Este documento resume os principais princípios do processo do trabalho brasileiro, incluindo: o princípio dispositivo onde o magistrado só age quando provocado; o princípio inquisitivo onde o juiz toma iniciativas para agilizar o processo; e o princípio da conciliação onde esforços devem ser feitos para resolver disputas por meio de acordo entre as partes.
Este documento resume os principais princípios do processo do trabalho brasileiro, incluindo: o princípio dispositivo onde o magistrado só age quando provocado; o princípio inquisitivo onde o juiz toma iniciativas para agilizar o processo; e o princípio da conciliação onde esforços devem ser feitos para resolver disputas por meio de acordo entre as partes.
Este documento resume os principais princípios do processo do trabalho brasileiro, incluindo: o princípio dispositivo onde o magistrado só age quando provocado; o princípio inquisitivo onde o juiz toma iniciativas para agilizar o processo; e o princípio da conciliação onde esforços devem ser feitos para resolver disputas por meio de acordo entre as partes.
• Princípio DISPOSITIVO – Regra – Inércia. Magistrado apenas vai agir
quando provocado. • Magistrado sai da inércia quando exercido o direito de ação. Apresentação da petição inicial. CPC. Art. 2 O processo começa por iniciativa da parte e se desenvolve por impulso oficial, salvo as exceções previstas em lei. • Exceções: - Superintendência Regional do Trabalho e Emprego remeta cópia do processo administrativo para a Justiça do Trabalho dando para início a processo trabalhista contra a falta de anotação da CTPS e reconhecimento de vínculo empregatício (CLT, Art. 39). - Execução de ofício para partes não representadas por advogados. CLT. Art. 878. A execução será promovida pelas partes, permitida a execução de ofício pelo juiz ou pelo Presidente do Tribunal apenas nos casos em que as partes não estiverem representadas por advogado. • Princípio INQUISITIVO – Uma vez exercido o direito de ação, tem o Juiz o dever de realizar os atos processuais de ofício, evitando que o processo já instaurado permaneça sem a prática de atos processuais. CLT. Art. 765 - Os Juízos e Tribunais do Trabalho terão ampla liberdade na direção do processo e velarão pelo andamento rápido das causas, podendo determinar qualquer diligência necessária ao esclarecimento delas. - Possibilidade do Magistrado conhecer de ofício das matérias de ordem pública. Ex. Art. 795 - As nulidades não serão declaradas senão mediante provocação das partes, as quais deverão argui-las à primeira vez em que tiverem de falar em audiência ou nos autos. § 1o - Deverá, entretanto, ser declarada ex officio a nulidade fundada em incompetência de foro. Nesse caso, serão considerados nulos os atos decisórios. • Princípio da INAFASTABILIDADE DA JURISDIÇÃO CF. Art. 5, XXXV - a lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário lesão ou ameaça a direito; - Regra - inexistência de instância administrativa obrigatória. Art. 625-D. Qualquer demanda de natureza trabalhista será submetida à Comissão de Conciliação Prévia se, na localidade da prestação de serviços, houver sido instituída a Comissão no âmbito da empresa ou do sindicato da categoria. (Incluído pela Lei no 9.958, de 12.1.2000) STF – Decisão liminar – ADINs no 2139 e 2160 – Não é obrigatório ao trabalhador submeter-se à Comissão de Conciliação Prévia antes do ajuizamento da ação trabalhista. • Princípio da CONCILIAÇÃO. CLT, Art. 764 - Os dissídios individuais ou coletivos submetidos à apreciação da Justiça do Trabalho serão sempre sujeitos à conciliação. - Obrigatoriamente, sob pena de nulidade, a conciliação será TENTADA pelo juiz do trabalho em dois momentos: na audiência, antes da apresentação da resposta pela reclamada e após a eventual apresentação de razões finais - Também pode haver conciliação em outros momentos. CLT, Art. 764, § 3o - É lícito às partes celebrar acordo que ponha termo ao processo, ainda mesmo depois de encerrado o juízo conciliatório. Súmula no 418 do TST - A homologação de acordo constitui faculdade do juiz, inexistindo direito líquido e certo tutelável pela via do mandado de segurança. - Homologação de acordo → extinção do processo com resolução do mérito. Celebrado o acordo, será lavrado o termo de conciliação, que é considerado título executivo judicial. Art. 831 - A decisão será proferida depois de rejeitada pelas partes a proposta de conciliação. Parágrafo único. No caso de conciliação, o termo que for lavrado valerá como decisão irrecorrível, salvo para a Previdência Social quanto às contribuições que lhe forem devidas. Súmula no 259 do TST - Só por ação rescisória é impugnável o termo de conciliação previsto no parágrafo único do art. 831 da CLT. • Princípio do PROTECIONISMO TEMPERADO. Objetiva proteger o trabalhador assegurando prerrogativas processuais devido à hipossuficiência que possui. Ex. Depósito recursal exigido apenas do empregador. Ex2. Recursos sem efeito suspensivo, possibilitando a liquidação ou execução provisória de imediato. Ex.: a ausência do reclamante na audiência inaugural provoca o arquivamento da reclamação, enquanto a ausência do reclamado implica a revelia e a consequente confissão ficta. - O princípio da proteção (direito do trabalho) pode ser aplicado ao processo do trabalho? Sim. O processo do trabalho é um instrumento de realização do direito material. Influência principalmente informadora. - NÃO poderá ser utilizado no campo probatório. • Princípio do JUS POSTULANDI. Direito de postular em juízo sem a necessidade de advogado. Art. 791 - Os empregados e os empregadores poderão reclamar pessoalmente perante a Justiça do Trabalho e acompanhar as suas reclamações até o final. Exceções – Mandado de Segurança, Rescisória, Cautelar (típicas do processo civil); e TST. Súmula no 425 do TST - O jus postulandi das partes, estabelecido no art. 791 da CLT, limita-se às Varas do Trabalho e aos Tribunais Regionais do Trabalho, não alcançando a ação rescisória, a ação cautelar, o mandado de segurança e os recursos de competência do Tribunal Superior do Trabalho. - Reforma – nova exceção - Acordo de homologação extrajudicial. • Princípio da LEALDADE PROCESSUAL. CPC, Art. 5 o Aquele que de qualquer forma participa do processo deve comportar-se de acordo com a boa-fé. - Reforma trabalhista insere na CLT a Seção IV-A - Da Responsabilidade por Dano Processual. Art. 793-A. Responde por perdas e danos aquele que litigar de má-fé como reclamante, reclamado ou interveniente. Art. 793-B. Considera-se litigante de má-fé aquele que: I - deduzir pretensão ou defesa contra texto expresso de lei ou fato incontroverso; II - alterar a verdade dos fatos; III - usar do processo para conseguir objetivo ilegal; IV - opuser resistência injustificada ao andamento do processo; V - proceder de modo temerário em qualquer incidente ou ato do processo; VI - provocar incidente manifestamente infundado; VII - interpuser recurso com intuito manifestamente protelatório. Art. 793-C. De ofício ou a requerimento, o juízo condenará o litigante de má-fé a pagar multa, que deverá ser superior a 1% (um por cento) e inferior a 10% (dez por cento) do valor corrigido da causa, a indenizar a parte contrária pelos prejuízos que esta sofreu e a arcar com os honorários advocatícios e com todas as despesas que efetuou. (...) Art. 793-D. Aplica-se a multa prevista no art. 793-C desta Consolidação à testemunha que intencionalmente alterar a verdade dos fatos ou omitir fatos essenciais ao julgamento da causa. Parágrafo único. A execução da multa prevista neste artigo dar-se-á nos mesmos autos. • Princípio da CELERIDADE. Acentuado no processo do trabalho. • Princípio da INFORMALIDADE. O procedimento a ser seguido na Justiça do Trabalho é, em regra, informal. - Petição inicial e contestação verbais (arts. 840 e 846 da CLT); - Comparecimento das testemunhas independentemente de intimação (art. 825 da CLT); - Ausência de despacho de recebimento da inicial, sendo a notificação inicial ato próprio da Secretaria (art. 841 da CLT); - Recurso por simples petição (art. 791 da CLT); - Jus postulandi (art. 791 da CLT); - Imediatidade entre o juiz e a parte na audiência; - Linguagem mais simplificada no processo do trabalho. • Princípio da ORALIDADE. A palavra falada no processo do trabalho tem grande prevalência. Art. 840 - A reclamação poderá ser escrita ou verbal. Art. 847 - Não havendo acordo, o reclamado terá vinte minutos para aduzir sua defesa, após a leitura da reclamação, quando esta não for dispensada por ambas as partes. Parágrafo único. A parte poderá apresentar defesa escrita pelo sistema de processo judicial eletrônico até a audiência. Art. 850 - Terminada a instrução, poderão as partes aduzir razões finais, em prazo não excedente de 10 (dez) minutos para cada uma. Em seguida, o juiz ou presidente renovará a proposta de conciliação, e não se realizando esta, será proferida a decisão. Art. 831 - A decisão será proferida depois de rejeitada pelas partes a proposta de conciliação. Art. 851 - Os tramites de instrução e julgamento da reclamação serão resumidos em ata, de que constará, na íntegra, a decisão. Art. 795 - As nulidades não serão declaradas senão mediante provocação das partes, as quais deverão argui-las à primeira vez em que tiverem de falar em audiência ou nos autos. • Princípio da IRRECORRIBILIDADE IMEDIATA DAS DECISÕES INTERLOCUTÓRIAS. - Decisões interlocutórias não são recorríveis de imediato, somente permitindo- se a apreciação do seu merecimento em recurso de decisão definitiva. - Busca a celeridade. CLT, art. 893, §1o. Os incidentes do processo são resolvidos pelo próprio Juízo ou Tribunal, admitindo-se a apreciação do merecimento das decisões interlocutórias somente em recursos da decisão definitiva. • Princípio da CONCENTRAÇÃO DOS ATOS PROCESSUAIS. Processo civil – atos processuais separados. Processo do trabalho – atos concentrados → + celeridade. Atos concentrados na audiência. Processo do trabalho pensado pelo legislador. Apresentada petição inicial → Notificação do reclamado para comparecimento em audiência (não se fala em citação no processo do trabalho). Art. 849 - A audiência de julgamento será contínua; mas, se não for possível, por motivo de força maior, concluí-la no mesmo dia, o juiz ou presidente marcará a sua continuação para a primeira desimpedida, independentemente de nova notificação. Regra: Audiência UNA