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A POLITÉCNICA
ESCOLA SUPERIOR DE ESTUDOS SUPERIORES DE NAMPULA – ESEUNA
ANA PAULA
CLARA JOSÉ
JOANA MÁRIO
LÍDIA MANHIQUE
MAUÁ SANDRINE
NÁZIA ABDUL MUSSA
Nampula
2020
ANA PAULA
CLARA JOSÉ
JOANA MÁRIO
LÍDIA MANHIQUE
MAUÁ SANDRINE
NÁZIA ABDUL MUSSA
Nampula
2020
Desenvolvimento sicosocial de Erik Erickson
Erikson foi professor em instituições de destaque, como Harvard e Yale. Em 2002 foi
considerado o 12º psicólogo mais citado do século pela Review of General
Psychology, revista científica da American Psychological Association.
Durante sua infância e início da idade adulta, ele era conhecido como Erik
Homberger, e seus pais mantiveram os detalhes de seu nascimento em segredo. Ele
era um rapaz alto, loiro, de olhos azuis, que foi criado na religião judaica.
Seus principais interesses eram arte, história e línguas, mas faltava-lhe o interesse na
escola e formou-se sem distinção acadêmica. Após a formatura, em vez de
frequentar a escola médica, como seu padrasto desejava, frequentou a escola de
arte em Munique , mas logo desistiu.
Quando Erikson tinha vinte e cinco anos, seu amigo Peter Blos convidou-o a Viena
para ser tutor da arte para crianças cujos pais ricos foram submetidos a psicanálise
da filha de Sigmund Freud, Anna Freud.
Em 1931 Erikson casou-se com Joan Mowat Serson, uma dançarina e artista
canadense. Durante seu casamento Erikson se converteu ao cristianismo.
Em 1950, após a publicação do livro Infância e Sociedade, pelo qual ele é mais
conhecido, Erikson deixou a Universidade da Califórnia. De 1951 a 1960 ele trabalhou
e ensinou na Austen Riggs Center, uma instalação de tratamento psiquiátrico de
destaque em Massachusetts, onde trabalhou com jovens emocionalmente
perturbados. Durante este tempo ele também atuou como professor na
Universidade de Pittsburgh, onde trabalhou com Benjamin Spock e Fred Rogers.
Desenvolvimento humano
Desenvolvimento psicossocial
Erik Erikson desenvolveu, na segunda metade do século XX, uma das teorias mais
populares e influentes do desenvolvimento: o desenvolvimento psicossocial.
Erikson propôs que as pessoas vivenciam, em cada etapa, um conflito que serve como
ponto de inflexão no desenvolvimento, como um estímulo para a evolução. Esses
conflitos se concentram em desenvolver uma qualidade psicológica ou não
desenvolver essa qualidade. Durante a etapa, o potencial de crescimento pessoal é
alto, mas o potencial de fracasso também.
Assim, se as pessoas enfrentarem com sucesso o conflito, superam esse estágio com
forças psicológicas que lhes servirão para o resto de suas vidas. Mas se, pelo contrário,
não conseguirem superar esses conflitos de forma eficaz, podem não desenvolver as
habilidades essenciais necessárias para enfrentar com sucesso os desafios das etapas
seguintes.
As crianças que completam com sucesso esta fase geralmente têm uma autoestima
saudável e forte, enquanto aquelas que não o fazem geralmente têm a sensação de
andar sobre um solo muito instável: elas mesmas (seu próprio apoio). Erikson
acreditava que alcançar um equilíbrio entre autonomia, vergonha e dúvida levaria à
vontade, que é a crença de que as crianças podem agir com intenção, dentro da razão
e dos limites.
Etapa 3. Iniciativa vs Culpa (3-5 anos)
Na terceira etapa proposta por Erikson, as crianças começam a fortalecer seu poder e
controle sobre o mundo através do brincar, um marco de valor incalculável para as
interações sociais. Quando alcançam um equilíbrio ideal de iniciativa individual e
vontade de trabalhar com os outros, surge a qualidade do ego conhecida como
propósito.
As crianças começam a realizar tarefas mais complicadas; seu cérebro atinge um alto
grau de maturidade, o que lhes permite começar a lidar com abstrações. Também
podem reconhecer suas habilidades, bem como as habilidades de seus companheiros.
De fato, as crianças muitas vezes insistem que lhes sejam dadas tarefas mais
desafiadoras e exigentes. Quando atingem essas tarefas, esperam obter um
reconhecimento associado.
Se algumas crianças não podem ter um desempenho tão bom quanto desejam, muitas
vezes a sensação de inferioridade aparece. Se esse eco de inferioridade não for tratado
adequadamente e a criança não receber ajuda para o gerenciamento emocional de
seus fracassos, pode optar por descartar qualquer tarefa que seja difícil por medo de
reviver esse sentimento. Por isso, é tão importante considerar o esforço da criança ao
avaliar uma tarefa, separando-a do resultado objetivo.
Nesta fase das etapas de Erikson, as crianças se tornam adolescentes. Encontram sua
identidade sexual e começam a projetar uma imagem daquela pessoa futura com
quem querem se parecer. À medida que crescem, tentam encontrar seus propósitos e
papéis na sociedade, além de solidificar sua identidade única.
Nesta etapa, os jovens também devem tentar discernir quais atividades são
apropriadas para sua idade e quais são consideradas ‘infantis’. Precisam encontrar um
compromisso entre o que esperam de si mesmos e o que o seu ambiente espera deles.
Para Erikson, concluir esta etapa com sucesso significa concluir a construção de uma
base sólida e saudável para a vida adulta.
Uma vez que as pessoas tenham estabelecido suas identidades, estão prontas para
assumir compromissos de longo prazo com os outros. Tornam-se capazes de formar
relacionamentos íntimos e recíprocos, e de boa vontade fazem os sacrifícios e
compromissos que tais relacionamentos requerem. Se as pessoas não conseguem
formar esses relacionamentos íntimos, uma sensação de isolamento indesejado pode
aparecer, despertando sentimentos de escuridão e angústia.
Se durante esta fase as pessoas não encontrarem um parceiro, podem se sentir
isoladas ou sozinhas. O isolamento pode criar inseguranças e um sentimento de
inferioridade, já que as pessoas podem pensar que há algo de errado com elas. Podem
acreditar que não são bons o suficiente para outras pessoas, e isso pode levar a
tendências autodestrutivas.
Durante a vida adulta, continuamos a construir nossas vidas com foco em nossa
carreira e nossa família. Generatividade significa cuidar de pessoas além de seus entes
queridos diretos. À medida que as pessoas entram na era da “meia-idade” de suas
vidas, o escopo de sua visão se estende de seu ambiente direto, que inclui a si mesmo
e sua família, para uma imagem mais ampla e completa que engloba a sociedade e seu
legado.
Nessa etapa, as pessoas reconhecem que a vida não é apenas sobre si mesmas.
Através de suas ações, esperam fazer contribuições que se tornem um legado. Quando
alguém alcança esse objetivo, recebe uma sensação de conquista. No entanto, se não
acha que contribuiu para o panorama geral, pode pensar que não fez ou não está
capacitado para fazer algo significativo.
Na última etapa dos estágios propostos por Erikson, as pessoas podem escolher
desespero ou integridade. Vamos pensar que o envelhecimento é, em grande parte,
um acúmulo de perdas que exigem compensação. Por outro lado, há um sentimento
de que ficou mais tempo para trás do que está por vir.
Deste olhar para o passado pode nascer o desespero e a nostalgia em forma de neblina
ou, pelo contrário, a sensação de que as pegadas deixadas, o compartilhado e o
alcançado valeram a pena. Um olhar ou outro marcará de alguma forma o que a
pessoa espera do futuro e do presente.
As pessoas que alcançam uma visão integral de suas vidas não têm problemas quando
se trata de se reconciliar com aquela pessoa do passado com quem talvez, em algum
momento, não soubessem como conviver. Reafirmam o valor de sua existência e
reconhecem sua importância, não só para si mesmos, mas também para os outros.
Um dos pontos fortes da teoria psicossocial é que ela fornece uma estrutura ampla a
partir da qual se pode ver o desenvolvimento ao longo de toda a vida. Também nos
permite enfatizar a natureza social dos seres humanos e a importante influência que as
relações sociais têm no desenvolvimento.
BIBLIOGRAFIA:
1976.
Médicas, 1998.
• HALL, C. et. Alli. Teorias da Personalidade. Porto Alegre: Artes Médicas, 2000.