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Oficinas Terapêuticas, Mediações, o

Brincar nos Atendimentos em Grupo e


a Produção de Sociabilidades no
CAPSi
Oficinas terapêuticas em CAPS
“Saúde Mental no SUS: os Centros de Atenção Psicossocial”

É um tipo específico de atendimento em grupo

Principais recursos interventivos

Presença de um ou mais profissionais, monitores, estagiários

Vários tipos de atividades definidas conforme as possibilidades
técnicas do serviço e o interesse dos pacientes
– Integração social e familiar
– Manifestação de sentimentos e problemas
– Desenvolvimento de habilidades corporais
– Atividades produtivas
– Exercício coletivo de cidadania
– Expressivas, geradoras de renda etc.
“Oficinas Terapêuticas em Saúde Mental: sujeito, produção e
cidadania”

BRA: origem na terapêutica ocupacional da Nise

Mundo: a atividade laboral como tratamento da loucura

Dispositivo principal da lógica de cuidado psicossocial
– Resgardar a singularidade do paciente
– Acolher o sofrimento psíquico
– Promover novas formas de sociabilidade e convivência
– Respeitar os direitos e participação social
– Produção de cidadania
– Eliminar formas de exclusão e segregação
– Cuidados clínicos, psíquicos e sociais = clínica ampliada

“No caso do louco, sua relação com o trabalho, com a produção e
com a própria sociabilidade nem sempre encontra respaldo no
universo simbólico que rege o funcionamento das normas sociais”

“O psicótico constrói uma via particular para lidar com a
linguagem... num trabalho incessante de tentar ordenar o caos
interno (Lacan)”

“As oficinas se oferecem como lugar de mediação”
mediação
Mediações Terapêuticas
“Manual de Mediações Terapêuticas”
“Mediações Terapêuticas e psicose infantil”


Processos e enquadres do cuidado terapêutico de crianças autistas e
psicóticas em grupos e por meio de objetos mediadores em meio
maleável

Mediações terapêuticas possibilitam processos de contenção e
simbolização no autismo e nas psicoses infantis
– Processos de metabolização e transformação da matéria
psíquica bruta

Formação de vínculos intersubjetivos e vínculo terapêutico
– Emerge as dificuldades com os vínculos familiares

Meio maleável
– Ambiente e objetos flexíveis, adaptáveis ao sujeito
Simbiose Diferenciação

MEDIAÇÕES TERAPÊUTICAS

Simbolização
Metabolização da matéria bruta
Matéria psíquica bruta ●
Vínculos e
Transformação Intersubjetividade
Condutas, vocalizações, Figuração ●
Fala organizada
afetos, sintomas Enquadre e Processo

“permitir que as crianças acessem processos de simbolização a
partir da sensorialidade; a especificidade deste quadro
terapêutico consiste no efeito de propor às crianças um trabalho
de figuração, a partir da sensorialidade, tanto das habilidades
sensorio-motoras da criança quanto das qualidades sensoriais do
meio maleável, sem esquecer, em alguns aspectos, o
envolvimento corporal dos terapeutas em contato com crianças”

“enquadre de mediações terapêuticas engaja a criança em
processos de simbolização de experiências sensoriais-afetivas-
motoras”

“A dinâmica de grupo evoluirá da simbiose para uma possível
diferenciação
O que é o BRINCAR
“O Brincar e a Realidade”

Crianças e adultos
– Adultos: humor, cultura, trabalho prazeroso, escolha das
palavras, tons de voz

Não é interior (Eu, fantasias) nem exterior (Não-Eu,
objetos, realidade social)
– Espaço intermediário entre o interior e exterior

Brincar é fazer e fazer coisas toma tempo

Brincadeira é universal, é forma de comunicação, é saúde

Nascimento do brincar:
– Bebê e mãe estão fundidos

simbiose organizadora (Bleger)
– Experiência da ilusão e onipotência

Espaço potencial (holding, handling, object presenting)
– Agonias primitivas contidas (medo do colapso, de aniquilação, de se fragmentar, de queda
sem fim, de engolfamento, de não habitar um corpo, de desorientação e solidão
infinita) = impensáveis
– Fruir da onipotência e controle
– Playground entre mãe-bebê – brincadeiras – confiança de que a mãe não irá decepcionar
– Objetos e fenômenos transicionais

Intermediário entre a criança e a mãe

Simboliza o vínculo mãe-bebê

Origem da cultura
– Brincar saudável

Sozinho na presença de outros

Compartilhado

Liberdade de criatividade = área que é difícil abandonar e que não aceita intrusão

Prazer no brincar = controle satisfatório dos instintos => despertar excessivo dos instintos =
provoca reações nos adultos, ódio etc.

“o brincar é por si mesmo uma terapia. Conseguir que as crianças possam
brincar é em si mesmo psicoterapia que possui aplicação imediata e
universal”

“o brincar é sempre passível de tornar-se assustador”

“Pessoas responsáveis devem estar disponíveis quando crianças brincam”

“sobreposição da área do brincar em comum entre paciente e analista”

“Esse brincar tem que ser espontâneo”

“Há uma evolução direta dos fenômenos transicionais para o brincar, do
brincar para o brincar compartilhado, e deste para as experiências culturais”

“somente no brincar é possível a comunicação”

“Experimentamos a vida na área dos fenômenos transicionais, no excitante
entrelaçamento da subjetividade e da observação objetiva, e numa área
intermediária entre a realidade interna do indivíduo e a realidade
compartilhada do mundo externo”
Evoluções esperadas nos atendimentos em grupo

“Psicoterapia de grupo na psicose infantil”


Alternativa segura para o isolamento autístico

Desenvolvimento de limites

Integração do Eu e sentimento de identidade

Expressão afetiva

Controle de instintos
Manejo

Teste de realidade

Simbiose terapêutica

Separação-individuação ●
Encorajar separação

Apoio e encorajamento para explorar o mundo

Vínculos

Interesse pela aprendizagem

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