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O defeito é tão grande que o ato não pode continuar existindo, podendo
ser reconhecido o defeito independentemente de ação rescisória. A parte pode
se valer da ação declaratória de inexistência do ato processual, a qual não tem
prazo para ajuizamento (diferentemente da ação rescisória, que deve ser
ajuizada no prazo de 2 anos após o trânsito em julgado).
Embora sejam mais “graves” que os atos nulos, a consequência prática
é a mesma que vimos na nulidade absoluta: precisam ter os efeitos cassados
por decisão o judicial, que pode ocorrer de ofício e não ocorre a preclusão.
Todos atos processuais produzem efeitos enquanto não forem submetidos à
apreciação jurisdicional. Para que o ato seja considerado inexistente, é
necessária uma decisão judicial.
EXEMPLO
Citação nula. Processo se desenvolve normalmente após a citação, até
o trânsito em julgado da ação. Após, se verifica que o réu não foi citado; quem
foi citado foi um homônimo (pessoa com nome idêntico). Caberá a ação
declaratória de inexistência do ato processual para anular todo o processo
desde a citação.
PRINCÍPIO DO INTERESSE
Por este princípio, somente possui interesse para arguir a nulidade a
parte que tenha sido prejudicada e desde que NÃO tenha sido ela quem deu
causa àquela nulidade.
Isso está previsto expressamente na alínea b do art. 796 da CLT: “A
nulidade não será pronunciada: [...]
b) quando arguida por quem lhe tiver dado causa. ”
Este princípio não traz nenhuma novidade. Trata-se da aplicação do
princípio geral de direito segundo o qual ninguém pode se valer da própria
torpeza.