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Citologia do Trato Genital Feminino

Conteudista: Prof.ª Dra. Giovana Massarotto 


Revisão Textual: Pérola Damasceno

Objetivo da Unidade:

Identi car a células presentes no epitélio do trato genital feminino, bem


como as lesões associadas pelos diferentes agentes que culminam em
alterações celulares presentes em exames citopatológicos. 

ʪ Material Teórico

ʪ Material Complementar

ʪ Referências

QUESTION B AN KS
1/3

ʪ Material Teórico

Anatomia do Trato Genital Feminino


O trato genital feminino é anatomicamente composto por: vulva, ovários, tubas uterinas,
útero, vagina, clitóris e bulbo do vestíbulo, glândulas vestibulares maiores e menores. A
anatomia do aparelho reprodutor feminino pode ser vista na Figura 1. Seguiremos a descrição
e função de alguns órgãos que fazem parte deste sistema:
Figura 1 – Anatomia do Sistema Reprodutor Feminino
Fonte: Adaptada de Freepik

Ovário
Os ovários correspondem às gônadas femininas responsáveis pela produção dos hormônios
progesterona e estrógeno e do gameta feminino. Anatomicamente, o organismo feminino
possui dois ovários localizados na cavidade pélvica, um a cada lado do útero, conectados pelas
trompas uterinas. Epitélio simples cúbico intercalado reveste os ovários. Há presença de
epitélio pavimentoso em algumas áreas. Na região medular do ovário encontramos tecido
conjuntivo frouxo, vasos sanguíneos e células intersticiais, já na região cortical, além dos
folículos ovarianos, encontramos o corpo-lúteo e as células intersticiais.

O número de folículos ovarianos presentes na mulher é de nido no nascimento. Na menarca


estes folículos amadurecem e são liberados durante o ciclo menstrual, com o passar do tempo,
os folículos entram num processo de morte celular programada. Na mulher com ciclo
menstrual normal de 28 dias, a ovulação acontece no 14° dia após o início da menstruação,
caracterizando o período fértil. 

Tubas Uterinas
As tubas uterinas fazem a ligação do útero com os ovários e tem a função de capturar o
ovócito liberado pelo ovário e conduzi-lo na direção do útero.

Útero
O útero é responsável por abrigar o óvulo fecundado fornecendo nutrição e proteção para o
desenvolvimento do feto. Estruturalmente é constituído por três camadas: endométrio, que é a
camada mais interna e varia de tamanho de acordo com o estímulo hormonal ocasionado pelo
ciclo menstrual; miométrio, que possui uma parede mais espessa com bras musculares lisas
e bras colágenas; e a camada serosa denominada perimétrio. Na parte interna, o órgão é oco,
bromuscular, e suas dimensões variam de acordo com a idade, estimulação hormonal e o
número de gestações.

Colo Uterino
O colo uterino é delimitado por dois orifícios: o óstio interno, que ca em contato com o
istmo do útero; e o óstio externo, que se liga com o canal vaginal. Sua parede é constituída
pela endocérvice constituída por epitélio colunar simples mucossecretor, iniciando no orifício
do colo ideal, e a ectocérvice responsável pela produção de muco cervical, estendendo-se até o
fundo de saco vaginal (Figuras 2 e 3).

Relacionada a citologia do colo uterino encontramos a presença de células mucíparas, com


núcleo basal vesiculoso e citoplasma abundante e alongado. Entre elas localizam-se células
subcilíndricas pequenas e com citoplasma basofílico. Abaixo destas, encontramos a
membrana basal do epitélio e o córion, constituído por tecido broblástico.
Figura 2 – Células Cilíndricas Mucíparas Normais da
Endocérvice
Fonte: GAMBONI, 2013

Figura 3 – Ectocérvice: Epitélio Escamoso Estrati cado,


Tró co com Células Super ciais com Citoplasma Amplo,
Claro e com Carga de Glicogênio
Fonte: GAMBONI, 2013

No pós-menopausa ocorre uma redução no tamanho do colo. A ligação da ectocérvice e da


endocérvice recebe o nome de junção escamocolunar (JEC), podendo ter sua localização
modi cada de acordo com o estado hormonal, gestacional, parto vaginal e trauma.
Procedimentos para Coleta de Amostras e Análise
Laboratorial
O laboratorista deve orientar o paciente em relação a alguns cuidados que devem ser seguidos
antes da coleta de amostras cervicovaginais: orientar o paciente antes da coleta e a mesma
não deve ser realizada se: paciente não deve estar menstruada, coleta deve ser realizada após 5
dias do término do sangramento menstrual; paciente não deve utilizar duchas vaginais ou
medicamentos intravaginais como creme e óvulo vaginal nas 48 horas que antecedem o
exame, paciente deve estar em abstinência sexual nas 48 horas que antecedem a coleta do
exame.

Coleta de Amostras Citológicas


Inicialmente, as lâminas de vidro onde será realizado o esfregaço devem ser identi cadas com
as iniciais do paciente ou número de identi cação; para coleta da ectocérvice deve ser utilizada
espátula de Ayre; já para coleta na endocérvice utilizamos a escovinha. Tão logo termine a
coleta, deve ser realizado o esfregaço em lâmina e a mesma deve imediatamente ser colocada
submersa em etanol 95% para xação imediata, logo após a realização do mesmo. 

Alguns laboratórios ainda realizam a coleta tríplice, onde o material coletado do fundo de saco
posterior da vagina, da ectocérvice e da endocérvice é distribuído na mesma lâmina, porém o
Instituto Nacional do Câncer (Inca) recomenda apenas a colheita dupla (ectocérvice e
endocérvice), uma vez que o objetivo do exame é o rastreio das lesões pré-cancerosas do colo
com distribuição em locais diferentes da lâmina.

A coleta do fundo de saco posterior da vagina é particularmente importante nas mulheres no


período da pós-menopausa, uma vez que o fundo de saco vaginal pode ser um reservatório de
células malignas originadas especialmente de tumores do endométrio, do ovário e das
trompas. 

O processo de coleta inicia com a introdução do espéculo vaginal para visualização do colo e
não deve ser utilizado lubri cante, e deve ser retirado excesso de muco, secreção ou sangue
com auxílio de algodão. A coleta no canal endocervical com espátula de Ayre apoiada deve ser
realizada através de raspado na junção escamocolunar (JEC), com movimento de rotação de
360º (Figura 4). 

Figura 4 – Coleta de Amostras Citológicas da Ectocervice e


Endocérvice 
Fonte: MINISTÉRIO DA SAÚDE DO BRASIL, 2012

(A) Rotação da espátula de Ayre para colheita de material


da ectocervice; (B) Escovinha introduzida no orifício
cervical externo para coleta do espécime da mucosa
endocervical.

A amostra do fundo de saco posterior da vagina também é obtida através de raspado com
escovinha que é inserida através do orifício cervical externo, sendo executada uma rotação
completa no canal que pode ser nalizada com um movimento de vai e vem, com cuidado para
não traumatizar a mucosa, evitando sangramento.

Para coleta de amostras de mulheres no período da menopausa aconselha-se o uso vaginal de


estrógenos dias antes da realização do exame para aumento no número de células, já que
neste período, com a redução da celularidade, o esfregaço pode ser considerado como
insatisfatório para realização do exame.
Confecção dos Esfregaços Citológicos
Para confecção do esfregaço, o material biológico colhido é espalhado sobre a lâmina de forma
na e uniforme, conforme demonstrado na Figura 5.

Importante!
O material deve ser colocado sobre a lâmina de forma delicada para
evitar o achatamento e distorção celular. 
Figura 5 – Modelo Recomendado para Distribuição das
Amostras Citológicas na Lâmina de Vidro
Fonte: Adaptada de MINISTÉRIO DA SAÚDE DO BRASIL, 2012

(A) Distribuição da amostra da endocérvice; (B)


Distribuição do material obtido do raspado
ectocervical; (C) Distribuição do fundo de saco posterior
vaginal.

Fixação dos Esfregaços Citológicos


O agente de xação do material biológico amplamente utilizado é o etanol a 95%. Seu
emprego é extremamente útil, uma vez que apresenta baixo custo e toxicidade.
Para realização do processo de xação, o material contido na lâmina de esfregaço é imerso em
etanol, onde permanece até o momento da coloração. Deve ser respeitado o tempo mínimo de
permanência no agente xador (15 minutos) e não deve ser ultrapassado o tempo máximo de
duas semanas.

Saiba Mais!
A demora na xação da amostra em etanol 95% ocasiona,
principalmente, a dessecação do esfregaço com alterações celulares
que deformam as células e di cultam a etapa posterior de análise do
material pelo citopatologista. 

Coloração
O método de desenvolvido por Papanicolaou, com modi cações, é aplicado na coloração dos
esfregaços citopatológicos. Para tanto, utilizamos a hematoxilina para coloração do núcleo
celular e, como corante citoplasmático, Orange G6 e eosina (também pode ser usado verde-
brilhante e pardo de Bismarck). 

Cada corante confere às formações celulares uma coloração distinta: a hematoxilina cora o
núcleo de azul; verde-brilhante cora o citoplasma das células escamosas parabasais e
intermediárias, células colunares e histiócitos de verde-azul; eosina dá uma coloração rosa
para o citoplasma das células super ciais, nucléolos, mucina endocervical e cílios; enquanto
que o Orange G6 confere coloração laranja-brilhante para hemácias e as células
queratinizadas. 
Finalizado processo de coloração do esfregaço, utilizamos xilol para clareamento a m de
promover a transparência celular. Para nalização da coloração, é aplicada uma resina
sintética, dissolvida em xilol, para xação entre lâmina e lamínula. O protocolo de coloração
de Papanicolaou modi cado completo pode ser acompanhado a seguir:

1 Lavar com água destilada;

2 Corante Hematoxilina: 1’40’’;

3 Lavar com água corrente;

4 Carbonato de lítio: 15’’;

5 Lavar com água corrente;

6 1º banho em etanol absoluto;

7 2º banho em etanol absoluto;

8 Mergulho rápido em Orange G6;

9 1º banho em etanol absoluto;

10 2º banho em etanol absoluto;

11 Eosina: 2’’;

12 1º banho em etanol absoluto;

13 2º banho em etanol absoluto;

14 Xilol: 15-30’.
Importante!
A coloração deve ser observada ao microscópio para veri cação das
correções necessárias do tempo em que o esfregaço deve permanecer
em cada corante. As substituições dos corantes também devem ser
realizadas periodicamente.

Para leitura ao microscópio utilizamos a objetiva de 4x para veri car a qualidade da coloração
e quantidade e distribuição celular, seguida pela utilização da objetiva de 10x, realizando-se a
leitura sistemática de todos os campos microscópicos. A objetiva de 40x é usada quando é
necessário um maior detalhamento das estruturas celulares. Na triagem realizada pelo técnico,
as células anormais são identi cadas e marcadas a caneta para auxiliar a avaliação do
citopatopatologista.

Laudos Diagnósticos
Os esfregaços considerados anormais devem ser revisados pelo médico citopatologista, e 10%
a 20% dos esfregaços considerados normais pelo técnico devem ser revisados pelo médico
citopatologista.
Importante!
A efetividade desse sistema aleatório de seleção para revisão dos
esfregaços negativos é ainda muito discutida. Alguns autores
recomendam que todas as lâminas, positivas e negativas, devem ser
revisadas pelo médico citopatologista. 

Nos laudos devem constar as seguintes informações:

Identi cação da paciente;

Número de registro do laboratório; 

Método de colheita das amostras;

Tipo de xador e técnica de coloração;

Descrição microscópica;

Conclusão diagnóstica;

Comentários adicionais se necessário.

Sistema Bethesda
O Sistema Bethesda é a nomenclatura mais recente utilizada para classi cação citológica dos
esfregaços cervicais. Sua aplicação teve início em 2001. Inicialmente, os pro ssionais da área
tiveram resistência na sua aplicação, uma vez que novo sistema chegava para substituir
classi cações usadas durante décadas. O maior entrave, segundo eles, estava na inclusão da
categoria displasia moderada ou NIC 2 entre as lesões intraepiteliais de alto grau, situação que
gerou inúmeras discussões. 

Porém, apesar da persistência na manutenção da nomenclatura anterior, o Sistema Bethesda


chegava trazendo contribuições importantes para os exames citopatológicos cervicovaginais,
como: categorização geral do esfregaço; a dupla classi cação das lesões escamosas cervicais;
e a inclusão da qualidade dos esfregaços nos laudos citológicos.

Normalmente, as alterações celulares causadas pelo HPV eram consideradas como verdadeiros
precursores do câncer de colo uterino e divididas em quatro categorias (displasia leve,
moderada, severa e CIS) ou em três (NIC 1, NIC 2 e NIC 3), conforme as diferentes
classi cações. Com o Sistema Bethesda passou-se a entender que as lesões de baixo grau
estavam associadas a infecções pelo HPV e que o manejo clínico deveria ser relacionado às
lesões de alto grau. 

O Sistema Bethesda recomenda incluir em todos os laudos a informação sobre a qualidade do


esfregaço. Essa melhoria, com inclusão dos fatores de controle de qualidade, foi considerada
importante pela categoria, uma vez que as causas de erro em citologia cervical estão entre 70%
dos erros de  amostragem esfregaço. Sendo assim, o esfregaço pode ser considerado
satisfatório ou insatisfatório conforme, descrição a seguir: 

Esfregaço satisfatório: a amostra possui células em quantidade representativa,


com um mínimo de, aproximadamente, 8.000-12.000 células escamosas, bem
distribuídas, xadas e coradas, de tal modo que a sua visualização permita uma
conclusão diagnóstica;

Esfregaço satisfatório, mas com limitação para avaliação: esfregaço apresenta um


comprometimento de 50% a 75% de sua totalidade por vários fatores, como:
esfregaço hemorrágico devido ao trauma na coleta da amostra, esfregaço espesso
com acentuada sobreposição celular por falha na distribuição do material na
lâmina, células esmagadas por compressão excessiva durante a confecção do
esfregaço, demora na xação gerando dessecação celular e falhas técnicas
relacionadas à coloração, além da escassez celular gerada por inúmeros fatores;

Esfregaço insatisfatório: esfregaço acelular ou obscurecido em mais de 75% da


sua totalidade pelos mesmos fatores descritos no item anterior, o que gera a
necessidade de nova coleta de material biológico.

No que diz respeito à nomenclatura, o Sistema Bethesda subclassi ca as células escamosas


atípicas (ASC), enfatizando as diferenças entre probabilidade de ser uma lesão de alto ou baixo
grau, dividindo-as em duas categorias: ASC-US – células escamosas atípicas de signi cado
indeterminado – e ASC-H, que são células escamosas atípicas que não permitem excluir
lesões epiteliais de alto grau. Os ASC-US são alterações sugestivas tanto de uma lesão de baixo
grau quanto de grau indeterminado.  A maioria dos esfregaços atípicos deve ser ASC-US; em
compensação, espera-se que apenas 10% deles sejam ASC-H. Os esfregaços ASC-H estão
associados a uma porcentagem maior de lesões de alto grau.

Classi cação da Atividade Celular


As células em processo de atividade celular podem ser euplásicas, retroplásicas e proplásicas,
além da presença de neoplasia maligna.

Presença de Euplasia
É a célula sem a presença de alterações, em seu estado considerado normal. Estruturalmente,
observamos cromatina nuclear com grânulos arredondados e, namente, dispersos; nucléolo
presente quando há síntese proteica em atividade; membrana cromatínica moderadamente
espessada e uniforme; citoplasma é abundante e distribuído de forma uniforme em torno do
núcleo, sendo o grau de baso lia citoplasmática relacionado à quantidade de ácido
ribonucleico (RNA) e proteínas.

Presença de Retroplasia
Ocorre quando há redução na atividade celular. A cromatina nuclear é redonda e os limites não
são bem de nidos; o núcleo encontra-se retraído e escuro, denominada de picnose nuclear,
seguido de edema nuclear com condensação e fragmentação em massas redondas que se
espalham pelo citoplasma. No citoplasma observamos desnaturação das proteínas e outros
constituintes com consequente modi cação das características citoplasmáticas. Os lipídeos se
acumulam tornando o citoplasma granular, turvo e vacuolizado. Pode ocorrer aumento de
tamanho celular devido ao acúmulo de água intracelular, uma vez que há de ciência nos
mecanismos de transporte através da membrana citoplasmática, podendo ocorrer
rompimento da membrana.

Presença de Proplasia
É observado quando a célula ou tecido apresenta aumento da atividade biológica para o
processo de divisão celular. O núcleo apresenta hipercromasia e a cromatina está mais escura
com intensa atividade celular; a membrana nuclear tem espessura uniforme e pode ser
ondulada, observando-se a presença de nucléolo redondo.

Saiba Mais!
Os hormônios secretados pelos ovários desempenham papel
importante no padrão celular apresentado pelas pacientes. Pacientes
jovens em idade reprodutiva apresentam predomínio de células
escamosas maduras; já pacientes no período pós-menopausa a
morfologia evidente é a presença de células escamosas parabasais.
Histologia e Citologia da Mucosa Vaginal e Ectocérvice
Epitélio escamoso estrati cado não queratinizado compõe as células de revestimento da
vagina e o colo do útero, na ectocérvice. No período reprodutivo, o epitélio apresenta três
camadas celulares distintas (Figura 6):

Células basais: responsáveis pela regeneração celular. É formada por células


epiteliais pequenas em formato redondo ou oval, com elevada relação
nucleocitoplasma. Citoplasma assume coloração azul ou verde, com núcleo
redondo, central e com cromatina uniformemente distribuída. Nucléolo pode estar
evidente;

Células parabasais: aparecem normalmente em situações de alterações


hormonais, como de ciência estrogênica ou ulceração da mucosa. Nos esfregaços
de mulheres na fase reprodutiva acabam aparecendo raramente.
Morfologicamente, são maiores que as células basais, arredondadas ou ovaladas,
com citoplasma escasso e denso que se cora em azul ou verde. O núcleo é redondo
ou ovalado e ocupa a metade do volume da célula. A cromatina é granular e não há
presença de nucléolo;

Células intermediárias: estas células estão associadas ao predomínio do hormônio


progesterona e hormônios adenocorticais. Dessa forma, aparecem mais após
ovulação no ciclo menstrual, na gravidez e no início da menopausa. Apresentam
tamanho que varia de 30 a 60 micrômetros com citoplasma abundante e
cianofílico. Os núcleos são redondos ou ovais, com membrana cromatínica ou
borda nuclear claramente visível. A cromatina possui granular na. O corpúsculo
de Barr (cromatina sexual) é ocasionalmente identi cado;

Células super ciais: durante a ovulação há predomínio desse tipo celular nos
esfregaços cervicovaginais. Células apresentam tamanho que varia de 40 a 60
micrômetros e são poligonais. O citoplasma apresenta a nidade pelo corante
ácido eosina e aparece corado de rosa. O núcleo é picnótico devido à atividade
estrogênica. A cromatina aparece de forma condensada.
Figura 6 – Epitélio Escamoso Estrati cado da Ectocervice.
Fonte: Adaptada de MINISTÉRIO DA SAÚDE DO BRASIL, 2012

(A) Desenho das Diferentes Camadas do Epitélio; (B)


Esfregaços Cervicovaginais das Diferentes Camadas do
Epitélio.
Saiba Mais
É importante diferenciar o núcleo de uma célula intermediária e de
uma célula super cial. Na célula intemediária, a cromatina nuclear é
delicada e uniformemente distribuída, enquanto que o núcleo da célula
super cial é picnótico (cromatina condensada) e sem evidência de
granulação.

Histologia e Citologia da Mucosa Endocervical


A endocérvice é revestida por epitélio colunar simples, mucossecretante, com núcleos
localizados na região basal e presença de raras células colunares ciliadas. 

Na visualização dos esfregaços, as células glandulares endocervicais podem ser observadas em


agrupamentos monoestrati cados. O citoplasma é delicado, semitransparente, cianofílico,
com vacúolos e presença de grânulos acidó los. Na fase progestacional, o citoplasma pode se
tornar distendido, globoso, pelo acúmulo de muco. Quando as células são ciliadas, o que
acontece raramente, elas exibem citoplasma corado mais intensamente. O núcleo é localizado
na região basal, redondo ou oval. Se houver degeneração celular, os núcleos cam desnudos
no meio mucoide. 

Metaplasia Escamosa
A região da junção escamocolunar (JEC) é uma área importante para avaliação do celular,
referindo-se ao ponto de ligação entre o epitélio glandular endocervical e o epitélio escamoso
da ectocérvice.
Em períodos especí cos, como na puberdade e na primeira gravidez, onde há alterações
hormonais especí cas, observamos aumento do volume do colo e ectopia do epitélio
endocervical. Em contato com ambiente vaginal, o epitélio ca exposto ao pH ácido da vagina
e, como forma de adaptação ao novo meio, ocorre o processo de metaplasia escamosa, onde o
epitélio colunar endocervical transforma-se em epitélio escamoso estrati cado não
queratinizado.

Os estágios de formação do processo de metaplasia escamosa ocorrem, primeiramente, com o


aparecimento de células muito imaturas que cam situadas abaixo das células glandulares
endocervicais, ocorrendo diferenciação escamosa e as células apresentam maior quantidade
de citoplasma e com limites bem de nidos. Após, inicia a etapa de metaplasia escamosa
madura com perda de células colunares e diferenciação do epitélio. Após, o epitélio torna-se
praticamente indistinguível do epitélio escamoso original.

As células metaplásicas, conforme evidências cientí cas, são mais suscetíveis a formação de
lesões pré-cancerosas e carcinoma de colo uterino devido à ação do papiloma vírus humano
(HPV).

Características Citológicas

Características endocervicais: São células raras nos esfregaços citopatológicos.


Aparecem de forma isolada ou em grupos. São pequenas, com citoplasma escasso,
cianofílico e com nos vacúolos. O núcleo é central, redondo ou oval com elevada
relação nucleocitoplasmática. Apresenta cromatina na e uniformemente
distribuída;

Células metaplásicas: Apresentam tamanho aproximado com as células


parabasais. São redondas a ovais, com discreto aumento da relação
nucleocitoplasmática. O citoplasma é delicado e pode apresentar vacúolos. Os
núcleos são maiores que os núcleos de células intermediárias, são centrais,
redondos ou ovais, com cromatina namente granular regularmente distribuída e
podem apresentar nucléolo. Apresentam-se agrupadas de forma frouxa. Podem
apresentar prolongamentos citoplasmáticos estrelados (Figura 7).
Figuras 7 – Epitélio Escamoso Metaplásico com Restos de
Epitélio Cilíndrico e In ltrados Linfoplasmocitários no
Córion
Fonte: GAMBONI, 2013

Alterações no Epitélio Provocadas por Mudanças


Hormonais
Os hormônios sexuais femininos in uenciam nas características dos epitélios do colo uterino
e da vagina. Os hormônios ovarianos, o estrógeno e a progesterona, têm uma participação
ativa nas características do epitélio: o estrógeno está envolvido na fase proliferativa do ciclo
menstrual promovendo o amadurecimento do epitélio escamoso cervicovaginal e
diferenciação em células super ciais. A progesterona aparece na ovulação e liberação do
corpo-lúteo. Caso ocorra fertilização, a progesterona terá ação sobre o epitélio escamoso
cervicovaginal com formação de células intermediárias e inibição das células super ciais.

Considerando o ciclo menstrual, do 6º ao 14º dia sob ação do estrogênio, há substituição


progressiva das células intermediárias por células super ciais isoladas ou frouxamente
agrupadas, há poucos leucócitos e bactérias. Do 14º ao 24º dia, a produção de progesterona
cresce e há predomínio de células escamosas intermediárias com pregueamento
citoplasmático e agrupamentos compactos e presença de lactobacilos. Do 24º ao 28º dia há
presença de células intermediárias, naviculares com pregueamento das bordas citoplasmáticas
acentuado e agrupamentos celulares compactos e frequentes (Figuras 8 e 9).

Figuras 8 – Esfregaço da Fase Proliferativa Tardia (dia 12


do ciclo)
Fonte: GAMBONI, 2013

Presença de células intermediárias e super ciais em


proporções similiares, com eosino lia citoplasmática e
núcleos menores e picnóticos.
Figuras 9 – Representação do Ciclo Menstrual e dos
Efeitos Hormonais sobre o Epitélio Escamoso do Colo e da
Vagina
Fonte: Adaptada de MINISTÉRIO DA SAÚDE DO BRASIL, 2012

As amostras para avaliação do epitélio hormonal devem ser coletadas na porção proximal das
paredes laterais da vagina, que é a área mais sensível aos efeitos hormonais. Porém, a
citologia hormonal é um método em desuso, especialmente devido à vulnerabilidade dos
índices em relação a fatores externos e também à in amação. 

Em determinadas fases da vida da mulher não há produção de estrógenos e,


consequentemente, o esfregaço é representado pelo predomínio de células escamosas
parabasais. Os esfregaços atró cos apresentam-se na infância, no pós-parto imediato, na
lactação e na pós-menopausa. Há predomínio de células parabasais isoladas ou em
agrupamentos. Os núcleos podem se apresentar aumentados de volume, com aspecto borrado.
Há escassez de células epiteliais, resultando em amostras insatisfatórias para avaliação. A
ausência de lubri cação pode gerar o aparecimento de artefatos celulares de dessecação. As
Figuras 10 e 11 demonstram os diferentes tipos de esfregaços cervicais encontrados.

Figuras 10 – Citologia Esfoliativa Cervical


Fonte: GAMBONI, 2013

(A) Esfregaço Tró co; (B) Esfregaço Hipertró co; (C)


Células Metaplásicas; (D) Esfregaço Atró co. Papanicolau
100 x.
Figuras 11 – Células Presentes na Menopausa Tardia
Fonte: GAMBONI, 2013

(A) Células Intermediárias e Células Raras Super ciais; (B)


Células Parabasais com Citoplasma Eosinó lico e Denso.

Importante!
Recomenda-se a aplicação de estrógeno para promover o aumento da
celularidade no local e realização de um novo esfregaço com um
número maior de células.
Células Escamosas Atípicas
No Sistema Bethesda foi introduzida a nomenclatura Atipia de Células Escamosas (ASC), em
substituição à Atipia de Células Escamosas de Signi cado Indeterminado (ASCUS). Os critérios
para a categoria ASC foram re nados e, atualmente, referem-se às alterações citológicas
sugestivas de lesão intraepitelial escamosa, que são quantitativamente ou qualitativamente
insu cientes para o seu diagnóstico de nitivo. Foi eliminado da versão atual do Sistema
Bethesda a quali cação favorecendo reativa ou sem outra especi cação. Atualmente, ASC é
subdividido em dois grupos:

Atipia de Células Escamosas de Signi cado Indeterminado – ASC-


US:
São alterações sugestivas de lesão intraepitelial escamosa de baixo grau, mas que são
qualitativamente ou quantitativamente insu cientes para a interpretação de nitiva. Os núcleos
das células apresentam em torno de três vezes a área do núcleo de uma célula intermediária
normal, com relação nucleocitoplasma discretamente aumentada, há mínima hipercromasia
nuclear, leves irregularidades da distribuição da cromatina ou da forma nuclear. O tamanho
corresponde a células escamosas super ciais e intermediárias (Figura 12).
Figuras 12 – (A) Células Intermediárias com
Características de ASC-US; (B) Área Nuclear Três Vezes o
Tamanho das Células Intermediárias (Papanicolaou 400
X)
Fonte: GAMBONI, 2013

Importante!
As alterações celulares presentes em ASC-US podem ser semelhantes
às alterações reativas ou degenerativas, à de ciência de ácido
fólico/vitamina B12 e até a lesão intraepitelial escamosa de baixo grau
(NIC1/displasia leve).

Atipia de Células Escamosas não Podendo Excluir Lesão de Alto


Grau - ASC-H
Esfregaços classi cados como ASC-H apresentam taxas bem mais elevadas de lesões pré-
cancerosas, especialmente lesões de alto grau no exame histopatológico, em relação àquelas
com esfregaços citológicos subtipados como ASC-US. Dentro dessa condição devem ser
consideradas a metaplasia papilar imatura e a metaplasia imatura atípica, diagnosticadas
através de exame histopatológico (Figura 13).
Figuras 13 – ASC-H com Pdrão de Metaplasia Atípica que
Demonstra Irregularidades Sutis de Membrana Nuclear
(Papanicolaou 400 X)
Fonte: GAMBONI, 2013

Na metaplasia papilar imatura atípica há proliferação de células escamosas imaturas com atipia
citológica e está associada a infecção pelo HPV de baixo risco. Já na metaplasia imatura atípica
há proliferação escamosa da zona de transformação e glândulas endocervicais associada a
esfregaços citológicos e exame colposcópico anormais, normalmente está associada a
infecção por HPV de baixo grau.

As alterações citológicas presentes evidenciam células do tamanho de uma célula metaplásica


com núcleos 1,5 a 2 vezes maiores que aqueles das células metaplásicas normais, aumento da
relação nucleocitoplasmática, presença de hipercromasia nuclear, irregularidade nuclear leve e
cromatina namente granular e uniformemente distribuída ou condensada.
Carcinoma de Colo Uterino
O carcinoma do colo uterino é um dos tumores malignos mais frequentes em mulheres. O
exame de Papanicolaou é a principal estratégia utilizada nos programas de controle do câncer
do colo do útero no Brasil. Há estreita relação entre o HPV e o câncer colo uterino. O risco na
aquisição de infecção pelo HPV em mulheres no decorrer da vida é calculado em torno de
79%. O HPV é transmitido nas relações sexuais, com um pico de prevalência da infecção em
mulheres no grupo etário entre 22 e 25 anos. A sua prevalência diminui com a idade,
sugerindo que a maioria das infecções é suprimida pela resposta imunitária do hospedeiro. 

Há mais de 150 tipos de HPV, embora somente cerca de 30 tipos sejam relacionados com o
aumento do risco para câncer cervical. Comumente, o HPV é classi cado nos tipos de baixo e
de alto risco, de acordo com a sua menor ou maior associação com o câncer de colo. Os
primeiros compreendem especialmente o HPV 6 e 11, e os de alto risco são representados
mais frequentemente pelos tipos 16, 18, 31 e 45, que contribuem para mais de 80% dos
cânceres cervicais. Durante o contato sexual e através de microerosões da mucosa, o vírus
penetra na zona de transformação do colo, infectando inicialmente as células basais. As lesões
iniciais aparecem sob a forma de condiloma acuminado (verrugas) visíveis
macroscopicamente, geralmente observadas na vulva e no períneo. 

Características Citológicas da Infecção pelo HPV 


O Sistema Bethesda classi ca a lesão por HPV como lesão intraepitelial escamosa de baixo
grau. As alterações citopáticas associadas à infecção pelo vírus incluem:

Coilocitose: acompanhada de aumento do tamanho e hipercromasia nuclear, e


cromatina de aspecto “borrado” ou granular. É importante distinguir o coilócito
de células naviculares, células com halos in amatórios e células metaplásicas com
citoplasma diferenciado em endo e ectoplasma;

Disqueratócitos: correspondem a células escamosas em miniatura ou do tamanho


padrão com queratinização anormal revelando aumento nuclear, hipercromasia,
cromatina condensada e leves irregularidades da borda nuclear;
Macrócitos: células grandes, com citoplasma eosinofílico, cianofílico ou
policromático, contendo, às vezes, neutró los ou outras células escamosas.
Geralmente, os núcleos são múltiplos, aumentados de volume e hipercromáticos. 

Lesões Intraepiteliais Escamosas do Colo Uterino


As lesões intraepiteliais (Neoplasias Intraepiteliais Cervicais - NICs) correspondem a lesões
proliferativas com maturação anormal e atipias celulares de grau variável, onde há substituição
da camada de epitélio escamoso cervical. Apresentam características histológicas especí cas
que incluem: proliferação celular, perda da diferenciação, perda da polaridade celular e atipias
citológicas. O HPV é o agente causador principal das lesões pré-cancerosas do colo uterino
que podem evoluir para câncer.

O conceito de conceito de neoplasia intraepitelial cervical (NIC) foi introduzido por Richart, em
1967, dividindo as neoplasias em  três graus: NIC 1, NIC 2 e NIC 3, que correspondem,
respectivamente, à displasia leve, displasia moderada e displasia acentuada/carcinoma in situ.
Em 1988, foi introduzido o Sistema Bethesda de terminologia e classi cação diagnóstica para
amostras citológicas cervicovaginais. Esse sistema contou com duas atualizações posteriores:
em 1991 e 2001. No Sistema Bethesda, as lesões pré-cancerosas do colo uterino são
classi cadas como lesões intraepiteliais escamosas de baixo grau (compreendendo as
alterações citopáticas pelo HPV e a displasia leve / NIC 1) e lesões intraepiteliais escamosas de
alto grau (correspondendo à displasia moderada/ NIC 2 e carcinoma in situ/NIC 3).

Para o diagnóstico citológico das lesões pré-cancerosas consideramos a avaliação das células
que são removidas das camadas mais super ciais do epitélio. É interessante observar que
quando essas células ascendem à superfície permanecem com as atipias nucleares, porém
exibem certo grau de maturação, com maior quantidade de citoplasma. São encontradas
células com distintos graus de maturação, com citoplasma abundante nas lesões de baixo grau
e citoplasma escasso, e imaturo nas lesões de alto grau. Quanto maior a relação
núcleo/citoplasma, mais avançada é a displasia. A maioria das lesões de baixo grau é
transitória e regride espontaneamente, enquanto que as lesões de alto grau são mais
persistentes e tendem a progredir para o câncer.
Nas lesões intraepiteliais escamosas de baixo grau (alterações citopáticas pelo HPV, displasia
leve/NIC 1) as células apresentam citoplasma abundante, bem de nido, isoladas ou dispostas
em pequenos agrupamentos monoestrati cados, os núcleos com mais de três vezes o
tamanho do núcleo de células intermediárias normais e com relação núcleo/citoplasma
conservada ou levemente alterada. Há presença de hipercromasia e leve irregularidade da
borda nuclear, com cromatina namente granular, com multinucleação. O nucléolo não está
presente e coilocitose é frequente.

Já as lesões intraepiteliais escamosas de alto grau (displasia moderada/NIC 2 e carcinoma in


situ/NIC 3) observamos proliferações monoclonais que mostram evidência de instabilidade
genética. Os esfregaços citológicos demonstram células que exibem menor quantidade de
citoplasma e aumento da relação núcleo/citoplasma, células são redondas ou ovais, com
citoplasma delicado, denso ou queratinizado, aumento nuclear, irregularidades marcadas das
bordas nucleares, cromatina namente granular, maturidade citoplasmática diminuída e
irregularidade crescente das bordas nucleares (Figura 14). 

Figura 14 – Lesão Intraepitelial de Alto Grau


Fonte: GAMBONI, 2013
As Células são de Tamanho Pequeno e sem Maturação
Citoplasmática, com Anormalidades Nucleares muito
Aparentes (Papanicolaou 400 X)

Ainda encontramos lesões intraepiteliais escamosas de alto grau com características suspeitas
de invasão (lesão intraepitelial escamosa de alto grau não excluindo microinvasão) que são
difíceis de graduar e até mesmo de diferenciar do carcinoma escamoso invasor. As células
anormais apresentam citoplasma abundante e podem exibir alteração discreta da relação
nucleocitoplasma. O sinal indicador da gravidade da lesão é dado pelo pleomor smo das
células queratinizadas (caudadas, fusiformes, em “raquete”) e pela marcada variação do
tamanho e da forma nuclear. 

No Carcinoma escamoso invasivo, a evolução ocorre a partir de lesões pré-cancerosas que


podem progredir para lesões de alto grau e, posteriormente, para células neoplásicas e
carcinoma invasivo. Normalmente, a paciente apresenta sangramento vaginal anormal, dor
com irradiação para a região sacral, fraqueza, perda de peso, edema dos membros inferiores,
dor retal e hematúria. 

O padrão citológico revela células neoplásicas em agrupamentos sinciciais com nucléolo


ocasional e clareamento paracromatínico. No exame histopatológico evidencia-se ninhos de
células neoplásicas in ltrando o estroma além de 3 mm de profundidade a partir da
membrana basal. Há três subtipos histológicos, de acordo com a classi cação da Organização
Mundial de Saúde (OMS), dependendo do grau de diferenciação celular: carcinoma escamoso
queratinizante, carcinoma escamoso não queratinizante de grandes células e carcinoma
escamoso não queratinizante de pequenas células (Figura 15).
Figura 15 – Carcinoma Escamoso com Hipercromatismo e
Células Fibroides em um Fundo Necrótico (Papanicolaou
400 X)
Fonte: GAMBONI, 2013
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ʪ Material Complementar

Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta


Unidade:

  Livros  

O Laboratório de Citopatologia: Aspectos Técnicos e


Operacionais
QUEIROZ, C.; LIMA, D. O laboratório de citopatologia: aspectos técnicos e operacionais.
Salvador: EDUFBA, 2000, p. 222.

  Vídeos  

Instrução Prática para Coleta de Papanicolaou


No vídeo abaixo é apresentada a forma de coleta de material do colo uterino para realização do
exame de Papanicolau. O material contido no vídeo consegue ilustrar os passos da coleta e
realização do exame que foram detalhados nesta apostila.
COMO É A COLETA DE PAPANICOLAOU, O EXAME DE DETECÇÃO …

  Leitura  

Manual de Gestão da Qualidade para Laboratório de


Citopatologia

Clique no botão para conferir o conteúdo.

ACESSE

Nomenclatura Brasileira para Laudos Cervicais e Condutas


Preconizadas: Recomendações para Pro ssionais

Clique no botão para conferir o conteúdo.

ACESSE
Diretrizes Brasileiras para o Rastreamento do Câncer do
Colo do Útero

Clique no botão para conferir o conteúdo.

ACESSE

Signi cance of Atypia in Conventional Papanicolaou Smears and


Liquid-based Cytology

Clique no botão para conferir o conteúdo.

ACESSE
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ʪ Referências

ARAÚJO, S. R. Atlas de Citologia Cérvico-vaginal. Passo a Passo. 3. ed. Paraná: APP, 2012. 

GAMBONI, M.; MIZIARA, E. F. Manual de citopatologia diagnóstica. São Paulo: Ed. Manole,
2013.

HOFFMAN, B. L.; SCHORGE, J. O.; HALVORSON, L. M. et al. Ginecologia de Williams. Grupo A,


2014. 

KUNZLER, A. et al. Citologia, histologia e genética. Grupo A, 2018.

MINISTÉRIO DA SAÚDE DO BRASIL. Secretaria de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde.


Técnico em Citopatologia. Caderno de Referência 1: Citopatologia Ginecológica. Brasília:
Ministério da Saúde, 2012. 194p.

PITTOLI, J. E. et al. Revisão de esfregaços cervicais negativos em pacientes com lesões intra-
epiteliais de alto grau. Jornal Brasileiro de Patologia e Medicina Laboratorial, Rio de Janeiro, v.
39, n. 3, p. 219-221, 2003. 

ROBBINS, S.; COTRAN, R. Patologia: Bases Patológicas das doenças. 8. ed. Rio de Janeiro:
Elsevier, 2010. 

SALOMON, E.; NAYAR, R. Sistema Bethesda para citopatologia cérvico-vaginal. 2. ed. Rio de
Janeiro: Editora Revinter, 2005.

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