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O que é o pecado mortal? O pecado mortal, como o próprio nome indica, é mortal, ou
seja, é letal, porque faz morrer em nós a graça santificante1, qual linfa sobrenatural que nos
mantém unidos a Deus e por meio da qual somos Seus amigos e fiéis servos.
Para se cometer o pecado mortal requer-se, em simultâneo, três condições essenciais:
matéria grave, plena consciência e pleno consentimento2. Se faltar uma ou duas destas três
condições não há pecado mortal, mas apenas venial3.
Pecados mortais são, por exemplo, o ateísmo formal, a falta de oração e a ausência de
fuga (ao menos, mental) nas ocasiões de pecado grave, a blasfémia, a bruxaria, o espiritismo,
a necromancia, a veneração e a adoração dos demónios (satanismo), a heresia, a apostasia, o
cisma, o ódio às pessoas, a masturbação, os ósculos lascivos, o escândalo, a fornicação, o
onanismo (ou coito interrompido), o adultério, a pedofilia, o aborto intencional, a
contraceção em qualquer uma das suas formas (preservativos, DIU, pílulas, etc.), a
fertilização artificial, a homossexualidade, a bestialidade (ou zooerastia), a necrofilia, a
irrumação, a ausência física dos católicos na celebração da Santa Missa aos domingos e dias
santificados sem causa grave, a receção de algum sacramento em estado de pecado mortal, o
tráfico de drogas, de órgãos humanos ou de pessoas, a toxicodependência, a calúnia, o
perjúrio, o ato de votar em pessoas ou em partidos políticos que se opõem formalmente à
doutrina e à prática da Igreja Católica, o peculato, o terrorismo, o suicídio, o recurso das
1
Cfr. 1 Jo 5, 16: http://www.paroquias.org/biblia/index.php?c=1+Jo+5#16; S. TOMÁS DE AQUINO,
Suma de Teologia, parte 1-2, q. 88, art. 1, respondeo: http://hjg.com.ar/sumat/b/c88.html#a1 ou
http://www.corpusthomisticum.org/sth2085.html#37327; S. PEDRO CANÍSIO, Catecismo Católico Trilingue,
cap. 5: https://www.amazon.es/Catecismo-Cat%C3%B3lico-Triling%C3%BCe-Pere-Canisio/dp/1273743369/ ou
http://www.documentacatholicaomnia.eu/20_50_1521-1597-_Canisius,_Petrus,_Sanctus.html; S. AFONSO MARIA
DE LIGÓRIO, Teologia Moral, liv. 2, n. 51: “Mortale est quod ob sui gravitatem, gratiam et amicitiam cum Deo
solvit pœnamque æternam meretur. Dicitur «mortale» quia spiritualis vitæ principium gratiam, scilicet habitualem,
tollit et mortem animæ affert”: http://www.documentacatholicaomnia.eu/20_50_1696-1787-
_De_Ligorio_Alphonsus.html.
2
Cfr. Catecismo da Igreja Católica (11-10-1992), n. 1857: “Para que um pecado seja mortal, requerem-se,
em simultâneo, três condições: é pecado mortal o que tem por objeto uma matéria grave, e é cometido com plena
consciência e de propósito deliberado”: http://www.vatican.va/archive/cathechism_po/index_new/p3s1cap1_1699-
1876_po.html.
3
Cfr. GARCÍA DE HARO, R.; COLOM, Enrique, Pecado IV. Teología Moral, em AA.VV., Gran
Enciclopedia Rialp (GER), vol. 18, ed. Rialp, Madrid 1987, pg. 127.
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‘barrigas de aluguer’ (ou maternidade por substituição)4, a aceitação da ideologia de género5,
a eutanásia, o ‘poliamor’, etc., etc.
Quem não fizer a vontade de Deus a seu respeito nesta vida terrena,
terá o Inferno na outra, porque o Inferno, que inicia já nesta vida, é a
continuação dessa vida sem Deus para toda a eternidade. É o fim sem fim. E
tudo isto se poderia ter evitado se se tivesse feito oração, se se tivesse sido
humilde, se se tivesse escapado de tal ocasião de pecado, se se tivesse feito
uma santa Confissão, se se tivesse feito boas leituras, se se tivesse feito as
pazes com fulano, sicrano e beltrano, etc., etc.
O Inferno não é, pois, uma criação ou uma obra de Deus. A existência
do Inferno reside essencialmente na vontade da pessoa que quer rejeitar total
e eternamente a Deus. Esta é a causa do Inferno: a vontade gravemente
desregrada da pessoa.
Por isso afirmava São Bernardo de Claraval, abade e Doutor da Igreja:
“Morra a vontade própria desordenada e acaba-se com o Inferno”6.
4
CONFERÊNCIA EPISCOPAL PORTUGUESA, Comunicado final da Assembleia Plenária da CEP
(01-05-2014), n. 9: “Estando em apreciação na Assembleia da República uma proposta de alteração legislativa no
sentido da legalização, em determinadas condições, da maternidade de substituição (vulgarmente conhecida por
«barriga de aluguer»), os Bispos não podem deixar de manifestar o seu total desacordo a essa proposta. A
natural aspiração à maternidade e paternidade não pode traduzir-se num pretenso direito ao filho, como se este
pudesse ser reduzido a instrumento. A criança nascida de uma mãe contratualmente obrigada a abandoná-la não pode
deixar de sofrer com o trauma desse abandono, conhecidos que são, cada vez mais, os laços que se criam entre mãe e
filho durante a gestação. A mãe gestante não pode, também ela, ser instrumentalizada e reduzida a uma incubadora,
como se a gravidez não envolvesse profundamente todas as dimensões da sua pessoa e a obrigação de abandono do
seu filho não contrariasse o mais forte, natural e espontâneo dos deveres de cuidado. A experiência revela que só o
desespero de mulheres gravemente carenciadas as leva a aceitar tão traumatizante prática, sendo ilusório pensar
que o fazem de bom grado ou gratuitamente”: http://www.conferenciaepiscopal.pt/v1/comunicado-final-da-
assembleia-plenaria-da-cep-3/.
Infelizmente, em Portugal, a lei civil que regula o acesso à gestação de substituição foi aprovada a
10-08-2016 (cfr. REPÚBLICA PORTUGUESA, Diário da República, 1.ª série, n.º 160 (22-08-2016), Lei
n.º 25/2016 de 22 de agosto que regula o acesso à gestação de substituição, procedendo à terceira alteração à Lei
n.º 32/2006, de 26 de julho (procriação medicamente assistida):
http://cite.gov.pt/asstscite/downloads/legislacao/Lei_25_2016.pdf).
Cfr. ainda: CONGREGAÇÃO PARA A EDUCAÇÃO CATÓLICA (PARA AS INSTITUIÇÕES DE
ESTUDOS), «Homem e mulher os criou». Para uma via de diálogo sobre a questão do gender na educação
(02-02-2019), n. 28:
http://www.vatican.va/roman_curia/congregations/ccatheduc/documents/rc_con_ccatheduc_doc_20190202_maschio-
e-femmina_po.pdf.
5
Cfr. CONGREGAÇÃO PARA A EDUCAÇÃO CATÓLICA (PARA AS INSTITUIÇÕES DE
ESTUDOS), «Homem e mulher os criou». Para uma via de diálogo sobre a questão do gender na educação
(02-02-2019), nn. 19, 22, 25, 30, 32 e 35:
http://www.vatican.va/roman_curia/congregations/ccatheduc/documents/rc_con_ccatheduc_doc_20190202_maschio-
e-femmina_po.pdf.
6
S. BERNARDO DE CLARAVAL, Sermões na Ressurreição do Senhor, serm. 3, n. 3:
https://www.todostuslibros.com/libros/obras-completas-de-san-bernardo-iv-sermones-liturgicos-2-o_978-84-7914-
844-7: PL 183, 290: “Cesset voluntas própria et Infernus non erit”:
https://books.google.pt/books?id=uJDYAAAAMAAJ&redir_esc=y.
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Quando, nos exorcismos solenes (ou também chamados por “grandes
exorcismos”7), o sacerdote exorcista, ao falar com o ou os demónios,
presentes na pessoa possessa, alude o tema do Inferno, os demónios, pela
boca dos energúmenos, são unânimes em afirmar: “Não foi Ele (e apontam
para o alto, referindo-se a Deus, não conseguindo pronunciar o santíssimo
nome de Deus) Quem fez o Inferno. Não foi Ele! Não foi Ele! Fomos nós!
Fomos nós! Nós é que fizemos o Inferno! Ele nada teve a ver com isso! A
culpa é nossa! A culpa é nossa! Mas bendita e querida culpa, porque
opusemo-nos a Ele! Sim, sim! Tivemos a coragem de contrariar a vontade
d’Ele!”8.
Infelizes e néscias criaturas, pois não há pior mal senão o realizado
com intenções eviternas, pois é irreversível!
Na verdade, se se meditasse mais sobre o Inferno, as pessoas
cometeriam, com toda a certeza, menos pecados e andariam, no dia-a-dia,
mais vigilantes e cuidadosas para não perder o estado de graça santificante,
no qual se resume todo o Catolicismo: Deus, uno e trino, a habitar dentro do
nosso ser, pela via da graça santificante, como disse Jesus: “Se alguém Me
tem amor, há-de guardar a Minha palavra; e o Meu Pai o amará, e Nós viremos a ele e
nele faremos morada”9.
De facto, pela graça santificante, somos filhos sobrenaturais de Deus,
irmãos dos Santos e herdeiros do Paraíso!
Por outro lado, é bom recordar que a meditação do Inferno tem
povoado o Céu de santos e até de grandes Santos, como São Jerónimo
(347-420), São Bruno de Colónia (ca. 1030-1101), Santo Francisco
Xavier (1506-1552), Santa Teresa d’Ávila (1515-1582), Santa Jacinta de
Jesus Marto (1910-1920), etc., etc.
Ouçamos o Magistério da Igreja Católica, que é a voz de Jesus na
Terra:
7
Cfr. Catecismo da Igreja Católica (11-10-1992), n. 1673:
http://www.vatican.va/archive/cathechism_po/index_new/p2s2cap4_1667-1690_po.html; Compêndio do Catecismo
da Igreja Católica (28-06-2005), n. 352:
http://www.vatican.va/archive/compendium_ccc/documents/archive_2005_compendium-ccc_po.html.
8
Cfr. AMORTH, Gabriele; RODARI, Paolo, El signo del exorcista. Mis últimas batallas contra Satanás,
ed. Ediciones San Pablo, Madrid 2013, pgs. 42-43: https://www.todostuslibros.com/libros/el-signo-del-
exorcista_978-84-285-4328-6; AMORTH, Gabriele, Mi encuentro con el diablo. Entrevista ao P. Slawomir
Sznurkowski, SSP, al exorcista más conocido del mundo, ed. Editorial San Pablo, Madrid 2015, pg. 17:
https://www.todostuslibros.com/libros/mi-encuentro-con-el-diablo_978-84-285-4706-2; etc.
9
Jo 14, 23: http://www.paroquias.org/biblia/index.php?c=Jo+14#23.
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CONCÍLIO ECUMÉNICO VATICANO II, Const. dogm. «Lumen
gentium» (21-11-1964), n. 48:
Esfo ça o-nos, por isso, por agradar a Deus em todas as coisas (cfr. 2 Cor 5,9) e
revestimo-nos da armadura de Deus, para podermos fazer frente às maquinações do diabo
e resistir no dia perverso (cfr. Ef 6, 11-13). Mas, como não sabemos o dia nem a hora, é
preciso que, segundo a recomendação do Senhor, vigiemos continuamente, a fim de que
no termo da nossa vida sobre a terra, que é só uma (cfr. Heb 9,27), mereçamos entrar com
Ele para o banquete de núpcias e ser contados entre os eleitos (cfr. Mt 25, 51-46), e não
sejamos lançados, como servos maus e preguiçosos (cfr. Mt 25,26), no fogo eterno
(cfr. Mt 25,41), nas trevas exteriores, onde «haverá choro e ranger de dentes» (Mt 22,13;
25,30). Com efeito, antes de reinarmos com Cristo glorioso, cada um de nós será
apresentado «perante o tribunal de Cristo, a fim de ser remunerado pelas obras que
realizou enquanto vivia no corpo, boas ou más» (2 Cor 5,10); e, no fim do mundo, «os que
tiverem feito boas obras, irão para a ressurreição da vida, os que tiverem praticado más
10
ações, para a ressurreição da condenação (Jo , 9;à f .àMtà , .
10
CONCÍLIO ECUMÉNICO VATICANO II, Const. dogm. «Lumen gentium» (21-11-1964), n. 48:
http://www.vatican.va/archive/hist_councils/ii_vatican_council/documents/vat-ii_const_19641121_lumen-
gentium_po.html: AAS 57 (1965) 54: http://www.vatican.va/archive/aas/documents/AAS-57-1965-ocr.pdf.
11
S. PAULO VI, Homilia e Solene Profissão de Fé na conclusão do «Ano da Fé» proclamado por ocasião
do XIX Centenário do martírio dos Apóstolos Pedro e Paulo, no Vaticano, na Praça de São Pedro (30-06-1968),
n. 12: http://www.vatican.va/content/paul-vi/pt/homilies/1968/documents/hf_p-vi_hom_19680630.html:
AAS 60 (1968) 438: http://www.vatican.va/archive/aas/documents/AAS-60-1968-ocr.pdf.
12
Catecismo da Igreja Católica (11-10-1992), n. 633:
http://www.vatican.va/archive/cathechism_po/index_new/p1s2cap2_422-682_po.html.
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Catecismo da Igreja Católica (11-10-1992), n. 1033:
Não podemos estar em união com Deus se não escolhermos livremente amá-Lo.
Mas não podemos amar a Deus, se pecarmos gravemente contra Ele, contra o nosso
próximo ou contra nós mesmos: «Quem não ama permanece na morte. Todo aquele que
odeia o seu irmão é um homicida: ora vós sabeis que nenhum homicida tem em si a vida
eterna» (1 Jo 3, 14-15). Nosso Senhor adverte-nos de que seremos separados d'Ele, se
descurarmos as necessidades graves dos pobres e dos pequeninos seus irmãos. Morrer em
pecado mortal sem arrependimento e sem dar acolhimento ao amor misericordioso de
Deus, significa permanecer separado d'Ele para sempre, por nossa própria e livre escolha. E
é este estado de auto-exclusão definitiva da comunhão com Deus e com os bem-
13
aventurados que se designa pela palavra «Inferno» .
16
Ibidem, n. 1036.
17
Ibidem, n. 1037.
18
Ibidem, n. 1056.
19
Ibidem, n. 1057.
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No entanto, embora nos seja possível julgar se um ato é, em si, uma falta grave, devemos
20
confiar o juízo sobre as pessoas à justiça e à miseri ó diaàdeàDeus .
20
Ibidem, n. 1861: http://www.vatican.va/archive/cathechism_po/index_new/p3s1cap1_1699-
1876_po.html.
21
S. JOÃO PAULO II, Alocução na Audiência Geral de Quarta-Feira (28-07-1999), nn. 1-2:
http://w2.vatican.va/content/john-paul-ii/pt/audiences/1999/documents/hf_jp-ii_aud_28071999.html.
22
Compêndio do Catecismo da Igreja Católica (28-06-2005), n. 74:
http://www.vatican.va/archive/compendium_ccc/documents/archive_2005_compendium-ccc_po.html.
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Tal retribuição consiste no acesso à bem-aventurança do Céu, imediatamente ou depois de
23
uma adequada purificação, ou então à condenação eterna no Inferno .
23
Ibidem, n. 208.
24
Ibidem, n. 212.
25
Ibidem, n. 213.
26
Ibidem, n. 395.
27
Ibidem, Apêndices finais: B) Fórmulas de Doutrina Católica.
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que, com o Credo, fazemos a nossa profissão de fé. Um convite a usar a nossa existência de
modo sábio e previdente, a considerar atentamente o nosso destino, isto é, aquelas
realidades que chamamos últimas: a morte, o Juízo Final, a eternidade, o Inferno e o
28
Paraíso .
28
BENTO XVI, Alocução mariana do ‘Angelus’, em Castel Gandolfo (12-08-2007):
http://w2.vatican.va/content/benedict-xvi/pt/angelus/2007/documents/hf_ben-xvi_ang_20070812.html.
29
Catecismo Jovem da Igreja Católica-YouCat (02-02-2011), n. 53: https://www.wook.pt/livro/youcat-
christoph-schonborn/10892772 ou http://pedropoveda.es/YoucatBN.pdf.
30
Ibidem, n. 157.
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nossa liberdade, porém, possibilita tal decisão. Jesus adverte constantemente para o facto
deà osà pode osà sepa a à defi itiva e teà d Ele,à fe ha do-nos às carências dos nossos
irmãos e irmãs: «Afastai-vosàdeàMi ,à alditos!à[…].àQua tas vezes o deixastes de fazer a
um dos Meus irmãos mais pequeninos também a Mim o deixastes de fazer
31
Mtà ,à . .
34
IDEM, Alocução mariana do ‘Angelus’ (02-11-2014):
http://w2.vatican.va/content/francesco/pt/angelus/2014/documents/papa-francesco_angelus_20141102.html.
35
IDEM, Homilia na Santa Missa com o rito da canonização dos Beatos Francisco Marto e Jacinta Marto,
no adro do Santuário de Fátima (13-05-2017):
http://w2.vatican.va/content/francesco/pt/homilies/2017/documents/papa-francesco_20170513_omelia-
pellegrinaggio-fatima.html.
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sacramentos? Dado que, quando tomais as vossas decisões, vos baseais em critérios
mundanos e não evangélicos (tamquan Deus non esset) eu afasto-me totalmente... Tudo
se iaà vazio,à p ivadoà deà se tido,à aisà ãoà se iaà doà ueà pó .à áà a eaçaà deà Deusà a eà aà
passagem para a intuição do que seria a nossa vida sem Ele, se deveras Ele subtraísse para
36
sempre a sua Face. É a morte, o desespero, o inferno:àse à i à adaàpode eisàfaze .
Laus Deo!
36
IDEM, Discurso-meditação no encontro com o clero de Roma, na Basílica de São João de Latrão
(07-03-2019): http://www.vatican.va/content/francesco/pt/speeches/2019/march/documents/papa-
francesco_20190307_liturgiapenitenziale-presbiteriroma.html.
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Catecismo da Igreja Católica para filhos e pais - YouCat para Crianças (05-04-2019), n. 56:
https://www.wook.pt/livro/youcat-para-criancas-georg-fischer/23103395.
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