : O PROCESSO EMPREENDEDOR

Nessa unidade vamos conversar um pouco sobre uma forma de aplicar o espírito empreendedor

mesmo estando registrado como empregado em uma organização, apesar da trajetória inicial

do conceito de se empreender, que estava atrelada a uma política de combate ao desemprego.

Uma forma de equilibrar o fato de estar empregado e desenvolver um espírito empreendedor é

buscando se envolver cada vez mais com as propostas organizacionais onde está inserido e também

aproveitando as oportunidades para se criativo, inovador e gerar maior comprometimento.

Material para uso exclusivo dos alunos da Rede de Ensino Doctum. Proibida a reprodução e o compartilhamento digital, sob as penas da lei.
Vejamos quais as possibilidades.

10.1 O COMPORTAMENTO EMPREENDEDOR NAS ORGANIZAÇÕES


Devido à necessidade das organizações se renovar, inovar e criar novos negócios, o surgimento do

comportamento empreendedor foi se tornando inerente ao administrador. Para Dornelas (2008),

no século XXI, o empreendedor seria um administrador completo, que interage com seu ambiente

para tomar as melhores decisões, incorpora as várias abordagens existentes sem restrições,

assume as funções, os papéis e as atividades do administrador de forma complementar, sabendo

utilizá-los no momento certo para atingir seus objetivos. Para ele, é interessante observar que

o empreendedor de sucesso assume uma característica singular, que é o fato de conhecer o

negócio em que atua como quase ninguém. Outro fato que para o autor diferencia empreendedor

de sucesso do administrador comum é o planejamento constante a partir de uma visão de futuro.

Geralmente são executivos muito competentes, com capacidade gerencial e conhecimento de

ferramentas corporativas. Trabalham com foco nos resultados para crescer no mundo corporativo.

Assumem riscos e são desafiados a lidar com a falta de autonomia, já que nunca terão total poder

para agir. Em contrapartida, faz com que desenvolvam estratégias avançadas de negociação.

São hábeis comunicadores e vendem suas ideias. Desenvolvem networking dentro e fora da

organização. Sabem convencer as pessoas a fazerem parte de seu time e sabem reconhecer

o empenho da equipe. Sabem se autopromover e são ambiciosos. Adoram planos com metas

ousadas e recompensas variáveis e não se contentam em ganhar o que ganham. Se saírem da

corporação para criar o próprio negócio podem ter problemas no começo, já que são acostumados

com o acesso a recursos e regalias do mundo corporativo (DORNELAS, 2005).

80
UNIDADE 10 : O PROCESSO EMPREENDEDOR

Mas deve ser levado em conta que todo empreendedor tem por obrigação ser um bom

administrador, mas nem todo administrador é um bom empreendedor, portanto o empreendedor

tem algo mais, características e atitudes que os diferenciam do administrador tradicional. Um

empreendedor é um tomador de decisões, a tomada de decisão envolve não apenas o risco, mas

leva a um caminho de descobertas das oportunidades, converte uma ideia em uma inovação

bem sucedida.

Material para uso exclusivo dos alunos da Rede de Ensino Doctum. Proibida a reprodução e o compartilhamento digital, sob as penas da lei.
De acordo com Dornelas (2008) “Empreendedorismo é o envolvimento de pessoas e processos

que, em conjunto levam à transformação de ideias em oportunidades”. O processo empreendedor

vai além da criação de novos negócios, alguns aspectos são determinantes para se tornar um

empreendedor, tais como ter iniciativa, ser apaixonado pelo que faz, ser criativo, assumir os

riscos e a possibilidade de fracassar, ser comprometido e ser ousado apesar dos obstáculos que

aparecem pelo caminho.

10.2 O EMPREENDEDOR CORPORATIVO


Nesse momento vamos nos remeter ao novo cenário que surge nas relações organizacionais,

sabemos que em poucos anos os negócios não serão mais os mesmos, a velocidade das

informações e o aumento da competição tem trazido à tona um “novo” modelo econômico, que

intensifica a necessidade das organizações em criar e inovar, gerando cada vez mais, a condição

de incentivadora do empreendedorismo dentro do seu ambiente interno.

Empreendedorismo corporativo, de acordo com Dornelas (2015) é o processo pelo qual um

indivíduo ou um grupo de indivíduos, associados a uma organização existente, criam uma nova

organização ou instigam a renovação ou inovação dentro da organização existente. A prática

do empreendedorismo corporativo ocorre em organizações que estimulam e incentivam as

iniciativas empreendedoras de seus funcionários. Para tanto, requer uma radical mudança

comportamental que permita o surgimento de novos modelos de negócio e agilidade para a

implantação dos projetos.

Como resultado espera-se assim que funcionários e departamentos se tornem parceiros da

empresa, gozando de autonomia e independência para iniciar e conduzir projetos de alto valor

agregado, capacitando seus colaboradores a também se tornarem gestores nas empresas, com

noções de marketing, finanças, operações, dando-lhes condições para estruturar uma ideia e

negociá-la, noções de gestão de projetos e liderança, habilidades para tecer relações e obter

81
UNIDADE 10 : O PROCESSO EMPREENDEDOR

apoio, tanto político como financeiro.

Portanto, percebemos que empreender não vem apenas de abrir um negócio e se tornar

um intra-empreendedor ou empreendedor corporativo se tornou uma opção saudável

para promover progressão na carreira, além de autonomia e comprometimento junto

Material para uso exclusivo dos alunos da Rede de Ensino Doctum. Proibida a reprodução e o compartilhamento digital, sob as penas da lei.
à missão da organização.

EMPREENDEDORISMO
CORPORATIVO

CORPORATE
INTRAPRENEURSHIP
VENTURING

RENOVAÇÃO
Join Ventures INOVAÇÃO ESTRATÉGICA
Spin-Offs
Iniciativas de Capital de Risco

Novos Projetos
FORA DA ORGANIZAÇÃO Novas Estruturas
Equipes de Inovação
Unidades de Negócios Autônoma
Novos Negócios

DENTRO DA ORGANIZAÇÃO

82
UNIDADE 10 : O PROCESSO EMPREENDEDOR

Conforme Dornelas (2015) o intrapreneuship são oportunidades de trabalhar o

empreendedorismo corporativo dentro das organizações lembrando que visa o foco

na inovação e renovação estratégica para promover mudanças organizacionais. As

inovações são tanto para a corporação quanto para os indivíduos que participam do

processo e deve ser bem gerenciado para minimizar os riscos e buscar os retornos

tendo mais autonomia para implementação de seus projetos mesmo que as regras e

Material para uso exclusivo dos alunos da Rede de Ensino Doctum. Proibida a reprodução e o compartilhamento digital, sob as penas da lei.
normas da organização não sejam mudadas.

O corporate venturing, trata da criação de algo novo que muitas vezes é nascido

em um primeiro momento dentro da empresa, pois é gerado através de algo já

existente podendo ser um novo projeto ou negócio tendo suas próprias regras que

nem sempre estão relacionadas com o que ocorre na organização. Os negócios que

são desenvolvidos fora da organização inicial via spin-offs, joint-ventures com outras

empresas ou através de investimentos externos ou internos para novos negócios. O

grau de inovação dessa modalidade é muito grande já que é identificada uma nova

oportunidade de maneira autônoma criando algo novo. Podemos pensar, então, que

o empreendedorismo corporativo é a junção de inovação que a organização pratica e

desenvolve para implementação de novos negócios.

83
UNIDADE 10 : O PROCESSO EMPREENDEDOR

RESUMO:
Essa unidade dá continuidade no plano de negócios e permitiu identificar as contribuições de

um planejamento de marketing, que estuda o mercado e as melhores estratégias para divulgar,

distribuir e preparar as vendas de seu produto ou serviço. Através de uma pesquisa de marketing

também temos a possibilidade de definir os preços com base nos concorrentes e despesas com

Material para uso exclusivo dos alunos da Rede de Ensino Doctum. Proibida a reprodução e o compartilhamento digital, sob as penas da lei.
promoção e divulgação do negócio. A análise bem elaborada dos chamados 4P´s (produto, pre-

ço, promoção e praça) do markting gera maior quantidade de informações e permite uma toma-

da de decisão mais segura para seu negócio.

84
UNIDADE 10 : O PROCESSO EMPREENDEDOR

REFERÊNCIA:
DORNELAS, José Carlos de Assis. Empreendedorismo corporativo: como ser

empreendedor, inovar e se diferenciar em organizações estabelecidas. 3ª ed.

Rio de Janeiro: LTC, 2015.

Material para uso exclusivo dos alunos da Rede de Ensino Doctum. Proibida a reprodução e o compartilhamento digital, sob as penas da lei.
CARELI, S.L.O.; ALMEIDA, D.M.; CARVALHO, C.N.; MORCERF, S.O.; BOAS, J.A.V.

O Empreendedorismo Corporativo como Estratégia Competitiva numa

Organização. In: Simpósio de Excelência em Gestão e Tecnologia, 2013.

COSTA, A. CERICATO, D.; MELO, P.A. O Empreendedorismo Corporativo: uma

nova estratégia para a inovação em organizações contemporâneas. Revista

de Negócios, Blumenau, v. 12, n. 4, p. 32 - 43, outubro/dezembro 2007.

85
11
O Plano de Negócios
Parte 1

11.1 Estrutura do Plano de Negócios 88

11.2 Produtos e Serviços 91


UNIDADE 11 : PLANO DE NEGÓCIOS - PARTE 1

A partir dessa unidade iniciamos uma viagem sobre o planejamento, organização e

direção de um negócio. Como parte do planejamento surge um produto que busca

prever, programar e coordenar uma sequencia logica de eventos, buscando o alcance

dos objetivos. Esse produto é o plano. Nosso desafio agora é conhecer um plano de

Material para uso exclusivo dos alunos da Rede de Ensino Doctum. Proibida a reprodução e o compartilhamento digital, sob as penas da lei.
negócios, principal norteador e organizador de ideias para quem pretende iniciar um

negócio.

11.1 Estrutura do plano de negócios


O plano de negócios permite ao empreendedor descrever sua ideia acerca do

empreendimento que deseja iniciar, projetando seus desdobramentos futuros. O plano

de negócios é um documento que contempla um conjunto de dados e informações,

além de definir suas principais características e condições para proporcionar uma

análise segura da viabilidade e dos riscos existentes, além de contribuir para sua

implementação. O Sebrae desenvolveu um esboço de plano de negócios para ajudar

os futuros empreendedores que os procuram buscando ajuda para “colocar no papel”

suas ideias.

Conforme podemos encontrar no portal do Sebrae, um plano de negócios é ferramenta

importante para qualquer empreendedor.

Ele está inserido no processo de empreender, que conta com quatro fases :

01_Identificação de oportunidades.
02_Elaboração do plano de negócio.
03_Captação de recursos.
04_Gerenciamento.

88
UNIDADE 11 : PLANO DE NEGÓCIOS - PARTE 1

PLANO DE NEGÓCIO

RAMO DE ATIVIDADE:
Porque escolheu este negócio?

MERCADO CONSUMIDOR:
Quem são os clientes?
O que tem valor para os clientes?

MERCADO FORNECEDOR:

Material para uso exclusivo dos alunos da Rede de Ensino Doctum. Proibida a reprodução e o compartilhamento digital, sob as penas da lei.
Quem são os fornecedores de insumos e serviços

MERCADO CONCORRENTE:
Quem são os concorrentes?

PRODUTOS/SERVIÇOS A SEREM OFERTADOS:


Quais as características dos produtos/serviços?
Quais são seus usos menos evidentes?
Quais são suas vantagens e desvantagens diante dos concorrentes?
Como criar valor para o cliente por meio dos produtos/serviços?

LOCALIZAÇÃO:
Quais são os critérios para avaliação do local ou do "ponto"?
Qual a importância da localização para seu negócio?

PROCESSO OPERACIONAL:
Como sua empresa vai operar etapa por etapa? (Como fazer?)
Como fabricar?
Como vender?
Como fazer o serviço?
Qual trabalho será feito? Quem o fará? Com que material? Com que equipamento?
Quem tem conhecimento e experiência no ramo?
Como fazem os concorrentes?

PREVISÃO DE PRODUÇÃO, PREVISÃO DE VENDAS OU PREVISÃO DE SERVIÇOS:


Qual a necessidade e a procura de mercado?
Qual a sua provável capacidade de produção?
Qual a disponibilidade de matérias-primas e insumos básicos?
Qual é o volume de produção/vendas/serviçosque você planeja para o seu negócio?

ANÁLISE FINANCEIRA:
Qual é a estimativa da receita da empresa?
Qual é o capital inicial necessário:?
Quais são os gastos com materiais?
Quais são os gastos com o pessoal de produção?
Quais são os gastos gerais da produção?
Quais são as despesas administrativas?
Quais são as despesas de venda?
Qual é a margem de lucro desejada?

Fonte: Chiavenato (2012)

89
UNIDADE 11 : PLANO DE NEGÓCIOS - PARTE 1

O plano de negócios deve ser um projeto vivo, dinâmico, interessante e motivador para que possa

ser consultado sempre que necessário, seja para rever algum caminho, seja para apresentar aos

vários atores, tais como investidores, financiadores, fornecedores, clientes e consumidores, etc:

Perfil do cliente;
Faça uma análise completa
Características do mercado;
do setor em que a nova empresa

Material para uso exclusivo dos alunos da Rede de Ensino Doctum. Proibida a reprodução e o compartilhamento digital, sob as penas da lei.
Características da concorrência;
irá funcionar:
Cenário econômico, social e tecnologico;

Faça um levantamento Características do produto/serviço a ser ofertado;


completo sobre as características Preço e condições de venda;
do novo empreendimento: Formatação jurídica do empreendimento;
Estrutura organizacional;

Defininição da missão, visão, e dos valores;


Elabore um plano estratégico Definição do negócio;
para o novo empreendimento: Determinação dos objetivos estratégicos de longo prazo;
Estabelecimento da estratégia do negócio;

Previsão de vendas;
Elabore um plano
Planejamento da produção;
operacional para o novo
Previsão de despesas gerais e fluxo de caixa;
empreendimento:
Balancete simulado;

Faça um resumo executivo Condensação e resumo de todas


das informações: as informações acima relatadas;

Revise cuidadosamente Relação de todos os custos, preços,


todo o conjunto para previsões e despesas que compôe o plano para
obter consonância: verificar sua viabilidade e confiabilidade;

Fonte: Chiavenato (2012)

90
UNIDADE 11 : PLANO DE NEGÓCIOS - PARTE 1

11.2 PRODUTOS E SERVIÇOS


Cada negócio é diferente e deve ser idealizado de maneira específica. Todo novo empreendimento

deve ser visualizado do ponto de vista de um plano de negócio completo e que contenha todos

os elementos importantes para caracterizá-lo adequadamente. O plano deve trazer a descrição

do setor, a natureza jurídica do negócio, a estrutura organizacional da empresa, os relatórios

financeiros simulados, um plano estratégico e um plano operacional.

Material para uso exclusivo dos alunos da Rede de Ensino Doctum. Proibida a reprodução e o compartilhamento digital, sob as penas da lei.
Amplie continuadamente o seu negócio (CHIAVENATO, 2012):

01_Defina seu produto/serviço do modo mais detalhado possível.


02_Procure identificar uma característica diferencial para seu produto/serviço.
03_Focalize o mercado-alvo. Observe os limites do mercado, seja do ponto de vista geográfico,
seja do ponto de vista do perfil dos clientes.
04_Busque várias alternativas e opções para colocar seu produto/serviço no mercado: shopping
centers, lojas, revendedores, vendas por telefone, marketing direto, internet etc.

05_Se você pretende ser um comerciante e quer vender um determinado produto, é necessário
decidir entre produzi-lo ou consegui-lo com um fornecedor.

06_Ponha no papel todos os aspectos necessários para tocar a sua atividade: instalações, espaço
físico, equipamentos, investimentos e, sobretudo, equipe de trabalho.

07_Adote uma postura de crítica sistemática: seja crítico em relação ao seu projeto e procure
encontrar e solucionar possíveis falhas. Mais que isso, nunca se satisfaça com o padrão de

excelência alcançado. Você pode sempre melhorar seu negócio.

Desse modo, já estamos inicialmente preparados para dar continuidade ao nosso plano, e em

nosso próximo encontro poderemos identificar o mercado em que estamos envolvidos e como

elaborar um plano de marketing. Não deixem de assistir aos vídeos e ler os textos que ajudam

para melhorar nosso entendimento sobre o assunto.

91
UNIDADE 11 : PLANO DE NEGÓCIOS - PARTE 1

RESUMO:
Essa unidade dá continuidade no plano de negócios e permitiu identificar as contribuições de

um planejamento de marketing, que estuda o mercado e as melhores estratégias para divulgar,

distribuir e preparar as vendas de seu produto ou serviço. Através de uma pesquisa de marketing

também temos a possibilidade de definir os preços com base nos concorrentes e despesas com

Material para uso exclusivo dos alunos da Rede de Ensino Doctum. Proibida a reprodução e o compartilhamento digital, sob as penas da lei.
promoção e divulgação do negócio. A análise bem elaborada dos chamados 4P´s (produto, pre-

ço, promoção e praça) do markting gera maior quantidade de informações e permite uma toma-

da de decisão mais segura para seu negócio.

92
UNIDADE 11 : PLANO DE NEGÓCIOS - PARTE 1

REFERÊNCIA:
CHIAVENATO, Idalberto. Empreendedorismo: dando asas ao espírito em-

preendedor. 4 ed. São Paulo: Manole, 2012.

DORNELAS, José Carlos de Assis. Empreendedorismo corporativo: como ser

Material para uso exclusivo dos alunos da Rede de Ensino Doctum. Proibida a reprodução e o compartilhamento digital, sob as penas da lei.
empreendedor, inovar e se diferenciar em organizações estabelecidas. 3ª

ed. Rio de Janeiro: LTC, 2015.

SEBRAE – Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas – Site

Disponível em: www.sebrae.org.br Acesso em: Outubro/2018

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12
O Plano de Negócios
Parte 2

12.1 Mercado e Competidores 96

12.2 Marketing e Vendas 97


UNIDADE 12 : PLANO DE NEGÓCIOS - PARTE 2

Daremos continuidade ao nosso conteúdo e preparação para o plano de negócios. Vamos

nos preparar para identificar e conhecer nossos futuros clientes e concorrentes. O plano de

marketing depende de uma elaboração de estratégia bem definida para evitar tomadas de

decisões equivocadas, bem como proporciona dados importantes que contribuem para maior

conhecimento do mercado onde se pretende atuar oferecendo ainda detalhes do espaço de

atuação de seu negócio e possibilitam atuação mais direcionada ao seu potencial cliente gerando

Material para uso exclusivo dos alunos da Rede de Ensino Doctum. Proibida a reprodução e o compartilhamento digital, sob as penas da lei.
mais efetividade.

12.1 MERCADO E COMPETIDORES


É muito importante que o empreendedor conheça o mercado onde pretende atuar. Elaborar

uma análise de mercado é, sobretudo, uma das mais importantes seções do plano de negócios.

Identificar o público-alvo permite direcionar as estratégias de marketing que geram maiores

resultados.

Dornelas (2008) apresenta um roteiro para análise de mercado que pode ser utilizado como

ponto de partida para conhecer o ambiente, suas oportunidades e riscos:

01_Identificar as tendências ambientais ao redor do negócio (oportunidades e ameaças), de


ordem demográfica, econômica, tecnológica, política, legal, social e cultural.

02_Descrever o setor onde seu negócio está inserido: qual é o tipo de negócio, tamanho do
mercado atual e futuro (projetado), quais são os segmentos de mercado existentes, qual o seu

segmento específico e quais as tendências desse segmento, qual o perfil dos consumidores.

03_Analisar os principais competidores: descrição de seus produtos/serviços, posicionamento


no mercado, suas fortalezas e fragilidades, práticas de marketing utilizadas (política de preços,

canais de distribuição, promoção), fatia de mercado que domina e participação de mercado

(Market share).

04_Efetuar comparação com os competidores: mostrar quais os seus diferenciais em relação aos
principais competidores (aqueles com os quais sua empresa compete diretamente, de forma mais

acirrada). É possível coletar dados confiáveis regularmente obtidos e organizados por entidades

públicas ou privadas.

Estas informações podem estar em:

Prefeituras Municipais.

Secretarias de Estado.

Órgãos do Governo Federal.

Entidades de classe.

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UNIDADE 12 : PLANO DE NEGÓCIOS - PARTE 2

Universidades.

IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas).

Associações comerciais, industriais e sindicatos.

Centros de pesquisa, cooperativas e agências de desenvolvimento.

Centros tecnológicos.

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Jornais, revistas e publicações especializadas.

Se estas fontes não forem suficientes, ou se você precisar de mais dados, considere uma consulta

direta, ou seja, perguntar diretamente a clientes, possíveis clientes, fornecedores ou funcionários.

A pesquisa de mercado permite conhecer melhor o mercado de atuação e definir suas estratégias

de marketing direcionando suas energias de forma eficiente junto ao seu público-alvo. Conhecer

quem são seus clientes, o que compram e de que forma costumam comprar, permite maior

agilidade na tomada de decisão e foco no investimento correto a ser feito para apresentação de

seu negócio junto ao mercado.

12.2 MARKETING E VENDAS


Agora que nós já mapeamos o mercado com dados e informações que nos permitem segurança na

tomada de decisão, podemos elaborar uma análise interna e externa de nossas forças, fragilidades,

oportunidades e ameaças. Uma ferramenta amplamente utilizada em todo o mundo dos

negócios é a análise SWOT , que permite um olhar mais completo sobre nosso ambiente externo

com seus fatores que influenciam direta ou indiretamente; e o ambiente interno, que identificam

quais são nossas vantagens ou desvantagens competitivas junto ao nosso concorrente e público-

alvo. O vídeo do sebrae apresenta a ferramenta e suas utilidades, vale a pena assistir: https://www.

youtube.com/watch?v=SjNMKb46n80

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UNIDADE 12 : PLANO DE NEGÓCIOS - PARTE 2

O marketing é o principal elo entre o empreendedor e o cliente, pois é a função que

pesquisa os ambientes para apresentar propostas que possam convencer as pessoas a

comprar ou tomar o serviço. Conforme apresentado por Chiavenato (2012) marketing é

uma reunião de atitudes destinadas a criar produtos/serviços e oferecê-los no mercado,

no local, no tempo e no volume adequados. Os componentes do mix de marketing

devem estar sempre orientados para o cliente e para suas necessidades e expectativas.

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PRODUTO/SERVIÇO: LOCAL/DISTRIBUIÇÃO:
Variedade de mercadoria. Localização da loja.
Seleção de produtos. Localização da marca.
Serviços a oferecer. Entrega.
Desenho da loja. Canais de suprimento.
Atmosfera.

CONSUMIDOR

PROMOÇÃO: PREÇO:
Propaganda. Níveis de preço.
Grau de venda pessoal. Planos de crediário oferecidos.
Publicidade. Cartões de créditos aceitos.
Promoção de vendas. Markdown dos itens de venda.

Fonte: Chiavenato (2012)

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UNIDADE 12 : PLANO DE NEGÓCIOS - PARTE 2

O marketing possibilita a proximidade da relação com o cliente, conhecendo os fatores que

influenciam em sua tomada de decisão na aquisição de um produto/serviço. A partir do momento

em que conhece seu cliente e suas características, você pode se preparar melhor para vender a

ele seus produtos/serviços.

O processo dinâmico de vendas é composto de sete fases (CHIAVENATO, 2012):

Material para uso exclusivo dos alunos da Rede de Ensino Doctum. Proibida a reprodução e o compartilhamento digital, sob as penas da lei.
Pesquisa de mercado de consumidores
1

Propaganda
2

Vendas
3

Promoção de Vendas
4

Canais de Distribuição
5

Merchandising
6

Pós-venda
7

Fonte: Chiavenato (2012)

Por se tratar de uma parte de extrema importância na aquisição de experiência para identifica-

ção de seu cliente, percepção de mercado e controle de produção e vendas, o marketing precisa

ser bem pesquisado e planejado, pois é um setor estratégico da organização.

99
UNIDADE 12 : PLANO DE NEGÓCIOS - PARTE 2

RESUMO:
Essa unidade dá continuidade no plano de negócios e permitiu identificar as contribuições de

um planejamento de marketing, que estuda o mercado e as melhores estratégias para divulgar,

distribuir e preparar as vendas de seu produto ou serviço. Através de uma pesquisa de marketing

também temos a possibilidade de definir os preços com base nos concorrentes e despesas com

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promoção e divulgação do negócio.

A análise bem elaborada dos chamados 4P´s (produto, preço, promoção e praça) do marketing

gera maior quantidade de informações e permite uma tomada de decisão mais segura para seu

negócio.

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UNIDADE 12 : PLANO DE NEGÓCIOS - PARTE 2

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CHIAVENATO, Idalberto. Empreendedorismo: dando asas ao espírito em-

preendedor. 4 ed. São Paulo: Manole, 2012.

DORNELAS, José Carlos de Assis. Empreendedorismo corporativo: como ser

Material para uso exclusivo dos alunos da Rede de Ensino Doctum. Proibida a reprodução e o compartilhamento digital, sob as penas da lei.
empreendedor, inovar e se diferenciar em organizações estabelecidas. 3ª

ed. Rio de Janeiro: LTC, 2015.

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Disponível em: www.sebrae.org.br Acesso em: Outubro/2018

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O Plano de Negócios
Parte 3

13.1 Gerenciando a equipe 104

13.2 Plano financeiro 107


UNIDADE 13 : PLANO DE NEGÓCIOS - PARTE 3

Nossa última unidade desse vasto conteúdo sobre o SER EMPREENDEDOR!

Todos os recursos físicos e financeiros que a empresa reúne precisam ser ativados e

manejados para melhor operacionalizar seus processos e gerar resultados. Nessa unidade

conheceremos as novas formas de se gerenciar pessoas em um empreendimento

Material para uso exclusivo dos alunos da Rede de Ensino Doctum. Proibida a reprodução e o compartilhamento digital, sob as penas da lei.
e não podemos pensar em uma estrutura rígida, padronizada, tampouco em um

modelo único. As estruturas de recursos humanos atuais consistem em várias ações

que, coordenadas, facilitam a gestão e o planejamento de pessoas e gerenciamento

das equipes. Finalizaremos compreendendo a importância dos controles financeiros,

identificando a estrutura de custos e o lançamento de informações para o fluxo de

caixa. No decorrer do curso vocês ainda terão a oportunidade de aprofundar em

cada um desses elementos apresentados nesse conteúdo inicial sobre as práticas

empreendedores do profissional do futuro.

13.1 GERENCIANDO A EQUIPE


Nesse novo contexto em que vivemos, o conceito de cargo foi substituído pelo de

equipe, pois as pessoas trabalham conjuntas trocando ideias e experiências buscando

solucionar as questões do dia a dia. Uma das tarefas mais importantes é gerenciar as

equipes, pois cada pessoa é única, com suas qualidades, habilidades, personalidade,

individualidade, experiências e história. Porém, estão todas no mesmo ambiente e

buscam atender ao mesmo objetivo organizacional, se tornando um grande desafio

para o empreendedor a construção de uma boa equipe de trabalho.

Para isso, são necessárias algumas ações:


01_Escolha da equipe: implica recrutar e selecionar os candidatos que farão parte de
sua equipe. Esteja sempre atento às pessoas que podem ajudá-lo a alcançar o sucesso

no seu empreendimento. Procure cercar-se de talentos e não de mediocridades.

02_Desenho das atividades: significa definir o que cada pessoa da equipe deverá
fazer, o cargo que deverá ocupar, as funções, como avaliar seu desempenho e integrar

104
UNIDADE 13 : PLANO DE NEGÓCIOS - PARTE 3

suas atividades com as demais atividades da empresa, etc.

03_Treinamento: significa treinar e capacitar as pessoas para que elas possam exercer suas
atividades na empresa. O treinamento não deve ser esporádico ou eventual: você precisa dedicar

algumas horas diárias para treinar, ensinar, capacitar e desenvolver seu pessoal. Se necessário,

utilize meios externos para isso: cursos, seminários, palestras, conferências etc.

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04_Liderança: você precisa conduzir sua equipe. Isso significa orientar, definir rumos e metas,
ajudar as pessoas a ultrapassar suas dificuldades e desafios, monitorar o trabalho delas, impulsionar

e motivar a equipe. Deixe de lado o comando e a hierarquia e dê liberdade e autonomia às pessoas,

apontando as metas e os resultados que elas devem alcançar.

05_Motivação: procure sempre motivar a equipe. Utilize meios financeiros — prêmios,


recompensas, participação nos resultados diretos e no alcance de objetivos — e meios não

financeiros — reconhecimento público pelo desempenho excelente, “tapinhas nas costas” etc.

06_Remuneração: não se esqueça de que dinheiro compra a satisfação de muitas necessidades


humanas. A remuneração é um importante motivador. Defina um sistema de recompensas com

base no desempenho individual e grupal.

07_Avaliação do desempenho: não deixe de monitorar e avaliar o que a equipe está fazendo.
Avalie o seu desempenho, não de vez em quando, mas continuamente, diariamente, trocando

ideias com as pessoas a respeito do seu trabalho e dando sugestões e orientações. Proporcione

retroação e autodesenvolvimento à sua equipe.

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UNIDADE 13 : PLANO DE NEGÓCIOS - PARTE 3

É importante entender o sistema sociotécnico em que as empresas estão envolvidas. Toda

organização consiste em uma combinação administrada de tecnologia e de pessoas, trazendo

uma inter-relação entre todos os agentes envolvidos, sendo distribuído em três subsistemas

principais, tendo como papel principal do subsistema gerencial proporcionar um elo estreito

entre os subsistemas social e o técnico:

Material para uso exclusivo dos alunos da Rede de Ensino Doctum. Proibida a reprodução e o compartilhamento digital, sob as penas da lei.
SISTEMA
GERENCIAL

SUBSISTEMA SUBSISTEMA
TÉCNICO SOCIAL

01_Instalações físicas, máquinas, 01_Pessoas e suas características físicas e


equipamentos, instrumentos, tecnologia e psicológicas.
arranjo físico. 02_As relações sociais entre as pessoas re-
02_Tarefas a serem executadas. sultam da organização formal (decorrentes
03_Responsável para eficiência potencial. da tarefa) e da organização informal.
03_Responsável pela conversão da eficiên-
cia potencial em real.

Fonte: Chiavenato (2012)

Para que consiga desenvolver uma equipe eficiente e entrosada, o empreendedor precisa

conhecer como montar uma equipe, buscando promover um recrutamento que atenda ao

perfil ideal para trabalhar com o negócio. Proporcione um contínuo processo de treinamento e

desenvolvimento das pessoas, proponha salários e remunerações que sejam compatíveis com o

mercado, além da oferta de benefícios que ultrapassam o valor financeiro e criam uma atmosfera

agradável gerando um bom clima e a cultural organizacional, promovendo maior envolvimento,

participação e comprometimento das pessoas envolvidas.

106
UNIDADE 13 : PLANO DE NEGÓCIOS - PARTE 3

Também se faz importante nesse processo de formar e conduzir uma equipe, a liderança que

o empreendedor direciona e influencia o comportamento de seus subordinados. Os tipos de

influência de um líder direcionam os rumos que os objetivos serão alcançados. Para que se

tenha uma equipe dinâmica e motivada, o papel do líder é imprescindível para direcionar como

a equipe irá trabalhar, com qual tipo de autonomia e responsabilidades que contribuem para

maior comprometimento e reconhecimento do trabalho e alcance dos objetivos.

Material para uso exclusivo dos alunos da Rede de Ensino Doctum. Proibida a reprodução e o compartilhamento digital, sob as penas da lei.
Existem três tipos tradicionais de liderança, conforme apresentado por Chiavenato (2012):

AUTOCRÁTICA DEMOCRÁTICA LIBERAL

O líder define os objetivos Líder e equipe definem os A equipe define os objetivos.


objetivos.

O líder comanda Líder e equipe comandam juntos. A equipe faz o que quer.

O líder é responsável. Líder e equipe corresponsáveis. A equipe é irresponsável.

O líder ignora a equipe. Líder e equipe compartilham. A equipe ignora a equipe.

Fonte: Chiavenato (2012. P.199)

13.2 PLANO FINANCEIRO


Uma boa gestão acompanha a produção, promove as melhores estratégias de marketing e

trabalha bem em equipe. Porém, para que todos esses recursos possam ser utilizados para atingir

os resultados é necessário um controle financeiro, pois para funcionar as empresas precisam

de dinheiro. Quanto aos objetivos que perseguem, existem empresas lucrativas, que tem como

objetivo final o lucro e as empresas não lucrativas, que tem como objetivo final a prestação de um

serviço público, independente do lucro.

O gerenciamento financeiro preocupa-se com dois aspectos principais: o melhor retorno possível

do investimento (rentabilidade ou lucratividade) e sua rápida conversão em dinheiro (liquidez).

Para que se possa obter uma boa rentabilidade e liquidez, o empreendedor deve procurar obter

recursos financeiros do mercado e procurar gerenciar.

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UNIDADE 13 : PLANO DE NEGÓCIOS - PARTE 3

Conforme Chiavenato (2012) apresenta como principais atribuições:

01_Obter recursos financeiros


02_Utilizar os recursos financeiros.
03_Aplicar os recursos financeiros excedentes (processo de gerenciamento), conforme a figura
nos indica:

Material para uso exclusivo dos alunos da Rede de Ensino Doctum. Proibida a reprodução e o compartilhamento digital, sob as penas da lei.
ENTRADA DE RECURSOS DO MERCADO SAÍDA DE RECURSOS DO MERCADO

01_Contas a Receber 01_Contas a Pagar (Fornecedores)


02_Recursos Próprios Integraliza- 02_Pagamento de Dividendos a
dos e Aumento de Capital CAIXA Acionistas
03_Empréstimos e Financiamentos 03_Pagamento de Pessoal
04_Recebimento da Venda de Ativos 04_Pagamento de Impostos
Imobilizados 05_Pagamento de Empréstimos e
Financiamentos
06_Pagamento de Ativos Imobilizados
BANCOS 07_Aplicação no mercado de capitais,
fundos, etc.

É importante ter acesso aos controles financeiros, estar organizado internamente, compreender

que uma boa gestão financeira passa pela correta implantação dos processos de controles

financeiros e a leitura correta deles para tomar decisões e definir qual investimento pode ser

realizado. A movimentação econômica e financeira permite ao empreendedor conhecer sua

realidade e direcionar as decisões que melhor lhe apresentarem .

Uma boa gestão financeira traz sustentabilidade, garantindo saúde e tranquilidade para seu

negócio. Algumas decisões e atitudes podem afetar diretamente os resultados operacionais

da sua empresa, positiva ou negativamente. Reduzir ou aumentar o estoque, investir ou não


em estratégias de marketing, entre outras decisões precisam estar orientadas por indicadores

financeiros seguros e confiáveis.

O controle de caixa tem como finalidade verificar se não existem erros de registros ou desvios

de recursos. Para isso, o caixa deve ser conferido diariamente para averiguação e conferência dos

108
UNIDADE 13 : PLANO DE NEGÓCIOS - PARTE 3

registros e qualquer diferença deve ser deve ser zerada. As conferências com os extratos bancários

também são executadas no controle diário de caixa, pois os dados lançados proporcionam

a elaboração do fluxo de caixa, que é um instrumento de gestão financeira que projeta para

períodos futuros todas as entradas e saídas de recursos financeiro da empresa:

É importante ter segurança das informações financeiras de sua empresa para que as decisões

Material para uso exclusivo dos alunos da Rede de Ensino Doctum. Proibida a reprodução e o compartilhamento digital, sob as penas da lei.
possam ser tomadas de forma mais tranquila e permitindo alcançar bons resultados com

planejamento e controle.

É isso aí, pessoal! Finalizamos esse conteúdo.

Espero que tenham se interessado em aprofundar cada vez mais possibilitando crescimento e

aprendizado para empreender, onde quer que estejam!

Fiquem bem!

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UNIDADE 13 : PLANO DE NEGÓCIOS - PARTE 3

RESUMO:
Finalizamos nessa unidade o plano de negócios com a montagem e acompanhamento da quan-

tidade de pessoal necessário para a execução das tarefas do negócio. Também passamos pelos

controles financeiros básicos que possibilitam o mínimo de controle sobre as entradas e saídas

de receitas e para pagamento de fornecedores e despesas fixas e variáveis. Para um negócio ser

Material para uso exclusivo dos alunos da Rede de Ensino Doctum. Proibida a reprodução e o compartilhamento digital, sob as penas da lei.
sustentável é preciso um equilíbrio financeiro e acompanhamento constante do caixa, evitando

surpresas desagradáveis que podem gerar desconfortos ou até mesmo paralisação das ativida-

des. Portanto, o plano de negócios é uma ferramenta importante que produz muitos dados para

que as decisões possam ser tomadas diante de informações seguras e eficientes para uma vida

financeira saudável para a organização e o empreendedor.

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UNIDADE 13 : PLANO DE NEGÓCIOS - PARTE 3

REFERÊNCIA:
CHIAVENATO, Idalberto. Empreendedorismo: dando asas ao espírito em-

preendedor. 4 ed. São Paulo: Manole, 2012.

DORNELAS, José Carlos de Assis. Empreendedorismo corporativo: como ser

Material para uso exclusivo dos alunos da Rede de Ensino Doctum. Proibida a reprodução e o compartilhamento digital, sob as penas da lei.
empreendedor, inovar e se diferenciar em organizações estabelecidas. 3ª

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SEBRAE – Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas – Site

Disponível em: www.sebrae.org.br Acesso em: Outubro/2018

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Material para uso exclusivo dos alunos da Rede de Ensino Doctum. Proibida a reprodução e o compartilhamento digital, sob as penas da lei.

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