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DISCIPLINA: ATENDIMENTO PSICOPEDAGÓGICO

PROFESSORA: PATRICIA FONTES


A P R E S E N TA Ç Ã O :

EDUCAÇÃO
• PSICOPEDAGOGA
• Esp. EDUCAÇÃO ESPECIAL
• Esp. TECNOLOGIAS NA EDUCAÇÃO - TECNOLOGIAS ASSISTIVAS
• ATENDIMENTO EDUCACIONAL ESPECIALIZADO - AEE

PSICOLOGIA
• PSICÓLOGA CLÍNICA
• NEUROPSICÓLOGA
• Esp. PSICO-ONCOLOGIA
• Esp. TANATOLOGIA
• Esp. CUIDADOS PALIATIVOS

• M.Sc - MESTRA - PSICOLOGIA CLÍNICA E DA SAÚDE

HISTORIADORA
PATRICIA FONTES • Esp. CONTEMPORANEIDADE

PROFESSORA
DISCIPLINA: ATENDIMENTO PSICOPEDAGÓGICO

APRESENTAÇÃO
Esta disciplina evidencia a práxis psicopedagógica, fundamentada a partir de
seus próprios instrumentos, enfoques, embasados em teorias reconhecidas
por parâmetros acadêmicos que subsidiam análise de dados, contextos,
utilização de recursos e técnicas com o objetivo de localizar, avaliar situações
e dificuldades de aprendizagem.

OBJETIVO
Apresentar fundamentos do atendimento psicopedagógico atrelado a
apropriação de instrumentos que subsidiarão a investigação, levantamento
de hipóteses entre o cognitivo e o afetivo, com vistas a construção de
processos de interação e interventivos que resultam no funcionamento do
sujeito.
CONTEÚDO PROGRAMÁTICO:
• Abordagem do atendimento psicopedagógico e seus pilares;
• Anamnese psicopedagógica;
• Atendimento e intervenções psicopedagógicas;
• Aspectos e fundamentos do atendimento psicopedagógico ao
indivíduo;
• Aspectos e fundamentos do atendimento psicopedagógicos
aos pais e responsáveis legais;
• Ética no atendimento psicopedagógico.
• ABORDAGEM DO ATENDIMENTO
PSICOPEDAGÓGICO E SEUS
PILARES;

• ANAMNESE PSICOPEDAGÓGICA;
“O diagnóstico psicopedagógico significa uma
investigação da aprendizagem que considera a
totalidade dos fatores intervenientes no ato de
aprender.” (MIRANDA, 2008).
A PSICOPEDAGOGIA SURGIU

A preocupação com as dificuldades de


aprendizagem não é um tema atual.
Várias áreas se uniram para compreender
os problemas de aprendizagem desde o
século XIX.

Alguns educadores que tiveram


grande influência:

❖ Johan Heinrich Pestalozzi (1746-1827)


❖ Jean-Marc Gaspard Itard ( 1774-1838)
❖ Maria Montessori (1870-1952)
Johan Heinrich Pestalozzi (1746-1827)

❖Apresentou o amor como ideia central do seu


trabalho;

❖Desenvolvimento de habilidades inatas naturais;

❖Atividades pedagógicas de maneira concreta;

❖Liberdade e autonomia;

❖Educação intuitiva e concreta.


O MÉTODO INTUITIVO

❖ A criança será levada a perceber intuitivamente, ou seja,


pela sua própria cabeça, o fenômeno que a atividade lhe
apresenta;

❖ O educador não vai apresentar definições à criança, mas


levá-la a perceber, compreender e sentir o real
significado do conteúdo em estudo;

❖ O método intuitivo leva a criança, através da percepção,


a chegar à conclusão lógica através da observação,
comparação e análise, em seu íntimo.
Johan Heinrich Pestalozzi (1746-1827)

“Todas as capacidades interiores interagem


organicamente e precisam ser estimuladas
simultaneamente para ocorrer o desenvolvimento
integral e harmonioso do ser.”

“Toda criança deveria aprender profundamente a fazer


algo com as mãos, sentir, tocar”;

Costumava dizer que existem basicamente dois


métodos de ensinar: das palavras para as coisas ou das
coisas para as palavras, sendo que o seu método era o
segundo;
“Os sentidos deveriam entrar em contato direto com os
objetos, depois o conteúdo do objeto observado se
expressaria em palavras, permitindo a atividade mental”..

“A vida educa. Mas a vida que educa não é uma questão


de palavras, e sim de ação. É atividade.”
Jean-Marc Gaspard Itard ( 1774-1838)

❖Médico, dedicou-se a educação de surdos e à


compreensão da gagueira;

❖Utilizou métodos sistematizados no trabalho


com pessoas com deficiência mental;
Jean-Marc Gaspard Itard ( 1774-1838)

❖ O indivíduo só poderia ser comparado a si mesmo se se


quisesse avaliar sua aprendizagem e
desenvolvimento;

❖ Determinou os componentes mais importantes das


dificuldades - sensorial, motivacional, verbal – e os
classificou em áreas que iria tratar com uma
determinada ordem, começando pela atividade
sensorial e seguindo até a linguagem;

❖ “Ampliar a esfera de suas ideias dando-lhes


necessidades novas e multiplicando suas relações com
os seres que o circundam”;
Maria Montessori (1870-1952)

❖Educadora, médica psiquiatra, italiana, trabalhou


com crianças com deficiência inspirada em Itard;

❖Estimulação da aprendizagem por meio de órgãos


do sentido;

❖Autoeducação - professor estimulava o esforço do


estudante.
Maria Montessori (1870-1952)

❖ Respeito às necessidades e aos interesses de cada


estudante de acordo com os estágios de
desenvolvimento correspondentes às faixas etárias;

❖ Os pequenos conduziriam o próprio aprendizado e


ao professor caberia acompanhar o processo e
detectar o modo particular de cada um manifestar
seu potencial;

❖ Parte do concreto rumo ao abstrato.


EPISTEMOLOGIA CONVERGENTE

Linha teórica, construída por Jorge Visca, com o objetivo de


compreender as sucessivas etapas de construção da
aprendizagem. Baseou-se em estudos das seguintes
escolas:

❖ Escola de Genebra – Epistemologia genética – Jean Piaget


❖ Escola Psicanalítica - Freud
❖ Escola de Psicologia Social – Pichon-Riviére

Jorge Pedro Luiz Visca – Argentino, fundou os Centros de


Estudos Psicopedagógicos de Buenos Aires, de Misiones, do
Rio de Janeiro, de Curitiba, de São Paulo e de Salvador.
Escola de Genebra – Ninguém consegue aprender o
Epistemologia genética que está acima de sua estrutura
– Jean Piaget cognitiva.

Dois sujeitos mesmo


apresentando níveis cognitivos
Escola Psicanalítica - equivalentes, apresentarão
Freud distintos investimentos afetivos,
portanto aprenderão de
maneiras diferentes.
Contemplar a singularidade e
reconhecer a forma como ele
Escola Psicanalítica - busca, por meio do professor,
Freud estar em contato com suas
potencialidades, competências
e dificuldades, marcado por
uma afetividade inconsciente.
Ainda que existisse dois sujeitos com
mesmo nível cognitivo e afetivo, mas
sendo de culturas distintas, suas
aprendizagens seriam distintas,
diferentes em relação ao mesmo
objeto por haver influências dos
Escola de Psicologia respectivos meios socioculturais.
Social – Pichon-Riviére
Na concepção de Pichon-Rivière, o
grupo apresenta-se como o principal
instrumento de transformação da
realidade.
A mudança, que é o objetivo primordial
de todo grupo em tarefa, envolve um
processo gradativo, no qual os
integrantes do grupo passam a assumir
diferentes papéis e posições frente à
tarefa grupal.

A tarefa é a trajetória que o grupo


Escola de Psicologia percorre para atingir seus objetivos;
Social – Pichon-Riviére relaciona-se ao modo como cada
integrante interage a partir de suas
próprias necessidades e fantasias.

Objetivos comuns do grupo pressupõe


flexibilidade, descentramento e
perspectiva de abertura para o novo.
MODELO NOSOGRÁFICO

Criado por Visca (1991), que classifica os estados patológicos


de aprendizagem em três níveis:

❖ o semiológico (sintomas, sinais objetivos e


subjetivos);

❖ o patogênico (estruturas e mecanismos que


provocam a sintomatologia);

❖ o etiológico ( fatores que contribuem para causas


históricas)
NÍVEL SEMIOLÓGICO
( Sinais /sintomas)

Caracteriza os sintomas objetivos e subjetivos. Os


sintomas objetivos se agrupam em duas categorias:

❖ a aprendizagem assistemática;
❖ a aprendizagem sistemática.

Sintomas nas dificuldades de aprendizagem Sintomas nas dificuldades de


ASSISTEMÁTICA: aprendizagem SISTEMÁTICA:
❖ Estancamento em todas as áreas – detenção
global ❖ Dislexia
❖ Ausência total em algumas situações – ausência ❖ Disgrafia
total ❖ Discalculia
❖ Limitações em determinadas situações – ❖ Disgrafia
dificuldade parcial ❖ Disortografia
SINTOMAS NAS DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM SISTEMÁTICA:

A Associação Internacional de Dislexia (cit. in Pereira,


DISLEXIA 2011, p. 5) define-a como sendo:

(…)uma incapacidade específica de aprendizagem,


de ordem neurobiológica, caracterizada por
dificuldades na fluência da leitura de palavras,
resultado de insuficientes competências leitora e
ortográfica.

As dificuldades resultam de uma perturbação


fonológica que reverbera na compreensão leitora.
EVIDÊNCIAS
ESCRITA:

✓ Resistência e aversão à leitura;


✓ Muitas carências quando copia um
texto;
✓ Muitas carências quando escreve
livremente;
LEITURA: ✓ Troca letras visualmente semelhantes
(b/d );
✓ Muitos erros na leitura em voz ✓ Troca letras foneticamente semelhantes
alta; (m/n; t/d );
✓ a leitura de letras, sílabas ou ✓ Deixa de escrever partes de palavras;
palavras é muito custosa; ✓ Inverte a ordem das letras nas palavras;
✓ A criança se corrige ✓ Textos ilegíveis;
frequentemente; ✓ Dificuldade em respeitar as margens ao
✓ O texto lido não é compreendido. escrever.
A DISORTOGRAFIA

De acordo com Pereira (2009, p. 9) pode definir-se como uma:

Perturbação que afeta as aptidões da escrita e que se


traduz por dificuldades persistentes e recorrentes na
capacidade da criança em compor textos escritos.

As dificuldades centram-se na organização,


estruturação e composição de textos escritos; a
construção frásica é pobre, presença de múltiplos erros
ortográficos.
EVIDÊNCIAS
O sistema fonológico deficiente,
ocasiona alterações na conversão
letra-som.

✓ Substituição: Todos por “Totos”


✓ Omissão: Festa por “Feta”
✓ Inversão: Chocolate por “Cocholate”
✓ Acréscimo: Estranho por “Estrainho”
✓ Erros de Segmentação: “Eugos tode
com ermaçã”
✓ Apoio na oralidade: Vento por “Ventu”
A DISGRAFIA

Para Moura (2005), é uma perturbação de tipo funcional


numa componente motora do ato de escrever que afeta
a qualidade da escrita, sendo caracterizada por
dificuldade na grafia, no traçado e na forma das letras.

As dificuldades estão relacionados com a forma das letras,


espaço entre as palavras, pressão do traço, com a produção de
textos escritos.
EVIDÊNCIAS

✓ Letras muito largas, demasiado pequenas, ou


com tamanho inconsistente;
✓ Letras sobrepostas;
✓ Espaçamento inconsistente entre letras;
✓ Alinhamento incorreto;
✓ Inclinação inconsistente;
✓ Falta de fluência na escrita.
DISLALIA

É um distúrbio de articulação que consiste na dificuldade


de pronunciar determinados sons, podendo interferir
também no aprendizado da escrita.

É característico da dislalia o erro de pronúncia, podendo


ocorrer omissão, substituição, distorção ou acréscimo de
sons às palavras.
EVIDÊNCIAS

Omissão: não pronuncia sons – “omei” = “tomei”;

Substituição: troca alguns sons por outros – “balata”


= “barata”;

Acréscimo: introduz mais um som – “Atelântico” =


“Atlântico”.
NÍVEL PATOGÊNICO
(ESTRUTURASQUE PROCOCAM OS SINTOMAS)

❖ Considera-se a heterogeneidade da
personalidade;
❖ São considerados a afetividade, a estrutura
cognitiva.

NÍVEL ETIOLÓGICO
(FATORES QUE CONTRIBUEM PARA A CAUSA)

❖Biológico e psicológico:
❖O biológico acredita nos níveis de integração;
❖O psicológico considera as psicoses e condutas
reativas.
O QUE É ENQUADRAMENTO?

Esse termo, segundo Visca (1987), Leva-se em conta quatro


diz respeito às constantes do conceitos de Pichon Rivière:
atendimento clínico que servem
de referência de como o ❖ Logística: movimento,
profissional ira operar na clínica; aptidões do psicopedagogo;
❖ Estratégias: operações,
❖ Tempo tempo, frequência;
❖ Lugar ❖ Tática: colocar os planos em
❖ Frequência prática;
❖ Duração ❖ Técnica: procedimentos e
❖ Honorários habilidades.
A PSICOLOGIA GENÉTICA DE PIAGET

O objeto da psicologia genética de Piaget são


as estruturas cognitivas comuns que se
apresentam em um dado momento do
desenvolvimento e o processo de formação
dessas estruturas.
❖ Percebeu a forma como as crianças adquirem o
conhecimento e conhecem mundo é similar à
forma como os cientistas constroem suas teorias.

As crianças por meio de perguntas e curiosidades


vão construindo hipóteses na tentativa de explicar a
a realidade.

Se a criança tem uma informação e recebe outra


informação que gera um conflito, as ideias ficam
incompatíveis entre si, e a criança acaba
substituindo uma hipótese por outra.
A teoria de Piaget é uma teoria do desenvolvimento
cognitivo e não uma teoria da aprendizagem.

Piaget identificou estágios ou períodos sucessivos de


desenvolvimento:

❖ 1º - Estagio dos reflexos


❖ 2º - Estágio dos primeiros hábitos motores;
❖ 3º– Estágio da inteligência sensório-motora;
❖ 4° - Estágio da inteligência intuitiva (dois aos sete anos);
❖ 5º - Estágio das operações intelectuais concretas( 7 a 11 anos);
❖ 6º - Estagio das operações intelectuais abstratas.
Esses estágios foram resumidos a quatro(4), e assim são mãos
conhecidos:

❖Estágio sensório-motor;
❖Estágio pré-operatório;
❖Estágio operatório concreto;
❖Estágio do pensamento formal.
SENSÓRIO MOTOR – ( do nascimento ate 2 anos)

❖ Do nascimento até cerca de 2 anos;

❖ Três estágios:
✓ Estagio dos reflexos - mecanismos hereditários, primeiras emoções
✓ Estagio chamado de primeiros hábitos motores - percepções
organizadas;
✓ Estágio chamado senso-motora ou prática – primeiras fixações
exteriores da afetividade;

❖ Já consegue manipular objetos para satisfazer suas vontades;

❖ Já é capaz de saber que um objeto existe mesmo sem estar na sua


frente.
https://www.youtube.com/watch?v=C2A971Hp0go&list=PL34gAnWQ9H-
sg2L-YQq83oTQLEumRU4ya
PRÉ –OPERATÓRIO (2 aos 7 anos)

Também chamado por Piaget de “Estagio da inteligência


intuitiva” :

❖ Dos sentimentos espontâneos e das relações sociais de


submissão ao adulto;
❖ Já existe uma representação simbólica;
❖ O pensamento torna-se mais lógico;
❖ Egocentrismo;
PROFESSORA: Olhando
para esses dois copos, você
acha que eles têm a mesma
quantidade de suco?

CRIANÇA: Sim!

PROFESSORA: Ok, agora


vamos colocar o suco nesse
outro copo. Você acha que
este copo tem mais suco
que aquele ou que eles têm
a mesma quantidade?

CRIANÇA: Acho que esse


copo tem mais suco.

PROFESSORA: Você acha


que este tem mais suco, por
que?

CRIANÇA: Porque esse é


mais alto.

https://www.youtube.com/watch?v=C2A971Hp0go&list=PL34gAnWQ9H-
sg2L-YQq83oTQLEumRU4ya
OPERATÓRIO CONCRETO ( 7 a 11 anos)

Piaget chamou este período de “ Estagio das operações intelectuais


concretas e dos sentimentos morais e de cooperação”:

❖ Pensamento torna-se mais lógico, com uso de regras;


❖ Já consegue reverter operações concretas;
❖ Já a apresenta a noção de conservação;
❖ Já é capaz de combinar fichas observando características;
Professora: Primeiro nós vamos
olhar para esses 2 copos, você
acha que eles têm a mesma
quantidade de suco?

CRIANÇA: Sim!

Professora: Ok, agora vamos


colocar o suco nesse outro copo.
Você acha que este copo tem
mais suco que aquele , que o
outro tem mais suco ou que eles
têm a mesma quantidade?

CRIANÇA: Acho que têm a mesma


quantidade.

PROFESSORA: Você acha que eles


têm a mesma quantidade, por
que?

CRIANÇA: Só porquê esse copo é


mais fino não significa que ele
não tenha a mesma quantidade.
Esse copo é mais largo e esse é
mais fino, mas ele têm a mesma
quantidade.

https://www.youtube.com/watch?v=C2A971Hp0go&list=PL34gAnWQ9H-
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LÓGICO FORMAL OU HIPOTÉTICO DEDUTIVO( a partir dos 12 anos)

Este estágio foi chamado por Piaget de “Estagio das operações


intelectuais abstratas da formação da personalidade e da inserção
afetiva”:

❖ Deixa de ter um pensamento estritamente concreto e


passa a realizar um pensamento abstrato e lógico;
❖ Já consegue resolver um problema sem a necessidade de
visualizar um objeto concreto;
❖ Pode raciocinar sobre proposições que não acredita que
considera como puras hipótese.
PROFESSORA: Se você acertar
um copo com uma pena ele
vai quebrar. Don acertou um
copo com uma pena, o que
aconteceu com o copo?

CRIANÇA: Ele quebrou.

PROFESSORA: E por que ele


quebrou?

CRIANÇA: A frase diz que se


você acertar o copo com uma
pena ele vai quebrar, se
acertou, o copo quebrou.

https://www.youtube.com/watch?v=C2A971Hp0go&list=PL34gAnWQ9H-
sg2L-YQq83oTQLEumRU4ya
APRENDIZAGEM EDUCAÇÃO

CONTINUIDADE DA
FUNÇÃO
CONDUTA HUMANA
MANTENEDORA
ATRAVES DA
DA EDUCAÇÃO
APRENDIZAGEM

FUNÇÃO O INDIVÍDUO SE
PROCESSO DE SOCIALIZADORA TRANSFORMA EM
APRENDIZAGEM DEFINIÇÃO AMPLA DA DA EDUCAÇÃO UM SUJEITO SOCIAL
(TRANSMISSÃO DE PALAVRA EDUCAÇÃO
CULTURA) O SUJEITO TORNA-SE
FUNÇÃO
DEPOSITÁRIO DE UM
REPRESSORA DA
CONJUNTO DE
EDUCAÇÃO
NORMAS

FUNÇÃO FORMAS PECULIARES


TRANSFORMADO- DE EXPRESSÃO
RA DA EDUCAÇÃO REVOLUCIONÁRIA
O SUJEITO QUE
NÃO APRENDE

NÃO REALIZA AS
FUNÇÕES ACUSA O SUCUMBE A
SOCIAIS DA FRACASSO DA ESSE FRACASSO
EDUCAÇÃO EDUCAÇÃO

A PSICPEDAGOGIA COMO TÉCNICA


DA CONDUÇÃO DO PROCESSO
PSICOLÓGICO DA APRENDIZAGEM
POSSIBILITA EM SEU EXERCÍCIO OS
FINS EDUCATIVOS
DIMENSÕES DO PROCESSO DE
APRENDIZAGEM

Momento
Histórico

A aprendizagem é Organismo
um lugar de Dimensões do
articulação de Processo de
esquemas Etapas Aprendizagem
Genéticas

Estruturas
Teóricas
DIMENSÕES DO PROCESSO DE
APRENDIZAGEM
Toda informação adquirida, o é sempre em As estruturas do
Dimensão função de esquema interno. conhecimento apresentam a
Biológica característica específica de
ser construída - não inata.
• Aprendizagem - conduta nova adaptada O papel da experiência é
a uma situação; aplicar tal estrutura aos
Dimensão • Aprendizagem - regulação rege diferentes aspectos da
Cognitiva transformações dos objetos e sua realidade.
relações mútuas;
• Aprendizagem - estrutural vinculada a
estruturas lógicas do pensamento.
Todos os comportamentos dedicados a Sujeito histórico assume,
Dimensão transmissão da cultura. exercita uma cultura
Social particular a medida que fala,
cumprimenta, interage no
grupo de pertencimento.
Aprendizagem é um Meio esse expresso
processo de construção que inicialmente pela família,
se dá na interação depois pelo acréscimo da
permanente do sujeito com escola, ambos permeados
o meio que o cerca. pela sociedade em que
estão.

Meio social

Meio Indivíduo Interação


Ensinantes (família, Aprendiz Estruturas de
escola, sociedade) conhecimentos
CONDIÇÕES INTERNAS E EXTERNAS DA
APRENDIZAGEM
ORGANISMO - INFRA-
ESTRUTURA
NEUROFISIOLÓGICA
(FAVORECEM OU ATRASAM OS
PROCESSOS COGNITIVOS)

CONDIÇÕES COGNITIVAS DA
CONDIÇÕES INTERNAS APRENDIZAGEM
(PLANOS INTER-RELACIONADOS) ( ESTRUTURAS CAPAZES DE
ORGANIZAR OS ESTÍMULOS DO
CONHECIMENTO)

DINÂMICA DO
COMPORTAMENTO
(A APRENDIZAGEM É O EFEITO
DO COMPORTAMENTO)
PROBLEMAS DE APRENDIZAGEM

Não configura um
quadro
permanente
Podemos
considerar os É uma constelação
problemas de peculiar de
aprendizagem comportamentos
como sintomas.

Sinais de
descompensação
O diagnóstico do sintoma é sempre uma hipótese, e cada
momento da relação com o sujeito, tanto no diagnóstico, quanto
no tratamento, precipitará ajustes.

Fatores Fatores Fatores Fatores


Orgânicos Específicos Psicogênicos Ambientais
• Esquemas de ação desdobrados
mediante o corpo;

• Integridade anatômica e funcionamento


Fatores dos órgãos;
Orgânicos
• Coordenação dos dispositivos que
garantem coordenação no sistema
nervoso central.

Fatores • Transtorno de adequação na área


Específicos perceptivo-motora(indeterminação na
lateralidade, dislexia).
• Perturbações produzidas durante a
aquisição;
Fatores • A dificuldade de aprendizagem não deve
Psicogênicos procurar-se no conteúdo que se opera,
mas sobre a operação como tal.

• Rede de interrelações;
Fatores • Meio ambiente material ,as possibilidades
Ambientais que oferece;

• A quantidade e frequência dos estímulos.


DIAGNÓSTICO DOS PROBLEMAS DE
APRENDIZAGEM

1-MOTIVO DO
ATENDIMENTO

SIGNIFICADO
SIGNIFICADO ENTREVISTA
DO SINTOMA MOTIVO DO
DO SINTOMA DE MOTIVO DA
PARA A ATENDIMENTO
NA FAMÍLIA CONSULTA
FAMÍLIA
RELAÇÃO DOS
PROBLEMAS DE
APRENDIZAGEM
2-HISTÓRIA COMOS FATOS DA
VITAL VIDA REMEMORADOS
PELA MÃE

DADOS OBJETIVOS
VINCULADOS A
SITUAÇÃO ATUAL
DO PROBLEMA

RECONSTRUÇÃO
DA HISTÓRIA DA
CRIANÇA
ANTECEDENTES
NATAIS

NEONATAIS:
PRÉ NATAIS: PERINATAIS: adaptação do
condições de circunstâncias do recém-nascido às
gestação parto exigências de
sobrevivência
DOENÇAS

Doenças e Tempo de
traumatismos reclusão que a
ligados a criança foi Processos Disponibilida
atividade obrigada a psicossomáticos de física
nervosa superior permanecer
DESENVOLVIMENTO

Desenvolvimento Desenvolvimento
Motor de hábitos

Desenvolvimento
da linguagem
APRENDIZAGEM

Padrão de Movimentos
Autonomia
Conduta Funcionais
Quadro da sequência diagnóstica proposto por
Weiss:
1. Entrevista familiar exploratória
2. Anamnese
3. Sessões lúdicas centradas na aprendizagem
(para crianças)
4. Complementação com provas e testes(quando
for necessário)
5. Síntese diagnóstica – prognóstico
6. Devolução - Encaminhamento
SESSÃO DATA ATIVIDADE
1 Entrevista contratual
Anamnese
2 EOCA
( a partir da EOCA selecionamos os instrumentos a
serem utilizados)
3 Provas operativas
(especificar as provas que fará)
SUGESTÃO DE
4 Provas operativas
ROTEIRO PARA (especificar as provas que fará)
O DIAGNÓSTICO
5 Técnicas projetivas
(especificar que provas fará)
6 Técnicas projetivas
(especificar que provas fará)
7 Provas pedagógicas/ Outros testes
(Análise do material escolar)
8 Esta sessão será feita se houver necessidade
10 Devolução
SUGESTÃO DE FICHA PARA ENTREVISTA CONTRATUAL
REALIZADA COM:
NOME: DATA DE NASCIMENTO:
IDADE NA AVALIAÇÃO: ESCOLA:
SÉRIE: PROFESSORA:
MÃE: IDADE:
FORMAÇÃO:
SUGESTÃO DE
FICHA PARA PAI: IDADE:
ENTREVISTA FORMAÇÃO:
CONTRATUAL IRMÃOS:
ENDEREÇO:
TELEFONE: ATIVIDADES EXTRAS:
ACOMPANHAMENTOS:
QUEIXAS:
HORARIOS PARA OS ATENDIMENTOS:
FORMA DE PAGAMENTO:
OBSERVAÇÕES:
ANAMNESE

O termo anamnese vem do grego ana


(remontar) e mneses (memória) e
consiste em retomar o passado.

O objetivo é organizar e Fornecer subsídios


sistematizar os dados do para prevenir o
sujeito, e que se oriente prognóstico
determinada ação.

O relato de situações a partir dos


quais se obtêm a modalidade de
aprendizagem.
Busca, investigação,
entrevista

O modelo descritivo de Reforça o elo entre escola,


entrevista de anamnese comunidade e família
é amplo em relação as
perguntas pertinentes.
Aporta condições
facilitadoras no processo de
aquisição da aprendizagem.
SUGESTÃO DE ROTEIRO PARA A ANAMNESE
CONCEPÇÃO Idade dos pais na época, VISÃO Usa óculos, cirurgia...
gestações anteriores...
GESTAÇÃO A gestação foi desejada... AUDIÇÃO Parece não ouvir quando é
chamado, já fez
audiometria...
PARTO Prematuro, cesáreo... RELACIONAMENTO Relaciona-se com outras
crianças, tem amigos,
relação com os irmãos...
ALIMENTAÇÃO Mamou, como a mãe se INFORMAÇÕES
sentiu amamentando GERAIS / FAMILIARES
SONO Tranquilo, agitado, range DOENÇAS Sarampo, catapora,
os dentes, enurese... meningite...
CONTROLE DOS Controle vesical, controle DESENVOLVIMENTO Compreende ordens, como
ESFÍNCTERES anal... DA LINGUAGEM se comunica, quando
começou a falar...
ESCOLARIDADE Com que idade entrou na CONHECE
escola, adaptou-se bem
HÁBITOS Roi unha, tem tiques DESENVOLVIMENTO Com que idade sustentou a
nervoso... PSICOMOTOR cabeça, dominância manual
• ATENDIMENTO E INTERVENÇÕES
PSICOPEDAGÓGICAS;

• ASPECTOS E FUNDAMENTOS DO
ATENDIMENTO PSICOPEDAGÓGICO
AO INDIVÍDUO;
PRINCIPAIS MOTIVOS DE PROCURA DE
ACOMPANHAMENTO/ATENDIMENTO PSICOPEDAGÓGICO
❖ Dificuldade de atenção;

❖ Dificuldade (problema) na leitura e na escrita, dificuldades na


aprendizagem da leitura e da escrita;

❖ Dificuldade de concentração;

❖ Hiperatividade, agitação, inquietação;

❖ Dificuldade na compreensão de textos, dificuldades na compreensão


da leitura;
PRINCIPAIS MOTIVOS DE PROCURA DE
ACOMPANHAMENTO/ATENDIMENTO PSICOPEDAGÓGICO
❖ Dificuldade de aprendizagem problemas na aprendizagem;

❖ Dificuldade de raciocínio lógico matemático, resolução de


problemas;

❖ Falta de interesse pelos estudos, falta de interesse em aprender, falta


desmotivação;

❖ Dificuldade na alfabetização, problemas na alfabetização


OUTROS MOTIVOS DE ENCAMINHAMENTOS PARA AVALIAÇÃO/
ACOMPANHAMENTO PSICOPEDAGÓGICO
❖ Aprendizagem lenta, lentidão na aprendizagem;

❖ Falta de autonomia;

❖ Dificuldade de assimilação de conteúdos;

❖ Dificuldade em seguir regras e orientações;

❖ TDAH;

❖ Defasagem idade /série;

❖ Dificuldade de relacionamento;
OUTROS MOTIVOS DE ENCAMINHAMENTOS PARA AVALIAÇÃO/
ACOMPANHAMENTO PSICOPEDAGÓGICO
❖ Agressividade;

❖ Dificuldade de adaptação escolar;

❖ Impulsividade/Apatia;

❖ Dificuldade de memorização;

❖ Dificuldade psicomotora.
É UM MOMENTO DE DESCOBERTA

CONHECER O SUJEITO PARA


TODA INTERVENÇÃO
INTERVIR DA MANEIRA ADEQUADA
JÁ É EM SI UMA
AVALIAÇÃO

RECONHECER A IMPORTÂNCIA DE
ENCAMINHAR PARA OUTROS
PROFISSIONAIS
Entrevista Operativa
Centrada na
Aprendizagem (EOCA).
O que é EOCA?
É um teste idealizado por
Jorge Visca que avalia a
aprendizagem.
• Conhecimentos;
• Atitudes;
ASPECTOS • Destrezas;
CONTEMPLADOS • Mecanismos de defesas;
• Ansiedades;
NA EOCA
• Áreas de expressão;
• Níveis de operatividade;
• Mobilidade
❖O primeiro sistema de
hipóteses da psicopedagoga,
causas da dificuldade de ❖ Realiza-se a entrevista de
aprendizagem trazidas pelo maneira que se põe em
aprendiz, sua família e escola evidência o aprendizado
será delineado. espontâneo, oportunizando
materiais diferentes de
❖ A partir da observação deste acordo com a faixa etária e
momento todo o caminho queixa do educando.
das demais sessões será
traçado;
Crianças abaixo de 5 anos:
Massa de modelar na
❖ Na idade escolar os materiais embalagem, cubos, jogos de
podem ser: encaixe, livro para esta faixa
etária.
✓ folhas pautadas, lápis de
escrever, borracha, lápis Crianças a partir de 6 anos:
colorido, giz de cera, papéis Pode incluir alguns jogos com
variados, revistas, tesoura, regras (damas, quebra-
cola, livros de acordo com a cabeças etc).
idade do entrevistado,
apontador, canetas, canetas Adolescentes ou adultos:
hidrocor, folhas sulfite, régua, Conversação complementada
etc. com outras atividades, como
jogos, papéis, revistas, livros,
etc.
✓ Atenção sustentada;

✓ Percepção;

✓ Discriminação de
dados(tamanho, forma,
quantidade,
movimento, cor);

✓ Fixação, focagem;

✓ Crítico e criativo;
✓ Comparação

✓ Memorização;

✓ Localização;

✓ Recuperação da
informação;

✓ Integração da realidade;

✓ Exploração da evidência
lógica;
✓Inclinações
✓Predileções
✓Propensões
✓Tendências
✓Ajustamento
✓ Comunicação clara;
✓ Transposição
psicomotora;
✓ Expressão verbal ;
✓ Persistência,
✓ Perfeição, conclusão;
✓ Enriquecimento de
instrumentos não
verbais e verbais de
expressão;
❖ Elementos como:

✓ a mudança de conduta;
✓ desorganização;
✓ justificativas verbais ou
pré-verbais, ❖ Toda resposta (verbal,
✓ aceitação; corporal, escrita etc.) é
✓ recusa; dado significativo para a
avaliação psicopedagógica.
são captados e utilizados
para as futuras
interpretações e
planejamento do trabalho
de cada aprendiz.
❖ SISTEMA DE HIPÓTESES
O que você vai avaliar:
❖ Nível de perfeccionismo;
❖ Nível cognitivo; ❖ Fixação oral;
❖ Nível de escrita; ❖ Necessidade de agradar
❖ Rejeição de leitura ou escrita; (criança sedutora);
❖ Vínculo negativo ou positivo ❖ Interesse rendimento na
aprendizagem
com a aprendizagem
assistemática/sistemática;
sistemática; ❖ Problemas na visão;
❖ Articulação de pensamentos e ❖ Problemas na fala;
atitudes; ❖ Suspeita de dislexia ou TDAH,
❖ Planejamento e organização. ou outro distúrbio;
❖ Modalidade de aprendizagem. ❖ Dificuldade com a
❖ Medo. coordenação motora;
❖ Nível de autoestima.
OBSERVAR MODALIDADES DE APRENDIZAGEM
DURANTE A EOCA

HIPOASSIMILATIVA Criança tímida, quase não fala, não explora os


A REALIZAÇÃO DA objetos da mesa, permanece em uma única
EOCA atividade

HIPERASSIMILATIVA Traz vários assuntos enquanto realiza a atividade,


conversa, pergunta, questiona, prende-se aos
detalhes e não observa o todo.

HIPOACOMODATIVA Apresenta dificuldades em estabelecer vínculos


INVESTIGAR OS emocionais e cognitivos. Normalmente
VÍNCULOS COM permanece em uma mesma atividade.
OS OBJETOS E
CONTEÚDOS DA
APRENDIZAGEM HIPERACOMODATIVA Tem dificuldade de criar, prefere copiar, repete o
que aprende sem questionar, sem investigar, é
submisso.
SISTEMA DE HIPÓTESES APÓS A EOCA
CONSIDERANDO DINÂMICA, TEMÁTICA E PRODUTO
Pré-operatório, transição pré-operatório concreto,
NÍVEL COGNITIVO operatório concreto em transição para o formal ou
hipotético -dedutivo
NÍVEL DE ESCRITA Pré-silábico, silábico-alfabético, alfabético

REJEIÇÃO DE LEITURA E Evita escrever, dando preferência a jogos.


ESCRIRTA
SISTEMA DE VÍNCULO Positivo ou negativo com a aprendizagem
HIPÓTESES sistemática
APÓS A EOCA PENSAR E FAZER Não articula como faz

PLANEJAMENTO Dificuldade de planejamento

BAIXA AUTOESTIMA Descontentamento com suas produções

PERFECCIONISMO Auto exigência

PROBLEMAS NA FALA Ritmo, pronuncia, clareza

COORDENAÇÃO MOTORA Dificuldade na coordenação motora fina


Dentro da perspectiva piagetiana, ganha
um sentido muito preciso. Destaca-se
que:
Operação
No âmbito da cognição refere-se às
habilidades do raciocínio ou das
operações mentais.

Podemos dizer, então, que


operações mentais são
habilidades do raciocínio.
As provas
operatórias são
instrumentos “de
Piaget define
avaliação Elas dão um bom
uma operação
intelectual direcionamento
como uma ação
individual” que do nível de
interiorizada,
permitem raciocínio lógico,
reversível,
investigar se o indicando em
coordenada a
sujeito já atingiu qual dos estágios
outras ações, em
um estágio piagetianos o
estruturas
cognitivo no qual sujeito avaliado se
operatórias de
é capaz de encontra.
conjunto.
realizar
operações
mentais.
• Conservação de pequenos
conjuntos discretos de elementos;
• Conservação de superfície;
• Conservação dos líquidos;
Provas operatórias: • Conservação de Massa;
Especificam o nível • Conservação de Peso;
pedagógico, a • Conservação de Volume;
estrutura cognitiva • Conservação de Comprimento;
e/ou emocional da • Mudança de Critério (Dicotomia);
criança analisada. • Inclusão de Classes;
• Intersecção de Classes;
• Seriação de Palitos;
• Combinação de Fichas e Predição.
APRESENTAÇÃO DAS PROVAS OPERATÓRIAS
PROVAS DE Pequenos conjuntos discretos de elementos,
CONSERVAÇÃO superfície, liquido, matéria peso, volume

APRESENTAÇÃO PROVAS DE Mudança de critério, quantificação da


DAS PROVAS CLASSIFICAÇÃO inclusão de classes, interseção de classes
OPERATÓRIAS PROVA DE SERIAÇÃO Seriação de palitos
PROVAS DE ESPAÇO Espaço unidimensional, espaço
bidimensional, espaço tridimensional
PROVAS DE Combinação de fichas, permutação de
PENSAMENTO FORMAL fichas, predição
SELEÇÃO DAS PROVAS PARA PENSAMENTO OPERATÓRIO CONCRETO DE
ACORDO COM A IDADE

SEIS ANOS Seriação Pequenos conjuntos


discretos de elementos
Seriação Conservação de massas
Conservação de Conservação de superfície
SELEÇÃO DAS PROVAS SETE ANOS comprimento Espaço unidimensional
PARA PENSAMENTO Conservação de
OPERATÓRIO líquidos
CONCRETO DE OITO A NOVE ANOS Conservação de Conservação de líquido,
ACORDO COM A IDADE massas, conservação mudança de critério,
de comprimentos inclusão de classes,
espaço unidimensional,
espaço bidimensional
DEZA ONZE ANOS As de oito (8) anos mais Dicotomia, quantificação
conservação de inclusiva, antecipação
volumes.
ACIMA DE 12 ANOS Combinação de fichas, Predição, espaço
permutação de fichas, tridimensional
PROVAS OPERATÓRIAS (PIAGET)

Intersecção de classes Dicotomia, quantificação Conservação de líquidos


inclusiva, antecipação
PROVAS OPERATÓRIAS (PIAGET)

Classificação/Intersecção de Seriação de palitos Inclusão de classes


classes
PROVAS OPERATÓRIAS (PIAGET)

Conservação de Peso Conservação de Conservação de


Comprimento Massas
PROVAS PROJETIVAS (DESENHOS)

• Par educativo: Investiga os vínculos


Provas projetivas: da aprendizagem.
Para VISCA (1995), “o
objetivo é investigar • Família educativa: Estuda os vínculos
os vínculos que o de aprendizagem com o grupo
sujeito pode familiar e cada um dos integrantes do
estabelecer em três mesmo.
grandes domínios:
escolar, familiar e • Eu e meus companheiros: Estuda o
consigo mesmo. vínculo de aprendizagem com os
companheiros de classe.
SELEÇÃO DAS TÉCNICAS PROJETIVAS POR VÍNCULOS

SELEÇÃO DAS VÍNCULO ESCOLAR Par educativo, eu com meus companheiros, a


TÉCNICAS planta da sala de aula.
PROJETIVAS POR VÍNCULO FAMILIAR A plantada minha casa, os quatro momentos
VÍNCULOS do dia, família educativa.
VÍNCULO CONSIGO O dia do meu aniversário, minhas férias,
MESMO fazendo aquilo que mais gosta, o desenho em
episódios
SELEÇÃO DAS TÉCNICAS PROJETIVAS POR IDADE

QUATRO ANOS O desenho em episódios


SELEÇÃO DAS SEIS A SETE ANOS O dia do meu aniversário, minhas férias,
TÉCNICAS fazendo aquilo que mais gosta
PROJETIVAS POR SETE/OITO ANOS O dia do meu aniversário, minhas férias,
IDADE fazendo aquilo que mais gosta, eu com meus
companheiros.
MAIS DE OITO O dia do meu aniversário, minhas férias,
ANOS fazendo aquilo que mais gosta, eu com meus
companheiros, a planta da sala de aula, a planta
da minha casa.
OUTROS TESTES

AVALIAÇÃO DE COORDENADORA COORDENAÇÃO VISO-MOTORA


FINA
LATERALIDADE ESQUEMA CORPORAL
OUTROS ORIENTAÇÃO TEMPORAL ORIENTAÇÃO ESPACIAL
TESTES SEQUÊNCIA LÓGICA AVALIAÇÃO DA CONSCIÊNCIA
FONOLÓGICA
MANIPULAÇÃO DE FONEMAS TESTE DE COMPETÊNCIA DE
LEITURA SILENCIOSA
TESTE DE COMPREENSÃO ORAL TESTE DE SONDAGEM ESCRITA
SESSÕES LÚDICAS CENTRADAS NA
APRENDIZAGEM

1- Desenho livre: Objetiva demonstrar o


mundo interior, fazendo uma junção
Sessões lúdicas
entre seu pensamento e sentimento.
centradas na
aprendizagem:
2. Jogo de regras: objetivo da
socialização a interação afetiva, social,
As sessões lúdicas foram
motora e cognitiva e favorecer a
fundamentais para a
concentração.
compreensão dos
processos cognitivos,
3. Colagem: Visa o contato da criança
afetivos e sociais.
com seu mundo, através das cores e do
manuseio dos materiais empregados.
HORA DO JOGO

Hora do jogo: Instrumento • Estratégia para compreender


de intervenção educativa e os processos que podem ter
reeducativa frente à levado à estruturação de uma
aprendizagem. dificuldade no aprender;

Favorece o aprender ou • Favorece o conhecimento de


romper com os problemas aptidões como criar, refletir,
de aprendizagem, sejam os
organizar e integrar nas
reativos ou de
sintoma/inibição.
crianças que a concluem.
A Hora do Jogo menciona, evidencia:

• Como a criança aprende;


• Que coisas aprende;
• Qual significado do aprender;
• Como ela se defende do objeto do conhecimento e
que operações mentais estão sendo utilizados.

Neste contexto, reflete manifestações de fraturas no


aprender.
DEVOLUÇÃO COMUNICAÇÃO
PSICOPEDAGÓGICA VERBAL

DIAGNÓSTICO ASPECTOS
SEQUÊNCIA: ASPECTOS COGNITIVOS, DAR ÊNFASE A ÁREA COM MAIOR
PEDAGÓGICOS , ORGÂNICOS, AFETIVOS PREJUÍZO
E SOCIAS
DITURBIOS CONCEITUAR, EXPLICARA A DEMANDA E
O TRATAMENTO
DEFASAGEM COGNITIVA EXPLICARA AS ETAPAS DO
DESENVOLVIMENTO , NÍVEL COGNITIVO
PONTOS CAUSADORES DOS RECOMENDAÇÕES
PROBLEMAS DE APRENDIZAGEM
OTIMIZAÇÃO FUNCIONAL

✓ Porque faço a
atividade

✓ Como me sinto
na tarefa
INFORME DOCUMENTO
PSICOPEDAGÓGICO ESCRITO

FINALIDADE ASPECTOS
RELATO DO RESULTADO DO
RESUMIR AS CONCLUSÕES A QUE SE DIAGNÓSTICO
CHEGOU NA BUSCA DE RESPOSTAS APRESENTAÇÃO DOS
ÀS PERGUNTAS QUE MOTIVARAM O INSTRUMENTOS DA AVALIAÇÃO
DIAGNÓSTICO
EVIDENCIA ASPECTOS POSITIVOS,
COGNITIVOS, PEDAGÓGICOS,
ORGÂNICOS E AFETIVO-SOCIAL.
INFORME DOCUMENTO
PSICOPEDAGÓGICO ESCRITO

INFORME PSICOPEDAGÓGICO

NOME: D. M. S.
DATA DE NASCIMENTO: 27/03/2005
PERÍODO DE AVALIAÇÃO: 28/06/2011 a 23/07/2011
ESCOLA: XXXXXXXXXXXXX
SÉRIE: 2º

A título de socialização das informações segue abaixo o informe, resultante da análise e


avaliação de:
D. M. S., nascido em 27/03/2005 atualmente com 07 anos de idade.
Foi encaminhado para avaliação psicopedagógica pela Escola xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx.
O encaminhamento psicopedagógico, partiu da queixa de que o cliente em questão
apresenta limitações pelas atividades escolares, principalmente na escrita e leitura,
apresenta ainda dificuldade no aspecto temporal e no raciocínio lógico matemático.
Apesar da queixa relatada, o cliente mostra interesse, é curioso e é inteligente, precisando
de estímulos e de recursos pedagógicos adequados para desenvolver suas habilidades
cognitivas.
A avaliação se deu no período de 28/06/2011 a 23/07/2011, com dois encontros semanais
com duração de 40 minutos de análise diagnóstica.
No diagnóstico foram utilizados os seguintes recursos avaliativos:
- Encontro com a professora
- Entrevista com a tia do cliente
- E.O.C.A
- Verificação de algumas atividades pedagógicas
- Desenhos projetivos: casa, família, árvore
- Testes de psicomotricidade: posição no espaço, relações espaciais e coordenação
visual.
- Provas operatórias: Conservação de pequenos conjuntos discretos de elementos,
conservação da matéria e seriação de palitos.
- Provas projetivas: quebra-cabeça, incluindo, os desenhos projetivos.
- Anamnese: Realizada com a mãe do cliente.
Foi possível constatar que o comportamento apresentado até então, reflete questões
múltiplas resultantes da construção e constituição do sujeito e das relações estabelecidas
com os ensinantes e com o mundo.
No aspecto corporal, o analisado demonstrou ter consciência do seu próprio corpo.
Quanto à lateralidade, obedeceu bem aos comandos mostrando domínio correto. Na
orientação temporal, há um déficit acentuado, não tendo noção de tempo. O uso do
quebra-cabeça utilizado para observar a noção espacial, demonstrou dificuldades no
encaixe das peças, por tentativa e erro.
Na área cognitiva detectaram-se, dificuldades, já citadas nas relações espaços-temporais,
de casualidade, além de limitações no raciocínio lógico matemático e na construção do
conceito de números.
Possuí dificuldades quanto à competência linguística, não reconhece consoantes nem
vogais, apresentando leitura e escrita de nível pré-operatório intuitivo articulado.
No nível afetivo-social, foi percebido baixa autoestima, além de sentimentos como
desproteção, abandono, o que dificulta a formação dos vínculos importantes para seu
desenvolvimento afetivo.
No aspecto pedagógico apresenta dificuldades próprias, impedindo que se estabeleçam
vínculos com o conhecimento, devido a falta de construção com as primeiras
aprendizagens e nas relações estabelecidas com seus professores.
O cliente traz um histórico de vida marcado por, uma ausência do vínculo paterno,
configurando assim uma carência psicoafetiva. Um meio social que não possibilitou
construções enriquecedoras quanto ao seu mundo.
Inadequação pedagógica por um modelo de aprendizagem limitado conduzindo á uma
falta de conhecimentos de determinados conteúdos que lhe permita novas elaborações do
saber.
Faz-se necessário que sejam estabelecidos, estímulos significativos para que se
estruturem novas formas de pensar.
Portanto quanto às recomendações necessárias ao seu desenvolvimento, considera-se:
1) Técnicas pedagógicas que viabilizem a ressignificação das primeiras modalidades de
aprendizagem.
2) Atividades de escrita e leitura para que haja construção das hipóteses linguísticas que possa
ser elaboradas com segurança.
3) Troca de professora, afim de que os vínculos afetivos com os elementos da aprendizagem
possam ser estabelecidos.
4) Trabalho pedagógico que considere a singularidade do sujeito dentro do grupo e valorize seu
conhecimento de mundo, realizado a partir de um planejamento flexível com objetivos claros e
estratégia metodológica criativa e desafiadora que combine os diferentes estilos de
aprendizagem; seja visual ou auditivo.
5) Sugerimos a intervenção psicopedagógica clínica de apoio, bem como acompanhamento
psicológico para trabalhar o afetivo-social referente à carência paterna.
Coloco-me a disposição para outros esclarecimentos.
A intervenção psicopedagógica tem o intuito de melhorar o processo
de aprendizagem e promover a autonomia e autoestima dos
educandos.

A interferência no processo de desenvolvimento acontece após


o diagnóstico psicopedagógico.

A partir dessa avaliação, o profissional traça um plano de intervenção.


Para NERY (1986) o trabalho psicopedagógico deve estar ancorado
em alguns princípios gerais, tais como:

1) acreditar que todo ser humano tem direito ao pleno acesso


ao saber acumulado, representado pela cultura;

2) considerar a leitura e a escrita como ferramentas


fundamentais de acesso ao saber;

3) nortear sua prática dentro dos princípios da liberdade do


ser;
4) Reconhecer e assumir a dupla polaridade de seu papel-transmissão
de conhecimento e compreensão dos fatores psicológicos que
interferem no ato de aprender;

5) reconhecer o papel da família, devendo analisar e compreender os


mecanismos dentro da relação familiar que promovem bloqueio da
aprendizagem;

6) reconhecer a escola como espaço privilegiado para a transmissão da


cultura.
Na perspectiva de Rodríguez (2005), a
intervenção psicopedagógica contempla:

1) Ações psicopedagógicas nas equipes de apoio escolar;


2) Ações psicopedagógicas de prevenção educativa;
3) Ações psicopedagógicas de levantamento de necessidades;
4) Ações psicopedagógicas de avaliação;
5) Ações psicopedagógicas de elaboração de projetos curriculares;
6) Ações psicopedagógicas de atendimento à diversidade dos alunos;
7) Ações psicopedagógicas de adaptações curriculares;
Questões primordiais para a construção de uma
intervenção psicopedagógica:

• Sem uma avaliação psicopedagógica de qualidade não é possível intervir


psicopedagogicamente, de modo planejado;

• A intervenção surge da avaliação psicopedagógica;

• Tudo é intervenção, ou seja, no momento em que ocorre contato entre o


psicopedagogo, a escola e o estudante, a intervenção inicia;
TÉCNICAS DE INTERVENÇÃO PSICOPEDAGÓGICAS

JOGO DE AREIA PSICOPEDAGÓGICO- JAP

JOGO DESENHO-ESTÓRIA

TÉCNICAS PROJETIVAS PSICOPEDAGÓGICAS


REUNIDAS POR VISCA (2008)
JOGO DE AREIA PSICOPEDAGÓGICO- JAP

Tem por objetivo estimular o desenvolvimento cognitivo e afetivo do


sujeito epistêmico (sujeito do conhecimento) e contribuir para o trabalho
diagnóstico;

Conforme Piaget, o indivíduo vai internalizando significados organizando


sua atividade mental, os aspectos da inteligência, vida afetiva e as
relações com o meio em que vive;

A utilização do instrumento JAP possibilita ao sujeito trocas nas ações


do brincar, do interagir, do construir e, que consequentemente, o
desenvolvimento cognitivo.
MATERIAL NECESSÁRIO PARA A UTILIZAÇÃO DO JAP

❖ Duas caixas retangulares - fundo da caixa forrado com fórmica


impermeável pintado de azul para dar impressão do mar ou imensidão
do céu;

❖ Areia que pode ser seca ou molhada para possibilitar ao sujeito no


momento da escolha de suas ações;

❖ As miniaturas que ficam disponibilizadas nas prateleiras organizadas


de acordo com as classificações, por exemplo: de figuras religiosas,
humanas super-heróis, fadas, bruxas, monstros, animais de várias
espécies, meios de transporte e moradia, utensílios de casa, etc.
APLICAÇÃO DO JAP NO DIAGNÓSTICO

❖ Investigar o nível de desenvolvimento do pensamento desse sujeito;


❖ Investigar as modalidades de aprendizagem ;
❖ Sondagem da linguagem oral( leitura e interpretação)
❖ Sondagem da linguagem escrita (Emília Ferreiro);
❖ Sondagem do raciocínio lógico e matemático;
❖ Sondagem dos aspectos afetivo-emocionais.
JOGO DESENHO-ESTÓRIA

Segundo Melanie Klein (apud MEREDIEU,2008,P.61) desenhar tem a


mesma função de sonhar, encontramos no desenho os mecanismos do
sonho, dramatização, condensação e deslocamento;

O desenho traz à tona fantasias, que representados graficamente


desempenham uma função importante, pois torna vivas lembranças,
desejos e recalques, favorecendo a reorganização.
TÉCNICAS PROJETIVAS PSICOPEDAGÓGICAS
REUNIDAS POR VISCA (2008)

DOMÍNIO PROVA O QUE INVESTIGA? IDADE


Par Educativo O vínculo de 6/7 anos
aprendizagem
Eu com meus colegas O vínculo com os colegas 7/8 anos
ESCOLAR da sala de aula
A planta da sala de aula Campo geográfico da sala 8/9 anos
e localizações
A planta da minha casa Campo geográfico do 8/9 anos
lugar onde mora e
localizações

FAMILIAR As quatro partes de um dia Vínculos ao longo de um 6/7 anos


dia
Família educativa Vinculo d aprendizagem 6/7 anos
com o grupo familiar
• ASPECTOS E FUNDAMENTOS DO
ATENDIMENTO PSICOPEDAGÓGICO
AOS PAIS E RESPONSÁVEIS LEGAIS;

• ÉTICA NO ATENDIMENTO
PSICOPEDAGÓGICO.
• Para intervir é necessário saber construir estratégias de
intervenção;

• Para elaborar estratégias de intervenção psicopedagógicas é


preciso destacar os focos centrais e periféricos da
intervenção;

É preciso distinguir quais caminhos a tomar.


AS INTERVENÇÕES PSICOPEDAGÓGICAS SE ORGANIZAM EM
TORNO DE QUATRO PERSPECTIVAS

(a) objetivos da intervenção;


(b) modalidades de intervenção;
(c) direcionamento da intervenção
(d) lugar preferencial da intervenção.
As Modalidades de Intervenção
Enriquecimento

Corretivas

Preventivas
Aplicadas em toda a
comunidade escolar,
com a perspectiva
de criar estratégias
preventivas do fracasso
escolar antes mesmo
de sua manifestação.

Preventivas
Têm uma natureza
coletiva e destinam-se
a grupos de sujeitos em
situação de risco ou
dificuldades de
aprendizagem
As intervenções
corretivas, em geral,
destinam-se a casos
específicos de sujeitos
com dificuldades de
aprendizagem
pontuais.

Corretivas

Centra o processo de
intervenção no sujeito e
suas necessidades
eminentes.
Destinadas a
potencializar talentos e
competências, a despeito
da existência de quadros
de dificuldades de
aprendizagem.

ENRIQUECIMENTO

Um estudante que vivencia


uma dificuldade, também
apresenta talentos que
podem ser enriquecidos
por meio de ações
psicopedagógicas
específicas.
DESENHO –ESTÓRIA PASSO A PASSO
Essencial a construção de um bom círculo afetivo sempre se frente a frente
com sujeito avaliado
❖ Espalhe os lápis sobre a mesa colocando a folha de papel em branco na
horizontal diante do sujeito;
❖ Solicite que faça um desenho livre;
❖ Na folha em branco oriente que pode fazer o desenho que quiser e como
quiser aguarda-se a conclusão do primeiro desenho;
❖ Solicite que conte uma história sobre o desenho;
❖ “Olhando agora o seu desenho você pode contar uma história sobre o que
acontece no seu desenho
❖ Após a conclusão da história cabe ao terapeuta fazer perguntas sobre o
desenho e sobre a história, as perguntas mais variadas possíveis, as que
explorem todas as possibilidades;
❖ Finalizando pede-se que o sujeito de um título ao seu desenho.
APLICAÇÃO DO JAP NA INTERVENÇÃO PSICOPEDAGÓGICA
EXEMPLOS DE QUESTÕES PARA OBSERVAÇÃO E ANÁLISE DO
PSICOPEDAGOGO:
❖ Que tipo de cenário o sujeito construiu? Mais voltado para questões
afetivas emocionais ou cenário muito racional e objetivo?
❖ É possível observar a construção do pensamento do sujeito ao construir um
cenário?
❖ É possível perceber as funções cognitivas ou de estruturas mentais
(atenção, concentração, antecipação do pensamento e outras) na
construção do cenário?
❖ Como foi utilizada a caixa no nível espaço-temporal? Todos os lados
superiores e inferiores, direita e esquerda, centro, foram utilizados?
❖ O sujeito usou somente areia como escultura ou utilizou miniaturas? Qual a
primeira miniatura colocada na cena e por que ela foi escolhida?
OS SEGUINTES FATORES PSICODINAMICOS PRECISAM SER OBSERVADOS

❖ Atitude básica: aceitação, oposição, insegurança e identificação positiva


Identificação negativa
❖ Figuras significativas: materna positiva, paterna positiva, materna
negativa, paterna negativa, figura fraterna e outras positivas, figuras
fraternas negativa;
❖ Sentimentos expressos: derivados do instinto de vida, derivados do
instinto de morte, sentimentos ambivalentes;
❖ Tendencias e desejos: necessidade de suprimir faltas básicas, tendências
destrutivas, tendências construtivas;
❖ Impulsos: amorosos destrutivos
❖ Ansiedades paranoides, depressivas;
❖ Mecanismos de defesa : projeção, repressão, negação, regressão, fixação,
racionalização, isolamento, deslocamento, idealização.
ASPECTOS INDISPENSÁVEIS –
ATENDIMENTO PSICOPEDAGÓGICO

❖ Levantar hipóteses provisórias que serão ou não confirmadas ao


longo do processo, recorrendo, para isso, a conhecimentos
práticos e teóricos;

❖ A investigação permanece durante todo o trabalho de


acompanhamento através de intervenções e da “[...] escuta
psicopedagógica [...]”, para que “[...] se possa decifrar os
processos que dão sentido ao observado e norteiam a
intervenção”. (BOSSA, 2000).
O atendimento psicopedagógico possibilita continuar
identificando os desvios e os obstáculos básicos no “Modelo de
Aprendizagem” do sujeito que o impedem de crescer na
aprendizagem dentro do esperado pelo meio social” (WEISS, 2003,
p. 32).

O trabalho psicopedagógico, não se apresenta


como reeducativo, mas, sim como terapêutico
(uma terapia centrada na aprendizagem);
Para Pain (1992), aspectos do atendimento
psicopedagógico surgem como técnica da condução
do processo psicológico da aprendizagem e traz, com
seu exercício, o cumprimento dos fins educativos.
A intervenção psicopedagógica clínica voltou-se,
prioritariamente, para a construção de métodos que
pudessem auxiliar e readaptar o contexto educacional,
os sujeitos que apresentavam dificuldades de
aprendizagem.
Avaliar os graus
de condutas
desviantes.

Processo
ENTENDIMENTO
evolutivo das
DA HISTÓRIA DO
SUJEITO dificuldades de
aprendizagem

Clarificação da
avaliação
psicopedagógica.
Os dez comportamentos desviantes mais frequentes em
crianças com problemas de aprendizagem são:

1) Hiperatividade;
2) Problemas psicomotores;
3) Problemas emocionais;
4) Problemas gerais de orientação espacial;
5) Desordens de atenção;
6) Impulsividade;
7) Desordens na memória e no raciocínio;
8)Dificuldades específicas de aprendizagem: dislexia,
disgrafia, disortografia e discalculia;
9) Problemas de audição e fala;
O processo evolutivo das dificuldades de aprendizagem
deixa marcas em certos níveis de funcionamento que
devem ser rastreados para a clarificação da avaliação
psicopedagógica.

Destacamos:
❖ o psicomotor,
❖ o perceptivo
❖ e o cognitivo.
O PSICOMOTOR

Concepção de movimento organizado e


integrado, resultante da individualidade, da
linguagem e socialização.”

(Associação Brasileira de Psicomotricidade)


Inclui as interações:

•Cognitivas; Ato Motor:

•Sensoriomotoras; • Integração consigo


• Com o mundo
•Psíquicas (capacidades de ser, • Com os objetos
expressar-se, a partir do movimento,
em um contexto psicossocial.
Capacidade de reconhecer e
nomear as partes do corpo e
as funções que elas
NOÇÃO DE CORPO desempenham.

•Esquema Corporal
Imagem que se tem do
•Imagem corporal próprio corpo, em um
contexto mais psíquico e
subjetivo.
LATERALIZAÇÃO

• A lateralidade é função da
dominância lateral;

• Prevalência motora de um lado do


corpo;

• Iniciativa da organização de um dos


lados como ato motor e, o outro, a
função de apoio e auxílio.
Tentando agrupar as
possíveis causas das
Para Drouet (1995), as dificuldades de
dificuldades de aprendizagem, a autora
aprendizagem envolvem chegou a uma
aspectos múltiplos da vida classificação
orgânica e social do
sujeito que as apresenta.
a) causas físicas, relacionadas a perturbações somáticas transitórias ou
permanentes;

b) causas sensoriais, compreendendo os distúrbios que atingem os


órgãos sensoriais e a percepção;

c) causas neurológicas, relacionadas ao equipamento cerebral e sistema


nervoso;

d) causas emocionais, formadas pelos distúrbios psicológicos e de


personalidade;

e) causas intelectuais ou cognitivas, relacionadas à inteligência do sujeito;

f) causas educacionais, vinculadas ao contexto da escola e causas


socioeconômicas.
É da família a tarefa essencial
de socialização e
desenvolvimento da criança,
configurando o seu percurso
intelectual, emocional e social.

A matriz para esse


desenvolvimento encontra-se na
união de identidade de indivíduo e
família, de família e comunidade
(Ackerman, 1986).
O senso de identidade pessoal da
criança está relacionado à sua
identidade familiar.

A família exerce um papel


É nessa família, sob condições
preponderante no desenvolvimento
de unidade e cooperação, que a
da criança, pois é dentro dela que se
criança desenvolverá o conceito
realizam as aprendizagens básicas
de aprendizagem, a iniciativa e a
como a linguagem, sistema de
criatividade.
valores, controle da impulsividade.
Condições externas
(estímulos recebidos
do meio-ambiente).

Rogers (1988), afirma que


ALTERAÇÕES NO
fatores dinâmica familiar,
PROCESSO DE
afetividade, linguagem,
APRENDIZAGEM
devem desenvolver-se de
forma integrada.

Condições internas
do organismo
(aspecto anátomo-
funcional e cognitivo)
Esclarece e instrumentaliza os
pais quanto as suas
possibilidades em ajudar seus
filhos a partir das necessidades
específicas.

A INTERAÇÃO COM A FAMÍLIA

Minimiza a falta de
conhecimento, ou insegurança
em como ajudar, o que gera
sentimentos de angústia e
ansiedade
AÇÕES
❖ Orientações que propiciam participação
efetiva no processo de aprendizagem;

❖ Através das experiências e relações


PROGRAMA DE interpessoais, a família pode promover o
INTERVENÇÃO JUNTO A desenvolvimento intelectual, emocional e social
FAMÍLIA QUE CONTEMPLE da criança com atividades dentro de casa e nas
horas de lazer.

❖ Estimular a participação nas atividades


rotineiras da família é importante na aquisição
dos requisitos básicos para a aprendizagem,
pois estimulam a organização interna e a
habilidade para o ‘fazer’, de maneira geral.
O processo educativo (desenvolvimento gradativo da capacidade física, intelectual
e moral do ser humano) familiar, deve ser adequado para possibilitar sucesso na
aprendizagem, e entre as adequações desse processo estão compreendidos:

• orientação firme quanto aos comportamentos


e temperamentos;

• possibilidade de escolhas, certa autonomia nas


ações;

• organização da rotina;

• oportunidade constante de aprendizagem,


respeito e valorização como pessoa.
Num processo educativo os pais
experienciam a necessidade de um
trabalho, de reestruturação de seus
comportamentos, crenças, sentimentos
e desejos.

A criança necessita de
equilíbrio entre condutas
disciplinares, diálogo,
compreensão e carinho. Os pais precisam conquistar, em relação
a si mesmos, primeiramente, o que
querem que os filhos sejam: justos,
disciplinados, honestos, responsáveis
(GRUNSPUN, 1985).
IMPORTANTE CONSIDERAR:

A família de crianças que apresentam problemas de aprendizagem,


não podem funcionar como um bloco dissociado no qual o pensar
de forma diferente se torna ameaçador e implica em exclusão e
perda.

A família necessita estar presente no diagnóstico de problemas e


dificuldades de aprendizagem para que seja observada de forma
rápida a existência de “significações sintomáticas em relação ao
aprender”. FERNÀNDEZ, 1991, p.92)
IMPORTANTE CONSIDERAR:

Pain (1992) propõe que ao se realizar diagnóstico, seja analisado o


significado do sintoma da criança “na família” e “para a família”, isso
porque geralmente, o problema ou dificuldade de aprendizagem da
criança tem sua origem em problemas familiares.

Além disso, para a criança, a aquisição de conhecimentos pode significar


a perda de atenção e da assistência dos pais, e este sentimento pode
inibir seu desenvolvimento cognitivo.

Conforme Salvari e Dias (2006) dentre os maiores obstáculos ao


tratamento psicopedagógico está na resistência dos pais na busca por
ajuda profissional,
DIFERENTES FORMAS DE
COLABORAÇÃO FAMÍLIA/ ESCOLA

INTERCÂMBIO DE INFORMAÇÕES
QUESTIONÁRIOS A MÃES E PAIS
INFORMAÇÕES COTIDIANAS NA ESTRADA
ENTREVISTAS DE ACOMPANHAMENTO
INFORMES DE AVALIAÇÃO
REUNIÕES DE PAIS
INFORMAÇÕES POR ESCRITO(PAINÉS, CIRCULARES)
DIFERENTES FORMAS DE
COLABORAÇÃO FAMÍLIA/ ESCOLA

ATIVIDADES EM CASA
PAUTAS DE CONTROLE DE CONDUTA
SISTEMAS ALTERNATIVOS E OU AUMENTATIVOS DE COMUNICAÇÃO
ATIVIDADES QUE ENVOLVAM O CORPO
HÁBITOS DE AUTONOMIA PESSOAL
ATIVIDADES COMPLEMENTARES À ESCOLA (LAZER, TRATAMENTOS)
TAREFAS COMPLEMENTARES EM CASA( JOGOS, LEITURAS,
COMPUTADOR)
DIFERENTES FORMAS DE
COLABORAÇÃO FAMÍLIA/ ESCOLA

PARTICIPAÇÃO EM ATIVIDADES DA ESCOLA


TRAZER RECURSOS MATERIAIS PARA A AULA E PARA AS ATIVIDADES
PARTICIPAÇÃO ESPORÁDICA NA ESCOLA( PERÍODO DE ADAPTAÇÃO,
FESTAS, PASSEIOS)
PARTICIPAÇÃO EM OFICINAS, ATIVIDADES RECREATIVAS
PARTICIPAÇÃO EMÓRGÃOS DE GESTÃO: FUNÇÕES DE REPRESENTAÇÃO
FATORES DE RISCO QUE AUMENTAM A
VULNERABILIDADE DAS FAMÍLIAS

RISCOS DA CRIANÇA
PROBLEMAS DE CONDUTA
TRANSTORNOS DO SONO
PROBLEMAS DE COMUNICAÇÃO DA CRIANÇA
GRAVES DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM
PROBLEMAS COM A APARÊNCIA DA CRIANÇA
ALTO GRAU DE EXCITABILIDADE
FATORES DE RISCO QUE AUMENTAM A
VULNERABILIDADE DAS FAMÍLIAS

CARACTERÍTICAS DOS PAIS E DA FAMÍLIA


FALTA DE ESTRATÉGIAS PARA ENFRENTAR O ESTRESSE
ISOLAMENTO SOCIAL
DIFICUALDADES SOCIOECONÕMICAS( DESEMPREGO , MORADIA
PRECÁRIA...)
TENSÃO NA VIDA COTIDIANA
INSATISFAÇÃO DO CASAL
FALTA DE LAZER NA FAMÍLIA
DIFICULDADE DE AJUSTE À CRIANÇA E POUCA INTERAÇÃO MÃE-FILHO
VALORAÇÃO MORAL
FATORES DE RISCO QUE AUMENTAM A
VULNERABILIDADE DAS FAMÍLIAS

CARACTERÍSTICAS DOS SERVIÇOS


NÚMEMRO ELEVADO DE NECESIDADES SEM COBERTURA
SERVIÇOS INADEQUADOS ÀS NECESSIDADES DA CRIANÇA E DA FAMÍLIA
SERVIÇOS QUE SOBRECARREGAM A FAMÍLIA ECONOMICAMENTE
HORÁRIOS INADEQUADOS
DESCOORDENAÇÃO DE SERVIÇOS
PODE-SE SUGERIR ASPECTOS PARA UMA ESTRUTURA GERAL DE
TRABALHO COM AS FAMÍLIAS

Realizar encontros com grupo de pais, facilitando assim a


percepção de diversos fatores que afetam a aprendizagem,
contribuindo para enfraquecer a sensação de culpa que as famílias já
carregam quando seus filhos demonstram ter dificuldades de
aprendizagem;

Se possível, realizar um encontro das famílias com os professores e


coordenadores das crianças atendidas, na medida em que essa troca
de percepções nem sempre é ofertada e fortalece uma visão
conflituosa entre família-escola;
Promover encontros de orientações a respeito da rotina, da
organização de atividades, sobre a realização de tarefas, sobre
atividades de lazer e envolvimento com os filhos;

Promover encontros em que as famílias possam ressignificar suas


próprias histórias de aprendizagem, o que contribui para uma visão
mais compreensiva das dificuldades que seus filhos podem estar
apresentando.
PRINCÍPIOS ÉTICOS

Os psicopedagogos devem
seguir certos princípios éticos
que estão condensados no
Código de Ética, devidamente
aprovado pela Associação
Brasileira de Psicopedagogia,
no ano de 1996.
O QUE QUE É UM CÓDIGO DE ÉTICA

➢ A missão primordial de um código de ética


profissional não é de normatizar a natureza técnica
do trabalho, e, sim, a de assegurar, dentro de
valores relevantes para a sociedade e para as
práticas desenvolvidas, um padrão de conduta que
fortaleça o reconhecimento social daquela
categoria.
CÓDIGOS DE ÉTICA

Códigos de Ética expressam sempre uma


concepção de homem e de sociedade que
determina a direção das relações entre os
indivíduos.

Refletem a realidade do país; e de valores


que estruturam uma profissão, um código
de ética não pode ser visto como um
conjunto fixo de normas e imutável no
tempo.

Traduzem-se em princípios e normas que


devem se pautar pelo respeito ao sujeito
humano e seus direitos fundamentais.
Segundo Lino de Macedo “... o que
legitima uma ocupação profissional é a
formação em serviço, a formação
contínua nos fundamentos e técnicas que
possibilitam a realização de um trabalho.
O fazer psicopedagógico visa a
construção de uma relação
potencializadora e, portanto, saudável
com as aprendizagens, possibilitando a
autoria na busca da construção do
conhecimento.
O CÓDIGO DE ÉTICA REGULAMENTA:

➢ Os princípios da Psicopedagogia;
➢ As responsabilidades dos psicopedagogos;
➢ As relações com outras profissões;
➢ O sigilo;
➢ As publicações científicas;
➢ A publicidade profissional;
➢ Os honorários;
➢ As relações com a educação e saúde;
➢ A observância e cumprimento do código de ética;
➢ Disposições gerais.
Capítulo I - Dos Princípios
Artigo 1º

A Psicopedagogia é um campo de atuação em educação e


saúde que lida com o processo de aprendizagem humana; seus
padrões normais e patológicos, considerando a influência do
meio - família, escola e sociedade - no seu desenvolvimento,
utilizando procedimentos próprios da Psicopedagogia.

A intervenção psicopedagógica é sempre da ordem do


conhecimento relacionado com o processo de aprendizagem.
Artigo 2º

A Psicopedagogia é de natureza interdisciplinar. Utiliza recursos


das várias áreas, do conhecimento humano para a compreensão
do ato de aprender no sentido, ontogenético e filogenético,
valendo-se de métodos e técnicas próprias

O trabalho psicopedagógico é de natureza clínica e


institucional, de caráter; preventivo e/ou remediativo.
Artigo 4º

Estarão em condições de exercício da Psicopedagogia os


profissionais graduados em 3º grau, portadores de certificados
de curso de Pós-Graduação de Psicopedagogia, ministrado em
estabelecimento de ensino oficial e/ou reconhecido.
Artigo 5º

O trabalho psicopedagógico tem como objetivo:

(i) promover a aprendizagem; garantindo o bem-estar das


pessoas em atendimento profissional, devendo valer-se dos
recursos disponíveis, incluindo a relação interprofissional;

(ii) realizar pesquisas científicas no campo da Psicopedagogia


Capitulo II - Das responsabilidades dos psicopedagogos

Artigo 6º

São deveres fundamentais dos psicopedagogos:

a) Manter-se atualizado quanto aos conhecimentos científicos e


técnicos que tratem do fenômeno da aprendizagem humana.
b) Zelar pelo bom relacionamento com especialistas de outras áreas,
mantendo uma atitude crítica, de abertura e respeito em relação
às diferentes visões de mundo.
c) Assumir somente as responsabilidades para as quais esteja
preparado dentro dos limites da competência psicopedagógica.
d) Colaborar com o progresso da Psicopedagogia.
e) Difundir seus conhecimentos e prestar serviços nas agremiações
de classe sempre que possível.
f) Responsabilizar-se pelas avaliações feitas, fornecendo ao cliente
uma definição clara do seu diagnóstico.

g) Preservar a identidade, parecer e/ou diagnóstico do cliente nos


relatos e discussões feitos a título de exemplos e estudos de casos.

h) Responsabilizar-se por crítica feita a colegas na ausência destes.

i) Manter atitude de colaboração e solidariedade com colegas sem ser


conivente ou acumpliciar-se, de qualquer forma, com o ato ilícito ou
calúnia.
Capítulo III - Das relações com outras profissões

Artigo 7º

O psicopedagogo procurará manter e desenvolver boas relações com


os componentes das diferentes categorias profissionais, observando,
para este fim, o seguinte:

a) Trabalhar nos estritos limites das atividades que lhe são reservadas.

b) Reconhecer os casos pertencentes aos demais campos de


especialização, encaminhando-os a profissionais habilitados e
qualificados para o atendimento.
Capítulo IV- Do sigilo

Artigo 8º

O Psicopedagogo está obrigado a guardar sigilo sobre fatos de que


tenha conhecimento em decorrência do exercício de sua atividade.

Parágrafo Único
Não se entende como quebra de sigilo informar sobre o cliente a
especialistas comprometidos com o atendimento.

Artigo 9º

O Psicopedagogo não revelará, como testemunha, fatos de que tenha


conhecimento no exercício de seu trabalho, a menos que seja
intimado a depor perante autoridade competente.
Artigo 10º

Os resultados de avaliações só serão fornecidos a terceiros


interessados mediante concordância do próprio avaliado ou do seu
representante legal.

Artigo 11º

Os prontuários psicopedagógicos são documentos sigilosos e não será


franquiado o acesso a pessoas estranhas ao caso.
Capítulo V - Das publicações científicas

Na publicação de trabalhos científicos deverão ser observadas as


seguintes normas:

a) As discordâncias ou críticas deverão ser dirigidas à matéria em


discussão e não ao autor.

b) Em pesquisa ou trabalho em colaboração, deverá ser dada igual


ênfase aos autores, sendo de boa norma dar prioridade na
enumeração dos colaboradores àquele que mais contribuiu para a
realização do trabalho.
c) Em nenhum caso o Psicopedagogo se prevalecerá da posição
hierárquica para fazer publicar; em seu nome exclusivo, trabalhos
executados sob sua orientação.
d) Em todo trabalho científico deve ser indicada a fonte bibliográfica
utilizada, bem como esclarecidas as ideias descobertas e as
ilustrações extraídas de cada autor.
Artigo 14º

O Psicopedagogo poderá atuar como consultor científico em


organizações que visem o lucro com venda de produtos, desde que
busque sempre a qualidade dos mesmos.

Capítulo VII - Dos honorários

Artigo 15º

Os honorários deverão ser fixados com cuidado a fim de que


representem justa retribuição aos serviços prestados e devem ser
contratados previamente.
Capítulo VIII - Das relações com educação e saúde

Artigo 16º

O Psicopedagogo deve participar e refletir com as autoridade


competentes sobre a organização, a implantação e a execução de
projetos de Educação e Saúde Pública relativas a questões
psicopedagógicas.

Capitulo IX - Da observância e cumprimento do código de ética

Artigo 17º

Cabe ao Psicopedagogo, por direito, e não por obrigação, seguir este


código.
Artigo 18º

Cabe ao Conselho Nacional da ABPP orientar e zelar pela fiel


observância dos princípios éticos da classe.

Artigo 19º

O presente código poderá ser alterado por proposta do Conselho da


ABPP e aprovado em Assembleia Geral;
Capitulo X - Das Disposições Gerais

Artigo 20º

O presente código de ética entrou em vigor após sua aprovação em


Assembleia Geral, realizada no V Encontro e II Congresso de
Psicopedagogia da ABPP em 12/07/1992, e sofreu a 1ª alteração
proposta pelo Congresso Nacional e Nato no biênio 95/96 sendo
aprovado em 19/07/1996, na Assembleia Geral do III Congresso
Brasileiro de Psicopedagogia, da ABPP, da qual resultou a presente
redação.
IMPORTANTE CONSIDERAR

O psicopedagogo deve ser um profissional que tem conhecimentos


multidisciplinares, pois em um processo de avaliação diagnóstica, é
necessário estabelecer e interpretar dados em várias áreas.

O conhecimento dessas áreas fará com que o profissional


compreenda o quadro diagnóstico do aprendente e favorecerá a
escolha da metodologia mais adequada,

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