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CURSO ON-LINE – PACOTE DE EXERCÍCIOS PARA INICIANTES

Lei 8.112/90 para iniciantes


(Aula nº 3 – 04/01/11)

Prezado(a) aluno(a),

Nessa terceira aula serão abordados os seguintes temas da Lei 8.112/90:

• Concessões (art. 97 a 99);

• Tempo de serviço (art. 100 a 103);

• Direito de petição (art. 104 a 115);

• Deveres e proibições (art. 116 e 117);

• Acumulação (art. 118 a 120);

• Responsabilidades (art. 121 a 126);

• Penalidades (art. 127 a 142).

Desejo-lhe uma ótima aula!

Armando Mercadante

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PONTO 9
Concessões (art. 97 a 99)

Em seu art. 97, a Lei 8.112/90 indica situações em que o servidor poderá
ausentar-se do serviço, sem qualquer prejuízo, conforme quadro abaixo:

Dias Motivo da ausência


1 Doação de sangue
2 Alistamento como eleitor
8 Casamento;
Falecimento do cônjuge, companheiro, pais, madrasta ou
padrasto, filhos, enteados, menor sob guarda ou tutela e
irmãos;

No artigo seguinte (art. 98), a lei trata do horário especial para determinados
servidores:

- Servidor estudante: quando comprovada a incompatibilidade entre o horário


escolar e o da repartição, sem prejuízo do exercício do cargo, sendo exigida a
compensação de horário no órgão ou entidade que tiver exercício, respeitada
a duração semanal do trabalho;

- Servidor portador de deficiência: quando comprovada a necessidade por


junta médica oficial, independentemente de compensação de horário;

- Servidor que tenha filho ou dependente portador de deficiência física:


quando comprovada a necessidade por junta médica oficial, exigindo, porém,
compensação de horário;

- Servidor que desempenhe atividade prevista nos incisos I e II do caput


do art. 76-A: vinculado à compensação de horário a ser efetivada no prazo
de até 1 (um) ano.

As pegadinhas de provas vão girar em torno da necessidade de compensação


de horários. Guarde que o único que não precisa compensar horários é
servidor deficiente.

(TRE-MG/TÉCNICO JUDICIÁRIO/CESPE/2009) Acerca das concessões a que os


servidores públicos fazem jus, assinale a opção correta.
a) Servidor público não pode ausentar-se do serviço em razão de falecimento da própria
madrasta.
b) O servidor pode ausentar-se do serviço, sem qualquer prejuízo, por até dois dias
consecutivos em razão de casamento. (8 dias)
c) O servidor pode ausentar-se do serviço, sem qualquer prejuízo, por, no máximo, um
dia para se alistar como eleitor. (2 dias)
d) Deve ser concedido horário especial ao servidor estudante, quando comprovada a
incompatibilidade entre o horário escolar e o da repartição em que trabalha, sem prejuízo
do exercício de seu cargo. (CORRETA)
e) O servidor pode ausentar-se do serviço, sem qualquer prejuízo, por, no máximo, dois
dias consecutivos em razão de falecimento de irmãos. (8 dias)

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Já o art. 99 prescreve que ao servidor estudante que mudar de sede no


interesse da administração é assegurada, na localidade da nova residência ou
na mais próxima, matrícula em instituição de ensino congênere, em qualquer
época, independentemente de vaga.

Essa regra aplica-se ao cônjuge ou companheiro, aos filhos, ou enteados do


servidor que vivam na sua companhia, bem como aos menores sob sua
guarda, com autorização judicial.

O entendimento do STF é que a congeneridade deve ser observada, ou


seja, se de natureza pública na origem, para pública ou, se privada na
origem, para privada.

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PONTO 10
Tempo de serviço (art. 100 a 103)

AUSÊNCIAS CONSIDERADAS COMO DE EFETIVO EXERCÍCIO

• doação de sangue;
• alistamento como eleitor;
• casamento;
• falecimento do cônjuge, companheiro, pais, madrasta ou padrasto, filhos,
enteados, menor sob guarda ou tutela e irmãos;
• férias;
• exercício de cargo em comissão ou equivalente, em órgão ou entidade dos
Poderes da União, dos Estados, Municípios e Distrito Federal;
• exercício de cargo ou função de governo ou administração, em qualquer parte
do território nacional, por nomeação do Presidente da República;
• participação em programa de treinamento regularmente instituído ou em
programa de pós-graduação stricto sensu no País, conforme dispuser o
regulamento;
• desempenho de mandato eletivo federal, estadual, municipal ou do Distrito
Federal, exceto para promoção por merecimento;
• júri e outros serviços obrigatórios por lei;
• missão ou estudo no exterior, quando autorizado o afastamento, conforme
dispuser o regulamento;
• licença:
a) à gestante, à adotante e à paternidade;
b) para tratamento da própria saúde, até o limite de vinte e quatro meses,
cumulativo ao longo do tempo de serviço público prestado à União, em
cargo de provimento efetivo;
c) para o desempenho de mandato classista ou participação de gerência ou
administração em sociedade cooperativa constituída por servidores para
prestar serviços a seus membros, exceto para efeito de promoção por
merecimento;
d) por motivo de acidente em serviço ou doença profissional;
e) para capacitação, conforme dispuser o regulamento;
f) por convocação para o serviço militar;
• deslocamento para a nova sede de que trata o art. 18;
• participação em competição desportiva nacional ou convocação para integrar
representação desportiva nacional, no País ou no exterior, conforme disposto
em lei específica;
• afastamento para servir em organismo internacional de que o Brasil participe
ou com o qual coopere.

TEMPO CONTADO APENAS PARA EFEITO DE APOSENTADORIA E


DISPONIBILIDADE

• o tempo de serviço público prestado aos Estados, Municípios e Distrito Federal;

• a licença para tratamento de saúde de pessoal da família do servidor, com


remuneração, que exceder a trinta dias em período de doze meses.

• a licença para atividade política, no caso do art. 86, § 2o;

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• o tempo correspondente ao desempenho de mandato eletivo federal, estadual,


municipal ou distrital, anterior ao ingresso no serviço público federal;

• o tempo de serviço em atividade privada, vinculada à Previdência Social;

• o tempo de serviço relativo a tiro de guerra;

• o tempo de licença para tratamento da própria saúde que exceder o prazo a que
se refere a alínea "b" do inciso VIII do art. 102.

Para fechar, duas regrinhas:

• É vedada a contagem cumulativa de tempo de serviço prestado


concomitantemente em mais de um cargo ou função de órgão ou entidades
dos Poderes da União, Estado, Distrito Federal e Município, autarquia,
fundação pública, sociedade de economia mista e empresa pública.

• O tempo de serviço público federal, inclusive o prestado às Forças Armadas,


é contado para todos os efeitos.

(FCC - 2010 - TRF - 4ª REGIÃO - Analista Judiciário - Área Judiciária - Execução de


Mandados) Quanto ao tempo de serviço do servidor público, é INCORRETO afirmar
a) A apuração do tempo de serviço será feita em dias, que serão convertidos em anos,
considerado o ano como de trezentos e sessenta e cinco dias.
b) Além de outras hipóteses de ausências, são considerados como de efetivo exercício
os afastamentos em virtude de desempenho de mandato eletivo federal, exceto para
promoção por merecimento.
c) O tempo de serviço em atividade privada, vinculada à Previdência Social, contar-
se-á apenas para efeito de promoção, remoção e ascenção, vedada a contagem
para a aposentadoria e a disponibilidade. (errada)
d) O tempo em que o servidor esteve aposentado será contado apenas para nova
aposentadoria.
e) Será contado em dobro o tempo de serviço prestado às Forças Armadas em
operações de guerra.

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PONTO 11
Direito de petição (art. 104 a 115)

O servidor tem direito de apresentar requerimento aos Poderes Públicos para


defesa de direito ou de interesse.

A petição será dirigida à autoridade competente para decidi-la e


encaminhada por intermédio daquela a que estiver imediatamente
subordinado o requerente.

Uma vez apresentado, o requerimento deve ser despachado em 5 dias e


decidido dentro de 30 dias.

Prescrição do direito de petição:

5 anos 120 dias

demissão demais casos, salvo quando outro


cassação de aposentadoria prazo for fixado em lei
cassação de disponibilidade
interesse patrimonial afetado
créditos resultantes das relações de
trabalho.

Informações importantes sobre a prescrição:

• O prazo de prescrição será contado da data da publicação do ato


impugnado ou da data da ciência pelo interessado, quando o ato não for
publicado;

• O pedido de reconsideração e o recurso, quando cabíveis, interrompem a


prescrição; (atenção com a pegadinha que substitui a expressão
“interrompem” por “suspendem”!!!).

• A prescrição é de ordem pública, não podendo ser relevada pela


administração.

Pedido de reconsideração

É cabível pedido de reconsideração à autoridade que houver expedido o


ato ou proferido a primeira decisão, não podendo ser renovado.

O prazo para sua interposição é de 30 (trinta) dias, a contar da publicação


ou da ciência da decisão recorrida.

O pedido de reconsideração deve ser despachado em 5 dias e decidido dentro


de 30 dias.

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Em caso de provimento pedido de reconsideração, os efeitos da decisão


retroagirão à data do ato impugnado.

Recurso

É cabível recurso no prazo de 30 dias a contar da publicação ou da ciência


da decisão recorrida:

- do indeferimento do pedido de reconsideração;

- das decisões sobre os recursos sucessivamente interpostos.

O recurso deve ser dirigido à autoridade imediatamente superior à que tiver


expedido o ato ou proferido a decisão, e, sucessivamente, em escala
ascendente, às demais autoridades.

Será encaminhado por intermédio da autoridade a que estiver imediatamente


subordinado o requerente.

O recurso poderá ser recebido com efeito suspensivo, a juízo da autoridade


competente.

Em caso de provimento do recurso, os efeitos da decisão retroagirão à data do


ato impugnado.

Veja a questão abaixo sobre direito de petição:

(FCC/2006/TRT/4ª REGIÃO/Analista Judiciário) No que diz respeito ao direito de


petição, é correto afirmar que:
a) a prescrição poderá ser relevada pela Administração em se tratando de caso
excepcional ou interesse público. (art. 112)
b) os prazos estabelecidos para assegurar o direito de petição são absolutos, ou
sempre fatais e improrrogáveis (art. 115 ..., salvo em caso de força maior)
c) o pedido de reconsideração e o recurso, quando cabíveis, interrompem a prescrição.
(CORRETA)
d) o direito de requerer prescreve em 120 (cento e vinte) dias, quanto ao ato de
demissão. (5 anos)
e) o prazo de prescrição será contado da data da ocorrência que deu causa ao ato
impugnado. (da data da publicação do ato impugnado ou da data da ciência pelo
interessado, quando o ato não for publicado)

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PONTO 12
Deveres e proibições (art. 116 e 117)

Questões envolvendo deveres e proibições são bem fáceis, valendo aqui o


bom senso do candidato, principalmente quanto aos deveres.

A banca tentará complicar sua vida em apenas algumas proibições, quando


usará daquelas pegadinhas de trocar palavras. Abaixo reproduzirei tais
proibições destacando os trechos explorados pelas bancas:

• ausentar-se do serviço durante o expediente, sem prévia autorização do


chefe imediato;

• retirar, sem prévia anuência da autoridade competente, qualquer


documento ou objeto da repartição

• opor resistência injustificada ao andamento de documento e processo ou


execução de serviço

• promover manifestação de apreço ou desapreço no recinto da repartição;

• cometer a pessoa estranha à repartição, fora dos casos previstos em lei, o


desempenho de atribuição que seja de sua responsabilidade ou de seu
subordinado;

• participar de gerência ou administração de sociedade privada, personificada


ou não personificada, exercer o comércio, exceto na qualidade de
acionista, cotista ou comanditário;

(FCC/2010/TRF 4ª REGIÃO/Analista Judiciário/Tecnologia da Informação) É o


servidor proibido de participar de gerência ou administração de sociedade privada,
personificada ou não personificada, exercer o comércio, exceto na qualidade de
acionista, cotista ou comanditário. (correta)

Importante: essa proibição não se aplica às seguintes hipóteses:

• participação nos conselhos de administração e fiscal de empresas ou


entidades em que a União detenha, direta ou indiretamente, participação
no capital social;
• participação em sociedade cooperativa constituída para prestar serviços a
seus membros; e
• gozo de licença para o trato de interesses particulares;

• atuar, como procurador ou intermediário, junto a repartições públicas, salvo


quando se tratar de benefícios previdenciários ou assistenciais de parentes
até o segundo grau, e de cônjuge ou companheiro (é a chamada advocacia
administrativa);

• manter sob sua chefia imediata, em cargo ou função de confiança, cônjuge,


companheiro ou parente até o segundo grau civil;

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Segue quadro com os deveres e proibições listados na Lei 8.112/90:

DEVERES PROIBIÇÕES

• exercer com zelo e dedicação as • ausentar-se do serviço durante o


atribuições do cargo; expediente, sem prévia autorização do
• ser leal às instituições a que servir; chefe imediato;
• observar as normas legais e • retirar, sem prévia anuência da
regulamentares; autoridade competente, qualquer
• cumprir as ordens superiores, exceto documento ou objeto da repartição;
quando manifestamente ilegais; • recusar fé a documentos públicos;
• atender com presteza: • opor resistência injustificada ao
a) ao público em geral, prestando as andamento de documento e processo
informações requeridas, ressalvadas ou execução de serviço;
as protegidas por sigilo; • promover manifestação de apreço ou
b) à expedição de certidões requeridas desapreço no recinto da repartição;
para defesa de direito ou • cometer a pessoa estranha à repartição,
esclarecimento de situações de fora dos casos previstos em lei, o
interesse pessoal; desempenho de atribuição que seja de
c) às requisições para a defesa da sua responsabilidade ou de seu
Fazenda Pública. subordinado;
• levar ao conhecimento da autoridade • coagir ou aliciar subordinados no
superior as irregularidades de que tiver sentido de filiarem-se a associação
ciência em razão do cargo; profissional ou sindical, ou a partido
• zelar pela economia do material e a político;
conservação do patrimônio público; • manter sob sua chefia imediata, em
• guardar sigilo sobre assunto da cargo ou função de confiança, cônjuge,
repartição; companheiro ou parente até o segundo
• manter conduta compatível com a grau civil;
moralidade administrativa; • valer-se do cargo para lograr proveito
• ser assíduo e pontual ao serviço; pessoal ou de outrem, em detrimento da
• tratar com urbanidade as pessoas; dignidade da função pública;
• representar contra ilegalidade, omissão • participar de gerência ou administração
ou abuso de poder. de sociedade privada, personificada ou
não personificada, exercer o comércio,
exceto na qualidade de acionista, cotista
ou comanditário;
• atuar, como procurador ou
intermediário, junto a repartições
públicas, salvo quando se tratar de
benefícios previdenciários ou
assistenciais de parentes até o segundo
grau, e de cônjuge ou companheiro;
• receber propina, comissão, presente ou
vantagem de qualquer espécie, em
razão de suas atribuições;
• aceitar comissão, emprego ou pensão
de estado estrangeiro;
• praticar usura sob qualquer de suas
formas;
• proceder de forma desidiosa;
• utilizar pessoal ou recursos materiais da
repartição em serviços ou atividades
particulares;
• cometer a outro servidor atribuições
estranhas ao cargo que ocupa, exceto
em situações de emergência e
transitórias;

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• exercer quaisquer atividades que sejam


incompatíveis com o exercício do cargo
ou função e com o horário de trabalho;
• recusar-se a atualizar seus dados
cadastrais quando solicitado.

(Técnico Judiciário - TRT 1ª região - 2004) Recusar fé a documento público é


considerado por lei como:
a) direito subjetivo do servidor; b) prerrogativa de função; c) facultado ao servidor;
d) proibido ao servidor; e) garantia do servidor.

(Técnico Judiciário - TRT 1ª região - 2004) Atender com presteza às requisições


para a defesa da fazenda pública é caracterizado como:
a) faculdade do servidor; b) favorecimento ilícito; c) defeso ao servidor;
d) direito potestativo; e) dever funcional.

(FCC - 2010 - TRF - 4ª REGIÃO - Analista Judiciário - Taquigrafia) NÃO configura


dever do servidor público, previsto em Lei
a) representar contra ilegalidade, omissão ou abuso de poder.
b) tratar com urbanidade as pessoas.
c) cumprir as ordens superiores, ainda quando manifestamente ilegais.
d) guardar sigilo sobre assunto da repartição.
e) atender com presteza às requisições para a defesa da Fazenda Pública.

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PONTO 13
Acumulação (art. 118 a 120)

De acordo com o art. 118 da Lei 8.112/90, ressalvados os casos previstos


na Constituição, é vedada a acumulação remunerada de cargos públicos.

As hipóteses previstas no art. 37, XVI da CF são as seguintes:

• dois cargos de professor;

• um cargo de professor com outro técnico ou científico;

• dois cargos ou empregos privativos de profissionais de saúde, com


profissões regulamentadas;

(FUNIVERSA/ESCRIVÃO DE POLÍCIA DF/2007) O servidor que ocupe cargo público


não acumulável poderá assumir o cargo de escrivão da PCDF, desde que os horários de
trabalho sejam compatíveis e ele renuncie aos vencimentos do novo cargo pelo período
da acumulação. (errada)

A proibição de acumular, nos termos do inciso XVII do referido art. 37, estende-
se a empregos e funções e abrange autarquias, fundações, empresas
públicas, sociedades de economia mista, suas subsidiárias, e sociedades
controladas, direta ou indiretamente, pelo poder público.

(FCC/2010/TRF 4ª REGIÃO/Analista Judiciário/Tecnologia da Informação) A


proibição de acumular não se estende a funções em autarquias, fundações públicas e
empresas públicas, salvo sociedades de economia mista da União e dos Estados.
(errada)

A acumulação de cargos, ainda que lícita, fica condicionada à comprovação


da compatibilidade de horários.

(FCC/2010/TRF 4ª REGIÃO/Analista Judiciário/Tecnologia da Informação) A


acumulação de cargos, ainda que lícita, não fica condicionada à comprovação da
compatibilidade de horários. (errada)

O conteúdo do art. 119 veda que o servidor exerça mais de um cargo em


comissão, exceto no caso de interino (art. 9°).

(TST/ANALISTA/2008/CESPE) Considere que Carlos seja servidor público ocupante


de cargo comissionado em um tribunal regional do trabalho (TRT). Carlos não pode
acumular remuneradamente esse cargo público com outro cargo comissionado na
administração pública federal. (correta)

O servidor também não pode ser remunerado pela participação em órgão


de deliberação coletiva, exceto, no caso de remuneração devida pela
participação em conselhos de administração e fiscal das empresas
públicas e sociedades de economia mista, suas subsidiárias e
controladas, bem como quaisquer empresas ou entidades em que a União,
direta ou indiretamente, detenha participação no capital social.

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Por fim, a Lei 8.112/90 trata da hipótese do servidor que acumula licitamente
dois cargos efetivos e é investido em cargo em comissão, indicando duas
soluções:

• ficará afastado de ambos os cargos efetivos para exercer o cargo em


comissão;

• acumulará o cargo em comissão com um dos cargos efetivos, se houver


compatibilidade de horário e local declarada pelas autoridades máximas
dos órgãos ou entidades envolvidos.

(FCC/2010/TRT 9ª REGIÃO/PR) - Técnico Judiciário - Área Administrativa) Sobre a


acumulação prevista na Lei nº 8.112/1990, é correto afirmar
a) Considera-se acumulação proibida a percepção de vencimento de cargo ou emprego
público efetivo com proventos da inatividade, salvo quando os cargos de que decorram
essas remunerações forem acumuláveis na atividade.
b) A proibição de acumular não se estende a cargos, empregos e funções em
autarquias, fundações públicas, sociedades de economia mista e empresas públicas da
União, dos Estados, dos Territórios e dos Municípios.
c) É permitida a acumulação de cargo em comissão com dois cargos efetivos
cumuláveis, desde que haja compatibilidade de horários e autorização dos superiores
hierárquicos do servidor.
d) A acumulação de cargos, sendo lícita, não fica condicionada à comprovação da
compatibilidade de horários.
e) É proibida a acumulação de dois cargos em comissão, mesmo que um deles seja
cargo de confiança interino.

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PONTO 14
Responsabilidades (art. 121 a 126)

Pelo exercício irregular de suas atribuições, o servidor responde civil, penal e


administrativamente:

Responsabilidade civil Prejuízo ao erário ou a terceiros


Responsabilidade penal Abrange crimes e contravenções
Responsabilidade administrativa Infração disciplinar

Nos termos do art. 122, a responsabilidade civil decorre de ato omissivo


(omissão) ou comissivo (ação), doloso ou culposo, que resulte em prejuízo
ao erário ou a terceiros.

Tratando-se de dano causado a terceiros, o servidor responderá perante a


Fazenda Pública em ação regressiva.

A obrigação de reparar o dano estende-se aos sucessores e contra eles será


executada, até o limite do valor da herança recebida.

Já a responsabilidade penal abrange os crimes e contravenções imputadas


ao servidor, nessa qualidade.

A responsabilidade administrativa resulta de ato omissivo ou comissivo


praticado no desempenho do cargo ou função que caracterize infração
disciplinar.

(PROVA PARA JUIZ DO TRABALHO DE 2000) No que se refere às


responsabilidades do servidor público civil, assinale a alternativa incorreta:
a) A responsabilidade civil decorre de ato omissivo ou comissivo, sempre doloso,
que resulta em prejuízo ao erário ou a terceiros.
b) A responsabilidade penal abrange os crimes e contravenções imputadas ao servidor,
nessa qualidade.
c) A responsabilidade civil-administrativa resulta de ato omissivo ou comissivo praticado
no desempenho do cargo ou funções.
d) As sanções civis, penais e administrativas poderão cumular-se, sendo independentes
entre si.
e) A responsabilidade administrativa do servidor será afastada no caso de absolvição
criminal que negue a existência do fato ou sua autoria.

Agora, as duas questões desse tema mais cobradas em prova:

- As sanções civis, penais e administrativas poderão cumular-se, sendo


independentes entre si.

(FCC/2010/DPE/SP/Oficial de Defensoria Pública) A responsabilização do


funcionário público na esfera administrativa
a) impede a instauração de processo para aplicação de penalidade civil ou penal.
b) não exime o funcionário da responsabilidade civil ou criminal cabível.
c) não exime o funcionário da responsabilidade penal, vedada, entretanto, a
responsabilização civil.
d) impede a instauração de processo penal, cabível, apenas o arbitramento de
indenização na esfera civil.

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e) não exime o funcionário da responsabilidade civil, ficando o processo, no entanto,


suspenso até o trânsito em julgado da decisão administrativa.

- A responsabilidade administrativa do servidor será afastada no caso de


absolvição criminal que negue a existência do fato ou sua autoria.

(MP /RJ 2002 Secretário de Procuradoria - NCE) José, servidor público, está
respondendo processo administrativo disciplinar por fato que constitui ilícito
administrativo e, ao mesmo tempo, a processo criminal por ilícito penal decorrente
do mesmo fato. A decisão do juiz criminal repercutirá na instancia administrativa
se:
a) absolver o servidor por existir circunstância que isente o réu de pena;
b) absolver o servidor por ineficiência de prova;
c) absolver o servidor por reconhecer não constituir, o fato, infração penal;
d) declarar inexistente o fato.

Fique atento(a) quanto a esse último ponto, pois a absolvição no crime por
insuficiência ou ausência de provas não interfere necessariamente no
resultado na esfera administrativa.

(BACEN/PROCURADOR/2009/CESPE) O funcionário que, demitido administrativamente


do serviço público por ter praticado infração também capitulada como crime, seja
absolvido do crime por insuficiência de provas, deverá ser reintegrado no cargo efetivo.
(Gabarito: errada)

(AUGEM/AUDITOR/2008/CESPE) Se o servidor cometer infração que é, ao mesmo


tempo, definida em lei como ilícito penal e ilícito administrativo, e o juiz absolver o
servidor por insuficiência de provas, então ele não poderá ser punido na esfera
administrativa. (Gabarito: errada)

(TJSE/MAGISTRATURA/2008/CESPE) A absolvição criminal só afastará a persecução


no âmbito da administração no caso de
a) ficar provada na ação penal a inexistência do fato ou a negativa de autoria.
b) insuficiência de provas para demonstração da participação do servidor no ilícito.
c) ocorrer prescrição da pretensão punitiva.
d) ocorrer prescrição da pretensão executória.
e) o Ministério Público propor a suspensão do processo no rito do juizado especial
criminal.

(TJ/RJ/ANALISTA/2008/CESPE) Considere a seguinte situação hipotética. Breno foi


punido com a pena administrativa de demissão do serviço público. No entanto, nos autos
da ação penal movida pelo Ministério Público, a justiça absolveu Breno, sob o
fundamento de que não havia provas nos autos de sua participação no mesmo evento
que gerou a sua demissão. Nessa situação, Breno deverá ser reintegrado no cargo.
(Gabarito: errada)

(FCC/2010/TRT 9ª REGIÃO/PR/Técnico Judiciário/Tecnologia da Informação) Sobre


as responsabilidades do servidor público previstas na Lei no 8.112/1990, é
INCORRETO afirmar
a) A obrigação de reparar o dano causado pelo servidor não se estende aos seus
sucessores hereditários.
b) As sanções penais, civis e administrativas poderão cumular-se, sendo independentes
entre si.
c) O servidor responde perante a Fazenda Pública, em ação regressiva, por danos
causados a terceiros desde que tenha agido com dolo ou culpa.
d) A responsabilidade penal abrange os crimes e contravenções imputados ao servidor,
nessa qualidade.
e) A responsabilidade administrativa do servidor será afastada no caso de absolvição
criminal que negue a existência do fato ou sua autoria.

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PONTO 15
Penalidades (art. 127 a 142)

São penalidades disciplinares:

• advertência;
• suspensão;
• demissão;
• cassação de aposentadoria ou disponibilidade;
• destituição de cargo em comissão;
• destituição de função comissionada.

(FCC/2010/TRT - 9ª REGIÃO/PR/Técnico Judiciário/Tecnologia da Informação)


Dentre as penalidades previstas na Lei nº 8.112/1990, NÃO se inclui a
a) advertência.
b) destituição de função comissionada.
c) suspensão.
d) aposentadoria compulsória.
e) cassação de aposentadoria.

Muita atenção, pois exoneração não é punição disciplinar. As bancas


exploram demais essa questão!

(TÉCNICO JUDICIÁRIO/2001/TRE/NCE) Uma das punições que não podem ser


aplicadas aos servidores pela Administração Pública é:
a) destituição de cargo em comissão; b) exoneração; c) suspensão;
d) advertência; e) cassação de disponibilidade.

Na aplicação das penalidades serão consideradas a natureza e a gravidade da


infração cometida, os danos que dela provierem para o serviço público, as
circunstâncias agravantes ou atenuantes e os antecedentes funcionais.
(BACEN/PROCURADOR/2009/CESPE) Na aplicação das penalidades, serão
consideradas a natureza e a gravidade da infração cometida, os danos que dela
provierem para o serviço público, as circunstâncias agravantes ou atenuantes e os
antecedentes funcionais, sendo que as penalidades de advertência e de suspensão
terão seus registros cancelados, após o decurso de três e cinco anos de efetivo
exercício, respectivamente, se o servidor não houver, nesse período, praticado nova
infração disciplinar. (Gabarito: correta)

(FCC - 2010 - TRE-AL - Analista Judiciário - Engenharia Civil) Por ter incidido em
infração disciplinar, Lúcio, servidor público federal, sofreu pena de advertência,
enquanto Regina, também servidora pública federal, recebeu pena disciplinar de
trinta dias de suspensão. Deve ser considerado que essas penalidades terão seus
registros cassados após o decurso, respectivamente, de
a) dois e quatro anos de efetivo exercício, se o servidor não praticar a mesma infração
disciplinar, durante esse período, sendo que o cancelamento não surte efeitos
retroativos.
b) dois e cinco anos de exercício, se o servidor não reincidir nessa falta disciplinar,
durante esse período, sendo que o cancelamento surte efeitos retroativos.
c) três e cinco anos de efetivo exercício, se o servidor não houver, nesse período,
praticado nova infração disciplinar, sendo que o cancelamento da penalidade não
surte efeitos retroativos.
d) três e seis anos de exercício, se o servidor não reincidir nessa falta disciplinar, durante
esse período, sendo que o cancelamento surte efeitos retroativos.

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e) quatro e oito anos de efetivo exercício, sendo irrelevante a prática de nova infração
disciplinar, considerando que o cancelamento não surte efeitos retroativos.

A seguir elaborei tabela com as punições disciplinares e respectivas hipóteses


de aplicação:

- ausentar-se do serviço durante o expediente, sem prévia autorização


do chefe imediato;
- retirar, sem prévia anuência da autoridade competente, qualquer
documento ou objeto da repartição;
- recusar fé a documentos públicos;
- opor resistência injustificada ao andamento de documento e
Advertência processo ou execução de serviço;
- promover manifestação de apreço ou desapreço na repartição;
- cometer a pessoa estranha à repartição, fora dos casos previstos em
lei, o desempenho de atribuição que seja de sua responsabilidade
ou de seu subordinado;
- coagir ou aliciar subordinados no sentido de filiarem-se a associação
profissional ou sindical, ou a partido político;
- manter sob sua chefia imediata, em cargo ou função de confiança,
cônjuge, companheiro ou parente até o segundo grau civil;
- recusar-se a atualizar seus dados cadastrais quando solicitado;
- Infração que não justifique punição mais grave

Suspensão - reincidência das faltas punidas com advertência;


(prazo máximo de - cometer a outro servidor atribuições estranhas ao cargo que ocupa,
90 dias, salvo no exceto em situações de emergência e transitórias;
caso de recusa - exercer quaisquer atividades que sejam incompatíveis com o
injustificada à exercício do cargo ou função e com o horário de trabalho;
inspeção médica, - recusar-se à inspeção médica;
cujo prazo máximo é
de 15 dias) Havendo conveniência, a suspensão poderá ser convertida em
multa de 50% por dia de vencimento ou remuneração, ficando o
servidor obrigado a permanecer em serviço.

- crime contra a administração pública;


- abandono de cargo;
- inassiduidade habitual;
- improbidade administrativa;
- incontinência pública e conduta escandalosa, na repartição;
- insubordinação grave em serviço;
- ofensa física, em serviço, a servidor ou a particular, salvo em legítima
defesa própria ou de outrem;
Demissão - aplicação irregular de dinheiros públicos;
- revelação de segredo do qual se apropriou em razão do cargo;
- lesão aos cofres públicos e dilapidação do patrimônio nacional;
- corrupção;
- acumulação ilegal de cargos, empregos ou funções públicas;
- valer-se do cargo para lograr proveito pessoal ou de outrem, em
detrimento da dignidade da função pública;
- participar de gerência ou administração de sociedade privada,
personificada ou não personificada, exercer o comércio, exceto na
qualidade de acionista, cotista ou comanditário;
- atuar, como procurador ou intermediário, junto a repartições públicas,
salvo quando se tratar de benefícios previdenciários ou assistenciais
de parentes até o segundo grau, e de cônjuge ou companheiro;
- receber propina, comissão, presente ou vantagem de qualquer
espécie, em razão de suas atribuições;

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- aceitar comissão, emprego ou pensão de estado estrangeiro;


- praticar usura sob qualquer de suas formas;
- proceder de forma desidiosa;
- utilizar pessoal ou recursos materiais da repartição em serviços ou
atividades particulares;

(PROVA PARA JUIZ DO TRABALHO DE 2000) No que concerne às penalidades


aplicáveis ao servidor público regido pela Lei nº 8.112/ 90, a demissão será
aplicada nos seguintes casos de práticas de ato proibido ao servidor, exceto:
a) proceder de forma desidiosa;
b) praticar usura sob qualquer de suas formas;
c) aceitar comissão, emprego ou pensão de estado estrangeiro;
d) manter, sob sua chefia imediata, em cargo ou função de confiança, cônjuge,
companheiro ou parente até o segundo grau civil;
e) valer-se do cargo para lograr proveito pessoal ou de outrem, em detrimento da
dignidade da função pública.

(AUDITOR FISCAL DA PREVIDÊNCIA SOCIAL/AFPS/2002/ESAF) Conforme


previsão expressa contida na Lei nº 8.112/90, que dispõe sobre o regime jurídico
dos servidores públicos da União, a violação de regra legal proibitiva de coagir
subordinado, para filiar-se a determinado partido político, sujeita o agente primário
à penalidade administrativa disciplinar de:
a) advertência; b) suspensão de 30 dias; c) suspensão superior a 30 dias;
d) demissão; e) destituição do cargo comissionado.

(FCC/2010/TRE-RS/Analista Judiciário/Área Judiciária) Sobre a suspensão prevista


como penalidade na Lei nº 8.112/90, é correta a afirmação
a) A penalidade de suspensão terá seus registros cancelados, após o decurso de três
anos de efetivo exercício se o servidor não houver, nesse período, praticado nova
infração disciplinar.
b) Será punido com suspensão de até trinta dias o servidor que, injustificadamente,
recusar-se a ser submetido a inspeção médica determinada pela autoridade competente,
cessando os efeitos da penalidade uma vez cumprida a determinação.
c) Quando houver conveniência para o serviço, a penalidade de suspensão poderá ser
convertida em multa, na base de vinte e cinco por cento por dia de vencimento ou
remuneração, ficando o servidor obrigado a permanecer em serviço.
d) A suspensão será aplicada em caso de reincidência das faltas punidas com
advertência e de violação das demais proibições que não tipifiquem infração
sujeita a penalidade de demissão, não podendo exceder de noventa dias.
e) O cancelamento dos registros da penalidade, quando cabível, surtirá efeitos
retroativos à data da sua aplicação, fazendo jus o servidor ao pagamento da
remuneração respectiva, bem como à contagem do tempo de serviço para todos
os efeitos.

As demais punições são:

- Cassação de aposentadoria ou de disponibilidade: aplicadas quando o


inativo houver praticado, na atividade, falta punível com a demissão.
(DPU/2007/DEFENSOR PÚBLICO/CESPE) Antônio, ex-servidor público federal, foi
punido com a pena de cassação de aposentadoria por meio de portaria do ministro de
Estado competente, publicada no dia 10/2/2007. Nessa situação, conforme
jurisprudência do STF, essa punição não poderia ser aplicada, já que, com a EC no
20/1998, o regime previdenciário próprio dos servidores públicos passou a ser
contributivo, o que afastou a relação jurídica estatutária da relação jurídica previdenciária
dos servidores públicos. (Gabarito: errada)

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(BACEN/PROCURADOR/2009/CESPE) O ato de aposentadoria do servidor impede a


instauração de processo administrativo disciplinar para apuração de falta por ele
eventualmente praticada no exercício do cargo, se a sanção aplicável for a de demissão.
(Gabarito: errado)

- Destituição de cargo em comissão exercido por não ocupante de cargo


efetivo: será aplicada nos casos de infração sujeita às penalidades de
suspensão e de demissão.

(FCC/2010/TRF 4ª REGIÃO/Analista Judiciário/Tecnologia da Informação) A


destituição de cargo em comissão exercido por ocupante de cargo efetivo será aplicada
nos casos de infração sujeita às penalidades de advertência. (errada)

A demissão ou a destituição de cargo em comissão, nas hipóteses a seguir


listadas, implica a indisponibilidade dos bens e o ressarcimento ao erário,
sem prejuízo da ação penal cabível:

• improbidade administrativa;

• aplicação irregular de dinheiros públicos;

• lesão aos cofres públicos e dilapidação do patrimônio nacional;

• corrupção.

A demissão ou a destituição de cargo em comissão, nos dois casos abaixo


indicados, incompatibiliza o ex-servidor para nova investidura em cargo
público federal, pelo prazo de 5 (cinco) anos.

• valer-se do cargo para lograr proveito pessoal ou de outrem, em


detrimento da dignidade da função pública;

• atuar, como procurador ou intermediário, junto a repartições públicas,


salvo quando se tratar de benefícios previdenciários ou assistenciais de
parentes até o segundo grau, e de cônjuge ou companheiro;

(BACEN/PROCURADOR/2009/CESPE) O servidor público federal que for demitido por


ter atuado ilegalmente como procurador em sua repartição pública poderá retornar
imediatamente ao serviço público, se for aprovado em novo concurso público. (Gabarito:
errada)

Nos termos do art. 137, parágrafo único, não poderá retornar ao serviço público
federal o servidor que for demitido ou destituído do cargo em comissão por
ter cometi as seguintes infrações:

• crime contra a administração pública;

• improbidade administrativa;

• aplicação irregular de dinheiros públicos;

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• lesão aos cofres públicos e dilapidação do patrimônio nacional;

• corrupção.

Esse dispositivo é de constitucionalidade questionável, pois a CF em seu art.


5°, XLIV, “b”, veda as penas de caráter perpétuo. Inclusive, tramita no STF a
ADI 2975, pendente de julgamento, por meio da qual o Procurador Geral da
República pretende obter a declaração de inconstitucionalidade do referido
parágrafo único do art. 137.

Cancelamento das punições

As penalidades de advertência e de suspensão terão seus registros cancelados


se o servidor, nos períodos abaixo indicados, não houver praticado nova
infração disciplinar.

Advertência 3 anos
Suspensão 5 anos

O cancelamento da penalidade não surtirá efeitos retroativos.

(TRT9/ANALISTA/2007/CESPE) Pedro, servidor público federal ocupante de cargo


efetivo, faltou ao trabalho por mais de 30 dias consecutivos, no período de 2/5/2002 a
10/6/2002. Em razão disso, foi aberto contra ele um processo administrativo disciplinar,
em 15/8/2006. Se Pedro for punido com a penalidade de suspensão, os seus registros
serão cancelados com o decurso de prazo de 3 anos de efetivo exercício, desde que
não pratique, nesse período, nova infração. (Gabarito: errada)

Aplicação das penalidades

As penalidades disciplinares serão aplicadas:


Autoridade Punição disciplinar

Presidente da República, Presidentes das


Casas do Poder Legislativo e dos Demissão e cassação de aposentadoria
Tribunais Federais e Procurador-Geral da ou disponibilidade
República

Autoridades administrativas de hierarquia Suspensão superior a 30 (trinta) dias


imediatamente inferior às acima
indicadas

Chefe da repartição e outras autoridades Advertência ou de suspensão de até 30


na forma dos respectivos regimentos ou (trinta) dias
regulamentos

Autoridade que houver feito a nomeação Destituição de cargo em comissão

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Prescrição

PRAZO PUNIÇÃO

demissão
5 anos cassação de aposentadoria
cassação de disponibilidade
destituição de cargo em comissão

2 anos suspensão

180 dias advertência.

Quanto ao prazo prescricional disciplinar, guarde as principais regras para a


prova:

• O prazo de prescrição começa a correr da data em que o fato se tornou


conhecido.

• Os prazos de prescrição previstos na lei penal aplicam-se às infrações


disciplinares capituladas também como crime.

(TRT9/ANALISTA/2007/CESPE) Pedro, servidor público federal ocupante de cargo


efetivo, faltou ao trabalho por mais de 30 dias consecutivos, no período de 2/5/2002 a
10/6/2002. Em razão disso, foi aberto contra ele um processo administrativo disciplinar,
em 15/8/2006. O prazo prescricional de 5 anos fixado na Lei nº 8.112/1990 não será,
necessariamente, aplicado na hipótese. (Gabarito: correta – sendo abandono de cargo
crime, será aplicada a prescrição da lei penal)

• A abertura de sindicância ou a instauração de processo disciplinar


interrompe a prescrição, até a decisão final proferida por autoridade
competente.

• Interrompido o curso da prescrição, o prazo começará a correr a partir do dia


em que cessar a interrupção.

Acumulação ilegal de cargos, empregos ou funções públicas

Detectada a qualquer tempo a acumulação ilegal de cargos, empregos ou


funções públicas, a autoridade que tiver ciência da irregularidade notificará o
servidor, por intermédio de sua chefia imediata, para apresentar opção no
prazo improrrogável de dez dias, contados da data da ciência.

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Uma vez notificado, no caso de omissão do servidor, dar-se-á início à apuração


e regularização imediata por meio de procedimento sumário, cujo processo
administrativo disciplinar se desenvolverá nas seguintes fases:

- publicação do ato que constituir a comissão, a ser


Instauração composta por 2 servidores estáveis;

- indicação da autoria e da materialidade do ilícito objeto


da apuração.

Instrução sumária compreende indiciação, defesa e relatório.

Julgamento no prazo de 5 dias do recebimento do processo, a


autoridade julgadora proferirá a sua decisão

A comissão lavrará, até três dias após a publicação do ato que a constituiu,
termo de indiciação, bem como promoverá a citação pessoal do servidor
indiciado, ou por intermédio de sua chefia imediata, para, no prazo de cinco
dias, apresentar defesa escrita.

Apresentada a defesa, a comissão elaborará relatório conclusivo quanto à


inocência ou à responsabilidade do servidor e remeterá o processo à
autoridade instauradora, para julgamento.

No prazo de cinco dias, contados do recebimento do processo, a autoridade


julgadora proferirá a sua decisão.

A opção pelo servidor até o último dia de prazo para defesa configurará
sua boa-fé, hipótese em que se converterá automaticamente em pedido
de exoneração do outro cargo.

Caracterizada a acumulação ilegal e provada a má-fé, aplicar-se-á a pena de


demissão, destituição ou cassação de aposentadoria ou disponibilidade em
relação aos cargos, empregos ou funções públicas em regime de
acumulação ilegal.

(BACEN/PROCURADOR/2009/CESPE) Se um servidor acumular dois cargos públicos


indevidamente, deverá ser instaurado PAD, no rito ordinário, o qual culminará, na
hipótese de se provar o fato, na demissão do servidor, esteja ele acumulando os dois
cargos de boa ou má-fé. (Gabarito: Errada)

O prazo para a conclusão do processo administrativo disciplinar submetido ao


rito sumário não excederá trinta dias, contados da data de publicação do ato
que constituir a comissão, admitida a sua prorrogação por até quinze dias,
quando as circunstâncias o exigirem.

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Abandono de cargo e Inassiduidade habitual

ausência intencional do servidor ao


Abandono de cargo serviço por mais de trinta dias
consecutivos
é a falta ao serviço, sem causa
Inassiduidade habitual justificada, por sessenta dias,
interpoladamente, durante o período
de doze meses.

Na apuração de abandono de cargo ou inassiduidade habitual será adotado o


procedimento sumário, o mesmo utilizado na apuração de acumulação ilegal
de cargos.

A indicação da materialidade dar-se-á:

• na hipótese de abandono de cargo, pela indicação precisa do período de


ausência intencional do servidor ao serviço superior a trinta dias;

• no caso de inassiduidade habitual, pela indicação dos dias de falta ao


serviço sem causa justificada, por período igual ou superior a sessenta
dias interpoladamente, durante o período de doze meses;

Após a apresentação da defesa a comissão elaborará relatório conclusivo


quanto à inocência ou à responsabilidade do servidor e remeterá o processo à
autoridade instauradora para julgamento.

Em que pese a lei 8.112/90 atribuir o dolo (intenção) apenas ao abandono de


cargo, a posição predominante no STJ exige esse elemento subjetivo
tanto no abandono como na assiduidade.

(TRT9/ANALISTA/2007/CESPE) Pedro, servidor público federal ocupante de cargo


efetivo, faltou ao trabalho por mais de 30 dias consecutivos, no período de 2/5/2002 a
10/6/2002. Em razão disso, foi aberto contra ele um processo administrativo disciplinar,
em 15/8/2006. Nos autos do processo administrativo em tela, que deverá ser submetido
ao rito sumário, será imperioso que se demonstre a intenção de Pedro em abandonar o
cargo, para que seja aplicada essa penalidade de demissão. (Gabarito: correta)

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EXERCÍCIO DE FIXAÇÃO SOBRE


LEI 8.112/90
1) Licença concedida dentro de 30 (trinta) dias do término de outra da mesma espécie será
considerada como prorrogação.

2) Poderá ser concedida licença ao servidor por motivo de doença do cônjuge ou companheiro,
dos pais, dos filhos, do padrasto ou madrasta e enteado, ou dependente que viva às suas
expensas e conste do seu assentamento funcional, mediante comprovação por junta médica
oficial.

3) A licença referida acima somente será deferida se a assistência direta do servidor for
indispensável e não puder ser prestada simultaneamente com o exercício do cargo ou
mediante compensação de horário.

4) Poderá ser concedida licença, sem remuneração, ao servidor para acompanhar cônjuge ou
companheiro que foi deslocado para outro ponto do território nacional, para o exterior ou para o
exercício de mandato eletivo dos Poderes Executivo e Legislativo.

5) Concluído o serviço militar, o servidor terá até 60 (sessenta) dias sem remuneração para
reassumir o exercício do cargo.

6) O servidor terá direito a licença, com remuneração, durante o período que mediar entre a
sua escolha em convenção partidária, como candidato a cargo eletivo, e a véspera do registro
de sua candidatura perante a Justiça Eleitoral.

7) O servidor candidato a cargo eletivo na localidade onde desempenha suas funções e que
exerça cargo de direção, chefia, assessoramento, arrecadação ou fiscalização, dele será
afastado, a partir do dia imediato ao do registro de sua candidatura perante a Justiça Eleitoral,
até o décimo dia seguinte ao do pleito.

8) A partir do registro da candidatura e até o décimo dia seguinte ao da eleição, o servidor fará
jus à licença, assegurados os vencimentos do cargo efetivo, somente pelo período de três
meses.

9) Após cada qüinqüênio de efetivo exercício, o servidor poderá, no interesse da


Administração, afastar-se do exercício do cargo efetivo, com a respectiva remuneração, por até
três meses, para participar de curso de capacitação profissional.

10) A critério da Administração, poderá ser concedida ao servidor ocupante de cargo efetivo,
desde que não esteja em estágio probatório, licença para o trato de assuntos particulares pelo
prazo de até dois anos consecutivos, sem remuneração.

11) Ao servidor investido em mandato federal, estadual ou distrital, ficará afastado do cargo.

12) Ao servidor investido em mandato de Prefeito ou Vereador, será afastado do cargo, sendo-
lhe facultado optar pela sua remuneração;

13) O servidor investido em mandato eletivo ou classista não poderá ser removido ou
redistribuído de ofício para localidade diversa daquela onde exerce o mandato.

14) É assegurado ao servidor o direito de requerer aos Poderes Públicos, em defesa


de direito ou interesse legítimo.

15) Cabe pedido de reconsideração à autoridade que houver expedido o ato ou


proferido a primeira decisão, podendo ser renovado uma vez.

16) Caberá recurso: I - do indeferimento do pedido de reconsideração; II - das


decisões sobre os recursos sucessivamente interpostos.

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17) O prazo para interposição de pedido de reconsideração ou de recurso é de 15


(quinze) dias, a contar da publicação ou da ciência, pelo interessado, da decisão
recorrida.

18) Em nenhuma hipótese, o recurso poderá ser recebido com efeito suspensivo.

19) O direito de requerer prescreve: I - em 5 (cinco) anos, quanto aos atos de


demissão e de cassação de aposentadoria ou disponibilidade, ou que afetem interesse
patrimonial e créditos resultantes das relações de trabalho; II - em 120 (cento e vinte)
dias, nos demais casos, salvo quando outro prazo for fixado em lei.

20) O prazo de prescrição será contado da data da ocorrência do fato.

21) O pedido de reconsideração e o recurso, quando cabíveis, suspendem a


prescrição.

22) Se houver interesse público, é possível relevar a prescrição.

23) A administração deverá rever seus atos, a qualquer tempo, quando eivados de
ilegalidade.

24) É dever do servidor exercer com zelo e dedicação as atribuições do cargo.

25) É dever do servidor ser leal às instituições a que servir.

26) É dever do servidor observar as normas legais e regulamentares.

27) É dever do servidor cumprir quaisquer ordens superiores.

28) É dever do servidor levar ao conhecimento da autoridade superior as


irregularidades de que tiver ciência em razão do cargo.

29) É dever do servidor zelar pela economia do material e a conservação do


patrimônio público.

30) É dever do servidor representar contra legalidades.

31) Ao servidor é proibido ausentar-se do serviço durante o expediente.

32) Ao servidor é proibido retirar qualquer documento ou objeto da repartição.

33) Ao servidor é proibido recusar fé a documentos públicos.

34) Ao servidor é proibido opor qualquer resistência ao andamento de documento e


processo ou execução de serviço.

35) Ao servidor é proibido promover manifestação de apreço ou desapreço no recinto


da repartição.

36) Ao servidor é proibido cometer a pessoa estranha à repartição, fora dos casos
previstos em lei, o desempenho de atribuição que seja de sua responsabilidade ou de
seu subordinado.

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37) Ao servidor é proibido coagir ou aliciar subordinados no sentido de filiarem-se a


associação profissional ou sindical, ou a partido político.

38) Ao servidor é proibido manter sob sua chefia imediata, em cargo ou função de
confiança, cônjuge, companheiro ou parente até o terceiro grau civil.

39) Ao servidor é proibido valer-se do cargo para lograr proveito pessoal ou de outrem,
em detrimento da dignidade da função pública.

40) Ao servidor é proibido, em qualquer caso, ser sócio ou acionista de sociedade


privada, personificada ou não personificada.

41) Ao servidor é proibido atuar, como procurador ou intermediário, junto a repartições


públicas, salvo quando se tratar de benefícios previdenciários ou assistenciais de
parentes até o terceiro grau, e de cônjuge ou companheiro.

42) Ao servidor é proibido cometer a outro servidor atribuições estranhas ao cargo que
ocupa, exceto em situações de emergência e transitórias.

43) Ao servidor é proibido recusar-se a atualizar seus dados cadastrais quando


solicitado.

44) Ressalvados os casos previstos na Constituição, é vedada a acumulação


remunerada de cargos públicos.

45) A proibição de acumular estende-se a cargos, empregos e funções em autarquias,


fundações públicas, empresas públicas, sociedades de economia mista da União, do
Distrito Federal, dos Estados, dos Territórios e dos Municípios.

46) A acumulação de cargos, ainda que lícita, fica condicionada à comprovação da


compatibilidade de horários.

47) O servidor não poderá, em qualquer hipótese, exercer mais de um cargo em


comissão.

48) O servidor vinculado ao regime da Lei 8.112/90, que acumular licitamente dois
cargos efetivos, quando investido em cargo de provimento em comissão, ficará
afastado de ambos os cargos efetivos, salvo na hipótese em que houver
compatibilidade de horário e local com o exercício de um deles, declarada pelas
autoridades máximas dos órgãos ou entidades envolvidos.

49) O servidor responde civil, penal e administrativamente pelo exercício irregular de


suas atribuições.

50) A responsabilidade civil decorre de ato omissivo ou comissivo, doloso ou culposo,


que resulte em prejuízo ao erário ou a terceiros.

51) Em caso de falecimento do servidor, a obrigação de reparar o dano não se


estende os sucessores.

52) A responsabilidade penal abrange os crimes, estando afastadas as contravenções.

53) As sanções civis, penais e administrativas poderão cumular-se, sendo


independentes entre si.

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54) A responsabilidade administrativa do servidor será afastada no caso de absolvição


criminal que negue a existência do fato ou sua autoria, bem como a decorrente de
insuficiência de provas.

55) São penalidades disciplinares: I - advertência; II - suspensão; III - demissão; IV -


cassação de aposentadoria ou disponibilidade; V - destituição de cargo em comissão;
VI - destituição de função comissionada; VII – multa; VIII - exoneração.

56) A suspensão será aplicada em caso de reincidência das faltas punidas com
advertência e de violação das demais proibições que não tipifiquem infração sujeita a
penalidade de demissão, não podendo exceder de 60 (sessenta) dias.

57) Será punido com suspensão de até 30 (trinta) dias o servidor que,
injustificadamente, recusar-se a ser submetido a inspeção médica determinada pela
autoridade competente, cessando os efeitos da penalidade uma vez cumprida a
determinação.

58) Quando houver conveniência para o serviço, a penalidade de suspensão poderá


ser convertida em multa, na base de 50% (cinqüenta por cento) por dia de vencimento
ou remuneração, ficando o servidor obrigado a permanecer em serviço.

59) As penalidades de suspensão e advertência terão seus registros cancelados, após


o decurso de 3 (três) e 5 (cinco) anos de efetivo exercício, respectivamente, se o
servidor não houver, nesse período, praticado nova infração disciplinar.

60) O cancelamento da penalidade não surtirá efeitos retroativos.

61) Detectada a qualquer tempo a acumulação ilegal de cargos, empregos ou funções


públicas, o servidor será notificado, por intermédio de sua chefia imediata, para
apresentar opção no prazo improrrogável de dez dias, contados da data da ciência e,
na hipótese de omissão, adotar-se-á procedimento ordinário para a sua apuração e
regularização imediata.

62) No procedimento para apuração de acumulação ilegal de cargos, empregos ou


funções públicas o prazo para apresentação de defesa escrita é de 10 (dez) dias.

63) A opção pelo servidor até o último dia de prazo para defesa configurará sua boa-
fé, hipótese em que se converterá automaticamente em pedido de exoneração do
outro cargo.

64) O prazo para a conclusão do processo administrativo disciplinar para apuração de


acumulação ilegal de cargos, empregos ou funções públicas não excederá trinta dias,
contados da data de publicação do ato que constituir a comissão, admitida a sua
prorrogação por até quinze dias, quando as circunstâncias o exigirem.

65) Será cassada a aposentadoria ou a disponibilidade do inativo que houver


praticado, na atividade, falta punível com a demissão.

66) A destituição de cargo em comissão exercido por não ocupante de cargo efetivo
será aplicada nos casos de infração sujeita às penalidades de advertência, suspensão
e de demissão.

67) Configura abandono de cargo a ausência intencional do servidor ao serviço por


trinta dias consecutivos.

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68) Entende-se por inassiduidade habitual a falta ao serviço, sem causa justificada,
por sessenta dias consecutivos, durante o período de doze meses.

69) Na apuração de abandono de cargo ou inassiduidade habitual será adotado o


procedimento sumário.

70) A ação disciplinar prescreverá: I - em 5 (cinco) anos, quanto às infrações puníveis


com demissão, cassação de aposentadoria ou disponibilidade e destituição de cargo
em comissão; II - em 2 (dois) anos, quanto à suspensão; III - em 180 (cento e
oitenta) dias, quanto á advertência.

71) O prazo de prescrição começa a correr da data de ocorrência do fato.

72) A abertura de sindicância ou a instauração de processo disciplinar interrompe a


prescrição, até a decisão final proferida por autoridade competente.

Gabarito: 1) E, 2) C, 3) C, 4) C, 5) E, 6) E, 7) C, 8) C, 9) C, 10) E, 11) C, 12) E, 13) C, 14) V, 15) F, 16)


V, 17) F, 18) F, 19) V, 20) F, 21) F, 22) F, 23) V, 24) V, 25) V, 26) V, 27) F, 28) V, 29) V, 30) F, 31) F, 32)
F, 33) V, 34) F, 35) V, 36) V, 37) V, 38) F, 39) V, 40) F, 41) F, 42) V, 43) V, 44) V, 45) V, 46) V, 47) F,
48) V, 49) V, 50) V, 51) F, 52) F, 53) V, 54) F, 55) F, 56) F, 57) F, 58) V, 59) F, 60) V, 61) F, 62) F, 63) V,
64) V, 65) V, 66) F, 67) F, 68) F, 69) V, 70) V, 71) F, 72) V.

Data Nº questões Acertos % acerto Data Nº questões Acertos % acerto


72 72
Data Nº questões Acertos % acerto Data Nº questões Acertos % acerto
72 72
Data Nº questões Acertos % acerto Data Nº questões Acertos % acerto
72 72

Chegamos ao fim da terceira aula.

Lembre-se que disciplina e persistência são fundamentais durante a


preparação para concursos públicos.

Qualquer dúvida estou à disposição no fórum.

Grande abraço e uma ótima semana!

Armando Mercadante

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www.pontodosconcursos.com.br

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