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Pé-de-Galinha

Para abandonar um ponto qualquer na superfície terrestre, uma


aeronave poderia tomar infinitas direções. A direção que esta aeronave
voa poderia ser informada através de nomes dos pontos na rosa-dos-
ventos.

Poderíamos utilizar tanto os pontos cardeais (N, E, S, W), como pontos


colaterais (NE, SE, SW, NW) e os subcolaterais (NNE, ENE, ESE, SSE, SSW,
WSW, WNW, NNW).
Pé-de-Galinha
Pé-de-Galinha
A prática nos mostrou que informar a direção desta maneira causaria
muita confusão, o que levou o homem a expressar a direção através de
valor angular medido em graus, a partir do Norte de referência.

Sendo assim, criou-se o pé-de-Galinha.


Pé-de-Galinha
O Pé-de-Galinha ou Calunga é um artifício gráfico muito utilizado pelo
navegador para determinar direções de proa e rumo.

Como já vimos anteriormente, um voo será planejado inicialmente


sobre uma carta aeronáutica, onde poderá ser medido um valor
angular entre um meridiano e a rota pretendida.

Como os equipamentos de bordo fornecem direções (valores


angulares) referidas ao Norte Magnético, precisamos converter o valor
lido na carta.
Pé-de-Galinha
Esta conversão será feita somando ou subtraindo a Dmg da região
voada.

Entretanto, uma bússola terá erros e provocará o aparecimento do


chamado NB (Norte Bússola) e, como este será o equipamento básico
de orientação, nova transformação de valor angular será realizada.
Pé-de-Galinha
• Passemos a definir os elementos componentes destas operações:

• Rumo Verdadeiro (RV) – é o valor angular obtido do NV, no sentido NESO, até
o rumo;
• Rumo Magnético (RM) – é o valor angular medido do NM, no sentido NESO,
até o rumo;
• Proa Verdadeira (PV) – é o ângulo formado do NV até a proa da aeronave,
medido no sentido NESO;
• Proa Magnética (PM) – é o ângulo obtido do NM até a proa da aeronave,
medido no sentido NESO;
• Proa Bússola (PB) – é o valor angular existente a partir do NB, no sentido
horário, até a direção do eixo longitudinal da aeronave.
Pé-de-Galinha
• Exemplos:
• 1) Num voo de A para B, onde o valor do RV obtido foi de 090º e a Dmg é
15ºW, qual seria o RM?

• 2) O RV de X a Y é 280º e a Dmg é 20ºE. Qual o RM?

• 3) A PV calculada por um piloto é de 120º. Se a Dmg é 25ºW e o DB é 5ºE,


qual será a PM e a PB?

• 4) Dados: Dmg = 10ºE, Db = 5ºW, RV = 300º, PV = 305º, pede-se: RM, PM, PB,
DR e CD.
Pé-de-Galinha
• 5) Dados: Dmg = 30ºE, Db = 5ºE, PM = 270º, DR = +10. Pede-se: PV, PB, RV,
RM e CD.

• 6) Dados: Dmg = 10ºW, Db = 5ºE, PM = 005º, CD = -10. Pede-se: PV, PB, DR, RV
e RM.

• 7) Dados: Dmg = 3ºW, Db = 5ºE, PB = 095º, RM = 100º. Pede-se: PV, RV, DR e


CD.
Pé-de-Galinha
• Fórmulas:

PM = PV ± Dmg (W + e E -)

RM = RV ± Dmg

Pb = PM ± Db (W + e E - )
Dmg Média
Num voo realizado entre dois pontos quaisquer, verificamos que em
algumas situações poderemos cruzar diversas linhas isogônicas,
portanto, as Dmgs mudam a medida que o voo é desenvolvido.

Se mantivéssemos uma direção de rota que cruzasse todos os


meridianos em um mesmo ângulo, o valor do RM iria variar
constantemente.

Na prática, é mais fácil manter uma direção magnética constante.


Sendo assim, após medir-se o RV entre dois pontos, utiliza-se a Dmg
média entre as encontradas, para o cálculo do Rumo Magnético a ser
mantido em voo.

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