Você está na página 1de 8

Universidade de Brasília

Instituto de Física

Física 2 Experimental (IFD0177)

Experimento 1 - Coeficiente de Dilatação Linear


Realizado em 23/06/2022

João Victor Novais Magalhães - 180033816


Alessandro Avelino de Carvalho - 180096800
Alexandre Santana Sousa - 180011847
Victor da Conceição Carvalho - 211027652
1. Objetivo 2
2. Introdução 2
3. Material utilizado 2
4. Procedimento experimental 2
5. Dados experimentais 3
6. Análise de dados 4
7. Conclusão 5
8. Referências bibliográficas 5
1. Objetivo

O objetivo deste experimento é desenvolver conhecimento acerca do


coeficiente de dilatação térmica de alguns metais, no caso, o latão, aço e alumínio.
Serão utilizados alguns equipamentos presentes em laboratório para estudar como
os metais se comportam quando submetidos a algumas condições de temperatura,
assim como variações térmicas, além de se familiarizar melhor com alguns
processos de aferição.

2. Introdução

A dilatação térmica ocorre quando um determinado elemento, seja ele sólido,


líquido ou gasoso, sofre alteração em seu volume por estar sendo sujeito a uma
variação de temperatura, assim, além do corpo sofrer o processo de dilatação, ele
também pode sofrer o processo de contração.
A dilatação linear ocorre por conta do alongamento do comprimento de um
material influenciado pela alteração da temperatura. A dilatação de um corpo
depende proporcionalmente da variação da temperatura e o coeficiente de dilatação
deste material, como apresentado na Equação 1.

∆𝐿 = α𝐿0∆𝑇 (1)

onde,

α = 𝑐𝑜𝑒𝑓𝑖𝑐𝑖𝑒𝑛𝑡𝑒 𝑑𝑒 𝑑𝑖𝑙𝑎𝑡𝑎çã𝑜
∆𝑇 = 𝑣𝑎𝑟𝑖𝑎çã𝑜 𝑑𝑎 𝑡𝑒𝑚𝑝𝑒𝑟𝑎𝑡𝑢𝑟𝑎
𝐿0 = 𝑐𝑜𝑚𝑝𝑟𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 𝑜𝑟𝑖𝑔𝑖𝑛𝑎𝑙 𝑑𝑜 𝑜𝑏𝑗𝑒𝑡𝑜

3. Material utilizado

● Dilatômetro com tubo de metal e relógio comparador de precisão 0,005


mm conectado a um circulador de água
● Circulador de água com aquecedor, controle de temperatura e
limitador de temperatura
● Termômetro de mercúrio de precisão 0,25 °C
● Régua de precisão 0,05 cm
● Água corrente
● Gelo

4. Procedimento experimental

Os procedimentos realizados para coleta de dados do experimento foram


realizados como descrito nas etapas abaixo.

1. De forma visual, foi verificado se a ponta de contato estava encostada


na extremidade livre do tubo. Pressionando o fuso do relógio foi
constatado que de fato estava encostado, visto que o ponteiro se
movimentou;
2. Foi identificado o tipo de metal rotulado na base do dilatômetro, que
indicou o aço.
3. Mediu-se o comprimento do tubo, sendo avaliado em 63 ± 0,05 cm;
4. Foi certificado de que a tubulação do circulador de água estava bem
conectada ao tubo de metal de modo que a vedação não permitisse o
derramamento de água durante o experimento;
5. Foi certificado que o reservatório estava preenchido com água filtrada;
6. O potenciômetro de controle de temperatura foi ajustado para a menor
temperatura e o circulador foi ligado;
7. O termômetro foi colocado no tanque e fixado através do suporte
presente no mesmo
8. A temperatura inicial foi anotada, marcando 22,5 ± 0,25 °C;
9. O aro do relógio comparador foi ajustado de forma que o ponteiro
apontasse para a origem, lendo zero;
10. Através do potenciômetro do controle de temperatura, a mesma foi
elevada de 5 em 5 ºC, cumprindo o tempo necessário para estabilizar
a temperatura, sendo essa condição indicada pela lâmpada piloto;
11. A cada novo ajuste de temperatura foi anotado as informações
apresentadas no termômetro e no relógio;
12. Os dados do experimento utilizando os outros dois metais presentes
em laboratório foram adquiridos através dos experimentos realizados
por outros grupos presentes.

5. Dados experimentais

Os dados coletados pelo grupo, assim como os dados compartilhados pelos


outros grupos estão apresentados abaixo, subdivididos por metal.

1. Aço

O comprimento inicial da barra foi de 65,8 cm com um erro instrumental de ±


0,05 cm. A temperatura inicial foi de 22,5 °C com um erro instrumental de 0,25 °C,
dado pelo termômetro de mercúrio.
Assim como informado no passo 11 da seção Procedimento experimental, os
dados foram coletados a cada ajuste de temperatura. Os dados podem ser
observados na Tabela 1.
Uma observação a ser considerada para o experimento é que o grupo que
forneceu as informações não se atentou em anotar a temperatura escolhida no
potenciômetro de controle de temperatura e a respectiva temperatura apontada pelo
termômetro. Dessa forma, não se tem informação da temperatura escolhida, já que
realizaram o procedimento até que a temperatura medida fosse a esperada. Por
outro lado, isso não prejudica a análise dos dados, já que a temperatura escolhida,
ou seja, a temperatura inserida no equipamento, não é utilizada ao traçar a curva
apresentada na Análise de Dados.

Temperatura escolhida (°C) Temperatura medida (°C) ΔL (mm)

- 25 ± 0,25 0 ± 0,005

- 30 ± 0,25 0 ± 0,005
- 35 ± 0,25 0,04 ± 0,005

- 40 ± 0,25 0,09 ± 0,005

- 45 ± 0,25 0,13 ± 0,005

- 50 ± 0,25 0,18 ± 0,005

- 55 ± 0,25 0,21 ± 0,005

- 60 ± 0,25 0,24 ± 0,005

- 65 ± 0,25 0,29 ± 0,005

- 70 ± 0,25 0,33 ± 0,005


Tabela 1: Dados do experimento realizado com o Aço

2. Latão

O comprimento inicial da barra foi de 63 cm com um erro instrumental de ±


0,05 cm dado pela régua milimetrada fornecida. A temperatura inicial foi de 22,5 °C
com um erro instrumental de 0,25 °C dado pelo termômetro de mercúrio.
Os mesmos procedimentos aplicados para o Aço foram aplicados para o
Latão. Dessa forma, os dados coletados podem ser conferidos através da Tabela 2.

Temperatura escolhida (°C) Temperatura medida (°C) ΔL (mm)

25 24,5 ± 0,25 0,02 ± 0,005

30 31 ± 0,25 0,09 ± 0,005

35 34,5 ± 0,25 0,13 ± 0,005

40 40 ± 0,25 0,2 ± 0,005

45 44,5 ± 0,25 0,24 ± 0,005

50 48 ± 0,25 0,29 ± 0,005

55 54 ± 0,25 0,34 ± 0,005

60 60 ± 0,25 0,41 ± 0,005

65 64 ± 0,25 0,45 ± 0,005

70 68,5 ± 0,25 0,5 ± 0,005


Tabela 2: Dados do experimento realizado com o Latão

3. Alumínio

Já o comprimento inicial da barra de alumínio foi de 63 ± 0,05 cm. A


temperatura inicial foi de 22 ± 0,25 °C.
Os mesmos procedimentos aplicados para os metais anteriores foram
aplicados para o Alumínio. Dessa forma, os dados coletados podem ser conferidos
através da Tabela 3.
Mais uma vez, observa-se que assim como o grupo responsável pela coleta
dos dados do Aço, o grupo que coletou os dados apresentados abaixo não se
atentou em anotar a temperatura inserida no equipamento. De qualquer forma, a
informação não afeta a análise posterior das informações.

Temperatura escolhida (°C) Temperatura medida (°C) ΔL (mm)

- 25 ± 0,25 0,50 ± 0,005

- 30 ± 0,25 0,124 ± 0,005

- 35 ± 0,25 0,180 ± 0,005

- 40 ± 0,25 0,250 ± 0,005

- 45 ± 0,25 0,314 ± 0,005

- 50 ± 0,25 0,380 ± 0,005

- 55 ± 0,25 0,450 ± 0,005

- 60 ± 0,25 0,520 ± 0,005

- 65 ± 0,25 0,580 ± 0,005

- 70 ± 0,25 0,642 ± 0,005


Tabela 3: Dados do experimento realizado com o Alumínio

6. Análise de dados

Com os dados experimentais coletados, montou-se a Tabela 4. Vale ressaltar


que o erro acumulativo para os valores da é de ± 0,015.

Temperatura em Aço Latão Alumínio


(°C) (ΔL/L0 mm) (ΔL/L0 mm) (ΔL/L0 mm)
25 0,00E+00 3,17E-04 7,91E-04
30 0,00E+00 1,43E-03 1,96E-03
35 5,84E-04 2,06E-03 2,85E-03
40 1,31E-03 3,17E-03 3,96E-03
45 1,90E-03 3,81E-03 4,97E-03
50 2,63E-03 4,60E-03 6,01E-03
55 3,07E-03 5,40E-03 7,12E-03
60 3,50E-03 6,51E-03 8,23E-03
65 4,23E-03 7,14E-03 9,18E-03
70 4,82E-03 7,94E-03 1,02E-02
Tabela 4: Dados encontrados após à aplicação da fórmula (ΔL/L0 mm)

A partir dos dados obtidos na seção anterior, foi possível definir o gráfico da
variação do comprimento versus a temperatura medida. Nota-se que há um
comportamento linear na variação do comprimento, como era esperado a partir da
equação da dilatação linear.
O gráfico apresentado na Figura 1 foi produzido a partir da ferramenta
Google Planilhas, onde foi possível aplicar a função de regressão linear, resultando
no gráfico respectivo.

Figura 1: Gráfico de variação do comprimento dos metais

A partir da regressão linear foi obtido o coeficiente de dilatação dos três


metais, como apresentado abaixo.

● Aço: 1,13 x 10^-4


● Latão: 1,68 x 10^-4
● Alumínio: 2,09 x 10^-4

7. Conclusão

Além de comprovar que de fato os metais se dilatam ao serem sujeitos a


determinadas temperaturas, foi possível mensurar experimentalmente o quanto
cada um dos metais se dilatam, sendo eles especificamente, o aço, o latão e o
alumínio.
Assim, os metais possuem comportamento parecido, como o esperado,
fazendo com que o objetivo apresentado inicialmente tenha sido atingido. O gráfico
apresentado na Análise de Dados apresenta as curvas esperadas como sugerido de
maneira formular na Introdução.
Por último, o experimento teve grande impacto positivo na familiarização com
os equipamentos de aferição e manipulação presentes no laboratório.

8. Referências bibliográficas
● Halliday, D. & Resnick, R. Fundamentos de Física 1 - Mecânica, LTC,
Rio de Janeiro.

Você também pode gostar