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FINANCEIRA
Prof. ME. FÁBIO OLIVEIRA VAZ
004 Aula 01: Economia Brasileira e Cálculos Básicos
O mercado é altamente mutável e difícil de prever, por isso, é essencial um bom plano
de ação, mas com conhecimento das questões econômicas e financeiras, para ter uma
tomada de decisão pautada em dados e informações que facilitem atingir os objetivos
traçados.
Todas as nossas decisões são de extrema importância, pois irão refletir no futuro o
sucesso ou fracasso das ações que iremos adotar. Por isso, esteja pronto para planejar,
avaliar, calcular para que seja possível desenvolver a capacidade de tomar decisões
estratégicas pautadas em dados concretos.
Então, a partir de agora, tome a decisão de aprender um pouco mais sobre matemática
financeira e plano de negócios. Esteja preparado para ser um profissional diferenciado
e capaz de lidar com tudo que possa acontecer no mercado financeiro.
Ótimos estudos!
3
01
Economia Brasileira
e Cálculos Básicos
O mercado possui variações constantes e precisam ser analisadas com muito critério
para evitar surpresas em investimentos ou compras.
Diante desse desafio, e para que você tenha subsídios para análise, nesta unidade
comecemos a debater sobre a situação econômica brasileira e depois passaremos a
estudar alguns cálculos próprios da matemática comercial, como regra de três e
porcentagem.
Todos esses cálculos e teorias são essenciais para que você possa utilizar no seu dia a
dia, além de fornecer formas para facilitar sua tomada de decisão com base em
números e informações financeiras.
5
Começaremos esta unidade falando da economia brasileira, na sequência estendo um
pouco sobre matemática comercial, regra de três e porcentagem.
Conjuntura Econômica
Brasileira
Entender alguns aspectos sobre a economia é de fundamental importância para
analisar investimentos, pois a situação econômica certamente influenciará o
desempenho e o resultado dos mesmos. Dessa forma, devemos considerar, por
exemplo, fatores como: a variação do preço do dólar frente ao real, o desempenho da
Bovespa, a carga tributária e as taxas de juros que permeiam a economia brasileira e
a influência dessas variáveis no mercado globalizado.
Uma outra questão que merece nossa atenção é que variações no dólar ou
valorização do real podem causar aumento ou diminuição da inflação, mudança no
poder de compra e variação dos custos envolvidos em insumos ou outros materiais
importados.
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Esse processo viabiliza a captação de recursos no mercado sem custos financeiros.
Funciona como se fosse um empréstimo sem juro e ainda com prazo indeterminado,
porque quem investe passa a ser sócio da empresa e não cobra juros, nem define um
prazo para vender as ações compradas. Em contrapartida recebe os dividendos.
Nesse sentido, a Bovespa vem mostrando seu potencial frente às crises que assolam a
economia mundial, revelando sua capacidade de recuperação após as grandes
quedas, como aconteceu no período que sucedeu à crise econômica mundial em 2008
e 2009.
7
O site “Fundamentus” disponibiliza informações financeiras e
fundamentalistas das empresas com ações listadas na Bovespa. Possui um
completo banco de dados apresentado de forma acessível para auxiliar o
investidor a encontrar as melhores opções de investimento.
Outro fator que merece destaque na economia brasileira é a elevada carga tributária
que representa uma ameaça para as empresas que ainda não se adaptaram ao
mercado competitivo. No Brasil, ela alcança cerca de 36% do PIB, o que faz com que
seja uma das maiores do mundo, abaixo apenas de poucos países desenvolvidos,
como França (46%), Itália (42%) e Alemanha (40%). E o governo pouco consegue fazer
para amenizar essa crítica realidade, pois se ele a reduzir, terá que cortar gastos,
diminuindo investimentos públicos em diversas áreas, inclusive nas sociais, para
manter o superávit primário em suas contas e manter os acordados com as
autoridades monetárias internacionais.
Ainda, outra questão a ser discutida são as altas taxas de juros no Brasil que
prejudicam o crescimento econômico e geram descontentamento no mercado. Com
elas, os investidores ficam desestimulados a investir na produção frente às
possibilidades atraentes de ganhos financeiros. A Taxa Básica Financeira no Brasil é
uma das maiores do mundo. Segundo o site http://agenciabrasil.ebc.com.br “mesmo
com a decisão do Copom de manter a Selic em 14,25% ao ano, o Brasil continua
sendo o país com os juros reais mais altos entre 40 países pesquisados pelo
economista Jason Vieira, da Infinity Asset Management em parceria com o site MoneYou.
O país tem juro real de 6,78% ao ano, seguido pela Rússia, com taxa de 2,78% e pela
China com juro real de 2,61%”.
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Matemática Comercial
Todo empresário, negociador ou comerciante precisa ter alguns conhecimentos
básicos de matemática comercial que serão usados em seu dia a dia. Estes
conhecimentos envolvem cálculos simples estudados desde o ensino básico, mas que
muitas vezes podem gerar certos tipos de dúvidas quando aplicados em situações
reais.
Na visão de Francisco (1999), a atual economia que é vista como globalizada, exige que
os profissionais busquem conhecer os aspectos financeiros e comerciais dos cálculos,
para melhor compreender questões de juros, taxas, impostos e outros assuntos que
interferem em nosso dia a dia.
Imagine, por exemplo, quando você precisa comprar um imóvel e irá financiar em 120
vezes, a uma certa taxa de juros que resultará em um valor futuro maior, e que à vista
poderia ser mais barata, isso pode interferir em nossas decisões.
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Francisco (1999) reforça que a matemática comercial e financeira oferece ferramentas
para que consigamos calcular e tomar decisões embasadas em informações corretas,
isso nos dá mais segurança para avaliar como investir nosso precioso dinheiro.
Por isso, acompanhe todo esse material para compreender as questões financeiras e
com isso estar mais bem preparado para tomadas de decisão em um mercado
altamente complexo.
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02
Regra de 3
Regra de três é a operação matemática que permite descobrir o valor de um termo
desconhecido numa proporção. Segundo Gremaud (2003), ela pode ser simples (com
2 razões) ou composta (com 3 ou mais razões) e, ainda, direta ou inversamente
proporcional (análise das grandezas).
a) Diretamente Proporcional
Grandezas são diretamente proporcionais quando elas têm relação direta, assim
quando uma aumenta a outra também aumenta e vice-versa. Um exemplo pode ser
“quantidade de máquinas” e “quantidade produzida” de determinado produto.
Quando a quantidade de máquinas é aumentada, a quantidade produzida também
aumenta, por esse motivo essas duas grandezas são diretamente proporcionais
entre si.
Nesse caso, a relação é direta, precisamos de mais betoneiras para produzir mais
lajes por mês.
X 1.650
5 550
12
Sua resolução é o cálculo do valor de X, considerando a igualdade entre as razões
proporcionais e fazendo o que se chama de multiplicação cruzada, na qual o
numerador é formado pela multiplicação entre o número que estiver na coluna do X
(5) e o que estiver na linha do X (1.650). O divisor é o outro número, conforme segue:
X 1.650
=
5 550
5 × 1.650
X =
550
X = 15
b) Inversamente Proporcional
Grandezas são inversamente proporcionais quando elas têm relação inversa, assim
quando uma aumenta a outra diminui e vice-versa. Um exemplo pode ser
“quantidade de operários” e “quantidade de tempo” para se realizar alguma tarefa.
Quando a quantidade de operários é aumentada, a quantidade de tempo é
reduzida.
Operários Meses
X 36
24 48
Nesse caso, a relação é inversa, pois quanto mais operários ela tiver, menos tempo
vai levar para fazer a construção, assim, não é possível resolver a regra de três
simplesmente igualando as razões da forma como foram apresentadas
13
anteriormente. É necessário considerar que essas grandezas são inversamente
proporcionais e por isso uma delas deve ser invertida como a seguir (meses):
Operários Meses
X 48
24 36
X 48
=
24 36
24 × 48
X =
36
X = 32
2) Com velocidade de 256 km/h um avião vai de uma cidade para outra em 6
horas. Um outro, pretende percorrer essa mesma distância em 4 horas. Qual
deverá ser a velocidade desse avião?
X 4
256 6
14
Como são inversamente proporcionais, é necessário inverter uma grandeza:
X 6
256 4
X 6
=
256 4
256 × 6
X =
4
X = 384
1) Uma empresa demorou 90 dias para construir uma casa de 200 m2 com 10
operários. Quantos dias demoraria essa construtora para fazer uma casa de 300
m² utilizando 30 operários?
Perceba que nesse caso a relação se dá entre três grandezas, o tamanho da casa em
metros quadrados, a quantidade de operários e o tempo, medido em dias. Como a
questão envolve o cálculo do número de dias, essa será a grandeza que servirá de
base para analisarmos as outras duas e verificarmos se elas são direta ou
inversamente proporcionais.
15
Dias M2 Número de Operários
X 300 30
90 200 10
Como explicado anteriormente, a relação das grandezas sempre será feita com base
na incógnita, no caso “Dias”. Assim, a grandeza metros quadrados “M²” em relação a
“Dias” é diretamente proporcional, pois para se fazer mais “M²”, mais “Dias” são
necessários e vice-versa. Por outro lado, a grandeza “Número de Operários” em
relação a “Dias” é inversamente proporcional, pois com mais operários se leva menos
dias para a construção ou a realização de uma tarefa qualquer.
Então, vamos inverter apenas a grandeza “Número de Operários”, pois somente ela é
inversamente proporcional a “Dias” que é a grandeza que serve de base de
comparação para a análise.
X 300 10
90 200 30
Agora, da mesma forma que é feito o cálculo com a regra de três simples, é só fazer a
multiplicação cruzada, na qual o numerador é formado pela multiplicação entre o
número que estiver na coluna do X (no caso, 90) e os que estiverem na linha do X (300
e 10). O divisor é formado pela multiplicação dos outros (no caso, 200 e 30) conforme
segue:
16
90 × 300 × 10
X =
200 × 30
X = 45
GRAU DE GRAU DE
DIAS OPERÁRIOS COMPRIMENTO
ATIVIDADE DIFICULDADE
X 8 2 6 3
8 9 1 9 1
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Primeiro passo: identificar quais grandezas são inversamente proporcionais a “Dias”.
Comprimento: é diretamente proporcional, pois quanto mais comprido, mais dias são
necessários.
Grau de dificuldade: é diretamente proporcional, pois quanto mais difícil mais dias
são necessários.
GRAU DE GRAU DE
DIAS OPERÁRIOS COMPRIMENTO
ATIVIDADE DIFICULDADE
X 9 1 6 3
8 8 2 9 1
8 × 9 × 1 × 6 × 3
X =
8 × 2 × 9 × 1
X = 9
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03
Porcentagem
Conforme Raymundo (2006), dá-se o nome de percentagem ou porcentagem à parte
calculada sobre uma quantidade de 100 unidades, ou seja, é uma parte de 100, ou
0,01 (1÷100). Toda razão a/b, na qual b = 100 é uma porcentagem e o símbolo que
a representa é %.
Para Puccini (2009), existem vários meios para se resolver um problema que necessite
do uso de porcentagem, como, por exemplo, regra de três simples e o cálculo direto
por calculadoras.
5% de 200.000,00
5 ÷ 100 x 200.000,00
0,05 x 200.000,00
R$ 10.000,00
4% de 1.200.000,00
4 ÷ 100 x 1.200.000,00
0,04 x 1.200.000,00
R$ 48.000,00
Esse problema pode ser resolvido por meio de uma regra de três, onde se lê:
20
6 30.000
=
100 X
X = 500.000, 00
Então você poderia, simplesmente, dividir 30.000,00 por 0,06 e chegaria à resposta de
R$ 500.000,00.
5) Um terreno que estava sendo vendido por R$ 200.000,00 teve seu preço
aumentado em 8%. Qual o novo preço de venda?
6) Uma área comercial está sendo alugada por R$ 6.000,00 e, para pagamento
antecipado, o proprietário concede um desconto de 5% sobre o valor do aluguel.
Qual o valor do aluguel antecipado?
7) Após ter sofrido um reajuste de 10%, um apartamento está sendo vendido por
R$ 100.000,00. Qual era o seu preço de venda antes do reajuste?
21
100.000, 00 X
=
110 100
X = R$90.909, 09
Nesse caso, a base para o cálculo é o valor inicial: 580.000,00, assim ele é considerado
como sendo 100%. Dessa forma, a questão pode ser resolvida de várias formas.
a- Regra de três:
580.000, 00 720.000, 00
=
100 X
X = 124, 14%
b- De forma direta:
22
(10.000,00 ÷ 200.000,00) × 100 = 5%
Resposta: a perda foi de 5% sobre o valor da compra R$ 200.000,00 que é a base para
o cálculo.
Respostas: 25% dos apartamentos do prédio foram vendidos, faltam ser vendidos
75%.
Acréscimos/Abatimentos
Sucessivos
Acréscimos e abatimentos são operações realizadas com muita frequência nos
negócios. Puccini (2009) afirma que quando eles são sucessivos, os valores dos
acréscimos ou dos abatimentos são calculados sempre com base no valor
imediatamente anterior e não no valor inicial de uma série. Isso nos remete à ideia de
juro composto ou desconto composto, que veremos mais à frente. Vamos entender
esse assunto com alguns exercícios práticos para fixação da aprendizagem.
100.000,00 + 5% = 105.000,00
Ou podemos fazer um índice para cada reajuste e multiplicar um pelo outro para
encontrar o índice de reajuste para todo o período da seguinte forma:
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5% = 5 ÷ 100 = 0,05 :.. 0,05 + 1 = 1,05
2) Após ter sofrido três reajustes sucessivos de 10%, 14% e 16% o valor do CUB
(Custos Unitários Básicos de Construção) de alto padrão por metro quadrado é
de R$ 1.366,00. Calcule o valor anterior a esses reajustes.
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Esse é o índice que representa 45,464% de reajuste:
1.366, 00
X = = 939, 06
1, 45464
Ou seja, simplificando:
Depois de termos calculado o índice do período 1,45464, basta dividir o valor final (R$
1.366,00) por ele.
Para conferir o cálculo, basta reajustar o valor encontrado (R$ 939,06) em 10%, depois
em mais 14% e na sequência em mais 16%, sucessivamente, o que é o mesmo que
multiplicá-lo por 1,45464. O resultado será R$ 1.366,00.
25
04
Juros Simples
Juro é a remuneração do capital (dinheiro). Para quem investe é o retorno do
investimento. Para quem toma emprestado é o custo pelo empréstimo. Assim como o
aluguel é uma remuneração pelo imóvel alugado e o lucro, o retorno por algum
empreendimento, o juro é a recompensa do capital deixado à disposição de outra
pessoa.
Segundo Fallet (2011), a taxa de juro (normalmente representada pela letra “i”) é um
índice que, aplicado sobre o capital, determina sua remuneração em um determinado
período de tempo (dias, meses, anos). O número de períodos (tempo) é representado
pela letra “n”.
A forma unitária nada mais é do que a forma percentual dividida por cem. Assim, 10% é
igual a 10 ÷ 100, ou 0,10.
27
Cálculo do Juro Simples
No sistema de juro simples, não há cálculo de juros sobre juros, ou seja, ele não incide
sobre os juros dos períodos anteriores. Não há capitalização dos juros, como acontece
no regime de juro composto.
J = C × i × n
Na qual:
j = juro
C = capital
i = taxa
n = número de períodos (dia, mês, ano etc.)
A tabela 1 mostra o cálculo de juro simples, considerando taxa de 10% ao período que
pode ser dia, mês, ano etc.
0 100,00 - - 100,00
Tabela 1 - Cálculo de juro simples com taxa de 10% ao período | Fonte: o autor.
J=C×i×n
J = 100,00 × 0,10 × 3
J = 30,00
28
Vários cálculos a partir desse ponto serão feitos também com a calculadora financeira
HP 12C. Vale a pena investir um pouco de seu tempo para aprender a utilizar essa
ferramenta que facilita muito os cálculos do dia a dia de forma rápida e segura. Nos
cálculos de juros simples, ela não é muito utilizada pela facilidade em realizá-lo, porém,
nos juros compostos, que veremos mais adiante, ela é muito recomendada. Para você
que ainda não a conhece, segue uma imagem desta ferramenta.
29
Para efetuar o cálculo do exercício anterior, usamos as seguintes teclas após digitar f
CLx para zerar todas as suas memórias:
Observação: para juro simples na HP 12C, a taxa informada deve ser sempre a taxa
anual e o período sempre o número de dias.
Cálculo do Montante
O Montante (M) é a soma do Capital (C) e do Juro (j).
M = 100,00[1 + (0,30)]
30
Cálculo do Capital
Para o cálculo do capital (C), pode ser usada a mesma fórmula do montante:
M = C[1 + (i × n)]
Ou a fórmula transformada:
M
C =
1 + (i × n)
Exemplo:
Que capital deve ser aplicado para gerar um montante de R$ 130,00 em três meses com
taxa de juro de 10% ao mês?
130, 00
C =
1 + (0, 10 × 3)
130, 00
C =
1, 30
C = 100, 00
Cálculo da Taxa
Para o cálculo da taxa (i), pode ser usada a mesma fórmula do montante:
M = C[1 + (i × n)]
Exemplo:
Que taxa deve ser aplicada sobre o capital de R$ 100,00 para gerar um montante
de R$ 130,00 em três meses?
31
M = C[1 + (i × n)]
30
= i
300
i = 0,10 ou 10% ao mês (ao mês porque o período está expresso em meses)
Ou com a fórmula:
j
i =
n × c
30, 00
i =
3 × 100, 00
i = 0, 10 ou 10% ao m s ê
Cálculo do Período
Para o cálculo do período (n), também pode ser usada a mesma fórmula do montante:
M = C[1 + (i × n)]
Exemplo:
Durante quanto tempo deve ficar aplicado o capital de R$ 100,00 para gerar um
montante de R$ 130,00 com taxa de juros de 10% ao mês?
30 = 10n
32
30
= n
10
Ou pela fórmula:
j
n =
i × c
30, 00
n =
0, 10 × 100, 00
n = 3 meses
Exercícios resolvidos
C = 2.500,00
n=8
i = 0,035
j=?
j = C × i × n
j = 2.500,00 × 0,035 × 8
j = 700,00
33
Com a HP 12C:
C = 40.000,00;
n = 3;
j = 4.800,00;
i=?
j 4.800, 00 4.800, 00
i = :. . i = :. . i = :. . i = 0, 04 ou 4%
cn 40.000, 00 × 3 120.000, 00 × 3
j = 1.920,00;
i = 0,03;
n = 2;
c=?
j 1.920, 00
c = :. . c = :. . c = 32.000, 00
in 0, 03 × 2
34
Períodos e Taxas de Juro
Relação de siglas com os respectivos significados:
Para Francisco (1999), o período comercial considera o mês sempre com 30 dias e o ano
com 360 dias (12 meses de 30 dias).
Taxas Proporcionais
Para a conversão das taxas i proporcionais em diferentes períodos:
de i ad para i am: multiplica-se a taxa ao dia por 30 (um mês tem 30 dias)
1% ad = 30 % am (1% × 30 dias).
de i ad para i aa: multiplica-se a taxa ao dia por 360 (um ano tem 360 dias)
1% ad = 360 % aa (1% × 360 dias).
de i am para i ad: divide-se a taxa ao mês por 30 (um mês tem 30 dias)
30% am = 1 % ad (30% ÷ 30 dias).
de i aa para i ad: divide-se a taxa ao ano por 360 (um ano tem 360 dias)
360% aa = 1% ad (360% ÷ 360 dias).
35
Períodos Proporcionais
Para transformar:
dias em meses: divide-se o número de dias por 30 (um mês tem 30 dias);
75 dias = 2,5 meses (75 ÷ 30 = 2,5);
15 dias = 0,5 mês (15 ÷ 30 = 0,5);
dias em anos: divide-se o número de dias por 360 (um ano tem 360 dias);
540 dias = 1,5 anos (540 ÷ 360 = 1,5);
36
05
Método Hamburguês
Esse método é utilizado para a cobrança de juros sob o regime de juros simples de
empréstimos (créditos rotativos) cujos saldos devedores sejam variáveis durante o
período calculado (GREMAUD, 2003). Exemplos desses empréstimos são as contas de
cheques especiais, em que os saldos dos clientes ficam devedores e se alteram,
muitas vezes diariamente, a cada lançamento a débito ou a crédito, quando são
efetuados saques ou depósitos.
Assim, durante o período (geralmente o mês) os juros são calculados pelo saldo-
médio sacado a descoberto dentro de um determinado limite fornecido pelo banco.
Esse juro calculado pelo sistema de juro simples só é cobrado no final do referido
período.
Para calcularmos o valor dos juros, é necessário elaborar uma planilha com o saldo
em cada dia em que houver alterações (depósitos ou saques). Multiplicamos a taxa
de juros diária pelo resultado da multiplicação entre o saldo devedor diário e a
quantidade de dias que esse saldo tenha permanecido devedor.
Exemplo:
38
Saldo(D) x
DATA Depósitos Cheques Saldo
nº de dias
01/11 0,00
=∑ 76.100,00
∑/30 2.536,67
Tabela 1 - Cálculo do saldo médio devedor pelo Método Hamburguês | Fonte: o autor.
Cálculo:
J = C × i × n
Na qual:
J: é o juro do período
C: é a somatória sempre dividida por 30, porque o mês comercial tem 30 dias
(76.100,00/30 = 2.536,67), ou seja, é a média diária do saldo devedor.
i: 6% am
J = 2.536,67 × 0,06 × 1
J = 152,20
39
Ou seja, o juro cobrado no mês pela utilização dos saldos devedores conforme
Tabela 1 é de R$ 152,20 com taxa de 6% ao mês.
40
06
Desconto Simples
Segundo Hirschfeld (2000), o desconto é o abatimento que incide sobre um título de
crédito (cheque, duplicata, nota promissória) ou sobre uma dívida qualquer por terem
sido liquidados antes de seu vencimento.
Valor Nominal (VN) é o valor de face, ou seja, valor impresso no título. É o que ele
valerá no vencimento.
Valor atual (VA) é o valor pelo qual o título pode ser pago antecipadamente.
Naturalmente, é um valor menor do que o VN, pois se o título for liquidado
antecipadamente, ele terá um desconto (D).
Dessa forma, o Desconto (D) é igual ao Valor Nominal (VN) menos o Valor Atual (VA)
pelo qual o título pode ser pago antecipadamente.
D = VN − VA
Para Hirschfeld (2000), nesse tipo de desconto, a base de cálculo é o Valor Nominal
(VN). Ele é calculado sobre o valor nominal descontando-se a taxa multiplicada pelo
número de períodos antecipados e as fórmulas de cálculo são as seguintes:
V Acs = V N [1 − (i . n)]
Exercício 1
Uma duplicata de R$ 100,00 foi quitada três meses antes do vencimento com taxa de
desconto comercial simples de 10% ao mês. Por quanto ela foi quitada e qual o
valor do desconto?
VAcs = VN [1 – (i . n)]
42
VAcs = 100 [1 – (0,10 . 3)]
Ela foi quitada por R$ 70,00; seu desconto foi de R$ 30,00 (100,00 – 70,00).
D = VN – VA
D = 100 – 70 = 30,00
Para o cálculo direto do desconto comercial simples, também pode ser usada a
fórmula:
Dcs = V N . i . n
Dcs = 30,00
Fonte: o autor.
43
VN
V Ars =
1 + (i . n)
Exemplo:
Qual o valor atual com desconto racional simples para o mesmo exercício 1?
100, 00
V Ars =
1 + (0, 10 . 3)
100, 00
V Ars =
1, 3
V Ars = 76, 92
V N . i. n
Drs =
1 + (i . n)
100.0, 10.3
Drs =
1 + (0, 10 . 3)
30
Drs =
1, 30
Drs = 23, 08
44
Exemplo: calcule o valor do desconto comercial simples para os títulos conforme
tabela abaixo com taxa de 5% ao mês.
R$ 100,00 30
R$ 200,00 35
R$ 250,00 33
R$ 5.000,00 60
R$ 100,00 30 3.000,00
R$ 200,00 35 7.000,00
R$ 250,00 33 8.250,00
R$ 5.000,00 60 300.000,00
318.250, 00
ê
= 57, 34 dias ou 1, 91 m s (57, 34 ÷ 30)
5.550, 00
45
Com a HP 12C
g xw (57,34)
Esse é o prazo médio de vencimento (1,91 mês) desses títulos, ponderando os valores
e os prazos dos mesmos.
Com a informação do prazo médio e com a fórmula abaixo, é possível calcular o valor
do desconto envolvendo todos os títulos.
Dcs = VN . i . n
46
No desconto racional com a taxa de desconto de 10% am, em três meses, o valor
nominal de R$ 100,00 gera o valor atual de R$ 76,92. Aplicamos, agora, a taxa de
juros também de 10% am, em três meses, sobre o valor atual de R$ 76,92, é gerado o
mesmo valor de juros e chega-se ao montante de R$ 100,00.
M = C [ 1 + ( i . n )]
M = 76,92 [ 1 + (0,10 . 3 )]
M = 76,92 [ 1 + (0,3)]
M = 100,00
Dcs = VN . i . n
Dcs = 30,00
47
Dessa forma, para chegarmos à taxa de juros equivalente à taxa de desconto
comercial simples, ou seja, a taxa de juros que vai transformar em três meses o valor
atual de R$ 70,00 em R$ 100,00, como no exercício 1, utilizamos a seguinte fórmula:
id
ij =
1 − (id . n)
Na qual:
ij = taxa de juros
id = taxa de desconto
0, 10
ij =
1 − (0, 01 . 3)
0, 10
ij =
0, 70
M = 70[ 1 + (0,14286 × 3 )]
M = 70 (1,4286)
M = 100,00
De forma inversa, quando sabemos a taxa de juros simples, podemos calcular a taxa
de desconto comercial simples equivalente a essa taxa de juros com a seguinte
fórmula:
ij
id =
1 + (ij . n)
0, 05
id =
1 + (0, 05 . 9)
48
0, 05
id =
1, 45
id = 0, 03448 ou 3, 448% am
Exercícios resolvidos
Vn . i . n
Drs =
1 + (i . n)
6.864, 00 × 0, 004 × 36
Drs =
1 + (0, 004 × 36)
988, 416
Drs =
1, 144
Drs = 864, 00
49
2) Um título com valor nominal de R$ 2.000,00, à taxa de 9% ao
mês, vai ser descontado 8 meses antes do vencimento. Calcule
a diferença entre os descontos bancário e racional.
Dcs = V n . i . n
Dcs = 2.000 × 0, 09 × 8
Dcs = 1.440, 00
Drs = (V n × i × n) ÷ (1 + i × n)
2.000×0,09×8
Drs =
1,72
Drs = 837, 21
Vn . i . n
Drs =
1 + (i . n)
1.800 × i × 2, 5
800 =
1 + 2, 5i
800 = 2.500i
i = 0, 32 ou 32%
50
4) Um comerciante recebeu um desconto racional de R$ 30,00
ao pagar um título. Sabendo que a taxa usada pelo banco é de
7,2% ao ano, e que o valor do título é de R$ 530,00, encontre o
prazo de antecipação do título.
Vn . i . n
Drs =
1 + (i . n)
30 + 1, 8n = 31, 80n
30 = 30n
n = 1 ê
(1m s)
id
′
ij =
′
1 − (id . n )
0, 045
′
ij =
1 − (0, 045 . 3, 5)
0, 045
′
ij =
(0, 8425)
′
ij = 5, 34% am
51
6) Qual a taxa mensal de desconto comercial simples
equivalente à taxa de juro de 5,5% ao mês pelo prazo de 8
meses?
ij
′
id =
′
1 + (ij . n )
0, 055
′
id =
1 + (0, 055 . 8)
0, 055
′
id =
1, 44
id = 0, 03819
id = 3, 82% am
52
07
Juros Compostos
No regime de capitalização composta, os juros são capitalizados ao final de cada
período, ou seja, eles são somados ao capital a cada período incorrido e o cálculo do
juro para o próximo período é feito sobre a soma do capital e dos juros do período
anterior, conforme afirma Raymundo (2006).
Comparação Entre as
Capitalizações
Vamos fazer uma comparação entre as capitalizações Simples e Composta conforme
a Tabela 1.
Um capital de R$ 1.000,00 foi aplicado para render juros de 10% ao mês durante
3 meses. Determine o montante no final dos 3 meses pelos dois sistemas.
54
capitalização composta pelo fato de os juros compostos serem calculados sobre o
valor do montante, enquanto os juros simples são calculados sobre o valor do capital.
55
Figura 1 - Funções e teclas da HP 12C
Cálculo do Montante
Dessa forma, para o cálculo do montante sob o regime de juro composto, é
necessário saber o período de capitalização.
56
Número de Capital Juros Juros Montante
períodos (n) (C) (J) acumulados (M)
R$
0 - - R$ 100,00
100,00
R$ R$
1 R$ 10,00 R$ 110,00
100,00 10,00
R$ R$
2 R$ 21,00 R$ 121,00
110,00 11,00
R$ R$
3 R$ 33,10 R$ 133,10
121,00 12,10
Assim, se a taxa de 10% do exemplo 1 for ao dia com capitalização diária, após 3
dias, o montante será de R$ 133,10; se ela for mensal com capitalização mensal,
após 3 meses, o montante será de R$ 133,10 e, assim, sucessivamente.
n n
M = C . (1 + i) ou F V = P V . (1 + i)
Na qual:
57
n
M = C × (1 + i)
3
M = 100, 00 × (1 + 0, 10)
M = 133, 10
Para fazer esse cálculo com a calculadora HP 12C, basta digitar as seguintes teclas:
Cálculo do Juro
Para cálculo dos juros, basta diminuir o capital do montante.
J = M − C
J = 133, 10 − 100, 00
J = 33, 10
n
J = C[(1 + i) − 1]
58
No caso do exercício 1, temos:
3
J = 100[(1 + 0, 10) − 1]
J = 33, 10
Cálculo do Capital
Para calcular o capital, quando sabemos o valor do montante final, o tempo em que
foi aplicado e a taxa, utilizamos a fórmula:
M
C =
n
(1 + i)
Exemplo 2: qual o capital que gera o montante de R$ 133,10 por ter ficado
aplicado durante 3 meses à taxa de 10% ao mês capitalizada mensalmente?
133, 10
C =
3
(1 + 0, 10)
133, 10
C =
3
(1, 10)
133, 10
C =
1, 331
C = 100, 00
59
Cálculo do capital com a HP 12C
60
08
Capitalização
A equivalência entre as taxas se dá no regime de capitalização composta e depende
do período da capitalização.
Assim, para se saber qual taxa capitalizada em um período maior (exemplo 1 ano)
que equivale a outra capitalizada em um período menor (exemplo 1 mês), pode ser
empregada a seguinte fórmula (esse processo se chama capitalização):
n
ip> = (1 + ip< ) − 1
Na qual:
i p> = (1+ip<)ⁿ – 1
Com a HP 12C
1 ENTER 0,01 +
12 yx
1 -
100 x
62
Descapitalização
Porém, para saber qual taxa capitalizada em um período menor (exemplo 1 mês)
que equivale a outra capitalizada em um período maior (exemplo 1 ano), pode ser
empregada a seguinte fórmula (esse processo se chama descapitalização):
1
( )
n
ip< = (1 + ip> ) − 1
n
ip< = (1 + ip> ) − 1
ip< = (1 + 0, 12) 12 − 1
ip< = 0, 95% ao m s ê
1 ENTER 0,12 +
1 ENTER 12 ÷ yx
1 -
100 x
Cálculo do Período
Para o cálculo do número de períodos “n” em que ficou aplicado um capital, quando
temos o valor desse capital, do montante gerado e da taxa aplicada, utilizamos a
seguinte fórmula:
M
(1nM − 1nC) log
C
n = ou n =
1n(1 + i) log(1 + i)
63
Cálculo do período utilizando a fórmula
Exemplo 6: por quanto tempo deve ficar aplicado o capital de R$ 100,00 para
gerar o montante de R$ 133,10 com taxa de juros de 10% am?
0, 286
n =
0, 0953
n = 3
100 CHS PV
133,10 FV
10 i
n (Resposta: 3)
Exemplo 7: por quanto tempo deve ficar aplicado o capital de R$ 500,00 para que
se transforme em R$ 512,08 com taxa de 1% ao mês, capitalizada mensalmente?
(1nM − 1nC)
n =
1n(1 + i)
64
(1n512, 08 − 500, 00)
n =
1n(1 + 0, 01)
0, 02394
n =
0, 00995
n = 2, 4
O capital deve ficar aplicado por 2,4 meses, ou 72 dias (2,4 x 30 dias), porém, a HP 12C
arredonda o resultado fracionado para o inteiro superior. Nesse caso, pela HP 12C a
resposta é 3 meses. Veja:
500 CHS PV
512,08 FV
1i
65
Exercícios resolvidos
M = C (1+i)ⁿ
M = 1.000 (1+0,10)³
M = 1.000 (1,10)³
M = 1.000 X1,331
M = 1.331,00
M = C ( 1 + i )ⁿ
40.000,00 = C ( 1 + 0,02)⁵
40.000,00 = 1,104080803 C
C = 36.229,23
66
3) Durante quanto tempo deve ficar aplicado R$ 5.000,00 à taxa
de 7% am para produzir o montante de R$ 12.000,00?
M 12000
log log
C 5000
n = → n =
log(1 + i) log(1 + 0, 07)
M = 8.000,00 X 1,442267 FV
M = 9.138,13
67
5) Uma taxa de 2% ao mês, equivale a que taxa anual?
ip > = 26,82%
ip < = (1+ip)1/n – 1
ip < = 0,8784% ad
68
09
Desconto Composto
O desconto composto é o abatimento pelo pagamento antecipado de um
título, considerando o sistema composto de capitalização. Se for apenas um o
período da antecipação do pagamento, o desconto composto não tem
diferença em relação ao desconto simples. Porém, se esse tempo
compreender dois ou mais períodos, o desconto do segundo período em
diante passa a ser calculado sobre o valor anterior já com o seu respectivo
desconto. Ou seja, é feita uma sucessão de cálculos de descontos simples,
período por período.
Desconto Composto
Comercial
O desconto composto comercial (bancário ou “por fora”) é calculado sobre
valor nominal.
70
O valor a ser pago é o valor atual que pode ser calculado com a fórmula:
n
V Acc = V N . (1 − i)
Na qual:
f REG f 2
71
Caro aluno, é importante perceber que para aplicar o desconto composto, as
fórmulas são as mesmas do juro composto, somente mudando as nomenclaturas.
Cálculo do desconto
D = VN – VA
n
Dcc = V N [1 − (1 − i) ]
Dcc = 100,00[1-(1-0,10)³]
Dcc = 100,00[1-(0,90)³]
Dcc = 27,10
Com a HP 12C
100,00 CHS PV
3 n FV RCL PV +
72
VA
V N cc =
n
(1 − i)
Exemplo: qual o valor nominal do título que foi pago com 3 meses de
antecedência por R$ 72,90, considerando a taxa de desconto comercial
composto de 10% ao mês?
72, 90
V N cc = = 100, 00
0, 7290
Com a HP 12C
72,90 CHS FV
3 n PV
Cálculo da taxa
Para cálculo da taxa do desconto comercial composto, pode ser utilizada a seguinte
fórmula:
n
VA
i = 1 − ( )
VN
72, 90 3
i = −1( )
100, 00
0,3333
i = −1(0, 7290)
Com a HP 12C
f REG f 2 100,00 CHS PV 72,90 FV 3 n i
73
A resposta é –10. Ou 10% ao mês negativo, porque esse é o percentual retirado
do valor nominal.
Cálculo do período
O cálculo do período do desconto comercial composto pode ser feito pela fórmula:
Exemplo:
1n72, 90 − 1n100, 00
n =
1n(1 − 0, 10)
4, 2891 − 4, 6052
n =
0, 1054
n = 3
Com a HP 12C
f REG f 2 100,00 CHS PV 72,90 FV 10 CHS i n
74
Cálculo do valor atual
Exemplo 1: um título de R$ 100,00 foi pago três meses antes do vencimento com
taxa de desconto racional composto de 10% am. Qual o valor do pagamento?
VN
V Arc =
n
(1 + i)
Na qual:
VArc = valor atual com desconto racional composto é o valor do pagamento com
desconto pela antecipação. Pode ser considerado como o Capital.
VN = valor nominal, valor que está escrito no título. É o valor no seu vencimento.
Nesse caso, também pode ser entendido como o montante.
100, 00
V Arc =
3
(1 + 0, 10)
100, 00
V Arc =
1, 331
V Arc = 75, 13
Com a HP 12C
f REG f 2 100,00 CHS FV 10 i 3 n PV
75
Cálculo do desconto
D = VN – VA
1
Drc = V N (1 − )
n
(1 + i)
1
Drc = 100 (1 − )
3
(1 + 0, 10)
Drc = 24, 87
Com a HP 12C
100,00 FV 3 n 10 i PV RCL FV + (Resposta = 24,87)
n
V N rc = V A(1 + i)
3
V N rc = 75, 13(1, 1)
76
V N rc = 100, 00
Com a HP 12C
f REG f 2 75,13 CHS PV 10 i 3 n FV (Resposta 100,00)
Cálculo da taxa
n
VN
i = ( ) − 1
VA
100 3
i = ( ) − 1
75, 13
i = 0, 10 ou 10% ao m s ê
Com a HP 12C
f REG f 2 75,13 CHS PV 100,00 FV 3 n i (Resposta: 10% ao mês)
Cálculo do período
1nV N − 1nV A
n =
1n(1 + i)
77
1n100, 00 − 1n75, 13
n =
1n1 + 0, 10
4, 6052 − 4, 3192
n =
0, 0953
Com a HP 12C
f REG f 2 75,13 CHS PV 100,00 FV 10 i n (Resposta: 3)
78
Exercícios Resolvidos
Dcc = 410,85
Com a HP 12C
f reg 2.100 CHS PV 7 CHS i 3 n FV
VA
V N cc =
n
(1 − i)
272, 90
V N cc =
2
(1 − 0, 10)
272, 90
V N cc =
2
(0, 9)
79
272, 90
V N cc =
0, 81
V N cc = 336, 91
Com a HP 12C
f reg 272,90 CHS FV 10 CHS i 2n PV
n
VA
i = 1 − ( )
VN
272, 90 1
i = 1 − ( )
300, 00
i = 1 − 0, 909666
i = 0, 09 ou 9%
Com a HP 12C
272,90 CHS FV 300 PV 1n i
1nV A − 1nV N
n =
1n(1 − i)
1n72, 90 − 1n100
n =
1n(1 − 0, 10)
80
4, 289089 − 4, 605170
n =
−0, 105361
−0, 316081
n =
−0, 105361
n = 3 meses
Com a HP 12C
72,90 CHS FV 100 PV 10 CHS i n
VA = VN . (1 - i )ⁿ
VA = 720.(1-0,08)⁵
VA = 720.(0,92)⁵
VA = 720.0,659081
VA = 474,54
Com a HP 12C
720 CHS PV 8 CHS i 5 n FV
81
Exercícios Resolvidos
VN
V Arc =
n
(1 + i)
647
V Arc =
2
(1 + 0, 06)
647
V Arc =
1, 1236
V Arc = 575, 83
Com a HP 12C
647 CHS FV 6 i 2 n PV
Com a fórmula
1
Drc = V N (1 − )
n
(1 + i)
1
Drc = 647 (1 − )
2
(1 + 0, 06)
1
Drc = 647 (1 − )
1, 1236
82
Drc = 647(1 − 0, 8899964)
Drc = 71, 17
Com a HP 12C
647 CHS FV 6 i 2 n PV RCL FV +
Com a fórmula
VNrc = VA (1+ i)ⁿ
VNrc = 175,13(1,04)⁴
VNrc = 204,88
Com a HP 12C
175,13 CHS PV 4 i 4 n FV
Com a fórmula
n
VN
i = ( ) − 1
VA
83
1
2
210
i = ( ) − 1
163, 20
i = 0, 1343 ou 13, 43%
Com a HP 12C
210 CHS FV 163,20 PV 2 n i
Com a fórmula
1nV N − 1nV A
n =
1n(1 + i)
1n100 − 1n75, 13
n =
1n(1 + 0, 10)
4, 605170 − 4, 319220
n =
0, 095310
0, 285950
n =
0, 095310
n = 3 meses
Com a HP 12C
75,13 CHS PV 100 FV 10 i n
Perceba, caro aluno, que os cálculos podem ser feitos com o uso de calculadora ou
com a HP 12C, porém, sempre recomendo utilização da HP 12C por ser mais indicada
e mais simples de aplicar os cálculos.
84
10
Rendas ou Anuidades
Rendas ou anuidades são séries de pagamentos que têm basicamente duas
finalidades:
Conforme Francisco (1999), as rendas podem ser certas ou aleatórias. Rendas certas
são as que têm previamente definidas as quantidades de prestações (PMT) ou
depósitos, o vencimento das prestações e seus respectivos valores. Se algum desses
fatores não estiver previamente combinado, a renda é aleatória.
Quanto à periodicidade:
86
Quanto à variabilidade, as rendas são:
Nosso estudo a esse respeito vai se concentrar nas rendas mais utilizadas no
mercado, que são as rendas certas, temporárias, periódicas, constantes, imediatas.
Uma renda com todas as características acima, por exemplo, é a compra a prazo com
pagamentos mensais e número determinado de parcelas de valor fixo, que ainda
pode ser com ou sem entrada. Esse tipo de anuidade, geralmente, é utilizado para
pagamento de uma dívida contraída na aquisição de um bem.
87
Isso é possível com um só cálculo por meio das seguintes fórmulas:
n
(1 + i) − 1
Ap = [ ] × P MT
n
i(1 + i)
Na qual:
Exemplo:
Qual o valor atual de uma dívida contraída para ser paga em 7 parcelas mensais
postecipadas de R$ 500,00, com uma taxa de 4,5% am?
n
(1 + i) − 1
Ap = [ ] × P MT
n
i(1 + i)
7
(1 + 0, 45) − 1
Ap = [ ] × 500
7
0, 045(1 + 0, 045)
1, 36086 − 1
Ap = [ ] × 500
0, 045(1, 36086)
Com a HP 12C
G 8 (Para cálculo dos pagamentos sem entrada ou postecipados)
88
b) Se os pagamentos forem antecipados (com entrada)
n
(1 + i) − 1
Aa = [ ] × P MT
(n−1)
i(1 + i)
Na qual:
Exemplo:
Qual o valor atual de uma dívida contraída para ser paga em 7 parcelas mensais
antecipadas de R$ 500,00, com uma taxa de 4,5% am?
n
(1 + i) − 1
Aa = [ ] × P MT
(n−1)
i(1 + i)
7
(1 + 0, 045) − 1
Aa = [ ] × 500
(7−1)
0, 045(1 + 0, 045)
1, 36086 − 1
Aa = [ ] × 500
0, 045(1, 30228)
Com a HP 12C
G 7 (Para cálculo dos pagamentos antecipados ou com entrada, aparece “begin” no
visor)
89
Cálculo do Valor da Prestação
a) Se os pagamentos forem postecipados (sem entrada):
Com a fórmula
n
(1 + i) − 1
Ap = [ ] × P MT
n
i(1 + i)
7
(1 + 0, 045) − 1
2.946, 35 = [ ] × P MT
7
0, 045(1 + 0, 045)
0, 36086
2.946, 35 = [ ] × P MT
0, 061239
2.946, 35 = 5, 89267 × P M T
2.946, 35
P MT =
5, 89267
P M T = 500, 00
Com a HP 12C
G 8 (Para cálculo dos pagamentos sem entrada ou postecipados)
90
Com a fórmula
n
(1 + i) − 1
Aa = [ ] × P MT
(n−1)
i(1 + i)
7
(1 + 0, 045) − 1
3.078, 94 = [ ] × P MT
(7−1)
0, 045(1 + 0, 045)
0, 36086
3.078, 94 = [ ] × P MT
0, 058602
3.078, 94 = 6, 15784 × P M T
3.078, 94
P MT =
6, 15784
P M T = 500, 00
Com a HP 12C
G 7 (Para cálculo dos pagamentos com entrada ou antecipados, aparece o termo
“begin” no visor).
Com a HP 12C
G 8 (Para cálculo dos pagamentos sem entrada ou postecipados)
f CLX f 2 2.946,35 CHS PV 7n 500,00 PMT i (4,5% am, o período está em
meses)
91
2) Para a Renda antecipada (com entrada)
Com a HP 12C
f CLX f 2 3.078,94 CHS PV 7n 500,00 PMT i ( 4,50% am, o período está em
meses)
Cálculo do Número de
Períodos
Com HP 12C
a) Para a Renda postecipada (sem entrada)
Com a HP 12C:
G 8 (Para cálculo dos pagamentos sem entrada ou postecipados)
Com a HP 12C
92
Cálculo do Montante da Renda
a) Se os depósitos forem postecipados (sem entrada)
n
(1 + i) − 1
Mp = [ ] × P MT
i
Na qual:
Exemplo:
7
(1 + 0, 045) − 1
Mp = [ ] × 500
0, 045
1, 36086 − 1
Mp = [ ] × 500
0, 045
Mp = 8, 019111 × 500
Mp = 4.009, 55
Com a HP 12C
G 8 (Para cálculo dos pagamentos sem entrada ou postecipados)
93
b) Se os pagamentos forem antecipados (com entrada)
n
(1 + i) − 1
Ma = [ ] × (1 + i) × P M T
i
Na qual:
7
(1 + 0, 045) − 1
Ma = [ ] × (1 + 0, 045) × 500
0, 045
1, 36086 − 1
Ma = [ ] × (1 + 0, 045) × 500
0, 045
Ma = 4.189, 99
Com a HP 12C
G 7 (cálculo dos pagamentos com entrada (antecipados), aparece o termo “begin” no
visor)
94
Cálculo do Valor do Depósito
Assim como é possível calcular o valor das prestações para se pagar uma dívida,
também pode ser calculado o valor dos depósitos necessários para se constituir um
montante no futuro.
Com a fórmula
n
(1 + i) − 1
Mp = [ ] × P MT
i
7
(1 + 0, 045) − 1
4.009, 55 = [ ] × P MT
0, 045
0, 36086
4.009, 55 = [ ] × P MT
0, 045
4.009, 55
P MT =
8, 01911
P M T = 500, 00
Com a HP 12C
G 8 (Para cálculo dos pagamentos sem entrada ou postecipados)
95
Com a fórmula
n
(1 + i) − 1
Ma = [ ] × (1 + i) × P M T
i
7
(1 + 0, 045) − 1
4.190, 00 = [ ] × (1 + 0, 045) × P M T
0, 045
4.190, 00 = 8, 38 × P M T
4.190, 00
P MT =
8, 38
P M T = 500, 00
Com a HP 12C
G 7 (Para cálculo dos pagamentos com entrada ou antecipados, aparece “begin” no
visor)
96
11
Renda Perpétua
Renda perpétua é a anuidade que não tem previsão de término. O número de termos
é infinito, como, por exemplo, o pagamento de aluguel ou das despesas de um
condomínio residencial. O valor do termo ou prestação (PMT - Periodic Payment
Amount) é exatamente o valor dos juros ou remuneração sobre um determinado
capital.
Valor atual da renda perpétua: Para se calcular o valor atual da renda perpétua:
P MT
V Arp =
i
Na qual:
É o mesmo que perguntar qual o capital que rende R$ 100,00 por mês à taxa de
1,2% am. Dessa forma, pode ser sacado esse valor todo mês e o capital
permanece sempre o mesmo.
P MT
V Arp =
i
100
V Arp =
0, 012
V Arp = 8.333, 33
Cálculo da taxa de uma renda perpétua: Para calcular a taxa de uma renda
perpétua, usamos a seguinte fórmula:
P MT
i =
V Arp
98
1) Um apartamento que vale R$ 60.000,00 está alugado por R$ 900,00. Qual a
taxa correspondente?
P MT
i =
V Arp
900, 00
i =
60.000, 00
i = 1, 5%
a) Primeiro Passo: quanto ela precisa ter daqui a 25 anos para poder retirar essa
renda perpétua de R$ 1.500,00?
P MT
V Arp =
i
1500
V Arp =
0, 015
V Arp = 100.000, 00
99
b) Segundo Passo: quanto ela precisa depositar mensalmente nos 25 anos (n = 300
meses) para juntar os R$ 100.000,00?
n
(1 + i) − 1
Mp = [ ] × P MT
i
300
(1 + 0, 015) − 1
100.000, 00 = [ ] × P MT
0, 015
100.000, 00 = 5.737, 25 × P M T
100.000
P MT =
5.737, 25
P M T = 17, 43
Com a HP 12C
G 8 (Para cálculo dos pagamentos sem entrada ou postecipados)
f CLX f 2
100.000 CHS FV
1,5 i
300 n
Perceba que as rendas são uma forma de pensar no dinheiro ao longo do tempo,
para daqui a alguns anos e como ele pode auxiliar na análise de investimentos para
que seja possível tirar o melhor proveito dos juros e correções que esse valor pode
sofrer ao decorrer do tempo.
100
12
Inflação, Deflação
e Índices de Preço
101
A Inflação, segundo o conceito de Gremaud (2003), é um aumento contínuo e
generalizado dos preços na média de todos os preços da economia e medido durante
um determinado período de tempo. Um simples aumento de preços de um produto
não pode ser caracterizado como inflação.
Índices de Preços
Como a inflação deve ser medida de forma contínua e generalizada, necessária se faz
a elaboração de índices desses aumentos. No Brasil, são vários esses medidores, os
quais serão citados o INPC e o IGP-M.
102
O IGP-M – Índice Geral de Preços de Mercado – é medido pela Fundação Getúlio
Vargas e considera a média ponderada de outros três índices: o Índice de Preços por
Atacado – Disponibilidade Interna, o Índice de Preços ao Consumidor e o Índice
Nacional do Custo da Construção. O período da pesquisa compreende do dia 21 do
mês anterior ao dia 20 do referido mês.
IPA (Índice de Preços por Atacado, isto é, um indicador que mede as variações
de preços de produtos em transações feitas no atacado) com peso 0,6.
IPC (Índice de Preço ao Consumidor, que mede as variações dos preços dos
produtos de consumo e famílias) do Rio de Janeiro (local onde fica a FGV) com
peso 0,3.
INCC (Índice Nacional do Custo da Construção) com peso 0,1.
O IGP-M foi concebido no final de 1940 para ser uma medida abrangente do
movimento de preços. Entendia-se por abrangente um índice que englobasse não
apenas diferentes atividades, como também etapas distintas do processo produtivo.
Construído dessa forma, o IGP poderia ser usado como deflator do índice de evolução
dos negócios, daí resultando um indicador mensal do nível de atividade econômica.
103
Veja sua utilização através da Tabela 1:
Mês IGP-M
janeiro 1.092,1834
fevereiro 1.103,1052
março 1.109,9445
abril 1.114,9392
maio 1.119,7334
104
O Índice de Preços no Consumidor (IPC) é um índice que quantifica o custo
de um determinado cabaz fixo de bens de consumo em diferentes
momentos. Este cabaz é constituído por diversos tipos de bens, sendo
atribuído aos respectivos preços uma determinada ponderação de acordo
com os hábitos de consumo da população.
A utilidade do IPC reside no fato de ser por meio dele que é calculada a taxa
de inflação: algebricamente, a taxa de inflação é calculada como a taxa de
variação do IPC entre dois períodos.
105
13
Utilização Prática do
Inflator e Deflator
Em várias situações práticas, quando se analisa uma série de números em um
determinado período, principalmente numa economia inflacionária como a brasileira,
necessário se faz utilizar algumas técnicas para transformar essa série em valores
reais, ou seja, descontar a inflação nela embutida.
Na visão de Hirschfeld (2000), entende-se como valor real os valores alterados por
meio do inflator ou deflator para que a análise dos dados seja feita, tendo em vista a
inflação ocorrida no período de análise. Enquanto valores nominais são os
registrados como ocorreram na época, sem qualquer alteração.
Dessa forma, para atualizarmos os valores a serem analisados, vamos tratar aqui da
técnica do inflator e do deflator.
107
Inflator
Para inflacionar uma série, consideramos como base de cálculo o último entre os
períodos analisados e a fórmula é:
I nf lator = 1 + ia
Deflator
Para se deflacionar uma série, a base de cálculo é o primeiro entre os períodos
analisados e a fórmula é:
1
Def lator =
1 + ia
Em valores nominais, o faturamento foi crescente, ano a ano, como mostra a Tabela 1.
Considere uma inflação de 10% ao ano e verifique as alterações no faturamento
acima em termos reais.
108
Resolução:
a) Com o Inflator
Para o inflator, a base para o cálculo é o último dado da série, no caso o valor do
faturamento de 2011, ele não se altera.
I nf lator = 1 + ia
I nf lator = 1 + 0, 10 = 1, 10
Inflação acumulada de 21% (inflação sobre inflação, dois anos com 10%)
I nf lator = 1 + ia
I nf lator = 1 + 0, 21 = 1, 21
8.471, 10
2010 : − 1 = −0, 01
8.557, 12
109
7.956, 00
2011 : − 1 = −0, 0608
8.471, 10
Assim, fica demonstrado que, nesses dois períodos, com inflação de 10% ao ano,
houve crescimento em termos nominais (Tabela 1), porém esse crescimento foi
menor que a inflação, por isso em termos reais houve decréscimo no faturamento da
empresa (Tabela 2).
b) Com o deflator
1
Def lator =
1 + ia
1
Def lator =
1 + 0, 10
1
Def lator = = 0, 9091
1, 10
1
Def lator =
1 + ia
1
Def lator = = 0, 8264
1 + 0, 21
110
Ano 2009 2010 2011
No exercício anterior, a taxa de inflação utilizada foi 10% ao ano. Na prática, qual o
índice mais apropriado? Depende do tipo de análise, do ramo de atividade etc. Por
exemplo, ao analisar o faturamento de uma empresa que exporta toda sua produção,
pode ser utilizada a variação cambial, pois é o índice que mais se aproxima da
realidade para converter seu faturamento de valores nominais para valores reais. Em
uma empresa imobiliária ou da construção civil, poderíamos usar o INCC ou o valor
do CUB. Outra empresa poderia usar a variação nos custos de produção, como
salários e matéria-prima, ou mesmo o IGP-M ou INPC.
111
14
Exemplo: se um capital for corrigido a 26% ao ano e a inflação neste período for
12%, a taxa real, ou seja, a taxa descontada a inflação é:
1 + taxa ef etiva
ir = [ ] − 1
1 + taxa inf la ção
1, 26
ir = [ ] − 1
1, 12
Para Hirschfeld (2000), Taxa efetiva é a taxa expressa em unidade de tempo que
coincide com o período de capitalização dos juros. Ela corresponde, de fato, ao ganho
ou custo do capital, embora não seja em termos reais. Exemplo: a taxa de 2% ao mês,
capitalizada mensalmente, é uma taxa efetiva. Porém, se a taxa não for capitalizada
na mesma medida do período, ela é uma taxa nominal. Exemplo: a taxa de 12% ao
ano, capitalizada mensalmente.
113
Fator para Cálculo de
Prestações
As tabelas usadas pelos vendedores das lojas ou funcionários das financeiras
são confeccionadas para facilitar os cálculos. O fator, na verdade, é a
prestação de um produto vendido à vista por R$ 1,00 (um real).
n
(1 + i) − 1
Ap = [ ] × P MT
n
i(1 + i)
1
(1 + 0, 076) − 1
1 = [ ] × P MT
1
0, 076(1 + 0, 076)
0, 067
1 = [ ] × P MT
0, 081776
1
P MT =
0, 929368
P M T = 1, 07600
114
Com a HP 12C
a) sem begin, ( g end ) 7,6 i 1 n 1 CHS PV PMT
b) 2n PMT
d) 3 n PMT
e) 4 n PMT
Respostas: a) 1,07600 b) 0,55770 c) 0,51830 d) 0,35803 e) 0,27810
a) 6 meses = 0,1907619
b) 10 meses = 0,1232909
c) 18 meses = 0,0931138
Com a HP 12C
a) (sem begin) 6n 0,1907619 CHS PMT 1 PV i (4%am)
115
Resolução:
I) Correção do depósito inicial de R$ 25.000,00
n
M = C(1 + i)
8
M = 25.000(1, 03)
M = 31.669, 25
n
(1 + i) − 1
Mp = [ ] × P MT
i
7
(1 + 0, 03) − 1
Mp = [ ] × 12.000
0, 03
Mp = 91.949, 54
91.949, 54 + 3% = 94.708, 03
IV) Somatória
Com a HP 12C
Com begin: 13.000 CHS PV 12.000 CHS PMT 3 i 8 n FV
Resolução:
n
M = C(1 + i)
8
M = 5.000(1 + 0, 03)
M = 6.333, 85
116
n
(1 + i) − 1
Mp = [ ] × P MT
i
7
(1 + 0, 03) − 1
Mp = [ ] × 12.000
0, 03
Mp = 91.949, 54
91.949, 54 + 3% = 94.708, 03
Com a HP 12C
Com begin: 7.000 PV 12.000 CHS PMT 3 i 8 n FV
n
M = C(1 + i)
12
M = 14.000(1, 09)
M = 39.377, 30
n
(1 + i) − 1
Mp = [ ] × P MT
i
11
(1 + 0, 09) − 1
Mp = [ ] × 10.000
0, 09
Mp = 175.602, 93 + 9% = 191.407, 19
Com a HP 12C
4.000 CHS PV 10.000 CHS PMT 9 i 12 n FV 230.784,50
117
15
Empréstimos
e Sistema de
Amortização SAC
A indisponibilidade de recursos para fazer um investimento como a compra de um
imóvel leva o indivíduo a contrair um empréstimo. E, para sanar esse compromisso,
pode recorrer a diversas formas de pagamento que recebem o nome de Sistema de
Amortização.
119
Observe este exemplo do SAC sem carência:
120
Prestação
ANO Juros do Saldo Amortização Saldo
(Amort. +
(Final) Período Corrigido Constante Devedor
Juro)
0 24.000,00
Quando houver carência, é preciso corrigir o saldo, para depois aplicar a tabela,
como vimos em rendas diferidas.
121
Conhecer como o dinheiro trabalha com os juros e é amortizado para
encerrar uma dívida nos mostra como os financiamentos funcionam. Ter
esse conhecimento pode ajudá-lo a se tornar um profissional mais
perspicaz.
122
16
Sistema de
Amortização Price
e Misto
O Sistema de Prestações Constantes, que também é chamado de Sistema Francês
de Amortização e é conhecido por Tabela Price, recebeu esse nome em
homenagem ao economista inglês Richard Price e foi utilizado pela primeira vez na
França no século XIX. Esse sistema caracteriza-se pelo pagamento do empréstimo
com prestações iguais, periódicas e sucessivas. É utilizado pelas instituições
financeiras e pelo comércio em geral.
As prestações pagas são compostas por uma parcela de juros e outra de amortização.
Como as prestações são constantes, à medida que a dívida diminui os juros também
diminuem e, consequentemente, as quotas de amortização aumentam.
Taxa i I
Tabela 1 - Notações da HP 12C para cálculos pelo Sistema Price | Fonte: o autor.
124
Porém, antes de se montar a planilha, deve-se calcular as prestações constantes.
Para encontrar esse valor, utiliza-se a seguinte fórmula.
n
(1 + i) − 1
Ap = [ ] × P MT
n
i × (l + i)
10
(1 + 0, 05) − 1
75.000, 00 = [ ] × P MT
10
0, 05 × (l + 0, 05)
0, 6289
75.000, 00 = [ ] × P MT
0, 081446
75.000, 00 = 7, 7217 × P M T
75.000, 00
P MT =
7, 7217
P M T = 9.712, 88
125
4º Passo: refazem-se as mesmas operações do tempo 1 para os demais tempos até o
término.
0 75.000,00
126
Passos Dígitos Visor
1º F REG f 2 0 Limpa a HP 12 –C
3º 10 n 10 Períodos
4º 5i 5 Taxa
9º CHS 69.037,16
127
18º 1 f ( AMORT) 2.810,11 Juros
128
36º RCL PV -18.060,20 Saldo devedor
Tabela 3 - Cálculo pelo Sistema Price com HP 12C (Sem Begin, Teclar g END) | Fonte: o
autor.
129
Dessa forma, a primeira parcela pelo sistema misto é R$ 10.481,44 que é a média
aritmética entre esses dois valores:
11.250, 00 + 9.712, 88
130
Conclusão
Nosso estudo foi intenso, percorremos os caminhos dos cálculos básicos, juros,
descontos, rendas, empréstimos, análise de investimento, empreendedorismo e plano
de negócios. Espero que você utilize esses conhecimentos em sua vida profissional e
também no pessoal e, seja, assim, um empreendedor sonhador que consiga realizar
seus sonhos, planejando o seu futuro e tendo muito sucesso.
Você teve contato com muitas fórmulas e cálculos que são essenciais para seu dia a dia
como gestor, pois sem compreender o mercado financeiro, torna-se complicado obter
sucesso nas tomadas de decisão que envolvem dinheiro.
Podemos perceber que o uso da HP 12C facilita sua vida, evitando que você tenha que
fazer os cálculos financeiros utilizando fórmulas grandes e complexas. Uma aliada no
seu cotidiano para cálculos de financiamentos, juros e descontos, principalmente no
momento em que precisa apresentar ao seu cliente uma ideia do que irá pagar se
financiar um imóvel.
Espero que cada informação apresentada neste material didático sirva para sua vida e
sua profissão. O segredo do sucesso está em buscar sempre e nunca desistir, fracassar
pode até fazer parte da caminhada, mas sempre aprenda com o erro e comece
novamente implementando a cada erro e aprendendo a cada dificuldade.
Se você chegou até aqui, é sinal de que você terá ainda muitas outras oportunidades,
seja corajoso e aproveite todas elas, pense que você está preparado e aceite os
desafios que a vida lhe apresentar.
Desejo a você muito sucesso em sua empreitada, que seus planos possam se
consolidar e que você se torne reconhecido como um diferencial em sua profissão!
131
Material Complementar
Livro
A Magia da Matemática
Autor: Ilydio Pereira de Sá
Filme
Número 23
Ano: 2007
Sinopse: O Número 23 é um filme estadunidense, do gênero
suspense, estrelado por Jim Carrey e dirigido por Joel
Schumacher, que conta a história de um homem que encontra
um livro obscuro sobre o número 23 e inicia uma jornada
sombria. À medida que ele se torna cada vez mais obcecado com
o conteúdo, ele se convence de que o livro é baseado em sua
vida. Para o seu desespero, ele descobre ainda que graves
consequências estão armazenadas para o principal personagem
da obra.
132
Web
Canal VazNaMinha
133
Referências
FALLET João. BC surpreende e reduz Selic, mas Brasil ainda tem juros mais altos do
mundo. Disponível em:
<http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2011/09/110831selicanalisejf.shtml>
Acesso em: 13 nov. 2019.
FRANCISCO, Walter D. Matemática financeira. 7ª ed. 6 tiragem. São Paulo: Atlas, 1999.
GREMAUD, Amaury Patrick. Et al. Manual de economia. Organizadores: Diva Benevides
Pinho, Marco Antônio Sandoval de Vasconcellos. 4ª ed. São Paulo: Saraiva, 2003.
HAZZAN, S.; Pompeo, J. N. (2004). Matemática financeira. São Paulo: Saraiva.
HIRSCHFELD, Henrique. Engenharia econômica e análise de custos. São Paulo: Atlas,
2000.
LIMA, Murilo Valverde. Um estudo sobre finanças comportamentais. RAE Eletrônica,
[on-line] v. 2, n.º 1, jan.-jun. 1998.
PUCCINI, Abelardo de Lima. Matemática financeira, objetiva e aplicada. São Paulo:
Saraiva, 2009.
134