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2-ENFOQUES TEÓRICOS NUMA VISÃO CONSTRUTIVISTA

O construtivismo é a construção ativa do pensar, onde o sujeito tem o


espaço para desenvolver o seu potencial de inteligência. Ser construtivista é
considerar um objeto de conhecimento em uma perspectiva diferente,
valorizando as diversas formas de olhar-lo (CASTRO. 1996, p.55)

É primordial dentro do construtivismo, o desenvolvimento de


competências nos alunos. (PERRENOUD. 2000,p.23)

Sabemos que nas escolas, a consideração de competência consiste em


levar o educando a aprender o ofício de ler e escrever, contar, raciocinar
conhecimentos disciplinares sem interligar as preocupações da situações de
vida dos alunos. O espelho das escolas é a não preparação dos alunos, em
cima de conhecimentos do seu cotidiano. Não devemos excluir os saberes dos
alunos e sim levá-los a situações concretas. (PERRENOUD. 2000, p.23)

2.1-EDUCAÇÃO PROGRESSISTA

Segundo Dewey (1896), o progressivismo foi a primeira prática educativa


que considerava que a educação era realizada através das atividades que
tinham a criança como centro de processo. A partir daí, foi verificando que o
desenvolvimento do potencial da cada criança, na comunidade inserida, levou
ao inicio desse movimento (Apud, GARDNER, 1994p. 164).

Os educadores progressistas procuravam ter mais atenção para cada


criança, na realização das atividades grupais e nas discussões cooperativas.
Ao contrário disso, o currículo continuava rígido e determinado, partindo para
um sistema de recompensas, punições e exames regulares. Contudo os
educadores progressistas partiam para projetos onde as crianças iam ter a
oportunidade assegurando assim os sentimentos através de suas habilidades e
conhecimentos.
Graças à minimização das fórmulas por parte dos educadores, isso dava
margem para que a escola pudesse variar em seus procedimentos,
organizando assim de uma forma qualitativa no desempenho da atividade,
imperando a democracia. Partiam da criança as observações sobre o que era
desenvolvido, forjando-se assim a capacidade de elaborar questões e realizar
experiências relevantes, gerando uma instrução formal que foi sendo
introduzida.

Diante da linha progressista, a criança era incentivada a colaborar umas com


as outras, procurando fazer o bem dentro de sua comunidade.

Com o surgimento da educação progressista, ocorreram conflitos da


sociedade americana, porque esta utilizou a aprendizagem dentro de um
aspecto político, cultural ou filosófico tendo como fim uma educação com
objetivos práticos e significativos.

A educação progressista é difícil de ser colocada em prática, como ocorreu


com Dewey bem como os seus seguidores.

Um sistema progressista educacional exige que os professores sejam


treinados, dedicados e absorvidos em seu trabalho. Como também que os pais
não apóiem a filosofia, mas que defendam contra aqueles que recorrem á
avaliação periódicas, metas curriculares. E que não fiquem apenas inseridas
dentro da escola e sim que ultrapasse essas barreiras Satisfazendo os
estudantes que queiram aprender com sua comunidade e instituições.

O foco progressista em atividades significativas, em relação a projetos de


largar escala executado em cima de contextos adequados nos quais os
estudantes tem certo risco, pode vir a ser um caminho promissor quanto á
produção de compreensão.

Com a educação progressista, surge a esperança de um espaço pluralista e


democrático abrindo margem e pondo em prática atividades e projetos junto
com o corpo estudantil utilizando-se formas de aprendizagens construtivas
ampliando o envolvimento significativo entre a escola e a comunidade, além de
levar a educação que busca uma compreensão.
2.2-COMO ENSINAR?

O drama do como ensinar é bastante forte entre os educadores. Contudo a


instrução da linha construtivista, os educadores que têm a “sede” da
modificação do ensino estão cada vez mais com desejo de educar, construindo
com o seu contexto qualitativo.

De início, o educador educa em cima da dor, da falta cognitiva e afetiva, com


o objetivo de construir com prazer. Desta construção, nasce o desejo de
crescer, aprender e ensinar (ver, escuta e falar) por parte do educador.

O ver é a partir do momento em que o educador procura olhar o seu aluno e


também olhar-se a si próprio, buscando assim o desejo chegando a igualar-se
ao seu aluno acompanhando tudo processo educativo.

Quando o educador observa o seu aluno, este vai vivenciando uma


aprendizagem com o olhar reflexivo.

O escutar surge quando ambos procuram entender o ponto de vista do outro,


levantando hipóteses, identificando e compreendendo o desejo de aprender.

O ponto chave para ensinar, aprender e construir conhecimento é quando o


educador se move pelo desejo e pela paixão.

Às vezes, a chamada do desejo por um momento é minimizar até no próprio


espaço escolar, onde o educador esta inserido. Então é preciso que este
consiga reviver, destruindo está chamada para que a luta de mudança
permaneça dentro deles.

2.3- DA REFLEXÃO A AÇÃO CONSTRUTIVA

Há também o desejo de morte quando o educador sonha com o espaço


escolar, onde não existe conflito, nem diferenças, nem desequilíbrio que leva a
falta de movimentos, processos e transformações. Tudo isso, torna-se perfeito,
gerando um espaço homogêneo e massificado. É assim que surge a rigidez, o
sectarismo e a imutabilidade de idéias, pensamentos e ação.

Para eles, a aprendizagem deve ser realizada desta forma, procurando


assim a negatividade do desejo do educando.

2.4- APRENDER PENSANDO:

Para que possamos aprender é fundamental o pensar para desencadear um


processo educacional. Nele teremos a capacidade de criar e refazer nossa
história. Assim poderemos investigar, pesquisar o mundo e questionarmos o
que queremos que seja atingindo.

E este pensamento deve envolver os componentes desse processo. No caso


o educador e o educando.

Um procura impulsionar o outro para que possa buscar uma resposta sobre
o que está sendo estudado, e o outro obriga a pensar e quando os outros estão
sozinhos sentem a presença do outro em seus pensamentos.

2.5- OPERACIONALIZAÇÃO DO PENSAR CONSTRUTIVISTA

Quando pensamos, exercitamos a comparação, classificação sintetização e


a interpretação.

A comparação parte das diferenças e semelhanças do individuo, dentro do


processo, diagnosticando assim, o que exigir em um e o que falta no outro.

A classificação é análise dessas observações, agrupando idéias e


ordenando as experiências que são fundamentais para o sujeito investigar.

A sintetização é quando iremos abstrair, analisar e ordenar as idéias centrais


da construção do texto.
A interpretação é quando exercitamos a leitura de significados e ação de dar
e extrair significados levando a construção de hipóteses de leituras que são
significativas ao grupo.

Todo educador que ensina é um aprendiz. Este ensina a pesar levando a


flexibilidade a imaginação do como educar; organizando, planejando e
constituindo o processo de pensar e aprender.

O pensar não é tudo, agir é que é essencial para o conhecimento do


objetivo.

O sujeito inserido nesse processo deve ser levado a recriar e reinventar o


processo de aprendizagem, aprimorando os seus pensamentos desejos e
sonhos de vida.

Este passa a ser um sujeito passivo de conhecimentos, sendo


transpassando mecanicamente e formando um educando como um mero
repetidor de conhecimentos e dessa forma, soterrando o desejo e a criação do
contexto.

Surge o autoritarismo, o medo, a fantasia, a desesperança, ocinismo e a


amargura.

O desejo de vida dá muito trabalho porque surge do conflito, das diferenças,


da heterogeneidade e do desequilíbrio das hipóteses, no choque do velho com
o novo.

O medo e a coragem de enfrentá-lo é fundamental para o alcance desse


desejo de mudança, escanteando o velho e construindo o novo na busca da
esperança, do fortalecimento, da liberdade e de uma sociedade mais justa.

A ação educativa parte da intervenção, do encaminhamento e da devolução


do aprender e do ensino.

A relação democrática busca uma fundamentação na construção do


conhecimento e é no planejamento que podemos questionar pensando no
reflexo do choque entre aqueles que sabem e dos que ainda não sabem.
É primordial que o educador e o educando abram espaço para exercitar suas
intervenções, encaminhamentos, levando perguntas e questionamento entre
ambos até alcançar o alicerce do objetivo em estudo.

O educador – conscientizados ensina a pensar, sistematizando esse pensar


como objetivo do aprendizagem. Com isso, o educador começa a entrar no
estágio de ansiedade, desenvolve um processo coletivo. Diagnostica e realiza
tanto os desejos e expectativa como do seu educando, ao criar o espaço de
intervenções, devoluções e encaminhamentos, com intuito de favorecer e
aprender, através do pensamento. E assim buscando a construção de
hipóteses de um conhecimento em que haja prazer perante o educador e o
aluno sem cair no vazio.

Educando através da flexibilidade e imaginação, podemos dessa forma


organizar melhor o planejamento adequado de cada disciplina.

O educador não deve somente pensar e sim agir na construção de um


conhecimento novo.

Dentro de um processo de aprendizagem, devemos aprender com sentido


de mudança e transformação, alcançando os desejos e sonhos do educador e
do educando.

É o conhecimento de prática desejável, quando conseguimos romper a


história ao procurar recriar uma nova teoria, vivenciando-a com a coragem e
humildade e evitando indiferenças, ao construir interna e externamente, através
de deduções, influências e comparações é assim que o educador vai relacionar
os conteúdos que vem dos alunos com matérias que está ensinando.

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