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CURVA DA

BANHEIRA
Tudo o que você precisa saber sobre o
comportamento da sua máquina em
relação à taxa de falhas que ela apresenta
ao longo do tempo.
Índice

● Introdução
● Entendendo a fundo o gráfico
○ Mortalidade Infantil;
○ Vida Útil;
○ Período de Desgaste.
● Em que fase da curva seu ativo está?
● Técnicas para aumentar a vida útil do seu
ativo
● Seja um aliado da tecnologia
● Entenda na prática
Introdução

Entre fornecedores e revendedores, equipamentos


quebram a todo tempo, e isso gera custos exorbitantes
com manutenção e, até mesmo, rescisões de contratos
milionários.

Na maioria das vezes, essas falhas acontecem em


função do tempo, onde a probabilidade das
ocorrências irá diferir entre as etapas do ciclo de vida,
seja de máquinas e equipamentos ou de uma
operação.
A curva que demonstra essa probabilidade de falhas no decorrer do tempo é conhecida como curva
da banheira.
Usualmente um equipamento tem, no início de sua vida útil, uma taxa elevada de falhas, devido a
problemas de fabricação, instalação inadequada, componentes defeituosos e montagem incorreta.

Com o passar do tempo, estas falhas são corrigidas, e o equipamento entra em um patamar de
estabilidade, com uma taxa de falhas constante. As quebras, quando ocorrem, são aleatórias.

Após certo tempo, conforme as condições de uso e agressividade do ambiente em que o


equipamento se encontra, as taxas de falhas começam a aumentar, devido ao desgaste dos
componentes.

INFÂNCIA VIDA ADULTA DESGASTE


Entendendo o gráfico

A curva da banheira ilustra o comportamento típico de um equipamento/componente


com relação à taxa de falhas ao longo do tempo.

Analisando o gráfico podemos identificar 3 pontos distintos:


Mortalidade infantil

No início da vida do ativo, na sua “infância”, a taxa


de falhas é elevada, mas evolui em sentido
decrescente, com declive negativo.

Durante essa fase acontecem falhas devido a

Taxa de falhas
alguns problemas de fabricação, defeitos de
instalação, erros no projeto, montagem incorreta
e componentes inadequados.

Durante a operação dos equipamentos, temos


uma taxa de falha alta neste início.

Tempo Operacional do ativo


Os três métodos para reduzir falhas

Três métodos são sugeridos para reduzir as falhas durante o período de mortalidade
infantil:

Aceitação e Controle de saúde e


Depuração
confiabilidade qualidade
1. Depuração

Devido à alta taxa de falha no período inicial, testes de depuração são amplamente aceitos
como uma abordagem para detectar as falhas antes de deixar a fábrica, até que um
percentual considerável do produto alcance uma baixa taxa de falha.

Os equipamentos defeituosos são descartados ou minimamente reparados. Tal medida é


ideal para fornecedores obterem feedbacks concisos sobre seus equipamentos antes
destes chegarem à mão dos clientes com alguma anomalia ou
problema.

Um grande problema associado com testes é decidir


exatamente quanto tempo e em que nível de montagem
as ferramentas devem ser testadas. Para isso existem
tecnologias e sensores que coletam dados dos
equipamentos em tempo real, fornecendo um panorama
completo sobre a saúde desses ativos em poucos minutos.
2. Aceitação e confiabilidade

Os testes de aceitação podem ser avaliações periódicas da confiabilidade do material de


produção, especialmente quando alguma ferramenta, peças ou outras características
sofrem alguma alteração ou mudança. Geralmente, embora existam riscos enganosos de
testes acelerados, os benefícios desses testes podem ser fundamentais.
3. Controle de saúde e qualidade

O controle de qualidade está relacionado com a


identificação e processamento de informações e variáveis
da máquina para evitar a ocorrência de falhas graves.

Por exemplo, a análise de vibração pode ser usada para


detectar possíveis problemas quando um processo está
ficando fora de controle e, em seguida, tomar as ações
correspondentes antes da ocorrência de falha.
Vida útil

No ativo “adulto”, as falhas são corrigidas e os


ativos entram em um nível de estabilidade,
com índice de erros estável e, quando ocorrem,
as falhas são aleatórias.

Taxa de falhas
Neste período, o número de falhas é menor do
que na etapa de mortalidade infantil.

Tempo Operacional do ativo


Período de desgaste

Já com o ativo “idoso”, sua taxa de falhas aumenta


constantemente e o gráfico sofre um declive
positivo.

De acordo com as condições de uso e deterioração


do ambiente em que se encontra, o equipamento

Taxa de falhas
passa a apresentar um aumento considerável na
proporção de erros. Isto acontece em função do
desgaste dos componentes.

Nessa fase, as falhas se devem ao desgaste


excessivo dos componentes, tanto pelas
manutenções deficientes ou revisões incorretas.
Cada manutenção acarreta em mais gastos e risco Tempo Operacional do ativo

à segurança.
Quando o equipamento ainda está na fase adulta, uma intervenção realizada num
momento de bom funcionamento, mesmo que prolongue a vida útil do equipamento,
expõe o ativo a um pico de taxa de falhas mais elevadas, devido à mortalidade infantil.
Em que fase da Curva da seu ativo está?

Identificar como está o comportamento das falhas


nos seus ativos é fundamental, pois por meio disso
é possível definir qual tipo de manutenção é o
mais adequado, já que a curva tem impacto
direto na disponibilidade que a máquina terá
para produção.

Taxa de Falhas
Assim, é possível alinhar as expectativas a uma
excelente estratégia para otimização do uso do
tempo e dos recursos.

Este gráfico mostra um resumo das


características da curva da banheira:
Tempo
Mortalidade Aleatoridade Desgaste
Infantil
Técnicas para aumentar a vida útil do seu ativo

Mesmo os desgastes “naturais” devem ser acompanhados o tempo todo pela equipe de manutenção.
Quando deixados de lado, eles se potencializam e diminuem significativamente a vida útil do ativo.

É interessante para qualquer fábrica que esse tempo seja o maior possível, principalmente para os
equipamentos de maior criticidade. Afinal, todo profissional da indústria sabe o quanto uma máquina que
apresenta falhas e paradas pode interferir na produção, causando prejuízos à empresa.

Uma boa gestão de manutenção é aquela que estende ao máximo o ciclo de vida útil de seus aparelhos,
otimizando o uso dos recursos já disponíveis, evitando investimentos desnecessários e aumentando a
competitividade da empresa.
Elabore um plano de manutenção estratégico

Com um conjunto de ações estratégicas em mãos, é possível


tornar a rotina da manutenção mais eficiente e aumentar a
produtividade da indústria, além de prolongar a vida útil dos
aparelhos e reduzir o desperdício de recursos.

Se determinada máquina é utilizada durante poucas horas do dia,


as revisões podem ser feitas com menor frequência, já que o
aparelho provavelmente não sofre tantos desgastes. Da mesma
forma, equipamentos usados de forma mais intensa devem ser
prioritários às ações do plano de manutenção.

Outra vantagem de ater-se ao plano é a de que tal antecipação


garante que as manutenções serão feitas sempre durante os
períodos de inatividade dos ativos e não prejudicarão a
produção.
Monitore os equipamentos

De nada adianta criar um plano de manutenção se nele não estiver incluso o acompanhamento
constante da degradação dos ativos. Para estender a vida útil do maquinário e garantir que seu bom
desempenho dure mais tempo, é fundamental conhecer sua situação atual e a tendência de desgaste.
Quando monitorados, alguns parâmetros contidos nas máquinas podem ajudar os gestores de
manutenção a se aprofundarem na saúde de cada um de seus equipamentos
Um jeito simples e eficaz de fazer isso é escolhendo aquele ou aqueles que mais atendam às
necessidades da sua produção e permitam conhecer a saúde do equipamento e a tendência dele às
falhas. Afinal, ao acompanhar o ativo, você consegue detectar sintomas que podem vir a ser
problemas maiores, garantindo que sejam feitas as devidas intervenções antes que o componente
quebre de fato.
Implemente ferramentas de manutenção preditiva

Para que a gestão seja estratégica e consiga


estender vida útil dos ativos, é fundamental
que seu plano de manutenção priorize a
manutenção preditiva.

Você já sabe que a preditiva consiste no


acompanhamento contínuo de um
equipamento e na definição de seu estado
futuro, com base nos dados coletados e
analisados.

Seu objetivo é melhorar o desempenho de


suas máquinas e o ritmo da produção.
Conheça as vantagens da manutenção preditiva

Ao adotar as ferramentas de manutenção preditiva, você


consegue:
● Antecipar a necessidade de serviços de manutenção;
● Reduzir as desmontagens e reparos desnecessários;
● Aumentar o tempo de disponibilidade dos
equipamentos;
● Diminuir as paradas forçadas;
● Prolongar o tempo de vida útil dos equipamentos;
● Elevar a confiabilidade dos equipamentos.
Ao priorizar esse tipo de manutenção, ocorre uma queda no número de quebras inesperadas no
maquinário e, consequentemente, os gargalos na produção se tornam cada vez mais raros e a
competitividade da empresa aumenta significativamente.
Verifique as condições do ambiente

O ambiente exerce grande influência sobre o uso e os desgastes dos equipamentos, uma vez que cada
um deles foi desenhado para trabalhar sob determinada condição. Enquanto alguns aparelhos resistem
a ambientes de trabalho mais intensos e “agressivos”, com bastante poeira, água ou óleo, outros são
mais frágeis e exigem mais medidas de proteção.

Resíduos e poeira são experts em acelerar o desgaste das


máquinas mais sensíveis e, por isso, devem ser evitados. No
entanto, antes de tirar conclusões sobre as condições de trabalho
dos aparelhos, consulte seus manuais de instruções e inclua em
seu plano de manutenção medidas que busquem tornar o
ambiente mais compatível àquele contido nas especificações.
Seja um aliado da tecnologia

Atualmente, existem softwares de gestão da manutenção, como o da TRACTIAN, que


coletam dados dos ativos em tempo real, analisam os indicadores, automatizam os
processos e oferecem diagnósticos precisos, permitindo que o gestor e a equipe se
concentrem em atividades mais importantes.

Executando tais funções, essas ferramentas de


acompanhamento online possibilitam um maior controle do
gestor sobre os equipamentos e, como consequência,
diminuem as quebras inesperadas, reduzem a chance de
erros na manutenção, melhoram o desempenho dos
equipamentos e estendem sua vida útil.
Entenda melhor nesse case:

Na planta da AmstedMaxion, em Cruzeiro-SP, foi identificado que o misturador de areia e a máquina de


decapagem mecânica necessitavam de um balanceamento. A plataforma TRACTIAN identificou a
anomalia e emitiu um insights aos gestores sobre o ocorrido.
Depois de um período de monitoramento, foi averiguado que a velocidade de vibração comum ao
misturador é de 8mm/s no eixo horizontal e 4,5mm/s no eixo vertical.

“Cada ativo crítico monitorado poderia causar grande impacto no resultado. O custo médio de reparo
estaria em torno de R$2.500, com carga horária de 1h30 de trabalho e R$50 a hora”. - Tiago Junqueira,
Supervisor de Manutenção da AmstedMaxion.
Realizada a manutenção preventiva no misturador, houve uma diminuição de aproximadamente 40% na
vibração do equipamento, o que evitou um desgaste precoce do equipamento e futuras paradas por
manutenção não programada.

A confiabilidade e a disponibilidade aumentaram, e as intervenções não programadas foram reduzidas. Foram


realizadas: a substituição de peças com desgaste natural como palhetas e o reaperto preventivo em outras, isso
diminuiu a vibração do equipamento e esforços mecânicos em itens críticos como eixo, mancais, rolamentos e
motores.

‘’Tivemos um aumento significativo no número de


informações sobre os ativos, com o uso da plataforma e a
partir disso, evitamos inúmeras quebras. Esses dados que o
sensor passa para a plataforma, nos ajudam a entender o
que é relacionado a vibração e atuar preventivamente.’’ -
Tiago Junqueira, Supervisor de Manutenção da
AmstedMaxion.
Escute suas máquinas, elas estão falando!

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