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SINAIS VITAIS

PULSO

“Frequência de pulso é uma medida indireta da frequência


cardíaca”
o Centrais: Pulso Braquial; Pulso Femoral; Pulso
Carotídeo.
o Periféricos: Pedioso; Tibial Posterior; Pulso Poplíteo;
Pulso Radial
o Características
- Frequência (60 – 100 ppm)
• Eusfigmico (60 – 100 ppm)
• Taquisfigmico > 100 ppm
• Bradisfigmico < 60 ppm
o Ritmo
• Rítimico
• Braço na altura do coração e apoiado
• Arrítimico
• Posição do manguito
o Amplitude
• Palpação pulso radial
• Cheio
• Palpação pulso braquial
• Filiforme
• Manguito 2cm acima da fossa cubital
o O pulso altera durante exercícios físicos, estresse, medo ...
• Método palpatório (antes do auscultatório)
• Palpação pulso Radial
TEMPERATURA • Insuflar manguito até desaparecer o pulso
• Esteto sobre artéria braquial
o Locais • Insuflar manguito até 20 mmHg acima do valor
• Axilar (35,5 – 37) encontrado no método palpatório.
• Oral e Timpânica (36 – 37,4) • Desinsuflar2-3 mmHg até aparecimento do som da
• Retal (36 – 37,5) fase I
o Classificação (PAS), continuar desinsuflando até desaparecer
• Normal - 35 - 37°C totalmente (fase V)
• Febrícula - até 37,5°C - Sons de Korotkoff
• Febre - > 37,8°C
• Hipotermia - < 35,5°C
o A temperatura aumenta quando estamos expostos ao sol,
quando fazemos exercícios físicos ...

PRESSÃO ARTERIAL

o Força exercida pelo sangue sobre as paredes dos vasos


(mmHg).
o Métodos de Aferição:
• Direto – Intra-arterial (invasivo)
• Indireto – Auscultatório (não invasivo)
- Esfignomanômetro
- Estetoscópio
o Fatores que alteram a PA: estresse, obesidade, o Hipotensão em adultos: < 90 x 60 mmHg
velhice, desidratação e alimentos gordurosos.
o Como aferir PA corretamente:
FREQUÊNCIA RESPIRATÓRIA
• Tamanho do manguito-comprimento 2/3 da
circunferência da parte superior do braço
o Contagem dos movimentos inspiratórios
• Esvaziar a bexiga
• Não deixe o paciente perceber!
• Não praticar exercícios físicos 60 minutos antes
• Eupnéico -16-20 ipm
• Evitar ingestão de bebidas alcoólicas, café, cigarro
• Taquipnéico - 20 ipm
ou alimentação até 30 minutos antes da aferição
• Bradipnéico - 16 ipm
• Preparar a posição do paciente
o Inspiração
• Decúbito ventral ou sentado
- Entrada de ar
• Remover roupas ou adornos que possam garrotear
- Diafragma se contrai (move-se para baixo)
o braço
- Caixa torácica se expande
o Expiração COMPONENTES DA ANAMNESE
- Saída de ar
- Diafragma relaxa (move-se para cima)
-Músculos relaxam, contraindo a caixa torácica. IDENTIFICAÇÃO
o A frequência respiratória se altera durante atividades
físicas, medo... • Nome/Nome Social
• Cor/Etnia
HABILIDADES EM COMUNICAÇÃO PARA MÉDICOS • Idade
• Sexo/Identidade de Gênero
• Estado Civil
EXPECTATIVAS EXISTENTES COM RELAÇÃO À
• Profissão/Local de Trabalho
ATUAÇÃO DO MÉDICO
• Naturalidade
• Procedência/Residência
• Considerar o paciente como um todo.
• Nome da mãe (homônimos)
• Compreender suas necessidades, medos e
• Responsável/Cuidador
preocupações durante a consulta, adotando uma
• Religião
atitude centrada no paciente.
• Plano de Saúde
• Prover conforte durante sua consulta.
• Orientações e discurso durante o diálogo deverão
auxiliar o paciente no seu tratamento. QUEIXA PRINCIPAL E DURAÇÃO (QD)

ELEMENTOS PRINCIPAIS DA COMUNICAÇÃO • Procurar usar as palavras do paciente


• Sugestões de Perguntas:
• Início da sessão - O que está acontecendo?
• Obtenção de informação - Qual é o problema do sr/sra?
• Explicação - O que o sr/sra está sentindo?
• Planejamento
• Fechamento da consulta
• Adicionais: estruturar a consulta e construir a relação HISTÓRIA DA DOENÇA ATUAL (HDA OU HPMA)

• Registro cronológico e detalhado do motivo da


PREPARO E CONDUÇÃO DA CONSULTA
consulta.
• Sintoma-guia – baseado na queixa principal.
• Cumprimento o paciente, chame-o(a) pelo nome e se
• Sintomas associados
apresente
• Início
• Privacidade (feche a porta)
✓Quando começou?
• Conforto (atenção a pacientes cadeirantes e aqueles
• Características do sintoma
com acompanhantes)
✓Localização - Onde dói?
• Distância do paciente: tendência à maior
aproximação (posição de mesa e cadeira) ✓Duração - Quanto tempo dura?
• Respeito cultural (pacientes provenientes de outros ✓Intensidade - Escalas
estados e países) ✓Frequência
• Perguntas (abertas e fechadas) ✓Tipo - Dor em pontada, queimação, cólica?
• Ouvir queixas? ==> ESCUTA! • Fatores de melhora ou piora
• Facilitação – Sinalização – Resumo • Relação com outras queixas
• Evolução
ANAMNESE • Situação atual

TIPOS DE ANAMNESE INTERROGATÓRIO SOBRE DIVERSOS APARELHOS


(ISDA)
• Livre – o paciente discorre livremente sobre seu
problema. • Perguntas sobre TODOS os aparelhos e sistemas
• Dirigida – o médico dirige a entrevista a partir de um
roteiro.
ANTECEDENTES PESSOAIS E FAMILIARES
• Mista: o paciente começa livremente relatando sua
queixa e o médico conduz objetivamente a entrevista. o Antecedentes Pessoais
o Anamneses especiais: idosos, crianças, adolescentes, • Antecedentes fisiológicos
paciente psiquiátrico e pronto socorro.
✓Gestação e parto
✓Desenvolvimento neuropsicomotor (DNPM)
✓Desenvolvimento sexual
- Pubarca
- Menarca
- Sexarca
- Menopausa
✓História alimentar (introdução de alimentos e reações
adversas)

• Antecedentes patológicos
✓ Doenças sofridas
✓ Acidentes
✓Cirurgias
✓Alergias
• Imunizações
• Medicamentos em uso
o Antecedentes Familiares
• Consanguinidade
• Doenças relacionadas à QP
• Doenças alérgicas
• Doenças prevalentes (DM, HAS, câncer)

HÁBITOS DE VIDA

Alimentação
• Ocupações anteriores
• Atividades físicas
• Hábitos
✓Tabaco
✓Álcool
• Sono
• Viagens recentes

CONDIÇÕES SOCIOECONÔMICAS E CULTURAIS

• Habitação
• Condições socioeconômicas
✓Condições de arcar com o tratamento
• Condições culturais
✓Religiosidade
✓Grau de escolaridade

VIAS DE ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTOS

• Droga: qualquer substância que altere a fisiologia de


um organismo. Pode ser ingerida, instilada, inalada,
injetada ou aplicada por via tópica (pele e mucosas).
• Fármaco: é uma droga bem conhecida, com estrutura
química definida, podendo ter efeito benéfico ou não e
de uso habitual ou experimental.
• Medicamento: é um fármaco com efeito benéfico,
produzido comercialmente para uso terapêutico
• Remédio: qualquer coisa que faça o indivíduo se sentir
melhor, como clima, terapia, fisioterapia, massagem,
inclusive medicamento em linguagem leiga.
APLICAÇÃO VIA INTRAVENOSA
o Espuma
o Os agentes anti-sépticos utilizados para higienização das
mãos devem ter ação
antimicrobiana imediata e efeito residual ou
persistente.
o Não devem ser tóxicos, alergênicos ou irritantes para pele.
Recomenda-se que sejam agradáveis de utilizar, suaves e
ainda, custo-efetivos.
Ø Álcool/Preparações Alcoólicas
o Consiste na desnaturação e coagulação das proteínas. Têm
pouca ação contra esporos. De modo geral, os álcoois
apresentam rápida ação e excelente atividade bactericida
e fungicida.
Soluções alcoólicas entre 60 a 80% são mais efetivas e
concentrações mais altas são
menos potentes, pois as proteínas não se desnaturam com
facilidade na ausência de água.

QUANDO LAVAR AS MÃOS

LAVAGEM DAS MÃOS

BACTÉRIAS TRANSITÓRIAS

o Coloniza a camada superficial da pele


o Sobrevive por curto período de tempo
o Passível de remoção pela higienização simples das mãos,
com água e sabonete, por meio de fricção mecânica.
o Frequentemente adquirida por profissionais de saúde
durante contato direto com o paciente (colonizados ou
infectados), ambiente, superfícies próximas ao paciente,
produtos e equipamentos contaminados.
o Consiste de microrganismos não patogênicos ou
potencialmente patogênicos, tais como bactérias, fungos e
vírus, que raramente se multiplicam na pele.
o Alguns podem provocar infecções relacionadas à
assistência à saúde.

BACTÉRIAS RESIDENTES
PARADA CARDIORRESPIRATÓRIA
o Aderida às camadas mais profundas da pele
o É mais resistente à remoção apenas por água e sabonete. RECONHECIMENTO DA PCR
o São agentes menos prováveis de infecções veiculadas por
contato. o Responsividade
- Bebês: fale alto e estimule a planta dos pés.
ELEMENTOS ESSENCIAIS - Adultos: fale alto e toque nos ombros.
o Respiração
o Agente tópico com eficácia antimicrobiana Observe a movimentação no tórax e abdômen
o Procedimento adequado ao utilizá-lo (com técnica o Pulso Central
adequada e no tempo preconizado) - Bebês: Braquial e Femoral
o Adesão regular no seu uso (nos momentos indicados). - Adultos: Carotídeo
Ø Sabonete
o Favorece a remoção de sujeira, substâncias orgânicas e da
microbiota transitória das mãos pela ação mecânica.
o Líquido
uma sensação de esgotamento, de falta de energia e de
recursos emocionais próprios para lidar com as rotinas da
prática profissional e representa a dimensão individual da
síndrome. A despersonalização é o resultado do
desenvolvimento de sentimentos e atitudes negativas, por
vezes indiferentes e cínicas em torno daquelas pessoas
que entram em contato direto com o profissional, que são
AJUDA sua demanda e objeto de trabalho. Num primeiro
momento, é um fator de proteção, mas pode representar
Ligar x RCP um risco de desumanização, constituindo a dimensão
interpessoal de burnout. Por último, a falta de realização
o Criança não presenciada – Iniciar pela RCP e depois ligar
pessoal no trabalho caracteriza-se como uma tendência
o Criança mal súbito – ligar e depois iniciar RCP
que afeta as habilidades interpessoais relacionadas com a
o Adulto – ligar e depois iniciar RCP
prática profissional, o que influi diretamente na forma de
atendimento e contato com as pessoas usuárias do
RCP trabalho, bem como com a organização (Maslach, 1998).
Trata-se de uma síndrome na qual o trabalhador perde o
o Ventilação boca a boca sentido da sua relação com o trabalho, de forma que as
- Bebês: Boca e nariz coisas não lhe importam mais e qualquer esforço lhe
- Adultos: Boca parece inútil. Finalmente, a síndrome de burnout tem sido
negativamente relacionada com saúde, performance e
satisfação no trabalho, qualidade de vida e bem-estar
psicológico.

BIOÉTICA

PRINCIPAIS DIREITOS E DEVERES DO ESTUDANTE DE


MEDICINA

VIAS DE ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTOS


ALTERNATIVAS Direitos do Estudante de Medicina:

• Intra óssea: Tudo (mesma dosagem) Art. 6º Exercer suas atividades de graduação sem ser discriminado
• Tubo orotraqueal: ANEL por questões de crença, etnia, sexo, orientação sexual,
Atropina nacionalidade, condição social, opinião política ou de qualquer outra
Naloxone natureza.
Epinefrina Art. 7º Buscar o aperfeiçoamento de regulamentos e normas das
Lidocaína instituições onde exerça suas atividades, apontar falhas, desvios ou
distorções, sempre que julgar necessário, fazendo prevalecer a boa
prática do ensino e do exercício da Medicina.
Art. 8º Procurar a representação nas instâncias deliberativas
“BURNOUT” (colegiados, congregações, conselhos) de sua instituição de ensino,
garantido seu direito à voz e ao voto.
o Burnout consiste na “síndrome da desistência”, pois o Art. 9º Suspender suas atividades quando a instituição não oferecer
indivíduo, nessa situação, deixa de investir em seu condições mínimas de aprendizado, acessibilidade, assistência e
trabalho e nas relações afetivas que dele decorrem e, segurança, sem sofrer qualquer tipo de sanção.
aparentemente, torna-se incapaz de se envolver Art. 10 Organizar-se com outros estudantes em Associações
emocionalmente com o mesmo. No entanto, autores Estudantis, Atléticas, Centros Acadêmicos, Diretórios Acadêmicos,
discutem a possibilidade de males como fadiga, Ligas Acadêmicas e Agremiações correlatas.
depressão, estresse e falta de motivação também Art. 11 Participar de Comissões para recepção dos ingressantes, em
apresentarem a desistência como característica marcante. conjunto com os docentes e demais participantes da comunidade
Dessa forma, pode-se pensar que estudos sobre estudantil, garantindo ambiente saudável, congregativo, humano e
desistência e, conseqüentemente, não violento, promovendo atividades introdutórias ao curso e
sobre burnout se iniciaram juntamente com os estudos de vivência médica acadêmica.
Pavlov. Por analogia, os seres humanos poderiam entrar Art. 12 Apoiar, participar e reforçar a luta das entidades estudantis e
em burnout ao se sentirem incapazes de investir em seu médicas.
trabalho, em conseqüência da incapacidade de lidar com o Art. 13 Receber sua carga horária e conteúdo curricular
mesmo. A exaustão emocional é caracterizada por um antecipadamente.
sentimento muito forte de tensão emocional que produz
Deveres do Estudante de Medicina:
Art. 14 Manter absoluto respeito pela vida humana. vida.
Art. 15 Respeitar seus pares, independente do ano, semestre, XIV - O médico empenhar-se- á em melhorar os padrões dos
módulo ou estágio, tendo sempre como norteadores os princípios serviços médicos e em assumir sua responsabilidade em relação à
de boa convivência e crescimento acadêmico social no ambiente saúde pública, à educação sanitária e à legislação referente à saúde.
universitário e o fortalecimento do estamento acadêmico. XV - O médico será solidário com os movimentos de defesa da
Art. 16 Manter total respeito aos cadáveres, no todo ou em parte, dignidade profissional, seja por remuneração digna e justa, seja por
em que pratica dissecação ou ato relacionado ao seu aprendizado. condições de trabalho compatíveis com o exercício ético-profissional
Art. 17 Defender a boa qualidade da educação e o direito de acesso da Medicina e de seu aprimoramento técnico-científico.
ao ensino. XVI - Nenhuma disposição estatutária ou regimental de hospital ou
Art. 18 Defender a saúde como direito inalienável, universal e de instituição, pública ou privada, limitará a escolha, pelo médico,
contribuir para a consolidação e o aprimoramento do Sistema Único dos meios cientificamente reconhecidos a serem praticados para o
de Saúde. estabelecimento do diagnóstico e da execução do tratamento, salvo
Art. 19 Apoiar, participar e reforçar a luta das entidades estudantis e quando em benefício do paciente.
médicas. XVII - As relações do médico com os demais profissionais devem
Art. 20 Escrever de forma completa, clara e legível no prontuário do basear-se no respeito mútuo, na liberdade e na independência de
paciente. cada um, buscando sempre o interesse e o bem-estar do paciente.
XVIII - O médico terá, para com os colegas, respeito, consideração e
PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS DO CÓDIGO DE ÉTICA solidariedade, sem se eximir de denunciar atos que contrariem os
MÉDICA postulados éticos.
XIX - O médico se responsabilizará, em caráter pessoal e nunca
I - A Medicina é uma profissão a serviço da saúde do ser humano e presumido, pelos seus atos profissionais, resultantes de relação
da coletividade e será exercida sem discriminação de nenhuma particular de confiança e executados com diligência, competência e
natureza. prudência.
II - O alvo de toda a atenção do médico é a saúde do ser humano, XX - A natureza personalíssima da atuação profissional do médico
em benefício da qual deverá agir com o máximo de zelo e o melhor não caracteriza relação de consumo.
de sua capacidade profissional. XXI - No processo de tomada de decisões profissionais, de acordo
III - Para exercer a Medicina com honra e dignidade, o médico com seus ditames de consciência e as previsões legais, o médico
necessita ter boas condições de trabalho e ser remunerado de aceitará as escolhas de seus pacientes, relativas aos procedimentos
forma justa. diagnósticos e terapêuticos por eles expressos, desde que
adequadas ao caso e cientificamente reconhecidas.
IV - Ao médico cabe zelar e trabalhar pelo perfeito desempenho
ético da Medicina, bem como pelo prestígio e bom conceito da XXII - Nas situações clínicas irreversíveis e terminais, o médico
profissão. evitará a realização de procedimentos diagnósticos e terapêuticos
V - Compete ao médico aprimorar continuamente seus desnecessários e propiciará aos pacientes sob sua atenção todos os
conhecimentos e usar o melhor do progresso científico em benefício cuidados paliativos apropriados.
do paciente. XXIII - Quando envolvido na produção de conhecimento científico, o
VI - O médico guardará absoluto respeito pelo ser humano e atuará médico agirá com isenção e independência, visando ao maior
sempre em seu benefício. Jamais utilizará seus conhecimentos para benefício para os pacientes e a sociedade.
causar sofrimento físico ou moral, para o extermínio do ser humano XXIV - Sempre que participar de pesquisas envolvendo seres
ou para permitir e acobertar tentativa contra sua dignidade e humanos ou qualquer animal, o médico respeitará as normas éticas
integridade. nacionais, bem como protegerá a vulnerabilidade dos sujeitos da
VII - O médico exercerá sua profissão com autonomia, não sendo pesquisa.
obrigado a prestar serviços que contrariem os ditames de sua XXV - Na aplicação dos conhecimentos criados pelas novas
consciência ou a quem não deseje, excetuadas as situações de tecnologias, considerando-se suas repercussões tanto nas gerações
ausência de outro médico, em caso de urgência ou emergência, ou presentes quanto nas futuras, o médico zelará para que as pessoas
quando sua recusa possa trazer danos à saúde do paciente. não sejam discriminadas por nenhuma razão vinculada a herança
VIII - O médico não pode, em nenhuma circunstância ou sob genética, protegendo-as em sua dignidade, identidade e
nenhum pretexto, renunciar à sua liberdade profissional, nem integridade.
permitir quaisquer restrições ou imposições que possam prejudicar
a eficiência e a correção de seu trabalho. PRINCIPAIS DIREITOS E DEVERES DOS MÉDICOS
IX - A Medicina não pode, em nenhuma circunstância ou forma, ser
exercida como comércio. Direito do médico:
X - O trabalho do médico não pode ser explorado por terceiros com
objetivos de lucro, finalidade política ou religiosa. I - Exercer a Medicina sem ser discriminado por questões de religião,
XI - O médico guardará sigilo a respeito das informações de que etnia, sexo, nacionalidade, cor, orientação sexual, idade, condição
detenha conhecimento no desempenho de suas funções, com social, opinião política ou de qualquer outra natureza.
exceção dos casos previstos em lei. II - Indicar o procedimento adequado ao paciente, observadas as
XII - O médico empenhar-se- á pela melhor adequação do trabalho práticas cientificamente reconhecidas e respeitada a legislação
ao ser humano, pela eliminação e pelo controle dos riscos à saúde vigente.
inerentes às atividades laborais. III - Apontar falhas em normas, contratos e práticas internas das
XIII - O médico comunicará às autoridades competentes quaisquer instituições em que trabalhe quando as julgar indignas do exercício
formas de deterioração do ecossistema, prejudiciais à saúde e à da profissão ou prejudiciais a si mesmo, ao paciente ou a terceiros,
devendo dirigir-se, nesses casos, aos órgãos competentes e, Art. 10. Acumpliciar-se com os que exercem ilegalmente a Medicina
obrigatoriamente, à comissão de ética e ao Conselho Regional de ou com profissionais ou instituições médicas nas quais se pratiquem
Medicina de sua jurisdição. atos ilícitos.
IV - Recusar-se a exercer sua profissão em instituição pública ou Art. 11. Receitar, atestar ou emitir laudos de forma secreta ou
privada onde as condições de trabalho não sejam dignas ou possam ilegível, sem a devida identificação de seu número de registro no
prejudicar a própria saúde ou a do paciente, bem como a dos Conselho Regional de Medicina da sua jurisdição, bem como assinar
demais profissionais. Nesse caso, comunicará imediatamente sua em branco folhas de receituários, atestados, laudos ou quaisquer
decisão à comissão de ética e ao Conselho Regional de Medicina. outros documentos médicos.
V - Suspender suas atividades, individualmente ou coletivamente, Art. 12. Deixar de esclarecer o trabalhador sobre as condições de
quando a instituição pública ou privada para a qual trabalhe não trabalho que ponham em risco sua saúde, devendo comunicar o fato
oferecer condições adequadas para o exercício profissional ou não o aos empregadores responsáveis.
remunerar digna e justamente, ressalvadas as situações de urgência Parágrafo único. Se o fato persistir, é dever do médico comunicar o
e emergência, devendo comunicar imediatamente sua decisão ao ocorrido às autoridades competentes e ao Conselho Regional de
Conselho Regional de Medicina. Medicina.
VI - Internar e assistir seus pacientes em hospitais privados e Art. 13. Deixar de esclarecer o paciente sobre as determinantes
públicos com caráter filantrópico ou não, ainda que não faça parte sociais, ambientais ou profissionais de sua doença.
dos seus corpos clínicos, respeitadas as normas técnicas aprovadas Art. 14. Praticar ou indicar atos médicos desnecessários ou proibidos
pelo Conselho Regional de Medicina da pertinente jurisdição. pela legislação vigente no País.
VII - Requerer desagravo público ao Conselho Regional de Medicina Art. 15. Descumprir legislação específica nos casos de transplantes
quando atingido no exercício de sua profissão. de órgãos ou de tecidos, esterilização, fecundação artificial,
VIII - Decidir, em qualquer circunstância, levando em consideração abortamento, manipulação ou terapia genética.
sua experiência e capacidade profissional, o tempo a ser dedicado Art. 16. Intervir sobre o genoma humano com vista à sua
ao paciente, evitando que o acúmulo de encargos ou de consultas modificação, exceto na terapia gênica, excluindo-se qualquer ação
venha a prejudicá-lo. em células germinativas que resulte na modificação genética da
IX - Recusar-se a realizar atos médicos que, embora permitidos por descendência.
lei, sejam contrários aos ditames de sua consciência. Art. 17. Deixar de cumprir, salvo por motivo justo, as normas
X - Estabelecer seus honorários de forma justa e digna. emanadas dos Conselhos Federal e Regionais de Medicina e de
atender às suas requisições administrativas, intimações ou
notificações no prazo determinado

Art. 18. Desobedecer aos acórdãos e às resoluções dos Conselhos


Federal e Regionais de Medicina ou desrespeitá-los.
Deveres do médico:
Art. 19. Deixar de assegurar, quando investido em cargo ou função
de direção, os direitos dos médicos e as demais condições
Art. 1º Causar dano ao paciente, por ação ou omissão, caracterizável
adequadas para o desempenho ético-profissional da Medicina.
como imperícia, imprudência ou negligência.
Art. 20. Permitir que interesses pecuniários, políticos, religiosos ou
Parágrafo único. A responsabilidade médica é sempre pessoal e não
de quaisquer outras ordens, do seu empregador ou superior
pode ser presumida.
hierárquico ou do financiador público ou privado da assistência à
Art. 2º Delegar a outros profissionais atos ou atribuições exclusivos
saúde, interfiram na escolha dos melhores meios de prevenção,
da profissão médica.
diagnóstico ou tratamento disponíveis e cientificamente
Art. 3º Deixar de assumir responsabilidade sobre procedimento
reconhecidos no interesse da saúde do paciente ou da sociedade.
médico que indicou ou do qual participou, mesmo quando vários
médicos tenham assistido o paciente. Art. 21. Deixar de colaborar com as autoridades sanitárias ou
infringir a legislação pertinente.
Art. 4º Deixar de assumir a responsabilidade de qualquer ato
profissional que tenha praticado ou indicado, ainda que solicitado
ou consentido pelo paciente ou por seu representante legal. BIOSSEGURANÇA
Art. 5º Assumir responsabilidade por ato médico que não praticou
ou do qual não participou. É o conjunto de ações voltadas para a prevenção, minimização ou
Art. 6º Atribuir seus insucessos a terceiros e a circunstâncias eliminação de riscos inerentes às atividades de pesquisa, produção,
ocasionais, exceto nos casos em que isso possa ser devidamente ensino, desenvolvimento tecnológico e prestação de serviços,
comprovado. visando à saúde do homem, dos animais, a preservação do meio
Art. 7º Deixar de atender em setores de urgência e emergência, ambiente e a qualidade dos resultados.
quando for de sua obrigação fazê-lo, expondo a risco a vida de
pacientes, mesmo respaldado por decisão majoritária da categoria. CLASSIFICAÇÃO DOS RISCOS OCUPACIONAIS
Art. 8º Afastar-se de suas atividades profissionais, mesmo • Riscos Físicos – ruído, vibrações, calor, frio, umidade,
temporariamente, sem deixar outro médico encarregado do radiações não ionizantes, radiações ionizantes, pressões
atendimento de seus pacientes internados ou em estado grave. anormais etc.
Art. 9º Deixar de comparecer a plantão em horário preestabelecido • Riscos Químicos – poeiras, fumos, névoas, neblinas, gases,
ou abandoná-lo sem a presença de substituto, salvo por justo vapores, produtos químicos em geral etc.
impedimento. • Riscos Biológicos – Vírus, bactérias, protozoários, fungos,
parasitas, bacilos etc.
Parágrafo único. Na ausência de médico plantonista substituto, a
• Riscos Ergonômicos – esforço físico intenso, levantamento e
direção técnica do estabelecimento de saúde deve providenciar a transporte manual de peso, exigência de posturas
substituição.
inadequadas, imposição de ritmos excessivos, jornada de 3. Melhoras a segurança dos medicamentos – Padronizar
trabalho prolongada etc. procedimentos para garantir a segurança de armazenamento,
• Riscos de Acidentes – máquinas e equipamentos sem movimentação e utilização de medicamentos de alto risco e
proteção, animais peçonhentos, insetos, ferramentas que possuem nome, grafia aparência semelhantes, prevenindo
inadequadas ou defeituosas etc. a ocorrência de uma administração inadvertida.
4. Cirurgia segura – Medidas adotadas para redução do risco de
MEDIDAS NECESSÁRIAS PARA SE EVITAR RISCOS eventos adversos que podem acontecer antes, durante e
depois da cirurgia. Eventos adversos cirúrgicos são incidentes
OCUPACIONAIS E BIOLÓGICOS que resultam em dano ao paciente.
5. Reduzir o risco de infecção associado ao cuidado - A infecção
Disponibilizar aos seus colaboradores todos os EPIs (equipamentos relacionada à assistência à saúde (IRAS) é aquela adquirida em
de proteção individual) de forma adequada, correta e segura. função dos procedimentos necessários à monitorização e ao
Garantir treinamento e capacitação periódica também é parte das tratamento de pacientes em hospitais, ambulatórios, centro
diagnósticos ou mesmo em assistência domiciliar (home care).
diretrizes básicas para contribuir com o bem-estar e a saúde do
A higienização das mãos é um procedimento essencial, por
trabalhador durante as suas atividades. Fazer campanhas de
todos os profissionais de saúde em cinco momentos diferentes
conscientização sobre a higienização das mãos. (antes do contato com o paciente; antes da realização de
procedimento asséptico; após riscos de exposições a líquidos
PASSOS PARA A SEGURANÇA DO PACIENTE corporais; após contato com o paciente e após contato com as
áreas próximas ao paciente).
1. Identificação correta do paciente – O processo de identificação 6. Reduzir o risco de danos aos pacientes resultante de quedas –
do paciente deve ser capaz de identificar corretamente o Protocolo de queda implantado no intuito de identificar o risco
indivíduo como sendo a pessoa para qual se destina o serviço. de queda dos seus pacientes e agir preventivamente. O
Essa identificação acontece no momento da admissão, por
protocolo de prevenção de quedas do CHAS inclui a
meio de uma pulseira de identificação.
identificação de pacientes com risco – em função das condições
2. Comunicação efetiva – Por quem e para quem são transmitidas clínicas, dos medicamentos prescritos e dos tratamentos – e a
as informações acerca, bem como a forma de registro dessas adoção de medidas preventivas, conforme esse risco.
informações de maneira que ocorra de forma clara e oportuna,
sem ambiguidades, com a certeza da correta compreensão por
parte do receptor da informação.

SONDAS

o A sonda é um instrumento para ser introduzido em um canal ou uma cavidade para para retirar líquidos, introduzir sangue,
soro, medicamentos e efetuar investigações diagnósticas. Pode ser fina e flexível para explorar ou dilatar um canal natural ou
rígida, geralmente com uma extremidade pontiaguda, para separar tecidos de dissecação.

SONDA TIPO TEMPO CARACTERÍSTICAS


SONDAGEM VESICAL DE ALÍVIO - COLETAR EXAME DE URINA
- ESVAZIAR A BEXIGA
- FICA POR POUCOS MINUTOS
- PROCEDIMENTO ESTÉRIL

SONDAGEM VESICAL DE DEMORA - CONTROLE DE DIURESE


- OBSTRUÇÕES POR TUMORES
- DOENÇAS DEGENERATIVAS
- CIRURGIAS
- PROCEDIMENTO ESTÉRIL

SONDAGEM VESICAL DE DEMORA - IRRIGAÇÃO DA BEXIGA


- PODE SER USADA COMO
SONDA DE 2 VIAS NA FALTA
DELA
- PROCEDIMENTO ESTÉRIL

SONDAGEM GÁSTRICA - DESCOMPRESSÃO GÁSTRICA


- LAVAGEM GÁSTRICA
- QUANTIFICAR DÉBITO
- OBTER CONTEÚDO
GÁSTRICO
SONDAGEM ENTERAL - ALIMENTAÇÃO ENTERAL
- ADMINISTRAR
MEDICAMENTOS

- TRATAMENTO DE
HEMORRAGIA POR VARIZES
ESOFÁGICAS

SENGSTAKEN - BLAKEMORE

POLITRAUMA • Jaw Trust

o Anamnese Breve: apenas dados importantes


o Exame Físico Organizado: sequência pela ordem de maiores
causas de mortalidade.
o Tratamento: tratar a lesão assim que identificada

• Chin Lift (apenas se tiver certeza que não houve lesão na


ANAMNESE BREVE
coluna)

CÂNULA NASOFARÍGEA

*Cuidado com fratura de base de crânio


EXAME FÍSICO ORGANIZADO

CÂNULA OROFARÍNGEA

Paciente deve estar inconsciente


A (VIAS AÉREAS E PROTEÇÃO CERVICAL)

o Aspirar sangue e secreções


o Retirar dentes
o Avaliar se via aérea está pérvia
o Proteção cervical

ABERTURA DE VIA AÉREA


INTUBAÇÃO OROTRAQUEAL

B (RESPIRAÇÃO)
MÁSCARA LARÍNGEA
o Inspeção Torácica
Via aérea difícil o Percussão
o Ausculta
o FR
o Oximetria

PELO TIPO DE TRAUMA, QUAIS LESÕES PODEM ACONTECER?

• Pneumotórax
• Hemotórax
• Tórax Instável
VIA AÉREA ALTERNATIVA • Hérnia diafragmática
• Contusão Pulmonar
• Cricotireoidostomia punção (eficaz por poucos minutos)
• Lesão Árvore Traqueobrônquea

PNEUMOTÓRAX

HEMOTÓRAX

• Cricotireoidostomia cirúrgica (contraindicada em menores de


12 anos)

• Traqueostomia

PROTEÇÃO CERVICAL
C (CIRCULAÇÃO) o EVITAR A TRÍADE DA MORTE

PELO TIPO DE TRAUMA, QUAIS LESÕES PODEM ACONTECER?

• Tamponamento Cardíaco
• Contusão Miocárdica
• Lesão Aorta

TAMPONAMENTO CARDÍACO

CONTROLE DE HEMORRAGIA

AQUECER FLÚIDOS PARA EVITAR HIPOTERMIA

D (ALTERAÇÃO NEUROLÓGICA)

o Escala de Glasgow
o Pupilas
o Dextro

E (EXPOSIÇÃO)

o Expor todo o corpo e controle de temperatura

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