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EBOOK - DESVENDANDO A

INFÂNCIA
PSICÓLOGA DANIELA ROCHA
CRP: 05/52619

Me chamo Daniela Rocha, uma alma fascinada por


outra alma humana. Não é à toa que iniciei a jornada do
conhecimento ainda criança, pois desde menina
intuitivamente era levada a prestar atenção ao
comportamento humano. Eu era aquela amiga
conselheira sabe? Para falar a verdade até hoje, continuo
assim. E me sinto feliz por isso. Por um momento da
vida acreditei que meu caminho era o da Medicina, mas
em seguida, descobri o mundo que me cativou, que é o
da observação dos fenômenos psíquicos na vida do
homem. Por este motivo, a Psicologia, sem eu saber, já
havia me escolhido. Atuo profissionalmente na Clínica,
há mais de 5 anos e me sinto grata por partilhar alguns
dos meus conhecimentos, na área da Psicologia Infantil,
através deste e-book.

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Este conteúdo é de autoria de Daniela Rocha. Fica vedada sua cópia ou alteração, por quaisquer meios ou qualquer título, sujeitando-se o
infrator à responsabilização civil e criminal.
Índice

1. Bem antes de nascermos... ....................4


2. E a história da infância? .........................6
3. A infância e a neuropsicologia ................9
4. O desenvolvimento cognitivo infantil..... 12
5. Sugestão de séries e músicas .............. 20

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Este conteúdo é de autoria de Daniela Rocha. Fica vedada sua cópia ou alteração, por quaisquer meios ou qualquer título, sujeitando-se o
infrator à responsabilização civil e criminal.
Desvendar a infância é colocar um pano
de fundo no que fomos construindo, como
humanidade, em relação a significância da
criança em nosso meio familiar e
posteriormente o social. Após a Revolução
Industrial e os diversos tipos de
movimentos históricos e culturais, a infância
toma um novo lugar e rumo na história de
nossa coletividade. Além disso, a Psicologia
e futuramente, a neuropsicologia, nos
apontam descobertas sobre as crianças e
seus comportamentos, que nos aproximam
de compreender esta fase desde que estão
na barriga de suas mães.
Vamos começar então?

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Este conteúdo é de autoria de Daniela Rocha. Fica vedada sua cópia ou alteração, por quaisquer meios ou qualquer título, sujeitando-se o
infrator à responsabilização civil e criminal.
1. Bem antes de nascermos...

Antes que uma criança nasça, já existe


um mundo preparado e que espera por ela.
Há em sua carga genética, psíquica,
registros da história familiar de seus
ancestrais e a memória coletiva da
humanidade. Na psicologia analítica, de
Jung, denominamos esse fenômeno de
inconsciente individual e coletivo,
respectivamente. Há diversas crianças que
desde pequeninas se sentem angustiadas,
tristes e sem ter algum motivo aparente. A
maior parte, quando cresce, é diagnosticada
com algum tipo de transtorno.
E o que fica evidente, quando trazemos
o histórico destas crianças para terapia,
junto a sua família, é o quanto que as
memórias afetivas perpassam nas gerações
e se manifestam, através de doenças
psicossomáticas.

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Este conteúdo é de autoria de Daniela Rocha. Fica vedada sua cópia ou alteração, por quaisquer meios ou qualquer título, sujeitando-se o
infrator à responsabilização civil e criminal.
Daí entendemos que o trabalho
terapêutico nunca é feito sozinho ou com a
intenção de “melhorar” o sintoma da
criança, mas sim de conscientizar toda a
família, do real sintoma existente naquela
estrutura psíquica.
É muito importante, termos essa
consciência, antes de entrarmos na história
da infância como um ser coletivo. Então,
vamos prosseguir…

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2. E a história da infância?

Num mundo anterior à Revolução


Industrial, a criança era considerada um
“miniadulto”, ou alguém sem relevância
para a sociedade e sua família. Elas tinham
suas obrigações e deveres, tanto em casa,
quanto nas lavouras e nos diversos tipos
de trabalhos manuais que existiam na
época. Os adultos a consideravam seres
capazes de dar conta de sua sobrevivência.
Essa realidade foi se modificando com
a Revolução do Século XIX, que passou a
ter um novo olhar sobre elas juntamente
ao seu papel na comunidade. O
pensamento coletivo, que passa a ser mais
voltado para economia e desenvolvimento
do País, percebe a necessidade de cuidar
desses pequenos, desde sua idade mais

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tenra, assegurando para eles, boa saúde,
educação e cultura.
Tudo isso, na intenção de torná-los
adultos produtivos, capazes de continuar
girando o ciclo de cadeia mercantil de seu
país.

Pissarro - Femme la brouette, 1892.


Nessa época, houve grande destaque de Pintores do movimento
Impressionista, que trouxeram para suas telas iluminadas e coloridas,
o espelho da rotina das crianças daquele tempo. Podemos citar Monet,
Camile Pissaro, Renoir, Alfred Sisley, dentre outros.

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A preocupação com as crianças se
tornou um cuidado fundamental, desde sua
relação com a aprendizagem, gerando
novas formas de capacitá-las e educá-las
para aquele novo mundo, até as inúmeras
áreas do conhecimento, que se
empenharam para conhecer suas estruturas
físicas e psíquicas. É nessa época, por
exemplo, que surgem os primeiros
Pedagogos, Pediatras e Psicólogos.
Mais adiante, a Neuropsicologia Infantil,
que estuda a influência das estruturas
cerebrais nos diversos tipos de funções
cognitivas (memória, atenção,
comportamento, emoções), nos trouxe um
leque de informações que contribuíram para
o nosso entendimento sobre o ser humano,
desde o início da concepção, na barriga de
sua mãe.

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3. A infância e a
neuropsicologia

Por intermédio da Neuropsicologia, já


entendemos que é a partir da terceira
semana de gestação que o encéfalo passa a
ser estruturado. E por este motivo, iniciar os
estímulos através de conversas, canções e
toda manifestação afetiva que alcance o
feto, já desde esse momento da gestação, é
muito importante para que haja registros de
habilidades, através de células responsáveis
pela memória de conteúdo aprendido, a fim
de que as chances em fase escolar de
assimilação de aprendizagem, sejam ainda
maiores para criança.
Isso quer dizer que sendo a criança
pouco ou muito estimulada, já no período
intrauterino, aumenta a probabilidade dessa
criança se desenvolver com mais rapidez em
seu intelecto para a aprendizagem, ou não.

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Isso também quer dizer, que durante
uma gravidez de risco, na qual a mãe viveu
por períodos de turbulência, ou fortes
emoções, o feto e principalmente esse
cérebro em formação é diretamente afetado.
Em um estágio mais maduro ou em fase
escolar, este contratempo pode se
manifestar em forma de dificuldades
acadêmicas ou mesmo em transtornos
afetivos psicológicos.

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Sendo assim, a todo sinal de
desequilíbrio da criança em qualquer área
de seu desenvolvimento, não hesite pela
ajuda terapêutica ou médica. Muitos dos
impedimentos, que podem estar afetando
seu filho atualmente, podem ter sido
gerados ainda na vida intrauterina. E
devemos trabalhar com carinho e respeito
tanto a ele, como a toda sua família.

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4. O desenvolvimento
cognitivo infantil

Ao longo do tempo e com os estudos


ainda mais dedicados ao entendimento de
como as crianças amadureciam
cognitivamente, surge Piaget. Ele não é
desconhecido para muitos de nós. Piaget
iniciou de forma empírica seus estudos
sobre as fases do desenvolvimento infantil e
numa determinada fase de sua vida, foi
convidado por Theodoro Simon, para ser
Coordenador do Instituto de Pesquisas da
Universidade de Genebra, iniciando assim, a
padronização e estudos mais científicos
sobre os processos mentais na infância. Ele
desenvolveu sua teoria, que se chama
Epistemologia Genética, revelando que as
crianças precisam manipular o concreto para
raciocinar, desvendando assim, os níveis

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cognitivos que já conhecemos e que
gostaria de desmembrar com vocês.
À luz de Piaget, todas as crianças
devem passar por estes níveis, pois estes
processos são neurobiológicos. E isto quer
dizer que ao longo de gerações, até que a
ciência venha nos trazer novas
informações, nosso comportamento neuro
cerebral obedecerá a essas etapas
apresentadas.
O que temos visto atualmente, são
crianças que não necessariamente acatam a
“regra” das idades pré-estabelecidas por
ele. Acontece que a relação da idade
cronológica é uma suposição aos estágios
comportamentais que a criança pode estar,
não sendo excludente a possibilidade de
uma por exemplo, de 2 anos, alcançar mais
rapidamente um pensamento concreto. De
igual forma, não se exclui o cenário de uma
criança com 11 anos, por exemplo, que

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possa não ter atingido seu pensamento
mais abstrato elaborado.
O que torna aliás, o teste piagetiano,
até este tempo fidedigno (quando bem
feito por profissionais qualificados), é
justamente a possibilidade que os pais e a
própria criança têm de entenderem em que
nível cognitivo seus cérebros se
comportam, com a finalidade de superar
diversos tipos de dificuldades,
principalmente as escolares.
Segundo Piaget, todos passamos por estas
fases do neurodesenvolvimento, até que
alcancemos o denominado “Pensamento
Abstrato”.

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Aos níveis cognitivos intitulamos da
seguinte forma:
• Sensório-Motor (0- 2 anos)
• Pré-Operatório (2 – 7 anos)
• Pensamento Operatório Concreto (8 –
11 anos)
• Pensamento Formal (12 anos)
Começando pelo último estágio do
desenvolvimento ao primeiro, temos o
Pensamento Formal.
Aqui já acreditamos que a criança é
capaz de raciocinar sem que precise de um
objeto ou coisas, que a levem a ter certeza
sobre o que pensem. Sua fala consegue ser
alinhada aos seus pensamentos e ela já tem
certeza sobre elementos que são práticos
do dia a dia.

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No pensamento Operatório Concreto, a
criança possui uma lógica em seus
pensamentos, mas precisa de coisas
concretas para ter certeza de sua fala. Ela
não consegue ter um pensamento abstrato.
A fase Pré-Operatória é marcada
quando consideramos que a criança
consegue simbolizar sobre o que pensa,
principalmente através das primeiras
palavras, com sentido para ela, além dos
desenhos (sem ser os de rabisco).

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Na fase Sensório Motora, a criança faz
seus primeiros ensaios desde que suga o
seio da mãe, encontrando o melhor modo e
posição para se alimentar. Encontra
mobilidade para segurar objetos, em suas
brincadeiras diárias, faz seus primeiros
rabiscos, ensaia as primeiras sílabas como
‘’Mama’’, ‘’Papa...” Mas tudo isso, ainda sem
distinguir entre ela, seu mundo e as coisas
que estão a sua volta. Ela está se
descobrindo, separando seu mundo
imaginário da realidade.

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Desta forma, acredito que este é
apenas o início para compreendermos o
lugar que a criança foi assumindo em nossa
história como mundo, a sua importância sob
um contexto familiar, os cuidados que
precisamos ter para com ela, desde que as
mães descobrem sua gestação, e seu
desenvolvimento neurobiológico, cognitivo,
mediante ao olhar cuidadoso da Ciência.
Estando certa de que temos dentro de
nós uma criança interior, meu incentivo aos
pais e aos que como eu, amam trabalhar
por meio do universo infantil, é que cuidem
de sua saúde mental, física e espiritual em
conjunto, de maneira equilibrada. Nós,
amantes desses pequenos grandes
humanos do futuro, temos um compromisso
com o hoje, com o agora e com aquilo que
se apresenta disponível a nós.

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Costumo dizer que, mais importante do
que milhares de títulos que possamos vir a
conquistar, seja de pós-graduação,
doutorado e mestrado, o mais
imprescindível, além das técnicas, é como
estamos para as crianças. Sejamos
profissionais ou Pais, atuantes no cotidiano
delas. Quem estamos sendo? Como
estamos fazendo parte de suas vidas e que
papel desempenhamos?
Que tenhamos força, energia, bom
humor e que a gente não desperdice os
detalhes das alegrias que sentimos
diariamente.
Deixo como sugestão algumas séries e
músicas que de alguma forma, falam sobre
o começo da vida, o desenvolvimento de
nossas pequenas ações e as recordações da
infância.

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5. Sugestão de séries e músicas
5.1 Séries

Bebês em Foco – Netflix

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O Começo da Vida – Netflix

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5.2 Músicas

• “Infância de interior” – Música de Interior


https://www.youtube.com/watch?v=vfxwyL5Qyvs

• “Criança é vida” – Toquinho


https://www.youtube.com/watch?v=sDjJiBX5NJw

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Gratidão,

Daniela Rocha.

Para saber mais sobre o meu trabalho, entre em


contato através dos seguintes canais:

(21) 9 7583-5228

@danielarochapsicologa

Daniela Rocha

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