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Caso práctico 1:

Ambrósio é proprietário de uma empresa que se dedica à venda e assistência pós-venda


de computadores. Como iniciou a sua actividade há pouco tempo, ainda não obteve
quaisquer lucros, pelo que as despesas familiares são exclusivamente suportadas pela
sua mulher. Ambrósio adquiriu dois (2) computadores, o primeiro com intenção de o
utilizar ao serviço da sua empresa, o que assim fez, e o segundo com a intenção de o
revender. Porém, e quanto a este último, acabou por ofertá- lo a um amigo.

a) Como qualifica, do ponto de vista jurídico-mercantil, a compra dos dois (2)


computadores?

Resposta:

a) Relativamente ao primeiro computador, estamos perante um acto objectivamente


comercial, porque de acordo com artigo 4 do nº 1 da alínea (a) do Código
Comercial, “Serão considerados actos de comércios, todos aqueles que se
acharem especialmente regulados neste código e os actos análogos”., porque foi
comprado o computador tendo em vista a actividade económica do Ambrósio. O
acto é igualmente subjectivamente comercial, Porque foi praticado por
comerciantes e não tem natureza exclusivamente civil (tem causa mercantil) e do
próprio acto não resulta a sua não conexão com o comércio, constantes no artigo
4, do no 2 do Código Comercial. É um acto substancialmente comercial, a que
tem a ver com o comércio em sentido jurídico, pois trata-se de um acto cuja
comercialidade lhe advém de natureza própria porque é praticado por um
comerciante, tendo em vista a sua actividade económica. Por fim, trata-se de um
acto bilateralmente comercial, porque tem carácter comercial para ambas as
partes.

 Já o segundo computador é objectivamente comercial, uma vez que foi


comprado para revenda, de acordo com artigo 4, do n o 1 da alínea (a) do Código
Comercial, no entanto, não é um acto mercantil porque ao ser oferecido a um
amigo, foi um acto meramente civil, não tendo a ver com a actividade.
Caso Práctico 2:

António, agricultor, vendeu um imóvel rústico de que era proprietário e onde exercia a
sua actividade agrícola a Bento, que destina o prédio a aparcamento de viaturas
automóveis pesadas da sua indústria de transporte.

a) António é comerciante?
b) Bento é comerciante?

Resposta:

a) António não é comerciante, com base no artigo 2, da alínea a que diz o seguinte,
(são comerciantes as pessoas singulares ou colectivas que, em seu nome, por si
ou por intermédio de terceiros, exercem uma empresa comercial) e b que diz que
são comerciantes as sociedades comerciais, pois as vendas que o proprietário ou
explorador rural faça dos produtos de propriedade sua, serão excluídos do elenco
comercial.
b) Bento é comerciante, porque compreende todos os requisitos para ser
considerado comerciante: sobre ele não recai qualquer incapacidade do exercício
de direito, tem profissionalidade uma vez que tem uma indústria de transporte e,
exerce o comércio em seu nome, a título pessoal, independente e autónomo.

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