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NULIDADES

NULIDADE É A
SANÇÃO PELO
DESCUMPRIMENTO DA
FORMA PREVISTA EM
LEI.
 A NULIDADE ABSOLUTA É DITADA
POR QUESTÕES DE ORDEM PÚBLICA,
COMO DA INCOMPETÊNCIA EM RAZÃO
DA MATÉRIA OU DAS PESSOAS.
 A NULIDADE RELATIVA DEPENDE
DO INTERESSE DA PARTE, QUE DEVE
PROVOCAR O JUIZ PARA DECLARÁ-LA.
 Ex: incompetência em razão do lugar.
LEGISLAÇÃO

Art. 794 CLT


Art. 795 CLT
Art. 796 CLT
Art. 797 CLT
Art. 798 CLT
NULIDADES PROCESSUAIS

• Existem formas determinadas para o


desenvolvimento válido do processo.
• Havendo violação das formas poderá
haver penalidades.
CONCEITO

• Nulidade é a sanção que priva o ato


jurídico de seus efeitos normais.
VÍCIOS PROCESSUAIS

• Sanáveis: a nulidade relativa, a


anulabilidade e as
irregularidades.

• Insanáveis: inexistência e a
nulidade absoluta.
INEXISTÊNCIA

• Art. 104, § 2º do CPC: serão


considerados ineficázes os atos
não ratificados em 15 dias, se o
juiz der à parte prazo para
regularizar a procuração nos autos.
Não regularizada a procuração, a
sanção é a ineficácia dos atos
praticados.
NULIDADE ABSOLUTA
• Nulidade originária;
• Nulidade derivada;
• A nulidade absoluta é ditada
por fins de interesse público.
•A nulidade absoluta
compromete todo o processo.
NULIDADE RELATIVA
• Refere-se ao interesse da parte. Não há
interesse público.
• Pode-se citar como exemplo a
incompetência em razão do lugar, que
representa nulidade relativa, pois deve ser
alegada pela parte no momento próprio,
sob pena de tornar competente o juízo
que, em principio, era incompetente.
ANULABILIDADE
• A anulabilidade, o vício é decorrente de violação de
norma dispositiva. O ato só pode ser anulado mediante
provocação do interessado. O juiz não pode, de ofício,
mandar suprir ou repetir o ato, justamente porque está
na esfera de disposição da parte.
• Não reagindo a parte, o ato que era inválido para a ser
válido. exemplo é o da penhora ser realizada em bens
que só devem ser penhorados à falta de outros. A
norma é dispositiva, visando prevenir interesse do
devedor. Logo, somente ele é que pode argüir a
nulidade, em vista de existirem outros bens que podem
ser penhorados.
IRREGULARIDADES
• Sanáveis: (art. 833 da CLT e parágrafo
único do art. 897-A da CLT);
• Insanáveis: prazos para o juiz proferir
despachos ou decisões, e que se
constituem em mera irregularidade,
justificada normalmente pelo excesso de
serviço, caso não sejam observadas.
PRINCÍPIOS DAS
NULIDADES

• Os princípios das nulidades são


originários da teoria do processo.
Representam a teoria das nulidades
processuais.
PRINCIPIO DA LEGALIDADE
• As nulidades dependem de
previsão legal.
• (art. 5º, II, da Constituição).
PRINCIPIO DA
INSTRUMENTALIDADE DAS
FORMAS OU DA FINALIDADE

• art. 277 do CPC.


PRINCIPIO DA ECONOMIA
PROCESSUAL
• o máximo resultado com o mínimo
emprego de atividades processuais.
• A não observância da forma legal anula
apenas os atos que não possam ser
aproveitados, desde que não resultem
prejuízo à parte.
PRINCÍPIO DO
APROVEITAMENTO DA PARTE
VÁLIDA DO ATO
• Aproveita-se a parte válida do
ato, até mesmo por economia
processual.
PRINCIPIO DO INTERESSE DE AGIR
PRINCIPIO DA CAUSALIDADE
PRINCIPIO DA LEALDADE
PROCESSUAL
PRINCÍPIO DA REPRESSÃO
AO DOLO PROCESSUAL
 PRINCÍPIO DA CONVERSÃO

• É a possibilidade de se converter
a parte válida do ato processual
tido por nulo, por menor que seja.
Em razão da economia
processual, pode-se aproveitar
esses efeitos menores
produzidos pelo ato processual.
PRINCIPIO DA TRANSCENDÊNCIA
OU DO PREJUÍZO
• No nosso sistema jurídico não
haverá nulidade se não houver
prejuízo processual à parte;
• (art. 794 da CLT).
PRINCÍPIO DA CONVALIDAÇÃO

• O ato nulo não argüido oportunamente se


convalida, permanecendo válido (art. 795
da CLT).
NULIDADES NO PROCESSO DO
TRABALHO

• A CLT trata das nulidades nos arts. 794 a


798.
• A CLT não regula tudo sobre nulidades,
sendo aplicável o CPC subsidiariamente ao
processo do trabalho.
ARTIGO 794 DA CLT

• Consagra o princípio da
transcendência ou do prejuízo.
• Só haverá nulidade se houver
prejuízo às partes. Este prejuízo é
o processual, pertinente à defesa
da parte, e não qualquer outro,
principalmente de direito material,
ou financeiro ou econômico.
 ARTIGO 795 DA CLT

• O artigo tem fundamento no


principio do interesse de agir e na
boa-fé processual.
§ 1º DO ARTIGO 795 DA CLT

• A incompetência que menciona o § 1º do


art. 795 da CLT é a absoluta e não a
relativa, em razão do lugar.
§ 2º DO ARTIGO 795 DA CLT
ARTIGO 796, a, DA CLT

• O dispositivo adota os princípios


do aproveitamento da parte válida
do ato e da economia
processual.
ARTIGO 796, b, DA CLT
• Ninguém pode beneficiar-se de
sua própria torpeza.
• final do parágrafo único do art.
801 da CLT.
ARTIGO 797 DA CLT

• Os atos válidos serão


aproveitados por medida de
economia processual. O juiz deve
indicar no despacho ou decisão
que anula o processo os números
das folhas em que foram
considerados nulos os atos
praticados.
ARTIGO 798 DA CLT

• Aplica-se aqui a regra do principio da


utilidade, aproveitando-se os atos válidos
praticados no processo desde que sejam
posteriores ao ato inquinado de nulo ou que
dele não sejam conseqüência.
• Princípio da causalidade.
REGRAS PARA O PRONUNCIAMENTO
DAS NULIDADES
• Na fase de conhecimento (até a sentença),
as nulidades serão pronunciadas pelo juiz.
• Na fase recursal, as nulidades serão
pronunciadas pelo tribunal ou pela turma,
se houver provocação das partes nesse
sentido, ou se se tratar de norma de ordem
pública a ser observada.
• Na execução, as nulidades serão
declaradas pelo juiz.
PRECLUSÃO
• “a perda da faculdade de praticar-
se um ato pela transposição de
um “momento processual”.

• §§ 2º e 3º do art. 879 da CLT.


• Súmulas nºs 184 e 297 do TST.
 DIFERENÇAS
• Decadência e prescrição, são
regras de direito material;
• Preclusão é regra de direito
processual.
CLASSIFICAÇÃO DA PRECLUSÃO
• Couture:
– por não ser observada a ordem, a
oportunidade que a lei determina para a prática
do ato;
– pela incompatibilidade entre o ato realizado e o
seguinte;
– pelo fato de ato já ter sido realizado
validamente uma vez.
• É possível classificar a preclusão em:
temporal, lógica e consumativa, que
corresponde às orientações de Couture.
PRECLUSÃO TEMPORAL
• É o que ocorre quando a parte ingressa
com recurso fora do prazo legal ou não
apresenta a contestação em audiência.

• A preclusão temporal ocorre quando o ato


processual deveria ter sido praticado em
certo prazo e não o foi, não podendo mais
ser praticado.
PRECLUSÃO LÓGICA
• Arruda Alvim: se dá a preclusão
lógica “quando um ato não mais
pode ser praticado, pelo fato de
ser praticado outro ato que, pela
lei, é definido como incompatível
com o já realizado ou quando
esta circunstância deflua
inequivocamente do sistema”.
PRECLUSÃO CONSUMATIVA

• Praticado validamente um ato


processual previsto na lei e
consumado este ato, não poderá
a parte pretender praticá-lo
novamente.
PEREMPÇÃO

• É a extinção do direito de praticar um ato


processual ou de prosseguir com o
processo.
• CLT artigos 731 e 732

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