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DE Aula 2 – 13.10.

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TEORICA

CODIGO COMERCIAL

Art.º 231 - Contrato de mandato

É aquele que é encarregue por outra pessoa um ou mais atos de comercio por conta e no
interesse daquele que o encarrega, que se chama de mandante.

Art.º 403 – Requisitos da comercialidade do deposito

Entrega de alguma coisa a guarda de outra pessoa, para que depositário devolva a certo prazo
com as mesmas condições que foi depositado

O deposito é comercial quando os bens depositados se destinam a prática de comercio

Art.º 463 – Comprar e vendas comerciais

A compra e venda é comercial quando tem por objeto a transferência de propriedade de uma
coisa móvel que o comprador adquiri com o propósito de revender em bruto ou trabalhada

Art.º 464 – Compras e vendas não comercias

1-Não é comercial a compra e venda de qualquer coisa destinada a uso ou consumo do


comprador ou da sua família e as revendas que porventura venha a fazer dessa coisa.

2-Tbm não é comercial a venda que o proprietário ou explorador rural faca dos produtos sua
propriedade.

3-Não é tbm comercial as compras que s artistas e os artesãos que exercessem a sua arte ou
ofício façam dos objetos que transformarem ou aperfeiçoarem.
4-Os que criam animais para revenda as compras desses animais não são atos desse comercio.

Art.º 481 – Requisitos da comercialidade do aluguer

Quando o aluguer é comercial umas das partes obriga a proporcionar uma das outras um gozo
temporário de uma coisa mediante contribuição.

Art.º 362 – Natureza comercial das operações de Banco

Art.º 36...

São comercias todos os transportes incluindo terrestes, marítimos e ferroviários pelo qual
alguém se obriga a deslocar mercadoria por meio de veículos rodoviários entre 2 locais.

Art.º 394 – Requisitos da comercialidade do empréstimo

Para que o empréstimo seja comercial é necessário que a coisa emprestada se destina a prática
de comercio

Art.º 397 – Requisitos

Exemplo:

A quer comprar mercadorias para as revender – é comercial

A não tem dinheiro para pagar as mercadorias

A vai pedir um empréstimo a B para faze a compra

A dá como garantia de pagamento de um empréstimo um penhor – é comercial

O penhor é comercial quando a divida que se garante é comercial.


(Contratos de seguros tbm são comerciais)

Art.º 2 – Atos de comercio

O ato de comercio é um ao subjetivo quando quem o pratica exerce o comercio ou a empresa e


tem a qualidade de comerciante ou empresário, exceto quando resultar do próprio ato ou
contrato que é de natura não comercial (tem natureza exclusivamente civil)

Não é comercial:

O casamento do comerciante;

A compra e venda de uma casa;

O empréstimo que o comerciante faça para pagar a educação dos filhos.

Art.º 463 – Compras e vendas comerciais

Estamos perante atos de comercio mistos ou unilaterais. É aquele que numa situação jurídica
intervém entidades que são comerciantes e outras que não são

Art.º 99 – Regime dos atos de comercio unilaterais

Os atos mistos, isto é, os atos que forem comercias em relação a umas das partes e não
comerciais em relação a outra, regulado pela lei comercial para ambos

Art.º 100 – Regra das solidariedades nas obrigações comercias

Art.º 101 – Solidariedade do fiador


O fiador de obrigações mercantil garante o cumprimento dessa obrigação solidariamente com
o devedor, isto significa que se o devedor não pagar, o fiador pode ser chamado a pagar
independentemente se tiver capacidades de pagar ou não.

O fiador é solidário, não pode recusar...


PRATICA

Direito da Empresa - Caso prático 2

Em 2 de Setembro de 2010, Evaristo, comerciante de automóveis e titular da Sociedade AXC,


Lda., dirigiu-se à fábrica AutoAmérica onde adquiriu cinco automóveis. Destinou-os:

a) dois, a venda ao público no seu stand;

b) dois, ao uso dos vendedores das AXC;

c) um, a presente de casamento da sua filha, Francisca.

A AXC, Lda., ficou a dever à AutoAmérica o pagamento dos cinco veículos, que diferiu para 30
de Setembro de 2011; a AXC constituiu Mário seu fiador.

Em 30 de Setembro de 2011, a AXC não pagou. A AutoAmérica pretende cobrar juros pela dívida
e executa o património de Mário; Mário defende-se, alegando que ainda havia bens no
património da AXC e no património pessoal de Evaristo.

Paulo, um dos compradores dos veículos da AXC, convenciona pagar em três prestações, com
vencimento em 2 de Novembro de 2010, em 2 de Maio de 2011 e em 2 de Novembro de 2011,
respetivamente (calcule os juros).

Francisca revende o automóvel que recebera de presente a Manuel.

RESOLUÇÃO:

Em 2 de Setembro de 2010, Evaristo, comerciante de automóveis e titular da Sociedade AXC,


Lda., dirigiu-se à fábrica AutoAmérica onde adquiriu cinco automóveis. Destinou-os:

a) dois, a venda ao público no seu stand;

Sendo Evaristo comerciante de automóveis e titular de uma sociedade comercial, a compra de


2 automóveis para venda ao publico no seu stand, é um ato de comercio por 2 razoes:
1) É um ato de comercio porque se trata de uma compra para revenda - Art.º 2, 1ª Parte e Ar
n.º 463, nº 1 - Código comercial

2) É um ato de comercio subjetivo porque Evaristo é comerciante e em princípio todos os atos


e obrigações dos comerciantes são atos de comercio, desde que deles não resulte que não tem
qualquer relação com atividade daquele comerciante.

b) dois, ao uso dos vendedores das AXC;

A compra por Evaristo de 2 automóveis destinados a uso dos vendedores da AXC é um ato de
comercio apenas subjetivo, porque não se trata de uma compra para revenda, portante este ato
deve a sua comercial idade apenas ao facto de ser praticado por um comerciante e do mesmo
não resultar que não tem relação com atividade daquele comerciante.

c) um, a presente de casamento da sua filha, Francisca.

A compra de um automóvel destinado a presente de casamento a filha de Evaristo Francisca não


é um ato de comercio objetivamente nem subjetivamente, porque não se destina a revenda e
resulta do ato que não tem qualquer relação com atividade daquele comerciante, portanto não
é um ato de comercio.

A AXC, Lda., ficou a dever à AutoAmérica o pagamento dos cinco veículos, que diferiu para 30
de Setembro de 2011; a AXC constituiu Mário seu fiador.

A sociedade AutoAmérica onde são vendidos os automóveis é uma sociedade comercial - Art.º
1 - Código das sociedades comerciais

A Sociedade AutoAmérica é uma fábrica comerciante nos termos do art.º 230 do código
comercial porque muito embora não se diga se é uma sociedade comercial, ela pratica
regularmente/tem por objeto uma atividade comercial prevista no art.º 230 nº 1 do código
comercial. Ora quem exerce uma atividade comercial é, habitualmente, comerciante e vender
automóveis que se fabricam é um ato de comercio.
A divida que AXC tem com a AutoAmérica trata-se de uma divida comercial pois provém de uma
atividade comercial e todos os atos e obrigações dos comerciantes são atos comerciais.

Em 30 de Setembro de 2011, a AXC não pagou. A AutoAmérica pretende cobrar juros pela dívida
e executa o património de Mário; Mário defende-se, alegando que ainda havia bens no
património da AXC e no património pessoal de Evaristo.

A fiança é comercial quando a obrigação que e se afiança é comercial.


Nas obrigações comerciais e nas fianças comerciais, o fiador não goza do benéfico da excussão,
o que significa que o credor, AutoAmérica, pode executar/atingir diretamente o património do
fiador, Mário, sem primeiro esgotar/excutir o património do devedor (AXC) (Art.º 101 do Código
Comercial)

Paulo, um dos compradores dos veículos da AXC, convenciona pagar em três prestações, com
vencimento em 2 de Novembro de 2010, em 2 de Maio de 2011 e em 2 de Novembro de 2011,
respetivamente (calcule os juros).

As dividas comerciais vencem juros comerciais, logo o tipo de juros que se aplica a esta divida,
são os juros à taxa comercial e não os juros á taxa civil.

Francisca revende o automóvel que recebera de presente a Manuel.

Apesar de Francisca estar a revender um automóvel que comprou e isso ser em princípio um ato
de comércio, isto não constituí ato comercial visto que quando o seu pai comprou o automóvel
e lho ofereceu o mesmo não se destinava a revenda (Art.º 463, nº 3)

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